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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO INFLUÊNCIA DA PRÉ-EXAUSTÃO DO GRUPO MUSCULAR BÍCEPS BRACHII NA EXECUÇÃO DO EXERCÍCIO DE PUXADA ALTA DORSAL DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM CIÊNCIAS DO DESPORTO COM ESPECIALIZAÇÃO EM ATIVIDADES DE ACADEMIA MARIA DE LURDES SALGADO GERALDES Orientador: Prof. Doutor José Manuel Vilaça Maio ALves VILA REAL, 2013

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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

INFLUÊNCIA DA PRÉ-EXAUSTÃO DO GRUPO MUSCULAR BÍCEPS BRACHII NA EXECUÇÃO DO

EXERCÍCIO DE PUXADA ALTA DORSAL

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM CIÊNCIAS DO DESPORTO COM ESPECIALIZAÇÃO EM ATIVIDADES DE ACADEMIA

MARIA DE LURDES SALGADO GERALDES

Orientador: Prof. Doutor José Manuel Vilaça Maio ALves

 

 

 

VILA REAL, 2013

Page 2: Msc Mlsgeraldes

II  

INFLUÊNCIA DA PRÉ-EXAUSTÃO DO GRUPO MUSCULAR BÍCEPS BRACHII NA EXECUÇÃO DO

EXERCÍCIO DE PUXADA ALTA DORSAL

MARIA DE LURDES SALGADO GERALDES

Orientador: Prof. Doutor José Manuel Vilaça Maio ALves

UTAD Vila Real – 2013

Page 3: Msc Mlsgeraldes

III  

FICHA CATALOGRÁFICA

 

 

  Geraldes, Maria de Lurdes Salgado. Influência da pré-exaustão do grupo Bíceps brachii na execução do exercício de Puxada Alta Dorsal. Vila real: [s.n], 2013.

Orientador: Professor Doutor José Manuel Vilaça Maio Alves Dissertação (Mestrado) Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. PALAVRAS-CHAVE: Pré-exaustão, puxada alta dorsal, número de repetições, tipo de pega.

Page 4: Msc Mlsgeraldes

IV  

Dissertação de Mestrado realizada com

vista à obtenção do Grau de Mestre em

Ciências do Desporto, área de

Especialização em Atividades de

Academia, pela Universidade de Trás-

os-Montes e Alto Douro

Page 5: Msc Mlsgeraldes

V    

AGRADECIMENTOS

Do inicio ao fim do meu mestrado contei com o apoio, amizade e

confiança de algumas pessoas. De uma forma particular, agradeço, a todas

pela contribuição direta e indireta na elaboração deste trabalho, que passo a

citar:

Ao Professor Doutor José Manuel Vilaça Maio Alves, orientador da

dissertação, agradeço de coração todo o apoio prestado, a partilha do saber e

as valiosas contribuições para o trabalho. Obrigado por me continuar a

acompanhar nesta jornada e por estimular o meu interesse pelo conhecimento

e pela vida académica.

Ao Moove Healt Club em Vila Real, especialmente ao seu responsável

Filipe Madeira Pinto que autorizou a realização do estudo, o meu muitissímo

obrigado. Um agradecimento especial também ao grupo de utentes

frequentadores desta mesma empresa que colaboraram connosco tendo sido

muito prestimosos e pacientes, dispensando algum do seu tempo.

À Senhora Virgínia Pinheiro (funcionária da FADEUP) pela valiosa ajuda

em apoio bibliográfico que contribuiu para a realização desta dissertação. Grata

pela sua atenção e simpatia, foi incansável! Ficará sempre na minha memória a

sua bondade e prestação.

Ao meu amado esposo (Buno Esteves), que sempre me estimula a

crescer científica e pessoalmente, à minha filha (Lara) que apesar de tenra

idade, permitiu os meus estudos, minha acompanhante e eterna amiga. Amo-

vos muito! Obrigados pela compreensão de todos os sacrifícios a que

estiveram sujeitos por mim para que esta dissertaçao pudesse ser

concretizada, e a que atribulado trajeto me obrigou.

Sou muito grata a todos os meus familiares, nomeadamente, à minha

mãe (Mabilde Salgado) por todo o amor e carinho, incentivo e apoio

incondicional. Ao meu pai (Carlos Geraldes), que mesmo já não estando

presente entre nós estará sempre vivo no meu pensamento e no meu coração.

A vocês uma só única palavra, adoro-vos!

Page 6: Msc Mlsgeraldes

VI  

O meu profundo e sentido agradecimento à minha cunhada Marília

Morais, que com muito carinho e apoio, não mediu esforços, acompanhando-

me sempre e presencialmente nesta etapa da minha vida contribuindo para a

minha chegada! Obrigada por toda a amizade e carinho.

Aos meus estimados sogros (Ilda e Amândio Esteves) pelo

encorajamento a fim de prosseguir com este trabalho.

Por último e não menos importante à minha sobrinha (Maria Esteves)

pelo apoio e disponibilidade demonstrado. Obrigada pela imensidão da tua

amizade e afeto.

Áqueles que não particularizei e que de várias formas contribuiram para

o sucesso deste trabalho, o meu muito obrigado!

Page 7: Msc Mlsgeraldes

VII  

ÍNDICE GERAL

FICHA CATALOGRÁFICA ................................................................................. III

AGRADECIMENTOS ......................................................................................... V

ÍNDICE GERAL ................................................................................................ VII

ÍNDICE DE TABELAS ....................................................................................... IX

ABREVIATURAS ................................................................................................ X

RESUMO ........................................................................................................... XI

ABSTRACT ...................................................................................................... XII

1.INTRODUÇÃO ................................................................................................. 1

1.2.OBJETIVOS DO ESTUDO ............................................................................ 5

2.METODOLOGIA ............................................................................................... 6

2.1.AMOSTRA ..................................................................................................... 7

2.2.PROCEDIMENTOS ....................................................................................... 7

2.3.INSTRUMENTOS E MEDIÇÕES .................................................................. 8

2.3.1.ESTATURA .......................................................................................... 9

2.3.2.MASSA CORPORAL ........................................................................... 9

2.3.3.PERCENTAGEM DE GORDURA ESTIMADA ..................................... 9

2.3.4.AVALIAÇÃO DO NÚMERO DE REPETIÇÕES ................................. 10

2.3.5.AVALIAÇÃO DA PERCEÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO .............. 10

2.3.6.MEDIÇÃO DE 1 RM ........................................................................... 12

2.4.TRATAMENTO ESTATÍSTICO ................................................................... 12

3.RESULTADOS ............................................................................................... 14

4.DISCUSSÃO .................................................................................................. 17

5.CONCLUSÕES .............................................................................................. 22

6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 24

Page 8: Msc Mlsgeraldes

VIII  

7.ANEXOS ......................................................................................................... 27

ANEXO I – PAR-Q TESTE

ANEXO II – ANAMENESE

ANEXO III – TERMO INDIVIDUAL DE CONSENTIMENTO

ANEXO IV – ESCALA OMNI DE PERCEÇÃO DE ESFORÇO PARA OS

EXERCÍCIO DE TREINO DE FORÇA E TREINO AERÓBIO NUM

CICLOERGÓMETRO

Page 9: Msc Mlsgeraldes

IX  

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Médias e respetivos desvios padrão das características

antropométricas e de uma repetição máxima (1RM) dos exercícios utilizados 15

Tabela 2 - Médias e respetivos desvios padrão do número de repetições e da

perceção subjetiva de esforço (OMNI) dos exercícios Puxada Alta Dorsal com

pega aberta (PADFPA) e com pega fechada (PADFPF), com e sem pré-

exaustão, dos sujeitos da Amostra .................................................................... 16

Page 10: Msc Mlsgeraldes

X    

ABREVIATURAS

BB – Músculo Bíceps Brachii

CB – Curl de Bíceps

LD – Músculo latissimus Dorsi

MT – Músculo Médium Trapezius

PA – Pega Aberta

PAD – Puxada Alta Dorsal

PADF – Puxada Alta Dorsal à Frente

PADFPA – Puxada Alta Dorsal à Frente com Pega Aberta

PADFPF – Puxada Alta Dorsal à Frente com Pega Fechada

PF – Pega Fechada

RM – Repetição Máxima

RO – Músculos rhomboids

TF – Treino de Força

Page 11: Msc Mlsgeraldes

XI  

RESUMO

O método de pré-exaustão consiste na indução de fadiga, através de um exercício mono articular, num músculo ou grupo muscular interveniente no exercício seguinte. Desta forma, procuramos verificar os efeitos da pré-exaustão do grupo muscular Bíceps Brachii (BB), através do exercício Curl Bíceps com barra (CB), no número de repetições no exercício de puxada alta dorsal à frente (PADF) com pega aberta (PA) ou fechada (PF). Desta forma, tentamos observar se: i) a distância entre mãos, na execução do exercício PADF influenciava o número de repetições e a perceção subjetiva de esforço; ii) se o sexo dos sujeitos da amostra influenciava as variáveis em estudo. O estudo foi constituído por 19 indivíduos, caucasianos, aparentemente saudáveis, divididos por sexo. GM, n=8, (27,13±2,85 anos de idade, 180,63±6,65 cm de estatura, 82,05±8,92 Kg de massa corporal e 14,67±6,09% de gordura estimada) e GF, n=11 (28,81±3,68 anos de idade, 162,91±6,51cm de estatura, 59,63±6,47Kg de massa corporal e 24,11±4,33% de gordura estimada). O exercício de PADF, quer com pega aberta e com pega fechada, com e sem pré-exaustão, e o exercício CB foram realizados com uma cadência de execução, na fase concêntrica e excêntrica do movimento, de 60 bat.min-1 e com uma carga de cerca 70% da 1RM. Foram efetuadas, igualmente, 3 séries de10 repetições, separadas entre si por 90 segundos de intervalo no exercício CB, para criar pré-exaustão. Foram realizadas 4 sessões, de forma aleatória, com um intervalo entre si de 72 horas. Foi observado no sexo feminino diferenças estatisticamente, significativas, no número de repetições, entre o tipo de pega utilizado (F=4,662; P=0,37; η=0,104) e a utilização ou não de pré-exaustão (F=20,626; P=0,000; η=0,340). No sexo masculino existiu, igualmente, uma diminuição na utilização ou não de pré-exaustão nas duas formas de pegas utilizadas (F=42,250; P=0,000; η=0,601). Observou-se, igualmente, uma diminuição do número de repetições executadas no sexo feminino, em relação ao sexo masculino, na execução dos exercícios PADFPF, sem pré-exaustão, e PADFPF com pré-exaustão (F=9,352; p=0,007; η=0,355). Em relação à perceção subjetiva de esforço medida através da escala de OMNI-RES (OMNI), pudemos observar que existe um aumento significativo na realização do exercício PADFPA (F=47,872; P=0,000; η=0,545 e F=38,877; P=0,000; η=0,581, sexo feminino e masculino, respetivamente), quer no sexo masculino quer no feminino, com pré-exaustão. Existiu, igualmente, um maior valor de PSE entre a execução do PADFPF em relação à execução do PAFPA, em ambos os sexos (F=13,617; P=0,001; η=0,254 e F=5,277; P=0,029; η=0,159, sexo feminino e masculino, respetivamente). Foi concluido, que a pré-exaustão parece levar a uma diminuição do número de repetições e a perceção subjetiva de esforço, quer no sexo masculino quer no sexo feminino. Contudo, parece somente existir influência no tipo de pega utilizada nos sujeitos do sexo feminino.

Palavras chave: pré-exaustão; puxada alta dorsal, número de repetições, tipo de pega

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XII  

ABSTRACT

The pre-exhaustion method is a strength training method to inducing fatigue, through monoarticulate exercise, into a muscle or muscle group that will participate in the following exercise. In this way, the aim of this study was to verify the effects of the pre-exhaustion of Biceps Brachii (BB), by the biceps Curl with barbell (CB) exercise, on the number of repetitions in the performance of the exercise Front Lat Pull Down (FLPD) with open (O) or closed (C) handle. In this way, we tried verify if: i) the distance between the hands, in the execution of the exercise FLPD had influence on the number of repetitions and on the subjective perception of effort (SPE); ii) if the sex had influence in the variables under study. The sample of this study consisted of 19 individuals, apparently healthy, Caucasian, divided by sex. Male group (MG), n=8, (27.13±2.85 years old; 180.63±6.65 cm height; 82.05±8.92 Kg weight; and 6.09±14.67% of estimated fat) and Female Group (FG), n=11 (28.81±3.68 years old; 162.91±6.51 cm height; 59.63±6.47 kg weight; and 4.33±24.11% of estimated fat). The movement of FLPD, with the open and closed handle and with and without pre-exhaustion, and CB were performed with a cadence of 60 bat.min-1, with a load of 70% of 1RM. Were performed 3 sets of 10 repetitions, with an interval between sets of 90 seconds, on the CB exercise, to promote a pre-exhaustion. The four testing sessions were performed with a 72 hours interval between them. On the female, differences were observed on the number of repetitions, between the open and closed handle (F=4,662; P=0,37; η=0,104), and the use of the pre-exhaustion (F=20,626; P=0,000; η=0,340). On the male, differences were observed too, and negative influence of the pre-exhaustion on the number of repetitions, when the FLPD was performed with close and open handle (F=42,250; P=0,000; η=0,601). The MG performed a higher number of repetitions than FG, on the FLPD, with the close handle, with and without pre-exhaustion (F=9,352; P=0,007; η=0,355). The SPE, assessed trough OMNI-RES scale (OMNI) was higher in all subjects when the FLPAD was performed with pre-exhaustion (F=47,872; P=0,000; η=0,545 and F=38,877; P=0,000; η=0,581, female and male, respectively). It was, also, observed a higher SPE when the FLPD was performed with the handle closed when compare with the same exercise performed with the handle open, in both sex (F=13,617; P=0,001; η=0,254 and F=5,277; P=0,029; η=0,159, female and male, respectively). In conclusion, pre-exhaustion can promote more fatigue and SPE, in both sex. However, the influence of handle used was only seeing on the female.

Keywords: Pre-exhaustion; Front Lat Pull Down; repetitions number; handle type

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1  

1.INTRODUÇÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 Introdução

INFLUÊNCIA DA PRÉ-EXAUSTÃO DO GRUPO MUSCULAR BÍCEPS BRACHII NA EXECUÇÃO DO EXERCÍCIO DE PUXADA ALTA DORSAL

 

 

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1.INTRODUÇÃO  

2  

1.INTRODUÇÃO

A correta manipulação das variáveis do Treino de Força (TF) assume um

papel determinante no resultado pretendido (Fleck & Kraemer, 2006). Várias

são as variáveis do TF, tais como: número de séries; repetições dos exercícios;

tempo de descanso entre série; exercícios e dias de treino; percentagem de

carga utilizada; tipo de contração muscular; cadência de execução do

exercício; escolha dos exercícios e ordem de execução dos exercícios (Fleck &

Kraemer, 2006).

Dentro das variáveis anteriormente referidas, a ordem dos exercícios e a

sua influência na capacidade de produzir trabalho tem sido estudada (Sforzo &

Touey, 1996; Spreuwenberg et al, 2006; Simão et al., 2005). Com base nos

resultados dos estudos anteriormente referidos, podemos afirmar que se

consegue executar um trabalho superior nos exercícios de TF que são

executados no início da sessão de treino, quer nos exercícios que envolvem os

membros superiores (Simão et al., 2005), quer os que envolvem os membros

inferiores (Spreuwenberg et al, 2006; Simão et al., 2005) .

A pré-exaustão é um método de TF que manipula a ordem de execução

de dois exercícios de TF e consiste na realização de um exercício

monoarticular seguido de um exercício pluriarticular, em que em ambos

intervêm pelo menos um músculo, ou grupo muscular, como agonista de

ambos os exercícios. Este método de TF pretende, primeiramente, causar

fadiga de um determinado músculo, ou grupo muscular, que intervêm como

agonista nos dois exercícios utilizados. Desta forma, proporcionando uma

maior solicitação do músculo, ou grupo muscular que se pretende enfatizar no

exercício pluriarticular e uma menor solicitação do músculo, ou grupo muscular,

alvo da pré-exaustão. Este fato é demonstrado no estudo elaborado por

Augustsson et al., (2003), em que é avaliada a capacidade de produzir

trabalho, no exercício de agachamento (exercício pluriarticular) quando

antecedido do exercício de extensão de pernas (exercício monoarticular).

Observou-se, no estudo anteriormente referido, uma diminuição da capacidade

de produzir trabalho no exercício de Agachamento, podendo este resultado ser

Page 15: Msc Mlsgeraldes

1.INTRODUÇÃO  

3  

devido ao grupo muscular quadriceps femoris, importante agonista nos dois

exercícios, ter sido pré fatigado.

Tendo como base o estudo anterior, levanta-se a questão: quando

pretendemos enfatizar o trabalho de determinado grupo muscular ou músculo,

através de um exercício pluriarticular, podemos auxiliarmo-nos de um exercício

monoarticular, que proporcione uma pré-exaustão de outro músculo ou grupo

muscular, que igualmente intervenha como agonista do movimento do exercício

pluriarticular. Proporcionando, assim, uma menor ativação do grupo muscular

ou músculo que sofreu a pré-exaustão e hipoteticamente aumentar a

solicitação dos restantes grupos musculares solicitados no exercício pluri

articular?

Um dos exercícios mais usados, no TF, é o exercício de puxada alta

dorsal (PAD). Neste exercício intervêm os seguintes grupos musculares:

latissimus dorsi (LD), os rhomboids (RO), médium trapezius (MT) e bíceps

brachii (BB).

A forma de execução do exercício PAD possui várias variantes. Essas

variantes tem haver: com a direção da barra, que poderá ser levada a parte

superior do peito ou à parte posterior do pescoço; com a amplitude entre mãos

ao segurar a barra, mais ampla ou menos ampla; e com o agarre das mãos na

barra, em pronação ou supinação.

Vários autores têm-se debruçado sobre o efeito da utilização das

variáveis anteriormente referidas na solicitação dos diferentes grupos

musculares intervenientes neste exercício (Sperandei et al 2009; Lusk et al,

2010). No caso de Sperandei et al., (2009), foi estudado o efeito de diferentes

formas de execução do exercício PAD (à frente, a trás do pescoço e com uma

barra V), foi concluído que a forma mais segura para a articulação do ombro

era a puxada alta à frente e em V em relação à puxada alta dorsal a trás do

pescoço. No estudo de Lusk et al., (2010), foi observado que existia uma

melhor ativação do músculo latissimus dorsi, na execução do PAD à frente do

tronco com as mãos em pronação, independentemente da amplitude utilizada

das mãos. Este estudo utilizou eletromiografia de superfície e foi demonstrado

que com a variação da amplitude das mãos outros grupos musculares,

Page 16: Msc Mlsgeraldes

1.INTRODUÇÃO  

4  

intervenientes no exercício, eram mais solicitados consoante a alteração da

amplitude das mãos e da utilização das mãos em pronação ou em supinação.

Sendo o grupo muscular BB, no exercício PAD à frente do tronco com as mãos

em pronação, o mais solicitado com uma amplitude de pega à largura dos

ombros, torna-se pertinente estudar-se com a pré-exaustão deste grupo

muscular, através de um exercício de TF monoarticular, influencia o número de

repetições no exercício PADF com pega fechada (PADFPF).

Em relação ao sexo dos indivíduos, os estudos apontam para que em

termos absolutos os do sexo masculino apresentavam valores

significativamente superiores aos do sexo feminino, nos níveis de força

muscular, especialmente nos grupos musculares da parte superior do corpo e

uma maior percentagem de massa isenta de gordura (Hubal, et al, 2005;

Staron, 1994). Contudo, num estudo realizado por Rhea (2004), observou uma

resposta idêntica, em relação aos níveis de força muscular, entre sexos,

quando relativizados a percentagem de massa isenta de gordura corporal.

Segundo Lemmer et al., (2007), existem alterações regionais, que afetam a

capacidade de produzir força maxima, entre sexos. Apresentando os indivíduos

do sexo feminino, em termos relativos, uma capacidade ligeiramente superior

de produzir força nos membros inferiores em relação aos do sexo masculino.

Por sua vez Kell, (2011), observou uma maior resposta por parte dos indivíduos

do sexo feminino, em relação aos do sexo masculino, a um TF periodizado

para melhoria da resistência muscular localizada. Contudo, quando é

observada a amostra, os sujeitos do sexo masculino eram já treinados e os do

sexo feminino eram praticantes recreativas. Este facto, pode ter influenciado o

resultado, pois as adaptações ao treino são mais acentuadas em indivíduos

menos treinados quando comparados com treinados. Noutro estudo de

Salvadora et al., (2009), foi observado uma diminuição, significativa, do indice

de fadiga nos sujeitos do sexo feminino em relação aos sujeitos do sexo

masculino. De realçar que no estudo de Salvadora et al., (2009), os sujeitos

eram ambos destreinados, pelo menos nos últimos 6 meses, contrariamente ao

estudo de Kell, (2011).

Desta forma, seria pertinente observar se existe diferenças significativas,

no número de repetições e na perceção subjetiva de força (PSE), na realização

Page 17: Msc Mlsgeraldes

1.INTRODUÇÃO  

5  

do exercício PADFPA com a posição das mãos em supinação e PADFPF com

a posição das mãos em pronação, com e sem pré-exaustão entre os sexos.

1.2.OBJETIVOS DO ESTUDO

Os objetivos do presente estudo são: i) observar se existe uma

diferença, significativa, no número de repetições na realização dos exercícios

puxada dorsal à frente, com pega aberta e pega fechada, com e sem pré-

exaustão; ii) observar se existe diferenças, significativas, no número de

repetições e na perceção subjetiva de esforço, com a utilização no exercício de

puxada alta dorsal à frente, com pega aberta e pega fechada, com e sem pré-

exaustão, entre sexos.

Page 18: Msc Mlsgeraldes

 

6  

2.METODOLOGIA

2 Metodologia

INFLUÊNCIA DA PRÉ-EXAUSTÃO DO GRUPO MUSCULAR BÍCEPS BRACHII NA EXECUÇÃO DO EXERCÍCIO DE PUXADA ALTA DORSAL

Page 19: Msc Mlsgeraldes

2.METODOLOGIA  

7  

2.METODOLOGIA

2.1.AMOSTRA

O presente estudo foi constituído por uma amostra de 19 indivíduos,

caucasianos, aparentemente saudáveis, divididos por sexo (masculino e

feminino) formando dois grupos: GM, n=8 (27,13±2,85 anos de idade,

180,63±6,65cm de estatura, 82,05±8,92Kg de massa corporal e 14,67±6,09%

de gordura estimada) e GF, n=11 (28,81±3,68 anos de idade, 162,91±6,51cm

de estatura, 59,63±6,47Kg de massa corporal e 24,11±4,33% de gordura

estimada). Foram utilizados como critérios para inclusão no estudo: praticarem

à pelo menos 6 meses o Treino de Força como método de treino, com uma

frequência semanal mínima de 3 vezes, ausência de histórico de lesões

articulares e músculo esqueléticas e não tomarem nenhum tipo de

medicamento ou suplementação nutricional ergogénica capaz de influênciar a

variável estudada.

2.2.PROCEDIMENTOS

Foi efetuado, na primeira sessão de estudo, uma exposição e

esclarecimento de todos os procedimentos inerentes ao mesmo, bem como

aos possíveis desconfortos que este poderia causar. Foi posteriormente lido e

entregue um termo de consentimento, elaborado segundo a declaração de

Helsinki, que foi assinado por cada participante. Após este procedimento foram

entregues dois questionários: O ParQ-test (ACSM, 2006) e uma anamenese

(ver Anexos). Após o preenchimento, por parte dos sujeitos, destes

questionários e verificado que nenhum critério de inclusão foi violado, foi

efetuada a inclusão dos sujeitos na amostra e foi efetuada a avaliação

antropométrica dos sujeitos e a primeira medição da 1RM nos exercícios:

puxada alta dorsal à frente com pega aberta (PADFPA) com a posição das

mãos em supinação, puxada alta dorsal à frente com pega fechada (PADFPF),

com a posição das mãos em pronação e curl bíceps (CB) com barra com a

posição das mãos em supinação. Na segunda sessão, após 72 horas da

primeira, foi efetuado um re-teste da medição da 1RM dos mesmos exercícios

Page 20: Msc Mlsgeraldes

2.METODOLOGIA  

8  

avaliados na primeira sessão. Na terceira sessão de estudo foram

quantificadas o número de repetições realizadas nos exercícios PADFPA com

a posição das mãos em supinação e PADFPF com a posição das mãos em

pronação, sendo a escolha do exercício a ser avaliado efetuada por sorteio. Na

quarta sessão foi igualmente quantificado o número de repetições realizadas

no exercício não realizado na sessão anterior. Na quinta sessão foi efetuado a

quantificação do número de repetições realizadas do exercício avaliado na

terceira sessão, mas nesta sessão esse exercício é precedido de uma pré-

exaustão do músculo bíceps brachii. Na sexta e última sessão foi efetuado o

mesmo procedimento que na sessão anterior, somente diferindo no exercício a

realizar, que foi o mesmo da quarta sessão. Foram realizadas na terceira,

quarta, quinta e sexta sessões, uma série dos exercícios de PADFPF e

PADFPA com uma cadência de execução da fase concêntrica e excêntrica do

movimento de 60 bat.min-1, com uma carga de cerca 70% da 1RM. No

exercício CB, realizado na quinta e sexta sessões executar e antecedendo os

exercícios PADFPA e PADFPF, foram efectuadas 3 séries de10 repetições,

separas entre si por 90 segundos de intervalo, com uma cadência de execução

da fase concêntrica e excêntrica do movimento de 60 bat.min-1, com uma carga

de cerca 70% da 1RM. O controlo da cadência de execução de todos os

exercícios realizados em todas as sessões foi efetuado através de um

metrónomo (marca Korg TM-40). Todas as sessões tiveram um intervalo entre

si de 72 horas. Foi pedido para os sujeitos da amostra não efetuarem atividade

física vigorosa durante a realização de todo o estudo.

2.3.INSTRUMENTOS E MEDIÇÕES

Foram medidas a estatura, a massa corporal e a percentagem de

gordura estimada de todos os sujeitos da amostra. Igualmente, foi determinada

a 1 RM nos exercícios de CB, PADFPA e PADFPF e o trabalho realizado

nestes dois últimos exercícios. Os procedimentos das medições, anteriormente

referidas, seguiram os protocolos de seguida expostos.

Page 21: Msc Mlsgeraldes

2.METODOLOGIA  

9  

2.3.1.ESTATURA

Foi medida a estatura do sujeito da amostra na posição de pé e

descalço, numa superfície lisa perpendicular ao antropómetro. Os calcanhares

estavam unidos e as pontas dos pés afastadas cerca de 60 graus, os braços ao

longo do corpo, com as palmas das mãos orientadas para as coxas. A cabeça

esteve orientada segundo plano de Frankfurt ou horizontal. O sujeito inspirou

profundamente enquanto se procedeu à medição. A estatura foi determinada

com um Estadiómetro (Physical Nutri, Araraquara, SP, Brasil) com uma

precisão de medida arredondada até ao milímetro (0,1cm).

2.3.2.MASSA CORPORAL

A massa corporal foi medida com uma balança de leitura digital (Seca,

Cirencester, Reino Unido). A massa corporal foi expressa em quilogramas (kg)

e a estatura em metros (m). A medição foi feita sem calçado e com a menor

roupa possível.

2.3.3.PERCENTAGEM DE GORDURA ESTIMADA

O sujeito esteve na posição ereta mas relaxado, sobretudo nos ombros e

nos braços. O local foi previamente marcado. Posteriormente, foi pinçada uma

dobra de pele acerca de 1 cm acima do local de marcação de forma a gordura

subcutânea se separe do músculo. Todas as medidas foram feitas do lado

direito. O avaliador pegou a dobra com o polegar e o indicador da mão

esquerda. O adipómetro foi pegado com a mão direita, sendo aplicado na

dobra perpendicularmente, e a 1 cm a baixo dos dedos (isto é no local

marcado), dependendo da direção da prega, com uma profundidade de 1cm. O

adipómetro exerceu uma pressão durante 2 segundos e só depois se fez a

medição (a dobra foi pegada durante todo o processo de medida). Durante os

procedimentos anteriormente referidos, a escala do adipómetro esteve sempre

voltada para o avaliador. Todas as pregas são medidas três vezes com pelo

menos 2 minutos de intervalo para permitir a reposição da forma normal

alterada pela compressão, o valor intermédio é o valor aceite. As medidas não

devem afastar-se mais de 0,5 mm. O adipómetro utilizado foi de marca Sanny

(AD1010, American Medical do Brasil, Ltda, São Paulo, Brasil).

Page 22: Msc Mlsgeraldes

2.METODOLOGIA  

10  

Foi utilizado para calcular a % de gordura estimada o protocolo de

Guedes, de 3 pregas cutâneas (ACSM, 2006). As pregas medidas foram, no

caso dos sujeitos do sexo masculino, a tricipital, a supra ilíaca e a abdominal, e

no caso dos sujeitos do sexo feminino a sub escapular, a supra-ilíaca e a da

coxa. Foram usadas as seguintes fórmulas para o cálculo da densidade

corporal: no sexo masculino, Densidade=1,17136-0,06706 log (prega tricipital +

prega supra-ilíaca + prega abdominal); e no sexo feminino, Densidade=1,1665-

0,07063 log (prega suprailíaca + prega subescapular + prega da coxa). Para o

cálculo da percentagem de gordura estimada será utilizada a fórmula de Siri,

que é: % de gordura estimada=((4,95/densidade)-4,50)x100.

2.3.4.AVALIAÇÃO DO NÚMERO DE REPETIÇÕES

Foram contadas o número de repetições realizadas nos exercícios de

PADFPA e PADFPF com e sem pré-exaustão, a uma cadência de 60bat.min-1.

Foi dada como terminada a contagem das repetições quando o sujeito não

conseguiu realizá-lo, dentro da cadência e corretamente duas vezes.

2.3.5.AVALIAÇÃO DA PERCEÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO

A avaliação da perceção subjetiva de esforço (PSE) foi efetuada através

da escala subjetiva de esforço OMNI-RES, validada por Lagally & Robertson,

(2006). Foi efetuada uma sessão de familiarização e conhecimento dos

procedimentos, em relação a esta escala, antes da execução da primeira

medição da 1RM e antes do re-teste da mesma medição.

As instruções fornecidas foram as seguintes:

- Nós gostaríamos de usar estas figuras para descrever como você se

sente durante os exercícios de treino de força (mostrar a escala de OMNI, ver

Anexo IV, ao sujeito da amostra);

- Você irá realizar exercícios de treino de força usando os seus membros

superiores. Por favor, olhe para a pessoa que se encontra desenhada na

escala que está a realizar uma repetição do exercício com uma carga leve. Se

você se sente como essa pessoa quando está a executar o seu exercício o seu

Page 23: Msc Mlsgeraldes

2.METODOLOGIA  

11  

nível de esforço é EXTREMAMENTE FÁCIL. Neste caso você deve assinalar o

número zero na escala;

- Agora, olhe para a pessoa que se encontra ilustrada no topo da escala

que está a executar uma repetição do exercício com dificuldade e usando uma

carga muito pesada. Se você se sente como ele a executar o seu exercício, o

seu nível de esforço é EXTREMAMENTE DIFICIL. Neste caso, você deve

apontar o número dez da escala. Se você se sente entre o Extremamente Fácil

(0) e Extremamente Difícil (10), então aponte um número entre 0 e 10;

- Nós vamos pedir para nos apontar na escala um número que descreva

como os seus músculos ativos se sentem. Lembre-se, não existem números

certos ou errados. O número pode mudar consoante se sente ao realizar os

exercícios. Use as figuras e as palavras escritas na escala para selecionar os

números que vai apontar na escala. Use qualquer dos números, que se

encontram na escala, para descrever como se sente quando está a realizar os

exercícios.

Foi igualmente estabelecida uma perceção visual cognitiva de esforço

leve e alta. Este processo instruiu o sujeito a estabelecer, de forma cognitiva,

uma perceção da intensidade do esforço realizado consoante o que está

representado pelo levantador que se encontra na parte inferior da escala de

OMNI-RES (nível 0) e o levantador que se encontra representada no topo

superior da escala (nível 10). Os sujeitos foram instruídos para estabelecer

uma relação visual cognitiva entre o esforço realizado ao executar, durante a

sessão de instrução dos procedimentos dos estudos, o levantando uma carga

extremamente fácil e uma carga extremamente difícil e o nível inferior e

superior representado pelas figuras da escala inclinada OMNI-RES. Os sujeitos

foram instruídos para usar a memória do menor e do maior esforço que tenham

realizado no levantamento de pesos para estabelecer um ligação visual

cognitiva. A escala de OMNI-RES esteve sempre num local onde fosse vista

durante toda a execução do protocolo de estudo.

Foi pedido aos sujeitos da amostra durante a execução dos exercícios

PADPA e PADPF, até à exaustão, para que indicassem, na escala de OMNI-

RES, em que grau de esforço se encontravam: durante a fase concêntrica da

Page 24: Msc Mlsgeraldes

2.METODOLOGIA  

12  

ultima repetição, onde será perguntado qual a perceção de esforço nos

membros superiores do tronco.

2.3.6.MEDIÇÃO DE 1 RM

As determinações da 1RM foram efetuadas seguindo os procedimentos

apresentados por Kraemer & Fry (1995): ativação geral com cinco a dez

repetições com uma carga entre 40 a 60% do máximo percetível; depois de um

minuto de descanso, executaram três a cinco repetições com uma carga de 60

a 80% do máximo percetível; após dois minutos de repouso, foi colocado, de

uma forma conservadora, uma carga próxima da máxima percetível e tentou-se

realizar uma repetição máxima; após esta carga ter sido ou não vencida, foi

permitido um descanso de 5 minutos aumentando ou diminuindo,

respetivamente, o valor da carga. A carga máxima foi aquela em que os

sujeitos da amostra foram capazes de executar uma única repetição. Os

sujeitos da amostra foram sempre acompanhados por um profissional com

experiência no Treino de Força. Foi, igualmente, efetuado um re-teste e foi

escolhido, para determinação da 1RM, a maior carga conseguida nos dois

testes.

2.4.TRATAMENTO ESTATÍSTICO

A análise de todos os dados foi efetuada utilizando o software de

tratamento e análise estatística “Statistical Package for the Social Sciences,

SPSS Science, Chicago, USA” versão 19,0. Foi feita uma análise exploratória

de todos os dados para caracterizar os valores das diferentes variáveis em

termos de tendência central e dispersão. Dessa forma, todas as variáveis foram

sujeitas a uma observação gráfica com o objetivo de detetar a existência de

outliers e possíveis introduções incorretas dos dados. Foram, calculadas, na

análise estatística descritiva, as médias e os respetivos desvios padrão de

cada variável em estudo e em todos os contextos de análise planeados.

Foi usado o Coeficiente de Correlação Intraclasse para testar a

fiabilidade da medição da 1RM nos exercícios PADPA, PADPF e CB. Do

mesmo modo, foi verificada a distribuição da normalidade através do teste de

Shapiro-Wilk e igualmente assegurado e testado a homogeneidade das

Page 25: Msc Mlsgeraldes

2.METODOLOGIA  

13  

variâncias e covariâncias através do teste de Levene. Com o objetivo de

realizar a análise estatística inferencial, efetuamos uma análise da variância

ANOVA a um factor onde foram analisadas a existência ou não de diferenças

entre de pegas utilizadas, a utilização ou não de pré-exaustão e o sexo dos

sujeitos. O nível de significância foi estabelecido em 5%.

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14  

3.RESULTADOS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3 Resultados

INFLUÊNCIA DA PRÉ-EXAUSTÃO DO GRUPO MUSCULAR BÍCEPS BRACHII NA EXECUÇÃO DO EXERCÍCIO DE PUXADA ALTA DORSAL

 

 

Page 27: Msc Mlsgeraldes

3.RESULTADOS  

15  

3.RESULTADOS

Foi observado uma fiabilidade de 99% nos testes de medição da 1RM

em todos os exercícios.

A amostra teve as características antropométricas e de repetição

máxima nos exercícios PADFPA, PADFPF e CB, que podem ser observadas

na tabela 1.

Tabela 1 - Médias e respetivos desvios padrão das características antropométricas e de uma repetição máxima (1RM) dos exercícios utilizados

Masculino Feminino

Idade (anos) 27,13±2,85 28,82±3,68

Estatura (cm) 180,63±6,65 162,91±6,52

Massa Corporal (Kg) 82,05±8,92 59,63±6,47

Gordura Estimada (%) 14,67±6,09 24,11±4,33

1RM PADFPA (Kg) 81,25±18,40 44,36±6,00

1RM PADFPF (Kg) 85,13±21,66 49,27±5,76

1RM CB (Kg) 38,50±7,76 18,36±3,32

PADFPA – exercício de puxada alta dorsal à frente com pega aberta; PADFPF - exercício de puxada alta dorsal à frente com pega fechada; CB – exercício de curl de biceps

No sexo feminino observou-se diferenças estatisticamente significativas,

no número de repetições, entre o tipo de pega utilizado,

(F=4,662,P=0,37,η=0,104) assim como a posição das mãos (supinação e/ ou

pronação) e a utilização ou não de pré-exaustão (F=20,626,P=0,000,η=0,340),

no sexo masculino existe, igualmente, uma diminuição na utilização ou não de

pré-exaustão nas duas formas de pegas utilizadas,

(F=42,250,P=0,000,η=0,601) assim como a posição das mãos (supinação e/ ou

pronação). Observa-se, igualmente, uma diminuição do número de repetições

executadas no sexo feminino em relação ao sexo masculino na execução dos

exercícios PADFPF com a posição das mãos em pronação, sem pré-exaustão

e PADFPF com pré-exaustão (F=9,352;p=0,007; η=0,355).

Page 28: Msc Mlsgeraldes

3.RESULTADOS  

16  

Em relação à perceção subjetiva de esforço medida através da escala

de OMNI-RES (OMNI), podemos observar que existe um aumento significativo

entre a realização do exercício PADFPA com a posição das mãos em

supinação (F=47,872,P=0,000,η=0,545 e F=38,877,P=0,000,η=0,581, sexo

feminino e masculino, respetivamente) com pré-exaustão. Existe, igualmente,

uma diferença significativa entre o exercício PADFPA e a PADFPF, com e sem

pré-exaustão, em ambos os sexos (F=13,617,P=0,001,η=0,254 e

F=5,277,P=0,029,η=0,159, sexo feminino e masculino, respetivamente).

Tabela 2 - Médias e respetivos desvios padrão do número de repetições e da perceção subjetiva de esforço (OMNI) dos exercícios Puxada Alta Dorsal com pega aberta (PADFPA) e com pega fechada (PADFPF), com e sem pré-exaustão, dos sujeitos da Amostra

Masculino Feminino

Sem Pré-Exaustão

Com Pré-Exaustão

Sem Pré-Exaustão

Com Pré-Exaustão

PADFPA (repetições)

13,75±1,58 10,75±2,05* 12,18±1,78 9,91±1,70*

PADFPF (repetições)

14,25±0,71 10,75±0,88* 11,36±2,62 ¥ 8,09±1,86* β ¥

OMNI PADFPA 7,88±0,35 8,75±0,46* 7,64±0,67 8,55±0,52*

OMNI PADFPF 9,50±0,54† 9,75±0,46† 9,18±0,41† 9,73±0,91†

*p<0,05 no número de repetições e na ONMI nos exercícios PADFPA e PADFPF entre a utilização e não de pré-exaustão; ¥ p<0,05 no número de repetições entre sexos no exercício de PADFPF sem e com pré-exaustão; β p<0,05 no número de repetições entre os exercícios PADFPA E PADFPF com pré-exaustão no sexo feminino; † p<0,05 na OMNI entre os exercícios PADFPA E PADFPF com pré-exaustão em ambos os sexos

 

Page 29: Msc Mlsgeraldes

 

17  

4.DISCUSSÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4 Discussão

INFLUÊNCIA DA PRÉ-EXAUSTÃO DO GRUPO MUSCULAR BÍCEPS BRACHII NA EXECUÇÃO DO EXERCÍCIO DE PUXADA ALTA DORSAL

 

 

Page 30: Msc Mlsgeraldes

4.DISCUSSÃO  

18  

4.DISCUSSÃO

O presente estudo teve como objetivos: i) observar se existe uma

diferença, significativa, no número de repetições e na perceção subjetiva de

esforço na realização dos exercícios puxada dorsal à frente (PADF), com pega

aberta e pega fechada, com e sem pré-exaustão; ii) observar se existe

diferenças, significativas, no número de repetições e na perceção subjetiva de

esforço, com a utilização no exercício PADF com pega aberta e pega fechada,

com e sem pré-exaustão, entre sexos.

Foi observado no presente estudo, em ambos os sexos, uma diminuição

do número de repetições, significativa, entre a realização dos exercícios

PADFPF com as mãos em pronação e PADFPA com a mãos em supinação

com e sem pré-exaustão (14,25±0,71 para 10,75±0,88; 13,75±1,58 para

10,75±2,05; 11,36±2,62 para 8,09±1,86; 12,18±1,78 para 9,91±1,70, PADFPF,

PADFPA e sexo masculino e feminino, respetivamente). Estes dados

correboram com o estudo de Augustsson et al. (2003), que observaram uma

diminuição no número de repetições (9,3±2,3 para 7,9±1,4), na realização do

exercício de prensa de pernas, após uma pré-exaustão efetuada através do

exercício de extensão de pernas, quando comparada com o mesmo exercício

sem pré-exaustão. Estes autores observaram, igualmente, na realização do

exercício anteriormente referido, uma diminuição do sinal eletromiográfico dos

músculos rectus femoris e vastus lateralis, demonstrando que o grupos

musculares mais solicitados no exercício que promoveu a pré-exaustão,

(extensão de pernas), diminuiram a sua capacidade de gerar tensão. Igual

efeito foi observado por Gentil et al., (2007) e Brennecke et al. (2009), que o

método de pré-exaustão provocou uma diminuição do sinal eletromiográfico no

grupo muscular pré-exaustado. Nomeadamente, o grupo muscular pectoralis

major, na execução do exercício press de peito horizontal, quando pré-

exaustado com o exercício peck-deck.

Em relação à pega utilizada, não foi observado no presente estudo uma

diminuição do número de repetições, significativa, entre a realização do exercío

PADF, com pega aberta ou pega fechada, quer tenha sido efetuada uma pré-

exaustão ou não. Este facto pode ser explicado pelos dados observados por

Page 31: Msc Mlsgeraldes

4.DISCUSSÃO  

19  

Lusk et al., (2010), onde não foram identificadas alterações, significativas, no

sinal eletromiografico dos músculos latissimus dorsi, médium trapezius e biceps

brachii, com a utilização de pega fechada ou afastada. Contudo, Signorile et al.,

(2002), observaram, igualmente, através de sinal eletromiográfico, uma maior

ativação do músculo latissimus dorsi quando o exercício de PADF era

executado com pega aberta. A diferença entre os estudos de Lusk et al., (2010)

e de Signorile et al., (2002), pode residir no facto de no estudo de Signorile et

al., (2002) o exercício PADF, executado com a pega aberta, ter sido

comparado com a realização do mesmo exercício mas com uma pega muito

fechada, (pega junto aos bordos externos da estrutura óssea “externo”),

contrariamente ao de Lusk et al., (2010), que foi à largura dos ombros. Noutro

estudo, realizado por Handa et al., (2005), foi observado, através de

eletromiografia de superfície, uma menor ativação do músculo biceps brachii,

com a utilização de uma pega aberta no exercício de PADF. Devido a este

facto, seria espectável uma diferença, significativa, no número de repetições no

exercício PADF, executado com uma pega fechada, e sujeito a uma pré-

exaustão, quando comparado com o mesmo exercício, sujeito igualmente a

uma pré-exaustão, executado com a pega aberta. Pois, como o exercício

usado neste estudo foi o curl de biceps, em que o músculo motor primário é o

biceps brachii, seria suposto que houvesse uma menor capacidade de realizar

repetições quando o exercício PADF fosse executado com a pega fechada. A

não ocorrência, do facto anteriormente referido, pode dever-se a uma maior

ativação de outros grupos musculares intervenientes no movimento de PADF e

que não interviam no exercício usado como pré-exaustão, tal como verificado

por Lusk et al., (2010). Assim, e segundo os autores anteriormente referidos, os

músculos não sujeitos a pré-exaustão iriam compensar o músculo sujeito a

esta permitindo, assim, a realização do mesmo número de repetições.

Igualmente, foi observado diferenças, estatisticamente significativas,

entre sexos, no múmero de repetições na execução do PADFPF (14,25±0,71

versus 11,36±2,62 e 10,75±0,88 versus 8,09±1,86; masculino versus feminino;

sem pré-exaustão e com pré-exaustão, respetivamente; F=9,352;p=0,007;

η=0,355). No estudo de Johnson et al., (2009), foi observado não existir

diferenças no exercício de PADF, entre sexos. De referir, que no estudo de

Page 32: Msc Mlsgeraldes

4.DISCUSSÃO  

20  

Johnson et al. (2009), o exercício de PADF foi executado com pega aberta,

correborando, assim, com os dados do presente estudo. O facto de se ter

observado uma diferença, significativa, no presente estudo, entre sexos, no

exercício de PADFPF, pode estar na intervenção superior do músculo biceps

brachii neste exercício com a pega fechada. Este grupo muscular, e em geral

nos grupos musculares dos membros superiores, têm uma menor capacidade

de alteração da capacidade de produzir força máxima nos indivíduos do sexo

feminino em relação aos dos sexo masculino (Lemmer et al., 2007). Embora

numa população idosa, Wiacek & Zubrzycki, (2010), observaram uma

capacidade, significativamente inferior, de produzir força, nos grupos

musculares dos membros superiores, nos idosos do sexo feminino em relação

aos do sexo masculino. Contudo, no estudo de Kell, (2011), quando sujeitos a

um programa de treino de força, os sujeitos do sexo femino apresentaram um

aumento de força resistente superior aos do sexo masculino. Mas, tal como

referimos anteriormente no capítulo de introdução deste estudo, os sujeitos do

sexo feminino do estudo de Kell, (2011), eram sujeitos destreinados e os do

sexo masculino treinados. Desta forma, este facto pode ter influenciado os

resultados do estudo de Kell, (2011), pois o potencial de progressão de um

treino é maior em indíviduos treinados em relação aos não treinados. Contudo,

o estudo de Salvadora et al. (2009), encontrou em sujeitos não treinados um

indice de fadiga menor nos sujeitos do sexo feminino em relação aos sujeitos

do sexo masculino, após 8 semanas de treino. Embora, é importante referir,

que quer os estudos de Kell, (2011), e de Salvadora et al. (2009), eram estudos

em que foi observado o efeito de diferentes treinos de força. No presente

estudo somente procuramos observar o efeito da pega (supinada e pronada) e

da pré-exaustão no número de repetições e na PSE, em ambos os sexos na

execução do exercíco PADF. Todos os sujeitos da amostra, eram praticantes

de treino de força há pelo menos 6 meses e não foi aplicada nenhuma

intervenção de treino durante o periodo experimental. Estas diferenças

metodológicas e de objetivos, podem ser a causa das observações dispares

entre o presente estudo e os estudos anteriormente referidos.

Em relação à PSE, no PADFPA, e em ambos os sexos, existe uma

diferença, significativa, entre a utilização, ou não, da pré-exaustão, indo de

Page 33: Msc Mlsgeraldes

4.DISCUSSÃO  

21  

encontro e refletindo os resultados das repetições. Facto, este, que não é

observado no exercício de PADFPF.

É observado uma diferença, significativa, na PSE, entre os exercícios

PADFPA e PADFPF, com e sem pré- exaustão, e em ambos os sexos. Este

facto pode estar relacionado com uma intervenção superior na pega fechada

de grupos musculares menores, tal como o biceps brachii, e

consequentemente mais facilmente fatigáveis, tornando assim a PSE mais

elevada.

Page 34: Msc Mlsgeraldes

 

22  

5.CONCLUSÕES

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5 Conclusões

INFLUÊNCIA DA PRÉ-EXAUSTÃO DO GRUPO MUSCULAR BÍCEPS BRACHII NA EXECUÇÃO DO EXERCÍCIO DE PUXADA ALTA DORSAL

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5.CONCLUSÕES  

23  

5.CONCLUSÕES

Podemos concluir, com base nos dados do presente estudo e nesta

amostra, que:

I. Não existe influência do tipo de pega no número de repetições

efetuadas no exercício de puxada alta dorsal à frente (PADF),

com e sem pré-exaustão, com exceção no sexo feminino, em que

existe uma menor capacidade de efetuar repetições, com pega

fechada e com pré-exaustão; a pré-exaustão diminui

significativamente o número de repetições executadas no PADF;

e a PSE, independentemente da utilização ou não de pré-

exaustão, é superior no PADFPF e aumenta com a pré-exaustão.

II. Existem diferenças significativas no número de repetições no

exercício de PADFPF, sem e com pré-exaustão, entre o sexo

masculino e feminino. Apresentando o sexo feminino uma menor

capacidade de executar repetições neste exercício; não existe

uma PSE diferente, entre sexos, independentemente da pega e

na utilização, ou não, de uma pré-exaustão.

Page 36: Msc Mlsgeraldes

 

24  

6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

6 Referências Bibliográficas

INFLUÊNCIA DA PRÉ-EXAUSTÃO DO GRUPO MUSCULAR BÍCEPS BRACHII NA EXECUÇÃO DO EXERCÍCIO DE PUXADA ALTA DORSAL

 

Page 37: Msc Mlsgeraldes

6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  

25  

6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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G. Effect of pre-exhaustion exercise on lower-extremity muscle activation

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2006

Brennecke, A.; Guimarães, T.; Leone, R.; Cadarci, M.; Mochizuki, L.; Simão, R.;

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Strength Cond Res. 23(7): 1933–1940, 2009

Gentil, P.; E. Oliveira, A.; Rocha Júnior, V.; Do Carmo, J.; Bottaro, M. Effects of

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performance. J. Strength Cond Res. 21(4):1082–1086, 2007

Handa, T.; Kato, H.; Hasegawa, S.; Okada, J.; Kato, K. Comparative

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Lagally, K. Robertson, R. Construct validity of the OMNI resistance exercise

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Lemmer, T.; Martel, G.; Hurlbut, D.; Hurley, B. Age and sex differentially affect

regional changes in 1 repetition maximum strength, J. Strength Cond.

Res. 21(3):73I- 737. 2007

Page 38: Msc Mlsgeraldes

6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  

26  

Lusk, S.; Hale, B.; Russell, D. Grip width and forearm orientation effects on

muscle activity during the lat pull-down. J Strength Cond Res 24(7):

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Johnson, D.; Lynch, J.; Nash, K.; Cygan, J.; Mayhew, J.; Relationship of lat-pull

repetitions and pull-ups to maximal lat- pull and pull-up strength in men

and women. J Strength Cond Res 23(3), 1022–1028, 2009

Wiacek, M.; Zubrzycki, I. The age-dependent divergence of strength and

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Salvadora, E.; Diasc, M.; Gurjão, A.; Avelara, A.; Pintod, L.; Cyrinoa, E. Effect

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Sperandei, S.; Barros, M.; Silveira-Júnior, P.; Oliveira, C. Electromyographic

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Sforzo, A. Touey. P. Manipulating exercise order affects muscular performance

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Signorile, J.; Zink, A; Szwed, S. A comparative electromyographical

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Simao, R.; Farinatti , P; Polito, M.; Maior, A.; Fleck, S. Influence of exercise

order on the number of repetitions performed and perceived exertion

during resistance exercises. J. Strength Cond. Res. 19:152–156. 2005.

Page 39: Msc Mlsgeraldes

 

27  

7.ANEXOS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

7 Anexos

INFLUÊNCIA DA PRÉ-EXAUSTÃO DO GRUPO MUSCULAR BÍCEPS BRACHII NA EXECUÇÃO DO EXERCÍCIO DE PUXADA ALTA DORSAL

 

Page 40: Msc Mlsgeraldes

7.ANEXOS    

 

ANEXO I – PAR-Q TESTE

O Par – Q test (ACSM, 2006) é composto por 7 perguntas e é individual.

Cada indivíduo tem duas opções de resposta (Sim e Não). Se o indivíduo

responder afirmativamente a uma das questões não poderá ser incluído no

estudo. As questões são as seguintes:

1- Alguma vez, algum médico o informou que tem um problema cardíaco

e que só poderia efetuar alguma atividade física após recomendação médica?

2- Sente alguma dor no peito quando está a fazer alguma atividade

física?

3- No mês passado, teve alguma dor no peito quando não estava a fazer

atividade física?

4- Alguma vez perdeu o equilíbrio por causa de uma tontura ou alguma

vez ficou inconsciente?

5- Tem algum problema ósseo ou articular que pode piorar com a

alteração do tipo da sua atividade física?

6- Frequentemente o seu médico receita-lhe medicamentos para a

pressão arterial ou para problemas cardíacos?

7- Você sabe de mais alguma razão pela qual não deva realizar

atividade física?

Page 41: Msc Mlsgeraldes

7.ANEXOS    

 

ANEXO II – ANAMENESE

 

 

 

Nome_____________________________________________________________________

Data de nascimento -__________________

Massa Corporal: ______________ Estatura :__________ % Gordura corporal: ___________

1) Qual a cor da pele dos: Pai:________ Mãe:________ Avô Paterno:________ Avó

Paterna:________ Avô Materno:_________ Avó Materna:________ Bisavô Paterno:_______

Bisavó Paterna:________ Bisavô Materno:_________ Bisavó Materna:_________

2) Houve alterações de peso corporal significativas nos últimos 6 meses? Sim □ Não □

3) Se houve de quanto?_______

4) Usa medicamentos usualmente ou suplementação ergógénica? Sim □ Não □

5) Quais os tipos de medicamentos ou de suplementação ergógénica?

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

6) Realiza atividade Física? Sim □ Não □

7) Se respondeu afirmativamente à questão anterior, responda qual é a(s) actividade(s) física(s)

praticadas, a frequência semanal que a(s) pratica e à quanto tempo pratica essa(s) actividade?

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

8) Bebe café? Sim □ Não □

Vila Real,___________________________________

Assinatura do Participante Assinatura do Examinador

Page 42: Msc Mlsgeraldes

7.ANEXOS    

 

ANEXO III – TERMO INDIVIDUAL DE CONSENTIMENTO

TERMO DE RESPONSABILIDADE

Eu,_____________________________________________________________

______, portador do B.I. nº _____________, do Arq. de Identificação de

_________________, emitido em ___/___/________, declaro que fui

suficientemente informado das finalidades, benefícios esperados e riscos

associados com a realização dos testes ou das atividades. Foi-me dada a

oportunidade de formular questões e colocar dúvidas e estou na posse de

informação suficiente para poder assinar o termo de consentimento.

Assumo a responsabilidade de eventuais lesões ou situações de risco de

saúde que possam resultar do facto de não apresentar declaração médica que

autorize a prática de atividade física. Assumo ainda a responsabilidade da

ocorrência das situações nefastas para a minha saúde, que resultem do não

cumprimento das indicações técnicas da UTAD.

É da minha inteira responsabilidade o não cumprimento do programa de

exercícios e/ou de recomendações fornecidas pelos técnicos da UTAD.

Vila Real, UTAD _____de _____________de 2011

Assinatura

___________________________________________

 

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7.ANEXOS    

 

ANEXO IV – ESCALA OMNI DE PERCEÇÃO DE ESFORÇO PARA OS EXERCÍCIO DE TREINO DE FORÇA E TREINO AERÓBIO NUM CICLOERGÓMETRO