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 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA DO PROGRAMA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – POLO DUAS ESTRADAS-PB. A APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE E AO DESEMPENHO MOTOR DOS JOVENS DE GUARABIRA - PB. Alberto Magno Neves de Mello DUAS ESTRADAS – PB 2011 A APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE E AO DESEMPENHO MOTOR DOS JOVENS DE GUARABIRA - PB.

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIAFACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA

CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA DOPROGRAMA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – POLO

DUAS ESTRADAS-PB.

A APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE E AO

DESEMPENHO MOTOR DOS JOVENS DE GUARABIRA -

PB.

Alberto Magno Neves de Mello

DUAS ESTRADAS – PB2011

A APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE E AO

DESEMPENHO MOTOR DOS JOVENS DE GUARABIRA -

PB.

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ALBERTO MAGNO NEVES DE MELLO

Trabalho Monográfico apresentado

como requisito final para aprovação na

disciplina Trabalho de Conclusão de

Curso II do Curso de Licenciatura emEducação Física do Programa UAB da

Universidade de Brasília – Polo Duas

Estradas - PB.

ORIENTADORA: ANA CRISTINA DE DAVID.

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho a minha amada companheira e esposa, Santillana

de Miranda Henriques (Lana), que está pacientemente ao meu lado nesses

últimos anos, que compartilha comigo todas as alegrias e tristezas, me

compreende e me apoia em todos os momentos difíceis e que me ajudou a

superar tantas barreiras surgidas no decorrer deste curso.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao professor Dr. Iran Junqueira, coordenador e também

idealizador da Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília no

sistema EAD, pela atitude visionária que teve em acreditar no sucesso desse

curso e desenvolvê-lo competentemente; ao Sr. Roberto Carlos Nunes, prefeito

da Cidade de Duas Estradas PB, pela iniciativa e dedicação que tem

demonstrado em prol da educação e que através da efetivação do projeto UAB

no município me possibilitou a materialização de sonhos há muito tempo

esquecidos; aos professores e tutores “à distância” de todas as disciplinas

transcorridas, pela dedicação que demonstraram na transmissão do

conhecimento; ao tutor e a coordenadora presencial, João Batista e Maria daGraças, pelo empenho, paciência, compreensão e amizade; ao tutor da

disciplina TCC I, prof. Leandro Casarin Dalmas, pelos ótimos conselhos que

me ajudaram a organizar esta pesquisa; a Prof.ª Ana Cristina de David, que

nessa disciplina me orientou competentemente em todas as etapas de

construção deste trabalho; ao tutor Giano Luis Copetti, pelas excelentes

sugestões e que muito me serviram para o desenvolvimento e organização

desta investigação; aos professores autores Fernando Mascarenhas e Regianede Ávila Chagas, pelo magnífico trabalho que fizeram na construção e

desenvolvimento das disciplinas TCC I e II; a todos os colegas de turma, pois

de alguma forma contribuíram para o enriquecimento de conhecimentos e o

meu crescimento pessoal, sobretudo aos amigos Maria Verônica, Ida Maria,

Severino Henrique e Jailson que me ajudaram em diversas ocasiões e

estiveram sempre ao meu lado; a todas as pessoas que de alguma forma

contribuíram para o planejamento e consolidação desse curso.

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ..............................................................................................

LISTA DE TABELAS .............................................................................................

RESUMO ................................................................................................................ABSTRACT ............................................................................................................

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 

2. OBJETIVOS .......................................................................................................

2.1 Objetivo Geral...................................................................................................

2.2 Objetivos Específicos .......................................................................................

3. REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................

3.1 Sobre a aptidão física em geral........................................................................

3.2 Sobre os componentes da aptidão física .........................................................3.3 Componentes da aptidão física relacionados à saúde ....................................

3.3.1 Resistência cardiorrespiratória ......................................................................

3.3.2 Força ..............................................................................................................

3.3.3 Flexibilidade ...................................................................................................

3.3.4 Composição corporal.....................................................................................

3.4 Componentes da aptidão física relacionados ao desempenho motor............. 

3.4.1 Potência .........................................................................................................

3.4.2 Velocidade .....................................................................................................

3.4.3 Agilidade ........................................................................................................

3.4.4 Coordenação Motora .....................................................................................

3.4.5 Equilíbrio ........................................................................................................

3.5 A importância do reconhecimento da aptidão física geral...............................

3.6 Sobre a importância do trabalho do professor de educação física no reconhecimento da aptidão física geral..................................................................

4. MÉTODOS ..........................................................................................................

4.1 População e amostra ........................................................................................4.2 Medidas e avaliações .......................................................................................

4.4 Materiais ...........................................................................................................

4.5 Coleta de dados ................................................................................................ 

4.6 Sobre o tratamento e análise dos dados .......................................................... 

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO DOS DADOS ..................................................

5.1 Avaliações da Aptidão Física Relacionada à Saúde........................................ 

5.1.1 Índice de Massa Corporal (IMC) .................................................................... 

5.1.2 Teste de Flexibilidade (sentar e alcançar) ....................................................

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5.1.3 Teste de Força e Resistência Abdominal...................................................... 

5.1.4 Teste de Resistência Cardiorrespiratória ......................................................

5.2 Avaliações da Aptidão Física Relacionada ao Desempenho Motor................ 

5.2.1. Testes Motores de Potência Muscular .........................................................

5.2.1.1 Teste de Potência dos Membros Superiores .............................................

5.2.1.2 Teste de Potência dos Membros Inferiores ................................................ 

5.2.3 Teste de Agilidade .........................................................................................

5.2.3 Teste de Velocidade de Deslocamento ......................................................... 

6. CONCLUSÕES ................................................................................................... 

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................

8. ANEXOS .............................................................................................................

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Mensuração da Estatura .......................................................................

Figura 2 Medida de Envergadura ........................................................................

Figura 3 Teste de Flexibilidade ...........................................................................

Figura 4 Teste de Força e Resistência ...............................................................

Figura 5 Teste de Potência dos Membros Inferiores ........................................

Figura 6 Teste de Potência dos Membros Superiores .....................................

Figura 7 Teste de Agilidade .................................................................................

Figura 8 Teste de Velocidade ..............................................................................

Figura 9 Teste de Capacidade Cardiorrespiratória ...........................................

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Características dos Voluntários ..........................................................

Tabela 2 Resultados .............................................................................................

Tabela 3 IMC ..........................................................................................................

Tabela 4 Teste de Flexibilidade ...........................................................................

Tabela 5 Teste de Força e Resistência Abdominal...........................................

Tabela 6 Teste de Resistência Cardiorrespiratória (9 minutos) ......................

Tabela 7 Teste de Potência dos Membros Superiores .....................................

Tabela 8 Teste de Potência dos Membros Inferiores .......................................

Tabela 9 Teste de Agilidade (quadrado) ............................................................

Tabela 10 Teste de Velocidade (20 metros) .......................................................

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RESUMO

Constantemente são divulgadas pesquisas que apontam a baixa

aptidão física em geral como um dos principais fatores relacionados ao

surgimento de doenças hipocinéticas. Concomitantemente, outros estudos

apontam que os jovens estão se tornando cada vez mais sedentários, portanto

mais inaptos fisicamente e sujeitos ao desenvolvimento de doenças crônico-

degenerativas. A partir dessas informações, este trabalho tem como objetivo

principal divulgar um diagnóstico da realidade local, apresentando através do

resultado obtido em testes somatomotores padronizados pelo Programa

Esporte Brasil – PROESP-BR, o estado de aptidão física relacionado à saúde e

ao desempenho motor dos jovens de Guarabira. Para tal intento, onze jovensforam submetidos em avaliações que aferiram: a composição corporal, a

resistência cardiorrespiratória, a flexibilidade, a força e resistência muscular, a

agilidade, a velocidade e a potência muscular. Os resultados obtidos

demonstraram que esses adolescentes apresentam bom estado de aptidão

cardiorrespiratória uma composição corporal saudável, sem riscos de doenças

associadas à obesidade ou de doenças do sistema cardiorrespiratório, contudo

alguns apresentaram pouca força, flexibilidade e resistência muscular,resultados que podem repercutir em risco de problemas posturais, lombares e

dores nas costas em geral e em uma boa amplitude dos movimentos corporais.

No resultado do teste de agilidade observou-se que há uma grande deficiência

nessa aptidão em todos os avaliados. Os testes de velocidade e potência dos

membros inferiores e superiores evidenciaram resultados variados. Em geral,

os avaliados apresentaram-se com boa aptidão física relacionada à saúde, mas

sem rendimentos significantes quanto à aptidão física relacionada aodesempenho motor. Assim, aparentam não correrem riscos iminentes de

desenvolvimento de doenças hipocinéticas, porém evidencia-se uma baixa

desenvoltura para atividades esportivas.

Termos chave: aptidão física; saúde; desempenho motor; doenças

hipocinéticas.

 

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ABSTRACT

Are constantly being released research pointing to low physical fitness in

general as one of the main factors related to the appearance of hypokinetic

diseases. Concurrently, other studies suggest that young people are becoming

more sedentary, physically unfit, and therefore more subject to the development

of chronic degenerative diseases. From this information, this study aims were to

promote a diagnosis of local reality, with the result obtained by somatomotor 

standardized tests in the Sports Program Brazil – PROESP-BR, the state of 

health-related fitness and motor performance of young of Guarabira. For this

purpose, eleven young men underwent evaluations that assessed: body

composition, cardiorespiratory endurance, flexibility, muscular strength andendurance, agility, speed and muscle power. The results showed that these

adolescents are in good cardiorespiratory fitness a healthy body composition,

without the risk of obesity-associated diseases or diseases of the

cardiorespiratory system, though some had little strength, flexibility and

endurance, results that may be associated with risk of poor posture, and lumbar 

back pain in general and a good range of body movements. On results of the

agility test showed that there is a major deficiency in this ability in all evaluated.The tests of speed and power of upper and lower limbs showed mixed results.

In general, students were presented with good physical fitness related to health,

but without significant impact on the physical fitness related to motor 

performance. So, apparently not at risk of imminent development of hypokinetic

diseases, however a highlight was a low agility for sports activities.

Key terms: physical fitness, health, motor performance, hypokinetic diseases.

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1. INTRODUÇÃO

Existem diversos estudos e trabalhos publicados que apontam

evidências que baixos níveis de aptidão física podem estar relacionados ao

aparecimento de diferentes moléstias que comprometerão negativamente a

vida futura de um indivíduo, as denominadas doenças hipocinéticas. Dentre as

quais podemos citar as doenças cardiovasculares, a hipertensão arterial, a

hipercolesterolemia e a hiperlipidemia, a obesidade, a diabetes mellitus tipo II,

a osteoporose, as lombalgias, certos tipos de câncer, etc. (MARQUES &

GAYA, 1999; ARAÚJO & ARAÚJO, 2000; NAHAS, 2001; GLANER, 2002,

2003; PELEGRINI et al , 2011).

As doenças infectocontagiosas em geral vêm sendo controladas comcerta eficiência, já as doenças hipocinéticas vêm aumentando

consideravelmente (GUEDES, 1999). No Brasil, esse crescimento é

semelhante ao dos países de primeiro mundo, onde as doenças hipocinéticas

representam a primeira causa de morte entre a população adulta, superando as

doenças infectocontagiosas (GUEDES & BARBANTI, 1995).

Essas doenças hipocinéticas estão diretamente relacionadas ao

sedentarismo e consequente inaptidão física. De acordo com Araújo & Araujo(2000), existem cada vez mais dados que demonstram que o exercício, a

aptidão e a atividade física estão relacionados com a prevenção e a

reabilitação de doenças e com a qualidade de vida. Destacam ainda que a

relação entre as variáveis, aptidão física, atividade física e saúde são

interdependentes, onde o aumento ou redução de uma das variáveis

influenciará diretamente nas outras.

Ao se conhecer o nível de aptidão física apresentado por um indivíduo épossível presumir qual o seu estado de saúde e quais são os riscos que esse

sujeito apresenta para o desenvolvimento de doenças hipocinéticas em geral. A

partir desse conhecimento é possível desenvolver estratégias específicas que

visem ajudar a conservar e/ou reabilitar o estado de aptidão física da pessoa

para um padrão aceitável, proporcionando-lhe uma melhor qualidade de vida,

pois “se sabe que existe uma relação importante entre a melhora da aptidão

física e a melhora nas capacidades funcionais motoras (força, velocidade,

agilidade, flexibilidade e potência aeróbia) dos indivíduos”. (KREBS et al , 2011,

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p2)

Para Guedes & Guedes (2006), quando nos referimos à aptidão física

podemos reconhecê-la em dois componentes: à saúde e ao desempenho

atlético (ou motor). Sendo que esses dois componentes podem ser 

considerados a partir de testes e avaliações que envolvam esforços físicos.

A aptidão física relacionada à saúde faz menção aos processos

energéticos que permitem que o indivíduo desenvolva as atividades do

cotidiano com vitalidade e sem fadiga excessiva, com um menor risco de

desenvolvimento de doenças ou condições hipocinéticas. Seus componentes

de mensuração são influenciados pelas atividades físicas cotidianas e buscam

identificar fatores como resistência cardiorrespiratória, aptidão

musculoesquelética e a composição corporal (PROESP-BR, 2009).

Já a aptidão relacionada ao desempenho motor refere-se às

capacidades motoras individuais no desempenho de tarefas específicas. A

relevância da avaliação desses componentes no ambiente escolar tem relação

principalmente com a sua importante intervenção no âmbito do reconhecimento

das habilidades esportivas e consideram na avaliação fatores como: potência

dos membros superiores e inferiores, agilidade e velocidade de deslocamento

(PROESP-BR, 2009).

Os testes de aptidão física relacionada à saúde e desempenho motor 

permitem reconhecer componentes associados à prevenção e redução dos

riscos de doenças hipocinéticas e alterações nas capacidades funcionais

motoras em geral, tais como a força, velocidade, agilidade e potência aeróbia.

De acordo com os mesmos estudos anteriormente citados, quanto mais

precocemente forem conhecidas os níveis de aptidão física de determinada

população, melhores serão os resultados para o desenvolvimento de ações

preventivas, corretivas e de manutenção para um estado satisfatório da aptidão

física.

Ao investigar o cotidiano das aulas de educação física das escolas

públicas da cidade de Guarabira, descobriu-se que em nenhuma delas são

realizados testes de aptidão física e desempenho motor nos estudantes, ou

seja, não há quaisquer registros que identifiquem a realidade dos alunos

nesses aspectos. A falta desses dados contribui negativamente para a saúde eeconomia da população local e circunvizinha em geral, pois o desconhecimento

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de informações desse tipo torna muito mais difícil, tanto para os profissionais

ligados à saúde quanto para os gestores públicos, o desenvolvimento de

estratégias eficientes de prevenção, manutenção e/ou tratamento da saúde dos

 jovens.

Com isso, muitas ações e programas ligados às atividades físicas e a

saúde que poderiam ser desenvolvidos com direcionamentos específicos para

melhora da saúde e qualidade de vida da população deixam de serem

colocados em prática porque não se possui um diagnóstico da realidade e

quando são postos em exercício não geram resultados, culminando não só na

ineficiência, pois não surtem efeitos, continuando a população inativa, mas

também em gastos desnecessários.

Dentro desse cenário, o professor de educação física escolar, que é

também um agente promotor da saúde, deve estar apto a realizar os tais testes

e ser capaz de avaliá-los corretamente, tendo em vista que estão diretamente

ligados ao cotidiano dos jovens, e são de suma importância para a prevenção,

desenvolvimento e manutenção de um estado ótimo de saúde e desempenho

motor satisfatório, e caso necessário, ter condições de avaliar os melhores

métodos para tratamentos de possíveis anormalidades detectadas (DUMITH et 

al , 2010; GUEDES, 2007; CONFEF, 2002).

Com o objetivo de contribuir na ampliação do conhecimento e apresentar 

uma estimativa simplificada que demonstre o estado de aptidão física geral dos

 jovens de Guarabira, tendo como justificativa os argumentos supracitados, foi

aplicado em 11 jovens estudantes do Centro Educacional Osmar de Aquino,

todos com idades entre 14 e 15 anos, as séries de testes somatomotores,

padronizadas pelo Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR, 2009) que consideram

os seguintes componentes relacionados à aptidão física e desempenho motor:

Medidas corporais (Massa corporal, estatura, envergadura e IMC); Força e

resistência abdominal (Sit Up em 1 minuto); Flexibilidade (Sentar ‐e‐alcançar 

com banco de Wells); Força explosiva de membros inferiores (Salto Horizontal);

Força explosiva de membros superiores (Arremesso de Medicineball de 2 Kg);

Agilidade (Teste do quadrado); Velocidade (Corrida de 20 metros); Capacidade

cardiorrespiratória (Corrida de 9 minutos).

Finalmente, partir desse estudo, tendo como exemplo específico oseducandos adolescentes do Centro Educacional Osmar de Aquino, pretende-se

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apresentar uma estimativa simplificada que responda: Qual é o estado de

aptidão física relacionada à saúde e ao desempenho motor dos jovens de

Guarabira?

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

• Avaliar o estado de aptidão física relacionado à saúde e desempenho

motor dos jovens estudantes de Guarabira.

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2.2 Objetivos Específicos

• Comparar o nível de aptidão física dos avaliados com os padrões do

Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR);

• Reconhecer componentes indicadores de possíveis riscos de doenças

crônicas relacionadas à aptidão física e capacidades motoras funcionais

dos jovens de Guarabira.

3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Sobre a aptidão física em geral

Diversas são as descrições expostas sobre o que é ou o que é ter 

aptidão física, mas essencialmente a maioria dos autores que escreveram a

respeito vislumbra uma mesma concepção final.

Para Araújo & Araújo (2000), aptidão física são as habilidades físicas

que permitem ao indivíduo desempenhar suas tarefas cotidianas sem

demonstrar fadiga e possuir reservas de energia para fins recreativos e

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necessidades de emergência.

De acordo com Saba (2003), “Ter aptidão física é estar com o coração,

pulmões, vasos sanguíneos e músculos prontos para suportar, sem problemas,

as atividades que o corpo realiza” (SABA, 2003, p42).

Barbanti (1990) sugere a aptidão física como um estado dinâmico de

energia e vitalidade que permite a cada indivíduo realizar não apenas as

tarefas diárias, as ocupações ativas das horas de lazer e enfrentar 

emergenciais imprevisíveis sem fadiga excessiva, mas também ajuda a

prevenir doenças hipocinéticas, enquanto, funcionando no pico da capacidade

intelectual e sentindo uma alegria de viver. Araújo & Oliveira (2008), têm uma

concepção muito próxima e descrevem a aptidão física como:

(...) a capacidade de executar atividades físicas com energia e vigor 

sem excesso de fadiga e, também, como a demonstração de

qualidades e capacidades físicas que conduzam ao menor risco de

desenvolvimento de doenças e incapacidades funcionais (Araújo &

Oliveira 2008, p2).

Para McArdle & Katch (2008), quando falamos em aptidão física

estamos nos referindo a um conjunto de características relacionadas à maneira

pela qual se executa uma atividade física. Guedes & Guedes (2006) relatam

que esse conjunto de características pode ser dividido em dois componentes

que podem diferir consideravelmente entre si. O primeiro corresponde à

aptidão física relacionada à saúde e envolve essencialmente as capacidades

físicas de resistência cardiorrespiratória, força/resistência muscular e

flexibilidade (acrescenta-se ainda nesse conjunto o elemento composição

corporal) e é caracterizada por apresentar forte influência da prática da

atividade física habitual. O segundo componente diz respeito à aptidão física

relacionada ao desempenho atlético (ou desempenho motor), e abrangem as

habilidades de velocidade, potência (ou força explosiva) agilidade,

coordenação e equilíbrio, sendo caracterizadas por apresentarem acentuada

dependência genética e elevada resistência às modificações do ambiente.

3.2 Sobre os componentes da aptidão física

Guedes & Guedes (2006), afirmam ainda que os envolvidos nas rotinas

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de avaliações da aptidão física devem conhecer as características de cada um

dos componentes citados, entendendo quais são mais influenciados pelo nível

da prática da atividade física habitual, portanto mais passíveis de modificações,

e quais são aqueles que estão mais dependentes de fatores genéticos, com

elevada resistência a modificações do ambiente.

Torna-se extremamente importante diferenciar os componentes da

aptidão física relacionada à saúde e ao desempenho atlético,

considerando que a extensão de participação com que cada um

desses componentes se apresenta deve influenciar na interpretação

de seus resultados (GUEDES & GUEDES 2006, p96).

Assim, entende-se que cada um dos componentes da aptidão física

referenciados para as avaliações precisa ser fundamentado e caracterizado

adequadamente, para que não haja quaisquer dúvidas sobre futuros

procedimentos nas interpretações e consequentes erros na elaboração de

diagnósticos e desenvolvimento de possíveis estratégias de manutenção e

prevenção para o bem estar da população.

3.3 Componentes da aptidão física relacionados à saúde

3.3.1 Resistência cardiorrespiratória

Para Barbanti (1990), resistência cardiorrespiratória é a capacidade do

sistema cardiovascular e do aparelho respiratório permitir a realização de

esforços físicos de intensidade moderada por períodos de longa duração. É

uma capacidade do sistema circulatório e do respiratório para se ajustar e se

recuperar dos esforços do corpo em exercício.

Nahas (2001) defende que bons níveis de resistência cardiorrespiratória

sugerem boa capacidade para realizar tarefas do cotidiano, com menor esforço

e consumo de energia, já níveis baixos desse componente demonstram um

risco significativamente maior de sofrer um infarto do miocárdio e de morrer 

precocemente de cardiopatias.

3.3.2 Força

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Conforme Barbanti (1990), força muscular é a capacidade do músculo

de exercer tensão contra uma resistência, superando, sustentando ou cedendo

a mesma, envolvendo fatores mecânicos e fisiológicos; a resistência de força é

a capacidade de realizar no maior intervalo de tempo, a repetição de um

determinado gesto, sem perder sua eficiência.

Para Mota et al  (2002), pessoas com maior força muscular utilizam

menor percentual de capacidade contrátil nas tarefas, diminuído a intensidade

dos esforços. Dessa forma, o individuo com boa força muscular poderá manter 

com mais vigor uma condição de oposição a determinadas cargas, mantendo o

equilíbrio dinâmico.

3.3.3 Flexibilidade

Genericamente, a flexibilidade pode ser definida como a aptidão de uma

articulação em se mover por uma grande amplitude de movimento. É

considerada relevante para o desempenho de movimentos simples ou

complexos, para a performance desportiva, para a conservação da saúde e

para a preservação da qualidade de vida (IGNACHEWSKI et al ).

De acordo com Platonov (2004), flexibilidade é a qualidade física

responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular 

máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, sem riscos de

provocar lesões. Os fatores que influenciam são: idade, sexo, hora do dia,

temperatura do ambiente, estado de treinamento e situação do atleta.

3.3.4 Composição corporal

Para Stolarczyk & Heyward (2000), composição corporal é a medida do

tamanho e da proporção do corpo humano. Geralmente as razões do peso

corporal para altura podem ser utilizadas para representar essa proporção

corporal. Para avaliar o tamanho e as proporções dos segmentos do corpo,

podem ser utilizadas circunferências, espessuras de dobras cutâneas, largura

dos ossos e comprimento dos segmentos.

Para Delgado (2004), obter valores referentes à composição corporal,

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constitui informações de grande relevância para os professores de educação

física, pois esses dados representam uma estreita relação com a aptidão física

em geral. Além de se obter valores quantitativos, respectivos aos componentes

corporais, a avaliação da composição corporal permite ainda detectar o grau de

desenvolvimento e crescimento de crianças e adolescentes.

3.4 Componentes da aptidão física relacionados ao desempenho motor.

3.4.1 Potência

Para Delgado (2004), potência muscular, é a capacidade de realizar umacontração muscular utilizando uma força máxima no menor tempo possível.

Sharkey (1997, apud Guedes, 2007, p9) confirma que a potência pode ser 

definida como “a propriedade de realizar esforços máximos no menor espaço

de tempo possível e representa a relação entre a força muscular apresentada

pelo jovem e a velocidade com que este pode realizar os movimentos”.

Para Monteiro (2004), potência é o termo empregado para descrever as

manifestações da força que envolve grande velocidade de contração muscular.

Está ligada a um sincronismo da atividade de uma contração, ao máximo

número de unidades motoras com maior grau de tensão possível. Tanto a força

quanto a velocidade vão depender do número de unidades motoras recrutadas

para gerarem tal tensão com cargas menores que a máxima. A potência

muscular é geralmente concentrada em atividades que têm por objetivo

desenvolver altos graus de força com elevada velocidade de movimentos. A

potência muscular é de extrema importância para um bom desempenho em

atletas velocistas, lançadores e arremessadores.

3.4.2 Velocidade

De acordo com Guedes & Guedes (2006), velocidade é a capacidade

motora resultante da interação de um conjunto de atributos que envolvem

implicações neurofisiológicas com repercussões em diversas solicitações

motoras. Para mensuração da velocidade são considerados: o intervalo de

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tempo utilizado entre o estímulo inicial e a execução dos primeiros movimentos;

e o tempo de movimento gasto entre o início dos movimentos e a completa

efetivação da tarefa motora proposta.

Weineck (2003) define a velocidade pelo tempo de reação, frequência de

movimento por unidade de tempo e a rapidez com que se percorre uma

determinada distância, sendo a correlação entre eles o que determina o

desempenho da velocidade.

Para Platonov (2004), velocidade é a condição física particular do

músculo e das coordenações neuromusculares que permite a execução de um

ciclo rápido de gestos que em conjunto, estabelecem uma só e mesma ação,

com uma intensidade máxima e de duração breve ou muito breve.

3.4.3 Agilidade

A aptidão agilidade pode ser definida como a competência neuromotora

do corpo de realizar trocas rápidas e efetivas de direção, sentido e

deslocamento da altura do centro de gravidade de todo corpo ou parte dele,

com destreza e habilidade. Essa medida ocupa lugar na maioria dos testes de

aptidão física geral e muitos têm sido os testes propostos. Sua mensuração

pode apresentar dificuldades, pois esta não se apresenta como um fator 

completamente independente, existindo relação com outras variáveis

neuromotoras simples, como a velocidade potência muscular e equilíbrio, ou

complexas como a coordenação, além de desenvoltura e poder de decisão.

(Guedes & Guedes, 2006; Delgado, 2004; Campos, 2001).

3.4.4 Coordenação Motora

De acordo com Santos (2001) a coordenação motora é identificada por 

uma série de funções que se unem para a composição de atividades globais

mais amplas. “É a atuação conjunta, harmônica e econômica do sistema

nervoso central dos músculos, nervos e sentidos, na execução de um

movimento” (SANTOS, 2001, p16).

Para Gallahue & Ozmun (2005), coordenação motora relaciona-se com

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os componentes da aptidão motora, equilíbrio, velocidade e de agilidade, mas

não se encontra, estreitamente, relacionada com a força e a resistência. É a

habilidade de interagir, em padrões eficientes de movimento, sistemas motores

separados com modalidades sensoriais variadas, sendo que quanto mais

complexas as tarefas motoras, maior o nível de coordenação necessário para

um desempenho eficiente. O comportamento coordenado requer que o

individuo efetue movimentos específicos, em série, rápidos e precisos.

3.4.5 Equilíbrio

De acordo com Neto et al. (2006), o equilíbrio pode ser considerado a

base essencial de toda ação individualizada dos segmentos corporais. Dessa

forma, “o equilíbrio é o estado de um corpo quando forças distintas que atuam

sobre ele se compensam e anulam-se mutuamente” (NETO et al., 2006, p11).

Para Mann et al. (2009), equilíbrio é a condição de postura corporal

estável, garantido pela interação do sistema sensório-motor que age na

condução de informações específicas, relacionadas ao posicionamento do

corpo no espaço, cabendo ao sistema nervoso central organizar estas

informações e controlar a postura corporal tanto estática quanto dinâmica.

3.5 A importância do reconhecimento da aptidão física geral

Glaner (2003) destaca que diversos estudos demonstram que altos e

moderados níveis de aptidão física em geral são muito importantes para

promoção da saúde em todas as idades, tendo em vista evitar o

desenvolvimento precoce de doenças crônico-degenerativas. Dentre essas

doenças podemos citar como exemplos: hipertensão arterial, obesidade,

aumento do colesterol LDL, diabetes mellitus, ansiedade, depressão, etc.

Nahas (2001) expõe que a inatividade física representa uma causa

importante de debilidade, de reduzida qualidade de vida e morte prematura nas

sociedades contemporâneas. Esse comportamento sedentário provoca uma

série de manifestações no sistema cardiovascular, vegetativo e nas glândulas

endócrinas, provocando doenças hipocinéticas.

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Marques & Gaya (1999), descrevem o comportamento sedentário,

caracterizando-o como:

(...) fator de risco na formação de um conjunto de doenças

denominadas de hipocinéticas (doenças cardiovasculares, obesidade,

hipertensão arterial, diabete millitus tipo II, osteoporose, dores nas

costas, determinados tipos de câncer, etc.) (MARQUES & GAYA,

1999. p1).

Para Glaner (2002), o principal componente de risco para saúde é a

baixa aptidão física, consequência da inatividade física, que origina diversos

distúrbios no organismo, resultando na morte precoce. De acordo com Guedes

& Barbanti (1995), no Brasil as doenças hipocinéticas já representam a primeira

causa de morte na população adulta, ultrapassando com ampla vantagem os

casos de doenças infectocontagiosas.

Para Araújo & Araújo (2000), são notórios os efeitos benéficos

apresentados naqueles indivíduos que cultivam hábitos saudáveis e se mantém

aptos fisicamente e há inúmeras informações e exemplos que confirmam que

uma boa aptidão física está associada a uma menor mortalidade e melhor 

qualidade de vida em geral.

Existe um número cada vez maior de estudos e documentos que

comprovam e relatam os benefícios da aptidão física para a saúde.

Pesquisadores nas áreas de exercício físico, Educação Física e de

Medicina do Exercício e do Esporte, pelos métodos de pesquisa

epidemiológica, já demonstraram que tanto a inatividade física como

a baixa aptidão física são prejudiciais à saúde ( ARAÚJO & ARAÚJO,

2000, p1).

Delgado (2004) confirma que estudos diversos demonstram que a

atividade física e altos padrões de condicionamento são fatores essenciais para

a prevenção de doenças hipocinéticas, destacando que a inatividade física e

baixos padrões de aptidão física devem ser incluídos como fatores de risco

primários.

Glaner (2002) relata que muitas dessas doenças hipocinéticas

manifestadas na idade adulta são desenvolvidas durante o período da infância

e da adolescência, mas grande parte não se evidencia nessas fases da vida e

se mantém por um período latente de comportamentos de alto risco.

Para a maioria das pessoas antes da morte vem a doença, a qual é precedida por um período sustentado de comportamentos de alto

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risco. Sendo assim, a saúde pode ser promovida ou mantida

evitando os comportamentos de alto risco, diminuindo

consequentemente o risco de doença prematura e a morte precoce

(GLANER, 2002, p2).

Pelegrini et al (2011), afirmam que:Um bom nível de desempenho motor e de aptidão física relacionada

à saúde, nas fases iniciais da vida, apresenta-se associado a bons

indicadores de saúde, tais como: baixos níveis de colesterol e

triglicerídeos, pressão arterial e sensibilidade à insulina equilibrada,

risco menor de obesidade, baixa prevalência de lombalgias e desvios

 posturais, além de refletir em bom desempenho acadêmico. (Pelegrini 

et al, 2011, p1).

Estudos múltiplos também apontam para um declínio da aptidão física

em crianças e adolescentes e que apesar dos jovens em geral não

apresentarem disfunções crônico degenerativas, não significa que estão

imunes aos fatores de risco que no transcorrer dos anos possam gerar um

estado de morbidez (Luguetti et al., 2010; Farias et al., 2010).

Assim, acredita-se que o reconhecimento e o desenvolvimento da

aptidão física como forma de precaução contra as doenças hipocinéticas

devem ser iniciados já nos primeiros anos dos estudantes e estimulada como

hábito de vida. Araújo & Araújo relataram que: “A prevenção primária começa

nos primeiros anos escolares e deve continuar ao longo da vida do cotidiano. O

hábito de exercitar-se deve ser mantido e estimulado pela escola e pela

família”  (ARAÚJO & ARAÚJO, 2000, p5).

Nessa perspectiva, Glaner (2002) expõe que a avaliação da aptidão

física em escolares parece ser uma alternativa de interferência primária, que

não exige custos elevados, de ampla abrangência, de fácil reprodução e

interpretação. Descrevendo ainda que a avaliação dos componentes da aptidão

física torna-se importante por poder interagir decisivamente para a informação,

conscientização, promoção e motivação da prática da atividade física regular 

por toda vida, contribuindo para diminuir os comportamentos de risco já

citados, proporcionando assim que o indivíduo desfrute uma longevidade com

mais vitalidade.

Saba (2003) afirma que para cada um dos componentes da aptidão

física existem parâmetros comparativos que servem como modelos avaliativos

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que indicam se um indivíduo está ou não dentro dos padrões de aptidão física,

se está apto a realizar determinadas tarefas e se possui necessidade de

cuidados especiais, permitindo assim que os problemas identificados sejam

corrigidos ou amenizados.

O Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR, 2009), foi criado em 2002 com o

intuito principal de delinear parâmetros da aptidão física de jovens brasileiros. É

um observatório permanente dos indicadores de crescimento e

desenvolvimento motor e estado nutricional de crianças e jovens brasileiros

entre 7 e 17 anos.Tem entre seus objetivos, formar um conjunto de indicadores

que possam contribuir para o desenvolvimento de políticas de educação

voltadas para o esporte e a saúde.

Como este Projeto foi elaborado a partir de um conjunto de estudos que

tiveram como prioridade a criação de um sistema de medidas, testes e

avaliações, considerando a diversidade brasileira em geral e fossem

compatíveis com a realidade das escolas brasileiras, presume-se que as

avaliações e as padronizações disponíveis no PROESP-BR (2009) sejam

atualmente as mais recomendadas para serem utilizadas por profissionais que

estejam envolvidos em ações para o reconhecimento do estado de aptidão

física dos jovens brasileiros e desenvolvimento de programas preventivos e

corretivos relacionados.

3.6 Sobre a importância do trabalho do professor de educação física no

reconhecimento da aptidão física geral

Programas regulares de avaliação que busquem verificar o crescimento

físico, sobrepeso e desempenho motor, comparando seus resultados com

indicadores referenciais, poderão auxiliar na detecção de problemas

relacionados à saúde da criança e do adolescente. Essas informações são

essenciais a construção de ações que atendam melhor a população, visando

uma melhor qualidade de vida. Nesse contexto, o professor de educação física

se encontra em uma posição bastante privilegiada para executar essa função,

visto que é um profissional diretamente envolvido com aspectos educacionais e

de promoção da saúde na população jovem. (GUEDES, 2007; NETO, 2009)

Dumith (2010, p3) relata que “a mensuração da aptidão física em jovens

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consiste em uma importante ferramenta disponível aos professores de

educação física para avaliar e monitorar o desempenho dos seus alunos”.

Enfatizando ainda no mesmo discurso que essa ferramenta deveria ser 

administrada com maior frequência dentro do ambiente escolar, de forma que

os alunos tenham seu comportamento monitorado ao longo do ano letivo pelos

professores de Educação Física e que o desenvolvimento da aptidão física na

infância e na adolescência deve ser estimulado como um meio de melhorar a

condição de saúde tanto nesta fase da vida quanto na idade adulta. Saba

(2003) propõe ainda que a avaliação da aptidão física é uma medida de

segurança, pois atesta ao profissional e ao aluno a ciência sobre o que este

último pode ou não fazer durante as aulas de educação física.

Tendo em vista as suas características e conhecimentos profissionais, o

professor de educação física legitimamente parece ser o agente envolvido mais

propício para as incumbências acima citadas. Essas competências estão bem

estabelecidas no Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), de acordo

com o exposto na Resolução CONFEF nº 046/2002, em seu Artigo 1º:

O Profissional de Educação Física é especialista em atividades

físicas, nas suas diversas manifestações – ginásticas; exercícios

físicos, desportos, jogos, lutas, capoeira, artes marciais, danças,atividades rítmicas, expressivas e acrobáticas, musculação, lazer,

recreação, reabilitação, ergonomia, relaxamento corporal, ioga,

exercícios compensatórios à atividade laboral e do cotidiano e outras

  práticas corporais, tendo como propósito prestar serviços que

favoreçam o desenvolvimento da educação e da saúde, contribuindo

 para a capacitação e/ou restabelecimento de níveis adequados de

desempenho e condicionamento fisiocorporal dos seus beneficiários,

visando à consecução do bem-estar e da qualidade de vida, da

consciência, da expressão e estética do movimento, da prevenção de

doenças, de acidentes, de problemas posturais, da compensação de

distúrbios funcionais, contribuindo ainda, para consecução da

autonomia, da autoestima, da cooperação, da solidariedade, da

integração, da cidadania, das relações sociais e a preservação do

meio-ambiente, observados os preceitos de responsabilidade,

segurança, qualidade técnica e ética no atendimento individual e

coletivo.

Estudos que produzam informações com o objetivo de elaborar referências que possam corresponder a realidade do cotidiano dos escolares

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devem ser estimulados, pois esses indicadores podem ser utilizados e

aplicados em várias populações pertencentes a mesma Região (GUEDES &

GUEDES,1997). Em suma, entende-se que a avaliação regular da aptidão

física em crianças e adolescentes, especialmente as que são realizadas no

espaço escolar pelos professores de educação física, permitem detectar mais

precocemente possíveis anomalias motoras e riscos de problemas de saúde

em geral, possibilitando ainda que outros profissionais envolvidos, tanto na

área de saúde como em outros espaços de atuação, possam desenvolver 

melhores diagnósticos da realidade, permitindo assim o aperfeiçoamento de

conhecimentos e classificações para criação de estratégias eficientes

direcionadas ao crescimento e desenvolvimento do bem-estar dos jovens e da

população em geral.

4. MÉTODOS

Este projeto apresenta um estudo de caso que visa recolher, através de

testes padronizados pelo PROESP-BR (2009), informações que possibilitem

fornecer subsídios para o conhecimento do estado de aptidão física

relacionado à saúde e ao desempenho motor de jovens estudantes de

Guarabira, tendo por finalidade principal reconhecer componentes indicadores

de possíveis riscos de doenças hipocinéticas relacionadas à aptidão física e

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capacidades motoras funcionais.

Para a determinação da aptidão física relacionada à saúde e ao

desempenho motor, serão empregados as orientações e os testes propostos e

padronizados pelo Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR, 2009), que abrangem

uma ordem de execução nas seguintes especificações: 1- Medida da massa

corporal; 2- Medida da estatura; 3- Medida da envergadura; 4- Teste de

Flexibilidade; 5- Teste de força e resistência; 6- Teste potência dos membros

inferiores; 7- Teste de potência dos membros superiores; 8- Teste de agilidade;

9- Teste de velocidade de deslocamento; 10- Teste de Capacidade

Cardiorrespiratória.

4.1 População e amostra

A cidade de Guarabira possui 45 escolas em atividade (SEEC-PB,

2011), distribuídas em uma área geográfica de 165.743 km2 (IBGE, 2010).

Essa extensão territorial torna inviável a realização dos testes propostos com

todos os jovens do município. Logo, para tornar possível a realização de uma

pesquisa dentro dos objetivos iniciais, se faz necessário delimitar o objeto do

estudo.

Para essa delimitação foi feita inicialmente uma triagem entre as escolas

do município, optando-se apenas pelas que lecionam o ensino médio e

fundamental II (6° ao 9° ano), tendo em vista a faixa etária da amostra, e

posteriormente apenas pelas que se encontravam na zona urbana. Ao final do

processo, a escola selecionada foi o Centro Educacional Osmar de Aquino.

Essa instituição é uma escola da rede municipal de ensino, localizada próximo

ao centro da cidade de Guarabira e foi escolhida por ser um local onde

estudam alunos oriundos de várias localidades do município, inclusive das

áreas rurais, está em local de fácil acesso e possui uma infraestrutura

adequada para realização de todos os testes. Limitando ainda mais o estudo,

tendo em vista o pouco tempo disponível, foi considerado como critério de

exclusão todos os jovens menores de 14 anos e maiores de 17 anos. Para

efetivação da pesquisa, ao final de todo o processo de seleção, 11 jovens

voluntários se apresentaram aptos para realizarem os testes, sendo 5 moças e

6 rapazes.

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De acordo com os argumentos supracitados em relação à amostra,

espera-se, mesmo após a delimitação do objeto de estudo, recolher 

informações relevantes que possibilitem obter um diagnóstico da real situação

de aptidão física relacionada à saúde e ao desempenho motor dos jovens

estudantes do Centro Educacional Osmar de Aquino, por conseguinte de

Guarabira, que possam fornecer subsídios para desenvolvimento de ações

específicas de promoção da saúde com ênfase na prevenção das doenças

hipocinéticas que sejam capazes de abranger todo município e futuramente de

outras localidades, contribuindo assim para a melhoria da saúde e bem-estar 

dos estudantes e da população em geral.

4.2 Medidas e avaliações

Todas as avaliações seguiram rigorosamente as orientações

padronizadas pelo Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR, 2009). Esse padrão

divide a bateria de medidas e testes somatomotores em dois grupos

denominados de: provas de sala e provas de quadra. O primeiro grupo envolve

as avaliações de massa corporal, estatura, envergadura e flexibilidade e o

segundo grupo constam as provas de resistência/força abdominal, força

explosiva de membros inferiores e dos membros superiores, agilidade,

velocidade e resistência cardiovascular. Os testes são precedidos de um breve

aquecimento padronizado, com duração de 5 minutos. Todas as avaliações

foram executadas, seguindo a ordem de execução anteriormente citada.

Para a mensuração da massa corporal, os voluntários tiveram seu peso

verificado em uma balança de precisão. A precisão para registro nesse teste é

de 0,5 kg.

Para a mensuração da estatura, os voluntários foram medidos em um

estadiômetro adaptado (fita métrica previamente fixada na parede, a 0,5 metros

do solo e esquadro posicionado em posição perpendicular a cabeça do

avaliado). A precisão para registro é de 0,01 m.

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Figura 9 Mensuração da Estatura

A partir dessas duas primeiras medidas foi obtido o índice de massa

corpórea (IMC) dos alunos, através da seguinte fórmula:

IMC= Massa (Kg) / estatura (m)2.

A envergadura foi medida posicionando os voluntários em pé, de frente

para uma parede, (onde foram fixadas duas fitas métricas paralelas ao solo,

sendo uma a 1,2 m e outra a 1,50 de altura), com os braços em abdução de

90° em relação ao tronco, cotovelos estendidos e antebraços supinados. Foi

considerada para a aferição a distância entre o dedo médio direito e o

esquerdo.

Figura 9 Medida de Envergadura

O teste de flexibilidade foi executado posicionando os voluntários em um

banco de Wells padrão. Com as mãos sobrepostas e dispostas sobre a régua,

cada aluno inclina (em um único movimento e sem impulso) o tronco para

frente até o seu limite de extensão. Executam-se duas tentativas, registrando-

se o melhor resultado. Os registros são feitos em centímetros.

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Figura 9 Teste de Flexibilidade

O teste de força e resistência foi determinado através do número de

flexões abdominais que cada voluntário conseguiu executar no período de 1

minuto. Neste teste o avaliado é colocado em decúbito dorsal, com joelhos

flexionados a 90° e com os braços cruzados sobre o tórax e ao sinal apontado,

executa o máximo de flexões consecutivas no tempo previsto.

Figura 9 Teste de Força e Resistência

O teste de força explosiva dos membros inferiores foi efetuado levando-

se em consideração a maior distância alcançada de um salto realizado por 

cada voluntário em relação a uma linha previamente demarcada no solo. O

salto é realizado a partir da demarcação, com os pés paralelos, ligeiramente

afastados, joelhos semiflexionados, tronco ligeiramente projetado à frente. São

realizadas duas tentativas, sendo registrado (em cm) o melhor resultado.

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Figura 9 Teste de Potência dos Membros Inferiores

O teste de potência dos membros superiores foi executado posicionando

o voluntário sentado com os joelhos estendidos, as pernas unidas e as costas

completamente apoiadas à parede, que será considerado o ponto zero para

aferição. Segurando um medicineball (2 kg) junto ao tórax, o aluno deverá

lançá-lo a maior distância possível. São efetuadas duas tentativas, levando-se

em consideração para registro a aferição do melhor resultado.

Figura 9 Teste de Potência dos Membros Superiores

O teste de agilidade foi efetuado em uma sequência de deslocamentos

contínuos realizadas pelo voluntário no menor tempo possível. Essesdeslocamentos são referenciados a partir de quatro cones dispostos em um

quadrado de 4 metros de lado em uma sequência pré-estabelecida (diagonal à

esquerda, reta à esquerda, diagonal à direita, reta à direita) tocando cada um

dos cones. Serão realizadas duas tentativas, registrando-se o melhor resultado.

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Figura 9 Teste de Agilidade

No teste de velocidade de deslocamento, os voluntários foram

posicionados em pé, atrás de uma linha pré-demarcada. Ao comando cada

aluno deverá deslocar-se o mais rápido possível até outra linha pré-demarcadaa 22 metros da primeira. No teste são traçadas três linhas paralelas (0m, 20m,

22m) e é considerado para registro o tempo do percurso entre o ponto zero e a

marca dos 20 metros. O tempo é registrado em segundos com precisão

centesimal.

Figura 9 Teste de Velocidade

O teste de capacidade cardiorrespiratória foi executado levando-se emconsideração a maior distância percorrida por cada avaliado em um tempo

cronometrado de 9 minutos. A partir do comando, o voluntário deverá

deslocar-se do ponto inicial em uma velocidade mais constante possível e

ininterrupta pelo tempo de 9 minutos. Como referência para o avaliado o

examinador informa o tempo despendido aos 3, 6 e 8 minutos. O registro da

distância percorrida é feito em metros.

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Figura 9 Teste de Capacidade Cardiorrespiratória

4.3 Critérios para participação nos testes

Todos os avaliados envolvidos nos testes supracitados foram voluntários

selecionados de acordo com os objetivos da pesquisa, especificados

anteriormente. A todos os candidatos a voluntários foram distribuídos o Termo

de Consentimento Livre e Esclarecimento de Participação na Pesquisa (TCLE).

Nesse documento constam as informações básicas da pesquisa e dos testes a

serem realizados, além de um termo de autorização para ser preenchido pelos

responsáveis dos alunos. Todos os voluntários selecionados foram autorizados

pelos responsáveis para participação nos testes, tendo em vista serem

menores de dezoito anos. A todos os envolvidos foi garantido o anonimato

sobre o uso das informações obtidas na investigação.

Tendo por objetivo trabalhar com uma mínima margem de segurança e

preservar os avaliados de quaisquer transtornos relacionados à sua integridade

física, foi ainda requisitado anteriormente aos testes que todos os voluntários

preenchessem o Questionário de Prontidão para a Atividade Física (PAR-Q).

A utilização do questionário PAR-Q é importante, pois pode identificar,por alguma resposta positiva, aqueles para os quais a atividade física poderia

ser inadequada ou aqueles que deveriam receber aconselhamento médico

acerca de um tipo de atividade mais adequada, portanto só foram habilitados

para participar dos testes apenas aqueles que apresentaram todas as

respostas negativas no questionário.

4.4 Materiais

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Para a execução dos testes foram necessários diversos materiais,

descritos a seguir de acordo com sua especificidade: 1- Medida da massa

corporal: balança digital com precisão de 100 gramas; 2- Medida da estatura:

fita métrica com 1,5 metros de comprimento, com precisão de 0,1 centímetros e

esquadro de plástico 8/10/10’; 3- Medida da envergadura: fita métrica com 1,5

metros de comprimento, com precisão de 0,1 centímetros; 4- Teste de

Flexibilidade: Banco de Wells padronizado; 5- Teste de força e resistência:

colchonetes de ginástica e cronômetro; 6- Teste potência dos membros

inferiores: trena, giz ou fita crepe; 7- Teste de potência dos membros

superiores: trena e um medicine ball  com 2 kg; 8- Teste de agilidade:

cronômetro e quatro cones de 0,5 metro de altura; 9- Teste de velocidade de

deslocamento: dois cones de 0,5 metro de altura, giz ou crepe; 10- Teste de

Capacidade Cardiorrespiratória: cronômetro e trena.

Como materiais de apoio foram também utilizados: lápis; canetas

esferográficas de cores diversas; pincel atômico; borrachas; grampeador;

clipes; fichas de registros diversas; pranchetas; folhas de papel.

4.5 Coleta de dados

Anteriormente a coleta de dados foi feito o contato prévio com a direção

do Centro Educacional Osmar de Aquino, onde foram esclarecidos todos os

critérios e objetivos da pesquisa para que então fosse autorizado o início dos

trabalhos na instituição. Após a devida autorização da diretoria escolar foi

realizada a apresentação do projeto junto aos estudantes, explicitando todos os

desígnios e procedimentos necessários à pesquisa e logo após foi distribuído

aos voluntários os formulários TCLE e PAR-Q para serem preenchidos e

autorizados pelos responsáveis.

Com o objetivo de garantir a maior fidedignidade e condições de

reprodução posterior, as avaliações foram realizadas sob as mesmas

condições de execução. Todos os testes foram realizados em uma quadra

coberta, nas dependências do próprio Centro Educacional Osmar de Aquino,

nos dias 07 e 10 de novembro de 2011, entre as 13h00min e 17h00min, com

grupos de, no máximo, 06 indivíduos por dia.

Após a efetivação dos testes padronizados pelo PROESP-BR (2009) e

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respectivas coletas dos dados obtidos, todo conteúdo recolhido foi digitalizado

e organizado no aplicativo Microsoft Word 2007 em forma de tabelas, para

após, poderem ser tratados no aplicativo Microsoft Excel 2007 e avaliados de

acordo com os referenciais pertinentes.

A seguir, na Tabela 1 apresentam-se as características individuais dos

voluntários e na Tabela 2 os resultados da coleta de dados obtida nos testes e

medidas executados, ainda sem tratamento adequado:

Tabela 10 Características dos Voluntários

Características V01 V02 V03 V04 V05 V06 V07 V08 V09 V10 V11

Idade (anos) 14 14 14 14 14 15 14 15 14 14 15

Sexo (masculino -M; feminino -F) M M M M M F M F F F F

Prática Mod. Esportiva (sim -S; não -N) S S S S S S S S S S S

Média total de prática semanal (horas) 02 04 08 02 02 02 04 02 03 02 05

Modalidade (s) praticada (s)

Voleibol X X X X X X X

Handebol X X X

Futsal X X X

Futebol X X

Quanto às características dos alunos voluntários verifica-se uma

razoável homogeneidade no grupo, tendo em vista que todos estão na faixa

etária entre 14 e 15 anos, praticam atividades físicas moderadas entre 2 e 8

horas semanais e estão bem distribuídos quanto a diversidade de gêneros.

Constatou-se que dentre eles o esporte mais praticado é o voleibol

(63,63%) e o menos disputado é o futebol (18,18%). Verificou-se também que

36,36% dos voluntários praticam duas modalidades esportivas.

Tabela 10 Resultados

Testes/Medidas Resultados Individuais por Voluntário (V)

V01 V02 V03 V04 V05 V06 V07 V08 V09 V10 V11

Massa corporal (Kg) 38,3 49,9 62,6 51,5 52,2 49,2 34,3 49,4 50,7 48,1 50,2

Estatura (cm) 158 165 166 167 163 157 148 168 166 168 161

IMC (Massa / Estatura2) 15,3 18,3 22,7 18,5 19,6 20 15,7 17,5 18,4 17 19,4

Envergadura (cm) 162 162 176 179 168 160 154 164 162 166 166

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Flexibilidade (cm) 28 26 32,5 34 31 30 25 21,5 23 22 42

Força e resistência (repetições) 32 38 31 33 38 34 33 13 23 21 25

Potência dos membros inferiores (cm) 214 184 210 170 172 152 170 107 140 170 128

Potência dos membros superiores (cm) 376 440 412 357 376 303 265 136 272 272 291

Agilidade (seg.) 6,85 7,02 6,38 7,01 6,99 7,67 6,85 7,41 7,14 7,11 7,39

Velocidade de deslocamento (seg.) 3,85 3,09 3,42 3,68 3,83 4,73 3,58 3,63 3,86 3,86 3,93

Capacidade Cardiorrespiratória (m) 2101 1971 1967 1964 2021 1183 1498 1299 1674 1328 1580

A Tabela 2 demonstra os registros individuais dos alunos obtidos a partir 

das mensurações e testes descritos em outros itens desse texto. A partir 

desses dados, na continuidade desse trabalho, poderão ser tratados,

analisados e estimados os níveis de aptidão física relacionados à saúde e ao

desempenho motor dos jovens avaliados, principal objetivo dessa pesquisa.

4.6 Sobre o tratamento e análise dos dados

Para o tratamento e análise dos dados foram considerados como

modelos de referência os dados padronizados pelo Projeto Esporte Brasil –

PROESP-BR (2009), que foram desenvolvidos especificamente para a

população brasileira com idade entre 7 e 17 anos.

Todos os testes e medidas foram expostos individualmente em tabelas

que apresentam classificações específicas para cada um dos voluntários

envolvidos, além de expressarem as respectivas médias e desvio padrão e

suas avaliações.

Ainda, o tratamento dos dados foi analisado separadamente, quanto à

aptidão física relacionada à saúde e quanto a aptidão física relacionada ao

desempenho motor.

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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO DOS DADOS

5.1 Avaliações da Aptidão Física Relacionada à Saúde.

De acordo com o PROESP-BR (2009) a avaliação da aptidão física

relacionada à saúde está associada à prevenção e a redução dos riscos de

doenças e a disposição para as atividades cotidianas.

Para Guedes & Guedes (2003) a aptidão física relacionada à saúdeenvolve o reconhecimento da resistência cardiorrespiratória, composição

corporal, força/resistência muscular e flexibilidade. Bons níveis verificados

nesses componentes são fundamentais para se evitar o desenvolvimento de

doenças hipocinéticas. Caracteriza-se por apresentar forte influência da prática

da atividade física cotidiana.

5.1.1 Índice de Massa Corporal (IMC)

Tabela 10 IMC

(masculino)

Voluntário V01 V02 V03 V04 V05 V07 Média Desvio Padrão

IMC 15,3 18,3 22,7 18,5 19,6 15,7 18,35 2,07

Conceito PN PN PE PN PN PN

PE = Peso excessivo; PN = Peso normal.

(feminino)

Voluntário V06 V08 V09 V10 V11 Média Desvio Padrão

IMC 20 17,5 18,4 17 19,4 18,46 1,25

Conceito PN PN PN PN PN

PN = Peso normal.

Para Guedes & Guedes (2006) a proposta mais simplificada para análise

da composição corporal é a construção de índices que envolvam medidasrelacionando peso corporal à estatura. Dentro dessa proposta, o índice de

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Quetelet, índice de massa corporal, ou simplesmente IMC é o mais empregado

na área de composição corporal. O IMC é traduzido pela relação: IMC = Massa

Corporal (Kg) dividida pela estatura(m) ao quadrado e verifica se um indivíduo

está abaixo do peso, no peso ideal ou em sobrepeso, dependendo dos

parâmetros de corte estabelecidos.

Ao se analisar os Índices de Massa Corporal (IMC) dos voluntários

avaliados constatou-se que apenas um participante apresentou peso

considerado excessivo em relação a sua idade e sexo, entretanto esse

indivíduo não apresentou sinais visuais de obesidade, o que leva a crer que

outros fatores anatômicos possam ter influenciado no resultado do cálculo.

Todos os outros apresentaram padrões dentro dos normais, de acordo com os

referenciais do PROESP-BR (2009).

Ao verificar a média e o desvio padrão de peso entre os voluntários,

constatou-se que o grupo apresenta-se bastante homogêneo nesse

componente, com uma variação de apenas 11,31% (rapazes) e 6,79% (moças)

em relação às médias verificadas e dentro dos padrões de peso considerados

normais. Portanto, o grupo não demonstra tendências imediatas para

obesidade e as suas implicações associadas.

5.1.2 Teste de Flexibilidade (sentar e alcançar)

Tabela 10 Teste de Flexibilidade

(masculino)

Voluntário V01 V02 V03 V04 V05 V07 Média Desvio Padrão

Distância (cm) 28 26 32,5 34 31 25 29,41 3,63

Conceito B R MB MB B R

R = Razoável; B = Bom; MB = Muito Bom.

(feminino)

Voluntário V06 V08 V09 V10 V11 Média Desvio Padrão

Distância (cm) 30 21,5 23 22 42 27,7 8,7

Conceito B F F F MB

F = Fraco; B = Bom; MB = Muito Bom.

A flexibilidade é uma qualidade física essencial para execução voluntáriade um movimento de amplitude muscular sem risco de lesão. Baixos padrões

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de flexibilidade podem limitar os movimentos de um individuo, levando-o a uma

queda de produtividade no seu cotidiano (Platonov, 2004; Guedes & Guedes,

2003; Nahas, 2001).

De acordo com o PROESP-BR (2009) resultados que se mostram

inferiores aos pontos de corte referenciados no programa, “indicam a

probabilidade aumentada de indicadores de risco à presença de desvios

posturais e queixas de dor nas costas” (PROESP-BR, 2009, p14).

A flexibilidade é um importante componente da aptidão física,

relacionada à saúde e ao desempenho motor. Pessoas com pouca flexibilidade

têm seus movimentos limitados e tendem a apresentar dores lombares,

incapacidade e queda de rendimento no dia-a-dia (Nahas, 2001; Guedes &

Guedes, 2003).

Segundo Norkin & White (1997 apud  Delgado, 2004),  avaliar a

flexibilidade de um indivíduo muito é importante, pois permite ao professor de

Educação Física, ou profissional da saúde, analisar o nível da capacidade

física do indivíduo, as disfunções musculares ou articulares, predisposições a

patologias do movimento e os avanços no treinamento ou na recuperação

funcional.

Ao serem analisados os dados referentes à flexibilidade dos avaliados,

constatou-se que 3 indivíduos (27,27%), apresentaram resultados abaixo dos

pontos de corte do PROESP-BR (2009), demonstrando predisposição razoável

ao desenvolvimento de problemas posturais, lesões articulares e dores nas

costas. A maioria (72,73%) apresentou padrões de flexibilidade dentro dos

padrões de corte referenciados.

Em média geral, os resultados apresentaram padrões considerados

bons. Contudo, devido aos resultados das voluntárias V08, V09 e V10,

percebe-se uma alta variação de desempenho em relação à média feminina

(31,83%).

Ainda, Ignachewski et al  (2010), revelaram que indivíduos com maior 

envergadura em relação à estatura apresentam melhor desempenho no teste

de sentar e alcançar. Fato que se confirmou analisando os dados dos

indivíduos V03 e V04, pois esses possuem uma maior envergadura em relação

à altura, 10 e 9 centímetros, respectivamente e obtiveram os melhoresresultados entre seus congêneres. Entretanto, essa afirmação não pode ser 

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considerada uma regra, visto que o indivíduo V07, que apresentou uma

envergadura 6 cm maior do que a estatura, obteve um resultado de conceito

apenas razoável e a voluntária V11, com uma envergadura apenas 5 cm maior 

do que a estatura, obteve o melhor resultado dentre todos os outros nessa

avaliação.

5.1.3 Teste de Força e Resistência Abdominal

Tabela 10 Teste de Força e Resistência Abdominal

(masculino) 

Voluntário V01 V02 V03 V04 V05 V07 Média Desvio Padrão

Repetições 32 38 31 33 38 33 34,16 3,06

Conceito F B R R B R

F = Fraco; R = Razoável; B = Bom.

(feminino) 

Voluntário V06 V08 V09 V10 V11 Média Desvio Padrão

Repetições 34 13 23 21 25 23,2 7,56

Conceito B MF F F R

MF = Muito Fraco; F = Fraco; R = Razoável.

De acordo com o PROESP-BR (2009), baixos índices de desempenho

nos testes de força e resistência abdominal são também indicadores de

possíveis riscos para desvios posturais e dores nas costas em geral.

Considerando os resultados obtidos quando referenciados com as

padronizações, constata-se que os voluntários apresentam níveis de

desempenho bastante heterogêneos e que 36,36% deles estão abaixo dos

padrões de corte disponíveis. Ou seja, apresentam uma possível probabilidadede apresentarem sintomas referentes a desvios posturais e dores nas costas.

Comparando a análise do teste de força e resistência abdominal com o

teste de flexibilidade, constata-se que os voluntários V8, V9 e V10 apresentam

baixos índices de desempenho nos dois testes. Embora absolutamente e

percentualmente (27,27%) esse indicador seja baixo em relação ao grupo

estudado, a aposição de resultados insatisfatórios nesses indivíduos sugere

alto risco para o desenvolvimento de desvios posturais e dores nas costas.

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5.1.4 Teste de Resistência Cardiorrespiratória

Tabela 10 Teste de Resistência Cardiorrespiratória (9 minutos)

(masculino) 

Voluntário V01 V02 V03 V04 V05 V07 Média Desvio Padrão

Distância (m) 2101 1971 1967 1964 2021 1498 1920,33 213,44

Conceito MB MB MB MB MB R

R = Razoável; MB= Muito Bom.

(feminino) 

Voluntário V06 V08 V09 V10 V11 Média Desvio Padrão

Distância (m) 1183 1299 1674 1328 1580 1412,8 205,62

Conceito R R MB B MB

R = Razoável; B = Bom; MB= Muito Bom.

O teste de resistência cardiorrespiratória tem por finalidade reconhecer a

capacidade dos sistemas circulatório e respiratório em se ajustarem e se

recuperarem de esforços físicos moderados e de longa duração.

Segundo Glaner (2003) uma resistência cardiorrespiratória excelente

reflete em um coração forte, bons vasos sanguíneos e correto funcionamento

dos pulmões. Indivíduos que apresentam uma capacidade cardiorrespiratóriadesejável, ou seja, têm um bom ou ótimo funcionamento do coração, pulmões

e sistema vascular, estão aptos fisicamente a enfrentarem situações que

demandem uma competência prolongada de resistir à fadiga. Quanto melhor 

for essa capacidade, melhor será a aptidão física do individuo e mais acelerada

será a recuperação após a atividade física. Situações de jogos em geral e

corridas de longa distância são exemplos onde essa aptidão é imprescindível

para obtenção de bons resultados.Após processar os dados referentes ao teste de corrida de 9 minutos e

compará-los com os padrões do PROESP-BR (2009), constatou-se que a

maioria dos avaliados (63,64%) apresentou padrões de aptidão

cardiorrespiratória considerados muito bons. Todos os outros avaliados

apresentaram padrões considerados bons (18,18%) ou razoáveis (18,18%). Em

uma perspectiva média, considerando a idade e o sexo, os avaliados se

encontram com padrões entre bons e muito bons, apresentando uma variaçãode desempenho entre eles pouco significativa (19,62%) em relação à média

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geral obtida.

Segundo as informações constantes no PROESP-BR (2009), baixos

níveis de aptidão cardiorrespiratória e níveis elevados no IMC, podem estar 

associados a fatores de risco para doenças hipocinéticas. Logo, diante dos

resultados obtidos nas análises de IMC e aptidão cardiorrespiratória, presume-

se que os avaliados não apresentam riscos iminentes de desenvolverem

doenças como hipertensão arterial, hipercolesterolemia, obesidade e estão

aptos a praticarem atividades físicas em geral de forma bem-sucedida e sem

riscos.

5.2 Avaliações da Aptidão Física Relacionada ao Desempenho Motor.

De acordo com o Guedes & Guedes (2006) as capacidades funcionais

motoras dizem respeito às aptidões físicas que envolvem as habilidades de

velocidade, potência, agilidade, coordenação e equilíbrio, sendo caracterizadas

por apresentarem acentuada dependência genética e elevada resistência às

modificações do ambiente. Segundo o PROESP-BR (2009), a importância da

avaliação desses componentes tem relevante influência no conhecimento das

habilidades esportivas.

Apesar dos componentes físicos relacionados ao desempenho motor 

serem pouco sensíveis a modificações é recomendado que a partir do

reconhecimento desses componentes, sejam desenvolvidas estratégias que

proporcionem pré-condições para que os jovens usufruam de práticas

esportivas de lazer qualificadas e prazerosas (PROESP-BR, 2009).

O PROESP-BR (2009) propõe que as Aptidões Físicas Relacionadas ao

Desempenho Motor sejam reconhecidas por avaliação normativa, a partir de

escalas desenvolvidas de acordo com a realidade da população brasileira.

Assim, esses padrões normativos de desempenho permitem a localização de

indivíduos com determinadas competências ou habilidades atléticas ou

esportivas em relação ao seu próprio grupo ou população de origem.

5.2.1. Testes Motores de Potência Muscular 

De acordo com Guedes & Guedes (2006) a aptidão potência pode ser 

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definida como “a propriedade de realizar esforços máximos no menor espaço

de tempo possível, representa a relação entre a força muscular apresentada

pelo avaliado e a velocidade com que este pode realizar movimentos”

(GUEDES & GUEDES, 2006, p104). Os autores expõem ainda que estudos

evidenciam que há uma elevada relação entre os resultados de potência

muscular que envolve braços e pernas e que a avaliação dessa aptidão é

significante para evidenciar capacidades nas tarefas que envolvem saltos e

arremessos. Ou seja, bons níveis de potência dos membros superiores e

inferiores se relacionam para um desempenho satisfatório em atividades que

demandem força e velocidade conjuntas, exigidas em várias modalidades

esportivas.

5.2.1.1 Teste de Potência dos Membros Superiores

Tabela 10 Teste de Potência dos Membros Superiores

(masculino)

Voluntário V01 V02 V03 V04 V05 V07 Média Desvio Padrão

Distância (cm) 376 440 412 357 376 265 371 59,87

Conceito R B B R R F

F = Fraco; R = Razoável; B = Bom.

(feminino)

Voluntário V06 V08 V09 V10 V11 Média Desvio Padrão

Distância (cm) 303 136 272 272 291 254 67,71

Conceito R F F F F

F = Fraco; R = Razoável.

O objetivo desse teste foi medir a potência dos membros superiores. Apartir dos resultados encontrados e comparando os dados com os padrões

normativos disponíveis (PROESP-BR, 2009), percebe-se que boa parte dos

avaliados (45,45%) apresenta padrões abaixo da média nacional em relação

aos níveis de potência dos membros superiores. As moças obtiveram os piores

resultados, onde apenas uma delas alcançou o conceito razoável, as demais

receberam conceito de desempenho considerado fraco. Em relação ao grupo,

destacam-se os indivíduos V02 e V03, que atingiram padrões consideradosbons em relação às normas de referência nacionais.

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5.2.1.2 Teste de Potência dos Membros Inferiores

Tabela 10 Teste de Potência dos Membros Inferiores

(masculino)

Voluntário V01 V02 V03 V04 V05 V07 Média Desvio Padrão

Distância (cm) 214 184 210 170 172 170 165,18 32,3

Conceito MB B MB R R R

R = Razoável; B = Bom; MB = Muito Bom.

(feminino)

Voluntário V06 V08 V09 V10 V11 Média Desvio Padrão

Distância (cm) 152 107 140 170 128 165,18 32,3

Conceito B F R MB F

F = Fraco; R = Razoável; B = Bom; MB = Muito Bom.

O objetivo desse teste foi medir indiretamente a potência muscular dos

membros inferiores. Diante dos resultados obtidos e confrontando esses com

os padrões normativos do PROESP-BR (2009), verifica-se que 81,81% dos

avaliados apresentaram-se em conformidade positiva com os padrões

nacionais.

Em relação ao grupo, os indivíduos V01, V02 e V10 (27,27%)demonstraram uma competência motora superior nessa avaliação,

apresentando resultados considerados muito bons em comparação com média

nacional.

5.2.3 Teste de Agilidade

Tabela 10 Teste de Agilidade (quadrado)

(masculino)

Voluntário V01 V02 V03 V04 V05 V07 Média Desvio Padrão

Tempo (seg.) 6,85 7,02 6,38 7,01 6,99 6,85 6,8 0,26

Conceito F F F F F F

F = Fraco.

(feminino)

Voluntário V06 V08 V09 V10 V11 Média Desvio Padrão

Tempo (seg.) 7,67 7,41 7,14 7,11 7,39 7,34 0,22

Conceito F F F F F

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F = Fraco.

Esse teste tem por finalidade verificar componentes associados à

agilidade neuromotora. Segundo Campos (2001), a aptidão da agilidade tem

relação direta com a flexibilidade, potência muscular, equilíbrio, desenvoltura e

poder de decisão, sendo o seu treinamento recomendado para todas as faixas

etárias e que, para os jovens escolares, deve ser ministrado com ênfase nos

 jogos.

Levando-se em consideração os resultados obtidos e comparando-os

com os padrões referenciais do PROESP-BR (2009), constatou-se que todos

os avaliados apresentaram padrões de desempenho motor que são

considerados fracos para esse componente. Percebe-se que há umauniformidade no desempenho apresentado entre os avaliados, com uma

variação de apenas 3,82% (rapazes) e 2,99% (moças) em relação às médias

verificadas.

Em suma, todos os avaliados apresentam uma agilidade neuromotora

abaixo da média nacional. Como esse componente está associado a outras

variáveis, como a velocidade, equilíbrio e coordenação, por exemplos, podem

ser necessários suplementos de outros testes relacionados a essescomponentes para elementos mais conclusivos.

5.2.3 Teste de Velocidade de Deslocamento

Tabela 10 Teste de Velocidade (20 metros)

(masculino)

Voluntário V01 V02 V03 V04 V05 V07 Média Desvio Padrão

Tempo (seg.) 3,85 3,09 3,42 3,68 3,83 3,58 3,57 0,28

Conceito F MB B F F R

F = Fraco; R = Razoável; B = Bom; MB= Muito Bom.

(feminino)

Voluntário V06 V08 V09 V10 V11 Média Desvio Padrão

Tempo (seg.) 4,73 3,63 3,86 3,86 3,93 4 0,42

Conceito F MB B B B

F = Fraco; B = Bom; MB= Muito Bom.

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A velocidade é uma aptidão física que resulta da influência mútua de um

conjunto de atributos que envolvem implicações de ordem neurofisiológica com

repercussões em diferentes solicitações motoras. Os testes de velocidade

exigem empenho orgânico máximo por períodos de tempo muito curtos. A

validação dessa aptidão tem significância no conhecimento das capacidades

conjuntas de agilidade, força e potência muscular, utilizadas por indivíduo para

se deslocar com rapidez máxima distâncias estabelecidas. (Guedes & Guedes,

2006). Assim, o desígnio do teste de velocidade deslocamento proposto foi

verificar o intervalo de tempo empregado por um indivíduo para deslocar-se em

um percurso pré-determinado de 20 metros a partir de um estímulo inicial.

A partir dos resultados obtidos e comparando-os com os padrões

normativos desenvolvidos pelo PROESP-BR (2009) verificou-se que a maioria

(54,54%) apresentou padrões considerados bons ou muito bons em relação à

média nacional. Os demais apresentaram níveis de desempenho considerados

entre fraco e razoável. A variação do grupo em relação às médias encontradas

foi considerada baixa, 7,89% e 10,5% para rapazes e moças, respectivamente,

indicando padrões de desempenho muito próximos.

Durante as avaliações nos testes de aptidão relacionada ao

desempenho motor levou-se em consideração que os componentes,

velocidade e agilidade podem apresentar uma relação interdependente quando

analisados. Presume-se então que os resultados obtidos em alguns indivíduos

que obtiveram rendimentos semelhantes nas duas avaliações (V01, V04, V05,

V06), todos com desempenho considerado fraco, podem ser conclusivos, ou

seja, esses indivíduos realmente apresentam padrões abaixo dos considerados

satisfatórios para as aptidões motoras velocidade e agilidade.

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6. CONCLUSÕES

Muitas pesquisas têm se dedicado a estudar as relações entre o estado

de aptidão física dos indivíduos e a sua relação com o desenvolvimento de

doenças hipocinéticas e incapacidades motoras funcionais. Todas foram

unânimes em afirmar que baixos níveis de aptidão física estão ligados a

doenças crônico-degenerativas como hipercolesterolemia, hipertensão,

diabetes mellitus, cânceres, etc. A maioria desses trabalhos também aponta

que essas doenças, apesar de se manifestarem geralmente na idade adulta,

são principiadas a partir da infância e adolescência e ressaltam ainda que uma

análise precoce do estado de aptidão física dos jovens é de vital importância

para se identificar possíveis componentes associados a doenças hipocinéticase distúrbios funcionais motores em geral, sendo esse conhecimento

indispensável para o desenvolvimento de ações preventivas, corretivas e de

manutenção da saúde, tanto dos jovens como da população em geral.

Com o objetivo de mensurar a aptidão física das populações, várias

metodologias e padronizações foram criadas e desenvolvidas em diversos

países. No Brasil, um desses métodos foi desenvolvido pelo Programa Esporte

Brasil – PROESP-BR, que compôs uma bateria de testes adequados àrealidade do povo brasileiro. A partir dessa técnica é possível verificar, com

razoável precisão o nível de aptidão física relacionado à saúde e desempenho

motor dos jovens brasileiros.

Utilizando as metodologias e os referenciais do PROESP-BR (2009)

como parâmetros, tendo por objetivo conhecer os níveis de aptidão física dos

 jovens de Guarabira e reconhecer componentes referenciais de presumíveis

riscos de doenças relacionadas à aptidão física geral dos jovens de Guarabira,foi efetivada uma bateria de testes de somatomotores com onze jovens

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estudantes residentes do município. Embora com dados insuficientes, devido

ao número reduzido de avaliados, ao final de todo processo, pôde-se conhecer 

um pouco sobre a o estado de aptidão física relacionada à saúde e ao

desempenho motor dos jovens de Guarabira, tendo em vista que não havia na

cidade, até o presente momento, quaisquer registros de dados referentes sobre

o tema.

Tendo como base os resultados obtidos nos testes, verificou-se que

quanto ao estado de aptidão física relacionado à saúde, que avalia a

composição corporal, flexibilidade, força e resistência muscular e resistência

cardiorrespiratória, pode-se conjeturar que os avaliados se encontram

possivelmente fora dos grupos de risco de desenvolverem em curto prazo

doenças hipocinéticas, pois apresentaram resultados considerados

razoavelmente satisfatórios na maioria das às avaliações, principalmente no

que se refere à composição corporal e aptidão cardiorrespiratória. A primeira,

muito significante na identificação de distúrbios de crescimento e da obesidade

e a segunda, de vital importância no reconhecimento do estado de saúde do

sistema circulatório e respiratório, que é associado ainda ao bom

funcionamento cardíaco. Contudo, nos testes de flexibilidade e de força e

resistência abdominal, ambos associados à presença de desvios posturais,

limitação da amplitude dos movimentos e dores nas costas, alguns indivíduos

apresentaram resultados um pouco abaixo dos padrões ideais e demonstraram

riscos de desenvolverem os males associados. Resultado que deve ser 

considerado atentamente no desenvolvimento futuro de programas específicos

de treino nas aulas de educação física.

No que se refere aos testes de aptidão relacionada ao desempenho

motor, que verificam a potência muscular dos membros superiores e inferiores,

agilidade e velocidade de deslocamento, todos relacionados especificamente

com a competência motora para atividades esportivas, mas também importante

no cotidiano para reconhecimento de deficiências motoras constatou-se que:

Quanto à potência dos membros superiores, os indivíduos avaliados

apresentaram, em média, padrões que demonstram pouca aptidão motora

nesse elemento. Esses resultados evidenciam que os avaliados podem ter 

dificuldades para um bom desempenho esportivo que exija uma pronta açãoenérgica dos membros superiores, como em jogos de vôlei e handebol, por 

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exemplos, que são praticados rotineiramente pela maioria dos avaliados que

obtiveram resultados considerados fracos.

No que tange aos resultados obtidos nos testes de potência dos

membros inferiores, os avaliados apresentam padrões variados, mas dentre

esses alguns indivíduos demonstram capacidade motora mais apurada nesse

componente, considerada muito boa. Portanto, esses sujeitos podem

apresentar um rendimento superior quando aproveitados em modalidades

esportivas que exijam maior potência dos membros inferiores, sobretudo as

que demandem impulsão.

No teste de agilidade todos os indivíduos avaliados apresentaram

resultados fracos. Considerando que essa habilidade é relacionada com outros

fatores como flexibilidade, potência, equilíbrio, desenvoltura e poder de

decisão, todos essenciais para uma boa destreza em ambientes de jogos,

acredita-se que alguns dos avaliados podem sentir dificuldades para se

desenvolverem em modalidades que exijam principalmente deslocamentos

com trocas rápidas de direção, principalmente em jogos de quadra que são

essencialmente mais dinâmicos.

No que se refere ao teste de velocidade, os avaliados apresentaram

resultados diversos, variando entre fracos e muitos bons. Quanto aos que

apresentaram resultados fracos, esse rendimento pode indicar que esses

indivíduos podem apresentar resultado insatisfatório em modalidades que

exijam deslocamentos acelerados e de curta duração, como em provas de

atletismo de 100 e 200 metros e no futebol, por exemplos. Todavia, os

indivíduos que apresentaram resultados considerados muito bons podem

alcançar ótimos ganhos nas modalidades citadas e em outras que demandem

as mesmas habilidades.

Em uma perspectiva geral, os jovens avaliados não apresentam

predisposição aumentada para o desenvolvimento de doenças hipocinéticas de

ordem cardiorrespiratória e tampouco disfunções na composição corporal que

indiquem obesidade e doenças relacionadas, como hipertensão arterial e

diabetes mellitus, por exemplos. Mas alguns apresentam baixos níveis de

flexibilidade, força muscular e resistência lombar e abdominal. Resultados

esses que podem repercutir futuramente no aparecimento de dores nas costas,desvios posturais e baixa amplitude nos movimentos, dificultando

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consideravelmente a qualidade de vida desses indivíduos.

Quanto aos resultados de desempenho motor, os testes indicam que há

certa carência de desenvolvimento em boa parte dos componentes verificados,

principalmente na aptidão agilidade. Os resultados gerais constatados nas

demais aptidões motoras não indicam riscos iminentes para limitações

funcionais severas, porém esses dados demonstram que os avaliados podem

sentir dificuldades em se destacarem e de obterem resultados satisfatórios na

maioria das modalidades desportivas.

Por fim, sugere-se que esses testes sejam repetidos com mais

frequência e com outras amostras de jovens, tanto na cidade de Guarabira

como na região circunvizinha, para que se obtenham dados mais relevantes e

precisos da realidade local, oportunizando assim elementos para o

desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção, manutenção e

tratamento de possíveis indícios de doenças hipocinéticas e outras limitações

associadas a baixos padrões de aptidão física.

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8. ANEXOS

I ANEXO - Modelo do Questionário de Prontidão para a Atividade Física (PAR-

Q)

Questionário PAR-Q

Este questionário tem objetivo de identificar a necessidade de avaliação clínica antes do início da atividade física. Caso você marque

mais de um sim, é aconselhável a realização da avaliação clínica. Apesar disso, qualquer pessoa pode participar de uma atividade

física de esforço moderado, mas respeitando as restrições médicas.

Por favor, assinale “sim” ou “não” as seguintes perguntas:

1) Alguma vez seu médico disse que você possui algum problema de coração e recomendou que você só praticasse atividade

física sob prescrição médica?

sim ( ) não ( )

2) Você sente dor no peito causada pela prática de atividade física?

sim ( ) não ( )

3) Você sentiu dor no peito no último mês?

sim ( ) não ( )

4) Você tende a perder a consciência ou cair como resultado do treinamento?

sim ( ) não ( )

5) Você tem algum problema ósseo ou muscular que poderia ser agravado com a prática de atividades físicas?

sim ( ) não ( )

6) Seu médico já recomendou o uso de medicamentos para controle de sua pressão arterial ou condição cardiovascular?

sim ( ) não ( )

7) Você tem consciência, através de sua própria experiência e/ou de aconselhamento médico, de alguma outra razão física que impeça

a realização de atividades físicas ?

sim ( ) não ( )

Gostaria de comentar algum outro problema de saúde seja de ordem física ou psicológica que impeça a sua participação na atividade

proposta?

 ___________________________________________________________________________________ 

 __________________________________________________________________________________ 

Declaração de Responsabilidade

Estou ciente das propostas do projeto apresentado.

Assumo a veracidade das informações prestadas no questionário “PAR Q” e afirmo estar liberado pelo meu médico para participação na

atividade citada acima.

Nome do participante:

 _________________________________________________________ 

Nome do responsável se menor de 18 anos:

 _________________________________________________________ 

Local e data:

 _________________________________________________________ 

55

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Assinatura:

 _________________________________________________________ 

Obs.: Se o participante for menor de 18 anos, o responsável assina a declaração.

II ANEXO - Modelo da ficha de anotação dos dados

Escola: Série: Turma:

Endereço da escola:

Cidade: Bairro: CEP:

Telefone da escola: (__) Email:

Nome completo do aluno:

Sexo: (__) M__ (__) F Data de nascimento: / /

Nome da mãe:

Nome do pai:

Endereço do aluno:

Cidade: Bairro: CEP:

Telefone do aluno: (__) Email:

Data da avaliação: / / Horário: Temperatura: _______°CModalidade esportiva

praticada com frequência:

Frequência

semanal:

Duração média de cada

sessão:

Tempo de

prática

1-

2-

3-

Apresenta alguma deficiência? Qual?

Observações:

9 minutos: m 6 minutos: M

Massa corporal: kg Salto em distância: Cm

Estatura cm Arremesso de medicineball: Cm

Envergadura: cm Quadrado: seg.

Sentar-e-alcançar: cm Corrida de 20 metros: seg.

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO DE PARTICIPA??O NA PESQUISA

e est? em duas vias. Uma delas ? sua e a outra ? do pesquisador respons?vel. Em caso de recusa voc? n?o ser? penalizado de forma alguma. Em caso de d?vida voc? pode procurar o Polo Duas Estr

s nas capacidades funcionais motoras em geral, tais como a for?a, velocidade, agilidade e pot?ncia aer?bia.

ndo em vista que nos per?odos da inf?ncia e adolesc?ncia o organismo se mostra mais sens?vel a modifica??es.

al, estatura, envergadura e IMC); For?a e resist?ncia abdominal (Sit Up em 1 minuto); Flexibilidade (Sentar-e-alcan?ar com banco de Wells); For?a explosiva de membros inferiores (Salto Horizontal)

nal Osmar de Aquino.

ados dever? ser autorizada e poder? ser acompanhada por terceiros. O resultado obtido com os dados coletados, bem como poss?veis imagens, ser?o sistematizados e posteriormente divulgados n

gens registradas – o que for o caso) para a pesquisa: A Aptid?o F?sica Relacionada ? Sa?de e ao Desempenho Motor dos Jovens de Guarabira.

to leve a qualquer penalidade. Tamb?m fui informado que os dados coletados durante a pesquisa e tamb?m imagens, ser?o divulgados para fins acad?micos e cient?ficos, atrav?s de Trabalho Mon

Abdominal: repetições

III ANEXO - Termo de consentimento livre e esclarecido de participação na

pesquisa.

57