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por Chedas Sampaio Métodos Numéricos - Solução de equações de uma variável Escola Náutica I.D.Henrique Escola Náutica I.D.Henrique 1 de 92 MÉTODOS NUMÉRICOS Solução de Equações de uma Variável por Chedas Sampaio Época 2000/2001 (últ revisão Abr 2003) Escola Náutica I.D.Henrique 2 de 92 Sumário Introdução Solução de equações Revisões de Análise Matemática Limite e continuidade de funções Zeros de funções Funções diferenciáveis Estratégia para a determinação de raízes Método da Bissecção Descrição Algoritmo Critérios de paragem Convergência Vantagens/Desvantagens

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Métodos Numéricos - Solução de equações de uma variávelEscola Náutica I.D.Henrique

Escola Náutica I.D.Henrique 1 de 92

MÉTODOS NUMÉRICOS

Solução de Equaçõesde uma Variável

por Chedas SampaioÉpoca 2000/2001

(últ revisão Abr 2003)

Escola Náutica I.D.Henrique 2 de 92

Sumário• Introdução

• Solução de equações

• Revisões de Análise Matemática• Limite e continuidade de funções• Zeros de funções• Funções diferenciáveis

• Estratégia para a determinação de raízes

• Método da Bissecção• Descrição• Algoritmo• Critérios de paragem• Convergência• Vantagens/Desvantagens

por Chedas Sampaio

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Escola Náutica I.D.Henrique 3 de 92

Sumário• Método de Newton-Raphson

• Descrição• Algoritmo• Critérios de paragem• Convergência• Vantagens/Desvantagens

• Método da Secante• Descrição• Algoritmo• Critérios de paragem• Convergência• Vantagens/Desvantagens

Escola Náutica I.D.Henrique 4 de 92

Sumário• Método do Ponto Fixo

• Descrição• Algoritmo• Critérios de paragem• Convergência• Vantagens/Desvantagens

• Funções do MathCad para a determinação de raízes• Raízes reais• Raízes reais e/ou complexas

• Referências bibliográficas

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Escola Náutica I.D.Henrique 5 de 92

Introdução

Escola Náutica I.D.Henrique 6 de 92

Solução de equaçõesPor solução de equações entende-se a determinação das suas raízes ou os valores de x para os quais f(x)=0.

Introdução

x

y f(x)

p1

p2

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Escola Náutica I.D.Henrique 7 de 92

Solução de equaçõesIntrodução

Se há funções para as quais existe soluçãoanalítica fácil, como é o caso das funçõeslineares, outras há cuja solução é bem maisdifícil ou mesmo impossível. Neste grupoencontramos as funções não lineares, polinomiais ou transcendentes.

O recurso a métodos numéricos aproximadosé muitas vezes a única forma paradeterminarmos as suas raízes.

Escola Náutica I.D.Henrique 8 de 92

Introdução

Exemplo: calcular o ângulo de inclinação (θ) daspernas de uma mesa de piquenique, de espessurab, cujo assento deverá ficar a h mm do chão e terum comprimento w mm.

As dimensões da perna satisfazem:

logo

h

b

θ

bhw +θ=θ cossin

w

Solução de equações

0cossin)( =−θ−θ=θ bhwf

O ângulo de inclinaçãoserá o que satisfizer a

equação

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Introdução

Exemplo: os valores de θ que satisfazem a equação serão os valores que procuramos

Solução de equações

bhwf −θ−θ=θ cossin)(

0 5 10

1000

500

500

1000

radianos

f θ( )

θ

Escola Náutica I.D.Henrique 10 de 92

Introdução

Exemplo: calcular os valores de x que satisfazema equação

xx =cos

Solução de equações

É sempre possível reescrever para

e, portanto, queremos os zeros da função0cos =− xx

xxxf −= cos)(

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Introdução

Exemplo:

Solução de equações

xxxf −= cos)(

0 5 10

15

10

5

5

radianos

f x( )

x

Escola Náutica I.D.Henrique 12 de 92

Solução de equaçõesEste processo costuma dividir-se em duaspartes:

Introdução

• Determinação de valores aproximados das raízes. Pressupõe um estudo da função com vista à suacaracterização, o que resultará no isolamento de possíveis raízes em intervalos bem definidos. Para tal é necessária a determinação de assímptotas, pontos notáveis e proceder-se ao traçado do gráfico da função.

• Após a obtenção do conhecimento aproximado das raízes procede-se ao refinamento da aproximaçãoatravés de métodos numéricos do tipo iterativo oude aproximações sucessivas.

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Solução de equaçõesSerá este o objectivo deste capítulo, ou seja a determinação das raízes, ou zeros, de equações do tipo f(x)=0 com a precisão quese desejar, utilizando para tal métodosnuméricos iterativos.

Introdução

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Revisõesde

Análise Matemática

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Limite e continuidade de funçõesDefinição: Seja f uma função definida para um conjuntoX de números reais. Diz-se que f tem limite Lem x0, escrevendo-se se, dado um número real ε>ε>ε>ε>0, existe um número real δ>δ>δ>δ>0 tal que

Revisões de Análise Matemática

Lxfxx

=→

)(lim0

δε <−<∈∀<− 00,)( xxeXxLxf

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Limite e continuidade de funçõesDefinição: Seja f uma função definida para um conjuntoX de números reais e x0 ∈∈∈∈X; diz-se que f é contínua em x0 se

A função f diz-se contínua em X se for contínua em todos os números de X; C(X)representa todas as funções contínuas em X. O conjunto de funções contínuas no intervalo[a,b] costuma ser representado por C[a,b].

Revisões de Análise Matemática

)()(lim 00

xfxfxx

=→

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Escola Náutica I.D.Henrique 17 de 92

Limite e continuidade de funçõesDefinição: Seja uma sequência infinita de númerosreais ou complexos. Diz-se que a sequênciaconverge para um número p (chamado limite) se, para qualquer ε>ε>ε>ε>0, existe um númerointeiro positivo N(εεεε) tal que n>>>>N(εεεε) implica

A notação significa que a sequência converge para p .

Revisões de Análise Matemática

{ }∞=1nnp

ε<− ppn

ppnn

=∞→

lim

{ }∞=1nnp

Escola Náutica I.D.Henrique 18 de 92

Limite e continuidade de funçõesTeorema: Se f é função definida para um conjunto X de

números reais e x0 ∈∈∈∈X , então sãoequivalentes as afirmações:

1) f é contínua em x0

2) se é uma sequência em Xconvergente para p , então

Revisões de Análise Matemática

{ }∞=1nnp

)()(lim pfpf nn

=∞→

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Revisões de Análise Matemática

Zeros de funçõesDefinição: Se f(p)=0 então diz-se que p é uma raíz da equação f(x)=0 ou que p é um zero da funçãof.

x

y

f(x)

p

Escola Náutica I.D.Henrique 20 de 92

Revisões de Análise Matemática

Zeros de funçõesDefinição: A multiplicidade de um zero p da função f é o supremo m dos valores k tais que:

∞<=−→

cpxxf

kpx

)(lim

x

y

f(x)

p(simples)

p (triplo)

p (duplo)

f(x)f(x)

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Revisões de Análise Matemática

Zeros de funçõesDefinição: A multiplicidade de um zero p da função f é o supremo m dos valores k tais que:

∞<=−→

cpxxf

kpx

)(lim

Exemplo:

>∞

=

=

=−

−⇒∞<=

→→1

12

00

5.0

5.02

5.0

12limlim

5.05.0kse

kse

kse

xx

cx

xk

xk

x

p=0.5

f(x)=2x-1

logo a multiplicidade é 1

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Revisões de Análise Matemática

Zeros de funçõesDefinição: A multiplicidade de um zero p da função f é o supremo m dos valores k tais que:

∞<=−→

cpxxf

kpx

)(lim

Exemplo:

>∞

=

=

=

=−→

2

21

10

00

0

2

0lim

kse

kse

kse

kse

x

xk

x

p=0

f(x)=x2

e a multiplicidade é 2

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Revisões de Análise Matemática

Zeros de funçõesTeorema (Teorema de Cauchy): Se f∈∈∈∈C[a,b] e se f(a) x f(b)<0 (sinaiscontrários), então existe pelo menos um número p tal que a<p<b e f(p)=0.

x

y

f(x)

b

f(b)

f(a)

a p1p2

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Revisões de Análise Matemática

Zeros de funçõesCorolário (Teorema de Cauchy): Se f’ existe, se é contínua no intervalo (a,b) e se mantém o sinal nesse intervalo então a raízp é única.

x

y

f(x)

b

f(b)

f(a)

a

f’<0

f’<0

f’<0

f’<0

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Revisões de Análise Matemática

Zeros de funçõesCorolário (Teorema de Cauchy): Se f’ existe, se é contínua no intervalo (a,b) e se mantém o sinal nesse intervalo então a raízp é única.

x

y

f(x)

b

f(b)

f(a)

a

f’<0

f’<0

f’=0

f’>0

f’=0

f’<0

Escola Náutica I.D.Henrique 26 de 92

Funções diferenciáveisDefinição: Se f é uma função definida num intervaloaberto contendo x0 , diz-se que f é diferenciável em x0 se existir o limite

Revisões de Análise Matemática

0

0 )()(lim0 xx

xfxfxx −

−→

Quando existe este limite é denotado porf’(x0 ) e é designado por derivada de f em x0 . Uma função que tenha derivada em cadanúmero de X é dita diferenciável em X.

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Revisões de Análise Matemática

Teorema: Se p for um zero da função f e se f for m vezesdiferenciável no ponto p, então a multiplicidade de p é m sse

( ) ( ) 0)(0)(...)(')( 1 ≠==== − pfepfpfpf mm

Funções diferenciáveis

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Teorema: Se f é uma função diferenciável em x0 , entãof é contínua em x0 .

Revisões de Análise Matemática

Teorema (Teorema de Rolle): Se f∈∈∈∈C[a,b] e é diferenciável em (a,b), se f(a)=f(b)=0, então existe um número c talque a<c<b e f’(c)=0.

Funções diferenciáveis

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Teorema (Teorema do valor médio): Se f∈∈∈∈C[a,b] e é diferenciável em (a,b), entãoexiste um número c tal que a<c<b e

Revisões de Análise Matemática

abafbfcf

−−= )()()('

Funções diferenciáveis

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Teorema (Teorema do valor extremo): Se f∈∈∈∈C[a,b] então existem c1, c2∈∈∈∈[a,b] com f(c1)≤≤≤≤f(x)≤≤≤≤f(c2) para cada x∈∈∈∈[a,b] . Se, alémdisso, f é diferenciável em (a,b), então ouci=a, ci=b ou f’(ci)=0 para cada i=1,2.

Revisões de Análise Matemática

Funções diferenciáveis

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Revisões de Análise Matemática

Teorema (Teorema do valor médio ponderadopara integrais): Se f∈∈∈∈C[a,b] e g é integrável em [a,b] e g(x)≥≥≥≥0, então existe um número c, a<c<b tal que:

Funções diferenciáveis

∫ ∫=b

a

b

adxxgcfdxxgxf )()()()(

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Teorema (Teorema de Rolle generalizado): Se f∈∈∈∈C[a,b] é n vezes diferenciável em (a,b) e f é zero para n+1 números distintosx0...xn∈∈∈∈[a,b] então existe um número c em(a,b) com f(n)(c)=0.

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Funções diferenciáveis

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Revisões de Análise Matemática

Teorema (Teorema do Valor intermédio): Se f∈∈∈∈C[a,b] e K é qualquer número entre f(a) e f(b), então existe um número c em (a,b)para o qual f(c)=K.

Funções diferenciáveis

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Estratégia para a determinação dasraízes

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EstratégiaEstratégia para a determinação das raízes

• Visualizar o gráfico da função

• Seleccionar os intervalos ondeexistem raízes

• Seleccionar um método adequado

• Seleccionar um valor inicial

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Intervalos onde existem raízesEstratégia para a determinação das raízes

Os intervalos onde existem raízes podemser obtidos automaticamente com um programa adequado de pesquisa de mudanças de sinal da função (condiçãonecessária e suficiente para a existência de pelo menos uma raíz).

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Intervalos onde existem raízesEstratégia para a determinação das raízes

Dados de entrada ou input: a,b – extremos do intervalo de pesquisa de subintervalos

com raízesN – nº de iterações máximo

Dados de saída ou output:int – matriz de n linhas (n<=N) e duas colunas

esta matriz contém os subintervalos com raízes

Ler a,bLer N

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Intervalos onde existem raízesEstratégia para a determinação das raízes

Processamento:h=(b-a)/N “comprimento dos subintervalosli=a “limite inferior do subintervalon=1 “índice dos subintervalos com raízesi=1Do While i<=N

ls=li+hIf sinal(f(li))<>sinal(f(ls)) Then

n=n+1int(n,1)=li “1ª coluna da matriz intint(n,2)=ls “2ª coluna da matriz int

Endifli=lsi=i+1

EnddoFim

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Método da Bissecção

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DescriçãoO Método da Bissecção baseia-se no Teorema de Cauchy e no Teorema do valor intermédio . Se escolhermos um intervalo[a,b] onde a função em estudo mude de sinal nos extremos, f(a)f(b)<0, então existepelo menos um zero entre a e b. Se de seguida dividirmos o intervalo em duasmetades e escolhermos para novo intervaloaquela metade cujos extremos garantamque a função muda de sinal e se continuarmos a repetir este processo, estaremos a aproximarmo-nos do zero.

Método da Bissecção

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DescriçãoMétodo da Bissecção

a

f(a)

b

f(b)

x

yf(x)

f(a)f(b)>0Poderá não haver zerosTentar outro intervalo

Escola Náutica I.D.Henrique 42 de 92

DescriçãoMétodo da Bissecção

a

f(a)

b

f(b)

x

yf(x)

f(a)f(b)>0Poderá não haver zerosTentar outro intervalo

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DescriçãoMétodo da Bissecção

a

f(a)

b

f(b)

x

yf(x)

f(a)f(b)<0Existe pelo menos um zeroIniciar as iterações

Escola Náutica I.D.Henrique 44 de 92

DescriçãoMétodo da Bissecção

a

f(a)

b

f(b)

x

yf(x)

2bap +=

p

f(p)

f(a)f(p)<0Existe pelo menos um zeroFazer b=p

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DescriçãoMétodo da Bissecção

a

f(a)

x

yf(x)

2bap +=

b

f(b)

p

f(p)

f(a)f(p)<0Existe pelo menos um zeroFazer b=p

Escola Náutica I.D.Henrique 46 de 92

DescriçãoMétodo da Bissecção

a

f(a)

x

yf(x)

2bap +=

b

f(b)

f(a)f(p)<0Existe pelo menos um zeroFazer b=p

p

f(p)

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DescriçãoMétodo da Bissecção

a

f(a)

x

yf(x)

2bap +=

f(p)f(b)<0Existe pelo menos um zeroFazer a=p

b

f(b)p

f(p)

Escola Náutica I.D.Henrique 48 de 92

DescriçãoMétodo da Bissecção

x

yf(x)

...e assim sucessivamenteaté que f(p)≈0 (ou outro qualquercritério de paragem)

b

f(b)a

f(a)

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Dados de entrada ou input: a,b – extremos do intervaloN – nº de iterações máximoerro – erro máximo admitido

Dados de saída ou output:p – valor aproximado do zero da função

Ler a,bLer NLer erro

AlgoritmoMétodo da Bissecção

Escola Náutica I.D.Henrique 50 de 92

Processamento:n=1Do While n≤≤≤≤N

p=(a+b)/2If |f(p)|<erro or (b-a)/2<erro Then

Escrever “o zero é”, pSair do ciclo

EndifIf f(a)*f(p)<0 Then

b=pElse

a=pEndifn=n+1

EnddoIf n>N Then

Escrever “Método não converge ao fim de”, N, “iterações”

EndifFim

AlgoritmoMétodo da Bissecção

Mathcad Document

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Escola Náutica I.D.Henrique 51 de 92

Processamento:n=1Do While n≤≤≤≤N

p=(a+b)/2If |f(p)|<erro or (b-a)/2<erro Then

Escrever “o zero é”, pSair do ciclo

EndifIf f(a)*f(p)<0 Then

b=pElse

a=pEndifn=n+1

EnddoIf n>N Then

Escrever “Método não converge ao fim de”, N, “iterações”

EndifFim

AlgoritmoMétodo da Bissecção

Qual será a melhor forma de calcular p para reduzir os erros de arredondamento? Será esta

p=a+(b-a)/2?(TPC)

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Critérios de paragemAlguns dos critérios de paragem destealgoritmo podem ser:

Método da Bissecção

( )

erroab

aerroa

aberropf

perrop

pperropp

nn

nn

nn

n

nn

nn

nn

<−

≠<−<

≠<−

<−

2)5

0,)4

)3

0)2

)1

1

1

Nota: n-iteração n; erro-máximo erro admitido

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ConvergênciaMétodo da Bissecção

Teorema: Seja f∈∈∈∈C[a,b] e se f(a) x f(b)<0 (sinaiscontrários), então o algoritmo do método da bissecção gera uma sequência {{{{pn}}}} que se aproxima de um zero p com a propriedade

12

≥−≤− nparaabpp nn

Escola Náutica I.D.Henrique 54 de 92

ConvergênciaMétodo da Bissecção

12

≥−≤− nparaabpp nn

Demo:

nnnn

nabppab

abppab

abppabab

222

242

222

1

221

2

10

1

0

−≤−−=∆=∆

−≤−−=∆=∆

−≤−−=∆=∆

−=∆

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ConvergênciaMétodo da Bissecção

Podemos então dizer que 2n é a razão de convergência do método. Como um dos critérios de paragem élogo

podendo-se, assim, estimar o número de iterações, n, necessárias para aproximar a raíz com um erro inferior a erro:

erropp nn ≤− −1

)2ln()ln()ln( erroabn −−>

Mathcad Document

12

≥−≤− nparaabpp nn

naberro

2−=

Escola Náutica I.D.Henrique 56 de 92

Vantagens/DesvantagensVantagens:

SimplesConverge sempre

Desvantagens:Lento a convergir

Método da Bissecção

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Método de Newton-Raphson

Escola Náutica I.D.Henrique 58 de 92

DescriçãoO Método de Newton-Raphson ou só Métodode Newton baseia-se na aproximação do zero da função através de sucessivastangentes. Partindo de uma estimativainicial do zero determina-se a tangente à função nesse ponto. A tangenteprovavelmente intersectará o eixo das abcissas e determinará o ponto seguintepara o qual se calcula novamente a tangente na função e assim por dianteaproximando-se da raíz.

Método de Newton-Raphson

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Descrição

p0

f’(p0)

x

yf(x)

Método de Newton-Raphson

)()(

)()()(

)(0)()(

)(

0

00

10000

10

000

0

pfpfpp

logo

ppfppfpf

bppfbppfpf

bxpfybmxy

1 ′−=

′−′=

+′=+′=

+′=⇒+=

p1

)()(

1

11

−− ′

−=n

nnn pf

pfpp:ndogeneraliza

Escola Náutica I.D.Henrique 60 de 92

Descrição

p0

f’(p0)

x

yf(x)

Método de Newton-Raphson

p1

f’(p1)

por Chedas Sampaio

Métodos Numéricos - Solução de equações de uma variávelEscola Náutica I.D.Henrique

Escola Náutica I.D.Henrique 61 de 92

Descrição

p0

f’(p0)

x

yf(x)

Método de Newton-Raphson

p1

f’(p1)

p2

f’(p2)

Escola Náutica I.D.Henrique 62 de 92

Dados de entrada ou input: p0 – estimativa inicialN – nº de iterações máximoerro – erro máximo admitido

Dados de saída ou output:p – valor aproximado do zero da função

Ler p0

Ler NLer erro

AlgoritmoMétodo de Newton-Raphson

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Escola Náutica I.D.Henrique 63 de 92

Processamento:n=1Do While n≤≤≤≤N

p= p0-f(p0)/f’ (p0)If | p-p0 |<erro Then

Escrever “o zero é”, pSair do ciclo

Endifp0=p n=n+1

EnddoIf n=N Then

Escrever “Método não converge ao fim de”, N, “iterações”

EndifFim

AlgoritmoMétodo de Newton-Raphson

Escola Náutica I.D.Henrique 64 de 92

Critérios de paragemAlguns dos critérios de paragem destealgoritmo podem ser:

( ) erropf

perrop

pperropp

n

nn

nn

nn

<

≠<−

<−

)3

0)2

)1

1

1

Nota: n-iteração n; erro-máximo erro admitido

Método de Newton-Raphson

por Chedas Sampaio

Métodos Numéricos - Solução de equações de uma variávelEscola Náutica I.D.Henrique

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Vantagens/DesvantagensVantagens:

SimplesRápido a convergir

Desvantagens:Nem sempre convergeNecessidade de se conhecer a derivadada funçãoMuito sensível à estimativa inicialSe a derivada for nula o método falha

Método de Newton-Raphson

Mathcad Document

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Método da Secante

por Chedas Sampaio

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DescriçãoO Método da Secante é uma pequenavariação do método de Newton. É em tudoigual ao método de Newton com a excepçãode que as derivadas nos pontos não sãoexactas mas sim aproximadas. Esta varianteé útil uma vez que para funções complexasé por vezes muito difícil calcular a suaderivada.

Método da Secante

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DescriçãoPor definição de derivada:

Método da Secante

1

11

)()(lim)(1 −

→− −−=′

− n

npxn px

pfxfpfn

se x=pn-2

12

121

)()()(−−

−−− −

−≈′nn

nnn pp

pfpfpf

Como para calcularmos a derivadaaproximada necessitamos de 2 pontos passaa ser necessário que o método arranquecom uma estimativa inicial de 2 pontos.

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Dados de entrada ou input: p0 , p1 – estimativas iniciaisN – nº de iterações máximoerro – erro máximo admitido

Dados de saída ou output:p – valor aproximado do zero da função

Ler p0 , p1

Ler NLer erro

AlgoritmoMétodo da Secante

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Processamento:n=2Do While n≤≤≤≤N

p= p1-f(p1)(p0 -p1)/[f(p0)- f(p1)]If | p-p1 |<erro Then

Escrever “o zero é”, pSair do ciclo

Endifp0= p1p1= pn=n+1

EnddoIf n=N Then

Escrever “Método não converge ao fim de”, N, “iterações”

EndifFim

AlgoritmoMétodo da Secante

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Exercícios:

Programe em MathCad, Maple, MatLab ouFortran o Método da Secante. Teste-o com a função

e determine a raíz existente no intervalo[0,ππππ/2].

AlgoritmoMétodo da Secante

xxxf −= )cos()(

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Critérios de paragemAlguns dos critérios de paragem destealgoritmo podem ser:

( ) erropf

perrop

pperropp

n

nn

nn

nn

<

≠<−

<−

)3

0)2

)1

1

1

Nota: n-iteração n; erro-máximo erro admitido

Método da Secante

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Vantagens/DesvantagensVantagens:

SimplesRápido a convergir como o método de Newton e não necessita do conhecimento da derivada da função

Desvantagens:Nem sempre convergeMuito sensível à estimativa inicialSe a derivada for nula o método falha

Método da Secante

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Método do Ponto Fixo

por Chedas Sampaio

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DescriçãoEste método baseia-se na solução da equação f(x)=0 a partir da sua alteraçãopara a forma g(x)=x. Esta alteração podeconseguir-se de diferentes formas como a seguinte:

Método do Ponto Fixo

)()( xfxxg −≡Podemos vêr que quando x=p de forma a que g(p)=p então p é uma raíz de f ouf(p)=0:

0)()()(

=−==

pflogopfppentãoppgse

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DescriçãoDefinição:Se g é definida em [a,b] e se g(p)=p paraalgum p∈∈∈∈[a,b], então diz-se que a função gtem um ponto fixo p em [a,b] .

Método do Ponto Fixo

x

y

a b

y=x

y=g(x)

p

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DescriçãoMétodo do Ponto Fixo

Teorema:Seja g∈∈∈∈C[a,b] e g(x)∈∈∈∈[a,b] para todo o x∈∈∈∈[a,b], então g tem um ponto fixo p em[a,b] . Se além disso g´(x) existe em [a,b] e |g´(x)|≤≤≤≤k<1 para todo o x∈∈∈∈[a,b], então gtem um ponto fixo único p em [a,b] .

x

y

a b

y=x

y=g(x)p

a

b

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Descrição

1 0.5 0 0.5 1

1

0.5

0.5

11

1−

f x( )

11− x

Função f(x)

Método do Ponto Fixo

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Descrição

Funções y=g(x) e y=x

1 0.5 0 0.5 1

0.5

0.50.5

0.5−

g x( )

x

11− x

Método do Ponto Fixo

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Descrição

Funções y=g(x) e y=x

1 0.5 0 0.5 1

0.5

0.50.5

0.5−

g x( )

x

11− x

p0

g(p0)

p1

g(p1)

p2

g(p2)

p

Método do Ponto Fixo

)( 11 −− −= nnn pfpp

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Dados de entrada ou input: p0 – estimativas iniciaisN – nº de iterações máximoerro – erro máximo admitido

Dados de saída ou output:p – valor aproximado do zero da função

Ler p0

Ler NLer erro

AlgoritmoMétodo do Ponto Fixo

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Processamento:n=1Do While n≤≤≤≤N

p= p0-f(p0)If | p-p0 |<erro Then

Escrever “o zero é”, pSair do ciclo

Endifp0= pn=n+1

EnddoIf n=N Then

Escrever “Método não converge ao fim de”, N, “iterações”

EndifFim

AlgoritmoMétodo do Ponto Fixo

Mathcad Document

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Critérios de paragemAlguns dos critérios de paragem destealgoritmo podem ser:

( ) erropf

perrop

pperropp

n

nn

nn

nn

<

≠<−

<−

)3

0)2

)1

1

1

Nota: n-iteração n; erro-máximo erro admitido

Método do Ponto Fixo

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ConvergênciaMétodo do Ponto Fixo

Teorema:Seja g∈∈∈∈C[a,b] e g(x)∈∈∈∈[a,b] para todo o x∈∈∈∈[a,b]. Se além disso g´(x) existe em [a,b], se|g´(x)|≤≤≤≤k<1 para todo o x∈∈∈∈[a,b] e se p0 é qualquer número em [a,b], então a sequência definida por pn=g(pn-1) para n≥≥≥≥1converge para o ponto fixo único p em [a,b] .Demo:

[ ]

{ } pparaconvergeplogo

ppkppkcomoppkppkkppkpp

dondebacparappkppcgpgpgpp

nn

n

nnn

nnnn

nnnn

∞=

∞→∞→

−−

−−−

=−≤−⇒<−≤≤−≤−≤−

∈−≤−′≤−=−

0

0

021

111

0limlim1...

,)()()(

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ConvergênciaMétodo do Ponto Fixo

Corolário:Se g satisfaz as hipóteses do teoremaanterior o erro do método do ponto fixo é limitado por: { }

1,max 00

≥−−≤−

ntodoparapbapkpp n

n

Corolário:Se g satisfaz as hipóteses do teoremaanterior o erro do método do ponto fixo é limitado por:

11 01

−−

≤−

ntodopara

ppk

kppn

n

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ConvergênciaMétodo do Ponto Fixo

Podemos concluir que a razão de convergência deste método depende do factor e que quanto menor for k (limite

de g’) mais rápida é a convergência.k

k n

−1

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Vantagens/DesvantagensVantagens:

SimplesRápido a convergir

Desvantagens:Nem sempre converge

Método do Ponto Fixo

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Funções do MathCad paradeterminação de raízes

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Raízes reaisPode usar-se o Método da Secante que é implementado pela função root, ou solve do menu Symbolics.

Funções do MathCad para determinação de raízes

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Raízes reais e/ou complexasUsa-se solve do menu Symbolics ou, no caso de polinómios, a função polyroots.

Funções do MathCad para determinação de raízes

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Referências bibliográficasNumerical Analysis, Burden et al. Wadsworth International Student Edition 1981

Métodos Numéricos, Heitor PinaInstituto Superior Técnico1982

ME 352 Engineering Numerical Methodshttp://www.me.pdx.edu/~gerry/class/ME352/Gerald W.Recktenwald2003

Apontamentos de Métodos Computacionais, Chedas Sampaio, ENIDH1992

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FIM