mp maubertec 2010

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MAUBERTEC MANUAL DO PARTICIPANTE [INTRODUÇÃO: BRIGADA DE INCÊNDIO - 2010] Material de apoio: gliceugrossi.net [entre com a senha] 27/09/2010 PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS A fim de primar pela segurança, a proteção geral contra fogo divide-se em duas partes: a) A Prevenção de Incêndios; b) O Combate Eficaz. A Prevenção é o ato de evitar que ocorra o incêndio e o sucesso se dá quando a organização e a educação em todos os setores de atividades atuam em conjunto. O conhecimento das noções básicas de prevenção, praticadas por todos, é o único caminho para evitar acidentes como, por exemplo: Obediência aos avisos colocados nos locais de perigo; Uso dos locais próprios para as pontas de cigarros e às estopas sujas de óleo; Extensões elétricas em condições livres de emendas, de improvisações, sem isolação e com pinos próprios; Guarda de líquidos inflamáveis em recipientes adequados, e quando vazios armazenados em locais estratégicos para evitar o derramamento de sobras em locais impróprios; Ordem e limpeza nos locais de trabalho; Escadas, corredores e saídas de emergência não utilizada como depósitos de materiais. Quando, apesar da prevenção, ocorre um princípio de incêndio, é importante que ele seja combatido de forma eficiente e seguro para que sejam minimizadas suas consequências. A fim de que esse combate seja eficaz, deve-se ainda: Conhecer os agentes extintores; Saber utilizar os equipamentos de combate a incêndio; Saber avaliar o quadro: Incêndio ou Princípio de Incêndio; Conhecer a melhor atitude a ser tomada. TEORIA DO FOGO – (A QUÍMICA DO FOGO) Lavoisier, um cientista francês, afirmou e demonstrou que o fogo é resultado de uma reação Química entre o combustível e o oxigênio. A essa reação química deu o nome de COMBUSTÃO. Mas o que é reação química? Em linguagem bem simples: quando duas substâncias diferentes são misturadas e dessa mistura surgem outras substâncias totalmente diferentes, aí temos a reação química. FOGO: É uma reação química denominada combustão, onde ocorre a decomposição de uma substância sólida, líquida ou gasosa, em presença de um gás comburente (oxigênio), liberando energia em forma de luz e calor. O TETRAEDRO DO FOGO A reação química COMBUSTÃO é representada por um TETRAEDRO. Cada lado do tetraedro representa um elemento indispensável para que haja a combustão: COMBUSTÍVEL; O COMBURENTE; O CALOR; A REAÇÃO EM CADEIA. Mas lembre-se que o tetraedro é apenas uma figura didática que é usada para facilitar a compreensão do fenômeno. O importante é não se esquecer de que o fogo é resultado de uma REACÃO QUÍMICA entre combustível e o oxigênio, com a participação do calor.

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Treinamento 2010, outubro

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MAUBERTEC MANUAL DO PARTICIPANTE [INTRODUÇÃO: BRIGADA DE INCÊNDIO - 2010]

Material de apoio: gliceugrossi.net [entre com a senha] 27/09/2010

PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS

A fim de primar pela segurança, a proteção geral contra fogo divide-se em duas partes:

a) A Prevenção de Incêndios;

b) O Combate Eficaz.

A Prevenção é o ato de evitar que ocorra o incêndio e o sucesso se dá quando a organização e a educação em todos os setores de atividades atuam em conjunto.

O conhecimento das noções básicas de prevenção, praticadas por todos, é o único caminho para evitar acidentes como, por exemplo:

Obediência aos avisos colocados nos locais de perigo;

Uso dos locais próprios para as pontas de cigarros e às estopas sujas de óleo;

Extensões elétricas em condições livres de emendas, de improvisações, sem isolação e com pinos próprios;

Guarda de líquidos inflamáveis em recipientes adequados, e quando vazios armazenados em locais estratégicos para evitar o derramamento de sobras em locais impróprios;

Ordem e limpeza nos locais de trabalho;

Escadas, corredores e saídas de emergência não utilizada como depósitos de materiais.

Quando, apesar da prevenção, ocorre um princípio de incêndio, é importante que ele seja combatido de forma eficiente e seguro para que sejam minimizadas suas consequências.

A fim de que esse combate seja eficaz, deve-se ainda:

Conhecer os agentes extintores;

Saber utilizar os equipamentos de combate a incêndio;

Saber avaliar o quadro: Incêndio ou Princípio de Incêndio;

Conhecer a melhor atitude a ser tomada.

TEORIA DO FOGO – (A QUÍMICA DO FOGO)

Lavoisier, um cientista francês, afirmou e demonstrou que o fogo é resultado de uma reação Química entre o combustível e o oxigênio.

A essa reação química deu o nome de COMBUSTÃO.

Mas o que é reação química?

Em linguagem bem simples: quando duas substâncias diferentes são misturadas e dessa mistura surgem outras substâncias totalmente diferentes, aí temos a reação química.

FOGO: É uma reação química denominada combustão, onde ocorre a decomposição de uma substância sólida, líquida ou gasosa, em presença de um gás comburente (oxigênio), liberando energia em forma de luz e calor.

O TETRAEDRO DO FOGO

A reação química COMBUSTÃO é representada por um TETRAEDRO. Cada lado do tetraedro representa um elemento indispensável para que haja a combustão:

COMBUSTÍVEL;

O COMBURENTE;

O CALOR;

A REAÇÃO EM CADEIA.

Mas lembre-se que o tetraedro é apenas uma figura didática que é usada para facilitar a compreensão do fenômeno.

O importante é não se esquecer de que o fogo é resultado de uma REACÃO QUÍMICA entre combustível e o oxigênio, com a participação do calor.

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COMBUSTÍVEL

O COMBUSTÍVEL SÓLIDO queima-se em sua superfície e em sua profundidade, ou seja, a queima acontece por fora e por dentro do material. Quando todo o combustível for consumido, restarão resíduos (cinzas).

O COMBUSTÍVEL LÍQUIDO a combustão só acontece na superfície. Assim se colocarmos fogo num copo contendo álcool ou outro líquido combustível qualquer, o fogo irá consumindo o líquido, de cima para baixo, até que o combustível se acabe. Dentro do copo não sobrará nenhum resíduo.

O GÁS INFLAMÁVEL que se encontrar suspenso no ar, em finíssimas gotículas, na forma de névoa, também está sujeito a entrar em combustão ao simples contato com uma fagulha e também de maneira explosiva.

OXIGÊNIO

O Oxigênio é o gás COMBURENTE que dá vida à chama. Com maior quantidade de oxigênio a combustão também será maior, isto é, mais intensa, havendo o consumo mais rápido do combustível e mais quente será a chama.

Para nosso estudo consideraremos apenas a seguinte composição do ar, em números redondos:

Nitrogênio 78%

Oxigênio 21%

Outros Gases 1%

Total 100%

OBS: Estudos demonstram que o Nitrogênio não participa da combustão e que o oxigênio é o gás que reage quimicamente com o gás emanado do combustível.

CALOR

O calor é responsável pela produção de vapores inflamáveis nos corpos combustíveis. A temperatura que vai provocar a produção dos vapores inflamáveis varia de um combustível para outro.

Maneiras com a qual se adquire o calor:

- Atrito;

- Reação química;

- Energia elétrica;

- Radioatividade.

O calor é o componente que serve para dar início ao fogo; que mantém e que incentiva a propagação.

Os combustíveis em geral, precisam ser transformados em gases para queimar, e a quantidade de calor necessário para vaporiza-los varia de um corpo para corpo.

Assim, a gasolina vaporiza a temperatura bem baixa, enquanto que a madeira, o carvão, etc..., exigem mais calor, e assim sucessivamente. Variando o calor, podemos vaporizar quase todos os combustíveis.

Por outro lado, a temperatura de vaporização do combustível não é suficiente para queima-lo, pois, para isto, precisamos após a vaporização, continuar a aquecê-los até determinada temperatura variável para cada corpo.

REAÇÃO EM CADEIA

O fenômeno químico do fogo é uma reação que se processa em cadeia. Após a partida inicial é mantida pelo calor produzido durante o processamento da reação. Assim na combustão do Carbono (C) para a formação de Dióxido de Carbono (CO2), temos a seguinte reação:

A cadeia de reação formada durante o fogo propicia a formação de produtos intermediários instáveis, principalmente radicais livres, prontos

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para combinarem com outros elementos, dando origem a novos radicais, ou finalmente a corpos estáveis.

Consequentemente nas áreas de fogo, sempre temos radicais livres, a quem cabe a responsabilidade de transferência de energia química em calorífica, decompondo as moléculas ainda intactas e, desta maneira, provocando a propagação do fogo, numa verdadeira reação.

Conhecido o "TETRAEDRO DO FOGO", concluímos que são 4 as condições para que haja fogo. Portanto, basta retirar um dos lados do tetraedro do fogo e ele se extinguirá. Portanto são 04 (quatro) os métodos de extinção de incêndios.

PONTOS DE TEMPERATURA

PONTO DE FULGOR

No Ponto de Fulgor o combustível já está produzindo vapores inflamáveis, mas a quantidade é ainda insuficiente para sustentar a combustão.

Ao aproximarmos uma chama junto ao combustível ele queima-se momentaneamente e, logo a seguir, a chama do combustível se apaga, por falta do vapor inflamável.

PONTO DE COMBUSTÃO

No Ponto de Combustão o combustível está produzindo vapores inflamáveis em quantidade suficiente para sustentar a combustão.

Ao aproximarmos uma chama junto ao combustível ele queima-se continuamente, mesmo que retiremos a chama inicial.

PONTO DE IGNIÇÃO

Neste ponto o combustível está produzindo vapores inflamáveis e esses vapores estão tão aquecidos que, ao simples contato com o oxigênio

do ar entram em combustão, sem necessidade da chama inicial. (Ex: fósforo branco).

Outro conhecimento, indiscutivelmente importante para fazer prevenção ou combate a incêndios, é conhecer as formas de TRANSMISSÃO DE CALOR.

IRRADIAÇÃO

É a transmissão de calor por meio de ondas. Todo corpo quente emite radiações que vão atingir os corpos frios.

O calor do sol é transmitido por esse processo. São radiações de calor as que as pessoas sentem quando se aproximam de um forno quente.

Ondas caloríficas que se transmitem através do espaço.

CONDUÇÃO

A propagação do calor é feita de molécula para molécula do corpo, por movimento vibratório.

A taxa de condução do calor vai depender basicamente da condutividade térmica do material, bem como de sua superfície e espessura.

É importante destacar a necessidade da existência de um meio físico.

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CONVECÇÃO

É uma forma característica dos fluídos. Pelo aquecimento, as moléculas expandem-se e tendem a elevar-se, criando correntes ascendentes a essas moléculas e corrente descendente ás moléculas mais frias.

É um fenômeno bastante comum em edifícios, pois através de aberturas, como janelas, poços de elevadores, vãos de escadas, podem ser atingidos andares superiores. Este fenômeno pode ocorrer tanto no plano vertical como no plano horizontal.

É o processo de transmissão de calor, que se faz através da circulação de um meio transmissor, gás ou líquido. É o caso da transmissão do calor, através da massa de ar ou gases quentes, que se deslocam do local do fogo, podendo provocar incêndios em locais distantes do mesmo.

A proteção contra incêndios, decorrentes de calor transmitido por convecção é feita de forma a não deixar acumular ar ou gases quentes em locais que possuam combustíveis, principalmente os de baixos pontos de ignição.

COMBATE AO FOGO

Compreende o emprego da técnica e tática corretas no momento que surgir o incêndio.

Técnica: Uso do equipamento correto.

Tática: obter maior proveito do equipamento.

MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO:

O fogo se extinguirá quando são retirados uns dos seus elementos.

RESFRIAMENTO: Corte no fornecimento de calor

Ex: sopro sobre uma vela.

Obs: É o método de extinção mais empregado. Consiste em roubar calor mais do que ele é produzido na combustão, até que o combustível fique abaixo do ponto de fulgor.

ABAFAMENTO:

Corte do fornecimento de O2:

Ex: Tampar uma vasilha.

Obs: É um dos métodos mais difíceis: necessita de aparelhos e produtos específicos.

RETIRADA DO MATERIAL:

Corte do fornecimento do combustível:

Ex: corte do gás do fogão.

OBS: É o método mais simples, exigido força física, meios de fortuna, não precisando de aparelho especializado.

EXTINÇÃO QUÍMICA:

Os pós-químicos utilizados na extinção de incêndios eram considerados como abafantes, devido ao CO2 gerado quando de sua modificação na presença do calor.

Mas não era satisfatoriamente explicada esta ação de abafamento, porque as experiências indicam que os pós são mais eficientes que o próprio CO2.

CLASSES DE INCÊNDIO

CLASSE “A” – SÓLIDOS:

Características Principais: Deixam resíduos quando queimados.

Método de extinção adequado: Resfriamento.

CLASSE “B” – LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS:

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Características Principais: Queimam em superfície, nunca em profundidade e não deixam resíduos quando queimados.

Método de extinção adequado: Abafamento

Obs: também os gases inflamáveis estão incluídos nesta classe, mas só se deve apagá-los se for possível cortar o fornecimento de combustível. (Ex: Botijão de gás.)

CLASSE “C” – MATERIAIS ENERGIZADOS:

Características Principais: São equipamentos elétricos quando energizados. O risco maior está na presença da corrente elétrica: motor elétrico, transformador.

Método de extinção adequado: Desligar a energia elétrica e tratá-los como classe A e B, Resfriamento ou Abafamento.

CLASSE “D” – METAIS PIROFÓRICOS:

Características Principais: São os Metais pirofóricos: Alumínio em pó Magnésio, Selênio, Antimônio, Lítio, Cádmio, Potássio, Zinco, Titânio, Sódio e Zircônio.

Método de extinção adequado: Abafamento ou Extinção Química.

Obs: a classificação acima e também adotada pela TSIB - Taxa de Seguro Incêndios do Brasil - circular N° 19188.

CLASSE “E” – RADIOATIVOS:

Características Principais: Substâncias radioativas:

urânio, césio, cobalto, rádio, etc...

Método de extinção adequado: Extinção química PQS especial.

OBS: Os bombeiros devem estar munidos de Equipamentos de Proteção Individuais especiais para radioatividade.

APARELHOS EXTINTORES

Agente Extintor é todo material que aplicado ao fogo, interfere em sua reação química, provocando uma descontinuidade de um ou mais lados do tetraedro do fogo, alterando as condições para que haja fogo.

Os agentes extintores podem ser encontrados nos estados líquidos, gasosos ou sólidos. Existe uma variedade muito grande de Agentes Extintores. No nosso estudo, citaremos apenas os mais comuns.

São os que possivelmente teremos que utilizar em caso de incêndios:

- Água;

- Espuma (química e mecânica);

- Gás Carbônico (CO2);

- Pó Químico Seco;

- Agentes Halogenados;

- Agentes improvisados (areia, cobertor, tampa de vasilhame, etc).

Os aparelhos extintores são vasilhames fabricados com dispositivo que possibilitam a aplicação do Agente Extintor sobre os focos de incêndio. Normalmente os Aparelhos Extintores recebem o nome do Agente Extintor que neles contém.

Os Aparelhos Extintores destinam-se ao combate imediato de pequenos volumes. São de grande utilidade, pois podem combater a maioria dos incêndios, cujo princípio são pequenos focos, desde que, manejados adequadamente e no momento certo.

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O êxito no emprego dos extintores depende dos seguintes fatores:

distribuição adequada dos aparelhos pela área a proteger;

de manutenção adequada e eficiente;

de pessoa habilitada a manejar aparelhos na extinção de incêndios;

Quanto ao tamanho, os extintores podem ser:

Portáteis;

Sobre-rodas (carretas);

Quanto o sistema de funcionamento eles podem ser:

Químicos;

Pressurizados (pressão interna);

Pressurizáveis (pressão injetada).

Os extintores são equipamentos que, contendo uma limitada quantidade de um determinado Agente Extintor, não devem ser considerados como infalíveis e, como tal capaz de realizar milagres.

Desde que fabricados e mantidos de acordo com as normas técnicas brasileiras, distribuídos racionalmente e operados tecnicamente, funcionam satisfatoriamente.

CLASSIFICAÇÃO DOS EXTINTORES

ÁGUA PRESSURIZADA:

1) CAPACIDADE: 10 a 75 litros;

2) APLICAÇÃO: incêndios de classe "A";

3) PRINCÍPIO DE OPERAÇÃO: pressão interna

(CO2, N2) no próprio cilindro metálico, arrasta a

água quando o gatilho é acionado;

4) MODO DE USAR:

1. Levar o extintor ao local do fogo;

2. Colocar-se à distância segura;

3. Retirar o pino de segurança;

4. Empunhar a mangueira e dirigir o jato à base

do fogo (observar sempre a direção do vento);

5) ALCANCE DO JATO: 12 a 14 metros;

6) ÁREA APROXIMADA DE EXTINÇÃO: 1,5 a 2,0

metros quadrados;

7) TEMPO DE USO: 1 minuto.

PÓ QUÍMICO SECO

1) CAPACIDADE: 1,2, 4, 6,8, 12, 20 kg;

2) APLICAÇÃO: classes "B", “C";

3) TIPOS: pressurizados e pressão injetada;

4) PRINCÍPIOS DE OPERAÇÃO: pó expelido pelo gás contido no recipiente ou na ampola;

5) MODO DE USAR:

1. Levar o extintor ao local do fogo; 2. Abrir a válvula da ampola; 3. Retirar o pino de segurança; 4. Pulverizar a área de combustão.

OBS: Antes de usar o extintor, verificar o manômetro, observando se ele indica que o extintor está carregado.

GÁS CARBÔNICO:

1) CAPACIDADE: 2, 4, 6, kg;

2) APLICAÇÕES: classes "B” e “C”;

3) CARGA: C02 liquefeito sob pressão;

4) PRINCÍPIO DE OPERAÇÃO: C02 expelido pela própria pressão interna que exerce (870 lbs/pol2);

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5) MÉTODO DE OPERAÇÃO:

1. Levar o extintor ao local do fogo; 2. Retirar o pino de segurança; 3. Retirar o difusor; 4. Segurar na empunhadura, dirigir o jato à

base do fogo, movimentando o difusor em leque.

EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO

Mangueiras de combate a incêndio: É o nome dado ao condutor flexível utilizado para conduzir a água sob pressão da fonte de suprimento ao lugar onde deva ser lançada. Flexível porque resiste a pressões relativamente altas.

1) QUANTO AO DIÂMETRO:

As mangueiras de incêndio mais usadas são as de diâmetro 38 milímetros (1 ½¨) e 63 milímetros (2 ½¨). O diâmetro refere-se à medida interna das mangueiras.

2) COMPRIMENTO:

Por conveniência de transporte e manuseio as mangueiras de incêndio são utilizadas em comprimentos de 30 metros, com diâmetros de 38 milímetros ou 63 milímetros.

3) ACONDICIONAMENTO:

As mangueiras de incêndio devem ser acondicionadas, visando os serviços de bombeiros, de quatro maneiras:

TRANSPORTE E MANUSEIO:

PROCESSO ADUCHADA: Deve ser transportada sobre o ombro (do lado direito para profissionais

destros e do lado esquerdo para profissionais sinistros) ou sob o braço junto ao corpo.

1) SOBRE O OMBRO: Empatação bem junto ao corpo.

2) JUNTO AO CORPO: A empatação deverá ficar junto à mão e voltada para trás

LANÇAMENTO DE MANGUEIRAS:

Lançar ou estender mangueiras de incêndio consiste em coloca-la em condições de trabalho na ocorrência. Você lança a mangueira aduchada e estende mangueira em espiral.

1) Para lançar mangueira aduchada:

a) segure com a mão direita a união que está por dentro, protegida pela última dobra, junto à união, contra o solo;

b) impulsiona-se vigorosamente para frente, de modo a imprimir movimento rotativo mantendo firme cada extremidade (com a mão e o pé), que a mangueira se desenrolará por completo:

c) acopla-se a união que estava mantida pelo pé, e de posse da outra extremidade, caminha-se na direção em que deva ser estendida a mangueira.

ACOPLAMENTO DE MANGUEIRAS:

1) Método de acoplamento de mangueira de incêndio por um homem sobre o joelho;

2) Método de acoplamento de mangueiras por um homem usando os pés;

3) Método de acoplamento de mangueira por dois homens; e

4) Método para descarga de mangueiras.

CUIDADOS COM AS MANGUEIRAS:

1) CONSERVAÇÃO ANTES DO USO:

- As mangueiras novas devem ser retiradas das embalagens fornecidas pelo fabricante e armazenadas em local arejado livre de mofo e umidade, protegido da incidência de raios solares.

2) CONSERVAÇÃO DURANTE O USO:

- As mangueiras não devem ser arrastadas sobre o piso, bordas cortantes

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de muros, caixilhos, etc, nem deve ficar em contato com o fogo, óleos, gasolina, ácidos ou outras substâncias que possa atacá-las. As superfícies aquecidas danificam as lonas das mangueiras de fibra sintética.

3) CONSERVAÇÃO DEPOIS DO USO:

- Ao serem recolhidas após o uso, devem ser testadas hidraulicamente (isto é colocadas em um hidrante pressurizando-se com água para ver se não há furos), além de sofrerem severa inspeção visual, quanto ao estado da lona e das uniões. Após, as mangueiras aprovadas serão lavadas cuidadosamente com água pura e, se necessário, com sabão neutro. Escovas de fibras longas e macias podem ser usadas para remover a sujeira e os resíduos do sabão impregnado.

O forro quando de borracha deve ser conservado com talco industrial, e as uniões lubrificadas com talco ou grafite, evitando-se o uso de óleo ou graxa.

HIDRANTES:

Os hidrantes são dispositivos existentes em redes hidráulicas, que possibilitam a captação de água para emprego nos serviços de bombeiros, principalmente no combate a incêndios.

Hidrantes de parede:

São aqueles utilizados nas empresas particulares em instalações de proteção contra incêndios, embutido em paredes (ou encostados a elas), a cerca de um metro do piso, podendo ser disposto em abrigo especial, onde também se acham os lances de mangueiras, esguichos e chaves de mangueiras:

Elementos que compõe o hidrante:

1. Reservatório, canalizações; 2. Registro, Junta de União (engate rápido); 3. Caixa de mangueira; 4. Esguichos; 5. Chave de mangueira;

ESGUICHOS:

ESGUICHO AGULHETA

É um esguicho com o corpo cilindro cônico, em cuja extremidade de diâmetro maior é incorporada uma junta de união (engate rápido) e

na extremidade oposta, de menor diâmetros, podem ser adaptadas e substituídas várias "bocas móveis" ou "requintes" de diversos diâmetros.

ESGUICHO REGULÁVEL

Esse tipo de esguicho é utilizado quando se deseja jato em forma de chuveiro, jato em forma de neblina e jato compacto. A mudança de ângulo é obtida, girando-se a parte anterior do esguicho, que se movimenta para frente e para trás, na medida em que é girado.

GUARNIÇÃO DE COMBATE A INCÊNDIO (COMPOSTA POR TRÊS BRIGADISTAS)

BRIGADISTA NÚMERO 1:

a) FUNÇÃO: operador da linha de ataque;

b) MISSÃO: transporta e acopla o esguicho na mangueira, após o sistema montado, pede água e direciona o jato ao foco de incêndio.

BRIGADISTA NÚMERO 2:

a) FUNÇÃO: armador da linha de ataque;

b) MISSÃO: faz o lançamento da mangueira (1 ½¨ ou 2 ½¨) e leva uma das extremidades ao Bombeiro número 1, após auxilia na operação da linha de ataque

BRIGADISTA NÚMERO 3:

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a) FUNÇÃO: operador do registro.

b) MISSÃO: é responsável pelo abastecimento da linha de mangueira, através da abertura do registro; devendo ficar sempre atento em caso de fechamento, se houver muita pressão na rede de hidrantes, depois de aberto o registro deverá auxiliar também na operação da linha de ataque.

SISTEMAS DE SEGURANÇA

ALARME

Manual: É um equipamento que informa um princípio de incêndio quando acionado por uma pessoa.

Automático: Este equipamento opera quando é influenciado por determinados fenômenos físicos, químicos que acompanham o incêndio.

Ex: fumaça, calor.

DETECTORES

Térmico: Atua numa escala de temperatura pré-determinada.

De Fumaça: Sensível às variações da composição da atmosfera pela percepção dos gases formados na combustão.

SPRINKLER

É um sistema de proteção através de chuveiros automáticos instalados ao longo de tubulações dotados de dispositivos especiais que funcionam por elevação de temperatura.

Possui um bulbo de vidro no qual se encontra determinado volume de fluído especial, controlado com precisão. O aumento da temperatura sobre esse bulbo irá fazer com que o liquido se expanda e rompa a ampola, dando assim, passagem à água que atua somente sobre as áreas afetadas.

Esse sistema é controlado por meio de uma válvula que, ao ser acionada, Dará um alarme mecânico local, remoto ou por indicação em painéis de comando.

Meios de fuga:

Saídas de emergência para salvaguardar a vida humana em caso de incêndio.

É necessário que as edificações sejam dotadas de meios adequados de fuga, que permitam aos ocupantes se deslocarem com segurança para um local livre da ação do fogo, calor e fumaça, a partir de qualquer ponto da edificação, independentemente do local de origem do incêndio.

Além disso, nem sempre o incêndio pode ser combatido pelo exterior do edifício, decorrente da altura do pavimento onde o fogo se localiza ou pela extensão do pavimento (edifícios térreos). Nestes casos, há a necessidade da brigada de incêndio ou do Corpo de Bombeiros de adentrar ao edifício pelos meios internos a fim de efetuar ações de salvamento ou combate.

Estas ações devem ser rápidas e seguras, e normalmente utilizam os meios de acesso da edificação, que são as próprias saídas de emergência ou escadas de segurança utilizadas para a evacuação de emergência,

Para isto ser possível as rotas de fuga devem atender, entre outras, as seguintes condições básicas:

Número de saídas:

O número de saídas difere para os diversos tipos de ocupação, em função da altura, dimensões em planta e características construtivas. Normalmente o número mínimo de saídas consta de códigos e normas técnicas que tratam do assunto.

Distância a percorrer:

A distância máxima a percorrer consiste no caminhamento entre o ponto mais distante de um pavimento até o acesso a uma saída neste mesmo pavimento. Da mesma forma como o item anterior, essa distância varia conforme o tipo de ocupação e as características construtivas do edifício e a existência de chuveiros automáticos como proteção. Os valores máximos permitidos constam dos textos de códigos e normas técnicas que tratam do assunto.

Largura das escadas de segurança e das rotas de fuga horizontais:

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O número previsto de pessoas que deverão usar as escadas e rotas de fuga horizontais é baseado na lotação da edificação, calculada em função das áreas dos pavimentos e do tipo de ocupação. As larguras das escadas de segurança e outras rotas devem permitir desocupar todos os pavimentos em um tempo aceitável como seguro.

Isto indica a necessidade de compatibilizar a largura das rotas horizontais e das portas com a lotação dos pavimentos e de adotar escadas com largura suficiente para acomodar em seus interiores toda a população do edifício. As normas técnicas e os códigos de obras estipulam os valores das larguras mínimas (denominado de Unidade de Passagem) para todos os tipos de ocupação.

Localização das saídas e das escadas de segurança:

As saídas (para um local seguro) e as escadas devem ser localizadas de forma a propiciar efetivamente aos ocupantes a oportunidade de escolher a melhor rota de escape. Para isto devem estar suficientemente afastadas uma das outras, uma vez que a previsão de duas escadas de segurança não estabelecerá necessariamente rotas distintas de fuga, pois em função de proximidade de ambas, em um único foco de incêndio poderá torná-las inacessível.

Portas nas rotas de fuga:

As portas incluídas nas rotas de fuga não podem ser trancadas, entretanto devem permanecer sempre fechadas, dispondo para isto de um mecanismo de fechamento automático.

Alternativamente, estas portas podem permanecer abertas, desde que o fechamento seja acionado automaticamente no momento do incêndio.

Estas portas devem abrir no sentido do fluxo, com exceção do caso em que não estão localizadas na escada ou na antecâmara e não são utilizadas por mais de 50 pessoas.

Para prevenir acidentes e obstruções, não devem ser admitidos degraus junto à soleira, e a abertura de porta não deve obstruir a passagem de pessoas nas rotas de fuga.

O único tipo de porta admitida é aquele com dobradiças de eixo vertical com único sentido de abertura. Dependendo da situação, tais portas podem ser a prova de fumaça, corta fogo ou ambos. A largura mínima do vão livre deve ser de 0,8 m.

Sistema de iluminação de emergência:

Esse sistema consiste em um conjunto de componentes e equipamentos que, em funcionamento, propicia a iluminação suficiente e adequada para:

1) permitir a saída fácil e segura do público para o exterior, no caso de interrupção de alimentação normal;

2) garantir também a execução das manobras de interesse da segurança e intervenção de socorro.

A iluminação de emergência para fins de segurança contra incêndio pode ser de dois tipos: 1) de balizamento;

2) de aclaramento.

Acesso a viaturas do Corpo de Bombeiros:

Os equipamentos de combate devem-se aproximar ao máximo do edifício afetado pelo incêndio, de tal forma que o combate ao fogo possa ser iniciado sem demora e não seja necessária a utilização de linhas de mangueiras muito longas. Para isto, se possível, o edifício deve estar localizado ao longo de vias públicas ou privadas que possibilitam a livre circulação de veículos de combate e o seu posicionamento adequado em relação às fachadas, aos hidrantes e aos acessos ao interior do edifício. Tais vias também devem ser preparadas para suportar os esforços provenientes da circulação, estacionamento a manobras destes veículos. O número de fachada que deve permitir a aproximação dos veículos de combate deve ser determinado tendo em conta a área de cada pavimento, a altura e o volume total do edifício.

PRIMEIROS SOCORROS:

Análise de Vítimas:

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- Segurança das Guarnições, do local da ocorrência e das vítimas; - Uso de EPI adequado, sinalização do local, estabilização de vítimas. Análise Primária: Processo ordenado para identificar e corrigir de imediato, problemas que ameacem a vida em curto prazo.

Ao avaliar a vítima observe:

1. Sequencia sistemática de avaliação da vítima (Análise Primária e Secundária); 2. Sinais e sintomas específicos de emergência médica ou de trauma; 3. Indícios de lesão na coluna vertebral, sempre que a vítima sofrer um trauma, ou ainda quando for encontrada inconsciente; 4. Conduta e/ou comportamento da vítima, atentando para qualquer alteração em suas condições em quaisquer das etapas de avaliação. É importante observarmos: - Segurança do local/socorristas - Responsividade da vítima (A) Liberação de vias aéreas

Manobras utilizadas1/Nº de socorristas2

Elevação da mandíbulatrauma/2socorristas

Tração do Queixo trauma/1socorrista

Extensão da cabeça clínico/1socorrista Emergências Médicas/Traumas Permebialidade das Vias Aéreas

(B) RespiraçãoVer,ouvir e sentir (7/10segundos)

Presente: Oxímetroperfusão/O2–10lpm|Ambú: 3/5/10lpm Ausente: Ventilação Artificial/OVACE/RCP

(C) Circulação > 1 ano, palpar a artéria carótida; < 1 ano, palpar a artéria braquial;

Verificar a presença de hemorragias que impliquem em necessidade de controle imediato e aplicar a técnica de hemostasia correspondente. 1. Visualizar a parte anterior do corpo da vítima; 2. Apalpar a parte posterior do corpo da vítima;

3. Dispensar atenção inicialmente às hemorragias

intensas, direcionando o exame da cabeça em direção aos pés;

4. Procurar por poças e manchas de sangue nas vestes. Hemorragias, interna ou externa, devem ser suspeitadas quando houver constatação de irregularidade na perfusão capilar.

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Condições de exposição de vítimas: - Necessidade - Meios utilizados/condições

Colocação do Colar Cervical

Iniciar a Análise Secundária somente após estabilizados os problemas encontrados na análise primária

Análise Secundária: Processo ordenado que

visa descobrir lesões ou problemas clínicos que, se não tratados, poderão ameaçar a vida, através da interpretação dos achados na verificação dos sinais vitais, exame físico e na entrevista.

Através da avaliação dos sinais e sintomas apresentados pela vítima o socorrista poderá determinar o tipo de emergência e os procedimentos operacionais específicos.

Uma parte da análise é objetiva, através do

exame dos sinais vitaisFC/FR/PA

e do corpo da

vítimaEXAME DA CABEÇA AOS PÉS

(exame físico) e a

outra é subjetivaAMPLA, através de dados colhidos em entrevista.

HEMORRAGIAS: Inicialmente, as hemorragias produzem palidez, sudorese, agitação, pele fria, fraqueza, pulso fraco e rápido, baixa pressão arterial, sede, e por fim, se não controladas, estado de choque e morte.

Métodos naturais de controle de

hemorragias:

- Vasoconstrição: que é um mecanismo reflexo que permite a contração do vaso sanguíneo lesado diminuindo a perda sangüínea;

- Coagulação: que consiste em um mecanismo de aglutinação de plaquetas no local onde ocorreu o rompimento do vaso sanguíneo, dando início à formação de um verdadeiro tampão, denominado coágulo, que obstrui a saída do sangue.

ESTADO DE CHOQUE: Conjunto de alterações orgânicas devido a

uma inadequada perfusão e conseqüentes falta de oxigenação dos órgãos e tecidos, denominado choque hemodinâmico.

Inicialmente devemos entender o termo

“perfusão”, ou seja, a circulação de sangue dentro de um órgão. Dizemos que um órgão tem uma adequada perfusão quando o sangue oxigenado está chegando pelas artérias e saindo pelas veias.

A perfusão mantém viva as células do corpo através do suprimento de nutriente e eliminação dos produtos da degradação gerados por eles.

Se a perfusão é deficitária o órgão entra em

sofrimento e morre. CHOQUE HIPOVOLÊMICO No choque hipovolêmico há redução do

volume circulante com a perda de sangue e com isso, a volemia torna-se instável. Comuns nos casos de grandes hemorragias (externas ou internas), queimaduras extensas, desidratação.

FERIMENTOS: Podem ser definidos como uma agressão à integridade tecidual. Dependendo da localização, profundidade e extensão, podem representar risco de vida para a vítima pela perda sangüínea que podem ocasionar ou por afetar órgãos internos. Os ferimentos podem ser classificados em:

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1. Ferimento aberto: é aquela onde existe uma perda de continuidade da superfície cutânea, ou seja, onde a pele está aberta.

2. Ferimento fechado ou contusão: a lesão ocorre abaixo da pele, porém não existe perda da continuidade na superfície, ou seja, a pele continua intacta. TRAUMAS: Iremos nos limitar a estudar lesões que comprometam os ossos, articulações e músculos das extremidades corporais. Existem diferentes formas de lesões nessas estruturas.

Sinais de Fraturas

Os ossos podem: - Quebrar - se (fratura); - Desencaixar-se em alguma articulação (luxação) ou ambos. - Os músculos e os tendões que os ligam aos ossos podem sofrer torções (entorses) ou também ser distendidos ou rompidos. A maioria das lesões de extremidades é avaliada durante a análise secundária, por não causar risco de vida imediato. Frequentemente, no entanto, são as lesões mais evidentes nos politraumatizados, que induzem o socorrista a cometer vários erros, por querer priorizar o tratamento de tais lesões.

Importante: Visualizar articulações quando for

necessária a imobilização1 articulação antes e 1 depois e

ao usar ataduracomece das extremidades observe a perfusão capilar. Não perder tempo com imobilizações muito elaboradas e retirar adornos naturaisanéis, alianças, colares, etc OVACE: Obstrução de Vias aéreas por corpo estranho Procedimentos operacionais: 1. Observar se a vítima pode respirar, tossir, falar ou chorar

Pergunte a vítima: você pode falar, incentive–a a

tossir

Se a vítima não puder falar ou a tosse for ineficiente,

posicione-se por trás e apoie ambas as mãos entre

o umbigo e o processo xifoide.

Execute sucessivas compressões no sentido do

diafragma, até a desobstrução.

Posição das mãos para aplicação da manobra

efetiva.

1.1. Em caso positivo: Orientar para continuar tossindo e não interferir. 1.2. Em caso negativo: tratar a vítima como obstrução total. 2. Observar se o corpo estranho foi eliminado pela tosse; se a obstrução parcial persistir e a vítima respirar: ministrar oxigênio por máscara facial e

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transportar a vítima sentada, numa posição confortável e aquecida; manter observação constante da vítima, incluindo sinais vitais. Sequência de manobras vítimas inconscientes: < 8 anos - 1 e < 8anos - 2 - Gestantes e Obesos: Compressão esternal

- Bebês (Líquido e semilíquidos)

Reanimação Cardiopulmonar

- Inicia-se com as ventilações;

Máscara para Ventilação

- 30:2 (num ritmo de 100 por minuto);

A cada 2 minutos - checar pulso/respiração;

Não interromper por mais de 5 segundos;

O socorrista que ventila, checa a efetividade das

compressões, durante a realização da RCP - Troca de socorristas (posição das mãos/braços esticados e perpendiculares ao corpo da vítima; manter permebialidade das Vias aéreas);

Aquele que efetuava as compressões, ao término

dos ciclos, posiciona-se para as ventilações e checa os sinais de circulação.

Constatada a ausência dos sinais de circulação, o

outro socorrista reinicia a RCP com as compressões torácicas.

- Erros mais frequentes; - Quando não iniciar a RCP; - Morte clínica e morte biológica;

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Queimaduras: Lesão nos tecidos do organismo causada por exposição ao calor e frio excessivos, produtos químicos, eletricidade ou radiação. As principais causas incluem: 1) Queimaduras térmicas - por calor – fogo, vapor ou objetos quentes; por frio, gazes especiais, temperaturas excessivamente baixas e líquidos (CO2, nitrogênio); 2) Queimaduras químicas – incluem vários produtos como ácidos e bases; 3) Queimaduras elétricas – eletricidade comum e raios; 4) Queimaduras radioativas – raios ultravioletas, incluindo os raios solares e agentes radioativos. Classificação quanto à profundidade

As queimaduras podem ser classificadas, de acordo com a profundidade, em:

1) Queimadura de primeiro grau - Atinge somente a epiderme – camada mais superficial da pele e caracteriza-se pela dor local e vermelhidão da área atingida; 2) Queimadura de segundo grau - Atinge a epiderme e derme - duas camadas da pele, caracteriza-se pela dor local, vermelhidão e formação de bolhas de água; 3) Queimadura de terceiro grau - Atinge todo o tecido de revestimento, podendo chegar até os músculos, vasos, nervos e ossos. Caracteriza-se pela presença de área escurecida ou esbranquiçada – escara. Poderá haver total ausência de dor local e presença de queimaduras de primeiro e segundo graus ao redor. Classificação de acordo como a extensão

Regra dos noves

Gravidade da queimadura Existem vários critérios para se estimar a gravidade de uma queimadura, porém o policial militar deve sempre considerar como grave: 1) Queimaduras de primeiro grau, quando atingir mais que 15% da área corporal; 2) Queimaduras de segundo grau, quando atingir mais que 10% da área corporal; 3) Queimaduras de terceiro grau, quando atingir mais que 5% da área corporal; 4) Qualquer queimadura que afete áreas corporais críticas, como a face, as mãos e os pés, os genitais, ou com inalação de fumaça ou vapor quente que atinja o sistema respiratório e que circundem toda a extensão do tórax ou abdômen ou ainda extremidades.