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Rodrigo Proença de Oliveira DASE 2017 Mudanças globais: Os desafios do futuro. Acesso à água e ao saneamento; Água, solo e a segurança alimentar; Água e energia; Água e urbanização. Rodrigo Proença de Oliveira

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Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017

Mudanças globais: Os desafios do futuro. Acesso à água e ao saneamento; Água, solo

e a segurança alimentar; Água e energia; Água e urbanização.

Rodrigo Proença de Oliveira

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Tópicos

1. A grande aceleração e os grandes desafios da humanidade

2. O estado da água

3. O acesso à água e ao saneamento

4. Água, solo e segurança alimentar

5. O nexus água e energia

6. Água e urbanização

7. Notas finais: Pessimismo ou otimismo

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017

A GRANDE ACELERAÇÃO E OS GRANDES

DESAFIOS DA HUMANIDADE 1

0

5000

10000

15000

20000

25000

1750 1850 1950 2050

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 O crescimento da população

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 A grande aceleração

The Great Acceleration Graphs. Steffen et al 2004.

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017

ESTADO DA ÁGUA 2

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 O planeta azul

• Cerca de 70% da superficie da Terra é coberta por água (oceanos);

• Só 3% desse volume é água doce;

• Cerca de 77% da água doce está em icebergs e glaciares.

Volume total de água na Terra: 1 360 000 000 km3

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Balanço hídrico global

Esc. superficial

44.800 km3/ano

Precipitação sobre

continentes

119.000 km3/ano

Precipitação

sobre oceanos

458.000 km3/ano

Evapotranspiração

de continentes

72.000 km3/ano

Evaporação de

oceanos

505.000 km3/ano

Esc. subterrâneo

2.200 km3/ano

World Water Balance and Water Resources, UNESCO, 1978

Transporte de

humidade do ar

47.000 km3/ano

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DASE 2017 Recursos hídricos disponíveis per capita

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017

Variabilidade do escoamento(Diferença entre o percentil 10% e a média)

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Impacto da variabilidade climática no PIB

Círculos maiores (maior GDP) em países com menor CVI

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Variação da precipitação e do PIB na Etiópia

From: World Bank: Etiopia: Managing waterresouces to maximize sustainable growth

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Capacidade de armazenamento per capita

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Crescimento populacional

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Procura de água

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Procura de água

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017

O ACESSO À ÁGUA E AO SANEAMENTO 03

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017

Uso de água potável no abastecimentopúblico

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Abastecimento à população

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Águas residuais tratadas e não tratadas

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Impactos na mortalidade

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Escassez de água: Física e económica

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017

Financiamento versus necessidades de investimento

• A ajuda internacional já atinge os 140 mil milhões de USD por ano.

• A necessidades são muitas, mas a falta de projetos viáveis em

condições de ser financiados (bankable projects) é um problema

crescente.

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Thames Tideway Tunnel

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Thames Tideway Tunnel

• Tunel com 25 km de comprimento e 7 metros de diâmetro, construído 65 metros abaixo do Tamisa, para receber 3,9 mil milhões de m3 de descargas de esgoto urbano e encaminha-los para uma ETAR;

• Investimento de 4,2 mil milhões de libras.

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DASE 2017

Plano Geral de Drenagem de Lisboa 2016-2020

• 2 tuneis de 5 m de diâmetro:– Campolide –Santa Apolónia, 5 km

– Chelas – Beato, 2 km

• 180 milhões de euros de investimento

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DASE 2017

ÁGUA, SOLO E SEGURANÇA ALIMENTAR 04

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Consumo médio de calorias em 1995

• Uma dieta saudável requere a ingestão de 2000 cal (mulheres) a 2500 cal (homens);

• Existem 870 mil pessoas no mundo que sofrem de má nutrição;

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DASE 2017 Dieta média mundial

Mundo: 2870 cal/dia

Cereais: 51%

Açucares e gorduras: 19%

Carne, peixe, leite e ovos: 14%

Produtos frescos: 8%.

Tubérculos:5%.

Outros: 3%

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Fatores de produção de alimentos

• Água

• Solo– Camada superficial (1 a 2 m) da superfície terrestre

onde crescem plantas;

– É composto por material mineral, matéria orgânica, microrganismos água e ar;

– É um dos principais recursos naturais (juntamente com a água e o ar);

– Solo > rególito > solo

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Solo, um recurso natural

• Produção de solo:– 400 milhões de ton de solo por ano (World Watch Institute)– 10’000 a 50’000 anos para criar um metro de solo (taxa de 0,02

a 0,11 mm /ano) (Merrits et al., 1998) – 80 a 400 anos para criar 1 cm de solo de superficial (Tarbuck et

al., 2009).

• Perda de solo– World Watch Institute: 25 mil milhões de solo por ano; em

cerca de 35% da área agrícola mundial a erosão é maior que a produção de solo.

– Volume de caudal sólido nos cursos de água do planeta antes do aparecimento do homem: 9x109 ton/ano; Actualmente: 24x109 ton/ano

– Perda de terra arável: EUA: 4 a 5 milhões de acres são perdidospor ano; Mundo: desde 1950 que se perdeu 1/3 da terra cultivada devido à erosão.

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DASE 2017

Agentes de erosão

• Agentes erosivos:

– Precipitação:

– Vento: Menos significativo

• Erosão por precipitação

– Distribuída no espaço interfluvial

– Localizada

• Sulcos

• Ravinas

• Rede hidrográfica

– Deslizamento de vertentes

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 As vinhas da ira

• Grandes Planícies dos Estados Unidos (1935)– Um período húmido no final dos anos 1920 levou muitos a

cultivarem extensivamente as planícies do Oklahoma, Texas e de outros estados;

– Seguiu-se uma seca que deixou o solo seco e exposto a ventos– Em 14 de Abril de 1935 milhões de toneladas de solo foram

levadas pelo vento– Houve abandono de quintas e migrações em massa de uma

população pobre– Em 1939 Steinbeck escreveu as Vinhas da Ira (The grapes of

Wrath) e em 1940 John Ford fez um filme

• Grandes Planícies dos Estados Unidos (1996)– Uma nova geração de agricultores mantém praticas de

conservação de solo, sobretudo a manutenção de árvores e cobertura de solo com restos de vegetação

– Uma seca semelhante à de 1930 não provocou tantos danos

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017Texas 1935

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017

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DASE 2017 Salinização de solos

• Processo natural: – Desagregação de rocha

– Dissolução de sais no contacto água - rocha

– Deposição de sais por evaporação da água

• Acelerado por causas antropogénicas– Irrigação:

• A aplicação de água que evapora deixando sais

• O aumento do nível piezométrico promove a evaporação da água dos aquíferos

• A criação de albufeiras facilita a evaporação e a salinização da água para rega

– Desertificação:• A desflorestação reduz a intercepção e a evaporação, aumenta a infiltração e conduz a um aumento do

nível piezométrico

– Urbanização:• A importação de água para abastecimento em canais favorece a evaporação, a salinização da água que

em caso de roturas contamina o solo

– Exploração de aquiferos em zonas costeiras• Descida do nível piezométrico proporciona condições para a intrusão salina

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017Salinização de solos

• Impactos da salinização:

– Contaminação da água que fica imprópria para consumo

– Desfloculação de argilas e desestruturação do solo

– Redução no crescimento das plantas por toxicidade

– Proporciona condições de desertificação

• Medidas de prevenção

– Irrigação em quantidade adequadas

– Redução das perdas de água por evaporação e por fugas

– Utilização de plantas mais resistentes

– Melhoria da drenagem dos solos

• Possíveis soluções de remediação:

– Melhoria da drenagem dos solos

– Aplicação de água doce em excesso

– Plantação de espécies de removam o sal

– Aplicação de produtos químicos (e.g. cal) para transformação dos sais

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Erosão e desertificação

• Erosão é diferente de desertificação

• Desertificação é diferente de seca ou de escassez de água

• Desertificação: Degradação do terreno por erosão e deterioração do solo (redução significativa da sua produtividade).

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DASE 2017 Degradação do solo

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DASE 2017Agricultural land

Source:http://data.worldbank.org/

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DASE 2017 Arable land

Source:http://data.worldbank.org/

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DASE 2017Definições (FAO)

• Arable land (% of land area): Arable land includes land defined by the FAO as land under temporary crops (double-cropped areas are counted once), temporary meadows for mowing or for pasture, land under market or kitchen gardens, and land temporarily fallow. Land abandoned as a result of shifting cultivation is excluded.

• Agricultural land (% of land area): Agricultural land refers to the share of land area that is arable (temporary crops), or is under permanent crops or permanent pastures.

• Sources:

– Food and Agriculture Organization, electronic files and web site.

– World bank: :http://data.worldbank.org/

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DASE 2017Disponibilidade de terra

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017

Agricultura de regadio vs agricultura de sequeiro

De acordo com esta fonte 80% das necessidades de água da agricultura são satisfeitas directamentepela precipitação. Outras fontes indicam

- 80% da área agricola é abastecida directamente pela precipitação;

- 60% da produção agrícola é assegurada directamente pela precipitação.

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017Agricultural irrigated land

Source:http://data.worldbank.org/

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Água virtual

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017

0

1000

2000

3000

4000

5000

potatoes beans w heat rice poultry beef

Litro

sd

e á

gu

a

Batata Feijão Trigo Arroz Aves Bovinos

Água consumida para produzir 10g de proteinas

Á Água consumida para produzir 500 calorias

67

89

132

421

135

219

204

251

303

1515

1000

4902

Basead California crop yields and water productivity. Source: Renault and Wallender (2000)

Consumo de água por quantidade de proteínas e de calorias

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DASE 2017

Necessidades de água para produção de alimentos per capita

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Como alimentar 9 mil milhões de pessoas?

• Consumo doméstico = 100 l/hab/dia

• Alimentação (2000-3000 cal/dia) = 3000 litros/dia

• Necessidade por pessoa = 1130 m3/hab/ano + consumos de energia e produtosindustriais

• População actual = 7 mil milhões (inc. 856 milhões subnutridos)

• Necessidades de água:– Consumo doméstico = 220 km3/ano

– Alimentação = 7000 km3/ano

– Total = ~7300 km3/ano + consumos de energia e produtos industriais

• População em 2050 = 9 mil milhões (0 milhões de subnutridos)

• Necessidades de água:– Consumo doméstico = 320 km3/ano

– Alimentação = 10 000 km3/ano

– Total = ~10 300 km3/ano + consumos de energia e produtos industriais

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DASE 2017

O desafio da produção de alimentos (3000 kcal/pessoa/dia)

Fonte: SIWI, IFPRI, IUCN, IWMI (2005) citado em Obuodie, E. et al, 2005, The role of green water in food trade, UniversitatBonn.

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Desperdício de produção

• Um terço da produção de alimentos para consume humano é perdido: 1300 milhões de toneladas por ano.

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Recursos hídricos disponíveis

Precipitação

110.300

km3/ano

Evapotranspiração

(Água verde)

69.600 km3/ano

Escoamento

(Água azul)

40.700 km3/ano

Disponível

12.500 km3/ano

Não captado

20.426 km3/ano

Em regiões remotas

7.780 km3/ano

ETP utilizada

18.200 km3/ano

Florestas

ETP não utilizada

51.400 km3/ano

Agricultura não irrigada

Captado 4.430 km3/anoUsos no curso 2.350 km3/ano

Não utilizado 5.520 km2/ano

51.400 km3/ano 18.200

km3/ano3.000 km3/ano

3.700 km3/ano

24.980 km3/ano

28.206 km3/ano

Fonte: baseado em Rogers, P., 2006, Water governance, water security and water sustainbility. In: Rogers, Lamas e Martinez-Cortina, Water crisis: mith or reality?, Fundacion Marceino Botin, 2006

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017

Transações globais de água associadas a produtos agrícolas

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017

O NEXUS ÁGUA E ENERGIA 05

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 O nexus água-energia

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017

Fluxos globais de energia Diagrama de Sankey (2010)

Fonte: Global Energy Outlook (2012)

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Produção de energia

IEA Report. World Energy Outlook Special Report 2013: Redrawing the Energy Climate Map.

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Produção de energia primária

LBST (2006): Ludwig-Bölkow-Systemtechnik GmbH

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017

Produção de energia elétrica de fontes não renováveis

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017

Produção de energia e os impactos nos recursos hídricos

• Os vários cenários sugerem a manutenção da produção líquida de eletricidade de origem hídrica;

• Qual será o papel da hidroeletricidade no armazenamento de energia produzida por outras fontes renováveis, como por exemplo a eólica e a solar?

• Tecnologias disruptivas:

• Redes energéticas inteligentes

• Produção e consumo local, com armazenamento de excedentes em “super” baterias

• Armazenamento de energia por ar comprimido em maciços geológicos

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017

ÁGUA E URBANIZAÇÃO 06

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Concentração da população em cidades

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Urbanização

• A urbanização concentra as pressões antropogénicas sobre os recursos

naturais, incluindo os hídricos.

• Reunindo os estratos mais afluentes da população, as cidades

consumem recursos e produzem emissões e resíduos numa parcela

desproporcional à sua população.

• No entanto, com mais de 50% da

população mundial as cidades

ocupam apenas 3% da superfície do

planeta e produzem 80% do PIB

global.

• Os serviços de infraestruturas podem ser oferecidos de forma mais

eficiente e a custos mais baixos.

• Existe um enorme potencial de

reutilização e de utilização eficiente

dos recursos.

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017

PESSIMISMO OU OTIMISMO? 07

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Um mundo de crises

Água

Energia

Clima

Alimentação

Recursos

financeiros

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 Otimismo ou pessimismo?

• Há muita água no mundo

• Na natureza a água é gratuita

• Em muitos locais a água está acessível a custos baixos

• A natureza recicla a água de forma contínua

• Há enormes reservas de água subterrâneas.

• Há 5 mil milhões de pessoas com acesso a água potável

• Há 3 800 milhões de pessoas com acesso a saneamento básico

• Há milhões de pessoas a sair da pobreza

• A agricultura e a industria estão tornar-se cada vez mais eficientes

• O mundo está ganhar consciência para os problemas da água

• Nem sempre onde e quando precisamos

• As infraestruturas hídricas são caras

• As pessoas assumem como garantido o acesso à água

• A contaminação aumenta a um ritmo mais rápido do que a natureza pode reciclar.

• O consumo de água aumenta mais rapidamente que a reciclagem da água.

• Há 1 milhão de pessoas que não tem acesso a água portável

• Há 2 400 milhões de pessoas sem acesso a saneamento básico

• O aumento do nível de vida conduz a um aumento do consumo de água per capita

• O aumento da população e do seu nível de vida aumentam a procura de água

• A consciencialização tarda a converter-se em acção.

Rodrigo Proença de Oliveira

DASE 2017 A crise do estrume de 1894• No final dos anos 1800 as grandes

cidades dependiam dos cavalos para o transporte de pessoas e bens.

• Em Londres havia 50 000 cavalos e em Nova Iorque 100 000 cavalos.

• Cada cavalo produz por dia cerca de 6 a 16 kg de estrume e 1 litro de urina.

• Em 1894, o The Times previu que em 50 anos as ruas de Londres ficaria soterradas em 3 metros de estrume.

• O problema foi debatido em 1898 na 1ª conferencia de planeamento urbano em Nova Iorque.

Em 1908, Henry Ford lançou no

mercado o Ford T.

Em 1920 o automóvel tinha

substituído os cavalos nas cidades.