ms project - cap 02

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Curso de Planejamento, Acompanhamento e Controle de Projetos utilizando o Ms Project 2003 Prof.: Roberto Portela de Castro [email protected] 2.0 TÉCNICAS DE GERENCIAMENTO 2.1 INTRODUÇÃO Dentre as diversas técnicas de gerenciamento de projetos, tais como a PESQUISA OPERACIONAL, métodos estatísticos, gestão da qualidade, etc., o PERT/CPM é a mais utilizada para planejamento, acompanhamento e controle de projetos. No entanto existe uma técnica mais antiga ainda, o Diagrama de Barras ou Gráfico de Gantt que ainda é muito utilizada . Porém na medida em que os projetos tornaram-se mais complexos, envolvendo mais pessoas, mais entidades e mais recursos, tornou-se necessário o desenvolvimento de uma técnica mais abrangente e que possuísse uma boa apresentação visual. Neste contexto surgiram quase simultaneamente duas técnicas independentes, o PERT (modelo americano) e o CPM (modelo francês), mas que hoje devido a grande semelhança entre as duas são estudas juntas como PERT/CPM. O Sistema PERT/CPM possui várias formas de representação, entre elas: Diagrama de Setas, com e sem escala; Diagrama de Precedências ou de Blocos. Observa-se nos dias atuais um estudo cada vez mais aprofundado e um uso cada vez maior das técnicas de PERT/CPM. Isso se deve ao fato dos softwares que utilizam essa técnica terem se tornado cada vez mais poderosos, com interfaces amigáveis e de custo mais acessível. 2.2 GRÁFICO DE GANTT Frederick W. Taylor desenvolveu estudos a respeito de técnicas de racionalização do trabalho dos operários e inspirou Henry Gantt a desenvolver, em 1918, métodos gráficos para representar planos de trabalho e possibilitar melhor controle gerencial. Gantt destacou a importância do fator tempo, custo e planejamento para realização do trabalho. O método gráfico de Henry Gantt é hoje conhecido como Diagrama de Barras ou Gráfico de Gantt e busca representar graficamente o planejamento temporal de um projeto. Durante a Primeira Guerra, Gantt aplicou sua metodologia em vários projetos do Exército e da Marinha. O sucesso obtido em tais atividades fez com que houvesse uma rápida divulgação de sua técnica. Figura 2.1 – Gráfico de Gantt sem setas de interdependência 9

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Ms Project - Cap 02

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  • Curso de Planejamento, Acompanhamento e Controle de Projetos utilizando o Ms Project 2003Prof.: Roberto Portela de [email protected]

    2.0 TCNICAS DE GERENCIAMENTO

    2.1 INTRODUO

    Dentre as diversas tcnicas de gerenciamento de projetos, tais como a PESQUISAOPERACIONAL, mtodos estatsticos, gesto da qualidade, etc., o PERT/CPM a maisutilizada para planejamento, acompanhamento e controle de projetos.

    No entanto existe uma tcnica mais antiga ainda, o Diagrama de Barras ouGrfico de Gantt que ainda muito utilizada . Porm na medida em que os projetostornaram-se mais complexos, envolvendo mais pessoas, mais entidades e mais recursos,tornou-se necessrio o desenvolvimento de uma tcnica mais abrangente e quepossusse uma boa apresentao visual. Neste contexto surgiram quase simultaneamenteduas tcnicas independentes, o PERT (modelo americano) e o CPM (modelo francs),mas que hoje devido a grande semelhana entre as duas so estudas juntas comoPERT/CPM.

    O Sistema PERT/CPM possui vrias formas de representao, entre elas:

    Diagrama de Setas, com e sem escala; Diagrama de Precedncias ou de Blocos.

    Observa-se nos dias atuais um estudo cada vez mais aprofundado e um uso cadavez maior das tcnicas de PERT/CPM. Isso se deve ao fato dos softwares que utilizamessa tcnica terem se tornado cada vez mais poderosos, com interfaces amigveis e decusto mais acessvel.

    2.2 GRFICO DE GANTT

    Frederick W. Taylor desenvolveu estudos a respeito de tcnicas de racionalizaodo trabalho dos operrios e inspirou Henry Gantt a desenvolver, em 1918, mtodosgrficos para representar planos de trabalho e possibilitar melhor controle gerencial.Gantt destacou a importncia do fator tempo, custo e planejamento para realizao dotrabalho.

    O mtodo grfico de Henry Gantt hoje conhecido como Diagrama de Barras ouGrfico de Gantt e busca representar graficamente o planejamento temporal de umprojeto.

    Durante a Primeira Guerra, Gantt aplicou sua metodologia em vrios projetos doExrcito e da Marinha. O sucesso obtido em tais atividades fez com que houvesse umarpida divulgao de sua tcnica.

    Figura 2.1 Grfico de Gantt sem setas de interdependncia

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  • Curso de Planejamento, Acompanhamento e Controle de Projetos utilizando o Ms Project 2003Prof.: Roberto Portela de [email protected]

    A Figura 2.1 apresenta um exemplo de Grfico de Gantt para um projeto deelaborao de uma apostila. Conforme pode ser observado na referida figura, a primeiracoluna lista todas as atividades que compe o projeto as demais colunas representa asunidades de tempo que balizaram as atividades. As barras horizontais ao lado de cadaatividade representam as previses de incio, durao e trmino da atividade.

    Na Figura 2.1, pode-se observar a excelente apresentao individual que possui ogrfico de Gantt, que consegue demonstrar no tempo a realizao do projeto. Noentanto, observa-se que no possvel verificar a interdependncia entre as atividades.Para resolver esse problema, o MS Project criar setas para ligar tarefas dependentes,como mostrado na Figura 2.2.

    Figura 2.2 Grfico de Gantt com setas de interdependncia

    2.3 DIAGRAMA DE SETAS

    Existem vrias formas de representar um projeto, entre elas a TABELASEQUENCIAL de atividades que apresenta as atividades que compem o projeto e suasdependncias (atividades predecessora e sucessora). Na maioria das vezes tambm apresentada a durao das atividades.

    O Grfico de Gantt apresentado na Figura 2.1 tem como base a Tabela 2.1, que seqencial. Existem outras formas de apresentar tabelas seqenciais, para simplificar,utilizaremos a forma utilizada pelo Ms Project.

    Com base na Tabela 2.1, a Figura 2.3 representa um Diagrama de Setas dasatividades para elaborao de uma atividade, retratando a interdependncia entre asatividades que represente seqencialmente.

    Atividade Durao PredecessoraA Definio do Escopo 1 -B Pesquisa Bibliogrfica 4 AC Texto Preliminar 2 BD Digitao 2 CE Desenhos e Diagramao 3 CF Reviso 2 D;EG Correo e Impresso 2 F

    Tabela 2.1 Tabela Seqencial de um Projeto p/ elaborao de apostila

    O diagrama de setas tambm conhecido como Mtodo Americano ou Diagramade IJ.

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    1 Atv ADur 1 2 Atv BDur 4 3 Atv CDur 2 4 Atv DDur 2 5 Atv FDur 2 7

    AtvEDur 3 6

    Atividade Fantasma

    Atv GDur 2 8

    Figura 2.3 Diagrama de Setas sem escala do Projeto Exemplo

    O Diagrama de Setas tem por base os seguintes princpios:

    O sentido da seta indica a direo de evoluo da realizao da atividade; O evento final de uma atividade igual ao inicial da atividade sucessora; Cada atividade representada por uma e somente uma seta na rede; Caso uma atividade seja decomposta em duas, cada uma das partes torna-se uma

    atividade distinta, com representao prpria;

    O digrama de setas pode ser em escala ou sem escala. No diagrama de setas semescala a durao da atividade informada na prpria seta. J no diagrama em escala otamanho da seta indica, em escala predefinida, a durao da atividade (Figura 2.4).

    Figura 2.4 Diagrama de Setas em escala do Projeto Exemplo

    2.4 DIAGRAMA DE BLOCOS

    O diagrama de Blocos tem sua estrutura baseada nos conceitos do CPM, tendosuas atividades representadas por blocos e a seta representa a interdependncia entre asatividades. A Figura 2.5 apresenta o Projeto Exemplo na forma de Diagrama de Blocos.

    Figura 2.5 Diagrama de Blocos exibido pelo PERT Chart EXPERT

    2.5 EAP ESTRUTURA ANALTICA DE PROJETO

    A EAP (Estrutura Analtica de Projeto) uma outra forma de visualizar um projeto,que possui uma estrutura extremamente parecida com os organogramas de empresas.

    Nesse sentido, a EAP organiza o projeto em nveis e sub-nveis de acordo com ainterdependncia entre as atividades. Assim uma atividade predecessora est um nvel

    11

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

    A B C D F G

    E

    DIAS

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    acima de suas sucessoras. No alto da EAP(organograma), dentro de uma viso macro,se encontra o Projeto.

    O Ms Project, apesar de no possuir uma ferramenta grfica que represente aEAP, trabalha com esse conceito no que chama de EDT (Estrutura de Diviso doTrabalho). A EDT pode ser visualizada dentro do projeto atravs da opo exibir onmero da estrutura de tpicos no menu Ferramentas Opes - Modos de exibio.

    Existe no mercado um software conhecido como WBS Chart Pro onde possvelimportar a rede elaborada no MS Project e "desenhar" a EAP (WBS). Outra funo que osoftware possui de modificar o arquivo a partir do WBS Chart Pro e exportar comoimagem jpg.

    Encontra-se disponvel no presente material didtico uma verso de avaliao dosoftware.

    Figura 2.6 EAP de Projeto para elaborao de apostila

    Para melhor compreendermos a EAP com que o Ms Project trabalha, a Figura 2.6apresenta a EAP do nosso projeto de elaborao de uma apostila.

    Na hora de detalhar as tarefas de um projeto em seus sub-nivis(interdependncia) deve-se atentar para a EAP, pois um detalhamento excessivo podeinviabilizar totalmente o acompanhamento do cronograma. O ideal que se limite aomximo o nmero de nveis, pois o acompanhamento in loco, exige uma maiordisponibilidade de recurso.

    2.6 O SISTEMA PERT/CPM

    2.6.1 Introduo

    Os sistemas PERT e CPM surgiram quase que simultaneamente, na dcada de 50,e tinham a mesma essncia apesar de algumas diferenas.

    O PERT (Tcnica de Avaliao e Reviso de Projetos - Program Evaluation andReview Technique) foi desenvolvido pela empresa Booz-Allen and Hamilton para aMarinha norte americana no Programa Polaris para construo de um foguete, ondetinham que ser coordenados os esforos de aproximadamente 10 mil empresas. Omtodo reduziu em dois anos a durao do projeto. O enfoque utilizado para odesenvolvimento dos clculos o probabilstico.

    O sistema CPM (Mtodo do Caminho Crtico Critical Path Method) foidesenvolvido na Frana pela Cia. DUPONT e UNIVAC de Nemours para o clculo deprazos em projetos de introduo de produtos qumicos. O enfoque utilizado para odesenvolvimento dos clculos o determinstico.

    Nas Figuras 2.7 e 2.8 pode-se observar a diferena entre as representaesgrficas do CPM e do PERT. No CPM cada atividade se define por si s, sendo interligadaspor setas e tendo apenas um marco inicial e outro de trmino do Projeto. J no PERT asatividades se definem por um evento inicial e outro final e so interligadas atravs deseus eventos. O nome da atividade e sua durao so expressos na prpria seta. Osmarco inicial do projeto dado pelo evento inicial da primeira atividade, j o marco detrmino do projeto o evento final da ltima atividade. Essa representao herdada doDiagrama de Setas.

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    INC

    IO

    Atvidade C

    AtividadeD

    Atvidade A

    AtividadeB TR

    MIN

    O

    Evento EventoInicial Final

    i Atividade ADurao 2 j

    Figura 2.7Representao - CPM Figura 2.8Representao - PERT

    Nos dias de hoje, no se observa relevncia tcnica em tratar os dois sistemasseparadamente, por isso so estudados sobre a denominao de PERT/CPM.

    2.6.2 Rede PERT/CPM

    A Rede PERT/CPM tambm conhecida como Rede de Planejamento, que consistenum conjunto de processos e tcnicas para planejamento, acompanhamento e controlede um projeto que demonstra de forma grfica as atividades em forma de setas de setascom base nas interdependncias e na durao. Atravs dessa representao grfica possvel fazer anlises com base em prazos, riscos, recursos e custos.

    A Rede PERT/CPM compreende uma representao grfica com a retratao deinformaes de planejamento, acompanhamento e controle do projeto.

    A representao grfica da Rede PERT/CPM mais utilizada a do Diagrama deSetas. A Figura 2.3, apresentada anteriormente, mostra uma rede PERT/CPM paraelaborao de uma apostila.

    Na Rede PERT/CPM, o Prof. Eduardo Leopoldino, em seu livro: Introduo Pesquisa Operacional (Mtodos e Modelos para Anlise de deciso), considera:

    Na representao da rede PERT/CPM utiliza-se o Diagrama de Setas acrescentandoinformaes referentes aos eventos e as atividades;

    Duas atividades no podem ser desenhadas de modo a compartilharem o mesmoevento inicial e o mesmo evento final. A sada para a representao de atividadesparalelas a criao de uma atividade fantasma, que representada por uma setatracejada, que serve apenas para indicar a inter-relao. A atividade fantasma notem durao, nem consome recurso (Figuras 2.9 e 2.10);

    IAIB Atv A

    FAFBICAtv B

    Atv C FCIAIB Atv A

    FAFBIC

    Atv B

    Atv C FC

    FB

    Figura 2.9 Representao Errada Figura 2.10 Representao Correta

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    A atividade fantasma deve ser utilizada em situaes em que existam atividadesindependentes que compartilhem as mesmas atividades antecedentes (Figuras 2.11 e2.12);

    Fazer caf

    ComprarLeite

    Fazer Coalhada

    Caf comLeite

    Fazer caf

    ComprarLeite

    Fazer Coalhada

    Caf comLeite

    Figura 2.11 Representao Errada Figura 2.12 Representao Correta

    Quando houver a imposio de alguma condio execuo da atividade, deve-selanar mo da atividade fantasma para represent-la (Figura 2.13).

    Pedir oramento Dos equipamentos

    Comparar os equipamentos

    Aguardar a aprovao dos oramentos pela diretoria

    Figura 2.13 Representao Grfica de atividade condicionada

    Cabe ressaltar que as tcnicas de PERT/CPM no evitam os imprevistos, osacidentes, os acontecimentos fortuitos, mas permitem que se possam antever possveisproblemas. Desta forma essa ferramenta de fundamental importncia para oadministrador que com tempo hbil poder buscar a melhor soluo que faa o projetoretomar a direo esperada.

    O Modelo PERT/CPM tambm uma forma de acompanhamento do projeto queascende uma luz vermelha quando algo sai do planejado.

    As trs aes que norteiam as tcnicas de PERT/CPM na concepo de um projetoso: planejar, acompanhar e controlar.

    2.6.3 Datas de eventos

    Para que se possa tirar informaes que auxiliem ao administrador noplanejamento, acompanhamento e controle de projetos, precisa-se definir inicialmente asdatas provveis e as limites para cada evento. A determinao dessas datas defundamental importncia uma vez que a realizao de um evento que determina oincio ou trmino de uma atividade.

    As datas dos eventos que sero calculadas so:

    Tempo mais cedo do evento (TC): a data mais cedo possvel para ocorrncia deum evento, desde que as atividades anteriores ocorram com a durao prevista. adata mais provvel (viso otimista) para ocorrncia de um evento.

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    Tempo mais tarde do evento (TT): a data mais tarde possvel para ocorrncia doevento, sem atrasar a concluso do projeto. a data limite permissvel paraocorrncia de um evento (viso pessimista), sem atrasar o projeto.

    Caminho crtico: o caminho de maior durao de um projeto, que definido poruma seqncia de eventos tais que a diferena TT TC de cada evento o menorvalor, entre todos os outros no pertencentes ao caminho crtico.

    Caminho crtico pode ser definido por uma seqncia de atividades crticas. Parauma atividade ser crtica deve: estar entre dois eventos crticos e a diferena entredata cedo do evento fim TCj e data cedo do inicio TCi deve ser igual durao.

    No clculo das datas dos eventos utilizaremos representao grfica adotada peloProf. Darci Prado em seu livro: PERT/CPM.

    Evento i

    TCi TTi

    Atv ADur 2

    Evento j

    TCj TTj

    Na Figura 2.14, est representado paraa atividade A, a sua durao (2), o eventoinicial (i), o final (j), a data mais cedo decada evento (TCi e TCj), as datas maistarde (TTi e TTj).

    Figura 2.14 Representao Grfica da Atv A

    Como exemplo, vamos calcular as datas mais cedo e mais tarde dos eventos quecompreendem a elaborao de uma apostila (Figura 2.15).

    1

    TC1 TT1

    Atv ADur 1

    2

    TC2 TT2

    Atv BDur 4

    3

    TC3 TT3

    Atv CDur 2

    4

    TC4 TT4

    Atv DDur 2

    5

    TC5 TT5

    Atv FDur 2

    7

    TC7 TT7

    AtvEDur 3

    6

    TC6 TT6

    Atv GDur 2

    8

    TC8 TT8

    Figura 2.15 Datas TC e TT dos eventos do Projeto Exemplo

    Roteiro para clculo do TC e do TT:

    Etapa 1: TCPonto de Partida: Evento inicialSequncia de Clculo: do incio para ofim.

    Etapa 2: TTPonto de Partida: Evento finalSequncia de Clculo: do fim para oincio.

    Conveno: o TC do evento inicial zero.FRMULAS:Consideram-se todas as atividades quechegam ao evento j em questo e calcula-se: TCj = TCi + duraoNota: Escolhe-se o maior valor

    Conveno: o TT do evento final escolhido de duas formas (data contratualou TC)FRMULAS:Consideram-se todas as atividades quechegam ao evento i em questo e calcula-se: TTi = TTj duraoNota: Escolhe-se o menor valor

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    1

    0 TT1

    Atv ADur 1

    2

    1 TT2

    Atv BDur 4

    3

    5 TT3

    Atv CDur 2

    4

    7 TT4

    Atv DDur 2

    5

    10 TT5

    Atv FDur 2

    7

    12 TT7

    AtvEDur 3

    6

    10 TT6

    Atv GDur 2

    8

    14 TT8

    Figura 2.16 Clculo da data TC dos eventos do Projeto Exemplo

    1

    0 0

    Atv ADur 1

    2

    1 1

    Atv BDur 4

    3

    5 5

    Atv CDur 2

    4

    7 7

    Atv DDur 2

    5

    10 10

    Atv FDur 2

    7

    12 12

    AtvEDur 3

    6

    10 10

    Atv GDur 2

    8

    14 14

    Figura 2.17 Clculo da data TT dos eventos do Projeto Exemplo

    O caminho crtico pode ser calculado tendo por base os eventos (Mtodo 1) ou asfolgas das atividades (Mtodo 2). Mostraremos no momento, somente, o clculo combase nos eventos. Quando abordarmos os conceitos de Folga, enfocaremos o clculo docaminho crtico baseado na folga total das atividades.

    Roteiro para determinao do caminho crtico (Mtodo 1): Deve-se estabelecer uma seqncia entre as atividades crticas, que ser o CAMINHO

    CRTICO.

    Para uma atividade ser considerada como atividade crtica deve: estar entredois eventos crticos e a diferena entre data cedo evento fim TCj e a data cedo doevento inicio TCi deve ser igual durao.

    Para caracterizar um evento como evento crtico deve-se calcular inicialmente afolga para o ltimo evento que a folga do projeto esse valor ser o mnimo, assimqualquer outro evento que possua valor igual ao mnimo ser crtico.

    Folga de um evento a diferena entre a sua data tarde e a a cedo (TTi TCi). Nasituao limite TTi = TCi e a folga do evento zero.

    Vale ressaltar que a folga total do evento final deve ser igual a folga do eventoinicial do projeto e no pode existir no caminho crtico folga superior a essa.

    Aplicando o mtodo acima apresentados para o nosso problema exemplo paraelaborao de uma apostila:

    Mtodo 1:Observa-se na Figura 2.18 o caminho crtico que est assinalado em vermelho, do

    nosso problema exemplo para elaborao de uma apostila. Para chegarmos ao caminhocrtico, determinamos quais os eventos crticos. Para isso, calculamos (TTi TCi), quandoessa diferena mnima (nesse exemplo ZERO) o evento crtico. Assim, conclui-se quetodos os eventos so crticos e por isso esto assinados em vermelho.

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    Etapa 1: TC

    Etapa 2: TT

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    1

    0 0

    Atv ADur 1

    2

    1 1

    Atv BDur 4

    3

    5 5

    Atv CDur 2

    4

    7 7

    Atv DDur 2

    5

    10 10

    Atv FDur 2

    7

    12 12

    6

    10 10

    Atv GDur 2

    8

    14 14

    TT1 TC1 = 0 TT2 TC2 = 0 TT3 TC3 = 0 TT4 TC4 = 0 TT7 TC7 = 0

    TT6 TC6 = 0

    TT 5 TC5 = 0 TT8 TC8 = 0

    TC3 TC2 = 4 = DUR B

    TC2 TC1 = 1 = DUR A

    TC4 TC3 = 2 = DUR C

    TC5 TC4 =3 DUR D

    TC7 TC5 = 2 = DUR F

    TC8 TC7 = 2 = DUR G

    TC6 TC4 = 3 = DUR E Atv E

    Dur 3

    Figura 2.18 Clculo da data TC dos eventos do Projeto Exemplo

    Em seguida verificamos quais as atividades crticas. Uma atividade crtica estaentre eventos crticos e possuem a diferena (TCj TCi) igual a durao da atividade.Assim conclui-se que todas as atividades, exceto a D, so crticas e por isso estoassinadas em vermelho.

    Aps determinado as atividades crticas, chegamos ao caminho crtico interligandoas atividades crticas, que est assinalado com setas em vermelho.

    2.6.4 Folgas das Atividades

    De acordo com a ABNT, folga de atividade a disponibilidade de tempo que aatividade pode utilizar, alm de sua durao prevista, sem prejudicar a duraopreestabelecida para o projeto.

    A traduo no Ms Project chama a folga de margem de atraso.

    Tambm se pode definir folga de atividade como a diferena entredisponibilidade de tempo (data qualquer do evento final data qualquer do eventoinicial) menos a necessidade do mesmo DURAAO), isto , Tj Ti durao.

    No conceito de Folga de atividades existem quatro tipos. As mais importantes soa Folga Livre (FL) e a Folga Total (FT), mas tambm existe a dependente (FD) e aindependente (FI). Outro conceito importante o de tempo disponvel para execuo(TD). Com base na ABNT, podemos melhor definir as folgas citadas acima:

    Folga livre (FL): a disponibilidade de tempo, alm da durao prevista, que aatividade pode utilizar, supondo-se que comece em sua data mais cedo do seu eventoincio e termine na data mais cedo do seu evento fim. FL = TCj TCi durao.

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Fi=2

    TCi

    TCj

    TTi

    TTj

    Fj=1

    TCi = 3TTi = 5

    TCj = 9TTj = 10Durao = 4

    FL = 9 3 4FL = 2

    AtividadeDurao 4

    Folga Livre FL = 2

    17

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    Folga Total (FT): a disponibilidade de tempo que a atividade pode utilizar, deforma que, iniciada na data mais cedo do seu evento incio (TCi), tenha sua conclusona data mais tarde do seu evento fim (TTj). Na prtica, a folga que atividadepossui sem atrasar o projeto como um todo. FT = TTj TCi durao ou FT = TD durao.

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Fi=2

    TCi

    TCj

    TTi

    TTj

    Fj=1

    TCi = 3TTi = 5

    TCj = 9TTj = 10Durao = 4

    FT = 10 3 4FT = 3

    AtividadeDurao 4

    Folga Total FT = 3

    Folga Dependente (FD) : o atraso mximo que uma atividade pode sofrer,supondo-se que comece em sua data mais tarde do seu evento incio (TTi) e terminena data mais tarde do seu evento fim (TTj). FD = TTj TTi durao.

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Fi=2

    TCi

    TCj

    TTi

    TTj

    Fj=1

    TCi = 3TTi = 5

    TCj = 9TTj = 10Durao = 4

    FD = 10 5 4FD = 1

    AtividadeDurao 4

    Folga Dep FD =

    1

    Folga Independente (FI) : a disponibilidade de tempo, alm da durao prevista,que a atividade pode utilizar, supondo-se que comece em sua data mais tarde do seuevento incio (TTi) e termine na data mais cedo do seu evento fim (TCj). FI = TCj TTi durao.

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    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Fi=2

    TCi

    TCj

    TTi

    TTj

    Fj=1

    TCi = 3TTi = 5

    TCj = 9TTj = 10Durao = 4

    FI = 9 5 4FI = 0

    AtividadeDurao 4

    Tempo disponvel para execuo (TD) : o tempo no qual a atividade deve serrealizada, considerando no ter tido atrasos anteriores e sem provocar atrasosposteriores. TD = TTj TCi

    Por vezes no clculo das folgas, podemos nos deparar com folga negativa, queindica que a atividade est atrasada e deve ser acelerada. A folga positiva indica que permitido algum atraso da atividade.

    Praticando os conceitos acima no Projeto Exemplo, obtemos a Tabela 2.2:

    Atv TCi TTi TCj TTj DUR FL FT FD FI TDA 0 0 1 1 1 0 0 0 0 1B 1 1 5 5 4 0 0 0 0 4C 5 5 7 7 2 0 0 0 0 2D 7 7 10 10 2 1 1 1 1 3E 7 7 10 10 3 0 0 0 0 3F 10 10 12 12 2 0 0 0 0 2G 12 12 14 14 2 0 0 0 0 2

    Tabela 2.2 Clculo das Folgas do Projeto Exemplo

    Com base no conceito de folga de atividades podemos aplicar o Mtodo 2 paradeterminao do caminho crtico.

    Roteiro para determinao do caminho crtico (Mtodo 2): Calcula-se inicialmente a folga total de todas as atividades, o caminho crtico ser

    aquele que possuir as menores folgas.

    Com base na Tabela 2.2, podemos determinar o caminho crtico para o projeto deelaborao de uma apostila. Nesse caso, a menor folga ZERO, e o caminho crtico :A-B-C-E-F-G.

    2.6.5 Exerccios 1) Monte o Grfico de Gantt para as redes de planejamento abaixo:

    a) Atv. Dep. Dur. b) Atv. Dep. Dur. c) Atv. Dep. Dur.A - 3 A - 1 A - 1B - 5 B A 2 B A 2C A 1 C A 3 C A 4D B 1 D B 2 D A 5E B,C 2 E C 3 E B,C 7F D 5 F D,E 3 F C,D 2G D,E 1 G D,E 2 G C,D 5

    19

  • Curso de Planejamento, Acompanhamento e Controle de Projetos utilizando o Ms Project 2003Prof.: Roberto Portela de [email protected]

    H F,G 1 H F,G 2 H E,F,G 1

    a) Atv 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 b) Atv 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12A AB BC CD DE EF FG GH H

    c) Atv 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12ABCDEFGH

    2) Represente pelo diagrama de setas as redes de planejamento abaixo:

    Tabela AAtv DepA -B AC AD BE B,CF D,E

    Tabela BAtv DepA -B AC AD B,CE B,CF CG DH D,EI G,HJ FK I,J

    3) Indique o caminho crtico pelos dois mtodos para as redes de planejamentoa seguir:

    20

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    a)

    Atv Dur Dep

    A 5 -

    B 3 -

    C 1 B

    D 2 C

    E 4 C

    F 1 E

    1 Atv BDur 3

    2 Atv CDur 1

    3

    Atv ADur 5

    Atv DDur 2

    5

    4Atv EDur 4

    Atv FDur 1

    b)

    Atv Dur Dep

    A 1 -

    B 2 -

    C 3 -

    D 7 A

    E 5 B

    F 1 C

    G 2 F

    H 6 E;G

    1 Atv BDur 2

    3 Atv EDur 5

    4Atv ADur 1

    Atv DDur 7

    6

    2 Atv FDur 1

    5

    Atv HDur 6

    7

    Atv GDur 2

    Atv CDur 3

    c)Atv Dur DepA 3 -B 1 -C 2 AD 2 BE 4 BF 7 C;DG 3 C;DH 1 FI 4 E;G

    2 Atv DDur 2

    4 Atv GDur 3

    5

    6Atv FDur 7

    Atv IDur 4

    7

    31

    Atv BDur 1

    Atv ADur 3

    Atv CDur 2

    Atv HDur 1

    Atv EDur 4

    SOLUO 1) Monte o Grfico de Gantt para as redes de planejamento abaixo:

    21

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    SOLUO

    a)

    Atv 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12A xxxxxxxxxB xxxxxxxxxxxxxxxxC xxxxD xxxE xxxxxxxF xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxG xxxxxH xxxx

    SOLUO

    b)

    Atv 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12A xxxB xxxxxxC xxxxxxxxxxxD xxxxxxxxE xxxxxxxxxF xxxxxxxxxxxxG xxxxxxxxH xxxxxxxx

    SOLUO

    c)

    Atv 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12A xxxB xxxxxxC xxxxxxxxxxxxxxD xxxxxxxxxxxxxxxxE xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxF xxxxxxxG xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxH

    2) Represente pelo diagrama de setas as redes de planejamento abaixo:

    Tabela AAtv DepA -B AC AD BE B,CF D,E

    IA Atv AFA-IB-

    ICAtv B FB-ID

    Atv D

    FD-FE-IF

    Atv F FF

    FC FC-FD-IEAtv E FE

    Atv C

    Tabela BAtv DepA -B AC AD B,CE B,CF CG DH D,EI G,HJ FK I,J

    IA Atv AFA-IB-

    ICAtv B

    FB-FC-ID-IE

    Atv D FD-IG

    Atv G FG

    FC-IF FD-FE-IHAtv H

    FG-FH-IIAtv C

    Atv E

    FJ-FI-IK

    Atv K FK

    FF-IJ Atv J FJAtv F

    Atv I

    3) Indique o caminho crtico pelos dois mtodos para as seguintes redes deplanejamento:

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    a) Mtodo 1:

    1

    0 0

    Atv BDur 3

    2

    3 4

    Atv CDur 1

    3

    5 5

    Atv ADur 5

    Atv DDur 2

    5

    10 10

    4

    9 9

    Atv EDur 4

    Atv FDur 1

    TT1 TC1 = 0

    TC3 TC1 = 5 = DUR A

    TT2 TC2 = 1 TT5 TC5 = 0TT3 TC3 = 0

    TT4 TC4 = 0

    TC5 TC3 = 5 DUR D

    TC4 TC3 = 4 = DUR E

    a) Mtodo 2:

    1

    0 0

    Atv BDur 3

    2

    3 4

    Atv CDur 1

    3

    5 5

    Atv ADur 5

    Atv DDur 2

    5

    10 10

    4

    9 9

    Atv EDur 4

    Atv FDur 1

    FT = 5 0 5 FT = 0

    FT = 4 0 3 FT = 1

    FT = 5 3 1 FT = 0

    FT = 10 5 2 FT = 3

    FT = 9 5 4 FT = 0

    b) Mtodo 1:

    1

    0 0 Atv BDur 2

    3

    2 2Atv EDur 5

    4

    1 6Atv ADur 1

    Atv DDur 7

    6

    7 7

    2

    3 4 Atv FDur 1

    5

    4 5

    Atv HDur 6

    7

    13 13

    Atv GDur 2

    Atv CDur 3

    TT1 TC1 = 0

    TT2 TC2 = 1 TT5 TC5 = 1

    TT4 TC4 = 5

    TT7 TC7 = 0TT3 TC3 = 0 TT6 TC6 = 0

    TC7 TC6 = 6 = DUR H

    TC3 TC1 = 2 = DUR B

    TC6 TC3 = 5 = DUR E

    23

  • Curso de Planejamento, Acompanhamento e Controle de Projetos utilizando o Ms Project 2003Prof.: Roberto Portela de [email protected]

    b) Mtodo 2:

    1

    0 0

    Atv BDur 2

    3

    2 2

    Atv EDur 5

    4

    1 6

    Atv ADur 1

    Atv DDur 7

    6

    7 7

    2

    3 4

    Atv FDur 1

    5

    4 5

    Atv HDur 6

    7

    13 13

    Atv GDur 2

    Atv CDur 3

    FT = 6 0 1 FT = 5

    FT = 13 1 7 FT = 5

    FT = 13 7 6 FT = 0

    FT = 7 4 2 FT = 1

    FT = 4 0 3 FT = 1

    FT = 5 3 1 FT = 1

    FT = 2 0 2 FT = 0

    FT = 7 2 5 FT = 0

    c) Mtodo 1:TT1 TC1 = 0

    TC3 TC1 = 3 = DUR A

    2

    1 3 Atv DDur 2

    4

    5 5Atv GDur 3

    5

    8 9

    6

    12 12Atv FDur 7

    Atv IDur 4

    7

    13 13

    3

    3 3

    1

    0 0

    Atv BDur 1

    Atv ADur 3

    Atv CDur 2

    Atv HDur 1

    Atv EDur 4

    TT6 TC6 = 0

    TT4 TC4 = 0 TT5 TC5 = 1 TT7 TC7 = 0TT2 TC2 = 2

    TT3 TC3 = 0TC4 TC3 = 2

    = DUR CTC6 TC4 = 7

    = DUR F

    c) Mtodo 2:

    2

    1 3

    Atv DDur 2

    4

    5 5

    Atv GDur 3

    5

    8 9

    6

    12 12

    Atv FDur 7

    Atv IDur 4

    7

    13 13

    3

    3 3

    1

    0 0

    Atv BDur 1

    Atv ADur 3

    Atv CDur 2

    Atv HDur 1

    Atv EDur 4

    FT = 3 0 3 FT = 0

    FT = 5 3 2 FT = 0

    FT = 12 5 7 FT = 0

    FT = 5 1 2 FT = 2

    FT = 9 5 3 FT = 1

    FT = 13 8 4 FT = 1

    FT = 13 12 1 FT = 0

    FT = 9 1 4 FT = 4

    24