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VICE-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO E CORPO DISCENTE COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA MORFOSSINTAXE II Rio de Janeiro / 2008 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS À UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO

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VICE-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO E CORPO DISCENTE

COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

MORFOSSINTAXE II

Rio de Janeiro / 2008

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS À

UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO

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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO

Todos os direitos reservados à Universidade Castelo Branco - UCB

Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, armazenada ou transmitida de qualquer forma ou por quaisquer meios - eletrônico, mecânico, fotocópia ou gravação, sem autorização da Universidade Castelo Branco - UCB.

Universidade Castelo Branco - UCBAvenida Santa Cruz, 1.631Rio de Janeiro - RJ21710-250 Tel. (21) 2406-7700 Fax (21) 2401-9696www.castelobranco.br

Un3m Universidade Castelo Branco

Morfossintaxe II / Universidade Castelo Branco. – Rio de Janeiro: UCB, 2008. - 48 p.: il.

ISBN 978-85-86912-85-6

1. Ensino a Distância. 2. Título.

CDD – 371.39

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Responsáveis Pela Produção do Material InstrucionalResponsáveis Pela Produção do Material Instrucional

Coordenadora de Educação a DistânciaCoordenadora de Educação a DistânciaProf.ª Ziléa Baptista Nespoli

Coordenador do Curso de GraduaçãoCoordenador do Curso de GraduaçãoAntonio Carlos Siqueira de Andrade - Letras

ConteudistaConteudistaDenise Monte Mor Paixão

Supervisor do Centro Editorial – CEDISupervisor do Centro Editorial – CEDIJoselmo Botelho

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Apresentação

Prezado(a) Aluno(a): É com grande satisfação que o(a) recebemos como integrante do corpo discente de nossos cursos de gradu-

ação, na certeza de estarmos contribuindo para sua formação acadêmica e, conseqüentemente, propiciando oportunidade para melhoria de seu desempenho profi ssional. Nossos funcionários e nosso corpo docente es-peram retribuir a sua escolha, reafi rmando o compromisso desta Instituição com a qualidade, por meio de uma estrutura aberta e criativa, centrada nos princípios de melhoria contínua.

Esperamos que este instrucional seja-lhe de grande ajuda e contribua para ampliar o horizonte do seu conhe-cimento teórico e para o aperfeiçoamento da sua prática pedagógica.

Seja bem-vindo(a)!Paulo Alcantara Gomes

Reitor

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Orientações para o Auto-Estudo

O presente instrucional está dividido em quatro unidades programáticas, cada uma com objetivos defi nidos e conteúdos selecionados criteriosamente pelos Professores Conteudistas para que os referidos objetivos sejam atingidos com êxito.

Os conteúdos programáticos das unidades são apresentados sob a forma de leituras, tarefas e atividades com-plementares.

As Unidades 1 e 2 correspondem aos conteúdos que serão avaliados em A1.

Na A2 poderão ser objeto de avaliação os conteúdos das quatro unidades.

Havendo a necessidade de uma avaliação extra (A3 ou A4), esta obrigatoriamente será composta por todo o conteúdo de todas as Unidades Programáticas.

A carga horária do material instrucional para o auto-estudo que você está recebendo agora, juntamente com os horários destinados aos encontros com o Professor Orientador da disciplina, equivale a 60 horas-aula, que você administrará de acordo com a sua disponibilidade, respeitando-se, naturalmente, as datas dos encontros presenciais programados pelo Professor Orientador e as datas das avaliações do seu curso.

Bons Estudos!

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Dicas para o Auto-Estudo

1 - Você terá total autonomia para escolher a melhor hora para estudar. Porém, seja disciplinado. Procure reservar sempre os mesmos horários para o estudo.

2 - Organize seu ambiente de estudo. Reserve todo o material necessário. Evite interrupções.

3 - Não deixe para estudar na última hora.

4 - Não acumule dúvidas. Anote-as e entre em contato com seu monitor.

5 - Não pule etapas.

6 - Faça todas as tarefas propostas.

7 - Não falte aos encontros presenciais. Eles são importantes para o melhor aproveitamento da disciplina.

8 - Não relegue a um segundo plano as atividades complementares e a auto-avaliação.

9 - Não hesite em começar de novo.

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Quadro-síntese do conteúdo programático ................................................................................................. 11

Contextualização da disciplina ................................................................................................................... 13

UNIDADE I

SINTAXE

1.1 - Frase, oração e período ....................................................................................................................... 15

UNIDADE II

PERÍODO SIMPLES - TERMOS DA ORAÇÃO

2.1 - Termos essenciais ................................................................................................................................ 202.2 - Classifi cação do predicado .................................................................................................................. 232.3 - Termos integrantes ............................................................................................................................... 242.4 - Termos acessórios ................................................................................................................................ 262.5 - Vocativo ............................................................................................................................................... 27

UNIDADE III

PERÍODO COMPOSTO

3.1 - Período composto por subordinação .................................................................................................... 283.2 - Período composto por coordenação ..................................................................................................... 343.3 - Período composto por subordinação e coordenação ............................................................................ 36

UNIDADE IV

PONTUAÇÃO

4.1 - Conceituação ....................................................................................................................................... 404.2 - Uso da vírgula ...................................................................................................................................... 40

Glossário ..................................................................................................................................................... 43

Gabarito ....................................................................................................................................................... 44

Referências bibliográfi cas ........................................................................................................................... 47

SUMÁRIO

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11Quadro-síntese do conteúdo programático

UNIDADES DO PROGRAMA OBJETIVOS

I - SINTAXE

1.1 - Frase, oração e período

II - PERÍODO SIMPLES

2.1 - Termos essenciais2.2 - Classifi cação do predicado2.3 - Termos integrantes2.4 - Termos acessórios2.5 - Vocativo

III - PERÍODO COMPOSTO

3.1 - Período composto por subordinação 3.2 - Período composto por coordenação3.3 - Período composto por subordinação e coordenação

IV - PONTUAÇÃO

4.1 - Conceituação 4.2 - Uso da vírgula

• Conceituar sintaxe e compreender a relação entre os termos da oração.

• Identifi car os termos da oração e a relação entre eles.

• Reconhecer a estrutura do período e estabelecer as relações estabelecidas entre as orações.

• Empregar adequadamente a pontuação nos períodos.

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13Contextualização da Disciplina

O homem se comunica através de textos e estes são bem mais do que simples palavras colocadas lado a lado de maneira aleatória. É necessário que as palavras que compõem o texto estabeleçam um sentido para que este cumpra seu papel mais importante: informar.

Elaborar textos bem formados implica identifi car as possibilidades de associação entre as palavras para a

formação de frases. Para isso, torna-se fundamental saber estabelecer as relações entre as palavras da oração, entre as orações do

período para que a comunicação oral ou escrita possa acontecer de forma efi caz e possibilitar a produção de textos mais bem elaborados, ampliando a compreensão dos textos que lemos ou ouvimos.

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15UNIDADE I

SINTAXESINTAXE

1.11.1 - Frase, Oração e Período

Os discursos são formados por seqüências de pa-lavras que não se alinham por acaso, pois há regras para ordená-las com o objetivo de que o discurso faça sentido. A SINTAXE é a parte da gramática que tem como objetivo estudar as palavras agrupadas em seg-mentos que cumprem uma função específi ca no dis-curso e as relações entre os segmentos.

Para exemplifi car a importância do estudo da sinta-xe na construção do discurso, vejamos o exemplo:

Pedro encontrou o número do documento que havia perdido.

Observe que o exemplo gera ambigüidade sintática porque não se sabe o que Pedro perdeu: o número ou o documento?

No entanto, se segmentarmos o período:Pedro encontrou o número (do documento que havia perdido).OuPedro encontrou (o número do documento) que

havia perdido.

A ambigüidade se desfaz e comprova-se que a for-ma como agrupamos os elementos da frase infl uencia no seu sentido.

Outro exemplo interessante é o seguinte:Eu entreguei o documento a Pedro.Pedro recebeu o documento de mim.

Observe que nas duas frases a mesma pessoa é de-signada por formas diferentes: eu e mim. Isso acon-tece porque o pronome pessoal desempenha funções diferentes no contexto sintático.

Vimos então que os segmentos se organizam em uma estrutura sintática. São essas estruturas que va-mos estudar nas unidades que se seguem.

SINTAXE: O ESTUDO DAS RELAÇÕES ENTRE PALAVRAS.

Frase

Segundo Perini (2001), a frase é uma unidade de discurso bastante difícil de defi nir. Para o autor, a conceituação apresentada por Mattoso Câmara é pro-vavelmente a melhor.

Unidade de comunicação lingüística, caracterizada (...) do pon-to de vista comunicativo – por ter m propósito defi nido e ser sufi ciente para defi ni-lo – e do ponto de vista fonético – por uma entoação(...) que lhe assinala nitidamente o começo e o fi m (CÂMARA JR.,1981: 122).

Carone (1995), apesar de reconhecer a grande abran-gência do termo frase, o que o torna pouco preciso, adota a concepção de frase como unidade de comu-nicação – quaisquer que sejam suas dimensões e sua estrutura. Assim temos os exemplos de frases:

Socorro! Que calor! Nós sabemos de tudo.

Com os exemplos acima, você pode perceber o que a autora quer dizer com “quaisquer que sejam suas dimensões e sua estrutura”, pois a frase é uma

unidade de comunicação e não importa se temos uma frase com uma única palavra ou mais; ou se há ou não a presença do verbo.

Oração

Chamamos de oração o enunciado lingüístico que apresenta em sua estrutura sintática a obrigatorie-dade de predicado, função preenchida pela classe dos verbos.

Os candidatos receberam os formulários. Ninguém percebeu o erro. Ela reconheceu o ladrão.

Observe que para que exista oração há a neces-sidade da presença do verbo ou locução verbal e é o número de verbos ou de locuções verbais que indica-rá o número de orações.

Assaltantes atacam senhora e levam relógio. (dois verbos = duas orações)

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16Período

Segundo Cunha e Cintra (2001), o período é frase organizada em oração ou orações. Carone (1995: 86) acrescenta que “em língua escrita, a norma é que ele se inicie com maiúscula e se feche com ponto fi nal – ou outro sinal que lhe faça as vezes, em frases inter-rogativas, imperativas, exclamativas”.

O período pode ser simples quando apresenta uma só oração:

O povo reclamava dos impostos.

Ou composto quando apresenta duas ou mais orações.

O povo reclamava dos impostos e vaiava o deputado.

Exercícios de Auto-avaliação

1. Indique a única opção que apresenta oração:a. Hoje! Grande queima de nossos estoques de roupas de inverno.b. A morte do herói dos fi lmes infantis causou tristeza no público mirim.c. Quantos problemas e nenhuma solução!d. As reclamações inúteis dos moradores do prédio.

2. Indique o número de períodos do parágrafo abaixo:

“Odiavam-se. Cada qual sentia pelo outro um profundo desprezo, que pouco a pouco se foi transformando em repugnância completa. O nascimento de Zulmira veio agravar ainda mais a situação. A pobre criança, em vez de servir de elo aos dois infelizes, foi antes um novo isolador que se estabeleceu entre eles. Estela amava-a me-nos do que lhe pedia o instinto materno por supô-la fi lha do marido, e este a detestava porque tinha convicção de ao ser seu pai.” AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. São Paulo: Scipione,1995.

3. Marque a opção que apresenta período composto:a. Não se sabe se ele devolverá o dinheiro que pediu emprestado ao padrinho.b. Ela sonhava com dias melhores para os fi lhos pequenos e inocentes.c. Os gerentes discutiam os problemas da empresa.d. A lua iluminava o rosto da mulher.

A Organização da Frase

Antes de iniciarmos o estudo dos termos da oração, é importante que se faça algumas observações sobre a organização da frase.

• ConexãoCarone (1995: 52) afirma que “a conexão é uma

relação de dependência entre dois elementos”. Desses um é o termo central (regente, subordi-nante) e o outro é o termo marginal (regido, su-bordinado).

Comprei doces. regente regido

• Ordem Estrutural e Ordem LinearA competência dos falantes de uma língua faz

com que diante de um conjunto de palavras, o usuário da língua seja capaz de identificar a re-lação sintática existente ainda que esteja fora do contexto.

Carone (1995: 53) exemplifi ca as possibilidades de conexões que podem ser feitas pelo falante a partir do conjunto “fala viva”. Citamos alguns exemplos:

• Uma fala (expressão) viva (vivaz, fl uente)• Alguém fala (diz) a palavra viva• Fala (imperativo:tU) a palavra viva

Os exemplos acima são sufi cientes para perceber que as possibilidades de conexões realizadas não ocorrem devido simplesmente à ordem linear, mas são entendi-das em sua ordem estrutural devido ao conhecimento da sintaxe da língua que o falante domina.

Para melhor esclarecer a diferença entre ordem estrutural e ordem linear, utilizamos outro exemplo dado por Carone (1995: 53):

Beba leite de cabra em pó.

Percebemos que a ordem linear dos elementos da ora-ção causam estranheza, no entanto como falantes da lín-gua somos capazes de identifi car a ordem estrutural.

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17 Beba / \ (você ) leite / \ de cabra em pó.

Ainda que a conexão sintática não precise obriga-toriamente de instrumentos de conexão, é necessário também diferenciar os termos com funções diferentes e de acordo com Carone (1995) existem dois recursos para que possam acontecer essas diferenciações. São eles: as palavras instrumentais e a colocação das pala-vras no sintagma, e dos sintagmas na oração.

Como palavras instrumentais entendemos as preposições, as conjunções subordinativas e os pronomes relativos.

As preposições não exercem funções sintáticas, mas articuladas com o substantivo formam uma unidade sintática; o sintagma preposicional.

• de laranja \/• com ele \/Uma vez constituído o sintagma preposicional, a pre-

posição passa a operar a conexão com um termo exte-rior ao sintagma.

• Gosto |de laranja|• Saí |com ele|

E fi nalmente passamos a reconhecer a função de um sintagma preposicional quando identifi camos a pala-vra com que se relaciona.

• Suco |de maçã| (adjunto adnominal)• Espremedor |de laranja| (complemento nominal)• Gosto |de laranja| (complemento verbal)

Observe que nos exemplos, o mesmo sintagma prepo-sicional “de laranja” exerce funções diferentes.

Relação parecida acontece entre a conjunção subor-dinativa e o verbo.

• que venho \/• Já disse |que venho|

Entre as palavras instrumentais, Carone observa que:

O pronome relativo é um termo de dupla face, o que sua de-nominação já diz: na condição de nome, comporta-se como substantivo (que, o qual) ou adjetivo (cujo), podendo exer-cer, dentro de sua oração, as funções próprias dessas classes; como relativo, tem exatamente o comportamento das con-junções subordinativas (...). E mais: sendo pronome, repete anaforicamene o conteúdo semântico de uma palavra ante-rior e exterior a sua oração (CARONE, 1995: 56).

• Comprei o livro X Eu queria• Comprei o livro |que eu queria| (o livro = que)

• OrdemNão é arbitrária a ordem das palavras no sintagma,

ou ainda dos sintagmas na oração. Quando nos refe-rimos especifi cadamente à oração, percebemos que a ordem de maior freqüência é:

SUJEITO – VERBO – COMPLEMENTO

Os rapazes socorreram a vítima. Sujeito verbo complemento

Exercícios de Auto-avaliação

4. Nos sintagmas em negrito, identifi que o termo regido e o termo regente:

a. Meus amigos encontraram um cachorro ferido.b. Muitos candidatos procuraram a secretaria do curso.c. Necessito de dinheiro.d. Os pais estavam preocupados com o fi lho caçula.

5. Quais conexões podem ser estabelecidas a partir do conjunto “grita feliz”?

6. Observe a frase: Você é bobo. Modifi que a ordem das palavras de modo que se altere o sentido.

7. Identifi que com que elemento da oração o pronome relativo estabelece conexão.

a. Conheço o rapaz que saiu com você.b. Ela gastou o dinheiro que ganhou do pai.c. Li o livro que você indicou.

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188. Utilizando o pronome relativo “que” estabeleça a conexão entre as orações. Ex.: Todos fotografaram a atriz. A atriz explicaria o escândalo. Todos fotografaram a atriz que explicaria o escândalo.

a. Ela trouxe o documento. Você precisará do documento.b. Ela levou a encomenda. Você pediu a encomenda.c. Você escreveu a carta de apresentação. Ela exigiu a carta de apresentação.

Leitura Complementar

A CONEXÃO DAS PALAVRAS NA FRASE

LEFFA,Vilson. 2002.

O contrário de segmentar é conectar. Se por um lado separamos e decompomos os elementos da frase, por outro, também unimos e conectamos. Os exemplos abaixo mostram como a conexão entre as palavras dá-se por estruturas subjacentes e podem mostrar a importância da sintaxe na compreensão:

(10) Pintou a parede de madeira.

(11) Pintou a parede de vermelho.

(12) O guarda viu a menina de binóculos.

(13) O guarda viu a menina de vestido vermelho.

No exemplo (10), podemos dizer que a palavra madeira está conectada à palavra parede, formando com ela um sintagma nominal, que, por sua vez, é o objeto direto do verbo pintou. Para gerar a frase, poderíamos fazer a pergunta: O que ele pintou? E teríamos a resposta: Pintou a parede de madeira.

Já em (11), a palavra vermelho se conecta não com a palavra parede, mas com o verbo pintou. Note-se que neste caso, para gerar a frase, perguntaríamos Como ele pintou parede?

A estrutura sintática da frase mostra também os casos de ambigüidade, em que mais de uma conexão é possível numa mesma frase. Em (12), por exemplo, a palavra binóculos pode estar conectada tanto à palavra menina como à palavra guarda, produzindo dois signifi cados diferentes: (a) o guarda, que estava de binócu-los, viu a menina; (b) o guarda viu a menina, que estava de binóculos.

Já em (13), a ambigüidade é mais difícil de ser percebida, por interferência do nosso conhecimento de mundo, onde normalmente não vemos guardas de vestidos vermelhos. A sintaxe, no entanto, mostra que a ambigüidade existe.

A sintaxe, é claro, não só mostra a ambigüidade onde ela potencialmente existe e às vezes nem percebe-mos, mas também resolve a ambigüidade onde a percebemos, como em (14), deixando imediatamente claro quando as palavras ama e amo são substantivos ou verbos.

(14) Amo a ama, mas a ama ama o amo.

A oposição entre dados estritamente lingüísticos − sintaxe e léxico − e a representação de mundo pode ser extremamente interessante nos estudos da compreensão, onde se procura verifi car o peso de um e outro na determinação do signifi cado. O conhecimento de mundo pode às vezes interferir no processamento lingüís-tico, como no exemplo da brincadeira, demonstrado em (15).

(15) O avião caiu na fronteira entre Canadá e Estados Unidos; onde devem ser enterrados os sobreviventes?

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19Dar à sintaxe o que é da sintaxe e ao conhecimento de mundo o que é do conhecimento de mundo tem sido um dos grandes debates nos estudos da compreensão. Se interpreto a leitura como um processo de extração de signifi cado, estou provavelmente pondo ênfase na sintaxe, e indiretamente no léxico. Por outro lado, se interpreto a leitura como atribuição de signifi cado, onde o leitor dá sentido ao texto, estou enfatizando o que chamo de conhecimento de mundo, para não usar termos mais complicados.

Disponível em http://www.leffa.pro.br/Pesq_Ens_Port_hp.htm

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20 UNIDADE II

PERÍODO SIMPLES - TERMOS DA ORAÇÃOPERÍODO SIMPLES - TERMOS DA ORAÇÃO

2.12.1 - Termos Essenciais

O Sujeito e o Predicado são considerados os termos essenciais da oração

A. Sujeito

Segundo Cunha e Cintra (2001), o sujeito é o termo sobre o qual se faz uma declaração, enquanto predi-cado é tudo que se diz do sujeito.

Meus vizinhos chegaram hoje. Sujeito predicado Entendendo-se essencial como indispensável, con-

corda-se que o predicado seja, realmente, um termo essencial já que este apresenta o verbo e este é essen-cial para que a oração exista.

No entanto, quanto a considerar o sujeito também um termo essencial, Carone afi rma que

Em lógica, o essencial opõe-se ao acidental, na medida que aquele é indispensável para que o ser exista, visto que é a sua própria essência. Se logo em seguida encontramos, na NGB e nas gramáticas que a seguem, a espécie oração sem sujeito, só podemos concluir que se trata de uma “oração não-oração”, pois a construção foi mutilada na sua essência (CARONE, 1995: 72).

Sobre o conceito de sujeito dado por Cunha e Cintra, Perini (2005) explica que os autores não respeitam a defi nição dada, pois considerarem “Quem” exercen-do a função de sujeito na oração “Quem disse isso?” e conforme Perini (2005: 53) “(...) essa frase, que é uma pergunta, nem sequer contém uma declaração. Logo segundo a defi nição dada, não deveria ter sujeito, pois nela não se faz declaração sobre coisa alguma”.

Pode-se notar que são muitas as discussões a res-peito do termo SUJEITO. Vamos conceituar o sujeito como o termo a quem o verbo se refere e com o qual estabelece concordância de número e pessoa.

CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITOChamamos de SUJEITO SIMPLES aquele que

apresenta apenas um núcleo (termo principal). As amigas da aniversariante organizaram uma

grande festa.Sujeito simples (núcleo = amigas)

Chamamos de SUJEITO COMPOSTO aquele que apresenta um ou mais núcleos.

Os professores e os alunos estavam reunidos

com o diretor.Sujeito composto (núcleos = professores, alunos)

O sujeito simples e o sujeito composto são con-siderados determinados porque podem ser cla-ramente identificados. O mesmo não ocorre nos exemplos abaixo:

• Disseram muitas tolices sobre o projeto.• Querem acabar comigo.

Essas orações apresentam SUJEITO INDETER-MINADO, pois, segundo Bechara (2001: 21), “não apresentam nenhuma unidade lingüística para ocu-par a casa ou função de sujeito; há uma referência ao sujeito, no conteúdo predicativo, só de maneira indeterminada, imprecisa.”

Veja como podemos indeterminar o sujeito:

• Verbo na 3ª pessoa do plural sem que haja referência a qualquer termo que lhe sirva de su-jeito.

Arrombaram a porta dos fundos.Onde puseram o dinheiro?

• Verbo na 3ª pessoa do singular acompanhado do pronome SE.

Precisa-se de novas oportunidades.Cuida-se de idosos.

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21Sobre o sujeito indeterminado é bom que se esclare-

ça que nem todo verbo na 3ª pessoa do plural indica um sujeito sintaticamente indeterminado.

Os atletas retornaram cansados para a sede do time. Disseram que a viagem foi demorada e por isso gostariam de descansar antes das entrevistas.

Observe que o sujeito de “disseram” e “ gosta-riam” não é indeterminado, pois já havia sido ex-plicitado anteriormente, “Os atletas”. Temos aqui o que Cunha e Cintra (2001: 127) chamam de SU-JEITO OCULTO. Segundo os autores “é aquele que não está materialmente expresso na oração, mas pode ser identifi cado pela desinência verbal, pela presença do sujeito em outra oração do mesmo período ou período contíguo.”

Ainda sobre a indeterminação do sujeito com o ín-dice de indeterminação (se) é bom observar que a presença do SE não é sufi ciente para se classifi car o sujeito como indeterminado.

Vende-se um carro.

Sujeito determinado simples: um carro Passiva analítica: Um carro é vendido.

Alugam-se casas mobiliadas.

Sujeito determinado simples: casas mobiliadasPassiva analítica: Casas mobiliadas são vendidas.

Os exemplos encontram-se na voz passiva sintética e o pronome SE é chamado de partícula apassivadora.

Bechara (2001: 20) afi rma que “a noção expressa pelo verbo como elemento nuclear da oração pode ser referida a um sujeito (Pedro estuda botânica) ou não referida a qualquer sujeito (Chove. Está calor.)”. Quando não se refere a nenhum sujeito, classifi camos como ORAÇÃO SEM SUJEITO.

Temos oração sem sujeito:a. com verbos que denotam fenômenos atmosféricos. Choveu ontem. Nevou no sul do país.

b. Haver, fazer e ser nas indicações de tempo. Há dias não o encontro. Faz duas horas que saiu. É uma hora.

c. Haver e SER em orações equivalentes às consti-tuídas com existir.

Há novas chances (Existem novas chances). Eram vinte pessoas.

Os verbos que participam da oração sem sujeito são usados na 3ª pessoa do singular (exceto em alguns casos, o verbo SER) e são denominados impessoais.

Exercícios de Auto-avaliação

9. Reconheça o sujeito e identifi que o núcleo:a. Você não pode se dirigir a mim dessa forma!b. Os vôos internacionais de nossa empresa terão descontos de 30%.c. Surgiram na janela as vizinhas curiosas.d. Uma melhor vida na cidade grande é a esperança de muitos nordestinos.

10. Observe a oração: Chegaram no trem de carga as encomendas da loja.Pode-se afi rmar que o sujeito da oração é indeterminado. Você concorda ou discorda?Justifi que sua resposta.

11. Marque a alternativa que apresenta oração sem sujeito:a. Fez um delicioso jantar para o pai.b. Ele há de vencer o campeonato de futebol.c. Existiam muitos problemas no escritório.d. Não havia pessoas interessadas na casa.

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22LEIA O TEXTO PUBLICADO NO JORNAL:

NOTA ZERODepois de liderar as manifestações contrárias à realização do provão do MEC para avaliar a qualidade dos

cursos superiores, o presidente da UNE (...) explicou o protesto às câmaras de TV:– Na minha opinião não houveram tumultos.Agora sim dá para entender por que a UNE queria que os estudantes entregassem a prova em branco.

O Estado de São Paulo,12.11.96.

Após a leitura atenta, responda às seguidas perguntas:

12. O título da matéria se refere ao erro gramatical cometido pelo presidente da UNE.Que erro é esse?_______________________________________________________________

B. Predicado

O Predicado é o outro termo essencial da oração. Nele se encontra o verbo, que é o elemento respon-sável pela classifi cação do predicado. Por isso, há necessidade de discutirmos sobre o verbo antes de classifi carmos o predicado.

Quanto à predicação, os verbos se classifi cam em: VERBOS INTRANSITIVOS São verbos de conteúdo signifi cativo que não neces-

sitam de um complemento, pois são capazes de dar um informação completa a respeito do sujeito.

• O homem morreu.• O dinheiro sumiu.• Ela acordou.

Observe agora estas orações:• O homem morreu em casa.• O dinheiro sumiu da gaveta.• Ela acordou feliz.

Note que para um verbo ser considerado intransi-tivo não signifi ca que não possam aparecer outros elementos no predicado. Nos exemplos acima, “em casa”, “da gaveta” e “feliz” não são termos neces-sários para que se tenha uma informação completa. Muitas vezes o verbo intransitivo virá acompanhado de termos que exprimem circunstância (de lugar, de tempo, modo etc.) ou termos que atribuem atributos ao sujeito. No entanto, isso não altera o seu caráter de verbo intransitivo.

VERBOS TRANSITIVOSSão verbos de conteúdo signifi cativo que necessi-

tam de complementos, pois não são capazes de dar uma informação completa a respeito do sujeito.

• Os policiais invadiram a favela.• Pedro encontrou o amigo de infância.• Os médicos condenam comidas gordurosas.

Observe os próximos exemplos:• Os policiais invadiram (o quê?)• Pedro encontrou (quem?)• Os médicos condenam (o quê?)

Percebe-se que os termos “a favela”, “o amigo de infância” e “comidas gordurosas” são termos que se fazem obrigatórios para completar a informação transmitida pelo verbo. Esses termos são chamados complementos verbais.

Os verbos transitivos pedem complementos que po-dem ou não vir acompanhados de preposição. Cha-mamos de verbos TRANSITIVOS DIRETOS aque-les que pedem complementos sem preposição.

O mundo acompanhava o fi m da guerra nos paí-

ses árabes. VTD

Chamamos de verbos TRANSITIVOS INDIRETOS os que pedem complemento com preposição.

Ninguém gosta de mentiras.VTI

Alguns verbos pedem dois complementos: um com preposição e o outro sem preposição. Estes verbos são os TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS.

Você enviará o dinheiro ao proprietário.VTDI

VERBOS DE LIGAÇÃOSão verbos considerados não-signifi cativos, pois

expressam estado ou mudança de estado do sujeito. Servem como elementos de ligação entre o sujeito e o atributo dado ao sujeito.

• O cliente estava furioso. VL predicativo do sujeito

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23• Os culpados permaneceram calados. VL predicativo do sujeito Todos são suspeitos. VL predicativo do sujeito Observe que os termos “furioso”, “calados” e “sus-

peitos” não completam o verbo nem acrescentam cir-cunstâncias. São atributos que se referem ao sujeito . Chamados de predicativos do sujeito.

Para concluirmos o estudo sobre predicação verbal, é importante lembrar que não vale pretender decorar

os verbos quanto à predicação, pois estes dependendo do contexto em que se encontram podem apresentar características diferentes. Veja os exemplos abaixo.

• O cliente estava furioso. (VL)

• O cliente estava na loja. (VI)

Em “estava furioso”, o verbo é de ligação porque expressa um estado ao sujeito. Já em “estava na loja” o mesmo verbo é classifi cado como intransitivo por-que “na loja” não é um estado em que se encontra o sujeito e sim uma circunstância.

Exercícios de Auto-avaliação

13. Classifi que os verbos em transitivo (direto, indireto ou direto e indireto), intransitivo ou de ligação.a. Lula pedirá empenho a ministros no congresso.b. Todos continuam assustados com o tremor de terra.c. Ela continuará o serviço.d. Ninguém continuará aqui.e. Ele fala muito.f. Ele falou o nome da mãe.g. Os turistas visitaram vários pontos da cidade.h. Cai a infl ação no Brasil.

Depois de entendermos o comportamento dos verbos dentro do predicado, podemos passar à classifi cação do predicado:

2.22.2 - Classificação do Predicado

Predicado Verbal

É aquele que apresenta como núcleo (palavra princi-pal) os verbos signifi cativos (transitivo ou intransitivo).

Os adolescentes precisam de acompanhamento dos pais. VT

Vários representantes do governo estiveram na reunião. VI

Predicado Nominal

É aquele formado de VERBO DE LIGAÇÃO + PREDICATIVO DO SUJEITO.

Os alunos eram criativos . VL P. SUJ.

A mulher parecia louca. VL P. SUJ.

No Predicado nominal o núcleo é o predicativo.

Predicado Verbo-Nominal

É aquele formado por VERBO SIGNIFICATIVO + PREDICATIVO (DO SUJEITO OU DO OBJETO)

Ele chegou nervoso. VI P. SUJ

O juiz condenou o réu culpado. VT OBJ. P. OBJ

Observe que os termos “nervoso” e “culpado” são predicativos. Mas se referem a termos diferentes. No primeiro caso, refere-se ao sujeito “Ele”; no segundo caso, refere-se a “réu” que é objeto.

Observe também que o predicativo do sujeito apa-rece tanto no predicado verbo-nominal como no pre-dicado nominal. Como fazer a diferença? Lembre-se de que no predicado nominal o verbo é de ligação enquanto no predicado verbo-nominal o verbo é sig-nifi cativo. No predicado verbo-nominal, o núcleo é o verbo e o predicativo.

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24Exercícios de Auto-avaliação

14. Grife o predicado e classifi que-o: “O presidente Lula comanda hoje a primeira reunião ministerial de 2008 com um olho na economia inter-

nacional e outro nas contas internas.”

15. Marque a opção que apresenta predicado nominal.a. A crise econômica estava insuportável.b. Você acordou insuportável.c. Sua atitude insuportável afetou os membros do projeto.d. Não espere nada de mim.

16.Observe as orações: A mulher virou uma fera. A mulher virou a página do livro.Identifi que a que apresenta predicado verbal.

Chamamos de termos integrantes aqueles que integram ou completam o sentido de determinados verbos ou nomes.

2.3 - 2.3 - Termos Integrantes

Complementos Verbais

Os complementos verbais completam os verbos transitivos. São os OBJETOS.

Chamamos de OBJETOS DIRETOS os termos que

se ligam sem preposição obrigatória aos verbos tran-sitivos diretos.

Ninguém esperava tal comportamento.

VTD OD

A multidão aplaudia o cantor. VTD OD

Em alguns casos, o objeto direto pode aparecer pre-

posicionado. Bechara ( 2003: 418) esclarece-nos que “a preposição quase sempre aparece para evidenciar o contraste entre o sujeito e o complemento.” Veja alguns casos de ocorrência do objeto direto preposi-cionado citados pelo autor.

• Quando se trata de pronome oblíquo tônico:“Nem ele entende a nós, nem nós a ele”.• Quando, principalmente, os verbos que exprimem

sentimentos ou manifestação de sentimento:“Amar a Deus sobre todas as coisas”.• Quando se deseja evitar confusão de sentido.“ A Abel matou Caim”.

Além do objeto direto preposicionado, temos o ob-jeto direto pleonástico. Para Cunha e Cintra (2003: 418) “quando se quer chamar atenção para o objeto direto que precede o verbo, costuma-se repeti-lo. É o que se chama objeto direto pleonástico, em cuja cons-tituição entra sempre um pronome pessoal átono.”

O dinheiro, leve-o com você OD OD pleonástico

A resposta, eu a disse com convicção. OD OD pleonástico Chamamos de OBJETOS INDIRETOS os comple-

mentos verbais que se ligam com preposição obriga-tória aos verbos transitivos indiretos.

Não precisavam de nossa presença. VTI OI

Duvidaram de minha honestidade.

VTI OI A função de complemento verbal pode ser represen-

tada pelos pronomes pessoais:

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25Leve-o para casa. VTD OD

Diga-me a verdade. VTDI OI OD

Informei-lhe o dia da festa.

VTDI OI OD

Complemento Nominal

Chamamos de COMPLEMENTO NOMINAL o termo da oração que completa o sentido de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) sempre por meio de preposição.

Agente da Passiva

O AGENTE DA PASSIVA é o termo que expri-me na voz passiva o agente da ação do verbo, sofri-da pelo sujeito da oração. Normalmente, o agente da passiva é introduzido pela preposição por.

A criança foi levada pelos pais. ag. da passiva O porteiro foi atacado pelos ladrões. ag.da passiva A correspondência foi enviada por mim. ag.da passiva

A criança tinha necessidade de carinho. subst. compl. nominal

Fumar é prejudicial à saúde. adj. compl. nominal Agiu favoravelmente ao amigo. adv. compl. nominal

Exercícios de Auto-avaliação

17. Relacione:

(1) objeto direto (2) objeto indireto (3) agente da passiva (4) complemento nominal

( ) O casal alugou o apartamento.( ) Sentia medo do pai.( ) Gostava do pai como se fosse um herói.( )O museu foi visitado pelos alunos do colégio.( ) Pedi ao cozinheiro que preparasse o jantar.( ) Avisei-lhe que o trabalho estava mal feito.( ) Avisei-o de que o trabalho estava mal feito.

18. Reescreva na voz passiva a seguinte oração: Muitos moradores receberam a cota extra do condomínio.

Observem que se transpusermos a oração em que aparece o agente da passiva para a voz ativa, este as-sumirá a função de sujeito.

Os pais levaram a criança.Os ladrões atacaram o porteiro.Eu enviei a correspondência.

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262.4 - 2.4 - Termos Acessórios

Os termos acessórios são assim denominados por-que ainda que tragam dados novos à oração, são na

maioria das vezes dispensáveis ao entendimento do enunciado.

Adjunto Adverbial

É o termo de valor adverbial que denota circunstân-cia e pode ser representado por um advérbio ou uma locução adverbial.

Adjunto Adnominal

Foi para casa quando a chuva começou.

Chegou tarde.

Gostava muito de vocês.

Bechara (2003: 449) afi rma que “toda expressão no-minal, qualquer que seja a função exercida pelo seu nú-cleo, pode ser expandida por determinantes que têm por missão acrescer idéia acidental complementar ao signi-fi cado desse substantivo nuclear”. A esses determinantes damos o nome de ADJUNTO ADNOMINAL.

Os adjuntos adnominais associados a qualquer fun-

ção sintática costumam ser expressos por:

• Adjetivos: alunos interessados• Locuções adjetivas: colar de prata• Artigos defi nidos e indefi nidos: o rapaz, a mulher• Pronomes adjetivos: nosso lar• Numerais adjetivos: vinte cadeiras

Agora vamos reconhecer os adjuntos adnominais que ocorrem na seguinte oração:

A minha amiga usava dois lindos anéis de ouro.

Sujeito: A minha amiga Adjuntos adnominais do núcleo do sujeito: A (artigo

defi nido) e minha (pronome adjetivo possessivo)

Predicado: usava dois lindos anéis de ouro.Núcleo do predicado: usava (v. transitivo direto)

Objeto direto: dois lindos anéis de ouro.Núcleo do objeto: anéis

Adjuntos adnominais do objeto direto: dois (nume-ral) lindos (adjetivo) e de ouro (locução adjetiva)

ADJUNTO ADNOMINAL X COMPLEMENTO NOMINAL

Quando o adjunto adnominal é representado por um termo preposicionado e se relaciona a um substanti-vo abstrato, deve-se ter atenção para não confundi-lo com o complemento nominal.

A descoberta da vacina evitou a propagação da doença.(a vacina foi descoberta – paciente)

A descoberta do cientista evitou a propagação da doença.(o cientista descobriu – agente)

Observe que os termos “da vacina” e “do cientis-ta” relacionam-se ao substantivo abstrato “descober-ta”. Como fazer a diferença?

Se a expressão preposicionada indicar um agente

da idéia expressa pelo substantivo será adjunto ad-nominal.

Se a expressão preposicionada indicar um paciente

da idéia expressa pelo substantivo, será complemen-to nominal.

Logo, “da vacina” é complemento nominal e “do

cientista”, adjunto adnominal.

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27Aposto

O APOSTO é um termo que, acrescentado a outro termo da oração, tem a função de ampliar, resumir ou explicar o conteúdo do termo ao qual se refere. De acordo com a relação que apresenta junto ao outro termo da oração, pode ser identifi cado como:

• Explicativo:Rafael, o melhor jogador do time, foi aplaudido

pela torcida.• Enumerativo:Dinheiro, caro, jóias, nada tinha valor para ele.

2.5 - 2.5 - Vocativo

Exercícios de Auto-avaliação

“No meio do caminho tinha uma pedratinha uma pedra no meio do caminhotinha uma pedrano meio do caminho tinha uma pedra.” (ANDRADE, Carlos Drummond de. Reunião. Rio de Janeiro: José Olimpio,1972.)

19. Qual a função sintática do termo “no meio do caminho”?_________________________________________________________________

PAI JOÃO ( fragmento)

“A fi lha de Pai João tinha um peito deTurina para os fi lhos de ioiô mamar:Quando o peito secou a fi lha de Pai JoãoTambém secou agarrada num Ferro de engomar.A pele do Pai João fi cou na pontaDos chicotesA força do Pai João fi cou no caboDa enxada e da foice.A mulher de Pai João o brancoA roubou para fazer mucamas” (LIMA, Jorge de. Poesia completa. 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980)

20. Qual a função dos termos “de engomar”, “dos chicotes” e “da enxada e da foice”?______________________________________________________________________

21.Os termos “A fi lha de Pai João”, “pele do Pai João”, “A força do pai João” exercem, no texto, a mesma função. Que função é essa?

______________________________________________________________________

22. “A mulher de Pai João o brancoA roubou para fazer mucamas”.

a.Identifi que o sujeito ______________________________b.Que função exerce o termo em destaque:( ) sujeito ( ) adjunto adnominal ( ) objeto direto pleonástico ( ) adjunto adverbial

O VOCATIVO é um termo que não apresenta vínculo sintático com os termos da oração. Constitui um chama-mento, isto é, refere-se ao destinatário da mensagem.

• Crianças, falem baixo porque seu pai está dormindo. • A honestidade, meu caro amigo, é minha principal

virtude.

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28 UNIDADE III

PERÍODO COMPOSTOPERÍODO COMPOSTO

Já sabemos que o período composto apresenta mais de uma oração e dependendo das relações existentes entre as orações do período este pode ser classifi cado em:

• PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO• PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO O que diferencia o período composto por subordina-

ção do período composto por coordenação é a forma como as orações se relacionam.

Na coordenação ou parataxe, Mattoso Câmara (1981:

45) afi rma que “cada termo vale por si e a sua soma dá a signifi cação global”. É fácil comprovar a afi rmação do autor com o exemplo:

O céu escureceu repentinamente. Uma forte chuva

caiu sobre a cidade.

Aqui temos dois períodos simples: “O céu escureceu repentinamente” Sujeito: O céu Predicado: escureceu repentinamente

“Uma forte chuva caiu sobre a cidade”Sujeito: Uma forte chuvaPredicado: caiu sobre a cidade

Agora unindo as duas orações em um só período, temos o seguinte período composto:

O céu escureceu repentinamente e uma forte chuva caiu sobre a cidade.

Observa-se que as duas orações que constituem o pe-ríodo acima são independentes sintaticamente, pois ne-nhuma das duas orações funciona como termo da outra.

Já na subordinação ou hipotaxe, Mattoso Camara (1981: 72) explica que “na estrutura da frase, entende-se por subordinação ou hipotaxe a construção sintática e que uma oração, determinante, e pois, subordinada, se articula com outra, determinada por ela e principal em relação a ela.” Observe os exemplos abaixo:

Ele voltou cansado naquela noite.

É um período simples que apresenta uma oração in-dependente do ponto de vista sintático.

No entanto, em:

Ela disse que ele voltou cansado naquela noite.

A oração “ ele voltou cansado naquela noite” passou a uma relação de dependência sintática, pois exerce a função de objeto direto da oração “Ele disse” e por isso a oração “ele voltou cansado naquela noite” é chamada de subordinada.

3.1 - 3.1 - Período Composto por Subordinação

A relação de subordinação pressupõe o encaixe de orações dentro de orações, formando sintagmas maio-res. O procedimento de encaixe entre as orações esta-belece uma relação de subordinação em que a oração encaixada entra em uma relação de determinação em relação à oração que a recebe.

O diretor determinou (oração 1)Os funcionários usarão crachá. (oração 2)

O diretor determinou que os funcionários usarão o crachá. Chamamos de subordinada a oração encaixada (2) e

principal aquela que a recebe (1). Observe que o ato de encaixe se realiza com a con-

junção “que”, instrumento de inserção de uma oração

em determinado ponto de outra. No caso das orações subordinadas, são chamadas de CONJUNÇÕES SU-BORDINATIVAS.

As orações subordinadas dividem-se em:• ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA• ORAÇÃO SUBODINADA ADVERBIAL• ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA

As orações subordinadas substantivas são as que exercem as funções próprias do substantivo.

Esperamos ansiosamente a volta de nossos amigos. OD

Esperamos ansiosamente que nossos amigos voltem. or. subord. objetiva direta

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29As orações subordinadas adjetivas funcionam como

adjuntos adnominais.

Um homem trabalhador merece ser bem remunerado. ADJ.Um homem que trabalha merece ser bem remunerado. or. sub. adjetiva

Exercícios de Auto-avaliação

23. Em: Estava aborrecido com a mulher mas continuava sorrindo para ela. O período é composto por: ( ) coordenação ( ) subordinação

24. Complete o período com uma oração subordinada.

Todos disseram _______________________________________________.

25. Classifi que as orações destacadas em: adverbial, substantiva ou adjetiva.

a. Disse palavras que revoltaram os convidados. ________________________b. Pensou que seria o primeiro da fi la. _______________________________c. Quando percebeu o erro, já era tarde demais.________________________d. O carro que comprei precisa de reparos. _____________________________

26. Transforme o termo grifado em oração subordinada substantiva: Ex.: Foi bom sua vinda. Foi bom que viesse.

a. A família aguardava seu regresso.

b. Foi necessário a assinatura do pai.

c. Ela não parecia convencida da inocência do marido.

27.Transforme o termo grifado em oração subordinada adjetiva: Ex.: Disse palavras revoltantes. Disse palavras que revoltaram.

a. Os alunos estudiosos serão recompensados.

b. O jornal divulgou fatos mentirosos.

c. Estamos vivenciando uma situação insuportável.

As orações subordinadas adverbiais funcionam como adjuntos adverbiais em relação a um termo de outra oração.

Volte à noite Adj. adverbial de tempoVolte quando a noite chegar. or. subord. adverbial temporal

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30Oração Subordinada Substantiva

As orações subordinadas substantivas são introduzidas pela conjunção integrante QUE e se classifi cam em:

• Oração subordinada substantiva subjetiva• Oração subordinada substantiva objetiva direta• Oração subordinada substantiva objetiva indireta• Oração subordinada substantiva predicativa• Oração subordinada substantiva completiva nominal• Oração subordinada apositiva

Oração Subordinada Substantiva Subjetiva

Exerce a função de sujeito da oração principal. De acordo com Bechara (2003: 484), a oração subordina-da subjetiva apresenta as seguintes características:

Estar o verbo da oração principal na 3ª pessoa do singular e num destes quatro casos:

a. Verbo na voz refl exiva de sentido passivo: Sabe-se que tudo vai bem.b. Verbo na voz passiva (ser, estar, fi car) seguidos

de particípio: Ficou provado que estava inocente.c. Verbos ser, estar, fi car seguidos de substantivos

ou adjetivos. É verdade que sairemos cedo. Foi bom que fugíssemos Está claro que consentirei. Ficou certo que me telefonariam.d. Verbo do tipo parece, consta, ocorre, corre,

urge, importa, convém, dói, punge, acontece: Parece que vai chover. Urge que estudem. Cumpre que façamos com cuidado todos os

exercícios. Acontece que todos já foram punidos.

Oração Subordinada Substantiva Predicativa

Exerce a função de predicativo da oração principal.

• A verdade é que ninguém colaborou com as obras da igreja.

• Ele parecia que voava sobre a cidade.

Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta

Exerce a função de objeto direto da oração principal.

• Percebera que o advogado era corrupto.

• Queria que os pais comparecessem ao evento.

Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta

Exerce a função de objeto indireto da oração principal.

• Não se esqueça de que és meu melhor amigo.

• Lembrou-se de que não tinha mais dinheiro no banco.

Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal

Exerce a função de complemento nominal.

• Tinha medo de que pai descobrisse tudo.

• Ele estava certo de que receberia ajuda da família.

Oração Subordinada Substantiva Apositiva

Exerce a função de aposto da oração principal.

• É preciso que você reconheça isto: que suas atitu-des terão conseqüências.

Exercícios de Auto-avaliação

28. Observe a oração: O novo diretor estava certo de que os salários seriam pagos.a. A oração destacada pode ser objetiva direta? ___________________________b. Pode ser subjetiva? _______________________________________________c. Pode ser objetiva indireta? _________________________________________d. Pode ser predicativa? _____________________________________________e. Se todas as respostas anteriores foram negativas, qual é a classifi cação da oração grifada?

29. Assinale a opção em que a oração destacada apresenta classifi cação idêntica à grifada no período: É pro-vável que os responsáveis pelo desfalque sejam presos.

a. Pensou que a vida agiria sempre a seu favor.b. Falou que estava muito ocupado.c. O melhor seria que todos participassem da reunião.d. Seria melhor que todos participassem da reunião.

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3130. Classifi que as orações subordinadas substantivas:a. A mulher desconfi ava de que o marido a traía.b. Suponha que o dinheiro não estivesse depositado.c. O governo garantiu que abaixaria os impostos.d. Não diga que não te avisei.e. Espero que tenha melhores dias.

Orações Subordinadas Adverbiais

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32Sobre as orações subordinadas adverbiais, cabe ain-

da algumas observações importantes.

a. Assim como os adjuntos adverbiais, geralmente as orações subordinadas adverbiais apresentam mo-bilidade dentro do período.

Eu estava em casa quando ouvi a explosão.Quando ouvi a explosão, eu estava em casa.

b. Normalmente quando a oração subordinada ad-verbial é consecutiva, as palavras tão, tal, tamanho aparecem na oração principal.

Tamanho foi o susto que todos gritaram.Estava tão fraco que mal podia andar.

c. Nas orações subordinadas adverbiais comparati-vas, o verbo pode fi car implícito quando este for igual ao da oração principal.

Falava como um papagaio (fala). Agia como um louco (age).

Exercícios de Auto-avaliação

31. Relacione:

(1) oração subordinada adverbial condicional (2) oração subordinada adverbial temporal (3) oração subordinada adverbial causal

( ) Desde que termine o serviço, poderá receber o pagamento.( ) Andava triste desde que soube do resultado da prova.( ) Eu lhe emprestarei o dinheiro, desde que você prometa devolvê-lo até sábado.( ) Desde que os pais morreram, mora sozinho na casa.( ) Desde que o dinheiro é falsifi cado é bom entregá-lo a polícia.( ) Uma vez que substitua o jogador, o time será campeão.( ) Uma vez que fez os exercícios, o aluno não foi reprovado.

32. Classifi que as orações subordinadas adverbiais:

a. Voltamos quando era noite.b. Não viajaremos porque a meteorologia avisou que vai chover.c. Era covarde como um rato.d. A chuva era tão forte que alagou o bairro.e. Embora estivesse doente, compareceu ao trabalho.f. Os alunos realizaram a tarefa conforme a professora pediu.g. Assim que recuperar o carro, venha me buscar.h. Caso não haja problema, gostaria de permanecer no mesmo posto.

Orações Subordinadas Adjetivas

As orações subordinadas adjetivas exercem a fun-ção de adjunto adnominal, própria do adjetivo. Re-lacionam-se a um nome da oração principal e vêm introduzidas por um pronome relativo.

As orações subordinadas adjetivas classifi cam-se em:

RESTRITIVAS

Restringem a signifi cação do nome a que se referem.

Os políticos que são honestos merecem a reeleição.

Verifi que que nem todos os políticos “merecem a reeleição, há uma restrição, somente os “que são ho-nestos” merecem ser reeleitos.

EXPLICATIVAS

Não restringem a signifi cação do nome; acrescen-tam uma característica que é própria do elemento a que se referem.

O homem, que é um ser racional, está matando o meio ambiente em que vive.

Veja que “que é um ser racional” não restringe a signifi cação do nome, e sim explica o signifi cado do nome a que se refere, já que todos os homens são se-res racionais.

As orações subordinadas adjetivas explicativas são

separadas por vírgula da oração principal.

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33Exercícios de Auto-avaliação

33. Li o romance Gabriela Cravo e Canela, livro de Jorge Amado que fi cou desaparecido por muitos anos.a. Classifi que a oração “que fi cou desaparecido por muitos anos”.

b. A informação passada pela oração classifi cada acima se refere ao livro ou ao autor?_________________________________________________________________________

c. Acarretaria alguma mudança de sentido se antes do relativo QUE, introduzíssemos uma vírgula?_________________________________________________________________________

Orações Subordinadas Reduzidas

As orações subordinadas podem se apresentar em sua forma desenvolvida quando apresentam conjunção e verbos fl exionados nos modos imperativo, subjuntivo ou indicativo. Todos os exemplos de orações subordi-nadas que estudamos anteriormente são orações subor-dinadas desenvolvidas. Vejam mais alguns exemplos:

Se chover, fi carei em casa.or. subord. adv. temporal

É necessário que se faça modifi cações na cons-trução da casa.

or. subord. subst. subjetiva

A resposta que você me deu está correta.or. subord. adj. restritiva

Poderíamos reescrever as orações acima da seguinte forma:

Chovendo, fi carei em casa.

É necessário fazer modificações na construção da casa.

A resposta dada por você está correta.

Vejam que as novas orações apresentam as seguin-tes características:

a. Não apresentam conjunções;b. O verbo da oração principal se encontra no gerún-

dio, infi nitivo e particípio, respectivamente. As orações que apresentam as características acima

são chamadas orações subordinadas reduzidas. As orações reduzidas apresentam a mesma classifi -

cação das orações desenvolvidas a que se referem:

Disse que estava preocupado com as dívidas.or. subord. subst. objetiva direta

Disse estar preocupado com as dívidasor. subord. subst. objetiva direta reduzida de infi nitivo

Quando a reunião acabou, todos se retiraram em silêncio.or. subord. adverbial temporal

Acabada a reunião, todos se retiraram em silêncioor. subord. adv. temporal reduzida de particípio

Se tiver dinheiro, irei ao teatro com vocês.

or. subord. adv. condicional

Tendo dinheiro, irei ao teatro com vocês.or. subord. adv. reduzida de gerúndio

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343.2 - 3.2 - Período Composto por Coordenação

Chamamos de período composto por coordenação aquele que apresenta orações coordenadas que sinta-ticamente são independentes, mas podem se relacio-nar logicamente pelo sentido.

Acordei cedo, tomei banho, li o jornal, bebi o café e saí.

As orações coordenadas podem vir ou não introdu-zidas por conjunções. Quando não apresentam con-junção são chamadas de orações coordenadas assin-

déticas e nesse caso a conexão entre elas se dará por sinal de pontuação. É o caso das orações “Acordei cedo”, “tomei banho”, “li o jornal” e “bebi o café”.

Quando vêm introduzidas por conjunções, recebem

o nome de orações coordenadas sindéticas. As orações coordenadas sindéticas são classifi ca-

das de acordo com a conjunção coordenativa que as introduz.

Leitura Complementar

TUDO TEM UM PORQUÊ ....

Orações causais e explicativas são introduzidas pela conjunção “porque”, mas com sentidos e classifi cações diferentes

Um dos pontos que mais suscitam dúvidas na análise sintática é a distinção entre as orações coordenada sindética explicativa e subordinada adverbial causal. O problema advém, principalmente, de que ambas costumam ser introduzidas pela mesma palavra, a conjunção “porque”.

Basta diferenciar as relações de causa e explicação: a causa é concebida como um fato que acarreta uma

conseqüência. Já a explicação é a justifi cativa para uma fi rmação deduzida, ou seja, para uma conclusão. Em termos gramaticais, a explicação recai sobre uma afi rmação que pode ser posta em dúvida, ao passo

que a causa é algo conhecido, cuja existência ou veracidade não é desacreditada no contexto em que é co-locada.

Exemplo:

(1) Ao chegar de viagem, o casal Pedro e Marta encontrou a casa aparentemente intacta. Entretanto, Marta logo notou que haviam entrado ladrões.

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35

– Como você sabe? – questionou Pedro.– Fomos assaltados porque minhas jóias sumiram – respondeu ela.

Do ponto de vista lógico, não podemos afi rmar que o fato de as jóias terem sumido seja a causa de o casal ter sido assaltado. Antes, é a justifi cativa que ela apresenta para a conclusão de que tenha havido o assalto. Assim, não pode ser considerado uma causa, mas uma explicação. A análise sintática do período seria, por-tanto, a seguinte:

(1) Fomos assaltados oração coordenada assindética porque minhas jóias sumiram. oração coordenada sindética explicativa

Observe que, no contexto apresentado, o assalto ainda não era um evento de existência reconhecida por todos. Só havia indícios, mas Marta conclui que esse fato ocorreu com base no sumiço das jóias. A expli-cação sempre recai sobre um fato ainda não reconhecido consensualmente, mas deduzido – ou seja, uma conclusão. A explicação é a justifi cativa para uma afi rmação que pode ser posta em dúvida.

Outro exemplo:

(2)Todo time estava chateado com a derrota.

Eles eram os favoritos, mas assim mesmo perderam para uma equipe mais fraca. No Vestiário, o treinador afi rmou: – Perdemos porque subestimamos nosso adversário.

A oração introduzida pela conjunção “porque” tem um valor diferente do expresso na anterior. Neste caso, o treinador não está expondo a justifi cativa para uma conclusão, mas sim a causa da derrota do time.

Nesse contexto, o fato de que o time perdeu não é um fato deduzido. Todos – jogadores, treinador, torcida – sabem que houve a derrota. Além disso, o fato de a equipe ter subestimado o adversário ocorreu anteriormente à derrota.

Por esses dois motivos estamos diante de uma relação de causa, e não de explicação. A análise sintática do último período do trecho seria, portanto, a seguinte:

(2) Perdemos oração principal porque subestimamos nosso adversário. oração adverbial causal

Matéria editada da Revista Discutindo Língua Portuguesa - Ano I n° 5., 2007.

Exercícios de Auto-avaliação

34. Observe as orações: a. Ele chegou e saiu imediatamente. b. Ele trabalhou e não recebeu pelos seus serviços.

Nos períodos acima, a conjunção destacada assume o valor aditivo. Você concorda ou não com a afi rmação? Justifi que.

35. Classifi que as orações abaixo:

a. Venha agora ou não saberá mais de mim.b. Recebeu o dinheiro da herança, mas perdeu tudo no jogo.c. Devolva-me o dinheiro, pois preciso fazer compras.d. Ela escrevia o texto e assistia ao fi lme na TV.e. Ele abriu a boca e arregalou os olhos.f. Guardou dinheiro durante a juventude, portanto tem uma velhice sem problemas.

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363.33.3 – Período Composto por Subordinação e Coordenação

Considere os períodos abaixo:

Ele retornará quando o pai o chamar. (período composto por subordinação)

or. principal or. subord. adverbial temporal Ele saiu, mas retornará. (período composto por

coordenaçãoor. coord. assindética or. coord. sindética adversativa

Agora observe o novo período: or. principal Ele saiu, mas retornará quando o pai o chamar. or.coord. or. coord. or. subord. adv. temporal Assindética sind.advers.

Com a adaptação realizada, o período apresenta duas orações coordenadas e uma subordinada. Este período assim formado será denominado PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO E SUBORDI-NAÇÃO (ou PERÍODO MISTO).

Observe também que no período a oração “mas re-

tornará” apresenta dupla classifi cação: é coordenada à primeira “Ele saiu” e principal em relação à terceira “quando o pai chamar”.

Leitura Complementar

POSSIBILDADES DISCRSIVA DO E – UM CONECTOR CORINGAMONERRAT, Roseane

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS Este trabalho focaliza o mecanismo de conexão interfrástica da conjunção por meio do comportamento

sintático-semântico do conector e.

Em pesquisa realizada anteriormente, sobre conectores em textos publicitários, (MONNERAT, 2000), pu-demos observar a preponderância absoluta do e sobre os demais relatores. Essa prevalência pode também ser comprovada em outros tipos de texto que não o publicitário e, ainda, em textos orais, em que o e se apresenta como marcador discursivo, ou melhor, “marcador aditivo de continuidade seqüencial”:

Várias características da conjunção e sugerem suas propriedades como marcador de discurso. Podemos resumir essas propriedades observando que e é uma conjunção que liga orações e termos, com uma distri-buição mais ampla que a de mas ou então. (SCHIFFRIN, 1982, p. 171)

A conjunção e é a primeira a aparecer na linguagem infantil; a outra conjunção considerada aditiva, o nem, por encerrar uma dupla signifi cação negativa e conjuntiva, aparece um pouco mais tarde. Assim, o pleonas-mo de e é a forma infantil e popular das narrações. Nas primeiras fases da linguagem, o e serve, então, para exprimir muitas relações que, mais tarde, serão expressas de outra forma.

Em seu emprego normal, as conjunções aditivas expressam relações de simples soma. Emprega-se e, quan-do as orações somadas são afi rmativas e nem, quando são negativas.

Perini (1995: 144-145) se refere ao e como o coordenador que ilustra a coordenação em sua forma menos problemática, já que apenas esse conector (juntamente com o ou), atende às quatro propriedades caracterís-ticas da concepção tradicional da coordenação:

Exercícios de Auto-avaliação

36. Analise as orações do período e o classifi que em composto por subordinação, coordenação ou período misto.

a. Seus olhos fi cavam úmidos quando se lembrava das palavras do pai que morrera.b. Pensou que o fi lho viesse naquele domingo, portanto preparou o jantar que o fi lho tanto apreciava.

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37(a) As duas orações podem ser separadas opcionalmente por pontuação:(1) a. Ana cantava e Pedro tocava piano. b. Ana cantava. E Pedro tocava piano.

Nesse caso, o e liga orações que expressam fatos simultâneos, coexistentes. Pode também ligar orações que expressem fatos cronologicamente seqüenciados, associados ou não numa relação de causa e efeito (AZEREDO, 2000, p. 247).

(b) O coordenador vale para coordenar qualquer número de membros; nesse caso, em geral, mas não obri-gatoriamente, o coordenador só ocorre entre os dois últimos membros:

(2) Ana arrumou a casa, Lilian preparou o jantar e Pedro saiu.

(c) O coordenador, quando não repetido, só pode ocorrer em uma posição, ou melhor, logo antes da última oração, conforme ocorre em (2).

(d) O e pode juntar quaisquer elementos coordenáveis: orações (1) e (2), sintagmas nominais (3), verbos (4), ou ainda adjetivos (5):

(3) Comemos salada e peixe.(4) Cantaram e dançaram.(5) Uma casa segura e confortável.

Assim, para Perini (1995, p. 145) o e e o ou “integram o primeiro grupo de coordenadores em que o mas fi gura como um terceiro membro, desviante.”

Dentre as formas lingüísticas responsáveis pela conexão interfrástica, de modo geral, o e merece, portanto, especial atenção, em virtude de sua ampla distribuição, não só como conjunção responsável pela ligação de termos dentro de uma oração, mas também pela ligação de orações no período.

2 - A POLISSEMIA DO E A gramática apresenta o e como protótipo das conjunções coordenativas aditivas (ou copulativas), ao lado

de outras, como nem, não só... mas também, esta última considerada correlativa, com signifi cado gramatical de “seriador”:

O signifi cado da conjunção representa uma indicação para serem feitas determinadas operações cognitivas sobre os signifi cados dos conjuntos frásicos ou dos elementos frásicos relativamente ao conjunto total do enun-ciado. Eis os signifi cados das conjunções relativamente às relações semânticas entre as frases coordenadas:

VILELA E KOCH, 2001, p. 389.

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38 Alguns autores, apesar de trabalharem com a defi nição canônica das aditivas, mencionam certos valores particulares, comumente assumidos pelo e.

Charaudeau (1992: 503), ao estudar a categoria lógico-lingüística da conjunção, menciona os “efeitos contextuais” resultantes da combinação de elementos de sentido que se encontram nas palavras do contexto. Para a conjunção de adição, apresenta os seguintes efeitos:

• sucessividade (depois, em seguida): “Ele fala e se cala.” • simultaneidade (ao mesmo tempo): “Ele trabalha rápido e bem”. • aproximação (quase): “Cem reais e uns quebradinhos.” • equivalência (quer dizer): “Eu tenho dez centavos e justo o necessário para comprar um caramelo.” • acréscimo ou de reforço argumentativo (Surenchère – não somente... mas ainda: “Ele fala inglês e fl uen-

temente”.• oposição (de um lado... de outro lado; de uma parte... de outra parte, enquanto): “Ele mentiu, mas há

mentiras e mentiras”. • restrição (mas, no entanto): “Esforçou-se muito e não conseguiu a vaga”. • conseqüência (portanto, então): “Cumpra suas obrigações e será recompensado.”

Também Van Dijk (1977: 58) refere-se não só à possibilidade de um tipo de conexão poder ser expressa por mais de um conectivo, mas também à de um mesmo conectivo poder expressar diferentes tipos de conexão. Trata especialmente do e, apresentando os seguintes exemplos:

(6) João fumou um charuto e Pedro fumou um cachimbo.(7) João foi à biblioteca e pesquisou o assunto.(8) Por favor, vá à mercearia e compre algumas cervejas.(9) João fumou um charuto e Maria saiu da sala.(10) Tomei um tranqüilizante e dormi.(11) Dê-me um pouco mais de tempo e eu lhe mostrarei como isso pode ser feito.(12) “Ria e o mundo ri com você, ame e ame sozinho”.

Nessas sentenças, o emprego do e sugere relações distintas, que ultrapassam o signifi cado de simples adi-ção e que podemos parafrasear por (e) ao mesmo tempo [6], (e) lá [7,8], (e) em conseqüência disso [9], (e) então [10], se... então [11,12].

O autor assinala, ainda, que as várias leituras do e podem ser determinadas pelas próprias proposições em conexão (assindéticas), o e servindo, apenas, para reforçar um elo já existente, que se tornaria mais explícito pelo emprego de outros conectores mais específi cos que ele próprio, que se caracteriza por um conteúdo semântico mais geral, ou neutro, em relação aos outros conectores.

Assim, segundo Van Dijk (1977: 67), o e é um conectivo neutro, porque apenas indica que os fatos estão relacionados, enquanto os outros conectivos denotam, mais especifi camente, o tipo de conexão estabelecida.

É precisamente devido à baixa especifi cidade da conjunção e, que se podem depreender esses inúmeros matizes, em contextos diversos. Por vezes, as construções de valor adverbial que acompanham o e acrescen-tam nuances explícitas ao caráter da relação de coordenação; em outros casos, a ordem dos termos unidos pela conjunção é imprescindível para indicar seqüência temporal, ou relações de causa-efeito.

(...)Neves (2000: 739) também se refere “ao caráter mais neutro” desse conector em relação aos outros co-

ordenadores e acena para a possibilidade de uma relação “menos neutra” entre os segmentos por ele coor-denados, quando esses segmentos mantêm entre si, por exemplo, uma relação semântica mais marcada: de contraste, ou de causa-conseqüência.

Já Quirk (1985: 930-932) aponta valores semânticos do e – coordenador de uso e sentido mais amplos, usando o termo conotação para indicar que as relações de sentido entre os elementos conjuntos não são uniformes, podendo coexistir mais de um sentido para uma mesma ocorrência de e, em virtude de implicações pragmáticas.

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39Destaca oito tipos de conotação, cujo valor semântico pode tornar-se mais explícito, através do reforço de um advérbio, ou locução adverbial.

(...)Dos oito tipos de conotação propostos por Quirk (op. cit), apenas os três primeiros podem apresentar in-

versão na ordem das asserções, sem alterar-lhes o sentido e, mesmo nesses casos, segundo o autor, a ordem na seqüência raramente é aleatória:

1° tipo: A segunda oração introduz um contraste: “Pedro é estudioso e (ao contrário) André é vadio”.2° tipo: A segunda oração apresenta uma situação similar à da primeira: “O acordo comercial traria benefí-

cios e (da mesma forma) o intercâmbio cultural seria bem recebido”.3° tipo: A segunda oração é pura adição em relação à primeira, o que implica perfeita compatibilidade entre

seus enunciados: “Ele tem cabelos compridos e (também) sempre usa jeans”.4° tipo: A segunda oração acrescenta um comentário apenso, ou uma explicação da primeira: “Ele não gosta

dela – e isso não é novidade, haja vista seu comportamento”.5° tipo: A segunda oração é conseqüência ou resultado da primeira, isto é, a primeira apresenta as circuns-

tâncias que possibilitam o evento descrito na segunda, o que implica uma seqüência cronológica na ordem das orações: “Ele não estudou e (por isso) tirou nota baixa”.

6° tipo: A segunda oração é cronologicamente seguinte à primeira, mas sem nenhuma implicação de relação causa/resultado: “Eu lavei os pratos e (então) sequei-os”.

7° tipo: A segunda oração contraria a expectativa da primeira, o que confere a esta força concessiva: “Ela se esforçou bastante e (mesmo assim) não conseguiu”.

8° tipo: A primeira oração é a condição da segunda: “Faça o seu serviço e (então) você poderá sair mais cedo”.

O uso condicional de e se apresenta, via de regra, sob um tipo de construção em que a primeira oração é uma ordem (directive) e a segunda, a conseqüência advinda da obediência a essa ordem (AZEREDO, 2000: 248). Em-bora seja mais comum o emprego do imperativo na primeira e do futuro do indicativo na segunda, há construções de imperativo nas duas asserções, o que aproxima esse uso do e, de certos tipos de atos de fala com valor de pro-messa, muito empregados na linguagem publicitária (“Abra uma conta no Banco REAL e ganhe qualidade”).

Disponível em http://www3.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/0401/10.htm

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40 UNIDADE IV

Entre os sinais de pontuação, interessa-nos o uso da vírgula no interior da oração e entre as orações.

Em língua portuguesa a ordem normal dos termos

da oração é: SUJEITO + VERBO + COMPLEMEN-TOS VERBAIS + ADJUNTOS ADVERBIAIS. É a ordem direta.

Os alunos realizaram a prova com tranqüilidade. SUJ VTD OD ADJ. ADVERBIAL

Quando a oração se encontra na ordem direta, os ter-mos imediatos não são separados por vírgulas. Assim não se usa vírgula entre sujeito e o predicado, entre o verbo e seus complementos e entre o nome e seu complemento ou adjunto.

Quando ocorre qualquer alteração na seqüência direta

dos termos da oração, usamos a vírgula para marcar:

a. O deslocamento do termo.

Com tranqüilidade, os alunos realizaram a prova. b. O aposto:

O Brasil, país em desenvolvimento, sofre com a infl ação.

c. O vocativo:

Exercícios de Auto-avaliação

37. Observe as orações abaixo:

1. Falam tanto, que o menino chora de medo.2. Falam tanto que o menino chora de medo.

a. O uso da vírgula provoca alguma modifi cação de sentido?_____________________

b. Classifi que as orações grifadas:____________________________________________________________________________________________________________

4.1 – Conceituação

4.2 – Uso da Vírgula

Nina Catach (1994), citada por Bechara (2003), assim define os sinais de pontuação:

Sistema de reforço da escrita, constituído de sinais sin-táticos, destinados a organizar as relações e a proporção das partes do discurso e das pausas orais e escritas. Estes sinais participam de todas as funções da sintaxe, gramati-cais, entonacionais e semânticas (In:Bechara, 2003: 604).

Meus amigos, vamos nos unir nesse momento de tristeza

Entre as orações do período composto usa-se a vírgula:

a. Para separar a oração subordinada adjetiva explicativa. O irmão, que morava em Brasília, era médico renomado.

b. Para separar as orações subordinadas adverbiais que aparecem antes oração principal.

Se possuísse caráter, não exploraria a família.

c. para separar as orações coordenadas (exceto as ini-ciadas pela conjunção E).

Estudava bastante, mas não obtinha boas notas.

Usa-se a vírgula antes da conjunção E quando as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes, vier repetida de forma enfática ou quando assume valores diferentes da adição.

Os professores estavam reunidos na sala da direção, e os alunos os esperavam no pátio do colégio.

E gritava, e chorava, e dava murros no ar e voltava a gritar. Estudava bastante, e (= mas) não obtinha boas notas.

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4138. Considere a oração: O júri julgou o homem louco.

a. Quais os dois possíveis sentidos que podem ser atribuídos?__________________________________________________________________

b. De acordo com os sentidos possíveis da oração acima, identifi que a função sintática do termo “louco”.___________________________________________________________________

c. Classifi que o predicado em cada uma das possibilidades de interpretação.___________________________________________________________________

d. Reescreva duas vezes a oração utilizando a voz passiva, de maneira que fi quem claros os dois sentidos._____________________________________________________________________________________________________________________________

39. METALÚRGICOS QUE FIZERAM GREVE NÃO RECEBERÃO O SALÁRIO.

Da manchete acima, publicada no jornal, podemos concluir que:a.Todos os metalúrgicos aderiram à greve.b.Nenhum metalúrgico receberá salário.c. Somente os metalúrgicos que aderiram à greve fi carão sem salário.

40. Qual a classifi cação da oração destacada no século 39?_________________________________________________________________

41. Se a oração destacada no exercício 39 estivesse entre vírgulas que nova interpretação teríamos?________________________________________________________________

42. Comente a função sintática dos termos grifados:

a. No velho galpão da prefeitura dormiam as vítimas das últimas enchentes.b. O velho galpão da prefeitura abrigava as vítimas das últimas enchentes.

43. “Os retirantes tinham andado sem parar, estavam exaustos e famintos”Reescreva as orações do período, estabelecendo entre elas:a. Uma relação de causa.b. Uma relação de conclusão.

44. A professora pediu a Joãozinho que escrevesse uma redação com o título: Mãe só tem uma. O menino escreveu o seguinte texto:

Um dia minha mãe pediu que eu pegasse, na geladeira, uma garrafa de Coca-Cola para servir aos convi-dados que chegavam para o almoço. Mas lá dentro só tinha uma garrafa e falei para minha mãe:

– Mãe, só tem uma.

Compare os enunciados: “Mãe só tem uma” e “Mãe, só tem uma” e identifi que a função dos termos destacados.

45. “Nos últimos meses, o crescimento das exportações brasileiras de produtos agrícolas estão contribuindo para um expressivo superávit na balança comercial do país”.

Explique por que a concordância do verbo com o sujeito não está de acordo com a norma culta?

46. Classifi que em adjunto adnominal ou complemento nominal os termos destacados:

a. A discussão dos alunos gerou enorme briga.b. A discussão do assunto serviu para localizarmos o problema.c. As ameaças do deputado ao gerente de banco serão investigadas pela polícia.d. A invasão da favela provocou pânico nos moradores.e. A invasão da polícia provocou pânico nos moradores.

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42

Se você:

1) concluiu o estudo deste guia;2) participou dos encontros;3) fez contato com seu tutor;4) realizou as atividades previstas;

Então, você está preparado para as avaliações.

Parabéns!

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43Glossário

Ambigüidade - possibilidade de mais de uma interpretação quanto ao sentido.Anafórico - é a repetição, sob a forma pronominal, dos conteúdos semânticos de um vocábulo mencionado anteriormente.Conexão - relação de dependência estabelecida entre duas unidades que se articulam.Pleonástico - o que é redundante. Termo ou idéia que se repete.Polissêmico - pluralidade de signifi cados de uma palavra ou expressão.Sintagma - construção sintática que pode ter como centro um verbo (sintagma verbal), um adjetivo (sintagma adjetivo), um substantivo (sintagma substantivo). É uma estrutura binária cujos membros se relacionam para cumprir a função de comunicação.

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44Gabarito

Unidade I

1. B

2. Quatro períodos

3. A

4. a)Meus (regido) amigos (regente) / um (regido) cachorro (regente) ferido (regido) b) Muitos (regido) candidatos (regente) / a (regido) secretaria (regente) do curso (regido) c) de (regido) dinheiro (regente) d) O (regido) pai (regente) / com (regido) o (regido) fi lho (regente) caçula (regido)

5. Ele “grita” a palavra feliz. / Ele “grita” e se encontra feliz.

6. Bobo é você.

7. a) rapaz b) dinheiro c) livro

8. a) Ele trouxe o documento de que você precisava. b) Ela levou a encomenda que você pediu. c) Você escreveu a carta de apresentação que ela exigiu.

Unidade II

9. a. sujeito – você núcleo – você b. sujeito – Os vôos internacionais núcleo – vôos c. sujeito – As vizinhas curiosas núcleo – vizinhas d. sujeito – Uma melhor vida na cidade grande núcleo – melhor

10. Discordo, o sujeito da oração é simples: as encomendas da loja.

11. D

12. De acordo com o título da notícia, o presidente da Une deve levar nota zero porque utilizou a forma verbal incorretamente a forma verbal “houveram”, pois se trata de uma oração sem sujeito e por isso o verbo haver é impessoal, devendo ser usado na 3ª pessoa do singular. “Na minha opinião não houve tumulto”

13. a) verbo transitivo direto e indireto b) verbo de ligação c) verbo transitivo direto d) verbo intransitivo e) verbo intransitivo f) verbo transitivo direto g) verbo transitivo direto h) verbo intransitivo

14. O predicado é “comanda hoje a primeira reunia ministerial de 2008 com um olho na economia e outro nas contas internas.”

15. A

16. A mulher virou a página do livro.

17. 1, 4, 2, 3, 2, 2, 1

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4518. A cota extra do condomínio foi recebida por muitos moradores.

19. Adjunto adverbial de lugar

20. Adjuntos adnominais

21. Sujeito

22. a) branco b) objeto direto pleonástico

Unidade III

23. coordenação

24. Todos disseram que ele estava desanimado

25. a) adjetiva b) substantiva c) adverbial d) adjetiva

26. a.) A família aguardava que ele regressasse. b) Foi necessário que o pai assinasse. c) Ela não parecia convencida de que o marido fosse inocente.

27. a) Os alunos que estudam serão recompensados. b) O jornal divulgou fatos que são mentirosos. c) Estamos vivenciando uma situação que é insuportável.

28. a) Não, porque para isso o verbo da oração principal deveria ser transitivo direto. b)Não, porque a oração principal já possui sujeito. c)Não, porque a oração principal não apresenta verbo transitivo indireto. d)Não, porque a oração principal já apresenta predicativo. e)Oração subordinada substantiva completiva nominal.

29. D

30. a) Oração subordinada substantiva objetiva indireta b) Oração subordinada substantiva subjetiva c) Oração subordinada substantiva objetiva direta d) Oração subordinada substantiva objetiva direta e) Oração subordinada substantiva objetiva direta

31. 1; 2; 1; 2; 3; 1; 3

32. a) Oração subordinada adverbial temporal b) Oração subordinada adverbial causal c) Oração subordinada adverbial comparativa d) Oração subordinada adverbial consecutiva e) Oração subordinada adverbial concessiva f) Oração subordinada adverbial conformativa g) Oração subordinada adverbial temporal h) Oração subordinada adverbial condicional

33. a) Oração subordinada adjetiva restritiva b) Ao livro porque Jorge Amado é um único ser e não precisa de restrição. c) Sim, nesse caso a oração irá se referir a Jorge Amado.

34. Discordo. A conjunção destacada é aditiva somente em A. Em B é conjunção adversativa.

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4635. a) Oração coordenada assindética b) Oração coordenada sindética adversativa c) Oração coordenada sindética explicativa d) Oração coordenada sindética aditiva e) Oração coordenada sindética aditiva f) Oração coordenada sindética conclusiva

36. a) Seus olhos fi cavam úmidos (oração principal) quando se lembrava das palavras do pai (oração subordinada adverbial temporal)Período composto por subordinação.

b) Pensou (o.principal) que o fi lho viesse naquele domingo (oração subordinada substantiva objetiva direta) portanto preparou o jantar (oração coordenada sindética conclusiva) que o fi lho tanto apreciava. (oração subordinada adjetiva restritiva) Período misto.

37. Sim. Em (1) Falam tanto que a conseqüência é o menino chorar de medo. Em (2) Falam (comentam) que o menino chora de medo.

b) Oração subordinada adverbial consecutiva / oração subordinada substantiva objetiva direta

38. a) O júri julgou o homem que já era louco. O júri julgou o homem como sendo louco.

b) Adjunto adnominal Predicativo do objeto

c) Predicado verbal Predicado verbo-nominald) O homem louco foi julgado pelo júri. O homem foi julgado louco pelo júri.

39. C

40. Oração subordinada adjetiva restritiva

41. Se a oração estivesse entre vírgulas seria classifi cada como subordinada adjetiva explicativa e entenderí-amos que não haveria restrição, isto é, todos os metalúrgicos participaram da greve.

42. Em (a) sujeito composto. Em (b) objeto direto.

43. a) Os retirantes estavam exaustos e famintos porque tinham andado sem parar. b) Os retirantes tinham andado sem parar, logo estavam exaustos e famintos.

44. Em: “Mãe só tem uma”, mãe é sujeito. Já em: “Mãe, só tem uma”, mãe é vocativo.

45. O sujeito deve concordar com o verbo em número e pessoa. No exemplo dado o sujeito é “o crescimento das exportações brasileiras de produtos agrícolas”, o núcleo é “crescimento” e por isso o verbo deveria estar no singular.

46. a) adjunto adnominal b) complemento nominal c) do deputado – adjunto adnominal ao gerente – complemento nominal d) complemento nominal

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