movimentos sociais e ruarais no brasil

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Colégio Estadual Joaquim Inácio de Carvalho Alunos: Tiago Manoel Daiane Gisélia Vanusa Janderson Thainar Serie: 1 ano F Professora: Ana Disciplina: História

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Page 1: Movimentos sociais e ruarais no brasil

Colégio Estadual Joaquim Inácio de Carvalho

Alunos: Tiago Manoel

Daiane

Gisélia

Vanusa

Janderson

Thainar

Serie: 1 ano F

Professora: Ana

Disciplina: História

Page 2: Movimentos sociais e ruarais no brasil
Page 3: Movimentos sociais e ruarais no brasil

Desde os primórdios do Brasil prevaleceram no país

os métodos da colonização portuguesa, baseados

na concessão de enormes extensões de terra, as

sesmarias, a beneficiários "de posses", ou seja, que

dispusessem de capitais para investir na produção

açucareira. A alta concentração fundiária, o sistema

de latifúndio, que já marca, portanto, os começos da

exploração agrícola, atravessa praticamente intacto

os vários ciclos da história brasileira.

Page 4: Movimentos sociais e ruarais no brasil

Cria-se então, por parte da coroa, o sistema de capitanias hereditárias, que consistia em se distribuir vastas porções de terras do território brasileiro divididas em faixas de linhas imaginárias que partiam do litoral até a delimitação imposta pelo Tratado de Tordesilhas, que dividia em duas partes o Brasil, uma da coroa portuguesa e outra, da cora espanhola.

Page 5: Movimentos sociais e ruarais no brasil

As imensas porções de terras eram cedidas às

pessoas da nobreza portuguesa e pessoas de confiança

do rei, que, em troca de um sexto de toda produção e da

vigilância constante dessas áreas, tinham o direito de

produzir, explorar a mão de obra local e desfrutar dos

benefícios da terra.

Esse sistema regido por capitanias durou

aproximadamente até meados 1821, pouco mais de um

ano da declaração de independência.

Em 1822, com a independência do Brasil, sem

nenhuma lei específica que regulamentasse a

distribuição fundiária, a organização de terras se dava

pela "lei do mais forte".

Page 6: Movimentos sociais e ruarais no brasil

O problema da concentração fundiária permaneceu,

portanto, e esteve na raiz dos principais confrontos

sociais do período republicano: as guerras

de Canudos e do Contestado.

Canudos Contestado

Page 7: Movimentos sociais e ruarais no brasil

Em Canudos, devemos salientar os problemas do coronelismo e da alta concentração de terras no interior nordestino, agravados pelos longos períodos de seca. No que e refere a Contestado, o problema se concentra na disputa surgida entre, de um lado, posseiros caboclos e pequenos fazendeiros, e, de outro, a empresa responsável pela construção da estrada de ferro ligando São Paulo ao Rio Grande do Sul.

Ferrovia de ligação

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A partir de 1964 surge o Estatuto da Terra, segundo o qual o acesso à terra para quem nela vive e trabalha é um direito do trabalhador rural e promovê-lo é obrigação do Estado.

Diante da ineficácia da legislação, surge, em 1979, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Como resposta à organização dos trabalhadores, forma-se, em 1985, a União Democrática Ruralista (UDR).

Em 1988, a nova Constituição reafirma a função social da terra.

Os problemas, no entanto, se sucedem: no período de 1985 a 1997 morreram no campo 1.003 trabalhadores e lideranças (como advogados, sindicalistas, religiosos). Nos oito anos de governo Fernando Henrique Cardoso, foram 43 mortes por ano em disputas agrárias

Page 10: Movimentos sociais e ruarais no brasil

A reforma agrária, como conceito geral, é o sistema que serve para regular e promover a divisão dita justa de terras em um estado, no caso do Brasil, especificamente com intuito de reparar séculos de uma distribuição fundiária injusta que perdurou até aos dias de hoje, causando uma disparidade muito grande entre detentores de grandes porções de terras (latifundiários) e pessoas que se quer têm onde morar e produzir.

Atualmente, a Reforma Agrária no Brasil se dá basicamente da seguinte forma: a União realiza a compra ou a desapropriação de latifúndios particulares considerados improdutivos em diversas áreas da federação, e sob a figura do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), distribui e loteia essas terras à famílias que recebem esses lotes, como também presta uma assistência financeira, de consultoria e de insumos para que possam produzir nessas terras.

Page 11: Movimentos sociais e ruarais no brasil

Existe, especificamente para fins de

reforma agrária, a lei de desapropriação,

garantida pela Constituição de 1988,

instituída pelo Plano Nacional de Reforma

Agrária, sob o decreto de lei nº 3.365, de

21 de junho de 1941, reformulado pela

Constituição, o qual assegura o direito da

União à desapropriação de terras ditas

particulares, consideradas improdutivas,

em decorrência da utilidade pública,

especialmente para fins de Reforma

Agrária, podendo haver também outras

prioridades de utilidade por parte da

União.

Page 12: Movimentos sociais e ruarais no brasil

A reforma agrária se faz necessária no Brasil, pois a estrutura fundiária em nosso país é muito injusta. Durante os dois primeiros séculos da colonização portuguesa, a metrópole dividiu e distribui as terras da colônia de forma injusta. No sistema de Capitanias Hereditárias, poucos donatários receberam faixas enormes de terra (pedaços comparados a alguns estados atuais) para explorar e colonizar. Desde então, o acesso a terra foi dificultado para grande parte dos brasileiros. O latifúndio (grande propriedade rural improdutivo) tornou-se padrão, gerando um sistema injusto de distribuição da terra. Para termos uma idéia desta desigualdade, basta observarmos o seguinte dado: quase metade das terras brasileiras está nas mãos de 1% da população.

Page 13: Movimentos sociais e ruarais no brasil

Para corrigir esta distorção, nas últimas décadas

vem sendo desenvolvido em nosso país o sistema

de reforma agrária. Embora lento, já tem

demonstrado bons resultados. Os trabalhadores

rurais organizaram o MST (Movimento dos

Trabalhadores Rurais Sem Terra) que pressiona o

governo, através de manifestações e ocupações,

para conseguir acelerar a reforma agrária e garantir

o acesso à terra para milhares de trabalhadores

rurais.

Page 14: Movimentos sociais e ruarais no brasil

Cabe ao governo todo o processo de reforma

agrária através de um órgão federal chamado

INCRA (Instituto Nacional de Colonização e

Reforma Agrária). Ao contrário do que muitos

pensam, a reforma agrária é realizada em nosso

país dentro das leis vigentes, respeitando a

propriedade privada e os direitos constituídos.

Não visa apenas distribuir terras, mas sim

garantir, aos pequenos agricultores, condições de

desenvolvimento agrário e produtividade, gerando

renda e melhores condições de vidas para as

famílias assentadas.

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A luta pela terra no Brasil tem 504 anos. Ela nasceu no momento exato em que o primeiro colonizador português colocou os pés no solo tupiniquim, destruindo e expulsando os índios das aldeias para depois escravizá-los. Potiguares, tamoios e guaranis foram os primeiros defensores do direito à terra e, por esse ideal, também foram - e ainda são - as vítimas número um da exploração agrária no País.

Trabalhadores rurais de

hoje herdaram dos índios

e negros a missão de

lutar pela terra

Page 16: Movimentos sociais e ruarais no brasil

A escravidão acabou em 1888, mas a expropriação da terra parece ter ganhado novo impulso com o avanço do Capitalismo. Livres, mas sem meios de produção, os negros não tinham outra saída a não ser vender a preço de banana sua força de trabalho aos antigos donos-fazendeiros.

Expulsos de suas propriedades, os camponeses europeus migraram para o Brasil, aumentando o rol de explorados no campo e, em conseqüência disso, de insatisfeitos contra a concentração de terra pelos grileiros. Eles esperavam os camponeses preparar o terreno para depois roubá-lo, mesmo que, para isso, tivessem que falsificar documentos, subornar autoridades e até matar os trabalhadores posseiros.

Para fugir da violência e conquistar algum pedaço de terra, os camponeses deram início as suas caminhadas, ainda hoje repetidas pelos movimentos sociais de trabalhadores rurais, denominados de Sem Terra.

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ContestadoCanudos

Page 18: Movimentos sociais e ruarais no brasil

Situação do Nordeste no final do século XIX

(contexto histórico)

- Fome – desemprego e baixíssimo rendimento das famílias deixavam

muitos sem ter o que comer;

- Seca – a região do agreste ficava muitos meses e até anos sem receber

chuvas. Este fator dificultava a agricultura e matava o gado.

- Falta de apoio político – os governantes e políticos da região não davam

a mínima atenção para as populações carentes;

- Violência – era comum a existência de grupos armados que trabalhavam

para latifundiários. Estes espalhavam a violência pela região.

- Desemprego – grande parte da população pobre estava sem emprego

em função da seca e da falta de oportunidades em outras áreas da

economia.

- Fanatismo religioso: era comum a existência de beatos que

arrebanhavam seguidores prometendo uma vida melhor.

Page 19: Movimentos sociais e ruarais no brasil

- Período: de novembro de 1896 a outubro de 1897.

- Local: interior do sertão da Bahia

- Envolvidos: de um lado os habitantes do Arraial de Canudos (jagunços, sertanejos pobres e miseráveis, fanáticos religiosos) liderados pelo beato Antônio Conselheiro. Do outro lado as tropas do governo da Bahia com apoio de militares enviados pelo governo federal.

Habitantes de Canudos aprisionados pelas

tropas federais em 1897.

Page 20: Movimentos sociais e ruarais no brasil

O governo da Bahia, com apoio dos latifundiários,

não concordavam com o fato dos habitantes de

Canudos não pagarem impostos e viverem sem

seguir as leis estabelecidas. Afirmavam também que

Antônio Conselheiro defendia a volta da Monarquia.

Por outro lado, Antônio Conselheiro defendia o fim

da cobrança dos impostos e era contrário ao

casamento civil. Ele afirma ser um enviado de Deus

que deveria liderar o movimento contra as

diferenças e injustiças sociais. Era também um

crítico do sistema republicano, como ele funcionava

no período.

Page 21: Movimentos sociais e ruarais no brasil

Nas três primeiras tentativas das tropas governistas

em combater o arraial de Canudos nenhuma foi bem

sucedida. Os sertanejos e jagunços se armaram e

resistiram com força contra os militares. Na quarta

tentativa, o governo da Bahia solicitou apoio das

tropas federais. Militares de várias regiões do Brasil,

usando armas pesadas, foram enviados para o

sertão baiano. Massacraram os habitantes do arraial

de Canudos de forma brutal e até injusta. Crianças,

mulheres e idosos foram mortos sem piedade.

Antônio Conselheiro foi assassinado em 22 de

setembro de 1897.

Page 22: Movimentos sociais e ruarais no brasil

A Guerra de canudos significou a luta e resistência

das populações marginalizadas do sertão nordestino

no final do século XIX. Embora derrotados,

mostraram que não aceitavam a situação de

injustiça social que reinava na região.

Page 23: Movimentos sociais e ruarais no brasil

A Guerra do Contestado foi um conflito armado que

ocorreu na região Sul do Brasil, entre outubro de

1912 e agosto de 1916. O conflito envolveu cerca de

20 mil camponeses que enfrentaram forças militares

dos poderes federal e estadual. Ganhou o nome de

Guerra do Contestado, pois os conflitos ocorrem

numa área de disputa territorial entre os estados

do Parará e Santa Catarina.

Page 24: Movimentos sociais e ruarais no brasil

A guerra dos jagunços, como o conflito foi

chamado pelos caboclos, ou dos fanáticos,

na designação dos militares, não teve

relação direta com a disputa entre os

governos paranaense e catarinense pelo

território dos campos de Irani e Palma.

Foto: Celso Júnior/Reprodução"O ideal

daquele povo são a restauração da

monarchia e a transformação da religião,

sendo isto o assunto do dia entre elles,

mesmo quando executavam as suas

manobras gritando vivas à monarchia e

diversos santos, vivando também o nome

de João Maria", declara o prisioneiro

Innocencio Manoel de Mattos, 43 anos,

que prestava serviço de guarda num

acampamento de 250 "fanáticos", na Serra

dos Pinheirais, liderado pro Inácio de Lima.

10/12/2011. Foto: Celso Júnior/AE

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A estrada de ferro entre São Paulo e Rio Grande do Sul estava sendo construída por uma empresa norte-americana, com apoio dos coronéis (grandes proprietários rurais com força política) da região e do governo. Para a construção da estrada de ferro, milhares de família de camponeses perderam suas terras. Este fato, gerou muito desemprego entre os camponeses da região, que ficaram sem terras para trabalhar.

Outro motivo da revolta foi a compra de uma grande área da região por de um grupo de pessoas ligadas à empresa construtora da estrada de ferro. Esta propriedade foi adquirida para o estabelecimento de uma grande empresa madeireira, voltada para a exportação. Com isso, muitas famílias foram expulsas de suas terras.

O clima ficou mais tenso quando a estrada de ferro ficou pronta. Muitos trabalhadores que atuaram em sua construção tinham sido trazidos de diversas partes do Brasil e ficaram desempregados com o fim da obra. Eles permaneceram na região sem qualquer apoio por parte da empresa norte-americana ou do governo.

Page 26: Movimentos sociais e ruarais no brasil
Page 27: Movimentos sociais e ruarais no brasil

Nesta época, as regiões mais pobres do Brasil eram terreno fértil para o aparecimento de lideranças religiosas de caráter messiânico. Na área do Contestado não foi diferente, pois, diante da crise e insatisfação popular, ganhou força a figura do beato José Maria. Este pregava a criação de um mundo novo, regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam em paz, com prosperidade justiça e terras para trabalhar. José Maria conseguiu reunir milhares de seguidores, principalmente de camponeses sem terras.

Page 28: Movimentos sociais e ruarais no brasil

Os coronéis da região e os governos (federal e estadual) começaram a ficar preocupados com a liderança de José Maria e sua capacidade de atrair os camponeses. O governo passou a acusar o beato de ser um inimigo da República, que tinha como objetivo desestruturar o governo e a ordem da região. Com isso, policiais e soldados do exército foram enviados para o local, com o objetivo de desarticular o movimento.

Os soldados e policiais começaram a perseguir o beato e seus seguidores. Armados de espingardas de caça, facões e enxadas, os camponeses resistiram e enfrentaram as forças oficiais que estavam bem armadas. Nestes conflitos armados, entre 5 mil e 8 mil rebeldes, na maioria camponeses, morreram. As baixas do lado das tropas oficiais foram bem menores.

Page 29: Movimentos sociais e ruarais no brasil

Região da guerra

Page 30: Movimentos sociais e ruarais no brasil

A guerra terminou somente em 1916, quando as

tropas oficiais conseguiram prender Adeodato, que

era um dos chefes do último reduto de rebeldes da

revolta. Ele foi condenado a trinta anos de prisão.

Page 31: Movimentos sociais e ruarais no brasil

A Guerra do Contestado mostra a forma com que os

políticos e os governos tratavam as questões sociais

no início da República. Os interesses financeiros de

grandes empresas e proprietários rurais ficavam

sempre acima das necessidades da população mais

pobre. Não havia espaço para a tentativa de

solucionar os conflitos com negociação. Quando

havia organização daqueles que eram injustiçados,

as forças oficiais, com apoio dos coronéis,

combatiam os movimentos com repressão e força

militar.

Page 32: Movimentos sociais e ruarais no brasil

Cada movimento social no Brasil possui uma forte tendência ao

marxismo quando vinculado ao espaço urbano e rural. No urbano a

luta por mais creches, escolas públicas e moradias, por melhoria na

saúde e no saneamento básico. Na zona rural expressa-se pelos

movimentos dos boias-frias, de posseiros, dos sem-terra,

arrendatários e pequenos proprietários. Cada qual com sua

reivindicação, todos demonstram suas inquietações pelas

contradições econômicas e sociais da sociedade brasileira.

O Movimento dos Sem Terra – MST e as Organizações Não

Governamentais – ONGs foram os principais, junto às

manifestações coletivas como dos movimentos sindicais de

professores.

As manifestações em praças públicas, mensagens via internet,

ocupação de prédios, marchas e etc., são formas de ação desses

movimentos. Conheça os principais movimentos sociais no

Brasil.

Page 33: Movimentos sociais e ruarais no brasil

Movimento dos Trabalhadores Sem

Terra - MST

Seu objetivo é a implantação da reforma

agrária. Sua origem veio dos descontentes

com o modelo do militar que dava enfoque

à colonização de terras devolutas em

terras distantes com objetivos de diminuir

a concentração populacional e fazer uma

integração estratégica. Hoje o MST busca

a redistribuição de terras improdutivas.

Movimento dos Trabalhadores Sem

Teto - MTSTGarantir a reforma urbana, permitindo moradia

a todos os cidadãos. Surgiu no ano de 1997 e,

organizado, está nas cidades de São Paulo,

Rio de Janeiro e Campinas. O próprio MST viu

a necessidade de haver uma atuação

somente na cidade, com um movimento

específico e que lutasse por trabalho e

moradia.

Page 34: Movimentos sociais e ruarais no brasil

Movimento feministaSeu objetivo é a luta por direitos iguais

e a proteção legal às

mulheres. Nesse contexto entre

outros está: o direito pelo aborto

legalizado, pela proteção contra a

violência doméstica, ao assédio

sexual e ao estupro, direitos

trabalhistas com salários iguais,

incluindo ainda todas as formas de

discriminação.

Além desses existem outros

movimentos bastante importantes em

nosso país, como o movimento hippie,

o movimento estudantil e o fórum

social mundial. E lembrando que

a liberdade da democracia deve

existir, mas sempre ficar atento

a possíveis exageros.

Page 35: Movimentos sociais e ruarais no brasil

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra,

também conhecido pela sigla MST, é um movimento

social brasileiro de inspiraçãomarxista e do cristianismo

progressista (teologia da libertação), cujo objetivo é a

realização da reforma agrária no Brasil. O MST teve

origem nadécada de 1980. Defendem eles que a

expansão da fronteira agrícola, os megaprojetos — dos

quais as barragens são o exemplo típico — e

amecanização da agricultura contribuíram para eliminar

as pequenas e médias unidades de produção agrícola e

concentrar a propriedade da terra.

Page 36: Movimentos sociais e ruarais no brasil

O MST se organiza em 24 estados brasileiros. Sua estrutura organizacional se baseia em uma verticalidade iniciada nos núcleos (compostos por 500 famílias) e seguindo pelas brigadas (grupo de até 500 famílias), direção regional, direção estadual e direção nacional. Paralelo a esta estrutura existe outra, a dos setores e coletivos, que buscam trabalhar cada uma das frentes necessárias para a reforma agrária verdadeira. São setores do MST: Saúde, Direitos Humanos, Gênero, Educação, Cultura, Comunicação, Formação, Projetos e Finanças, Produção, Cooperação e Meio Ambiente e Frente de Massa. São coletivos do MST: juventude e relações internacionais. Esses setores desenvolvem alternativas às políticas governamentais convencionais, buscando sempre a perspectiva camponesa.

Page 37: Movimentos sociais e ruarais no brasil

O MST, construiu ao longo da sua história seis objetivos

principais, alguns foram anexados ao longo de sua existência,

outros existem desde que o movimento foi fundado em 1985. Os

objetivos são:

1- Construir uma sociedade sem exploradores e onde o trabalho

tem supremacia sobre o capital.

2- A terra é um bem de todos. E deve estar a serviço de toda a

sociedade.

3- Garantir trabalho a todos, com justa distribuição da terra, da

renda e das riquezas.

4- buscar permanentemente a justiça social e igualdade de

direitos econômicos, políticos, sociais e culturais.

5- Difundir os valores humanista e socialistas nas relações

sociais.

6- Combater todas as formas de discriminação social e buscar a

participação igualitária da mulher.

Page 38: Movimentos sociais e ruarais no brasil

Foto: Arquivo 4º Congresso do MST: Ana Paula Reis, Douglas Mansur e João Zinclair