motores hidráulicos-1

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  CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA Programa interdisciplinar – PI MOTORES HIDRÁULICOS: TIPOS, CONCEITOS E AVARIAS CLEUDSON FERREIRA LOTT MACHADO EDILBERTO GERALDO TOMAZ ELZO HENRIQUE BOMFIM MARQUES JOSTY DAIAN WAGNER SILVA BOWEN

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CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

Programa interdisciplinar – PI

MOTORES HIDRÁULICOS:TIPOS, CONCEITOS E AVARIAS

CLEUDSON FERREIRA LOTT MACHADOEDILBERTO GERALDO TOMAZ

ELZO HENRIQUE BOMFIM MARQUESJOSTY DAIAN

WAGNER SILVA BOWEN

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Coronel Fabriciano, 21 de maio de 2009CLEUDSON FERREIRA LOTT MACHADO

EDILBERTO GERALDO TOMAZELZO HENRIQUE BOMFIM MARQUES

JOSTY DAIANWAGNER SILVA BOWEN

MOTORES HIDRÁULICOS:TIPOS, CONCEITOS E AVARIAS

Relatório apresentado ao Curso de Graduação emEngenharia Mecânica do Centro Universitário do Lestede Minas Gerais, como requisito parcial para obtençãoda nota final no Programa Interdisciplinar do Curso deEngenharia Mecânica.Área de concentração: Tipos e conceitos,

características principais, principais avarias.Orientador: Prof. Manoel Ricardo Pacheco Freitas

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Coronel Fabriciano, 21 de maio de 2009

LISTAS DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Motor de engrenagens.........................................................................................10

Figura 2 - Motor tipo MZ..........................................................................................................12

Figura 3 – Motor de palhetas....................................................................................................13

Figura 4 - Motor de pistões radiais com apoio interno dos pistões..........................................15

Figura 5 – Motor de pistões axiais de disco inclinado..............................................................16

Figura 6 – Motor de pistões radiais de curso múltiplo com apoio externo dos pistões........... .17

Figura 7 – motor de pistões axiais de eixo inclinado................................................................18

Figura 8 – Motor de pistões axiais de curso múltiplo e carcaça estacionária...........................19

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RESUMO

O mundo moderno faz com que estudos científicos e inovações tecnológicas evoluam cadavez mais facilitando assim o trabalho do ser humano no meio ao qual ele esta inserido. Este

 presente trabalho tem como objetivo demonstrar os conceitos, as aplicações e as principaiscaracterísticas dos motores hidráulicos. Eles possuem uma construção semelhante àconstrução das bombas hidráulicas. Consistem basicamente de uma carcaça com conexões deentrada e saída e de um conjunto rotativo ligado a um eixo. São muito encontrados emguindastes, esteiras, perfuradoras, máquinas operatrizes, dentre outras. Classificam-se em:motores hidráulicos de vazão fixa (engrenagens, palhetas, pistões – radiais e axiais) e motoresde vazão variável (palhetas, pistões – radiais e axiais). Caracterizam-se pela rotação, torque elimite de pressão máxima que variam de um para outro.

Palavras chave: motores hidráulicos, palhetas, pistões, engrenagens, rotação, torque pressão.

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ABSTRACT

The modern world is that scientific and technological developments increasingly thusfacilitating the work of human beings in the midst of which it is inserted. The present work 

aims to demonstrate the concepts, applications and key features of hydraulic motors. Theyhave a construction similar to the construction of hydraulic pumps. Basically consist of ahousing with input and output connections and a set connected to a rotary axis. Are found invery cranes, mats, drilling, machine tools, among others. Classified into: fixed flow hydraulicmotors (gear, vane, piston - radial and axial) and variable flow engines (blades, pistons -radial and axial). Characterized by speed, torque and maximum pressure limit of that rangefrom one to another.

Keywords: hydraulic motors, vane, piston, gear, speed, torque pressure.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................7

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...............................................................................................82.1 CONCEITO......................................................................................................................82.2 VANTAGENS..................................................................................................................82.3 CARACTERÍSTICAS......................................................................................................82.4 TIPOS DE MOTORES...................................................................................................10

2.4.1 Motores de engrenagem...........................................................................................102.4.2 Motores hidráulicos com o princípio de roda planetária e eixo central...................112.4.3 Motores hidráulicos de palhetas...............................................................................122.4.4 Motores de pistões radiais (curso simples) com apoio interno dos pistões.............142.4.5 Motores de pistões axiais de disco inclinado...........................................................152.4.6 Motores de pistões radiais conforme o princípio de cursos múltiplos.....................162.4.7 Motor hidráulico de eixo inclinado..........................................................................17

2.5 ESPECIFICAÇÃO DE MOTORES HIDRÁULICOS...................................................192.5.1 Instalação ................................................................................................................192.5.2 Danos e defeitos.......................................................................................................202.5.3 Efeitos em serviço....................................................................................................20

3. CONCLUSÃO......................................................................................................................22

REFERÊNCIAS........................................................................................................................23

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1. INTRODUÇÃO

Um dos setores que tem sido bastante competitivo na atualidade é o setor de produção de

máquinas agrícolas ocupando grande parte do mercado brasileiro e internacional devido os

mais variados tipos de motores e suas principais características nas quais podem ser aplicados.

Este trabalho pretende de certa forma proporcionar maior clareza sobre os tipos de motores

hidráulicos e suas reais construções.

A forma de como eles podem ser empregados são incontáveis. Dentre algumas delas pode-se

citar esteiras rolantes, serras, máquinas agrícolas, entre outras.As vantagens da aplicação dos

motores hidráulicos em comparação a outros tipos de motores, são fatores importantes com

relação a peso e potência.

Outro diferencial é de poder trabalhar em ambientes desfavoráveis que seriam perigosos ou

impossíveis pra outros tipos de motores, podendo também trabalhar afogado (submerso) em

quase todos os tipos de fluidos conhecidos, em atmosferas corrosivas ou explosivas, em

ambientes superaquecidos e realizar trabalho com paradas e partidas constantes, sem acarretar 

 problemas de superaquecimento.

Outro fator importante é que os motores hidráulicos são rotativos que em suas construções

 podem ser unidirecionais (um único sentido de rotação) ou bidirecionais (rotação em ambos

os sentidos).

Portanto, espera-se que com este tema, demonstrar os benefícios que estes motores

 proporcionam pela forma que são constituídos e suas principais características.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 CONCEITO

Motores Hidráulicos são motores que se diferenciam dos demais motores pela sua construção,

característica e aplicabilidade, o que para outros tipos de motores talvez os locais aos quais

são empregados tornariam desfavoráveis para se trabalharem, suas características potenciais

esta no volume de absorção, na pressão máxima, nas faixas de rotações e torques desejados.

2.2 VANTAGENS

Os motores hidráulicos possuem inúmeras vantagens são classificados em motores

hidráulicos de vazão fixa e motores hidráulicos de vazão variável, mais o que naturalmente

interessa num projeto, é saber que torque e rotação um motor hidráulico poderá fornecer o que

 pela sua construção é o mais recomendado.

2.3 CARACTERÍSTICAS

Caracterizam-se os motores hidráulicos pela velocidade, torque, volume de absorção e limitede pressão máxima.

Velocidade (Rotação)

Poucos motores podem ser utilizados tanto para velocidades bem baixas, como também para

altas velocidades. A velocidade pela qual o eixo de um motor gira, é determinada pela

expressão:

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A velocidade de um motor hidráulico depende da vazão fornecida ao motor; costuma-se dar 

essa velocidade em rotação por minuto.

Torque

O torque é um esforço rotativo indicando que há uma força presente a uma dada distância do

eixo motor.

Pode-se considerar que a velocidade de um motor hidráulico é inversamente proporcional ao

seu torque, os motores, mais lentos são projetados para fornecer alto torque mesmo nas baixas

rotações.

Volume de absorção

É a quantidade de fluido que o motor aceitará para revolução ou então, a capacidade de uma

câmara multiplicada pelo número de câmaras que o mecanismo contém.

Os motores hidráulicos convertem energia hidráulica em mecânica. Como ocorre nas bombas

hidráulicas, nos motores hidráulicos existe uma multiplicidade de princípios e tipos

construtivos. Mas nenhum em especial pode satisfazer de modo otimizado à todas

especificações. É necessário escolher o motor para cada caso, segundo a sua necessidade.

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Velocidade do eixo do motor (RPM ) = Vazão (l/mm)x1000

Volume de absorção ( )

Torque = Força x distância ao Eixo

Volume de absorção = volume máximo da câmara x número de câmaras

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2.4 TIPOS DE MOTORES

2.4.1 Motores de engrenagem

O motor de engrenagem desenvolve torque devido à pressão aplicada nas superfícies dos

dentes das rodas dentadas. Elas giram juntas, porém apenas uma está ligada ao eixo do motor.

Invertendo a direção do fluxo, inverte-se a rotação do motor. O deslocamento de um motor de

engrenagem é fixo e é igual ao volume entre os dois dentes multiplicado pelo número de

dentes. As rodas não são balanceadas hidraulicamente em relação à pressão. A alta pressão na

entrada e baixa pressão na saída provocam altas cargas laterais no eixo, bem como nas rodas

dentadas e nos rolamentos que as suportam.

As vantagens principais de um motor de engrenagens são: sua simplicidade e sua maior 

tolerância à sujeira; porém tem menor eficiência. São muito utilizados na hidráulica móbil e

na tecnologia agrícola, para acionar correias transportadoras, disco dispersador, ventiladores,

fusos transportadores e ventoinhas. Fazem parte dos motores rápidos.

Pressão: 300 bar 

Rotação: 2400 rpm

Figura 1 - Motor de engrenagens

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2.4.2 Motores hidráulicos com o princípio de roda planetária e eixo central

Motores Hidráulicos do tipo MZ pertencem ao grupo de motores planetários. Eles se

caracterizam por um grande volume de absorção e pequenas dimensões. Isto é obtido porque,

ocorre um grande número de processos de deslocamento, por rotação.

Através de conexões o fluido de trabalho alimenta e escoa no motor hidráulico. Todas as

câmaras de deslocamento, que momentaneamente aumentam de volume, estão ligadas com o

lado da alta pressão, através da placa de comando. Todas as câmaras com reduçãomomentânea de volume, estão ligadas com o lado da baixa pressão.A pressão nestas câmaras

gera uma força sobre o rotor, consequentemente, gerando o torque.

Sempre quando for obtido o maior ou menor volume da câmara, é fita a inversão. Em cada

rotação do eixo, ocorrem até 08 alterações de volume por câmara. Ocorrem, portanto 7x 8= 56

 processos de deslocamento. Isto explica o volume de absorção relativamente alto por rotação.

O eixo central de saída possibilita a montagem de freios ou a utilização da segunda ponta de

eixo.

Válvulas internas de retenção conduzem o dreno interno para o lado da baixa pressão. Se a

 pressão ultrapassar um valor determinado, então é necessário ligar a conexão de dreno com o

reservatório.

 Neste princípio construtivo, o torque não é transmitido por uma roda de dentado interno, mas

sim através de um eixo cardan, do rotor planetário para o eixo de saída.

O fluido de trabalho entra através de fendas no eixo de saída e é conduzido através de furos

numa carcaça para as câmaras de deslocamento, realiza trabalho e volta ao tanque.

Motores hidráulicos, conforme o princípio planetário, estão disponíveis em várias execuções.

Características

- Volume de absorção: aprox. 10 até 1000 cm³

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- Pressão máx. de trabalho: até 250 bar 

- Faixa de rotações: aprox. 5 até 1000 minˉ¹

Figura 2 - Motor tipo MZ

2.4.3 Motores hidráulicos de palhetas

Os motores hidráulicos transformam a energia de trabalho hidráulico em energia mecânica

rotativa, que é aplicada ao objeto resistivo por meio de um eixo. O motor tipo palheta consiste

de um rotor e de palhetas que podem deslocar-se para dentro e para fora nos alojamentos das

 palhetas.

Funcionamento do Motor hidráulico de palhetas

O rotor do motor é montado em um centro que está deslocado do centro da carcaça. O eixo

do rotor está ligado a um objeto que oferece resistência. Conforme o fluido entra pela conexão

de entrada, a energia de trabalho hidráulica atua em qualquer parte da palheta exposta no lado

de entrada. Uma vez que a palheta superior tem maior área exposta à pressão, a força do rotor 

fica desbalanceada e o rotor gira.

Conforme o líquido alcança a conexão de saída, onde está ocorrendo diminuição de volume, olíquido é recolocado.

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Antes que um motor deste tipo possa operar, as palhetas devem ser estendidas previamente e

uma vedação positiva deve existir entre as palhetas e a carcaça.

Extensão das Palhetas do motor

Diferentemente de uma bomba de palheta, não se pode depender da força centrífuga para

estender as palhetas e criar uma vedação positiva entre o cilindro e o topo da palheta.

Existem dois métodos comuns para estender as palhetas num motor. Um deles é estender as

 palhetas por meio de molas, de modo que elas permaneçam continuamente estendidas. O

outro método é o de dirigir pressão hidráulica para o lado inferior das palhetas.

Em alguns motores de palhetas, o carregamento por mola é realizado posicionando-se uma

mola espiral na ranhura da palheta.

 Neste tipo, a pressão do fluido é dirigida para o lado inferior da palheta tão logo o torque se

desenvolva.

Outro método de estender as palhetas é com o uso de pressão do fluido. Por este método, ofluido é impedido de entrar na ranhura da palheta até que a mesma esteja totalmente estendida

e até que haja uma vedação positiva no topo da palheta. Neste momento, a pressão já existe

sob a palheta.

Quando a pressão do fluido é suficientemente alta para vencer a força da mola de retenção

interna, o fluido entrará na câmara da palheta e desenvolverá um torque no eixo do motor. A

válvula de retenção interna, nessas circunstâncias, desempenha uma função seqüencial.

Figura 3 – Motor de palhetas

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2.4.4 Motores de pistões radiais (curso simples) com apoio interno dos pistões

Os cilindros e pistões são montados em estrela em torno do eixo excêntrico central.

Conforme a posição do eixo excêntrico, dos 5 pistões, 2 ou 3 estão ligados com a entrada

(lado da pressão), e o restante dos pistões ligados com a saída (lado do reservatório).

Através do comando as câmaras dos cilindros são alimentadas com fluido de pressão. O

comando consiste na placa de comando e da válvula distribuidora. Enquanto a placa de

comando é unido com a carcaça, a válvula distribuidora gira junto com o eixo excêntrico na

mesma rotação. Furos na válvula distribuidora fazem a ligação para a placa de comando e

 para as câmaras dos pistões.

A transmissão da força do pistão sobre o eixo excêntrico poderá ocorrer de varias maneiras

onde os pistões são guiados na carcaça e apoiam-se no eixo excêntrico através de anéis de

conformação especial.

Durante o movimento rotativo do eixo, ocorre um movimento relativo entre o pistão e o anel.Para a redução do atrito, a superfície de apoio do pistão do anel, é equilibrada estaticamente.

 Numa outra a execução a pressão de trabalho atua sobre o eixo excêntrico. Os pistões e os

cilindros apoiam-se em superfícies esféricas, e seguem com isto isentos de forças transversais,

no eixo excêntrico.

Diferencial

As superfícies de contato no excêntrico e na carcaça são aliviadas hidrostaticamente, de modo

que o atrito é mínimo. Esta construção possibilita alto rendimento e um bom comportamento

em baixas rotações.

Características importantes.

Volume de absorção: 10 até 8500 cm³Pressão máxima: até 300 bar 

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Faixa de rotações: 0,5 até 2000 minˉ¹ (conforme TN)

Torque máximo: até 32000 Nm

Figura 4 - Motor de pistões radiais com apoio interno dos pistões

2.4.5 Motores de pistões axiais de disco inclinado

O conjunto rotativo de disco inclinado é uma unidade de deslocamento, cujos pistões de

deslocamento são montados axialmente ao eixo. Eles apoiam-se neste caso sobre um disco

inclinado. Ver anexo ( fig. 16)

Função do Motor

Ao contrário da função da bomba, o fluido de pressão é conduzido na entrada. Os pistões

realizam um movimento planetário de curso e levam junto o cilindro, que gira em conjunto

com o eixo devido ao estriado no mesmo. O fluído é deslocado para o lado da baixa pressão

(saída), para o sistema.

Características importantes.

Volume de absorção: 10 até 1000 cm³

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Pressão máxima: até 350 bar 

Faixa de rotações: 50 até 5000 minˉ¹ (conforme TN)

Torque máximo: até 41000 Nm

Figura 5 – Motor de pistões axiais de disco inclinado

2.4.6 Motores de pistões radiais conforme o princípio de cursos múltiplos.

Os pistões apóiam-se sobre o cames através dos roletes dos pistões; no acionamento a câmera

do cilindro é alimentada com o fluido de pressão através dos furos axiais, cada pistão recebe a

escoa o fluido de pressão quantas vezes forem os perfis da cúria de curso do cames, assim o

transformando em movimento rotativo.

A forma do perfil da curva de curso é quem determinará a rotação em uma pressão contínua, o

trabalho dos pistões contra o cames é transmitido por um estriado ao eixo, transformando-o

em movimento rotativo mecânico.

 Na carcaça do motor pode ser montado um conjunto de freio de lamelas. Se a pressão de

alívio nestes freios reduzir-se na câmara anelar, então a mola prato apertão pacote de lamelas,

acionando o freio. Se a pressão ultrapassar o valor determinado pela mola prato, o êmbolo de

freio é pilotado deslocando-se contra a mola prato, então o pacote de lamelas é aliviado e o

freio é solto.

Pressão – 450 bar 

Volume de absorção – 200 até 8000

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Figura 6 – Motor de pistões radiais de curso múltiplo com apoio externo dos pistões

2.4.7 Motor hidráulico de eixo inclinado

O princípio de eixo inclinado é uma unidade de deslocamento, cujo pistão é montadoinclinado em relação ao eixo de acionamento. Pode operar como bomba ou motor hidráulico,

de volume deslocado constante ou variável.

O ângulo de basculamento da unidade de volume de deslocamento constante, é definido pela

carcaça e com isso é fixo. Numa unidade variável este ângulo é variável dentro de

determinados limites. Através da alteração do ângulo de basculamento, resulta um curso

diferente do pistão e com isso o volume de deslocamento é alterado.

Motor de vazãoconstante: para circuito aberto e fechado, ângulo de basculamento fixo,

rotação de saída possível nos dois sentidos;

Motor de vazão variável: para circuito aberto e fechado, com basculamento unilateral, ângulo

de basculamento variável sem escala, rotação de saída possível nos dois sentidos.

Características especiais

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-Boa sucção mesmo a altas rotações;

-Boa partida na utilização como motor hidráulico;

-Possibilidade de montagem em constrtução aberta;

-Boas características de anti-cavitação;

A pressão de trabalho e o volume deslocado são transformados em momentos de torção

mecânica. A pressão é determinada pela resistência da marca acoplada ao motor hidráulico.

Esta carga corresponde ao momento de torção exigido no eixo.

Figura 7 – motor de pistões axiais de eixo inclinado

2.4.8 Motor de pistões axiais de curso múltiplo e caraça estacionária

O comando e as conexões, nestes motores estão na carcaça. Além disso o perfil da curva de

curso é unida com a carcaça. O grupo rotor/pistões está acoplado ao eixo, através do estriado.

Cada pistão realiza vários cursos por rotação do eixo. Neste motor poderá ser instalado uma

segunda ponta de eixo ou a montagem de freios.

Características importantes:

Volume de absorção: 200 até 1500 cm³

Pressão máxima: até 250 bar 

Faixa de rotações: 5 até 500 min-1

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Figura 8 – Motor de pistões axiais de curso múltiplo e carcaça estacionária

2.5 ESPECIFICAÇÃO DE MOTORES HIDRÁULICOS

Deve-se considerar aplicação e custo para especificar um motor hidráulico. Leva-se em conta:

1. os limites de velocidade de operação, sendo a velocidade mínima a de saturação, ou seja, a

menor velocidade com a qual o motor permite a aplicação do momento de torção máximo;

2. a potência desejada;

3. o tamanho;

4. os limites de pressão do sistema;

5. direção de rotação.

2.5.1 Instalação

Após a lavagem inicial e a pré-lubrificação, deve ser conferida a direção de rotação e as

 posições de pressão e “sucção”. A ligação errada poderá acarreta a expulsão dos retentores e

destruição dos elementos móveis.

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Havendo demora para utilização do motor, deve-se tampar os orifícios (nunca com pano ou

estopa), mas com tampas, que serão removidas na hora da colocação do motor. Os eixos e

acoplamentos e os dutos devem ser perfeitamente alinhados com os repletivos elementos a

fim de evitar desgastes localizados. O sistema deve ser limpo.

2.5.2 Danos e defeitos

Conhecer profundamente das causas e efeitos dos motores a fim de remover as suas origens,

dentre elas:

- especificação inadequada, levando à sobrecarga

- rápida deterioração, devido a qualidade inferior ou defeitos de fabricação;

- erro de montagem, acarretando o contato imperfeito dos elementos.

- sobrecargas localizadas, por instalação inadequada;

- excesso de pressão, por regulagem inadequada de dispositivos de alívio;

- desgaste adesivo, acarretado por super-aquecimento externo ou interno;- cavitação ou aeração levando à destruição dos elementos internos;

- engripamento, por folha ou falta de lubrificação;

- vibração, levando a choques de elementos e seu recalcamento ou à fadiga;

- desgaste abrasivo por partículas finas ou grossas de sujeira;

- desgaste abrasivo por partículas metálicas;

- danos por objetos que penetram no interior do motor.

2.5.3 Efeitos em serviço

O operador da máquina pode notar os efeitos:

Ruídos excessivos

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Causados por cavitação ou aeração, que são provocados por: nível insuficiente de óleo,

viscosidade de óleo fora da recomendação e restrição na estrada, como: filtro entupido,

encanamento de entrada pequeno demais, muitas curvas, mangueiras que cedem, canos

achatados, válvulas parcialmente fechadas, reservatórios sem respiradouro. A aeração é

 provocada ainda pelo ar penetrado pelos retentores, conexões mal colocadas nas estradas,

mangueiras de sucção porosas.

Podem ser identificadas: em trabalho, pelo ruído parecido com o de esferas caindo sobre uma

 placa e após a desmontagem, pela erosão de peças do lado da sucção. Podem surgir outros

ruídos: de batidas, provocadas por peças soltas do motor, ou ainda do acoplamento, ou

 provocadas por vibração de encanamentos que devem ser melhor fixados. Um ruído parecido

com o de cavitação pode se provocado pela sobrecarga ou desalinhamento.

Flutuação ou falta, velocidade ou “torque”

Possuem varias causas como: desgaste abrasivo, provocado por óleo contaminado, filtros não

trocados no tempo certo, retentores gastos, filtros incorretos, hastes de cilindros arranhados,

sujeira não visível a olho nu. Podem ser identificados na fase inicial pela aparência foscaacinzentada das palhetas, rotores, pistões e engrenagens; na fase posterior, por diminuição das

 peças, ou alargamento dos alojamentos e na fase final, pelo aparecimento de escavações.

Outras causas mais comuns são: objetos metálicos ou partículas provocadas por falta de

lavagem do sistema após a falha anterior, falha dos componentes do próprio sistema

hidráulico, objetos deixados durante a montagem ou reforma, penetração de corpos estranhos

 por qualquer razão e partículas visíveis a olho nu. Podem ser identificados, além das próprias  partículas, pelos arranhões e “incidentações” na faces e pontas das palhetas ou das

engrenagens, nas carcaças, nos rotores e anéis; pelos eixos torcidos ou quebrados, por 

entradas com escoriações e pelas peças rotativas quebradas;

Super – Aquecimento

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Pode surgir de ajustes mal feitos, podendo resultar da falta ou falha de lubrificação provocada

 por: óleo incorreto, viscosidade imprópria, ajuste incorreto da válvula de alivio ou abuso de

sua operação, temperatura ambiente alta, falta de lubrificação prévia e falta de escorvamento.

3. CONCLUSÃO

Pode-se concluir que com a execução deste trabalho houve bastante aproveitamento por parte

dos integrantes do grupo com relação a inúmeras vantagens e aplicações de motores

hidráulicos com seus diversos tipos e aplicações.

Este trabalho contribuiu também para o desenvolvimento e o crescimento técnico do grupo

onde focou, de forma abrangente, diversos assuntos explicando os pontos positivos bem como

os principais danos e manutenção adequada a estes motores.

Assim sendo pode-se concluir que os três grandes grupos principais de motores hidráulicos;

engrenagens, palhetas e pistões podem variar pelas suas formas e construções, o que

diferenciam dos demais que possuem características semelhantes porém com maiores

limitações.

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