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T505A Montagem de Microcomputadores Parte 5 (T505A5) Dailson Fernandes 1ª Edição

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T505A

Montagem de Microcomputadores Parte 5 (T505A5)

Dailson Fernandes 1ª Edição

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Montagem de Microcomputadores

ESCOLA TÉCNICA DE INFORMÁTICA

Sumário

14. DRIVE DE DISQUETE 124

15. CD-ROM 126

16. MODEM 128

17. TECLADO E MOUSE 128

CAPÍTULO EXTRA: ARQUITETURA INTERNA 130

18.1. MELHORIAS INTERNAS 130 18.2. EM BUSCA DA RECEITA IDEAL 131 18.3. O INTERIOR DO AMD ATHLON 131 18.4. A MINA DA INTEL 132 18.5. MEMÓRIA RDRAM 133

19. FICHA TÉCNICA 135

20. BIBLIOGRAFIA 135

21. AGRADECIMENTOS: 136

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14. Drive de Disquete De uma forma geral, “drive” é um dispositivo que permite acessar meios de armazenamento. Em um computador, podemos ter drives de vários tipos:

Drives de disquete Drives de disco rígido Drives de CD-ROM Drives de fita magnética ZIP Drives Drives LS-120

Informalmente, a palavra drive tem sido usada para designar os drives de disquetes (Floopy Disck Drive), mas deve-se ter em mente que o seu significado é bem mais abrangente. Neste manual, quando usamos isoladamente o termo drive, estamos nos referindo aos drives de disquetes.

A figura acima mostra o tipo mais comum de drive, ainda usado em praticamente todos os PCs, apesar de ser totalmente obsoleto. É o drive de 31/2 de alta densidade (HD, ou High Densidy), com capacidade de 1.44 MB. Observe nas suas partes laterais, os furos onde são instalados os parafusos que o fixam ao gabinete. A figura acima mostra as conexões existentes na parte traseira de um drive de 31/2 .São ao todo duas, sendo que uma delas serve para conectar o drive na fonte de alimentação, e outro serve para a comunicação com a interface de drives (lembre que essa interface fica localizada na placa de CPU).

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Para permitir a conexão dos drives na interface, é usado um cabo apropriado, conhecido como cabo flat para drives. Esse cabo sempre é fornecido com a placa de CPU.

O cabo flat para drives é mostrado acima. Em geral possui três conectores (alguns cabos de flat antigos possuíam até 5 conectores, para permitir a conexão de drives de 51/4, que usavam conectores diferentes). Um desses conectores deve ser ligado na placa de CPU (onde fica a interface para drives de disquete). Os outros dois conectores permitem a ligação de um ou dois drives de disquete. O drive ligado no conector da extremidade do cabo será automaticamente selecionado como A. Caso seja desejado (normalmente ninguém faz isso) instalar um segundo drive de disquete, podemos ligá-lo no conector do meio do cabo. Esse será automaticamente selecionado como B. Entre os drives conectores que partem da fonte de alimentação, existem aqueles que são próprios para a conexão ao drive de 31/2. Abaixo vemos dois tipos de conectores para drives existentes na fonte de alimentação. O maior deles é próprio para a conexão em discos rígidos, drives de CD-ROM e drives de 51/4 (que não são mais usados). O menor deles é próprio para a conexão em drives de 31/2.

Apenas para você não dizer que nunca viu um drive de 5 1/4, apresentamos a figura abaixo, na qual vemos um drive de 5 1/4 (1.2 MB ) e um drive de 3 1/2 (1.44 MB).

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15. CD-ROM O Compact Disc - Read Only Memory, ou simplesmente CD-ROM é um dos ítens indispensáveis na aquisição de um PC. Para os game-maníacos, a oportunidade de usar jogos, emuladores diversos no micro. Para os amantes da música, a oportunidade de trabalhar, ou fazer uma apostila do curso de montagem do Ibratec ouvindo um rock and roll do Oficina G3 para acalmar os nervos, e para nós técnicos a oportunidade de instalar softwares diversos e ganharmos nosso sofrido pão de cada dia. A principal característica que diferencia as unidades de CD-ROM é a sua "velocidade". Tecnicamente falando, a velocidade de um CD-ROM é medida através de dois fatores básicos: a sua taxa de transferência e o seu tempo de acesso. Uma boa unidade de CD-ROM deverá ter uma alta taxa de transferência e um baixo tempo de acesso. Quando os fabricantes adaptaram aparelhos de CD para computador, as unidades trabalhavam no mesmo padrão do CD de áudio convencional. Só que havia um problema: como no caso das unidades de CD de áudio a velocidade não é um fator crítico, as primeiras unidades de CD-ROM eram extremamente lentas, operando a uma taxa de transferência de 150 KB/s. Para você ter uma idéia de como as primeiras unidades de CD-ROM eram lentas, fique sabendo que um disco rígido moderno (destes de 1.2 GB ou mais) trabalha com uma taxa de transferência de 16,6 MB/s - ou seja, 113 vezes mais rápido (1 GB = 1.024 MB). Para melhorar esta situação, os fabricantes de CD-ROM aumentaram a taxa de transferência de suas unidades, simplesmente aumentando a velocidade de rotação do CD dentro da unidade e, conseqüentemente, multiplicando a sua taxa de transferência. Uma unidade que tivesse uma taxa de transferência de 300 KB/s, por exemplo, passava a ser chamada de "doublespeed" ou "2x", pois era duas vezes mais rápida que a taxa de transferência padrão de 150 KB/s. Portanto, uma unidade de CD-ROM "8x" possui uma taxa de transferência de 1.200 KB/s (8 x 150 KB/s), bem como uma unidade de CD-ROM "12x" tem uma taxa de transferência de 1.800 KB/s. Basta fazer as contas para saber a taxa de transferência de uma unidade de CD-ROM. Se você tem uma unidade de CD-ROM mas não sabe qual a sua "velocidade", basta utilizar algum programa para teste de CD-ROM , anotar sua taxa de transferência e dividi-la por 150 KB/s. Na tabela abaixo, consulte alguns exemplos de taxas de transferências dos aparelhos de CD-ROM.

Velocidade Taxa 1X 150 kB/s 2X 300 kB/s 3X 450 kB/s 4X 600 kB/s 6X 900 kB/s 8X 1200 kB/s 10X 1500 kB/s 52X 3750 kB/s 54X 8100 kB/s 56X 8400 kB/s

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Parte traseira de um drive de CD-ROM

Quando se adquire um CD-ROM, fatalmente o usuário vai querer dispor em seu micro dos recursos multimídia que os softwares, jogos e principalmente a internet nos traz. Para isso além do CD, temos que Ter no mínimo um par de caixas de som e uma placa de som. Abaixo acompanhe um esquema de um Kit-Multimídia completo.

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Visão geral de uma placa de som:

16. Modem É com certeza hoje, um dos ítens indispensáveis na compra de um PC. É cada vez mais comum o uso de modems, graças a democratização da Internet. Na figura abaixo, vemos um modem interno ou como é conhecido: Placa de Modem. Existem modems externos, que são conectados ao PC através de uma interface serial (geralmente a COM2). A palavra modem é uma sigla que quer dizer MOdulação e DEModulação, que é justamente o trabalho que o modem faz. Ele traduz o sinal binário do computador para a linha telefônica, ou seja MOdula, o outro modem que está recebendo faz a tradução inversa, ou seja DEModula, e vice-versa. O modem nada mais é do que um conversor de sinais, que possibilita que seu computador se comunique com outro através da linha telefônica. A velocidade comum encontrada nos modems hoje em dia é o de 56Kbps. Antes havia uma grande confusão em relação ao padrão do modem. Em 1998 os fabricantes adotaram o padrão V.90. A partir de então os provedores de acesso à Internet passaram a investir na instalação de modems V.90, e os usuários de PCs puderam aderir ao modem padrão. As marcas mais conhecidas e conceituadas do mercado são US Robotics, Motorola e Diamond.

17. Teclado e Mouse Aqui estão os dois principais dispositivos de entrada, obrigatórios em qualquer PC. Ambos podem ser adquiridos com facilidade nas revendas de informática. Entretanto, aqui existe uma característica muito interessante. Você pode gastar, com esses dois módulos cerca de R$ 25,00, ou pode gastar uma soma mais elevada, podendo ultrapassar os R$ 400,00. Isto ocorre porque existem vários modelos de teclado e mouse, apresentado desde uma péssima até uma excelente qualidade. Um teclado possui em geral, entre 101 e 106 teclas. O teclado deve ser conectado a placa de

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CPU, pois é nela onde está localizada a interface do teclado. Todas as placas de CPU possuem um conector próprio para esta ligação. Este conector está acessível na parte traseira do gabinete do computador. Todos os teclados possuem este conector (chamado de conector DIN de 5 pinos). Mas também existem teclados que usam outro tipo de conector o PS/2. A tecnologia também permite que você use um teclado sem fio, que manda os sinais para o micro através de infra-vermelho. Enquanto o preço médio dos teclados variam entre 10 a 30 reais, existe o teclado da Microsoft, que custa R$ 200,00 (em torno de 100 dólares). Este teclado tem sido copiado por outros fabricantes, mais com certeza passa de longe a qualidade imposta pela empresa. Além das teclas normais, o teclado da Microsoft traz teclas adicionais para facilitar o uso dos recursos multimídia do computador e a navegação na Internet. Os teclados que tem as teclas separadas (mão esquerda e mão direita), são chamados de “Teclado Ergonômico”, desenvolvido para que atenue as lesões causadas pelo movimentos repetitivos de digitação.

Crítico mesmo é o mouse. Existem muitos modelos de baixíssimo custo, chegando a custar cerca de R$ 5,00. Tudo corre bem enquanto o mouse está novo. Depois de algumas semanas, a sujeira acumulada no interior faz com que a sua esfera apresente movimentos irregulares. O resultado é que o cursor do mouse na tela pode prender ou dar saltos. Uma opção sensata é comprar um mouse de qualidade melhor, que pode chegar até a R$ 200,00 (Mouse da Microsoft). Para quem quer gastar um pouco e Ter um mouse de excepcional qualidade, é indicado o Microsoft Mouse. Seus movimentos são perfeitamente traduzidos sobre o cursor na tela, sem prender nem apresentar saltos. Seu deslizamento sobre a mesa é totalmente linear e a tecnologia empregada permitiu que a esfera fosse retirada, agora o mouse usa laser, uma luz vermelha intensa que é acendida toda vez que o pequeno rato de R$ 200,00 entra em movimento. Se não for bom, pelo menos você fica com a aparência de um alienígena mexendo nos contatos da sua nave espacial .

Sujeira que contribuem para o mal funcionamento do Mouse

Outra marca muito boa e com o preço mais acessível mais com qualidade comparada com o mouse da Microsoft é o Logitech, marca que anda um pouco desaparecida das prateleiras das lojas de nossa cidade. Na maioria das vezes, o mouse é conectado em uma interface serial, normalmente a COM1. Os conectores utilizados nesta ligação são do tipo DB9, sendo o macho localizado na interface serial, o fêmea localizado no cabo do mouse. Mas as placas padrão ATX, dão preferência ao conector PS/2, tanto para o mouse como para o teclado.

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Tanto o mouse que utiliza conector DB-9 como o que utiliza conector padrão PS/2 são seriais. Por isso um mouse com conector padrão PS/2 pode ser ligado, por exemplo na COM1, bastando utilizar um adaptador para esta conexão. Resta ainda lembrar que nos PCs modernos, tanto as interface seriais como a interface para mouse PS/2, ficam na placa de CPU.

Portas de uma placa ATX: PS/2, USB, LPT e COM

18. Capítulo extra: Arquitetura Interna A arquitetura interna de um PC é definida pela forma em que se estruturam e interagem os componentes básicos do hardware. Por esses motivo, as características e funcionalidades de uma determinada arquitetura derivam, em grande parte, da capacidade e da eficiência das transferências de informação que ocorrem através dos buses de dados. Na prática, isso se traduz no fato de que dois computadores equipados exatamente com os mesmos processador, memória, placa de vídeo e assim por diante, mas com arquiteturas diferentes (isto é, com diferentes placas mãe ou chipsets), podem revelar grandes diferenças de rendimentos e de desempenhos.

18.1. Melhorias Internas No projeto inicial do IBM PC estabeleceu-se uma arquitetura de buses muito simples, que intercomunicava todos os componentes e periféricos. Para incrementar os desempenhos dos PCs sem perder a compatibilidade, a arquitetura original tornou-se mais complexa ao incorporar uma série de modificações técnicas que solucionavam as deficiências do sistema à medida que estas iam se revelando. Por exemplo, a chegada dos sistemas operacionais com interface gráfica deixou evidente a deficiência de desempenho em termos gráficos dos PCS com placas de vídeo para bus ISA. Em pouco tempo, o bus PCI acabou por se incorporar ao padrão PC, como um aperfeiçoamento na arquitetura da máquina, capaz de permitir o aumento do desempenho das placas de expansão (especialmente no que se refere à questão gráfica) e de aproveitar ao máximo a capacidade dos processadores de última geração. Com o passar do tempo, as melhoras introduzidas na arquitetura do PC, como o bus PCI, podem ficar defasadas quando se introduzem ou se aperfeiçoam outras tecnologias. Esse é o caso da aceleração de gráficos em 3D, que

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supera os desempenhos e a capacidade das placas e do bus PCI, o que levou ao desenvolvimento e à implantação geral do bus AGP na arquitetura interna dos PCS ATUAIS. Importante: os processadores costumam ser os elementos que inpulsionam as modificações nos chipsets e na arquitetura interna utilizados nas placas mãe dos computadores.

18.2. Em Busca da Receita Ideal A Intel e a AMD são atualmente os dois fabricantes que produzem os processadores presentes em aproximadamente 99% dos PCs que podem ser encontrados em todo o mercado mundial. Os processadores de ambas as empresas são compatíveis entre si, o que significa que qualquer programa ou periférico de um PC funcionará indistintamente com um ou outro deles. Embora o resultado final seja o mesmo, a tecnologia que se esconde dentro dos diferentes modelos e marcas de processadores é muito distinta e constitui, em grande medida, a base sobre a qual se projeta um determinado modelo de arquitetura interna (basicamente o chipset e a disposição dos buses na placa-mãe.). A freqüência interna em MHz é o fator que à primeira vista indica o desempenho de um computador. Na verdade, porém existem muitos outros fatores que devem ser levados em conta para estabelecer a potência de uma CPU. A velocidade das memórias cache de primeiro (L1) e segundo nível (L2), a capacidade do bus do sistema e a latência e a rapidez de acesso à memória RAM são algumas das características que podem alterar o desempenho de um computador conforme o tipo de utilização a ele atribuído. Entre os modelos que compõe o catálogo da AMD e da Intel podem ser encontrados processadores de diversas características e freqüências de funcionamento. Normalmente, cada fabricante oferece três níveis de produto, que se ajustam às necessidades de desempenho e de preço de diferentes grupos de usuários: iniciantes/domésticos, avançados/jogos 3D e profissionais empresariais. As diferentes gamas de processadores de um mesmo fabricante costumam compartilhar a mesma base e a mesma arquitetura, com algumas mudanças ou modificações que melhoram ou reduzem seu desempenho geral.

18.3. O Interior do AMD Athlon Os processadores Athlon da AMD incorporam uma grande quantidade de mudanças em sua arquitetura interna como o objetivo de superar o desempenho das CPUs da Intel. O Athlon ou K7 é um processador projetado a partir do zero, o que significa que não se trata de uma versão melhorada ou atualizada dos chips anteriores da empresa. Ela concebeu o Athlon como um processador de alto desempenho, abandonando a estratégia de fabricar um produto barato e de desempenho inferior aos dos concorrentes. Para isso, o Athlon introduz uma nova especificação para placas mãe, com um novo soquete para o processador, de aparência similar ao Slot 1 da Intel, mas incompatível em termos de conexões elétricas, o Slot ª O avançado projeto do processador Athlon garante-lhe uma capacidade de cálculo e processamento que supera a dos processadores Pentium III de características semelhantes. Contudo, o poder desse processador deve-se basicamente a um novo protocolo de bus, o EV6, usado anteriormente nos processadores de alto desempenho da Alpha, da Digital. Diversamente do protocolo de bus GTL+ que a Intel usa para seus processadores, o EV6 pode coordenar o funcionamento assíncrono de todos os buses que integram o sistema. Isso significa que o bus principal do sistema pode funcionar a uma freqüência de 200 MHz, enquanto o bus com a memória RAM, por exemplo, emprega outra freqüência independente, o que possibilita a utilização de memória SDRAM PC 100 (100 MHz e PC-133 MHz). Em sistema multiprocessado (com mais de uma CPU), o protocolo EV6 resulta em grande vantagem em relação a outros tipos de buses de menor capacidade. Isso ocorre porque a alta freqüência (200 MHz) à qual os processadores Athlon se comunicam com o chipset permite que dois processadores possam acessar memória, ou qualquer outro componente que se comunique com o chipset, de modo simultâneo e independente, sem precisar fazer pausas para alternar o uso do bus.

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O formato e o encapsulamento empregado pela AMD nos processadores Athlon têm aspecto muito semelhante ao dos chips da família Pentium II da Intel.

18.4. A Mina da Intel Dentro da família Pentium III, a Intel dispõe de modelos baseados no núcleo “Katmai” (bus de 100 MHz de tecnologia de 0,25 micra, usado nos Pentium II e nos primeiros III) e de outros que usam uma nova tecnologia de 0,18 micra, conhecidos como “Coppermine” (“mina de cobre”), que operam a freqüências de 100 e 133 MHz. A principal característica desses processadores é a incorporação de uma cache de segundo nível L2 de 256 KB dentro do núcleo do chip que configura a CPU. Diversamente da capacidade L2 de 512 KB, que nas CPU “Katmai” funcionava à metade da freqüência do processador, a cache L2 dos processadores “Coppermine” trabalha à mesma freqüência e inclui avanços como ATC (Advanced Transfere Cache – cache de transferência avançada. Novo sistema de cache L2 incluído nos processadores “Coppermine”, com capacidade quatro vezes maior que a da cache L2 das CPUs do tipo “Katmai”.) e o ASB (Advanced Sustem Buffering – sistema de buffer avançado. Tal como a ATC, é um conceito de marketing que agrupa diversas melhoras internas dos processadores “Coppermine”), razão pela qual propicia desempenho superior apesar do tamanho bem menor. Graças à mudança de disposição da cache L2, os processadores “Coppermine” integram num só chip todos os circuitos de que precisam para seu funcionamento. Por esse motivo alguns modelos do Pentium III “Coppermine” não usam o formato de placa que lhes permitiria o encaixe nos slots das placas-mãe do tipo Slot 1, apresentando-se no formato FC-PGA para conectar-se em soquetes do tipo PGA-370. Isso faz com que nas placas mãe com conexão para o processador do tipo Slot 1 seja preciso utilizar uma placa adaptadora para instalar os processadores Pentium III “Coppermine” para soquete FC-PGA. Para aproveitar a melhora no desempenho gerada pelo aumento da freqüência do bus do sistema, de 100 para 133 MHz, a Intel desenvolveu novas especificações para os chipsets projetados especificamente para as CPUs “Coppermine”. Entre outras novidades, os novos chipsets (como o Intel 820 “Camino” ou o Intel 840) incorporam o suporte para um novo formato de memória de maior desempenho, a RDRAM.

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Para que se possa utilizar um processador Pentium III da série E (“Coppermine”) numa placa-mãe com o clássico Slot 1 é

necessário recorrer a uma placa adaptadora FC-PGA 370 como na foto acima.

18.5. Memória RDRAM Desde seu lançamento, a memória RDRAM (Rambus DRAM) foi objeto de uma grande polêmica, que refreou sua utilização intensiva. Ninguém questiona a melhora de desempenho que se pode obter com esse novo sistema de memória. O fato problemático a respeito dela é que a tecnologia RDRAM está sujeita a royalties e assim cada módulo de memória e cada placa-mãe com capacidade RDRAM são “taxados” por um valor que os fabricantes de hardware devem transferir aos desenvolvedores do padrão RDRAM (principalmente a Intel), o que encarece notavelmente o produto. Do ponto de vista técnico, a memória RDRAM estabelece um novo sistema de conexão (bus de memória) que permite atingir taxas de transferência superiores às proporcionadas pela habitual memória SDRAM com seus módulos PC-100 (100 MHz) e PC-133 (133 MHz). Enquanto a SDRAM utiliza 100 MHz, o bus com a RDRAM funciona a 300 ou 400 MHz e pode efetuar duas transações por ciclo, o que na prática equivale a uma freqüência de 600 a 800 MHz. Embora a diferença entre as transferências de trabalho da SDRAM e da RDRAM seja enorme, a capacidade de transmissão real de ambos os buses de memória não é tão notável. A SDRAM tem uma largura de bus de 64 bits, ao passo que a RDRAM só alcança 16 bits. Isso se traduz numa capacidade de transmissão de 800 MB/s (100 MHz x 64 bits) para a SDRAM e de 1.600 MB/s (800 MHz x 16 bits)

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para a RDRAM. Considerando a perda de rendimento provocada pela dupla transação por ciclo da RDRAM e a redução da largura do bus, a diferença real entre a capacidade dos tipos de memória não chega sequer ao dobro. Além disso, é importante levar em conta que, em sua maioria, os programas e sistemas operacionais são desenvolvidos com base em registros e buses de dados de 32 bits no mínimo, motivo pelo qual é difícil atualmente extrair todo o proveito e o desempenho potencial da cara memória RDRAM.

Principais Características e diferenças entre processadores Fabricante Intel Intel AMD Família KATMAI COPPERMINE ATHLON Processadores Pentium II

Pentium III Pentium III – E

Pentium III – EB ATHLON

Aspecto

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Modo de Conexão Slot 1 Slot 1 FC-PGA 370

Slot A

Cache L2 512 KB ½ frequência da CPU

256 KB mesma frequência da CPU

512 KB a 8 MB ½ ou 1/3 da frequência

da CPU Frequência dos Buses

CPU Chipset

100 MHz 100 ou 133 MHz 200 MHz

Memória Chipset

100 MHz 100 MHz (SDRAM) 400 MHz (RDRAM)

100 MHz

AGP x2 x2, x4 x2, x4

19. Ficha Técnica Concepção do Conteúdo:

Dailson Fernandes

Diagramação e Elaboração:

Dailson Fernandes

Digitação:

Dailson Fernandes

Sheila Cristina Fernandes

Daylza Fernandes

Revisão:

Dailson Fernandes

Editoração

Ibratec Edições

20. Bibliografia • PAULA GIL, Anahuac – Apostila de Montagem e Manutenção do Ibratec – 1999. Editora: Ibratec Edições • LOBO, Alexandre – Apostila de Montagem e Manutenção do Ibratec – 1994.

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Editora: Ibratec Edições • Fernandes, Dailson – Apostila de Montagem e Manutenção de Microcomputadores – 1999. Edição Independente • Vasconcelos, Laércio - Como montar, configurar e expandir seu PC de 200 a 500 MHz Editora: Makron Books • Vasconcelos, Laércio - Manual de Manutenção e Expansão de PCS Editora: Makron Books • Vasconcelos, Laércio - Como Fazer Expansões de Hardware no seu PC Editora: Makron Books • D’Avila, Edson – Montagem, Manutenção e Configuração de Computadores Pessoais Editora: Érica • Torres, Gabriel - Harware Curso Completo Editora: Axcel Books • Revista PC a Fundo: Fascículos: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 Editora: Planeta A maioria das fotos e ilustrações foram retiradas das revistas PC a Fundo e dos sites de Gabriel Torres (www.gabrieltorres.com) e de Laércio Vasconcelos (www.laércio.com.br) Todos os direitos pertencem aos respectivos autores. Recomendamos como fonte de pesquisa os seguintes sites: www.gabrieltorres.com www.laércio.com.br

21. Agradecimentos: Agradeço principalmente a Deus que deu força bastante para o término deste trabalho, a minha esposa pela paciência e ajuda na digitação dos textos e aos professores do Ibratec pela contribuição. Valeu !