movimento pela regeneraÇÃo da igreja na histÓria

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  • 8/7/2019 MOVIMENTO PELA REGENERAO DA IGREJA NA HISTRIA

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    MOVIMENTO PELA REGENERAO DA IGREJA NA HISTRIA

    Mensagem ministrada pelo Pr. Caio sobre este momento histrico.

    Eu no creio em reformas!

    Reformas do formas s formas que existemso novas formas. E essa forma de cristianismo que esta foi uma inveno do imperador Constantino h 1700 anos. No tem nada a ver com Jesus nem como Novo Testamento, uma construo humana.

    Reformar isso a? Para qu? Para que reformar aquilo que Jesus nem reconheceu como tendo relaocom ele?

    [...]

    A questo mais sria. saber se aquele a quem ns mencionamos como Jesusesse nome queevanglico usa assim de maneira babante o dia inteiro, sem significado, se esse Jesus dos evanglicostem alguma coisa a ver com o Jesus dos Evangelhos.

    E a gente verifica que no! Que so entes diametralmente opostos! O Jesus da igreja no nem primodo Jesus dos Evangelhos! inimigo do Jesus dos Evangelhos de to diferente dele que ele .

    A terminologia igreja define um cassino hoje em dia. E no o ajuntamento da piedade, do amor, damisericrdia, do carinho, da graa, da bondade.

    O termo evanglico entre ns contradiz o que o sentido do termo evanglico define. Evanglico. NoNovo Testamento, uma expresso usada por Paulo escrevendo uma carta aos Filipenses, onde elemanda que lutemos juntos pela f evanglica. No Novo Testamento, evanglico aquilo que carrega aqualidade do Evangelho.

    Portanto, hoje, a nossa volta, quando vemos esse termo sendo usado de uma maneira abusiva... tudo evanglico, todos so evanglicos! Agora s tem evanglico! E voc fica vendo quem so osevanglicos. Eles so tudo, menos evanglicos! Porque no carregam nenhuma gota, nenhum sereno docontedo do Evangelho em suas mentes, almas, decises, sentimentos e compreenses.

    Portanto, outro estelionato, nem o termo d para usar.

    De fato, ns estamos vivendo dias dificlimos na histria humana, muito mais difceis do que aquelesque caracterizaram e marcaram os tempos da Reforma Protestante no sculo XVI.

    O que se tinha ento, poca, se repete hoje aqui com potencializaes, com variedades temticas ecom implicaes e desdobramentos que esto para alm da nossa capacidade de compreender e deaceitar at algum tempo atrs. Mas hoje, essas coisas se transformaram em realidades insofismveis anossa volta, a tal ponto, que at o termo igreja j padece de definies, j no se pode mais falar emigreja assumindo que as pessoas saibam o que signifique.

    Igreja esse bazar de ofertas perversas e idoltricas que se constitui a nossa volta com todos os matizes.

    At os grupos histricos j entraram nas ondas das doenas barganhantes neopentecostais. O que agente tem volta no algo que possa ser enfrentado com uma reforma.

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    Re-formar o qu? D uma outra forma a essa coisa que est a? Pode se dar a reforma que se quiser,no adiantar nada. Ns estamos diante da necessidade de Regenerao, de converso, de esquecer quens talvez tenhamos sido cristos e voltarmos ao momento gnesis da nossa conscincia e assumirmosuma reconverso profunda da conscincia do Evangelho. Do contrrio, pode se emoldurar como sequiser o que ns hoje chamemos igreja, porque ela ter apenas uma outra configurao, mas esses

    contedos que a esto a tornam irredimvel do jeito que ela est.

    Por isso, no se pede de ns nem 95 teses, nem 50, nem 15, nem 26, nem 12, nem 13, uma s.

    A tese o Evangelho, o resto comentrio.

    O QUE O EVANGELHO? O Evangelho a certeza de que Deus estava em Cristo e reconciliandoconsigo mesmo o mundo, no imputando aos homens as suas transgresses e essa uma decisounilateral de Deus.

    O QUE O EVANGELHO? Se no o fato de que se ns o amamos, quem quer que de ns o ame,

    porque Ele nos amou primeiro.

    O QUE O EVANGELHO? Se no a certeza de que no h barganhas a fazer com Deus e que esttudo consumado e pago! Que o grito definitivo Tetelestai, est pago, de Jesus na cruz cancelou todasas coisas, todas as culpas.

    O QUE O EVANGELHO? Se no a certeza de que o escrito de dvidas da lei de Moiss, lei moral,cerimonial, de qualquer outra natureza, foi cancelado inteiramente, encravado na Cruz. E com esse atode Jesus, ele esvaziava os principados e as potestades de seu poder, triunfando sobre eles na Cruz.

    O QUE O EVANGELHO? Se no o fato real de todo aquele que cr em Jesus, por meio de Jesus

    alcana graa em plenitude absoluta, total! Graa que me justifica e que me salva, graa que mesantifica, graa que me unge, graa que no s me torna aceitvel diante de Deus sem barganhas a fazer,mas graa tambm que me capacita, me fortalece, me condiciona na justia, me educando na verdadepara que eu ande conforme o Evangelho.

    O QUE O EVANGELHO? Se no a maravilhosa notcia de que est tudo feito, porque se Deus notivesse feito em meu lugar, no haveria nada que eu pudesse fazer que realizasse qualquer coisa em meufavor.

    Ora, o Evangelho simplificadamente isto!

    E a convergncia total e absoluta dele para Jesus. A convergncia do Evangelho no nem para aBblia, no nem para a Escritura, a convergncia do Evangelho no nem para a f, a convergnciado Evangelho para Jesus. Porque f sem Jesus no produz absolutamente nada, f na f. Porque asEscrituras ou a Bblia, sem Jesus a me de todas as heresias, e a histria do cristianismo a provadisso. Porque as Escrituras lidas sem Jesus so um balaio de gato inconcilivel, so a receita para agadarenizao psicolgica da mente, querer que as Escrituras se somem a Jesus, e que o pacote sejaento a nossa f. No !

    A partir de Jesus ficamos sabendo de Jesus pelos Evangelhos, e pelos Evangelhos ficamos sabendo queJesus o cumprimento das profecias e a, pelos Evangelhos e pelo cumprimento das profecias, ficamostambm sabendo que o prprio Jesus exps aos seus discpulos o que a seu respeito constava em todas

    as Escrituras. E vem Paulo e o escritor dos Hebreus nos dizem que quem tem Jesus tem toda arevelao de Deus, que Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade, Ele o Verbo, Ele a

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    Palavra. Ele a totalidade de todas as coisas, Nele, Jesus, esto ocultos todos os tesouros da sabedoria edo conhecimento.

    Por isso, at as Escrituras esto relativizadas. O escritor de Hebreus nos diz que a quantidade imensa detextos das Antigas Escrituras eram sombras, tipos, arqutipos, simbolizaes que caram em caducidadeou em obsolescncia diante da realizao da encarnao da plenitude do Verbo de todas as coisas, da

    Palavra eterna que Jesus.

    Ento, nem a Escritura me serve mais para ser o ponto de referncia. Meu nico ponto de referencia Jesus. A partir de Jesus eu releio a Bblia inteira, o que couber e ficar conforme o esprito de Jesus e doEvangelho permanece, o que se antagonizar ou se tornar infantil diante da realizao e do cumprimentopleno de tudo j em Jesus descartado.

    Jesus o centro.

    A Reforma dizia: S as Escrituras, s Cristo, s a Graa, s a F. muito pilar! O pilar um s. Apedra de esquina uma s. de Jesus que toda a Graa procede. No precisa afirmar a graa ao lado

    de Cristo, sem Cristo no h graa. Graa o favor imerecido, o Cordeiro que foi imolado antes dafundao do mundo que o precipitador e o mantenedor de toda a graa. De modo que no possofalar Cristo e graa. Sem Cristo no h graa, no posso dizer s Cristo mais a f, sem Cristo no h f.No posso dizer s Cristo mais as Escrituras, a Escritura concorrendo com Jesus esquizofreniza amente.

    s Jesus! A Escritura tem que ser lida a partir do Verbo encarnado.

    Quando essa concluso entra no nosso corao, h uma revelao que simplifica o olhar na vida etambm radicaliza at as essncias das nossas decises. A no h mais barganhas a fazer, a no d maispara voc ficar com conluios com o cristianismo.

    O cristianismo, praticamente, nos ofereceu 1700 anos de bruxaria desde o imperador Constantino e noparou com a Reforma Protestante. A gente no pode ficar nem com o lado protestante do cristianismo,que nada mais do que uma verso grega, polida, de um catolicismo que fez literalmente dieta, dieta desantos de gesso, de barro, disso e daquilo, mas que por seu turno dogmatizou sua prpria eclesiologia etrouxe para dentro pacotes e mais pacotes, doutrinas humanas que aguaram o Evangelho e criaramabsolutos que relativizam a Verdade insofismvel da Palavra.

    Por isso, o prprio protestantismo est sob juzo. E este movimento que a gente chama de evanglico,que essa coisa, essa Hidra, essa besta de muitas cabeas, tem tudo! Menos o Evangelho. umalogorria do nome de Jesus, que baba como gorococo o nome de Jesus, mas no o Evangelho.

    O que se anuncia o anti-evangelho! O que se anuncia hoje dentro das igrejas pura macumba. ODeus que est instaurado Mamon.

    O altar aquele no qual a gente s se ajoelha com expectativa de receber alguma coisa diante de Deusse puser grana, se participar das campanhas, todas elas baseadas na obsolescncia do Velho

    Testamento. A tem que ser baseado em Gideo, em Sanso, em Jeft, nos juzes, na pancadaria, namaldio, porque no esprito do Novo Testamento eles sabem que no d para sobreviver com isso queeles chamam de igreja.

    por isso meus amigos que na parte que me diz respeito, com companhia ou sem companhia, essa a

    minha trajetria que no est comeando agora. Desde 94 que eu orava e pedia a Deus que me livrassedo meio evanglico, que para mim j me tornara insuportvel, no convivvel. Da eu ter reduzido as

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    minhas amizades a to pouca gente... No mais no dava. Se no dava em 94 para mim, quando eu erapresidente da Associao Evanglica Brasileira, quando eu ainda mantia os ecos de uma esperana quefalia dentro de mim, quanto mais hoje.

    Estou definitivamente rompido com isso, para poder estar definitivamente casado com o Evangelho.No h barganhas a fazer com a igreja evanglica, nem com o movimento neopentecostal, no h

    barganhas a fazer com o puritanismo presbiteriano que tambm nega a graa e se apresenta comcarteira de identidade de boa conduta e de purismo de interior hipcrita. No h barganhas a fazer como cristianismo, com a sua hiper valorizao ideolgica poltica, com seu culto aos bens, ao poder, aostatus.

    No h barganhas a fazer com aqueles que ficam em cima do muro, anunciando de modo politicamentecorreto o Evangelho destes plpitos de orculos magificados pela superstio e pela paganidade danossa religio de infantes perdidos, no d! Para mim no d mais!

    Quem quiser e achar, e julgar, e crer que esse caminho um caminho puro e simples do Evangelho, eusou irmo de todo aquele que andar nessa vereda.

    Agora, no me associo, no participo, no admito conluios, no creio que seja Evangelho o que se dizcom o nome de Evangelho. No creio que se esteja pregando a Jesus quando se fala o nome de Jesus,no me deixo confundir por nenhuma destas coisas, porque se o contedo no for exclusivamente doEvangelho, podem banhar o Cristo de purpurina, a esse Cristo eu direi: Arreda-te em nome de Jesus!

    Autorizao me dada por Jesus, me reforada pelos apstolos e, especificamente, recomendada porPaulo, que diz que se vier qualquer outro evangelho vestido de qualquer coisa, mesmo que chegueimpregnado de terminologia por ns conhecida, mas se negar o fundamento e a essncia da graa deDeus, de que est tudo feito, realizado, pago, consumado por Jesus, no Evangelho.

    E Paulo disse que mesmo se viesse um anjo de luz anunciando isso ou aquilo, mesmo que osanunciadores se travestissem de ministros de justia ele vai mais almmesmo que eu o prprioPaulochegue aqui pregando outro evangelho que no seja esse, me repreendam! Chamem-me de

    Antema! Pois sob a recomendao de Paulo que eu estou dizendo em nome de Jesus, que o que seinstituiu a nossa volta antema! abominao!

    E quem quiser continuar andando em conluio com isso saiba: est caminhando de mos dadas com apior feitiaria j inventada na terra, que essa praticada blasfemamente em nome de Jesus. Essa queprovoca esse grande estelionato do Evangelho. essa que tornou o termo igreja algo que define umagrupamento de assaltados pelos assaltantes mais sofisticados, venais e calhordas que j surgiu nahistria humana.

    Quem quiser continuar com esse conluio, achando que basta cultuar a Bblia, carregar o livro, dizer quevoc um homem da Palavra porque carrega esse livro, que nada mais do que um best seller queendinheira organizaes que vivem da venda do produto sem preocupao com a absoro docontedo, se voc quiser continuar andando neste caminho, ande, se enterre com a Bblia! E v para oinferno com a Bblia sem Jesus no corao!

    Est me achando radical? Meu irmo, o adgio popular diz que uma andorinha s no faz vero, masquando o vero chega, at as andorinhas acovardadas tm que voar porque fica quente demais.

    A minha esperana, que vim at aqui fazendo um voo meio solitrio com alguns amigos e irmos

    queridos, que o calor do vero se torne insuportvel, a quem sabe as andorinhas acovardadas batam

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    asas e descubram que ou a gente se une para virar esta estao ou o vero eterno vai nos queimar atque se torne completamente insuportvel.

    Mas voc que define se o seu caminho o do clube ou se o do caminho do Caminho.

    Se a jornada daqueles que se tornam seguidores contemplativos de Jesus ou se voc se tornar um

    discpulo engajado. Se voc daqueles que vo preferir lamber e beijar afetivamente o engano dareligio ou se voc vai cuspir essa maldade e vai comer o Po da Vida, e vai apenas se alimentar daquiloque seja puro e simplesmente Jesus. Porque o que no seja Jesus provoca digesto eterna no corao.

    s isso que eu tenho a dizer!

    O mais deciso de quem quer que seja grande e no esteja mais disposto a ficar brincando noprespio do cristianismo, se enganando enquanto diz que sonha todo dia com uma grande mudana,uma reforma na igreja.

    Reforma de igreja s acontece com templo, em pedra. Ningum pe remendo de pano novo em veste

    velha, disse Jesus. O vinho novo a gente no pe em odre velho, momentos novos, catarses definitivasdemandam contedos e formas que se adquem ao tempo, hora e ao momento.

    De modo que no vai dar nem para aproveitar alguma coisa. A nossa viagem vai ter que ser muito maisradical, se algum quiser faz-la, a gente tem que voltar para a simplicidade do Caminho, para asjornadas do Evangelho, para as prticas sem interpretaes teolgicas, para a simplicidade queprescinde dos hermeneutas e dos exegetas, porque o Verbo se fez carne e, agora encarnado, o Verbo seexplica.Jesus o hermeneuta, Jesus o exegeta, aquilo que eu no entendo daquilo que ele diz, eu compreendopelo seu modo de agir. Porque ele no era esquizofrnico, tudo o que Ele diz Ele encarnou. Eu nopreciso procurar o melhor professor de grego ou hebraico para poder entender o esprito do

    Evangelho. Vendo os movimentos de Jesus tocando a vida humana, o Evangelho se autoilumina paraquem quer, para quem queira. Sempre foi assim!

    No se pode permitir que isso se torne diferente, nem para os presunosos que acham que o Evangelhocabe na academia dos seus pensamentos iluminados por luz negra e nem mesmo noutro polo destamesma situao que a arrogncia carismtica neopentecostal imacumbada, bruxificada e perversa quetransforma a f em Jesus neste cristianismo de feiticeiros.

    J falei mais do que devia! As concluses so suas! Que Deus nos abenoe!

    Caio Fbio

    - - - - - - - - - - - - - - -Transcrio: Tio CamiloReviso: Dora Ramos

    Adaptao: Francisco Pacheco

    Caminho da Graa

    Estaes do Caminho: Texto de orientao