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Art in Belem

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MR.WHITEART & DESIGN

www.fabriciobranco.com

Estive recentemente em Belém pela primeira vez. Fui auxiliar o artista plástico Steve Miller, de Nova Iorque, em seu projeto “Saúde do Planeta”, que se propõe fazer um check up do planeta. A Amazônia por ser o “Pulmão do Mundo” foi escolhida como ponto de partida. A idéia era buscar animais e peixes exóticos da fauna amazônica e fazer um raio-x que depois é trabalhado para virar in-críveis obras de arte.

Nossa busca começava invariavelmente muito cedo. Antes das 4h da manha já estáva-mos no Mercado Ver o Peso, às margens do rio Guarajá, com olhos atentos, circulando naquele que é um dos maiores e extensos mercados livres do Brasil. Cores, cheiros e sabores, muito peixe, arte-sanato, a gente local, ônibus embucetados... Não podia deixar de registrar todos os aspectos deste rico ambi-ente.

A encantadora Belém tem a maioria das edificações da época do “Ciclo da Borracha” muito bem conservadas e conse-quentemente, muito da sua memória preservada. Em alguns locais é possível “viajar no tempo” e imaginar a glória de um passado não muito distante. As inúmeras praças da cidade dão um “refresco” ao paraense que vive sob uma temperatura acima da média, assim como a chuva que cai quase diariamente ao final da tarde. Singrar os ares e mares foi emocionante.

Espero voltar em breve para visitar os amigos que lá fiz.

Esta revista é dedicada a Steve Miller, Octávio Lobo, Simone, Marquinhos, Messias, Stefânia, Aline, Patrícia, a equipe do Instituto Goeldi e todos que fizeram esta aven-tura ser bem sucedida.

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Saúde do PlanetaA selva encontra o homem por trás das fotos que olhar com mais profundidade a vegetação rasteira

Quando você se deparar com Saúde Steve Miller da série do Planeta, se você é brasileiro, é impossível não pensar na expressão “um raio-x da situação”. Isso normalmente significa uma análise muito pro-funda. Neste caso, isso acontece através da arte.

O mais recente trabalho do artista consiste em tomar elementos da Amazônia para colocá-los sob a precisão de x-ray fotos. “As florestas tropicais brasileiras são os pulmões do nosso planeta e eu decidi dar Brasil um check-up médico, tomando os raios X destes pulmões através da flora e fauna da Amazônia”, explica Miller, que se apaixonou com o país quando ele visitou pela primeira vez em 2004.“Eu tive meu primeiro encontro com uma Jaca (fru-ta-pão) na Ilha Grande em Angra dos Reis, perto

de Rio de Janeiro. Andando pela Mata Atlântica, vi estes frutos enorme e estranho e perguntou o que eram. O Jaca foi o meu momento eureka. Eu sabia que podia descobrir o que estava dentro por não cortar a fruta, mas tendo um raio-x da planta “.

A mistura muito pós-moderno do orgânico com as ferramentas científicas cria belas composições, cheio de simbolismo e fluidez. Miller se aplica silk-screen cursos para algumas de suas peças, para melhorar a efemeridade dessas imagens. Ainda as-sim, a maioria de sua obra reside no. Preto e branco de raios-x

A exposição, com obras sobre papel, gravuras e uma escultura de vidro, está aberto para o público do 15 de abril a 08 de maio, na Maya Gallery, West London. Alguns dos trabalhos de Steve Miller também podem ser vistos em seu site www.stevemiller.com.

por Steve Miller

Quando e como você decidiu trabalhar com elementos da Amazônia?Em minha primeira visita ao Brasil em 2004 eu tive meu primeiro encontro com um Jaca (fruta-pão) na Ilha Grande, em Angra dos Reis, perto de Rio de Janeiro. Andando pela mata atlântica vi estes frutos enorme e estranho e perguntou o que eram.

Foi amor à primeira vista?Verdade seja conhecida, sim. Eu caí no amor com o Brasil nesta primeira visita e estava procurando a minha desculpa para voltar a trabalhar como artista. O Jaca foi o meu momento eureka. Eu sabia que podia descobrir o que estava dentro por não cortar a fruta, mas tirando um raio-x da planta. Em ocasiões raras, há dois Jaca em um tronco e eles se parecem com os pulmões.

Mas a saúde do Planeta é um projeto recente ...Nesse ponto, eu preparei o meu esquema para voltar ao Brasil a cada ano desde então. As flores-tas tropicais brasileiras são os pulmões do nosso planeta e eu decidi dar Brasil um check-up médico, tomando os raios X destes pulmões através da flora e fauno da Amazônia. Assim, nasceu este projecto “Saúde do Planeta”. O projeto envolveu realmente trazer essas plantas e animais para um hospital no Brasil, onde, a um aparelho de ressonância magné-tica (ver imagens acima).

Você considera seu trabalho pós-moderno?Rótulos como moderno e pós-modernas são tão

confuso para a pessoa não imersa na nomenclatura de arte falam. Oficialmente, estamos no momento pós-moderna, onde, no mundo da arte ocidental, a sucessão linear de estilos e movimentos da arte seqüencial se transformou em um tempo de discip-lina inter-cross media cultural e multi em todos os aspectos, o que é agora pensado como, um mundo da cultura. Por esta definição, eu sou pós-moderno em que o meu trabalho envolve uma colaboração com outra disciplina, anteriormente fora do mundo da arte (ciência), que não tenha sido perseguido como vigorosamente desde a época de Leonardo. O que é mais de interesse para mim é trabalhar com uma linguagem universal visual que é a língua internacional do nosso tempo, a tecnologia.

Mas podemos dizer que a tecnologia invadiu o mundo artes plásticas muito mais cedo, você não concorda?Sim, um bom exemplo disso é a forma como os ar-tistas Pop, em 1960 abraçou e refletiu os efeitos dos meios de comunicação em arte. Esse movimento, especialmente na obra de Warhol, espelhado de volta para o público de arte um reflexo do mundo pós-guerra visual da publicidade, marketing e mídia de massa. Principalmente através da obra de Warhol, arte tornou-se um fenômeno internacional que cujo nome todo mundo sabe.

Então, como você definiria esta exposição?Com a “Saúde do Planeta”, há a oportunidade através do exame do espécime individual, para

leia mais em www.stevemiller.com

Belém do Pará - BrasilVÊr-Ô-PÊso

O Ver-o-Peso é um mercado situado na cidade brasileira de Belém, no estado do Pará, estando local-izada no Boulevard Castilho Franca. Símbolo da cidade, é sua maior atração turística e a maior feira livre da América Latina. O mercado do ver-o-peso abastece a cidade com variados tipos de gêneros alimentícios e ervas medicinais do interior paraense, fornecidos principalmente por via fluvial. Foi candidato à uma das 7 Maravilhas do Brasil.

Localizado na área da Cidade Velha e diretamente às margens da baía do Guajará, foi construído em 1625 no porto do Pirí, assim chamado na época. Enquanto um entreposto fiscal, seu nome faz jus às chamadas Casas do Ver-o-Peso, projetadas no Brasil, em 1614, para conferir o peso exato das mercadorias e cobrar os re-spectivos impostos para a coroa portuguesa. A partir de então foi popularmente denomindo lugar de Ver-o-Peso, dando origem ao nome do mercado, já que era obrigatório ver o peso das mercadorias que saiam ou chegavam à Amazônia, arrecadando-se os impostos cor-respondentes. No final do século XIX e XX, o local que temos hoje por Complexo sofreu uma série de modifica-ções tanto funcionais quanto em sua paisagem se adap-tando às necessidades e gostos da Belle Époque. Foi nessa época que houve aterramento da Baía do Guajará, amplicação do Mercado de Carne, construção do porto e o Mercado de Ferro.

O mercado faz parte de um complexo arquitetônico e paisagístico que compreende uma área de 35 mil metros quadrados, com uma série de construções históricas, dentre elas o Mercado de Ferro, o Mercado da Carne, a Praça do Relógio, a Doca, a Feira do Açaí, a Ladeira do Castelo e o Solar da Beira e a Praça do Pescador. O conjunto foi tombado pelo IPHAN, em 1997.

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