montagem electromecânica, ensaios e manutenção · 2019-11-13 · 27 normas e regulamentos 1....

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Subestações Montagem Electromecânica, Ensaios e Manutenção MANUEL BOLOTINHA

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SubestaçõesMontagem Electromecânica, Ensaios e Manutenção

MANUEL BOLOTINHA

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ÍNDICE

ÍNDICE

ÍNDICE DE TABELAS E FIGURAS XI SIGLAS E ACRÓNIMOS XIX PREÂMBULO XXIII PARTE I – CONCEITOS GERAIS DE SUBESTAÇÕES 25

1. NORMAS E REGULAMENTOS E OUTROS DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 271.1. INTRODUÇÃO 271.2. REGULAMENTOS 271.3. NORMAS 281.4. OUTROS DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 28

2. TENSÕES NORMALIZADAS 31

3. AS SUBESTAÇÕES E A REDE ELÉCTRICA NACIONAL 33

4. EQUIPAMENTOS E SISTEMAS 37

5. TIPOS CONSTRUTIVOS 39

6. CONFIGURAÇÕES HABITUAIS DAS SUBESTAÇÕES 43

7. TENSÕES DE PASSO E DE CONTACTO. REDE DE TERRAS 49

8. MANOBRAS DE EQUIPAMENTOS 538.1. INTRODUÇÃO 538.2. SEQUÊNCIA DAS MANOBRAS 53

8.2.1. Definições 538.2.2. SequênciadeManobras 54

8.3. MANOBRAS DE CONSIGNAÇÃO 568.4. MANOBRAS DE DESCONSIGNAÇÃO – REPOSIÇÃO DO SERVIÇO 568.5. MANOBRAS E CONSIGNAÇÃO PARA TESTE E ENSAIOS 578.6. TIPOS DE OPERAÇÃO. COMANDO REMOTO E COMANDO LOCAL 57

9. ENCRAVAMENTOS ELÉCTRICOS E MECÂNICOS 59

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SUBESTAÇÕES: MONTAGEM ELECTROMECÂNICA, ENSAIOS E MANUTENÇÃO

PARTE II – MONTAGEM ELECTROMECÂNICA 63

10. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A MONTAGEM ELECTROMECÂNICA DAS SUBESTAÇÕES 6511. ESTALEIRO 6911.1. ASPECTOS GERAIS 6911.2. FERRAMENTARIA 7011.3. ARMAZENAMENTO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS 7111.4. INSTALAÇÃO ELÉCTRICA DO ESTALEIRO E DE APOIO À MONTAGEM 73

12. MEIOS DE MONTAGEM – FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS 75

13. FISCALIZAÇÃO DOS TRABALHOS 81

PARTE III – PROCEDIMENTOS DE MONTAGEM ELECTROMECÂNICA 85

14. PRINCÍPIOS DE BASE 87

15. ESTRUTURAS METÁLICAS 89

16. BARRAMENTOS, ISOLADORES E LIGADORES 9316.1. BARRAMENTOS E ISOLADORES 9316.2. LIGADORES 95

17. REDE DE TERRAS 99

18. SISTEMA DE PROTECÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS 103

19. TRANSFORMADORES E AUTOTRANSFORMADORES 107

20. GIS 111

21. EQUIPAMENTOS MAT E AT 115

22. QUADROS ELÉCTRICOS MT E BT 119

23. GRUPO DE EMERGÊNCIA 121

24. BATERIAS 125

25. SCCP (SISTEMA DE COMANDO, CONTROLO E PROTECÇÃO) 129

26. CABOS E RESPECTIVOS SUPORTES 131

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ÍNDICE

PARTE IV – ENSAIOS EM OBRA E COMISSIONAMENTO 139

27. INTRODUÇÃO 141

28. ENSAIOS EM OBRA E DE FUNCIONAMENTO DA INSTALAÇÃO 14329. VERIFICAÇÃO DE DEFEITOS NOS TRANSFORMADORES PROVOCADOS POR IMPACTOS MECÂNICOS 151

30. APARELHOS DE MEDIDA E OUTROS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NOS ENSAIOS 153

31. NÃO CONFORMIDADES 157

PARTE V – CRITÉRIOS GERAIS DE MANUTENÇÃO 159

32. CLASSIFICAÇÃO DOS TRABALHOS 16132.1. NATUREZA DOS TRABALHOS 16132.2. TRABALHOS FORA DE TENSÃO E NA VIZINHANÇA DE TENSÃO 161

33. FREQUÊNCIA DAS OPERAÇÕES DE MANTUENÇÃO PREVENTIVA 165

34. GENERALIDADES SOBRE AS OPERAÇÕES DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA 17134.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS 17134.2. INSPECÇÃO VISUAL E TERMOGRAFIA 17234.3. OPERAÇÕES BÁSICAS DE MANUTENÇÃO 173

35. TERMOGRAFIA – PRINCÍPIO E APLICAÇÕES 175

36. MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE EQUIPAMENTOS E SISTEMAS 17936.1. TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA 179

36.1.1. Aspectosgerais 17936.1.2. InspecçãoVisual 17936.1.3. ProgramaçãodaManutençãoPreventivaeInspecções 18036.1.4. AnálisedoÓleoeRecolhadeAmostras 183

36.2. ÓRGÃOSDECORTEEMANOBRA 18536.3. TRANSFORMADORES DE MEDIDA 18736.4. ISOLADORES 18736.5. REDE DE TERRAS 18936.6. QUADROS MT E BT 18936.7. CABOS ELÉCTRICOS 18936.8. GRUPO GERADOR DE EMERGÊNCIA 19036.9. SISTEMA DE COMANDO, CONTROLO E PROTECÇÃO 190

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SUBESTAÇÕES: MONTAGEM ELECTROMECÂNICA, ENSAIOS E MANUTENÇÃO

PARTE VI – PRINCÍPIOS DE SEGURANÇA 193

37. PRINCÍPIOS BÁSICOS DE SEGURANÇA 195

38. PLANO DE SEGURANÇA E SAÚDE (PSS) 197

39. TÉCNICO DE HIGIENE E SEGURANÇA 201

40. O CHOQUE ELÉCTRICO 20340.1. OS EFEITOS DA CORRENTE ELÉCTRICA NO CORPO HUMANO 20340.2. MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA O CHOQUE ELÉCTRICO 20540.3. PROTEÇÃO DAS PESSOAS CONTRA CONTACTOS INDIRECTOS EM INSTALAÇÕES DE BAIXA TENSÃO 207

41. ARC FLASH 21141.1. DEFINIÇÃO DE ARC FLASH 21141.2. ORIGENS E CARACTERÍSTICAS DO ARC FLASH 21141.3. DANOS E LESÕES PROVOCADOS PELO ARC FLASH 21241.4. PROTECÇÃO CONTRA OS EFEITOS DO ARC FLASH 214

42. CONTROLO E BLOQUEIO DAS FONTES DE ENERGIA 21742.1. CONCEITOS GERAIS 21742.2. MÉTODOS PARA O CONTROLO E BLOQUEIO DAS FONTES DE ENERGIA 21742.3. PROCEDIMENTOS LOTO 218

43. PRIMEIROS SOCORROS 223

44. RISCOS DAS OPERAÇÕES DE MONTAGEM, PROCEDIMENTOS E MEDIDAS PREVENTIVAS 22544.1. INTRODUÇÃO 22544.2. ALGUNS RISCOS E MEDIDAS PREVENTIVAS NA CONSTRUÇÃO DE SE 226

44.2.1. MovimentaçãoMecânicadeCargas 22644.2.2. UtilizaçãodeGruasMóveis 22744.2.3. TrabalhosemAltura 227

45. EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO 231

46. TRABALHOS EM ALTURA 235

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ANEXOS 237

ANEXO 1 – TRABALHOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL PARA A CONSTRUÇÃO DE SE 239

ANEXO 2 – LISTA DE NORMAS 243A2.1. NORMAS EN, NP, E NP EN 243A2.2. NORMAS IEC 244A2.3. NORMAS AMERICANAS 246A2.4. NORMAS ISO 248

ANEXO 3 – EXEMPLO DE UM PIE 251

ANEXO 4 – EXEMPLO DO REGISTO DE NÃO CONFORMIDADE 255

ANEXO 5 – LISTA DE VERIFICAÇÃO DE CONFORMIDADE DE SEGURANÇA 259

ANEXO 6 – ÍNDICES DE PROTECÇÃO DOS EQUIPAMENTOS 265A6.1. INTRODUÇÃO 265A6.2. ÍNDICE DE PROTEÇÃO DOS EQUIPAMENTOS CONTRA A PENETRAÇÃODECORPOSSÓLIDOSEDEÁGUA 265A6.3. ÍNDICE DE PROTEÇÃO DOS EQUIPAMENTOS CONTRA OS IMPACTOS MECÂNICOS 266

ANEXO 7 – REGIMES DE NEUTRO EM INSTALAÇÕES DE BAIXA TENSÃO 269

BIBLIOGRAFIA 279

ÍNDICE

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XXIII

PREÂMBULO

PREÂMBULO

AsSubestaçõessãoumelementofundamentaldasredesdetransporteedistribuiçãodeenergiaeléctrica,sendonecessáriogarantiroseufuncionamento e a fiabilidade.

Umdosaspectos primordiais para garantir estes requisitoséasuaconstrução e manuten-ção,quedevemser realizadasporEmpreiteiros credenciados,comexperiêncianeste tipode trabalhos, devendo os respectivos trabalhadores estarem habilitados para realizar astarefasemcausaequeexistamprocedimentos escritos de trabalho e segurança claros e inequívocos paraaexecuçãodaobra.

Paraumamelhorabordagemdasmatérias,dividiu-seestaobraemseis“Partes”,corresponden-docadaumaaumtemaespecífico.

Assim,naParte I apresentam-seosconceitos básicosqueseconsideramindispensáveisparaacompreensãodostemasqueconstituemoâmbitofundamentaldaobra,quesãoamontagem electromecânica, ensaios em obra e manutenção1dasSE,temáticasquesãoabordadasnasPartes III, IV e V,respectivamente.

A Parte IItratadasquestõesligadasàorganizaçãodaobraedoestaleiro,enquantonaParte VI seanalisamosprocedimentos de segurança quedevemserobservadosparaeliminar,ounomínimo reduzir,osacidentes de trabalho,designadamenteochoque eléctrico.

Nãoestandoincluídonoâmbitodestaobraostrabalhos de construção civil das SE,apresen-tam-secontudo,noAnexo1,umresumodaquelestrabalhos,queestãointimamente ligados ao sucesso dos trabalhos de montagem, ensaios e manutenção,porqueaexperiênciamostraque:

Numa subestação, os problemas dos trabalhos de construção civil acabam por “sobrar” para o Empreiteiro da montagem ou da manutenção electromecânica.

1 No âmbito desta obra não estão incluídos os TET.

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NORMAS E REGULAMENTOS

1. NORMAS E REGULAMENTOS E OUTROS DOCUMEN-TOS DE REFERÊNCIA

1.1. INTRODUÇÃO

A montagem electromecânica, os ensaios em obra e manutençãodasSEeascaracterísti-cas dos equipamentos e materiais a instalar,obedecemaumconjuntodedocumentos legais –osRegulamentos–eanormas nacionais e internacionaisetambémadocumentos nor-mativosemitidospelasentidades concessionáriasdasredes de transporte e de distribuição de energia,queemPortugalsão,respectivamente,aRENeaEDP.

1.2. REGULAMENTOS

EmPortugal devemserobservadososseguintesregulamentos:

– RSSPTS(Regulamento de Segurança de Subestações e Postos de Transformação e Seccio-namento), publicado pelo Decreto n.º 42895 de 31 de Março de 1960, alterado pelos Decre-tos Regulamentares n.º 14/77 de 18 de Fevereiro e n.º 56/85 de 6 de Setembro.

– RSLEAT (Regulamento de Segurança de Linhas Eléctricas de Alta Tensão), publicado pelo Decreto Regulamentar n.º 1/92 de 18 de Fevereiro.

– RTIEBT(Regras Técnicas de Instalações Eléctricas de Baixa Tensão), publicado pela Porta-ria n.º 949-A/2006 de 11 de Setembro.

ParaobrasrealizadasforadePortugal,comexcepção,nageneralidadedosPALOP,ondeaque-lesregulamentossãohabitualmenteaplicados,devemserutilizadososregulamentosemvigornessespaíses,habitualmenteconhecidosporWiring Regulationsnospaísesanglófonosouondealínguainglesaéutilizadacomolínguadetrabalho.

Atítulodeexemploapresentam-sealgunsdaquelesregulamentos:

– Estados Unidos da América:Norma NFPA (National Fire Protection Association) 70 – Na-tional Electrical Code (NEC).

– Canadá: Canadian Electrical Code (CE ou CSA C22.1). – Venezuela:FONDONORMA 200 – Código Eléctrico Nacional. – Espanha:Reglamento Electrotécnico para Baja Tensión e Reglamento de Líneas de Alta

Tensión y sus Fundamentos Técnicos. – França: Norme NF C13-200 de 2009 – Installations électriques à haute tension - Règles

complémentaires pour les sites de production et les installations industrielles, tertiaires et agricoles e Norme NF C15-100 de 2013 – Installations électriques à basse tension - Version compilée de la norme NF C15-100 de décembre 2002, de sa mise à jour de juin 2005, de ses amendements A1 d'août 2008, A2 de novembre 2008, A3 de février 2010 et A4 de mai 2013, de ses rectificatifs d'octobre 2010 et de novembre 2012 et des fiches d'interprétation F11, F15, F17, F21 à F2.

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TENSÕES NORMALIZADAS

2. TENSÕES NORMALIZADAS

Astensões utilizadas nas redes de transporte e distribuição de energiadiferem de país para país,razãopelaqualserecomendaquesejamreferidososvalores das tensões normalizadas, deacordocomaNorma IEC 60038,quecorrespondemaosvalores máximos de tensão suporta-dos pelos equipamentos(tensões mais elevadas)equeseindicamnoTabela2.1.

Tabela 2.1. – Tensões normalizadas

Nível de tensão

Tensão mais elevada(Kv ef)

Tensões normalmente

utilizadas em Portugal

(Kv ef)

Tensões suportáveis mínimas2

50Hz, 1m(Kv ef)

Ao choque atmosférico

(Kv pico)

Baixa Tensão (BT)

≤1(CA)≤1,5(CC) 0,23-0,4(CA) ≤2 ≤12

Média Tensão (MT)

3,6 10 40

7,2 6 20 60

12 10 28 75

17,5 15 38 95

24 50 125

36 30 70 170

52 95 250

Alta Tensão (AT)

72,5 60 140 325

123 230 550

Muito Alta Tensão (MAT)

170 150 325 750

245 220 395 950

300 460 1050

420 400 630 1425

550 740 1675

800 830 21002

Osvaloresindicadosparaastensões suportáveis mínimasreferem-seaosvalores das tensões de ensaio dos equipamentos.

2 Designando a tensão de pico por Up e o valor eficaz dessa tensão por Uef, verifica-se a seguinte relação: Uef = Up/√2 ≈ 0,71Up

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AS SUBESTAÇÕES E A REDE ELÉCTRICA NACIONAL

3. AS SUBESTAÇÕES E A REDE ELÉCTRICA NACIONAL

AsSE MAT/MAT e MAT/ATnãointegradasnascentrais eléctricasestãoincorporadasnaRede de Transporte de Energia(Rede Primária),quedesignaremosporRTE,enquantoasSE AT/MTintegramaRede de Distribuição de Energia,constituindooconjuntodeambas,juntamentecomaslinhas(aéreasesubterrâneas–MT, AT e MAT)detransporteedistribuiçãodeenergiaeléctrica,aRede Eléctrica Nacional.

O STEtemumaconfiguraçãoemanel emalhado,comumacomplexidadeimportante.NaFigura3.1.representa-seesquematicamenteaconfiguraçãodaRede Eléctrica Nacional,integrandoas centrais eléctricas.

Legenda

CE – Central Eléctrica; A – Gerador (Alternador); B – SE 3 elevadora MT/MAT ou MT/AT; C – Linha aérea/cabo MAT ou AT (REN/EDP); D – SE MAT/MAT, MAT/AT, AT/AT ou MAT/MAT/AT (REN);

E – SE privada MAT/AT/MT ou AT/MT; F – SE rede distribuição AT/MT (EDP); G – Linha aérea/cabo da rede de distribuição MT (EDP); H – Posto de Transformação de serviço público MT/BT (EDP);

I – Posto de Transformação de serviço cliente/privado MT/BT; J – Rede de distribuição BT (aérea e/ou subterrânea) – EDP.

Figura 3.1. – Configuração esquemática da Rede Eléctrica Nacional

3 Uma SE diz-se elevadora quando a tensão primária é inferior à tensão secundária; caso contrário a SE designa-se por abaixadora.

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SUBESTAÇÕES: MONTAGEM ELECTROMECÂNICA, ENSAIOS E MANUTENÇÃO

Figura 5.2. – Esquema de um GIS

EstetipodeSEutiliza-sehabitualmenteemAT e MAT,sendonormalmenteinstaladasnointerior,emboraexistamtambémversõesparamontagemexterior(verFigura5.3.).

Figura 5.3. – Exemplos de GIS para montagem interior esquerda) e para montagem exterior (direita)

AsvantagensdainstalaçãodeGISsão:

• Manutençãomaisfácil.• Menorespaço.• Tempoecustodemontagemmenores.• Nãoinflamávelenãoexplosivo.• Inexistênciadeóleo.• Menorpoluição.

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CONFIGURAÇÕES HABITUAIS DAS SUBESTAÇÕES

6. CONFIGURAÇÕES HABITUAIS DAS SUBESTAÇÕES

AsconfiguraçõeshabituaisdasSEsãoasseguintes:

• Barramentosimples.• Duplobarramento,comouseminter-barras.• Duplobarramentocominter-barraseseccionadoresdeby-pass.• Disjuntoremeio.• Triplobarramento.

Asfiguras6.1.a6.4.mostramasdiversasconfigurações.

TransformadorLadoSecundário

LinhaSemBy-Pass

BateriadeCondensadores

TransformadorLadoPrimário

Figura 6.1. – Barramento simples

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SUBESTAÇÕES: MONTAGEM ELECTROMECÂNICA, ENSAIOS E MANUTENÇÃO

Linha Autotransformador TransformadorLadoSecundário

TransformadorLadoPrimário

IB/BP/TT/ST

Figura 6.4. – Triplo barramento

Asimbologiadosequipamentos representadosnasfigurasestádeacordocomaNorma IEC 60617.

Numa mesma subestação podem existir várias configurações diferentes, uma por cada nível de tensão.

EminstalaçõesindustriaisalimentadasemAT(emPortugalpelaEDP, 60 kV)ecomumaredeinternaeconsumidoresMT,éhabitualqueaSE 60 kV/MTtenhaapenasumpainel,designadoporpainel“Linha/Transformador”,dequesemostraumexemplonaFigura6.5.

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TENSÕES DE PASSO E DE CONTACTO. REDE DE TERRAS

7. TENSÕES DE PASSO E DE CONTACTO. REDE DE TERRAS

NasSEdotipoAIS e híbridasocampo electromagnéticocausadopelascargas estáticasnoscondutores nusepelascondições atmosféricasdãoorigematensões induzidasnaspartes da instalação normalmente sem tensão,comoporexemploasestruturasmetálicas,criandodi-ferenças de potencial,querentre elas e a terraquerentre pontos diferentes no solodaSE.

Situaçõessemelhantesocorremaquandodeumdefeito fase-terraqueenvolvaasjáreferidasestruturas metálicas.

Estasdiferençasdepotencialdãoorigemàtensão de contacto(Ucont)eàtensão de passo (Upasso),ouaumacombinação de ambas,quepodemprovocaracirculação de uma corrente através do corpo humano,comtodasasconsequênciasdaíresultantes.

A tensão de contactopodeserdefinidacomoadiferença de potencialentrequalquerponto do solo e uma estrutura metálica à terracapazdesertocada,quandoacorrentededefeitocircula,sendohabitualconsideraradistânciadeum metroentreaestruturaeosolo.

A tensão de passo,define-secomoadiferença de potencial superficial entre os pés,quandoacorrentededefeitocircula,sendohabitualconsideraradistânciadeum metroentreospés.

Umcasoparticulardatensão de contactoéatensão transferida (Utr),queéumatensãoqueétransferidaparaaSEapartirdeumpontoremotoexterioràSE,outransferidaparaoexteriordaSE,paraumpontoremotoexterior.

OsconceitosdeUcontedeUpassosãoilustradosnaFigura7.1.

Figura 7.1. – Tensões de contacto e de passo

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SUBESTAÇÕES: MONTAGEM ELECTROMECÂNICA, ENSAIOS E MANUTENÇÃO

Sãoexemplosde falsas manobras aoperação de um seccionador em carga oudeixar em aberto o secundário de qualquer TI.

8.2.2. Sequência de Manobras

Asmanobras habituaisarealizarnumpaineldeumaSE,paraarespectivasaída ou entrada em serviço,são:

• Aberturaefechodeseccionadores.• Aberturaefechodeseccionadoresdeterra.• Aberturaefechodedisjuntores.

Considere-seaSEcujoesquemaunifilardo ladodos150 kVse representanaFigura8.1.epasse-seadefinirasequênciademanobrasdesaídaeentradaemserviçodopainelLINHA 1.

Figura 8.1. – Esquema unifilar de uma SE (lado dos 150 kV)

LIN

HA

1

LIN

HA

3

LIN

HA

2

TF1 TF2TI1103 TI1103

M M

M MM

TI1101 TI1102

TI106 TT106TI107

150kV

Q1116 Q1117

Q1118 Q122

Q106 Q106

Q121

Q112 Q114 Q118 Q120

Q101Q102 Q103 Q104 Q105

Q111

TT101 TT102 TT103 TT104TT105

Q113

Q11

5

Q11

7

Q11

9

Q1111 Q1112 Q1113 Q1114 Q1115

TI101 TI102 TI103 TI104TI105

LIN

HA

4

LIN

HA

5

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MANOBRAS DE EQUIPAMENTOS

Saída de serviço

1. AberturadodisjuntorQ101.2. AberturadoseccionadorQ112.3. AberturadoseccionadorQ111.4. FechodasfacasdeterradoseccionadorQ111(Q1111).5. Verificaçãodobloqueiodasfontesdeenergia(verParteVI–Capítulo42)edaausência

detensão,utilizandoumdetectordetensão,comoorepresentadonaFigura8.2.

Figura 8.2. – Detector de tensão

6. Ligaçãoàterraeemcurto-circuitodopainel(verParteVI–Capítulo44.1).

O painel,depoisdecumpridososprocedimentos de consignaçãoedesegurança,estáemcondiçõesdepermitir o início dos trabalhos.

Entrada em serviço

Depoisdeconcluídososensaios de funcionamento e cumpridos os procedimentos de des-consignação:

1. Desmontagemdoscabos de ligação provisória à terra.2. Verificação de que não foram deixadas, na zona de trabalhos, ferramentas ou outros

materiaisnãoaplicados.3. VerificaçãoseoseccionadordeterraQ1118estáaberto; se não estiver, abri-lo, se tal

tiver sido previamente autorizado.4. FechodoseccionadorQ112.

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ENCRAVAMENTOS ELÉCTRICOS E MECÂNICOS

9. ENCRAVAMENTOS ELÉCTRICOS E MECÂNICOS

Osencravamentosdestinam-seaevitararealizaçãodefalsas manobras(verCapítulo8.2.1)epodemsereléctricos, mecânicos ou uma combinação de ambos,comoéhabitualnumaSE.Osencravamentos eléctricosutilizam-seemequipamentoscomcomando eléctricoedepen-dendodotipodesistemadecomando e controlo,podemserrealizadosporhardwareousoftwa-re,oucoexistirem ambos os métodos.

Osencravamentos mecânicos podemserpré-construídos num equipamento,comoéocasodoscontactos principais e os contactos de terra dos seccionadores,ourealizadoscomumjogo de fechaduras e chaves(verFigura9.1.),queficamprisioneiras(impedindo assim a manobra de um outro equipamento, que requer, para a sua manobra a chave que está prisioneira num determi-nado equipamento)ousãolibertas(o que permite realizar a manobra de um outro equipamento, que requer, para a sua manobra a chave que fica liberta num determinado equipamento).

Esteúltimotipodeencravamentos mecânicoséestabelecidodeacordocomoestado de aber-to-fechadodoequipamento,tendoemvistaasmanobrasqueénecessáriorealizar.

Figura 9.1. – Exemplo de encravamento e de fechadura e jogo de chaves

Noscasosemqueosequipamentospermitemaexecução de duas manobrasquedevemestarencravadas entre si,comoosseccionadores com contactos de terra,emquequeroscontactosprincipaisqueroscontactosdeterratêmcomando eléctrico,asmanobras de ambos os contac-tosestãoencravadas eléctrica e mecanicamente(encravamentopré-construído).

Cabeaquireferirquenasbateriasdecondensadoresinstaladasnumaceladerede,aporta de acesso da rede de vedação da bateria de condensadoresdispõedeumencravamentoqueape-naspermiteasuaabertura após uma temporização,paragarantiradescarga completa dos condensadores,comoobjectivodegarantir a segurança do operador.

Fechaduras de encravamento

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CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A MONTAGEM ELECTROMECÂNICA DAS SUBESTAÇÕES

10. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A MONTAGEM ELECTROMECÂNICA DAS SUBESTAÇÕES

Paraarealizaçãodamontagem electromecânicadasSEénecessárioaexistênciadeumPE suficientemente detalhado,paraqueostrabalhospossamsercorrectamente executados e paraqueostrabalhadores que realizam as diversas tarefas não tenham dúvidasquantoaotipo de trabalho a executareaosprocedimentos a adoptar.

OreferidoPEdeveestaractualizado,teraposto o carimbo“BOM PARA EXECUÇÃO”etemque, obrigatoriamente,estararquivado no estaleiro7.

Éigualmenteindispensávelquenoestaleiroexistamasinstruções de montagem e de opera-ção dos equipamentos,fornecidaspelosfabricantes.

AobradeveserchefiadaporumEngenheiro Electrotécnico inscrito na Ordem dos Engenhei-ros ou na Ordem dos Engenheiros Técnicos e na DGEG, com experiência,queédesignadocomoDirector de Obra.

A montagem electromecânicadeveser,preferencialmente, organizada por frentes de trabalho (estruturas metálicas; barramentos; equipamentos; cabos; etc.).

Ostrabalhadores,querosmontadoresqueroTHS,devemsertreinados e credenciados8.

Todasasferramentas e meios de montagemutilizadosdevemestaremboas condições de funcionamento e só devem ser utilizadosparaofim para que foram concebidos e de acordo com as instruções do fabricante.Osmeios de delevação de cargas não devem ultrapassar a carga especificada.

NaFigura10.1.apresenta-seoorganigramahabitualdaequipa de montagemdaEmpreiteiro necessáriaparaarealizaçãodamontagemelectromecânicadaSE.

7 Ver Capítulo 11.1.8 Sobre os THS ver Parte VI – Capítulo 40.

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75

MEIOS DE MONTAGEM

12. MEIOS DE MONTAGEM – FERRAMENTAS E EQUI- PAMENTOS

Paraarealizaçãodastarefasdemontagem electromecânica e manutenção das SEoEmpreitei-rodevedispordeumconjuntodeequipamentos e ferramentas,dosquaissereferem:

• Gruatelescópica,depreferência“todooterreno”

Figura 12.1. – Grua telescópica “todo o terreno”

• Viatura pesada (camião)com grua, para movimentação de cargas• Plataforma elevatória com barquinha

Figura 12.2. – Plataforma elevatória com barquinha

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ESTUTURAS METÁLICAS

15. ESTUTURAS METÁLICAS

Asestruturas metálicas dasSE do tipoAIS são principalmente utilizadas nospórticos de amarração de linhaenossuportes dos equipamentosdeMAT e AT.Sãonormalmentetreliça-das e galvanizadasporimersão a quente após fabrico,tendoematençãoacorrosãoprovoca-dapelascondições ambientais(principalmentehumidade e poluição salina)dolocalondeasestruturasserãomontadas.

Nalgunspaíses,inclusivePortugal,nasSEdaEDP,ospés de apoiodasestruturas de suporte dos equipamentossãonormalmentetubulares,ondeéinstaladoocabo de ligação à terra11daestruturaedoequipamento,afimdeevitar o roubo do cobre.

AFigura15.1.ilustraasestruturasmetálicasdasSE.

Figura 15.1. – Estruturas metálicas

Antesdeser iniciadaamontagemdasestruturas metálicasdeveserasseguradaacorrecta implantaçãodosmaciços e chumbadores.

Osprocedimentosgeraisdemontagemaobservarsãoosseguintes:

• Levantamentodasestruturasmetálicas,commeiosauxiliares.• Fixaçãodasestruturasaoschumbadoreseapertodeparafusoseporcas.• Assemblagemdasváriaspartesqueconstituemaestrutura(casodospórticosdeamar-

ração)eapertodeparafusoseporcas.

11 Ver Capítulo 17.

Estrutura de suporte com pés tubulares

Pórtico de amarração

Suporte de equipamento

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93

BARRAMENTOS, ISOLADORES E LIGADORES

16. BARRAMENTOS, ISOLADORES E LIGADORES

16.1. BARRAMENTOS E ISOLADORES

NasSEosbarramentosealigação entre equipamentospodemserrealizadospor:

• Tubo de liga de alumínio13(ligações rígidas).• Cabo nu em liga de alumínio(ligações flexíveis).

As ligaçõesemcaboentreosbarramentos e os equipamentos MAT e AT sãohabitualmentedesignadasporligações tendidas.

Os tubossão instaladosapoiadosemcolunas de isoladores. As colunas de isoladores são montadas em disposição vertical e apoiados em estruturas metálicas de suporteesãohabitual-menteconstituídasporisoladores cerâmicos, em vidro ou em resina epoxy.

Jáoscabossãofixadosaospórticosdeamarraçãoatravésdecadeiasdeamarraçãocomisola-dorescerâmicos, em vidro ou em resina epoxy,fazendo-seaderivaçãopormeiodepinças de amarração.

Figura 16.1. – Barramento em tubo e coluna de isoladores

13 Actualmente, e por questões económicas, utilizam-se preferencialmente tubos e cabos nus em liga de alumínio. Esta solução apresenta ainda a vantagem, relativamente ao cobre, de o alumínio não ser susceptível de ser roubado.

Barramento em tubo

Estrutura metálica

Coluna de isoladores

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REDE DE TERRAS

17. REDE DE TERRAS

O cabo de cobreéinstaladoenterrado,habitualmenteaumaprofundidadede0,6-0,8 mdacota 0,00daSE(verFigura17.3.).

As ligações e derivaçõesentreoscondutoresda rede de terraspodemserexecutadasdasseguintesformas:

• Soldadura aluminotérmica,utilizandoumkit 14apropriado.

Figura 17.1. – Exemplos de soldadura aluminotérmica (esquerda e centro) e preparação da soldadura (direita)

Noscasosemquesejamutilizadoométododesoldadura aluminotérmica,onúmero de liga-ções executado por cada molde não pode ultrapassar o indicado pelo fabricante.

• Ligadores em“C”,comrecursoaprensa de cravar hidráulica calibrada e matrizescomasdimensões adequadas às dimensões dos ligadores.

Figura 17.2. – Ligador em “C” e respectiva cravação

14 Ver Parte II – Capítulo 12.

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SUBESTAÇÕES: MONTAGEM ELECTROMECÂNICA, ENSAIOS E MANUTENÇÃO

Asligações dos cabos às estruturas metálicasdoparque exterior da SEfazem-seacima do solo, sem descontinuidade da malha,porfixação de dois cabos sobre a estruturautilizandoligadores apropriados.

Apartirdesteligadorseráderivadauma ligação em antena,constituídapor barra ou cabo de cobre nu, fixado sobre a estrutura metálica,quepermitealigação entre a malha de terra e a apa-relhagem suportada.Nocasodeospés da estruturaseremtubulares,aligação à aparelhagem serárealizadaatravésdecabo de cobre nu,instaladonointerior da estrutura.

NaFigura17.3.exemplifica-seoquefoianteriormenteexposto.

Figura 17.3. – Ligador de aterramento

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TRANSFORMADORES E AUTOTRANSFORMADORES

19. TRANSFORMADORES E AUTOTRANSFORMADORES

Porquestõesdepeso e manuseamento, os transformadores e autotransformadores, paratensõesapartirde123 kV eparapotências elevadas,sãonormalmentetransportadossem óleo (habitualmentesãocheioscomazoto),eventualmentesem o conservador e sem as travessias.

Poressemotivo,emobraénecessárioprocederàassemblagemdostransformadoreseau-totransformadoreseenchê-los com o óleo. É recomendávelqueaquelaassemblagemsejarealizadaporpessoal do fabricante,queestásuficientementetreinado e credenciadoparaexecutaratarefa.

Ostransformadores e autotransformadoressãoinstaladossobrevigas de betão,construí-dassobreafossadeóleo,atravésdesapatasfixadasnasvigas (Figura19.1.),normalmentepormeiodebuchas químicas, não sendo actualmente prática comumutilizarcaminhos de rolamento e os rodadosdostransformadores.

Figura 19.1. – Montagem de um transformador

Cadatransformador, ou autotransformador,deveráserseparadodosrestantesporparedes cor-ta-fogo,comoserepresentanaFigura19.2.

Vigas de betãoFossa de óleo

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EQUIPAMENTOS MAT E AT

21. EQUIPAMENTOS MAT E AT

Osequipamentos MAT e ATdevemsermontadosdeacordocomosdesenhos de disposição do equipamentoecomasinstruções de montagem do fabricante.

Antes da montagem dos equipamentos, que devem ser colocados sobre as es-truturas de apoio com o auxílio de uma grua e/ou meios de elevação de carga

edeveserverificadoseasfurações das estruturas estão de acordocomasfurações das ba-ses dos equipamentos.Casotalnãoaconteçaénecessário,em obra, corrigir as furaçõesdaestrutura,nãoesquencendoorestauro da galvanização(verCapítulo15).

Paraosdisjuntores decorte em SF6deveserverificadaapressão do gás.

Quandoosseccionadoressãomanobrados pela primeira vez ou após intervenção de ma-nutenção, devem ser colocadosmanualmente entre a posição de fechado e totalmente aberto(posiçãocoloquialmenteconhecidacomo“meio pau”),paraque,emcasodeligação incorrecta do motor de manobra(troca do sentido de rotação),oequipamentonão corra o riscodeserdestruído.

Para cada conjunto de três transformadores de medida (TI e TT) deveexistir umacaixa de reagrupamentodoscabos de ligação dos enrolamentos secundários,comoserepresentanaFigura21.1.(paraTI).

Figura 21.1. – Caixa de reagrupamento de TI

TI

Caixa de reagrupamento de cabos

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GRUPO DE EMERGÊNCIA

23. GRUPO DE EMERGÊNCIA

Osprincipais constituintesdeumgrupo gerador de emergênciasão:

• Motor.• Alternador.• Basecomum.• Bateriadearranque.• Sistemadeabastecimentodecombustível.• Tubagemdeescape.• Quadroeléctricodecomando,controloeprotecção.

É recomendável queamontagem do grupo seja feita porpessoal do fabricante ou do fornecedor.

Osgrupos geradores de emergênciasãohabitualmenteinstaladosnointerior, numa sala espe-cífica para esse fim.Asaladeverádispordegrelhas de entrada e saída de ar,devidamentedimensionadasparagarantirocaudal de ar necessário à refrigeração do grupo.

Asprincipaistarefasaexecutarsão:

• Montagemdabasedogruponalajedolocaldeimplantação,sobreapoios anti--vibratórios.

• Montagemdosistemadeevacuação de gases(tubagem de escape)–Figura23.1.

Figura 23.1. – Tubagem de escape de um grupo gerador de emergência

SilenciosoTubagem de escape

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SUBESTAÇÕES: MONTAGEM ELECTROMECÂNICA, ENSAIOS E MANUTENÇÃO

Figura 26.10. – Tritubo

O desenrolamento dos cabos,senãoforfeitocomosdevidos cuidados,podeprovocarda-nos irreparáveisnabainha exterioretambémnoisolamento ena alma condutora.

Osequipamentos de tracçãodoscabosdevemestardotados de meiosquepermitamcontro-lar a tensão mecânica aplicadademodoanão ser ultrapassadoovalor máximo estabelecido pelo fabricante,paracadatipodecaboeconsoanteométododeinstalação.

Sedurantea instalaçãofornecessáriocortar o cabo,aspontasdevem voltar a ser seladas antesdeseprosseguircomainstalação,comoserepresentanaFigura26.11.

Figura 26.11. – Selagem das pontas de cabo para posterior utilização

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ENSAIOS EM OBRA E DE FUNCIONAMENTO DA INSTALAÇÃO

28. ENSAIOS EM OBRA E DE FUNCIONAMENTO DA INSTALAÇÃO

OsSATeosensaios de funcionamentodestinam-seaverificarseamontagem dos equipamen-tosnãoprovocounestesquaisquerdanos,seasuamontagemfoicorrectaeseofuncionamen-to da instalação obedeceaodescritonasET do PEeaosrequisitosdoD.O.

OsSATdevemserrealizadosdeacordocomosPIE,propostospelaEmpreiteiroeaprovadospeloD.O.NoAnexo3apresenta-seummodelodeumPIE(disjuntoresAT).

NaTabela28.1.apresentam-seosSATmaishabituaisnasSE,baseadosnaNorma ANSI/NETA ATS-2009,easinspecçõesarealizar.

Tabela 28.1. – SAT e inspecções

Equipamentos e sistemas Ensaios e verificações

Estruturasmetálicas

Inspecçãovisual

Medidadaespessuradagalvanização

Verificaçãodesoldaduras,usandoumdosseguintesprocessos:

• Métododoslíquidospenetrantes.• Radiografia.• Ultrassons

DisjuntoresMAT, AT e MT

Inspecçãovisual,incluindochapadecaracterísticas.

Verificaçãodosencravamentosmecânicos,casoexistam.

Verificaçãodofuncionamentodocomandolocal.

Verificaçãodofuncionamentodomotordecarregamentodasmolas.

VerificaçãodapressãodeSF6,incluindoosvaloresdealarmeedisparodepressãobaixadeSF6.

SeccionadoresMAT, AT e MT

Inspecçãovisual,incluindochapadecaracterísticas.

Verificaçãodosencravamentosmecânicos,casoexistam.

Verificaçãodofuncionamentodocomandolocal,incluindoosencravamentoseléctricos.

Verificaçãodosentidoderotaçãodomotor(sóMAT e AT).

Transformadoresdemedida

Inspecçãovisual,incluindochapadecaracterísticas.

Verificaçãodarelaçãodetransformação,polaridade,curvademagnetizaçãoeclasseeerrodemedida,porinjecçãodecorrente(TI)outensão(TT)primária.

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APARELHOS DE MEDIDA E OUTROS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NOS ENSAIOS

30. APARELHOS DE MEDIDA E OUTROS EQUIPAMEN- TOS UTILIZADOS NOS ENSAIOS

TodososaparelhosdemediçãoutilizadosnosSATdevemestarcalibrados,porentidade inde-pendente e reconhecida.

O certificado de calibraçãodeveestarválido e deve acompanhar sempre o aparelho.

Algunsdosmaishabituaisequipamentosdetestesão:

• Amperímetros,voltímetros,ohmímetros,multímetrosepinçasamperimétricas.• Comparadoresdefase–permitemdeterminarasequênciadefasesdas instalaçõese

tambémdetectarapresençadetensão.Sãonormalmenteusadosquandosepretendeinterligardoissistemasdiferentes.

Figura 30.1. – Comparador de fases

• Medidoresdeisolamento(MEGGER)• Equipamentodetestemulti-funções–esteequipamentopermiteensaiartransformadores

depotênciaedemedida,cabos,disjuntoresetambémmediçõesdatg δ. – Transformadoresdemedida

• Relaçãodetransformação,potênciadeprecisãoepolaridade• Faseeamplitudedoerro• Curvademagnetização• Resistênciadosenrolamentos• Resistênciadeisolamento

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SUBESTAÇÕES: MONTAGEM ELECTROMECÂNICA, ENSAIOS E MANUTENÇÃO

Figura 32.1. – Identificação das distâncias definidas pela EDP

Asdistâncias de vizinhançaprescritaspelaEDPsão:

• BT:0,30 mMT e AT(60 kV):1000 V < Un22 < 20 kV – 1,5 m; 20 kV < Un < 60 kV – 2 m

• MAT:60 kV < Un < 220 kV – 3 m; Un > 220 kV – 4 m

ParaarealizaçãodosTFT e TVT,apósaidentificaçãoclaradasinstalaçõeseléctricasafectadaspelo trabalho,devemsercumpridasde forma absolutamente obrigatória e inequívoca, asseguintesregrasessenciais,emduas etapas:

– Etapa1–criaçãodazonaprotegida• Separarcompletamente(isolarainstalaçãodetodasaspossíveisfontesdeten-

são)–verParteVI–Capítulo42.• Protegercontraareposiçãoacidental(bloquearnaposiçãodeaberturatodosos

órgãosdeisolamento,ouadoptarmedidaspreventivasquandotalnãosejaexequí-vel,porexemplo,reforçandoasinalização)–verParteVI–Capítulo42.

– Etapa2–protecçãodazonadetrabalhos

– Regrasa cumprir pelo Responsável de Trabalhos, na zona de trabalhos e antes de iniciar os trabalhos:• Verificar a ausência de tensão, depois de previamente identificada a instalação

colocadaforadetensãoeapósrecepçãodamesma.• Ligaràterraeemcurto-circuito(verParteVI–Capítulo44.1).• Protegercontraaspeçasemtensãoqueestejamnazonadetrabalhosounasua

proximidadeedelimitarazonadetrabalho.

22 Un: Tensão nominal da rede.

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GENERALIDADES SOBRE AS OPERAÇÕES DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA

34. GENERALIDADES SOBRE AS OPERAÇÕES DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA

34.1. CONSIDERAÇÕES GERAISAsempresas concessionárias de transporte e distribuição de energiaeasgrandes unidades industriaistêm,habitualmente,umPlano de Manutenção Preventiva(PMP)paraassuasSE, ondeédefinidaaperiodicidade das intervençõeseotipo de acçõesadesenvolver,quepo-demnãocoincidircomoexpostonoCapítulo33esermais ou menos rigorosas.

Asacções de manutenção,bemcomoaperiodicidade,dosdiversosequipamentosesistemasdeumaSE,comojáreferidonoCapítulo33,sãonormalmenteestabelecidasdeacordocomacriticidade e fiabilidade requerida à SE, experiência de exploração e condução das SE, do histórico de avarias dos equipamentos26 e das recomendações dos fabricantes.

A optimização da periodicidade damanutenção preventivapermiteaumentar a fiabilidadedaSE e diminuir os custos com a manutenção correctiva,comoserepresentanaFigura34.1.

Figura 34.1. – Optimização da periocidade da manutenção preventiva

A manutenção preventivainclui,normalmente,asoperaçõesatrásreferidasequeserãoexpli-citadasnoscapítulossubsequentes,eaindaareparação de pequenos defeitos detectados pela inspecção visual e termográfica,quenãoponhamemriscoo funcionamento da insta-lação e dos equipamentos nem a sua eventual destruição a curto prazo,eareparação de pequenos e/ou grandes defeitosdetectadosduranteasoperaçõesconstantesdoPMP.

26 As avarias nos equipamentos e sistemas da SE devem ser registadas, indicando a data, o tipo de avaria, as respectivas causas, os trabalhos executados para a sua reparação, as peças substituídas as ferramentas utilizadas e o tempo de reparação.

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206

SUBESTAÇÕES: MONTAGEM ELECTROMECÂNICA, ENSAIOS E MANUTENÇÃO

• Emtodasassalasdequadroseléctricos,debaterias, redesmetálicasdevedaçãodeequipamentosemtensãoeestruturasmetálicasondeseencontremequipamentosecon-dutoresemtensãodevemsercolocadossinaisqueevidenciemapresençadeequipa-mentosemtensãoeoriscodeelectrocussão,comoserepresentanaFigura40.3.Estes sinais devem estar escritos na língua do país onde se encontra a instalação eléctrica e obedecer às normas aplicáveis.

Figura 40.3. – Sinais de perigo de electrocussão

• Todososequipamentosquetenhampartes acessíveis normalmente em tensãodevemserprotegidos por uma vedação em rede metálica(ligada à terra),comacesso limitado a pessoal credenciado, como representado naFigura 40.4. (no caso de baterias de condensadores a abertura da porta deve ser temporizada, para garantir a descarga total dos condensadores).

Figura 40.4 – Vedação em rede metálica para equipamentos com partes acessíveis normalmente em tensão

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219

CONTROLO E BLOQUEIO DAS FONTES DE ENERGIA

Figura 42.1. – Exemplos de aplicações de LOTO

Sópessoasqualificadasedevidamenteformadaspodemserenvolvidas nas tarefasqueenvol-vamestesprocedimentos,constituindoobrigaçãodoempregadoraformação do seu pessoal paraospoderrealizar.

O empregadordeveaindaassegurarquecada trabalhador envolvido conhece, percebe e é capaz de aplicarosprocedimentos LOTO para controlo das fontes de energia,bemcomosercapaz de reconheceraquelasfontes e sabercomoascontrolar e isolar.

Considera-sefundamentalqueexistamprocedimentos escritos,emformadecheck-list,descre-vendoasequência de acesso aos locais de trabalho, desenergização e lockout.

Osequipamentoshabitualmenteutilizadosparaprocedimentos LOTOsãochaves e cadeados, ferrolhos (que se destinam a juntar mecanicamente diversos cadeados)eetiquetasdesina-lização e identificação,destinadasaumúnicotrabalhador.Estesequipamentosencontram-serepresentadosnaFigura42.2.

Figura 42.2. – Equipamentos LOTO

Cadeado e Chaves EtiquetaFerrolho

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231

EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO

45. EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO

Aquandodasuaentradaemobra,ostrabalhadores,sejaqualforafunçãoeatividade,deverãoreceber formação em segurançaearespectivaentidadepatronaldeveráfornecer-lhesosse-guintesEPI,queseencontramrepresentadosnaFigura45.1.

• Fatodetrabalhoemalgodão,oumaterialcomcaracterísticassemelhantes,commangas compridas.

• Capacete.• Calçadodeprotecção.• Luvasdeprotecção.• Óculosdeprotecção.• Protectoresauriculares.• Coletereflector.

Figura 45.1. – EPI

Noestaleiroenoslocaisdetrabalhodevemserafixadospainéis de sinalização,indicandoosEPI obrigatórios,comoseexemplificanaFigura45.2.

Fato de trabalho

Capacete

Colete reflector

Calçado de protecção impermeável

Calçado de protecção

Óculos de protecção

Protecções auriculares

Luvas

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259

ANEXOS

ANEXO 5 – LISTA DE VERIFICAÇÃO DE CONFORMIDADE DE SEGURANÇA (EXEMPLO)

TRABALHOS GERAIS LISTA VERIF. N.º

DonodeObra:

Obra: Obran.º

LocaldeInspeção: Data:

EmpresaInspeccionada: Empresasnolocal(incluindosubempreiteiros):

Fiscalização: EntidadeExecutante:

VERIFICAÇÕES DE CONFORMIDADE

Conf.1C/NC/NA

FICHA OCOR-

RÊNCIA 2

VERIFICAÇÕES DE CONFORMIDADE

Conf.1C/NC/NA

FICHA OCOR-

RÊNCIA2

ORGANIZAÇÃO DA FRENTE DE TRABALHO ORGANIZAÇÃO DA FRENTE DE TRABALHO

1 SinalizaçãoeidentificaçãodaObra,nomeadamente: 5

Preparaçãoeacondicionamentodeferramentaseacessórios

□□□

1.1 Painelidentificativodaobra □□□ 6 Existênciadecaixa

deprimeirossocorros □□□

1.2 SinalizaçãodousoobrigatóriodeEPI □□□ 7

Existênciadesocorristanafrentedeobra

□□□1.3 Outrasinalização

Indicar: □□□ 8 Listadetelefonesdeemergência □□□

2 Delimitaçãodaáreadetrabalho □□□ 9

Asseguradadistânciadesegurançaentretrabalhadoreseinstalaçõesemtensão

□□□

3Arrumaçãodemateriais,máquinaseequipamentos

□□□ 10 Outrosindicar: □□□

4Frentedeobralimpaderesíduosproduzidospelostrabalhos

□□□

1 C–Conforme,NC–Nãoconforme,NA–Nãoaplicável.2 SemprequeexistaumanãoconformidadedeveráserindicadoonúmerodarespetivaFichadeRegistodeOcorrência.

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271

ANEXOS

N

Terra de serviço e de protecção

L1L2L3PEN

PE

Posto de transformação

Ligador de terra do equipamento

Figura A7.2 – Sistema TN

O regime TNdivide-seemdoisesquema–Esquema TN-C, Esquema TN-S e Esquema TN-C-S.

i)Esquema TN-C

Nesteesquemaocondutor de neutroétambémutilizadocomocondutor de protecção (PEN),comoserepresentanaFiguraA7.3apenaspodendoserutilizadoquandoasec-çãodocondutordeneutroé ≥ 10 mm2.

MassasEléctrodo de terra da alimentação

L1L2L3

PEN

Figura A7.3 – Esquema TN-C. Fonte: RTIEBT.

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276

SUBESTAÇÕES: MONTAGEM ELECTROMECÂNICA, ENSAIOS E MANUTENÇÃO

Tabela A7.1 – Critérios base de aplicação dos regimes de neutro BT de acordo com vários parâmetros. Fonte: Guide de l’ installation eléctrique

– Merlin Gerin – edição de Janeiro de 1982

Características

Aco

nsel

háve

l

Poss

ível

Des

acon

selh

ável

Naturezadarede

Redemuitocompridacomboastomadasdeterradeutilização(≤ 10 Ω) TT TN IT

Idem,mascommástomadasdeterradeutilização(> 30 Ω) TT IT

TN

Redeperturbada(zona de trovoadas) TN TT IT

Redecomcorrentesdefugaimportantes(> 500 mA) TN TT IT

Redecomlinhaaéreasexteriores TT TN IT

Grupoelectrogéneodesocorro IT TT TN

Naturezados

receptores

Receptoressensíveisagrandescorrentesdedefeito,comoporexemplomotores IT TT TN

Receptoresdefracoisolamento(fornoseléctricos,máquinasdesoldar,equipamentodecozinhaindustriais,etc.)

TN TTIT

Váriosreceptoresmonofásicosmóveis,semi-fixoseportáteis(berbequins,porexemplo) TT IT

TN

Receptorescommovimentocontínuo(telastransportadoras,porexemplo) TN IT TT

Diversos

AlimentaçãoportransformadorcomligaçãoYy (estrela-estrela) IT TT TN

Locaiscomriscodeincêndio TTIT TN

Instalaçãocommodificaçõespermanentes(instalaçõesdeestaleiro,porexemplo) TT IT TN

AumentodepotênciadeconshumidoresalimentadosemBTequepassaaseralimentadoemMTcomumPTprivativo

TT TNIT

Instalaçõesondenãoépossívelasseguraracontinuidadedoscircuitosdeterra(instalaçõesdeestaleiro,porexemplo)

TT TNIT

Page 38: Montagem Electromecânica, Ensaios e Manutenção · 2019-11-13 · 27 NORMAS E REGULAMENTOS 1. NORMAS E REGULAMENTOS E OUTROS DOCUMEN-TOS DE REFERÊNCIA 1.1. INTRODUÇÃO A montagem

Sobre a obra

Dando continuidade à obra Subestações: Projecto, Construção, Fiscalização, o autor aborda agora nesta obra os aspectos mais relevantes da montagem electromecânica das subestações, designadamente os princípios de organização da obra e do estaleiro, os procedimentos de montagem dos equipamentos e sistemas, os ensaios e comissionamento com vista à recepção provisória e entrada em serviço da instalação, e também as operações de manutenção daquelas instalações, os princípios de segurança que devem ser observados para a realização dos trabalhos, bem como as normas e regulamentos aplicáveis.

Sobre o autor

Manuel Bolotinha, MSc, licenciou-se em 1974 em Engenharia Electrotécnica (Ramo de Energia e Sistemas de Potência) no Instituto Superior Técnico – Universidade de Lisboa (IST/UL), onde foi Professor Assistente, e obteve o grau de Mestre em Abril de 2017 em Engenharia Electrotécnica e de Computadores na Faculdade de Ciências e Tecnologia – Universidade Nova de Lisboa (FCT-UNL).

Tem desenvolvido a sua actividade profissional nas áreas do projecto, fiscalização de obras e gestão de contratos de empreitadas designadamente de projectos de geração e transporte de energia, instalações industriais e infra-estruturas de distribuição de energia, aero-portuárias e ferroviárias, não só em Portugal, mas também em África, na Ásia e na América do Sul.

Membro Sénior da Ordem dos Engenheiros, é também Formador Profissional, credenciado pelo IEFP, tendo conduzindo cursos de formação, de cujos manuais é autor, em Portugal, África e Médio Oriente.

É também autor de diversos artigos técnicos publicados em Portugal e no Brasil e de livros técnicos, em português e inglês, e tem proferido palestras na OE, ANEP, FCT-UNL, IST e ISEP.

SubestaçõesMontagem Electromecânica, Ensaios e ManutençãoMANUEL BOLOTINHA

Também disponível em formato e-book

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ISBN: 978-989-892-760-6Parceiro de Comunicação