movimento marxista

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M ovimento M arxista JORNAL DO M OVIMENTO M ARXISTA 5 DE M AIO - NOVEMBRO 2011 - ANO I - Nº 1 Só o marxismo levará o proletariado à vitória! Em seu embate histórico em busca de justiça e liber- dade, o proletariado mun- dial conta vitórias e derrotas igualmente heróicas. E um balanço rigoroso constata que nossas mais sólidas vi- tórias contra a burguesia ti- veram no marxismo ortodoxo seu instrumento de compre- ensão e ação. Do outro lado, as derrotas trazem a nódoa da desconsideração ou aban- dono do marxismo, quer na luta pelo poder, quer no pro- cesso de construção do so- cialismo em direção a uma sociedade sem classes. É no objetivo inadiável de criar um movimento a partir da ortodoxia marxista que con- vocamos os companheiros comprometidos com a luta do proletariado a se engajarem na organização do Movimen- to Marxista 5 de Maio (MM5) a partir das linhas originais do marxismo, sem ‘intérpre- tes’ nem ‘atualizadores’. No dia 5 de Maio de 1818 nascia Karl Marx. A data dá nome ao nosso movimento como homenagem e compromisso. Educadores mineiros - A construção de um movimento sindical autônomo e independente passa pelo movimento vivo dos trabalhadores, longe portanto da institucionalidade bur- guesa. A necessidade da unificação da luta exige a criação de uma central sindical estruturada unicamente em tornos dos interesses do proletariado. PÁG. 6 A serviço da burguesia A presidente Dilma Rousseff quer apresentar-se como séria e honesta, diferente portanto de seu padrinho Lula. No entanto, mantém os mesmos compromissos estratégicos com o capital. PÁG. 2 Copa e Olimpíadas Os megaeventos esportivos constituem fonte de lucro fácil para o capital. O esporte é mero pretexto. PÁG. 3 Verdade ou mentira? Conivente com a extrema di- reita, PT segue a rota da con- ciliação na mentirosa Comis- são da Verdade. PÁG. 3 “Primavera Árabe” Sem a presença de um prole- tariado consciente, a Prima- vera Árabe não ultrapassa os limites burgueses. PÁG. 2 Cultura petista Compadrio, clientelismo, conservadorismos e mercan- tilismo marcam a política cul- tural petista. PÁG. 5 Lições da História A Revolução Russa alimenta a utopia e impõe o resgate da ortodoxia marxista na luta de classes. PÁG. 4 Palavras de Marx O partido revolucionário deve se opor a tudo que a de- mocracia pretende, recomen- dam Marx e Engels. PÁG. 7 Crise de 1929: um fantasma ronda o capitalismo. PÁG. 8 Educadores fluminenses - Greves demonstram disposição dos trabalhadores na luta contra os patrões e o estado. PÁG. 6

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Primeiro Jornal do MM5

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Page 1: Movimento Marxista

Movimento MarxistaJornal do movimento marxista 5 de maio - novembro 2011 - ano i - nº 1

Só o marxismo levará oproletariado à vitória!

Em seu embate histórico em busca de justiça e liber-dade, o proletariado mun-dial conta vitórias e derrotas igualmente heróicas. E um balanço rigoroso constata que nossas mais sólidas vi-tórias contra a burguesia ti-veram no marxismo ortodoxo seu instrumento de compre-ensão e ação. Do outro lado, as derrotas trazem a nódoa da desconsideração ou aban-dono do marxismo, quer na luta pelo poder, quer no pro-cesso de construção do so-cialismo em direção a uma sociedade sem classes. É no objetivo inadiável de criar um movimento a partir da ortodoxia marxista que con-vocamos os companheiros comprometidos com a luta do proletariado a se engajarem na organização do Movimen-to Marxista 5 de Maio (MM5) a partir das linhas originais do marxismo, sem ‘intérpre-tes’ nem ‘atualizadores’. No dia 5 de Maio de 1818 nascia Karl Marx. A data dá nome ao nosso movimento como homenagem e compromisso.

Educadores mineiros - A construção de um movimento sindical autônomo e independente passa pelo movimento vivo dos trabalhadores, longe portanto da institucionalidade bur-guesa. A necessidade da unificação da luta exige a criação de uma central sindical estruturada unicamente em tornos dos interesses do proletariado. PÁG. 6

A serviço da burguesiaA presidente Dilma Rousseff quer apresentar-se como séria e honesta, diferente portanto de seu padrinho Lula. No entanto, mantém os mesmos compromissos estratégicos com o capital. PÁG. 2

Copa e OlimpíadasOs megaeventos esportivos constituem fonte de lucro fácil para o capital. O esporte é mero pretexto. PÁG. 3

Verdade ou mentira?Conivente com a extrema di-reita, PT segue a rota da con-ciliação na mentirosa Comis-são da Verdade. PÁG. 3

“Primavera Árabe”Sem a presença de um prole-tariado consciente, a Prima-vera Árabe não ultrapassa os limites burgueses. PÁG. 2

Cultura petistaCompadrio, clientelismo, conservadorismos e mercan-tilismo marcam a política cul-tural petista. PÁG. 5

Lições da HistóriaA Revolução Russa alimenta a utopia e impõe o resgate da ortodoxia marxista na luta de classes. PÁG. 4

Palavras de MarxO partido revolucionário deve se opor a tudo que a de-mocracia pretende, recomen-dam Marx e Engels. PÁG. 7

Crise de 1929: um fantasma ronda o capitalismo. PÁG. 8

Educadores fluminenses - Greves demonstram disposição dos trabalhadores na luta contra os patrões e o estado. PÁG. 6

Page 2: Movimento Marxista

2 CONJUNTURA

Passados dez meses desde sua posse, a presidente Dilma Rousseff vem desenvolvendo calculado esforço para passar a imagem de trabalhadora, honesta, rígida e séria, bus-cando distanciar-se da fanfar-ronice burlesca desfilada com inegável sucesso pelo seu an-tecessor Luís Inácio. O agra-vamento da crise capitalista mundial e o crescimento de uma percepção geral de que a atual política demagógico-as-sistencialista caminha para o esgotamento vai certamente exigir da senhora presidente empenho ainda maior para convencer os trabalhadores brasileiros de que é diferente de seu antecessor.

“É preciso mudar para

que tudo permaneça igual”, registrou o escritor italiano Giuseppe Tomasi de Lam-pedusa em referência às es-tratégias das classes domi-nantes diante de mudanças conjunturais que ameacem de algum modo seu poder e capacidade de exploração.

TempesTAde à visTASe nuvens negras prenun-

ciam tempestades, a burguesia não vacilará em entregar seus preciosos anéis para preservar os dedos. É o caso dos minis-tros e membros de segundo escalão defenestrados suma-riamente pela presidente. Se Luís Inácio foi bonzinho com criminosos do mensalão e no-tórios assaltantes dos cofres

públicos, Dilma assume as vestes de campeã do combate à corrupção. Luís Inácio po-dia se dar ao luxo de chamar os crimes de estelionato pra-ticados por amigos, correli-gionários e assessores diretos de meros “erros” – afinal ele navegava em mares mansos de continuado crescimento econômico (medido em lu-cros da burguesia, como se sabe) e enorme prestígio in-ternacional dados os enormes serviços prestados ao capital mundial. Isto, sem falar na fidelidade canina de uma es-querda “neogramsciana”, em troca, é claro, de cargos, be-nesses e sinecuras – com ra-ras exceções de iludidos bem intencio-nados.

M a s Luís Iná-cio da Silva e D i l m a Rousseff são iguais. Iguais na adoção da defesa estratégica dos lucros do grande capital como eixo e norte das me-tas e ações governamentais. E iguais na estratégia de re-pressão fascistóide aos mo-

vimentos de trabalhadores e seus aliados. Na manutenção do arrocho salarial do fun-cionalismo público. Na ma-nutenção do chamado ‘fator previdenciário’, que condena os trabalhadores à escravidão eterna. Nos projetos de pri-vatização das empresas pú-blicas mais rentáveis – Petro-brás e Correios entre outras.

A burguesia pode vanglo-riar-se de haver tido em Luís Inácio o melhor presidente que seu dinheiro pôde com-prar. Se a conjuntura se apre-senta diferente, que se ins-tale então um (a) presidente de estilo adaptado aos novos tempos, mas igual e estrate-gicamente firme na defesa do

grande capital. A constatação de Lampedusa é de 1955 e se refere a um episódio históri-co de 1860 em seu país. Nun-ca esteve tão atual quanto no Brasil de hoje.

Lula e Dilma: tempos diferentes, estilos diferentes e fidelidade estra-tégica aos interesses da grande burguesia

A outra face da mesma moeda

Desde o final de 2010 Tunísia, Egi-to, Dubai, Síria e Iêmen, entre outros, tornaram-se palco de manifestações po-pulares agudas agrupadas sob o nome de Primavera Árabe. Como pano de fundo, a grande crise cíclica em que se afunda o capitalismo, com o aprofundamento da miséria das massas trabalhadoras da re-gião e, de outro lado, a voracidade com que o imperialismo se lança em novas empreitadas políticas e militares em ten-tativa de salvar suas margens de lucro.

Mas por mais que a simbologia do

nome Primavera remeta para a expecta-tiva de rupturas políticas históricas, estas fortes mobilizações, mesmo que capazes de derrubar governos, como na Tunísia e no Egito, não conseguem efetivar mu-danças verdadeiramente revolucionárias. Esclareça-se desde já que no caso da Lí-bia, inclusive com o bárbaro e covarde as-sassinato de Muammar Khadaffi, estamos diante de um caso clássico de pirataria.

Identifica-se, portanto, como prin-cipal característica político-ideolótica destes movimentos a sua hegemoniza-

ção pela burguesia e pequena burguesia, limitando-se suas reivindicações a mu-danças puramente democráticas, perma-necendo portanto nos limites do sistema capitalista. De proletariado e marxismo não se ouve falar.

É preciso que o proletariado e seus aliados tomemos consciência da ur-gência da retomada do marxismo como arma essencial na luta revolucionária. Sem ela, mesmo as mais heróicas ma-nifestações populares caem no vazio da institucionalidade burguesa.

Dilma mantém estratégia neoliberal de Lula

Falta conteúdo proletário às rebeliões árabes

Page 3: Movimento Marxista

NACiONAL 3

As classes dominantes brasileiras abriram definiti-vamente novas portas à ex-pansão do capital monopolis-ta pela via dos megaeventos esportivos. Tal prática está articulada às políticas con-solidadas desde o primeiro governo Lula e aprofundadas no governo Dilma. O esporte, invariavelmente visto como instrumento de neutralidade, tem servido a interesses polí-ticos, ideológicos e econômi-cos do capital.

No Brasil, em particular, chama a atenção a desfaçatez com a qual a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 têm funcionado estrategicamen-te a projetos fascistóides da burguesia. Da legalização da especulação imobiliária ao acirramento do controle pela força do Estado, o capital monopolista impõe sua or-dem. Seguindo o modelo de outros países que serviram de sede para estes megaeventos esportivos, o Brasil virou um canteiro de obras, financiado

com dinheiro público, para a exploração de empesas na-cionais e estrangeiras.

ROsáRiO de meNTiRAsPolíticas demagógicas,

sob o nome de “mobiliza-ção urbana”, levam adiante seus projetos de higienização das cidades que servirão de

sede aos jogos. A alegação de que estes megaeventos proporcionariam o desenvol-vimento econômico do país facilitou, inclusive, a criação

de uma Lei Federal de regu-larização fundiária em fave-las, concedendo propriedade aos moradores. O discurso vigente alega que a garantia de propriedade a milhões de pessoas que vivem na ilega-lidade em terrenos em fave-las no Brasil daria condições para a circulação de trilhões

de dólares advindos de em-préstimos obtidos através da hipoteca de suas casas.

Ora, na realidade o que pretende o governo é lançar

todos estes recursos até então imobilizados nas moradias populares no mercado finan-ceiro, o que certamente ge-raria um enorme aumento na circulação de capitais, que, como se sabe, acaba sempre no bolso dos burgueses. A economia de mercado é um sistema de intercâmbio de propriedades: o que pode ser oferecido como garantia de um empréstimo?

Enfim, o que precisa fi-car claro – e devidamente denunciado – é que os gran-des vencedores da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil serão, como sempre, os empresários nacionais e internacionais. Mentiras e mais mentiras estão sendo construídas com o dinheiro dos trabalhadores no mesmo ritmo dos estádios faraôni-cos que abrigarão os jogos. Isto, em prejuízo aos mais elementares direitos do pro-letariado brasileiro à saúde, educação e, mesmo ao lazer e ao esporte.

Projeto do ‘Vivaldão’, em Manaus: A construção de estádios faraônicos consome recursos que seriam destinados à saude e à educação públicas

Uma grande jogada do capital

Enganou-se totalmente quem supôs que, ao demitir o extremista de direita Nelson Jobim do Ministério da Defesa, a presidente Dilma Rousseff estava de-terminada a levar adiante um processo rigoroso de investigação dos crimes co-metidos pela ditadura militar que impe-rou no país de 1964 a 1985.

Porém, ao bancar o vergonhoso proje-to de lei conciliador e covarde de Comis-são da Verdade que Lula encaminhou ao Congresso – que entre outras coisas in-clui depoimentos secretos, participação de militares na própria Comissão e im-possibilidade de se enviar à Justiça para julgamento crimes e criminosos identi-ficados nas investigações –, o governo Dilma dá provas de que a demissão de

Jobim não passou de uma manobra di-versionista bem ao estilo militar.

Na realidade, a impunidade de que goza a extrema-direita brasileira encas-telada nas Forças Armadas é responsá-vel pela continuidade de todos os cri-mes bárbaros que vitimam atualmente os trabalhadores – da tortura sistemática nas instalações policiais do país às exe-cuções sumárias cotidianamente prati-cadas pelos órgãos policiais do estado e aos métodos cada vez mais violentos e sanguinários de repressão aos movi-mentos dos trabalhadores, como ocor-reu na greve dos educadores do Ceará.

Somado o pífio projeto de Comissão da Verdade com o silêncio do governo sobre a violência contra trabalhadores,

o que resulta é um quadro de conivência do governo Dilma e seu partido com os torturadores e assassinos da ditadura.

Pela punição dos torturadores e assassinos

Governo Dilma preserva herança da ditadura

Dilma: uma política de boa vizinhança com militares herdeiros da ditadura militar de 64

Page 4: Movimento Marxista

4 hisTóRiA

Todo o transcorrer da his-tória da humanidade contem-pla momentos e períodos tão agudos quanto decisivos em que os homens se lançaram em duras campanhas em bus-ca da concretização de seu potencial libertário de pleni-tude e felici-dade. Desde a gigantesca rebelião de Espártaco – como símbo-lo e síntese das lutas pri-mordiais do proletariado nos estados da Antigui-dade escra-vagista – até os dias de hoje os traba-lhadores dão exemplos co-tidianos de resistência à exploração e à opressão.

E a Revo-lução Russa de 1917 emerge de todo este desenvolver his-tórico de embates classistas como a mais significativa e importante epopéia pela con-cretização e aprofundamento da humanidade dos homens. Por várias razões. A primei-ra e principal delas porque ancorada no propósito geral de universalização e de ex-tinção definitiva da diferen-ça social entre os homens, ou seja, extinção das classes sociais. A segunda, porque sustentada em condições ma-teriais em que este propósito configurava uma utopia con-cretizável. A terceira, porque fundamentada em uma teoria – o marxismo – que possibi-

lita a compreensão e transfor-mação das sociedades e do desenvolvimento histórico. Tudo isso, mais um conjunto absolutamente essencial de lições decisivas para a luta geral do proletariado de todo o mundo, fazem da Revolu-

ção Russa um acontecimento histórico sem par.

RAzões deCisivAsA Revolução Russa pro-

vou também – para desespero da burguesia – que o socialis-mo, mesmo em meio a difi-culdades de toda natureza, é capaz de fazer avançar qua-litativamente o nível da vida material, intelectual e cultural das massas. A Rússia, assim como todo o Leste Europeu (exceção da região da hoje República Checa e do leste alemão), constituíam ante-riormente sociedades forte-mente marcadas pelos restos de feudalismo, baixa indus-trialização, miséria no campo

e na cidade, precariedades de toda natureza. Mesmo com a enorme destruição das forças produtivas operada pela II Guerra, já ao final dos anos 50 do século passado toda a região registrava índices de crescimento e bem estar si-

milares ou mesmo superiores aos países capitalistas indus-trializados mais desenvolvi-dos. Não se pode jogar tudo isso pela janela, como faz a esquerda de corte trotsquista.

Assim como não se pode dizer que a União Soviética e o bloco socialista do Leste

Europeu “se desintegrou”, como se pudéssemos afir-mar que as causas da queda tenham sido exclusivamen-te internas. Na realidade foi a conjugação da adoção de estratégicas estranhas ao

marxismo com a permanen-te agressão imperialista que provocaram a derrota do so-cialismo no Leste Europeu. De resto, não resiste à aná-lise teórico-histórica a asser-ção do trotsquismo de que a base dos desvios e vícios es-teve na estratégia da constru-ção do socialismo em um só país, tese que grosseiramen-te atribuem a Stálin, quando na realidade se trata de uma formulação de Lênin em seu folheto “Sobre a palavra de ordem dos Estados Unidos da Europa”, de 1915.

CAUsAs dA deRROTAEntre os graves desvios,

ninguém nega, está o aban-dono do marxismo ortodoxo por Stálin em favor de uma estratégia reformista interna e externamente à URSS, o que inclusive se concretizou na garantia da pequena pro-priedade individual no cam-

po e na ausência de políticas diretamente voltadas para a extinção da diferença entre trabalho manual e intelectual, tarefa histórica que em Marx constitui o eixo da constru-ção/desconstrução do socia-lismo revolucionário em di-reção ao comunismo.

Para os historiadores mar-xistas, permanece o desafio da formulação científica das causas da atual derrota do so-cialismo no Leste Europeu. O que deve ficar fora de questão é a defesa do patrimônio da Revolução Russa por todos empenhados na luta do prole-tariado mundial.

Lênin, principal líder do Partido Bolchevique e da Revolução, convoca os trabalhadores da Rússia a tomarem o poder pelas próprias mãos: “Todo o poder aos sovietes!”

A herança da Revolução Russa

Revolução Soviética é um marco indestrutível

Na noite de 25 de outubro de 1917, a Guarda Vermelha bolchevique ocupa o Palácio de Inverno, sede do governo burguês, em Petrogrado. No dia seguinte, instala-se na Rússia o primeiro estado proletário da História

A Revolução colo-cou na agenda históri-ca o fim das classes

“”

Não podemos jogar pela janela as conquistas da Revolução Russa

“”

Page 5: Movimento Marxista

“Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.

E examinai, sobretudo, o que parece habitual.

Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de

hábito como coisa natural, pois em tem-po de desordem

sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente,

de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural

nada deve parecer impossível de mudar.”

CULTURA 5

Uma política cultural de governo constitui o conjunto de medidas e iniciativas arti-culadas no tempo e no espaço na linha de promover a am-pliação do universo cultural dos habitantes de determina-do país. Nada disso tem acon-tecido nos governos petistas. Ao contrário da política de longo prazo anunciada no pri-meiro governo Lula, a única continuidade constatada até agora é de uma criminosa mistura que junta a mercanti-lização da cultura com gigan-tescas doses de compadrio e tráfico de influências. Isto sem falar do permanente es-tado de beligerância a que se dedicam os frequentadores do Ministério da Cultura (Minc).

diReiTO AUTORALDesde que assumiu o minis-

tério, uma série de desgastes e polêmicas permeiam a gestão Ana Buarque de Hollanda. Uma delas foi detonada pelo anúncio de propostas de mudanças no trato do direito auto-ral em linha contrária às linhas ado-tadas pelas gestões an-teriores, de Juca Ferreira e Gilberto Gil – o que, entre outras coisas, escancarou a falta de a linha de política cultural unificada no PT a que aludimos aci-ma. Essa falta de linearidade e transparência não tem nada de pontual. Trata-se de algo

recorrente como vimos nova-mente em recente encontro da ministra com representantes

do setor, no qual a pauta prin-cipal acabou sendo cobranças de repasses atrasados, recur-sos prometidos em edital, li-beração dos editais publica-dos anualmente e que ainda não saíram desde que Ana de

Hollanda assumiu o Minc.Outra importante unidade

constatada na política cultu-ral dos governos petistas é a forte marca demagógica exi-bida por todos eles. O discur-so de tentar novas formas de garantir e aumentar recursos para a pasta, e conseqüente-mente ampliar o acesso da população à cultura, é o mes-mo, mas a ação neste campo é igual a zero. Nenhum avanço foi visto nesses dez anos de governo petista, no que diz respeito a fomentar a cultu-ra para os trabalhadores. Ne-nhum avanço obtido também em relação a políticas de incentivos aos trabalhadores da área. Prossegue o mesmo clientelismo que temos assis-tido desde a vigência da Lei Ruanet. Há exceções, honro-sas, mas exceções.

Ministra Ana de Hollanda: no centro de disputas mes-quinhas patrocinadas pela base aliada do governo

O vazio da política cultural

Com a falsa humildade da subserviência dissimulada, os arautos do capital incrustrados na academia burguesa lança-ram em uníssono o grito de guerra posmodernoso de uma revivida antropologia obscu-rantista ouvido no alvorecer do neoliberalismo: “Tudo é cultura! Tudo é cultura!”

Não, nem tudo é cultura. Cultura são todos os saberes e fazeres que concretizam e ampliam a humanidade dos homens, entendida esta fun-damentalmente como exer-cício da liberdade e do es-pírito crítico. Esta definição sintetiza o posicionamento sustentado pelo poeta e ro-mancista alemão Wolfgang von Goethe, um dos gigantes da arte libertária de todos os tempos, em seu debate trava-do no início do século XIX

com o também romancista alemão Herder, que defendeu no geral a posição de que não existiriam parâmetros para julgamento de atos, hábitos, conhecimentos e costumes dos grupos humanos.

Ora, a alegada inexistência de parâmetros é imobilista e reacionária. Se blindada a realidade social à crítica, só nos restaria o conformismo e a justificação do fanatismo religioso, da opressão e da miséria. É este método que recomenda, como respeito ao ‘outro’, o culto ao misticis-mo e à fome imperantes, por exemplo, na Índia, para onde acorrem levas de desocupa-dos burgueses em jornadas tu-rísticas que comportam, entre outras coisas, a contemplação de cadáveres de indigentes boiando no Rio Ganges.

Governo petista quer mercantilizar a cultura

Cultura e humanidade

Mercantilização, demagogia, culturalismo e clientelismo marcam a política dos governos petistas para a cultura

pOesiANada é impossível de mudar

Bertold Brecth

Page 6: Movimento Marxista

6 mOvimeNTO siNdiCAL

No interior de uma conjun-tura mundial de crise aguda do capital, em que a burgue-sia adota uma estratégia de intensificação da exploração na tentativa de compensar perdas e prejuízos, o prole-tariado brasileiro vem sen-do neutralizado pela política institucionalista hegemônica no movimento sindical. As centrais abertamente alinha-das ao governo e à burgue-sia – como CUT (PT), For-ça Sindical (PDT), NCST, UGT, CGTB (MR8) e CTB (PcdoB) – atuam descarada-mente na busca permanente de rebaixar e diluir a consci-ência da classe trabalhadora. As centrais que se posicio-nam à esquerda, como Con-lutas (PSTU) e Intersindical (PSOL/PCB/MTL), acabam não contribuindo para o avanço da consciência e or-ganização independentes do proletariado em função de suas políticas marcadas por objetivos e métodos da insti-tucionalidade burguesa.

Muitos anos antes da as-censão do PT/PCdoB ao go-verno central burguês, em

2003, a CUT já conciliava com o patronato, participando de câmaras setoriais e esfrian-do greves importantes como a greve nacional dos petroleiros de 1995, entre tantas outras. Porém, as eleições de 2002 podem servir como uma refe-rência para o processo histó-rico de diluição das contradi-ções de classe posto em prática pelo reformismo conciliador e pelo oportunismo vanguar-deiro trotskista. É fundamen-tal lembrarmos que o poder econômico elegera Lula (PT) e José Alencar (PL) com a ati-va participação destes setores da esquerda, em mais que es-tranha aliança com as grandes forças políticas e econômicas capitalistas, que incluíam as diversas seitas evangélicas e a igreja católica.

As eLeições de 2002Enquanto a esquerda do

PT participava do governo e o PSTU se perdia em vãs tentativas de ‘justificar’ seu apoio a Lula no segundo tur-no, o proletariado continuava abandonado às ilusões de que os seus interesses políticos e

econômicos, imediatos e his-tóricos, poderiam ser aten-didos pelo poder burguês. Enquanto isso, o capital exi-gia daquele governo re-formas estru-turais visando ampliar o su-perávit primário e desarticular os trabalhadores. As reformas foram votadas no parlamen-to, uma após outra, somadas a um violento arrocho sala-rial, a perseguições e comba-tes políticos e ideológicos aos servidores públicos, a suas greves e mobilizações. Estas reformas foram aprovadas,

apesar dos votos contrários e abstenções dos parlamen-tares da esquerda reformista e trotskista, materializando

a ineficácia da part icipação dos trabalha-dores na insti-tucionalidade

burguesa.É possível e preciso avan-

çar e acumular forças orga-nizatórias independentes no movimento sindical, mesmo na conjuntura adversa atual. Para isso, contudo, precisa-mos nos livrar dos vícios do oportunismo vanguardeiro e do reformismo conciliador.

Trabalhadores da educação no Rio: exemplo de ousadia, luta e vitória

Por uma central proletária

A onda grevista desencadeada por segmentos importantes do funcionalis-mo público e bancários no segundo se-mestre de 2011 deixa lições importan-tes. Em primeiro lugar, fica claro que o proletariado não está disposto a aceitar passivamente a degradação de seu salá-rio diante da escalada inflacionária.

Outra característica das mobilizações, a predominância de greves de servidores públicos – trabalhadores da educação do Rio, de Minas e do Ceará, bombeiros do Rio, Correios e bancários –, deixa clara a prioridade de se incorporar às revindi-cações mais imediatas a estabilidade no

emprego, derrubada pela ditadura.Mas o destaque maior vem em forma

de alerta: sindicatos, federações e cen-trais abertamente alinhadas aos interes-ses estratégicos do governo e da burgue-sia foram obrigados a se lançarem à luta por pressão da base. É o que se chama popularmente de “correr pra frente”. Mas que ninguém se iluda: na hipótese e possibilidade de uma unificação nacio-nal do movimento dos trabalhadores no médio prazo, este sindicalismo pelego se voltará contra os trabalhadores.

O primeiro sinal de que os detentores do capital não estão dispostos a tolerar a

luta do proletariado por melhores con-dições de vida foi dado pela presidente Dilma, ao se afirmar contrária a qual-quer aumento salarial que possa ‘com-prometer as metas oficiais de inflação’. É evidente que a presidente sabe que a causa principal da inflação está na enor-me dívida acumulada pelo governo para financiar gratuitamente o investimento capitalista no país, o que obriga o Te-souro a emitir títulos que fazem a festa do capital financeiro. Ela sabe mas não pode dizer. Porque ela está aí pra isso mesmo: garantir os lucros do capital às custas do trabalhador. Nada de novo.

Somente avançaremos com independência

Movimento grevista deixa lições importantes

Os trabalhadores precisam criar uma central sindical proletária, sem os vícios da conciliação e do imediatismo

É possível e preci-so avançar e acumular forças na conjuntura

“”

Page 7: Movimento Marxista

Nos dois anos de revolução, 1848-

49, a Liga afirmou-se dupla-mente; por um lado, porque os seus membros interviram energicamente no movimento por toda a parte, na impren-sa, nas barricadas e campos de batalha, à frente nas filei-ras do proletariado, da única classe decididamente revolu-cionária. A Liga afirmou-se, além disso, pelo fato de sua concepção do movimento, tal como foi exposta nas circula-res dos congressos e da Di-reção Central de 1847, assim como no Manifesto Comunis-ta, ter-se mostrado a única correta; pelo fato de as ex-pectativas formuladas nesses documentos terem-se plena-mente realizado.

Ao mesmo tempo, a sólida organização

inicial da Liga enfraqueceu significamente. Uma grande parte dos membros, que par-ticipou diretamente do movi-mento revolucionário, acre-ditou que passara o tempo das sociedades secretas e que bastava a ação pública.

De fato, foram os burgueses que logo

após o movimento de março de 1848 tomaram conta do poder do Estado e se serviram desse poder para empurrar imediatamente os operários,

seus aliados na luta, para an-terior posição de oprimidos.

É esta a relação do partido operário re-

volucionário com a democra-cia pequeno-burguesa: está com ela contra a fração cuja queda ele tem em vista, opõe--se-lhe em tudo o que ela pre-tende para se consolidar a si mesma. Os pequeno-burgue-ses democratas, muito longe de pretenderem resolver toda

a sociedade em benefício dos proletários revolucionários, aspiram a uma alteração das condições sociais que lhes torne tão suportável e cômo-da quanto possível a socieda-de existente.

Para realizarem tudo isto, necessitam de

uma Constituição democrá-tica, seja ela [monárquica] constitucional ou republi-cana, que lhes dê a maioria, a eles e aos seus aliados, os camponeses, e de uma orga-nização comunal democráti-ca que ponha nas suas mãos o controle direto da proprie-dade comunal e uma série de funções atualmente exercidas pelos burocratas.

No que se refere aos operários assala-

riados, apenas desejando os

pequeno-burgueses demo-cratas que os operários te-nham melhor salário e uma existência mais assegurada; esperam eles conseguir isto [confiando], em parte, ao Es-tado a ocupação dos operá-rios e através de medidas de beneficência; numa palavra, esperam subornar os ope-rários com esmolas mais ou menos disfarçadas e quebrar a sua força revolucionária

tornando-lhes momentanea-mente suportável a situação.

Mas estas reivin-dicações não po-

dem bastar de modo algum ao partido do proletariado. Para nós não pode tratar-se da transformação da proprie-dade privada, mas apenas do seu aniquilamento, não pode

tratar-se de encobrir oposi-ções de classes, mas de supri-mir as classes, nem de aper-feiçoar a sociedade existente, mas de fundar uma nova.

Têm de trabalhar (o proletariado) então

para que a imediata eferves-cência revolucionária não

seja de novo logo reprimida após a vitória. Pelo contrá-rio, têm de mantê-la viva por tanto tempo quanto possível.

Durante a luta e de-pois da luta, os

operários têm de apresentar em todas as oportunidades as suas reivindicações próprias a par das reivindicações dos democratas se prepararem para tomar em mãos o poder. Se necessário, têm de obter pela força essas garantias. Liquidação da influência dos democratas burgueses sobre os operários; organização imediata, autônoma e armada dos operários; obtenção das condições mais dificultosas e compromissórias possível para a inevitável dominação temporária da democracia burguesa – tais são os pontos principais que o proletaria-do, e portanto a Liga, devem ter presentes durante e após a insurreição.

Não devem, neste processo, deixar-

-se iludir pelas frases dos de-mocratas, como por exemplo, que assim se divide o partido democrático e se dá à reação a possibilidade da vitória. Com todas essas frases, o que se visa é que o proletariado seja mistificado.

Mas têm de serem eles próprios a fa-

zer o máximo pela sua vitória final, esclarecendo-se sobre os seus interesses de classe, tomando quanto antes a sua posição de partido autônomo, não se deixando um só instan-te induzir em erro pelas frases hipócritas dos pequeno-bur-gueses democratas quanto à organização independente do partido do proletariado. O seu grito de batalha tem de ser: a revolução em permanência.

TeORiA 7

Trabalhadores enfrentam a repressão burguesa européia em 1848

Marx faz alerta ao proletariado

O proletariado não pode se juntar ao inimigo

Como balanço das revoluções de 1848-50 Marx propõe um partido oposto à burguesia e à pequena burguesia

O proletariado não pode se deixar levar pela hipocrisia democrata

“”

Na “Carta do Comitê Central à Liga dos Comu-nistas”, Marx e Engels, com base nas lições das revolu-ções européias de 1848-50, apontam a necessidade da reorganização da Liga dos Comunistas de forma autô-noma e contra as palavras de ordem burguesas e pe-queno-burguesas. A seguir, trechos deste documento.

Page 8: Movimento Marxista

8 iNTeRNACiONAL

A crise mundial por que passa o capitalismo expressa o conjunto de contradições estruturais do sistema e con-cretiza com rara exatidão o conceito de crises cíclicas formulado por Marx em “O Capital”. A burguesia e seus porta-vozes evidentemente buscam lançar culpas a hi-potéticos atos de imprudên-cia dos gestores maiores do capital, à corrupção de uns e outros, a eventuais posturas irresponsáveis de governos e agentes econômicos.

A crise vivida hoje pelo ca-pital exibe a confluência das duas principais contradições estruturais do sistema: a con-tradição entre o caráter social da produção e o caráter pri-vado da apropriação e, ainda, a contradição embutida na lei da tendência da queda da taxa de lucros, pela qual quanto maior o incremento tecnoló-gico da produção menor será a taxa de lucro obtida pelo capital investido. Daí, a ne-cessidade que tem o capita-lismo de ampliar produção e mercantilização para ir com-pensando a queda da taxa de lucro. De tempos em tempos, afirma Marx, os termos de tais contradições atingem um

ponto de agudização que in-viabiliza a reprodutibilidade cotidiana do capital, o que se manifesta concretamente em uma crise geral de pagamen-tos. É o que vemos hoje.

Há cerca de um século, o capital financeiro tornou-se hegemônico na estrutura do capital, com o estado assu-mindo o papel de provedor direto e indireto de capitais.

No caso do financiamento indireto à burguesia, o estado capitalista da era imperialis-ta funciona como uma res-seguradora geral do sistema, respaldando os empréstimos dos conglomerados financei-ros aos demais segmentos da burguesia e, como na situa-

ção atual, bancando os pre-juízos gerados pela retração dos negócios burgueses nos casos de recessão (queda do crescimento econômico) e es-tagnação (crescimento zero)

da economia. Na presença, contudo, da concretização das tendências estruturais do sistema, esgota-se a sua capa-cidade de endividamento para cumprir este papel de guarda--chuva geral. É aí que teremos o quadro de depressão, que é o que se apresenta no cenário mundial a curto prazo.

Para se ter uma idéia, a dí-vida do Tesouro dos EUA já ultrapassou a casa dos US$ 14 trilhões, o equivalente ao PIB daquele país. Na Europa,

a Grécia, Irlanda, Espanha, Portugal e Itália já declararam que os últimos centavos de seus cofres estão acabando e que, dentro em pouco, já não poderão pagar os juros dos tí-tulos que emitiram. É bom não esquecer que a burguesia não investe dinheiro próprio (este, destinado ao chamado con-sumo de luxo: iates, viagens, prostituição, drogas, gastrono-mia etc.), mas, sim, dinheiro emprestado ao sistema finan-ceiro estatal e privado.

Constitui igualmente falsa a fala oficial de que o Brasil está imune à crise. As tão alar-deadas reservas de US$ 350 bilhões são formadas em 80% por títulos do Tesouro norte-americano, em crescente des-valorização. A dívida externa já atigiu a casa dos US$ 271 bilhões em fevereiro. O cres-cimento do PIB deve cair dos 7,5% do ano passado para 3,5% este ano. Isto se chama recessão. A inflação dos últi-mos doze meses é de 7,31%, já bem acima da meta anual dos 4% estipulada pelo go-verno. Mas o destaque fica com a dívida interna do esta-do brasileiro: R$ 1,7 trilhão, equivalente a quase metade do PIB nacional.

Em 1929 a grande crise capitalista lançou o proletariado no desem-prego e na fome. É preciso que os capitalistas paguem por sua crise

O capital na hora da verdade

Por um estado palestino livre e soberanoA luta pela criação de um

estado palestino soberano é uma demanda já antiga e san-grenta de seu heróico povo. A entrega formal da reivin-dicação à última plenária da ONU pelo presidente da Au-toridade Palestina, Mahmoud Abbas, constitui iniciativa importante no cenário de uma conjuntura em que os interes-ses do sionismo no Oriente

Médio sofrem significativo abalo com a ocorrência da chamada Primavera Árabe, que apeou do poder alguns aliados árabes do expansio-nismo sionista.

impéRiO siONisTA Desde 1948, quando a

ONU estabeleceu as frontei-ras de um estado isralense em terras palestinas, os governos

sionistas vem-se aproprian-do – com o apoio declarado e aberto, político e militar, dos Estados Unidos – de partes progressivamente maiores do território destinado à criação de um estado palestino.

Recentemente intensificou a criação de assentamentos e residências de colonos na Cisjordânia, território desti-nado pela ONU ao estabeleci-

mento do estado palestino. O primeiro-ministro israelense, o racista sanguinário Benja-min Netanyahu, enfatiza de forma arrogante e prepotente, como todo nazista que se pre-za, que Jerusalem Oriental ja-mais será entregue aos pales-tinos para sediar sua capital, como determina a ONU.

Mas os tempos já se pre-nunciam outros.

Brasil já registra dívida de mais de R$ 2 trilhões

A crise cíclica enfrentada pelo sistema capitalista comprova mais uma vez o rigor científico das análises de Marx