mquinas trmicas 2015(alunos)

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MÁQUINAS TÉRMICAS PROFESSOR: JARDEL DE JESUS

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O Ciclo de Carnot

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  • MQUINAS TRMICAS

    PROFESSOR: JARDEL DE JESUS

  • 5.

  • INTRODUO

    Por onde comear o estudo dessa disciplina?

    Usaremos Fenmenos de Transporte, que envolve conceitos

    associados da Mecnica dos Fluidos, Termodinmica e de

    Transmisso de Calor para aplicarmos nas Mquinas Trmicas.

    A Termodinmica a primeira de trs disciplinas que, juntas,

    formam o que costumase chamar de Engenharia de Sistemas

    Trmicos, ou Termocincias.

    A Termodinmica, a Mecnica dos Fluidos e a Transferncia de

    Calor esto intimamente ligadas.

  • TERMODINMICA:

    Estuda o tratamento da energia e das relaes entre as

    propriedades da matria.

    Nasceu no sculo XVIII com o surgimento das mquinas

    trmicas (revoluo industrial).

    Termodinmica a cincia que descreve:

    Os Estados da matria e sistemas

    As Leis de Conservao

    A direo de processos naturais

  • Lei Zero da Termodinmica

    Se dois corpos estiverem em equilbrio trmico com um

    terceiro, eles estaro em

    equilbrio trmico um com o

    outro!

  • O calor recebido por um sistema

    igual soma entre a variao da

    energia interna do sistema e o trabalho

    efetuado pelo sistema

    1 Lei da Termodinmica

  • 2 Lei da Termodinmica

    impossvel remover energia trmica de um sistema a uma

    certa temperatura e converter

    integralmente a energia removida

    em trabalho mecnico.

    No existe um mquina trmica que tenha 100% de rendimento

  • Sistema: refere-se a uma substncia ou grupo de substncias

    consideradas separadamente para estudo.

    Sistema fechado: Temos uma quantidade fixa de matria,

    no existe fluxo de massa atravs de suas fronteiras.

    Sistema aberto: Ocorre troca de matria, existe fluxo de

    massa atravs de suas fronteiras.

    Isolados: No trocam massa nem energia sob nenhuma

    forma com o

    ambiente

    Adiabticos: No trocam calor com o ambiente.

  • Estado:

    O Estado de um Sistema a sua condio fsica determinada

    pelas molculas que o compe.

    Ex: presso, temperatura, volume especifico.

  • Processo:

    Um processo a mudana de um estado para outro

    dentro de um sistema.

    Ciclo:

    Ciclo uma sucesso de processos onde o estado final se

    confunde com o estado inicial.

  • Temperatura:

    uma propriedade termodinmica que indica o grau

    de agitao das molculas de um sistema. T(C) = T(K) 273,15

    T(R) = 1,8 T(K)

    T(F) = T(R) 459,67

    T(F) = 1,8 T(C) + 32

    Equilbrio Trmico:

    o estado termodinmico alcanado por um sistema e sua

    vizinhana aps eles terem postos em contato trmico por um

    tempo suficientemente grande, atravs de uma parede que

    possibilite a troca de calor.

    - Instvel -

    - Metaestvel

    - Estvel

  • Volume especifico:

    o volume ocupado pela unidade de massa.

    Massa especfica:

    Massa especfica o inverso do volume especifico.

  • Introduo

    Sculo XVIII: o homem descobriu como obter trabalho a

    partir de um fluxo de calor.

    A Mquina a Vapor (trmica) foi inventada: o calor liberado

    pela queima de carvo e madeira transformava gua em

    vapor que ento produzia trabalho. Bombeava a gua das

    minas, movia trens e navios, tocava as fbricas, transportava

    cargas.

    Consequncia: Revoluo Industrial do sculo XIX.

    Questionava-se: como avaliar a quantidade mxima de

    trabalho que poderia ser obtida a partir de uma dada

    quantidade de combustvel.

  • Introduo Questionava-se: Se uma locomotiva abastecida de carvo

    pode me levar daqui a SP, com uma mquina a vapor mais

    eficiente ser que eu poderia fazer uma viagem maior?

    Nicolas Lonard Sadi Carnot, jovem engenheiro militar

    francs, resolveu o problema de se calcular o rendimento

    mximo de uma mquina trmica.

    Mquina Trmica: qualquer aparelho ou dispositivo para

    transformar calor em trabalho. Seu funcionamento est

    relacionado a trs fatos:

    1) Recebe calor de uma fonte quente temperatura

    constante T1.

    2) Rejeita calor para algo frio uma temperatura T2.

    3) Realiza (ou recebe) trabalho.

  • Mquinas Trmicas

    Um dispositivo muito til para

    compreender a segunda lei da

    termodinmica a mquina

    trmica

    Uma mquina trmica um

    dispositivo que converte

    energia interna em outras

    formas teis de energia, tal

    como energia cintica

    A locomotiva a vapor obtm

    sua energia por meio da

    queima de madeira ou carvo

  • Aplicaes das Mquinas trmicas

  • Segundo Princpio da Termodinmica

    Consideremos um sistema de temperaturas diferentes que esto

    em contato e isolado da vizinhana por paredes adiabticas.

    Depois de um tempo, os corpos estaro em equilbrio

    termodinmico, devido o fluxo de calor do corpo 1 ao corpo 2.

    A energia total do sistema permanece a mesma.

    Se pensarmos no processo inverso. possivel?

    O que determina o sentido em que o processo natural ter lugar?

  • A segunda lei da termodinmica

    determina o sentido preferencial

    do processo termodinmico.

    Os processos termodinmicos

    que ocorrem na natureza so

    todos IRREVERSVEIS.

    Esses processos so aqueles que

    ocorrem em determinados

    sentidos e no ocorrem no

    sentido contrrio.

    Processos Reversveis e Irreversveis

  • Processos Reversveis e Irreversveis

    Se um processo real ocorrer muito lentamente, de tal forma

    que o sistema esteja sempre muito prximo do equilbrio,

    esse processo pode ser considerado como reversvel

    Comprimir um gs muito lentamente ao deixar cair sobre o

    pisto sem atrito alguns gros de areia

    Areia

    Reservatrio de calor

    Exemplo

    Compresso isotrmica e reversvel:

    Cada gro de areia

    adicionado representa uma

    pequena mudana para um

    novo estado de equilbrio

    O processo pode ser

    revertido pela lenta

    remoo dos gros de areia

    do pisto

  • O estado aleatrio ou o grau de desordem do estado final de

    um sistema pode ser relacionado ao sentido da realizao de

    um processo natural.

    A converso de energia mecnica em calor envolve

    um aumento de desordem do sistema.

    Desordem e Processos Termodinmicos

    A segunda lei da termodinmica introduz uma funo de

    estado chamada ENTROPIA que permanece constante

    ou aumenta em qualquer processo possvel, em um

    sistema isolado.

  • ENTROPIA:

    A segunda lei da termodinmica introduz uma funo de

    estado chamada ENTROPIA que permanece constante ou

    aumenta em qualquer processo possvel, em um sistema

    isolado.

    Uma funo de estado uma funo que descreve uma relao

    entre duas ou mais variveis de estado que definem o estado de um

    sistema termodinmico.

  • Entropia

    A varivel de estado relacionada com o Segundo

    Princpio da Termodinmica, a entropia S

    A ideia de entropia surgiu no seguimento de uma funo criada

    pelo fsico alemo Rudolf Clausius (1822-1888). Expressou a

    entropia em escala macroscpica pela primeira vez em 1865

    q

    q

    f

    f

    T

    Q

    T

    Q

    q

    f

    q

    f

    T

    T

    Q

    Q

    A partir da equao que descreve a mquina de

    Carnot

    Os sistemas isolados tendem desordem e a entropia

    uma medida dessa desordem

    Obteve a relao a razo Q/T tem um

    significado especial

  • Entropia

    T

    QdS r

    Se Qr for o calor transferido quando o sistema segue

    uma trajetria reversvel entre dois estados, a variao

    da entropia, independentemente da trajetria real

    seguida, igual a

    f

    i

    r

    T

    QS

    integro dS

    Baixa entropia Alta entropia

  • Mquina trmica carrega alguma

    substncia que trabalha por um

    processo cclico durante o qual:

    (1) a substncia que trabalha

    absorve energia do calor de

    um reservatrio de energia

    em alta temperatura;

    (2) o trabalho realizado pelo

    motor;

    (3) a energia expelida pelo

    calor para um reservatrio em

    temperatura mais baixa.

  • Mquinas Trmicas Impossveis: Enunciado de

    Kelvin-Planck

    W

    TH

    QH

    impossvel construir uma mquina trmica que

    opera num ciclo termodinmico e no produza

    outros efeitos alm trabalho e troca de calor com um

    nico reservatrio trmico.

    Pois, essa mquina converteria 100% do calor

    fornecido em trabalho. Induz ao conceito de eficincia.

    0U

  • Mquinas Trmicas Impossveis: Enunciado de Clausius

    impossvel construir uma mquina trmica que opera

    segundo um ciclo termodinmico e que no produza

    outros efeitos alm da transferncia de calor de um corpo

    frio para um corpo quente. Pois impossvel construir

    um refrigerador que opere sem receber trabalho.

    W= 0

    TH

    TL

    QH

    QL

    Espontaneidade

  • Em sntese:

    A primeira lei proibe a criao ou destruio da energia;

    Enquanto que a segunda lei limita a disponibilidade da energia e os modos de

    conservao e de uso da energia.

  • Mquina Trmica Configurao A

    possvel operar?

    impossvel pois viola a primeira lei termodinmica.

    W Realizado

    TH

    TL

    QH

    QL

  • Mquina Trmica Configurao B

    possvel operar ?

    possvel pois no viola a primeira, nem a segunda

    lei Termodinmica.

    W Realizado

    TH

    TL

    QH

    QL

  • Mquinas Trmicas Configurao C

    possvel operar?

    possvel pois no viola a primeira nem a segunda

    lei termodinmica.

    As configuraes B e C podem funcionar e so o

    reverso uma da outra, da a expresso mquina

    trmica reversvel.

    W recebido

    TH

    TL

    QH

    QL

  • Os processos reais seguem um sentido preferencial

    o Segundo Princpio da Termodinmica que

    determina as direes em que ocorrem os

    fenmenos naturais

    O calor no fli espontaneamente de um corpo frio para um corpo quente

    Formulao alternativa do segundo princpio da termodinmica

    Bomba de calor impossvel

    impossvel existir uma bomba de calor ou

    frigorfico (refrigerador) que absorve calor de um

    reservatrio frio e transfere uma quantidade de

    calor equivalente para um reservatrio quente

    sem a realizao de trabalho externo.