monografia thiago victor matemática 2010

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1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS VII Curso de Licenciatura em Matemática O Uso das Tecnologias/Informática nas aulas da Creche Escola Francesco Galli Thiago Virgilio Victor dos Santos Senhor do Bonfim 2010

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Matemática 2010

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Page 1: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

1

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS VII

Curso de Licenciatura em Matemática

O Uso das Tecnologias/Informática nas aulas da Creche Escola Francesco Galli

Thiago Virgilio Victor dos Santos

Senhor do Bonfim2010

Page 2: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

2

Thiago Virgilio Victor dos Santos

O Uso das Tecnologias nas aulas da Creche Escola Francesco Galli

Monografia apresentada ao Departamento de Educação, da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, como requisito parcial para a obtenção do título de licenciado em Matemática.

CONCEITO: _______________________________________________________

BANCA AVALIADORA

Prof. (a) 1: ________________________________________________________

Prof. (a) 2: ________________________________________________________

Prof. (a) 3: ________________________________________________________

Professor Orientador: Geraldo Caetano

Senhor do Bonfim2010

Page 3: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

3

DEDICATÓRIA

Dedico essa tão almejada vitória

à memória do colega Amadeu Nascimento,

a meus familiares, em especial

aos meus pais Cefas Alves e Dionê Victor,

aos meus irmãos Hyggor Victor e André Victor,

aos meus sobrinhos Lucas Victor,

Kaiky Victor e Letícia Victor,

que tanto participaram dos grandes momentos,

de alegrias e tristezas, dos sonhos e realidades,

fazendo-me muitas das vezes persistir

quando queria jogar tudo pro alto. A

vocês, que me ajudaram a continuar

nesta jornada incansável, concedendo-me

além do importante apoio, o maior carinho e amor.

A vocês, que entenderam a abdicação e o

sacrifício, o meu muito obrigado!

Com certeza, vocês são incríveis,

por isso concedo os méritos desta

vitória a todos vocês, porque

sem vocês ela se tornaria mais difícil.

Page 4: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

4

AGRADECIMENTOS

A Deus, em primeiro lugar, pelo dom da vida, dando-me condições para

superar as dificuldades, concedendo-me o necessário para essa conquista, e que,

incondicionalmente, esteve sempre ao meu lado em todos os momentos de minha

vida, tanto na alegria quanto na tristeza, fazendo da minha fraqueza um salto para a

vitória.

As pessoas especiais que sempre estiveram ao meu lado, aos meus

verdadeiros amigos, e especialmente aos que conheci na universidade, com os

quais adquiri bastante conhecimento e admiração através do apoio, das palavras,

das lutas, que me fortaleceram a seguir na trajetória da concretização dos meus

ideais.

A Universidade do Estado da Bahia - UNEB – CAMPUS VII por ter me

proporcionado este momento. Às coordenadoras do Colegiado de Matemática, à

minha época, Elizete Barbosa e Mirian Brito, bem como a todos os funcionários que

fazem parte desta instituição de ensino.

A todos os professores que desde o primeiro momento de ingresso na

universidade sempre estiveram dispostos a apoiar e nos ajudar em tudo que era

possível e necessário, em especial ao meu orientador Geraldo Caetano, pelos

esforços empenhados em orientar-me sempre que possível, e por sua disposição a

cada encontro.

Agradeço, enfim, a todos que me ajudaram diretamente ou indiretamente

nessa trajetória, na certeza de que ela não termina aqui. Por isso conto com o apoio

e o carinho de todos com o intuito de alcançar outras e maiores vitórias.

Page 5: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

5

“O mundo da linguagem sem o

mundo da prática é um mundo

vazio”

(Joaquim César Mota – KIM)

Page 6: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

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RESUMO

A presença das tecnologias em nossa cultura atual cria novas possibilidades de expressão e comunicação, e cada vez mais estão fazendo parte do cotidiano, introduzindo novos modos de comunicações. O grande desafio da educação é preparar os educadores para desempenhar um papel diferenciado frente a essas transformações. Embora muitas escolas disponham dos equipamentos e pessoal capacitado, nem sempre essas tecnologias e esses profissionais se integram, fazendo com que o ensino permaneça isolado, sem incorporar recursos tecnológicos às praticas pedagógicas. A presente pesquisa monográfica aborda a interação dos professores da Creche Escola Francesco Galli com os recursos tecnológicos, dando ênfase ao seu uso frequente em sala de aula, fazendo-se uma reflexão acerca da importância de sua utilização contínua, bem como da capacitação dos professores, a fim de otimizar o desempenho docente nessa prática e, consequentemente, melhorar o processo de ensino-aprendizagem. Foram pesquisados e analisados diversos aspectos e características da referida escola de forma quantitativa e qualitativa, fundamentados pelos estudos bibliográficos, dando-nos uma melhor visão sobre a real situação dessa instituição de ensino frente aos desafios educacionais e tecnológicos.

Palavras chave: Professores. Recursos Tecnológicos. Ensino/Aprendizagem. Práticas pedagógicas

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7

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Recursos Tecnológicos adequados e em quantidade suficiente para a demanda ..........................................................

35

Tabela 2 – Cursos de capacitação para manuseio dos equipamentos ..... 36

Tabela 3 – Pleno domínio dos recursos disponíveis pelos professores .. 37

Tabela 4 – Importância que a escola atribui ao uso dos Recursos Tecnológicos em sala de aula .....................................................

38

Tabela 5 – Demonstração de interesse dos professores ao uso dos Recursos Tecnológicos em sala de aula ...................................

39

Tabela 6 – Recursos Tecnológicos adequados e em quantidade suficiente para a demanda ..........................................................

41

Tabela 7 – Uso dos Recursos Tecnológicos disponíveis ........................... 42

Tabela 8 – Cursos de capacitação para manuseio dos equipamentos ..... 43

Tabela 9 – Acesso a software referente a conteúdos trabalhados em sala de aula ...................................................................................

45

Tabela 10 – Importância atribuída pela escola aos Recursos Tecnológicos ................................................................................

46

Tabela 11 – Existe empecilho para o uso frequente dos Recursos Tecnológicos? ..............................................................................

47

Tabela 12 – Possui Recursos Tecnológicos em casa? ................................. 48

Tabela 13 – Sente-se apto e seguro para trabalhar com Recursos Tecnológicos? ..............................................................................

49

Page 8: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

8

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 8

1. OS RECURSOS TECNOLÓGICOS NO ÂMBITO EDUCACIONAL ................1

1

1.1 A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ...............................................................1

1

1.2 O ACESSO ÀS TECNOLOGIAS ...................................................................1

4

1.3 AS TECNOLOGIAS DISPONÍVEIS NAS ESCOLAS ....................................1

9

2. A UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS PELOS PROFESSORES 2

3

2.1 O PAPEL DO PROFESSOR COMO MEDIADOR .........................................23

2.2 O PROFESSOR FRENTE ÀS NOVAS TECNOLOGIAS ...............................27

3. METODOLOGIA ...............................................................................................3

1

4. ANÁLISE DE DADOS ......................................................................................3

4

4.1 RESULTADO DOS QUESTIONÁRIOS À DIREÇÃO/COORDENAÇÃO ......3

5

4.2 RESULTADO DOS QUESTIONÁRIOS AOS PROFESSORES ....................4

1

CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................5

1

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................5

3

APÊNDICES..........................................................................................................5

7

Page 9: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

9

INTRODUÇÃO

O ambiente escolar tem a função de garantir ao aluno o acesso ao

conhecimento e a abordagem dos saberes necessários à vida social ofertando a

formação moral e intelectual dos educandos. Porém quais os principais problemas

vivenciados no cotidiano para que esse acesso ao conhecimento seja feito de forma

mais significativa, utilizando-se os recursos tecnológicos disponíveis?

A presente pesquisa aborda questões relacionadas à pratica pedagógica dos

professores da Creche Escola Francesco Galli, discutindo formas de inserção das

tecnologias da informação aliadas ao currículo escolar, como parâmetro a contribuir

para a acessibilidade e inclusão dos estudantes no mundo informatizado, buscando

ainda a detecção das principais dificuldades vividas pelos educandos e educadores

nesse processo de ensino/aprendizagem no que diz respeito ao uso dos recursos

tecnológicos em sala de aula.

As escolas que utilizam as tecnologias com os estudantes em sala de aula, na

maioria das vezes o fazem usando a técnica pela técnica; o uso do computador para

ampliar conhecimentos das disciplinas ainda é muito restrito, apesar de todo

investimento e das diversas ações governamentais que vem sendo desenvolvidas

há vários anos.

A busca desenfreada e o anseio dos órgãos públicos para ampliar tecnologias

nas escolas ofertam uma grande diversidade de recursos cujo acesso é facilitado.

No entanto o investimento nestes aparelhos, aliado à má utilização, podem não

trazer o retorno esperado e cair no esquecimento, pois há evidências de que o

professor não tem sido considerado quando da implantação de tais recursos nas

escolas faltando-lhe a capacitação para usar e dominar as novas tecnologias.

O fato de a escola possuir computadores e outros recursos, não garante a

inserção do aluno no universo informatizado, pois depende do uso adequado por

parte do professor para o aprendizado tornar-se significativo.

Page 10: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

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O que se busca são alternativas no tocante à garantia da aprendizagem dos

alunos, e isto envolve muitas relações, como a questão da valorização das

experiências já adquiridas, o grau de maturidade e o ritmo de cada um, respeitando

as individualidades.

Portanto as principais metas deste trabalho consistem na abordagem de

questões relacionadas à pratica pedagógica dos professores, discutindo formas de

inserção das tecnologias da informação aliadas ao currículo escolar, oferecer

embasamento teórico acerca do uso destas em sala de aula e analisar a postura dos

professores em relação às inovações tecnológicas, detectando as principais

dificuldades vividas cotidianamente.

Com isso o primeiro capítulo deste trabalho consta de estudos e pesquisas

teóricas a respeito da evolução da informática e demais recursos tecnológicos na

educação, trazendo um breve histórico no cenário brasileiro, com alguns relatos do

crescente incentivo e investimento ao acesso a essas tecnologias nas escolas,

mostrando a diversidade desses recursos os quais estão disponíveis atualmente no

espaço educacional, retratando estudos acerca do indispensável papel do professor

como mediador no processo de construção do conhecimento, bem como e seu

comportamento diante dos desafios da utilização dos recursos tecnológicos

cotidianamente.

O segundo capítulo apresenta a metodologia deste trabalho, onde

descrevemos detalhadamente, todo o desenvolvimento desta pesquisa, ou seja,

métodos utilizados, clientela pesquisada, público alvo, dentre outros, no intuito de se

chegar aos objetivos traçados.

A etapa posterior desta monografia apresenta a análise dos dados obtidos em

entrevista com os gestores, coordenador e professores da Creche Escola Francesco

Galli, onde registramos importantes relatos acerca do uso dos recursos tecnológicos,

no referido espaço educacional.

Ao final temos as Considerações Finais e os Apêndices, explicitando

respectivamente, a conclusão deste trabalho, e os questionários aplicados,

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estudados, consultados e expostos, a fim de trazer os dados mais relevantes

possíveis ao deslinde proposto.

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1. Os Recursos tecnológicos no âmbito educacional

1.1 A Informática na Educação

A história da informática na Educação no Brasil data de mais de 30 anos,

tendo início por volta dos anos 70, a partir de algumas experiências na UFRJ,

UFRGS e Unicamp. Nos anos 80 se estabeleceu através de diversas atividades que

permitiram que essa área hoje tenha uma identidade própria, raízes sólidas e

relativa maturidade.

Os primeiros defensores do uso da televisão e de filmes na educação, fizeram

previsões bastante otimistas de que esses meios trariam mudanças profundas na

natureza da aprendizagem. A mesma expectativa está em torno do uso das

tecnologias, como o computador, data show, softwares educativos, etc, cujo

interesse de inseri-los na sala de aula é motivado por empresas comerciais que

visam novos mercados para seus produtos e por governos com anseios de resolver,

em curto prazo, o problema da educação pública.

Segundo Valente:

A atividade de uso do computador pode ser feita tanto para continuar transmitindo a informação para o aluno e, portanto, para reforçar o processo instrucionista, quanto para criar condições do aluno construir seu conhecimento. Quando o computador transmite informação para o aluno, o computador assume o papel de máquina de ensinar e a abordagem pedagógica é a instrução auxiliada por ele. Essa abordagem tem suas raízes nos métodos tradicionais de ensino, porém ao invés da folha de instrução ou do livro de instrução, é usado o computador. Os softwares que implementam essa abordagem são os tutoriais e os de exercício-e-prática. (1997, p. 01)

Para Buckingham (2008), os estudos sugerem que o impacto da tecnologia na

prática cotidiana docente é bastante limitado. Apresentam, assim, resistência ao uso

freqüente dos mesmos, não por serem antiquados ou ignorantes, mas porque

acham que ela não contribui para o alcance dos objetivos.

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Ainda segundo Valente (1997), mesmo em países como a França e os

Estados Unidos, as mudanças do ponto de vista pedagógico resultantes do avanço

tecnológico nas escolas não são tão significativas. Não se encontram práticas

realmente transformadoras e enraizadas para que se possa afirmar que houve

mudanças no processo educacional, como por exemplo, o aluno sendo construtor do

próprio conhecimento.

Embora a mudança pedagógica tenha sido o objetivo de todas as ações dos

projetos de informática na educação, os resultados obtidos ainda não foram

suficientes para alterar o sistema educacional como um todo. Os trabalhos nos

centros do EDUCOM1 tiveram o mérito de elevar a informática na educação de zero

para o estado atual, possibilitando discutir as questões da área.

Os cursos FORMAR I2e FORMAR II3, criados com o objetivo de desenvolver

cursos de especialização na área de informática na Educação, com aulas teóricas e

práticas, seminários e conferências, não obtiveram os resultados almejados. Os

professores precisaram sair de várias localidades do país, deixando sua residência,

família e trabalho, para tomar o curso em Campinas (de junho a agosto de 1987),

pois lá havia um laboratório completo para este fim. Também muito do que foi

aprendido não foi posto em prática, pois ao retornarem ao local de trabalho, as

condições existentes, muitas das vezes, eram bem diferentes daquelas vivenciadas

durante o curso e muitos não tiveram condições de aliar a teoria à prática.

Segundo Ackermann (1990), apud Valente (1997), “a aplicação de um

conhecimento requer outro tipo de conhecimento. O fato de conhecermos alguma

coisa não implica que saibamos aplicar esse conhecimento. A aplicação desse

conhecimento deve ser exercitado de modo a aprender como usá-lo em diferentes

situações.”

Todavia, o Programa Nacional de Informática na Educação, de acordo com

Valente (1997), era, à época, bastante ambicioso, tendo o computador como recurso

1 Projeto da Unicamp que visa a inserção da informática como metodologia cotidiana de ensino.2Cursos realizados pela UNICAMP onde objetivo principal foi o desenvolvimento de cursos de especialização na área de informática na educação.

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principal de apoio ao processo de mudança pedagógica, objetivando também a

criação de ambientes de aprendizagem que enfatizam a construção do próprio

conhecimento, não se limitando à instrução. Essa realidade, entretanto, perdura até

os dias atuais, uma vez que em muitas escolas o computador continua a ser

utilizado apenas para uso administrativo, não rompendo ainda as barreiras do medo

e da insegurança que pairam na mentalidade educativa docente.

A tecnologia computacional atua justamente nesse sentido, de instigar ao

aluno a adquirir e construir o seu conhecimento, interagindo através dos recursos

computacionais, melhorando assim a qualidade de ensino, tanto pela velocidade em

que as informações são passadas e adquiridas, quanto também por ser algo novo e

atraente para o aluno e de extrema facilidade de transmissão. A revolução da

informática é tamanha que possibilita hoje a realização de cursos virtuais à distância,

via Internet, com professores residentes em estados diferentes, lecionando para

uma quantidade incrível de alunos, ao mesmo tempo.

Porém, para assegurar a incorporação de computadores no Sistema

Educacional é necessário que os líderes governamentais e educacionais persistam

na implantação e disseminação da Informática na Educação, no que tange ao apoio

técnico e principalmente ao apoio pedagógico, criando-se estruturas adequadas

para capacitação e treinamento dos professores, os incentivado a pôr em prática o

que é aprendido.

Com esse intuito, temos atualmente em pleno funcionamento alguns

programas apoiados pelos governos municipais, estaduais e federais que visam a

real difusão da informática na educação, ampliando as possibilidades de

aprendizado em todas as camadas da população, de forma igualitária. O principal

deles é o PROINFO3 - Programa Nacional de Tecnologia Educacional. Segundo o

MEC (2010), é um programa educacional que tem o objetivo de promover o uso

pedagógico da informática na rede pública de educação básica. Esse programa leva

às escolas computadores, recursos digitais e conteúdos educacionais. Em

contrapartida, os estados, o Distrito Federal e os municípios devem garantir a

estrutura adequada para receber os laboratórios e capacitar os educadores para uso

das máquinas e tecnologias.

3 Programa Nacional de Tecnologia Educacional: Programa educacional, desenvolvido pelo MEC, que tem o objetivo de promover o uso pedagógico da informática na rede pública de educação básica.

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1.2 O Acesso às Tecnologias

O livre acesso à informação é um direito de todo cidadão (Constituição de

1988, Art. 5º, Inc. XIV). Diante disso observamos que a evolução e as possibilidades

de acesso aos recursos tecnológicos tem crescido consideravelmente,

principalmente no que diz respeito à área educacional, pois tem recebido inúmeros

incentivos através de esforços do governo federal, organizações não

governamentais, empresas do ramo de informática, entre outros, que tem se unido

para tentar amenizar o quadro de exclusão digital da nossa população.

Os programas do governo federal criados para garantir a todos o acesso às

tecnologias, como o PROINFO, já proporcionaram a muitas escolas rurais e

urbanas, o acesso às tecnologias da informação.

O PROINFO foi criado pelo Ministério da Educação e Cultura, através da

portaria nº 522 de 9 de abril de 1997, cujo objetivo é promover o uso pedagógico da

informática na rede pública de ensino fundamental e médio; o mesmo é

desenvolvido pela Secretaria de Educação à Distância (SEED). Para participar deste

programa a escola deve fazer a adesão e o cadastro, e posteriormente serão

selecionadas as escolas que irão receber os info-centros.

Segundo o Ministério da Educação e Cultura (Portal MEC, 2008), a

preocupação inicial é elevar o grau de inclusão digital nas escolas públicas de 5ª a

8ª série visando a melhoria dos índices de aproveitamento no IDEB – Índice de

Desenvolvimento da Educação Básica – atendendo prioritariamente o IDEB inferior a

2.

Também os cursos de Educação à Distância (EAD), na rede particular ou

pública, visam a inclusão digital dos que não tem condições, por razões diversas, de

cursar um ensino presencial, seja ele básico, graduação ou pós-graduação; os

referidos cursos tem decreto para funcionamento desde o ano de 2005 (DECRETO Nº

5.622, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2005).

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Sobre a Educação à Distância a LDB 9.394/96 diz:

Art. 32 §4 – O Ensino Fundamental será presencial, sendo o ensino à distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais.Art. 80 – O poder público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino à distância, em todos os níveis e modalidades de ensino e de educação continuada.

Sabe-se que não são todas as escolas públicas as quais dispõem do recurso

da Internet para uso pelos alunos, no entanto não se distanciam das mídias, pois a

certo tempo tem à disposição os telecursos e TV Escola, vídeos-produções da TV

Escola auxiliando o processo de educação presencial e o Ensino à Distância.

Além do poder público, existem também inúmeras ONG´s que no país inteiro

proporcionam às comunidades carentes o acesso à inclusão digital, trazendo assim

uma melhor estrutura para o desenvolvimento satisfatório da educação das crianças,

adolescentes e jovens brasileiros.

Segundo Baggio (2002), criador da ONG Comitê para a Democratização da

Informática (CDI), apud Falzetta (2002), a implantação dos laboratórios de

informática em comunidades carentes se dá por três etapas: “olhamos as condições

físicas do espaço e identificamos os líderes comunitários e as pessoas que podem

se tornar educadores”.

Dentre as mais recentes experiências de inclusão digital no Brasil está a

distribuição de laptops a um baixo custo, desenvolvido pela ONG – OLPC (sigla, em

inglês, que significa um laptop por criança) fundada por Nicholas Negroponte do

Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). As experiências desse projeto-piloto

UCA (Um Computador por Aluno) serão avaliadas por grupos de pesquisadores de

universidades públicas conceituadas em todo país.

Para Fagundes (2008), uma militante da difusão da informática, apud Bagatini

e Camargo (2008), “a tecnologia digital revoluciona práticas, ajuda o homem a

adquirir e multiplicar rapidamente o conhecimento, expandindo o poder de pensar,

favorece a interoperabilidade, embora também ajude a destruir.”

Page 17: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

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O acesso à tecnologia digital melhora a auto-estima e evidencia o

desempenho de pessoas socialmente integradas. As crianças de menor poder

aquisitivo e conseqüentemente, menor acesso ao mundo digital, quando se

conectam e se comunicam pela Internet apresentam as mesmas possibilidades de

desenvolvimento que os alunos já inteirados e acostumados a esse tipo de

metodologia.

Para Setzer (2001, p. 49), “a aquisição de informação deve ser um processo

individual, lento e consciente, a educação requer, além de lentidão, interação social

(da criança com seus familiares e com seus mestres) e não passividade.”

A escola deve possibilitar e incentivar que os alunos usem seus

conhecimentos sobre tecnologia para realizar trabalhos das diferentes áreas,

oferecendo grau diferenciado de contextualização dos conteúdos vinculados.

Percebe-se que o uso das (TICs) Tecnologias da Informação e Comunicação

dinamizam as aulas, motivam e conduzem o aluno a descobertas, dependendo do

uso e dos parâmetros que se querem alcançar. Isto tem contribuído para uma

melhor socialização do direito de estudar e aprender com mais atratividade e

interação.

De acordo com David Buckingham, apud Rev. Pátio (2008), apesar do

investimento em tecnologia nas escolas e do grande entusiasmo que o tem

acompanhado, grande parte das coisas que acontecem na educação permanece

relativamente afastada desse investimento por inúmeros fatores, tais como a falta de

planejamento, capacitação, interesse, etc.

Fora da escola, no entanto, as crianças estão tendo uma infância cada vez

mais saturada da mídia; dessa maneira a mídia torna-se um meio para a cultura

popular contrariando as intenções propostas pela escola de usá-la com objetivos

pedagógicos.

As crianças que tem acesso ao computador em casa estão usando-o para

jogar, navegar nos sites de entretenimento na Internet, trocar mensagens

Page 18: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

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instantâneas, participar de redes sociais, baixar e editar vídeos e músicas. Além de

tarefas funcionais, como dever de casa, muito poucos estão utilizando a tecnologia

para algo que se assemelhe à aprendizagem escolar, justamente por falta de um

acompanhamento mais próximo, incentivo e uma devida orientação.

De acordo com D´Espíndola (2009), o processo de uso da tecnologia

privilegia a autonomia do indivíduo:

A grande revolução que o computador promove é permitir uma educação massificada no sentido de que há muita informação disponível e ao mesmo tempo individualizada. Com o andar dos anos o que vai acontecer é que o ensino não vai mais se reduzir ao livro didático. Os livros estarão melhores e adequados à informática, até mesmo com sugestões de sites e atividades. As aulas expositivas, o papel, as pesquisas de campo, os trabalhos de laboratórios, as consultas na web são recursos complementares, que devem ser utilizados de maneira integrada e inteligente. Exatamente o oposto do que se faz na educação convencional, que desperdiça o mais precioso de todos os recursos... o PROFESSOR fazendo dele mero fornecedor de informações, quando deveria ser um organizador de situações de aprendizagem.

Diante disso, grifa-se a necessidade de o computador fazer parte da prática

pedagógica contemporânea, trazendo para sala de aula programas de última

geração capazes de contribuir no acesso à tecnologia e na democratização da

informação.

Implantar a informática na educação requer a união de quatro elementos

básicos: computador, software educativo, professor capacitado e aluno. Sem isso a

modernidade está cada vez mais distante de nós e este é o momento para

superarmos o nosso herdado atraso técnico-científico e cultural.

Certamente com o computador e com toda “filosofia” que o acompanha, o

futuro será diferente, seja pelo fato de que as tecnologias informáticas promovem

transformações substanciais, que vão além daquelas propostas no âmbito das

atividades didático-pedagógicas, seja porque estamos nos movendo inevitavelmente

em direção a uma sociedade caracterizada por um elevado grau de informatização

de todos os seus segmentos.

Page 19: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

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É importante lembrar que não basta ter a tecnologia, mas saber usá-la; nem

todas as escolas públicas possuem laboratórios de informática, vídeo, som e outras

modernidades, mas ainda existem muitas mídias a serem utilizadas para tornar as

aulas mais humanas e prazerosas. Não se deve esquecer que é preciso a

participação dos educadores nas formações/treinamento continuado, no intuito de

capacitá-los e criar meios para qualificar a educação de nossas crianças e garantir o

acesso às tecnologias da informação.

No mapa das Desigualdades Digitais no Brasil, Waiselfisz (2007), do Instituto

Sangari, há alguns anos atrás, mostra que o país ocupava a 76ª posição entre os

193 países do mundo pesquisados no que tange à porcentagem da população com

acesso à Internet, porém isso já tem mudado bastante nos últimos anos.

No mesmo sentido, a Fundação Getúlio Vargas, por Wittmann (2003),

publicou um amplo estudo denominado Mapa da Exclusão Digital, reunindo dados

de várias fontes. De acordo com o estudo, nesse ano encontravam-se em situação

de exclusão 149,8 milhões de brasileiros, porém isso tem sido modificado nos

últimos anos, pois segundo uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Informação em

Ciências e Tecnologia (IBICT, 2007), o número de telecentros passou de 12 mil em

2005 para 16,7 mil em 2006, graças a 108 iniciativas de prefeituras, secretarias de

Estado e ONG´s e isso só tem aumentado cada vez mais.

Page 20: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

20

1.3 As tecnologias disponíveis nas escolas

Temos observado constantemente no cotidiano escolar a extrema

necessidade de readaptação do seu currículo, voltado às multiculturas, à realidade

do aluno, interdisciplinaridade, etc. Para que isso ocorra de forma mais satisfatória,

faz-se necessário uma mudança de metodologia, utilizando-se das mais diversas e

inúmeras ferramentas que vem a cada dia se tornando imprescindíveis à educação,

tais como a televisão, o vídeo, o DVD, computador, internet, Data show, Retro-

Projetor e até mesmo a recém-lançada Lousa Educacional Interativa.

Esses equipamentos, se trabalhados de forma correta, podem trazer um

grande avanço no processo de ensino-aprendizagem, auxiliando o professor a dar

mais ênfase no seu trabalho, além de despertar um maior interesse e motivação aos

alunos, incentivando-os a participar mais diretamente das aulas, interagindo nas

mesmas. Até mesmo um simples Retroprojetor pode auxiliar o professor com a

inserção de imagens, destaques a trechos de textos, instigando os alunos a

questionarem, debaterem e, conseqüentemente, enriquecendo a troca de

informações. “Os recursos tecnológicos são armas fundamentais para tornar as

aulas mais instigantes e apreciadas.” (Vilarinho, 2010)

Necessário se faz, entretanto, sabermos, primeiramente, o que na verdade é

tecnologia. Segundo D´Espíndola (2009),

Tecnologias são os meios, os apoios, as ferramentas que utilizamos para que os alunos aprendam. A forma como os organizamos em grupos, em salas, em outros espaços isso também é tecnologia. O giz que escreve na louça é tecnologia de comunicação e uma boa organização da escrita facilita e muito a aprendizagem. A forma de olhar, de gesticular, de falar com os outros, isso também é tecnologia. O livro, a revista e o jornal são tecnologias fundamentais para a gestão e para a aprendizagem e ainda não sabemos utilizá-las adequadamente. O gravador, o retroprojetor, a televisão, o vídeo também são tecnologias importantes e também muito mal utilizadas, em geral.

As tecnologias estão presentes no dia-a-dia da escola, em todos os gestos e atitudes dos profissionais, facilitando o aprendizado do aluno e a atualização dos professores aos devidos recursos. Os recursos tecnológicos devem ser utilizados como mais uma ferramenta eficiente na construção de conhecimentos, baseando-se em epistemologias que priorizem a ação do sujeito, como a epistemologia genética de Jean Piaget.

Page 21: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

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Porém o que mais nos chama a atenção em termos de tecnologia são

justamente as novidades da “Era Digital” que tem surgido constantemente, e sempre

com o objetivo de uma maior interação entre as pessoas que lidam com estes

recursos, quais sejam, professores e alunos, trazendo uma melhor interatividade do

usuário com tais ferramentas tecnológicas, construindo assim suas próprias

metodologias de ensino e aprendizado, respectivamente.

Para Gasparetti (2001), apud Casimiro (2001), “o estudante do futuro será

cada vez mais interativo e participará da construção do próprio saber utilizando as

novas tecnologias”.

Dentre os recursos mais inovadores disponíveis no mercado e em muitas

escolas, destacaremos os principais com suas respectivas descrições, segundo

Segundo D´Espíndola (2009):

• RETROPROJETORO retro projetor é um recurso visual de apoio à comunicação do pensamento apresentando de forma clara figuras, textos, tópicos de assuntos, apresentado de uma forma clara e objetiva.

• DATA SHOW

Equipamento eletrônico que permite a projeção de imagens, slides, vídeos, entre outros, transmitidos pelo micro, tornando-se, assim, uma excelente ferramenta para fazer apresentações de aulas e palestras.

• TELEVISÃO

Sistema eletrônico de recepção de imagens e som de forma instantânea. Funciona a partir da análise e conversão da luz e do som em ondas eletromagnéticas e de sua reconversão em um aparelho - o televisor - que recebe também o mesmo nome do sistema ou pode ainda ser chamado de aparelho de TV.

• APARELHO DE DVD

O leitor de DVD é um acessório doméstico capaz de reproduzir mídias no formato DVD. Alguns mais modernos reproduzem também outros formatos como CD (de música mp3 e fotos), VCD, SVCD, mini-CD, DVD-RAM e discos de dados, com por exemplo, filmes no formato *.avi (que foram compactados em DivX ou XviD). Existem DVD Players com entradas USB para assim poder inserir algum MP3 ou MP4.Também é possivel visualizar DVD em computadores pessoais, usando uma unidade de leitura de DVD, e um software ou programa tocador de DVD, como por exemplo o Windows Media Player , WinDVD ou PowerDVD, para o sistema operacional Windows, e mplayer, vlc, xine ou totem para os sistemas GNU/Linux e derivados do BSD.

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• COMPUTADORES

Denomina-se computador uma máquina capaz de variados tipos de tratamento automático de informações ou processamento de dados. Exemplos de computadores incluem o ábaco, a calculadora, o computador analógico e o computador digital. Um computador pode prover-se de inúmeros atributos, dentre eles armazenamento de dados, processamento de dados, cálculo em grande escala, desenho industrial, tratamento de imagens gráficas, realidade virtual, entretenimento e cultura.Assumiu-se que os computadores pessoais e laptops são ícones da Era da Informação[1]; e isto é o que muitas pessoas consideram como "computador". Entretanto, atualmente as formas mais comuns de computador em uso são os sistemas embarcados, pequenos dispositivos usados para controlar outros dispositivos, como robôs, câmeras digitais ou brinquedos.

• LOUSA EDUCACIONAL INTERATIVA

A Lousa Educacional Interativa tem o mesmo aspecto de uma lousa convencional porém funciona como uma tela de computador sensível ao toque (Tecnologia Touch Screen). Os movimentos realizados pelo usuário na tela geram diversas intervenções com o que foi projetado. A lousa para ser operada perfeitamente, necessita estar conectada à internet, via computador.

Temos ainda a ferramenta da internet (rede mundial de computadores) na

qual aumentamos a nossa capacidade de acesso às informações, bem como a

nossa interação com o mundo, a tudo e todos que nos rodeia, independente do

contato pessoal. Podemos realizar troca de informações através de fóruns de

discussão entre alunos e professores, pesquisas escolares, publicação de trabalhos,

dentre outros. Em contrapartida, podemos obter todo tipo de conteúdo disponível na

referida rede, sendo ele ruim ou bom. Com isso é preciso uma maior atenção e

orientação com relação a essa tão poderosa ferramenta para que se alcancem os

objetivos construtivos da relação ensino-aprendizagem.

Face a essa grande diversidade de recursos virtuais, dentre outros, a maioria

deles já disponíveis há algum tempo nas escolas tanto particulares quanto públicas,

com maior intensidade a cada dia. Temos, portanto, um grande desafio para nossos

educadores e educandos: o desafio de reaprender.

As Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs) estão derrubando as paredes das salas de aula das nossas escolas e universidades, fazendo com que professores e alunos ingressem no espaço virtual. O jovem aluno não procura mais o conhecimento bem estruturado e de fácil acesso nos livros didáticos, mas no imenso universo do hipertexto. Diante dessa realidade, o aluno tem que reaprender a estudar e o professor a ensinar. (Oliveira e Vigneron, 2005)

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Ante ao exposto, vemos que não há mais como se afastar dessa realidade,

cabendo a cada profissional de educação a disposição de adentrar nessa “Era

Digital”, com a responsabilidade de romper alguns paradigmas, vencendo os seus

“medos”, até porque grande parte destes educadores foram formados distantes

dessa nova realidade digital, tendo a mesma como um grande desafio a ser

enfrentado.

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2. A utilização dos recursos tecnológicos pelos professores

2.1 O Papel do Professor como Mediador

A sociedade atual vive cercada de vídeo games, caixas eletrônicos,

computadores, televisão, DVD, fornos de microondas, celulares e equipamentos de

todo tipo. Os alunos não só vivem numa era tecnológica avançada, como também já

nascem nesse mundo “do futuro”.

Diante disso, a metodologia limitada apenas ao uso do quadro pode

desmotivar o aluno que vive em constante contato com o mundo digital fora da

escola. Portanto é primordial uma maior interação dos mesmos com esses novos

recursos.

Porém estar inteirado com a modernidade em sala de aula não depende

apenas de equipamentos atuais e de ponta. Isto porque a interação que eles

permitem pede uma revisão de métodos tradicionais de ensino. Quanto mais se

mantiverem os hábitos os quais relegam ao aluno um papel meramente receptor,

menos diferença a tecnologia fará no aprendizado.

... Em muitas escolas os computadores ficam a maior parte do tempo confinados as salas que só se abrem para aulas de informática, sem se incorporar ao projeto pedagógico. É como deixar trancados os livros da biblioteca ou limitar seu uso ao processo estrito da alfabetização. (MENEZES e COSTA, 2008, p. 1)

Em contrapartida, a vida extra-escolar oferece inúmeras possibilidades de

interação com os recursos tecnológicos. Pode-se constatar isto na reportagem feita

pela emissora R74 (2010), veiculada em um site de vídeos na internet (youtube),

com o título “LAN HOUSE BRASILEIRA, MERCADO CRESCENTE”, onde destaca o

crescente número de lan-houses nos grandes e pequenos centros urbanos, sem

contar a quantidade de celulares por habitante e a familiaridade com que nossos

alunos lidam com as tecnologias recentes.

4 R7 – Emissora filiada à Rede Record de Televisão

Page 25: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

25

Sendo esta realidade atual, não se pode afirmar que a tecnologia é nociva,

pois na verdade fornece conhecimentos úteis à vida pessoal e social. Ao contrário,

se bem utilizada ela só tem a somar no processo de aprendizagem.

Da mesma forma, esta gama de equipamentos e recursos, por si só, não

auxilia na resolução de problemas relacionados ao processo educativo nas escolas.

O professor é o responsável pelo elo entre o conhecimento e o uso dos recursos.

Esta complementação é essencial, pois a máquina não desempenha os papéis

específicos das pessoas.

... O educador que adota as novas tecnologias perde o posto de dono absoluto do saber (como recomendam todos os especialistas), mas ganha a função de coordenador da aprendizagem. Ele passa a dirigir as pesquisas dos alunos, apontar caminhos, esclarecer dúvidas, propor projetos e, claro, aprender mais. (FALZETTA, 2000, p. 55)

É importante lembrar que não basta a compra de computadores se não

houver treinamento adequado de pessoal e manutenção constante de hardware,

software e de “peopleware”. Talvez seja a falta de tais requisitos que levam alguns

professores a resistir às essas novas tecnologias, desprezando a utilização de

recursos os quais poderiam modificar e melhorar a sua prática.

Perrenoud (2000) destaca como uma das dez competências fundamentais do

professor, a de conhecer as possibilidades e dominar os recursos computacionais

existentes, cabendo-lhe atualizar-se constantemente, buscando novas práticas

educativas capazes de contribuir para um processo educacional qualificado.

Vale ressaltar que ser professor é visto como uma profissão extremamente

paradoxal (Barlow, 1999), compósita (Tardif & Lessard, 1999) e altamente complexa

(Doyle, 1986; Gauthier et al., 1997) por todos os pormenores vividos no seu

cotidiano. Tais adjetivos impõem inevitavelmente aos professores a obrigação de

estarem em constante estado de reflexão, a fim de analisar as situações

vivenciadas, o comportamento dos alunos e ao mesmo tempo procurar soluções

com o objetivo de amenizar as dificuldades ou problemas encontrados.

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Tal afirmação é corroborada por Barlow:

O ensino é uma profissão tão paradoxal que quem a exerce deveria possuir, ao mesmo tempo, as qualidades de estrategista e de tático de um general do exército; as qualidades de planejador e de líder de um dirigente de empresa; a habilidade e a delicadeza de um artesão; a destreza e a imaginação de um artista; a astúcia de um político; o profissionalismo de um clínico-geral; a imparcialidade de um juiz; a engenhosidade de um publicitário; os talentos, a ousadia e os artifícios de um ator; o senso de observação de um etnólogo; a erudição de um hermeneuta; o charme de um sedutor; a destreza de um mágico e muitas outras qualidades cuja lista seria praticamente ilimitada. (1999, p. 145-156)

Nesse contexto, o professor torna-se indispensável tornando-se orientador do

processo de aprendizagem, podendo dispor dos inúmeros métodos de ensino

(tecnologia, meios computacionais) para atender aos alunos de forma diversificada,

de acordo com suas necessidades.

Essa importância e relevância do papel do professor em sala de aula tornam-

se mais acentuadas quando se trata de alunos de séries iniciais, por estes não

possuírem independência na busca do conhecimento adquirido no espaço escolar.

Através da vivência com os outros (professores e alunos), importantes aquisições

ocorrerão, sendo essenciais ao desenvolvimento mental. Isso acontece pela

elaboração das informações recebidas do meio em que vive, através das pessoas

ao seu redor, influenciando diretamente no processo de aprendizagem. Neste

sentido, podemos dizer que nenhum conhecimento é constituído pela pessoa

sozinha, mas em parceria com os outros, os mediadores.

O mediador ajuda a concretizar um desenvolvimento ainda não atingido

isoladamente. Na escola o professor e os colegas mais experientes são os principais

mediadores.

O professor em consonância com a proposta pedagógica construtivista sócio-interacionista, deve compreender o significado do processo de aprendizagem através da construção do conhecimento, ter pleno domínio do conteúdo que está sendo abordado e conhecer as possibilidades dos softwares utilizados para, então, poder acompanhar o aluno nesse ambiente e intervir adequadamente quando se fizer necessário. (VALENTE, 1997, p. 21)

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Os estudos recentes têm mostrado a relevância da afetividade no processo

de construção do conhecimento, pois para que este ocorra de forma satisfatória, o

ambiente escolar deve ser para o aprendiz um espaço de convivência prazerosa,

estimulando a interação com os demais.

Gomide (2007), diz que “muitas vezes, as crianças não estão preparadas

para entrarem na escola, pois essa entrada significa o primeiro afastamento da

família. Com isso o afeto da professora poderá ajudar muito a criança se interagir

com a escola e os colegas.”

Sendo assim, o professor é o principal elo entro o conhecimento e o aprendiz,

pois transmite confiança e o torna apto nas aprendizagens. Exercendo o papel de

mediador, este conduz o aluno a buscar o conhecimento fornecendo alternativas e

problematizações sem oferecer fórmulas e resultados prontos, instigando o mesmo a

buscar o conhecimento.

Desta maneira o conhecimento torna-se real e receptivo a múltiplos

resultados, pois a educação deste século requer conteúdos contextualizados com

uma boa dose de interação entre o aluno e o principal mediador do processo de

ensino/aprendizagem, ou seja, o professor.

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2.2 O Professor Frente às Novas Tecnologias

Como foi dito anteriormente, para a construção do conhecimento do

educando atual no processo de ensino/aprendizagem, o professor assume o papel

de mediador e orientador, sendo um desafiador constante do aluno em busca de

informações novas e relevantes ao seu desenvolvimento.

Porém para que isso ocorra de forma satisfatória, o professor precisa estar

atento à realidade contemporânea, incluindo às novas tecnologias disponíveis a

serem utilizadas nas salas de aula, pois segundo Moran, Massetto e Behrens (2000)

através do uso de tais recursos, o educador pode trabalhar de maneira equilibrada a

orientação intelectual, emocional e gerencial do aluno. Isso porque, fazendo uso de

tais ferramentas é que o orientador irá desenvolver sua metodologia própria de

ensino, utilizando as tecnologias digitais com o objetivo de fazer com que o aluno

construa estruturas mentais as quais darão o suporte necessário para o uso das

novas tecnologias em qualquer situação cotidiana.

“... o professor que trabalha na educação com a informática há que desenvolver na relação aluno-computador uma mediação pedagógica que se explicite em atitudes que intervenham para promover o pensamento do aluno, implementar seus projetos, compartilhar problemas sem apresentar soluções, ajudando assim o aprendiz a entender, analisar, testar e corrigir erros”.(MORAN, MASETTO e BEHRENS, 2000, p. 171).

No entanto observamos professores, em sua maioria, distante dessa

realidade pedagógica, com limitações metodológicas vinculadas ao ensino

tradicional, alienados à tecnologia e ao seu uso, tanto na sua prática pedagógica

quanto na sua vida cotidiana.

Torna-se essencial ao professor o redimensionamento e encurtamento de sua

relação com as novas tecnologias existentes, objetivando o domínio de tais

recursos, com a apropriação do seu conhecimento, sendo possível a reconstrução

de novos paradigmas, métodos e objetivos de forma geral e específica.

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De acordo com Morán, Masetto e Behrens (2003), a teoria na educação está

muito além da sua prática, pois muito do que se prega, no dia-a-dia não é cumprido

por muitos fatores. Entretanto, quando o educador é motivado a trabalhar com

informática em sala de aula, o mesmo percebe-se um agente transformador da ação

pedagógica, tendo como conseqüência principal, a reestruturação de seus métodos

e didática.

Ainda segundo Morán, Masetto e Behrens (2003), um dos passos primordiais

na gestão tecnológica em sala de aula é o domínio técnico dos recursos disponíveis.

É a capacitação para saber usar, é a experiência a qual se adquire com a prática. Se

o professor só lida com o computador esporadicamente, demorará muito mais para

dominá-lo, caso contrário, ou seja, tendo-o sempre à disposição, a evolução na

aquisição de habilidades é significativa.

Tal domínio é importante por parte do professor, pois o mesmo poderá aliar

os conhecimentos tecnológicos às práticas pedagógicas, adequando seu trabalho às

individualidades dos educandos.

Mas o caminho do computador para a sala de aula passa pela familiarização do professor com ele. Para o professor se familiarizar com o computador, ele precisa usá-lo nas mais variadas atividades, mesmo que elas não sejam de especial significado pedagógico nem voltadas para a sala de aula. Quando os professores tiverem com o computador a intimidade que hoje têm com o livro, descobrirão ou inventarão maneiras de inseri-lo em suas rotinas de sala de aula, encontrarão formas de criar, em torno do computador, ambientes ricos em possibilidades de aprendizagem que propiciarão aos alunos uma educação que os motivará tanto quanto hoje o fazem os jogos computadorizados, os desenhos animados, os filmes de ação e a música do rock. (CHAVES, 2007)

Vale salientar a extrema importância da capacitação do profissional de

educação em relação ao manuseio dos recursos tecnológicos disponíveis, isso

porque a falta de conhecimento pode acarretar uma desmotivação ao seu devido e

constante uso, além também da alienação do mesmo face a necessidade do

trabalho de interdisciplinaridade nas escolas, bem como a trabalhar com os alunos

de forma individual, o que poderá trazer melhorias à educação de cada indivíduo.

Page 30: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

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As aulas de informática podem propiciar aos alunos a oportunidade de aprender dentro do seu próprio ritmo, permitindo ao aluno trabalhar individualmente, em dupla ou em grupo. O professor deve fornecer as informações e/ou orientações preliminares acerca da atividade que será desenvolvida. Deve utilizar a interdisciplinaridade. Esta ocorre quando diversas disciplinas estabelecem reciprocidade e igualdade para a solução de um problema. É fundamentada na certeza de que a troca enriquece. Ao tentar solucionar uma determinada situação, o aluno vai colocar em ação os elementos teóricos de que dispõe sem se limitar, necessariamente, a um único campo do conhecimento, reorganizando-os de maneira a perceber uma solução ou uma nova necessidade. Por exemplo, os alunos que desenvolvem atividades no computador necessitam conciliar, pelo menos, alguns conhecimentos básicos de informática com outros específicos do tema em que estão trabalhando. (MENDEL, 2009)

Sabemos que ser educador implica em estar em permanente atualização e

estudos, buscando sempre novas e relevantes informações, estando ciente da

relação entre os diferentes saberes (interdisciplinaridade). Isso inclui o conhecer o

que for relevante das diversas disciplinas, além de dominar as inúmeras

metodologias existentes e disponíveis, tais como computador, data show, internet,

etc. Ele precisa estar atento a tudo que lhe cerca, para, de uma forma mais

competente e direcionada, educar o aluno a utilizar e manusear da melhor forma

possível tudo que lhe disponibilizam.

Para Lima, Andrade e Damasceno (2009), “Os novos recursos tecnológicos

são para ajudar o professor no processo de ensino aprendizagem e cabe ao

professor perceber qual recurso deve, quando e como usar”

Diante do crescente uso dos recursos tecnológicos por parte do corpo

estudantil, nossos professores precisam cada vez mais se apropriar disso, utilizando

sua criatividade e visão pedagógica, no intuito de promover um ensino de melhor

qualidade. Para isso o educador conta com uma poderosa ferramenta de auxílio,

estudo e pesquisa, a internet. Através dela ele pode estar em constante contato com

o mundo, com as pessoas, trocando experiências e renovando a sua visão

pedagógica.

Ensinar com a Internet será uma revolução, se mudarmos simultaneamente

os paradigmas do ensino. Caso contrário servirá somente como um verniz,

um paliativo ou uma jogada de marketing para dizer que o nosso ensino é

moderno e cobrar preços mais caros nas já salgadas mensalidade.

(MORAN, 2008. p.8).

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No entanto, temos ainda bastante resistência à utilização dessa ferramenta,

pois demanda de tempo para pesquisa e estudo, sendo ainda necessário um maior

e melhor planejamento das aulas, visto que a internet deve ser utilizada com cautela

para não prejudicar o desenvolvimento do aluno, isso porque a quantidade de

informações disponíveis é muito grande e pode-se cometer a falha de se trazerem

informações prontas a estes, sem instigá-los a ler e buscar o conhecimento próprio.

“[...] o homem está irremediavelmente preso ás ferramentas tecnológicas em

uma relação dialética entre a adesão e a critica ao novo”. (PAIVA, 2008. p.1).

“As novas tecnologias levarão o homem a uma evolução mais rápida e ao

conhecimento mais preciso. É necessário, apenas, dominá-las.” (LIMA, ANDRADE e

DAMASCENO, 2009).

Os professores têm, portanto, inúmeros desafios a serem enfrentados e

vencidos para se conseguir a evolução almejada no campo pedagógico/tecnológico,

como a quebra de alguns paradigmas educacionais, fuga do tradicionalismo, dentre

outros, porém o maior deles é o domínio das ferramentas tecnológicas, ou seja, a

disposição aos estudos constantes e permanentes.

Isto é reafirmado por Kenski (2007, p. 18) que fala acerca dos desafios da

educação: “o duplo desafio da educação: adaptar-se aos avanços tecnológicos e

orientar o caminho de todos para o domínio e a apropriação crítica desses novos

meios”.

Page 32: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

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3. METODOLOGIA

De acordo com a Enciclopédia digital Wikipédia (2010),

A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa. É a explicação do tipo de pesquisa, do instrumental utilizado (questionário, entrevista etc), do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa.

A presente monografia é constituída de algumas fases de estudos e

pesquisas, ambos no intuito de adquirir maior embasamento e entendimento ao

tema proposto, a fim de serem alcançados todos os objetivos previamente traçados.

A pesquisa teórico-bibliográfica foi a primeira a ser utilizada com o objetivo de

enriquecer e fundamentar melhor o entendimento acerca da importância do uso dos

recursos tecnológicos em sala de aula. Ela é o primeiro passo para uma efetiva

investigação, pois mediante a mesma é possível conhecer mais intimamente o tema

estudado, bem como construir uma metodologia apropriada para as fases

subseqüentes.

A importância da pesquisa bibliográfica é fundamental em qualquer trabalho científico, pois tal pesquisa enriquece e influencia todas as etapas do trabalho através do embasamento teórico, possibilitando levantamentos, seleções, fichamentos e arquivamentos de informações relacionados à pesquisa. (AMARAL, 2007, apud RAYALA, 2008 p. 36).

Esta fase da pesquisa foi feita através de estudos teóricos utilizando-se a

biblioteca do Campus VII, bem como publicações de artigos, monografias,

reportagens e entrevistas por intermédio da internet. Segundo Amaral (2007), apud

Rayala (2008) “...é imprescindível antecipar em todo e qualquer trabalho científico

uma esgotante pesquisa bibliográfica sobre o tema em estudo, e posteriormente

iniciar a coleta os dados” (p.36).

A fase subseqüente da pesquisa realizada corresponde à pesquisa de campo,

executada na Creche Escola Francesco Galli, para a obtenção de informações

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imprescindíveis a este trabalho em relação ao uso dos recursos tecnológicos em

sala de aula, bem como as principais dificuldades em adotá-las no cotidiano

estudantil.

Essa etapa da pesquisa foi desenvolvida mediante a aplicação dos

questionários (apêndices 1 e 2) a serem interpretados de forma qualitativa e

quantitativa.

É importante ressaltar que as pesquisas Quantitativas e Qualitativas oferecem perspectivas diferentes, mas não são opostas. De fato, representam abordagens que podem ser utilizadas em conjunto, de acordo com a necessidade em questão, obtendo assim mais informações do que poderia se obter para cercar o mercado, se os métodos fossem utilizados isoladamente. (MONFERRARI, 2010)

A pesquisa qualitativa é projetada exclusivamente para gerar dados

numéricos e percentuais. Tais dados permitem a confiança suficiente para a criação

de uma análise estatística do objeto estudado.

Entretanto essa pesquisa, apesar de ser exposta também de forma

quantitativa, direcionou uma maior atenção à pesquisa qualitativa, pois segundo

Minayo (1994), apud Miranda (2009) a pesquisa qualitativa foca uma realidade que

não pode ser quantificada ou medida, respondendo à questões mediante o ponto de

vista particular de cada indivíduo, “trabalhando com um universo de significados e

crenças e que correspondem a um espaço mais profundo das relações, dos

fenômenos que podem não ser reduzidos à operacionalização de variáveis.”

Já Chizzotti (2003), apud Miranda (2009), afirmam que:

A pesquisa qualitativa refere-se a um trabalho empírico, por meio do desenvolvimento de uma pesquisa de campo que visa reunir e organizar um conjunto comprobatório de informações, sendo que as informações retiradas desta pesquisa são documentadas, abrangendo qualquer tipo de informação disponível, escrita, oral, gravada ou filmada, que se preste para fundamentar o relatório do caso que será, por sua vez, objeto de análise crítica pelos informantes ou qualquer interessado.

A pesquisa de campo foi realizada com os gestores, coordenador e

professores que atuam na Creche Escola Francesco Galli, situada à Rua Milão, s/n,

Page 34: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

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Vila Itália, Bonfim III, Senhor do Bonfim-BA. A mesma é mantida por um grupo de

italianos, através de uma ONG5, em convênio com a Prefeitura Municipal local que

cedem os profissionais para o ensino. Foram aplicados um total de 08 questionários,

dentre os quais, 03 foram direcionados ao corpo gestor e coordenação e os outros

05 direcionados aos professores. O questionário aplicado aos gestores e

coordenador é composto de 08 questões, contendo perguntas acerca da escola e

dos profissionais que ali trabalham, em relação às questões tecnológicas. Já o

questionário dos professores é composto de 12 questões, com perguntas também

acerca da escola e da prática cotidiana de cada indivíduo entrevistado, frente às

tecnologias. Esse período da pesquisa iniciou-se em meados de julho do corrente

ano, com a distribuição dos questionários elaborados contendo questões subjetivas,

a fim de facilitar a discussão e análise dos dados e para que os entrevistados

pudessem responder com clareza às questões propostas.

O principal objetivo do trabalho é questionar a atuação da escola, e

principalmente do professor em sala de aula no que tange o uso freqüente dos

recursos tecnológicos e da forma como estes auxiliam os alunos no processo de

aprendizagem dos conteúdos.

Após a aplicação, foram recolhidos os questionários devidamente

respondidos e as informações obtidas estão apresentadas em forma de análise,

discussão dos dados e tabelas a respeito das questões propostas, conforme

apêndices.

Inicialmente foram analisados os questionários dos gestores e coordenador,

seqüenciado pelos professores, seguindo o mesmo processo de apresentação e

estudo. As questões mais relevantes foram apresentadas na análise de dados, em

forma de tabelas demonstrativas das informações obtidas, seguidas de comentários,

aliados ao conhecimento teórico, com opiniões acerca dos problemas detectados

mediante relatos obtidos, onde transcrevemos algumas falas e elucidamos valores

percentuais, a fim de se chegar a um resultado satisfatório.

5 Organização não-governamental sem fins lucrativos. Estas organizações podem ainda complementar o trabalho do Estado, realizando ações onde ele não consegue chegar, podendo receber financiamentos e doações do mesmo, e também de entidades privadas, para tal fim.

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4. ANÁLISE DOS DADOS

A Análise de Dados consiste na exploração máxima dos mesmos para se

poder identificar os aspectos mais relevantes no intuito de chegar ao objetivo

traçado inicialmente, ou seja, consiste em transformar as informações obtidas em

dados úteis para a a evolução do que foi pesquisado, tanto quantitativamente quanto

qualitativamente. Através desta pesquisa, mediante entrevista, foram indentificados

as principais características da Creche Escola Francesco Galli no que diz respeito

ao uso das tecnologias em sala de aula.

Segundo Rayala (2008):

A análise de dados é construída através de relatos obtidos de questionário desenvolvido pelos sujeitos pesquisados, onde são feitos transcrições das resoluções, construções gráficas para elucidar valores numéricos e comentários fundamentados sobre cada pergunta e resposta realizada aos objetos de pesquisa, portanto constando eventos essenciais ao trabalho. (pg. 38)

Os sujeitos pesquisados consistem em oito funcionários, dentre eles

professores e gestores, bem como a coordenadora da escola. Inicialmente serão

apresentados e analisados os dados referentes à direção e coordenação da Creche

Escola Francesco Galli. Os entrevistados em questão serão identificados por D1, D2

e D3, respectivamente. Posteriormente mostraremos os resultados adquiridos nas

entrevistas com os professores da referida escola, onde os mesmos serão

identificados por P1, P2, P3, P4 e P5.

O período de execução de coleta de dados aconteceu entre os dias 08 e 24

de julho de 2010, primeiramente com a entrevista dos gestores e da coordenadora,

tendo como seqüência a entrevista dos professores, ambos realizados através de

questionários de perguntas subjetivas (apêndices 1 e 2), no intuito de obter-se a

maior quantidade de dados possíveis para uma análise melhor da realidade.

Vale ressaltar que os questionários foram elaborados de forma minuciosa, a

fim de instigar os entrevistados a mostrarem a realidade da escola no que diz

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respeito ao uso cotidiano das tecnologias em sala de aula, através de suas próprias

palavras.

4.1 RESULTADO DOS QUESTIONÁRIOS À DIREÇÃO/COORDENAÇÃO

Tabela 1 – RECURSOS TECNOLÓGICOS ADEQUADOS E EM QUANTIDADE

SUFICIENTE PARA A DEMANDA

DIREÇÃO/COORDENAÇÃO SIM NÃO

D1 X

D2 X

D3 X

TOTAL APROXIMADO (%) 33,3% 66,6%Fonte: Questionário apresentado para analise de dados da Creche Escola Francesco Galli – 2010.

Na tabela acima percebemos uma certa contradição nas informações ou até

mesmo no ponto de vista dos entrevistados, uma vez que um desses acha a escola

possuidora recursos tecnológicos adequados e em quantidade suficiente para

atender à demanda, e os outros dois discordam, diagnosticando como insuficientes

os recursos disponíveis da escola ou por não atenderem à toda demanda ou por

serem inadequados. O entrevistado D3 disse que: “Sim, a escola possui.” Já o

entrevistado D1 disse: “possui recursos tecnológicos, porém não o suficiente para

atender a todos”

No processo educativo é primordial que as escolas estejam devidamente

equipadas para o atendimento docente e discente, até porque como poderá um

professor desenvolver a sua metodologia da forma planejada e satisfatória se não

existirem os recursos adequados e em quantidade suficiente?

De acordo com Brasil, Moro e Santarosa (2005), para modificar a situação

das nossas escolas, é preciso investir na educação e em recursos para os

ambientes de aprendizagem os quais são suporte na extensão da sala de aula, tais

como laboratórios e bibliotecas.

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Starobinas, (2006), em trecho da entrevista à Revista Virtual Viva São Paulo

disse:

Um simples micro e datashow na sala de aula pode fazer muita diferença – auxiliar os professores a inserir mais imagens em suas aulas, dar destaque ao trecho de um texto discutido, preparar apresentações provocativas para estimular o debate em sala de aula, etc.. Uma sala de informática bem aparelhada pode permitir o desenvolvimento de excelentes projetos – que precisam ser bem preparados previamente pelos professores.

Entendemos assim que a Creche Escola Francesco Galli possui recursos

tecnológicos, entretanto não são suficientes para atender toda a demanda,

carecendo de maior investimento no sentido de aquisição dos mesmos.

Tabela 2 – CURSOS DE CAPACITAÇÃO PARA MANUSEIO DOS

EQUIPAMENTOS

DIREÇÃO/COORDENAÇÃO SIM NÃO

D1 X

D2 X

D3 X

TOTAL (%) 100% 0%Fonte: Questionário apresentado para analise de dados da Creche Escola Francesco Galli – 2010.

Acerca da promoção de cursos de capacitação e treinamento dos professores

para usarem os recursos disponíveis, as respostas foram unânimes, no sentido de

que a escola promove tais eventos, tendo como objetivo a qualificação dos

profissionais para o manuseio.

Ainda de acordo com Brasil, Moro e Santarosa (2005), faz-se necessária a

capacitação dos professores dando-lhes condições mínimas de conhecer os

recursos disponíveis e seu potencial, bem como compreender melhor o seu aluno,

suas limitações, dificuldades e superações. Há necessidade de uma mudança nas

formas de aprender e ensinar, buscando alternativas para a inclusão dos mesmos

no processo de ensino-aprendizagem.

Page 38: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

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Os entrevistados concordam plenamente com a visão de Brasil, Moro e

Santarosa (2005), pois entendem como essencial a promoção de cursos de

capacitação. No ponto de vista de D1 “é importante para subsidiar mecanismos de

capacitação para os educadores terem as condições mínimas necessárias para

implementar uma educação eminentemente significativa”. Já D3 diz que a

capacitação é importante porque o “... saber manusear esses recursos facilita o

trabalho do profissional de educação”.

De acordo com os entrevistados, a escola promove ainda a troca de

informações e experiências, entre os educadores, acerca do uso dos recursos

tecnológicos em sala de aula. Segundo eles, elas acontecem sempre às sextas-

feiras, nas atividades educativas previamente planejadas, bem como também nas

reuniões de coordenação, onde ocorrem as discussões sobre as vivências no

período semanal das aulas, apresentando-se sugestões e soluções aos possíveis

problemas surgidos.

Segundo Modesto (2003) a participação em fóruns de discussão permite aos

educadores a interação entre os colegas de profissão, tanto no que se refere à troca

de informações e discussão de cunho teórico, quanto à resolução conjunta de

problemas. Com isso permitem-se a expressão, discussão e contraposição de

idéias entre os sujeitos, e isso é um recurso que promove a aprendizagem e a

evolução da educação.

Tabela 3 – PLENO DOMÍNIO DOS RECURSOS DISPONÍVEIS PELOS

PROFESSORES

DIREÇÃO/COORDENAÇÃO SIM NÃO

D1 X

D2 X

D3 X

TOTAL APROXIMADO (%) 33,3% 66,6%Fonte: Questionário apresentado para analise de dados da Creche Escola Francesco Galli – 2010.

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39

Percebemos uma divergência de opiniões entre os entrevistados, mas a

maioria destes avalia os professores como não dominadores plenos dos recursos

tecnológicos disponíveis. Em relação a isso D1 disse que: “como existe uma

rotatividade constante dos profissionais, os cursos de capacitação oferecidos não

tem uma prática continuada com os mesmos”. Segundo a maioria deles, esse é o

fator principal que tem gerado o despreparo por partes dos professores nesse

sentido. O entrevistado D3 afirma que ainda contam bastante a falta de experiência

e de “traquejo” com os recursos, bem como a falta dos recursos suficientes pelo fato

do alto custo dos mesmos.

Em nada contribui para o ensino o fato de se ter computadores de última

geração e programas modernos, caso os educadores não os domine. Como já foi

exemplificado anteriormente, e segundo Perrenoud (2000), uma das competências

fundamentais do professor é a de conhecer as possibilidades e dominar os recursos

computacionais existentes, cabendo ao mesmo atualizar-se constantemente,

buscando novas práticas educativas que possam contribuir para um processo

educacional qualificado.

Os entrevistados ainda afirmaram que na escola possui um profissional de

apoio para o uso dos recursos disponíveis. Segundo D2 o referido apoio limita-se

apenas na digitação de Projetos e Trabalhos da escola, no entanto D1 e D3 afirmam

que o mesmo auxilia devidamente na utilização e manuseio dos recursos

tecnológicos disponíveis, sempre que necessário. Certamente a falta de experiência

e de “traquejo” no manuseio dos equipamentos poderá perfeitamente ser

minimizada, e até mesmo extinta, através do auxílio desse profissional

Tabela 4 – IMPORTÂNCIA QUE A ESCOLA ATRIBUI AO USO DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS EM SALA DE AULA

DIREÇÃO/COORDENAÇÃO IMPORTANTE NÃO TÃO IMPORTANTE

D1 X

D2 X

D3 X

TOTAL (%) 100% 0%Fonte: Questionário apresentado para analise de dados da Creche Escola Francesco Galli – 2010.

Page 40: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

40

Acerca da importância que a escola atribui ao uso dos recursos tecnológicos,

todos afirmaram ser extremamente importante, tendo D1 dito ser “fundamental nas

atividades cotidianas”. Também é citado pelo entrevistado que pelo uso de tais

recursos nota-se uma melhora bastante significativa no desempenho do aluno, pois

traz uma motivação extra ao mesmo. D2 observa nos alunos que utilizam esses

recursos cotidianamente, mais desenvolvimento intelectual.

As Tecnologias da Informação e Comunicação trazem novos componentes ao mundo educacional: a informação é encontrada em maior quantidade, é possível ter contato com outros colegas, outros professores, especialistas em várias áreas do conhecimento. É muito mais fácil propor projetos de estudo que não usem só a prova escrita como estratégia de avaliação. Exposições fotográficas, filmes, construção de sites, tudo isso pode ajudar a enriquecer a experiência educacional. (STAROBINAS, 2006)

Temos, portanto, na escola, uma direção e coordenação consciente da

importância e relevância do uso dessas novas metodologias em sala de aula, pois

mediante estas poderemos enriquecer e maximizar o processo de ensino-

aprendizagem, tornando mais motivador tanto aos alunos quanto ao professor.

Tabela 5 – DEMONSTRAÇÃO DE INTERESSE DOS PROFESSORES AO USO

DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS EM SALA DE AULA

DIREÇÃO/COORDENAÇÃO SIM NÃO NEM SEMRE

D1 X

D2 X

D3 X

TOTAL (%) APROXIMADO 33,3% 33,3% 33,3%Fonte: Questionário apresentado para analise de dados da Creche Escola Francesco Galli – 2010.

Pelo exposto, observamos ser a aula expositiva o recurso mais utilizado pelos

professores. Certamente nem tudo o que prega a tendência tradicional deverá ser

desprezado, contudo faz-se necessário dar-lhe uma reestruturada metodológica,

oportunizando ao aluno a vez de participar, opinar, inferir e etc., tendo em mente a

questão do conhecimento como algo a ser construído e alcançado, sendo possível

chegar a bons resultados através de variados caminhos.

Page 41: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

41

Segundo Graça (2007), a utilização das tecnologias no sistema educativo

deve visar um horizonte de atuação dos professores o qual não se limita à simples

melhoria da eficácia do ensino tradicional ou à mera utilização tecnológica escolar,

através dos meios informáticos, mas instigar o aluno a construir e buscar o próprio

conhecimento. Na grande maioria das vezes, o não uso do computador e demais

recursos tecnológicos se dá pela falta de motivação e da devida preparação do

professor para adequar estes novos recursos às disciplinas ensinadas.

Notamos uma realidade escolar onde, na visão do corpo gestor/coordenador,

se possui os requisitos mínimos para a implantação constante e devida do uso das

novas tecnologias em sala de aula, uma vez que a mesma detém de recursos

tecnológicos na qual podem ser usados, sempre que possível e necessário, apesar

de insuficientes para toda a demanda. Há ainda cursos de capacitação aos

profissionais de educação e possuem técnico de informática especializado no

manuseio dos referidos equipamentos. Em contra partida notamos a falta de

continuidade no trabalho de capacitação dos educadores, justamente por conta da

rotatividade dos profissionais, causando a falta de domínio pleno das ferramentas

disponíveis para uso. Vale salientar que os professores nem sempre demonstram o

interesse em utilizar tais recursos, limitando a sua metodologia de trabalho.

Page 42: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

42

4.2 RESULTADO DOS QUESTIONÁRIOS AOS PROFESSORES

Tabela 6 – RECURSOS TECNOLÓGICOS ADEQUADOS E EM

QUANTIDADE SUFICIENTE PARA A DEMANDA

PROFESSOR SIM NÃO O SUFICIENTE

P1 X

P2 X

P3 X

P4 X

P5 X

TOTAL (%) 40% 60%Fonte: Questionário apresentado para analise de dados da Creche Escola Francesco Galli – 2010.

Percebemos na tabela acima que no ponto de vista de 40% dos

entrevistados, a escola possui os recursos necessários para a realização dos

trabalhos de forma satisfatória e em quantidade suficiente. Por outro lado 60% dos

professores acreditam terem recursos tecnológicos adequados, porém em

quantidade insuficiente para o devido atendimento de toda a demanda da escola.

O professor P5 exemplifica que a escola possui “TV, DVD, Data-show,

Computador, Som”, mostrando a diversidade de recursos disponíveis a todos

educadores. Todavia P4 diz que “a escola possui recursos tecnológicos sim, mas

não o suficiente para atender a toda a demanda”.

Sabemos que nossos alunos vivem em uma sociedade informatizada, onde

nos deparamos a todo o instante com as tecnologias em nosso cotidiano (internet,

celular, dvd, tv, câmera digital, vídeo game, etc.), fazendo-se necessário portanto

que as escolas se adequem a essa realidade, orientando os educandos acerca dos

benefícios do uso de tais tecnologias, ensinando-os a explorá-los da melhor forma

possível, sempre no intuito de toná-los cidadãos capazes de pesquisar, ler,

entender, buscar e construir o seu próprio conhecimento.

Page 43: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

43

Tabela 7 – USO DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS DISPONÍVEIS

PROFESSOR FREQUENTEMENTE ÀS VEZES NUNCA

P1 X

P2 X

P3 X

P4 X

P5 X

TOTAL (%) 80% 20% 0%Fonte: Questionário apresentado para analise de dados da Creche Escola Francesco Galli – 2010.

No que diz respeito ao uso de recursos tecnológicos, os professores foram

quase unânimes nas suas respostas, informando que utilizam os mesmos por

acreditarem na diversificação das atividades, tornando as aulas mais dinâmicas e

prazerosas.

Vejamos o que disse o professor P4 a esse respeito: “uso os recursos

tecnológicos, principalmente computadores, sala de TV e vídeo, além de aparelho

de som”. O professor P5 disse que utiliza tais recursos porque “... tornam as aulas

mais dinâmicas e prazerosas”

O professor P2 apresentou algumas restrições ao uso de certos recursos, em

virtude de inaptidão e insegurança. Nota-se a grande necessidade das capacitações

para o manuseio dos recursos e as trocas de experiências entre os profissionais no

intuito de aumentar as possibilidades de utilização destes no desenvolvimento das

aulas.

Stelmaki e Teruya (2009) dizem que a inclusão digital nas escolas deve ser

constante, porém não pode se limitar apenas em colocar computadores e outras

tecnologias na sala de aula, mas deve ter como objetivo a melhoria da qualidade de

ensino e da aprendizagem, tendo sempre como meta principal a formação de

cidadãos críticos, capazes de compreender as implicações positivas e negativas das

tecnologias.

Page 44: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

44

Nesse sentido temos que a maioria dos profissionais da educação desta

escola já estão no rumo certo para a “quebra da monotonia” em sala de aula,

utilizando-se dos mais diversos métodos tecnológicos, aumentando a possibilidade

de aprendizado, ou seja, na visão dos educadores entrevistados é costumeiro o uso

dos recursos tecnológicos disponíveis, por acreditarem na mudança para esse tipo

de metodologia a qual desperta maior interesse por parte dos alunos, gerando

euforia nos mesmos, dinamizando as atividades propostas, maximizando o processo

de aprendizagem.

Tabela 8 – CURSOS DE CAPACITAÇÃO PARA MANUSEIO DOS

EQUIPAMENTOS

PROFESSOR SIM NÃO

P1 X

P2 X

P3 X

P4 X

P5 X

TOTAL (%) 80% 20%Fonte: Questionário apresentado para analise de dados da Creche Escola Francesco Galli – 2010.

Em relação à promoção de cursos de capacitação para os professores, os

entrevistados responderam, em sua maioria, já terem recebido treinamento para

esse fim, contudo o professor P5 afirmou nunca ter recebido treinamento algum,

provavelmente pela rotatividade constante que a escola sofre em relação aos

educadores, como foi citado anteriormente na análise do corpo gestor e

coordenação.

Segundo Moran, Masetto e Behrens (2003) um dos passos primordiais na

gestão tecnológica em sala de aula é o domínio técnico dos recursos disponíveis. a

capacitação para saber usar, é a experiência cuja aquisição provém da prática

cotidiana.

Page 45: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

45

A capacitação é pontuada pelos educadores entrevistados, os quais

concordam plenamente acerca da necessidade da mesma, afirmando inclusive ser

de fundamental importância para o bom desenvolvimento e desempenho do

professor em sala de aula, até porque é somente através de treinamento e prática

que se adquire a experiência necessária à evolução profissional e conseqüente

alcance dos objetivos traçados. É o que diz o professor P4: “A capacitação nos torna

profissionais ainda mais capacitados e comprometidos, com uma boa metodologia

de ensino e bom desempenho nas atividades”. O professor P5 afirmou que: “A

capacitação é importante pois através dela nos sentimos preparados para o

manuseio dos recursos”.

É importante os educadores estarem sempre abertos às inovações

tecnológicas e metodológicas objetivando principalmente garantir ao aluno o acesso

à educação e informação, e não somente utilizando os recursos disponíveis, sem ter

segurança, simplesmente para demonstrar que está atualizado, mas capacitando-se

e interagindo com os mesmos. Com isso o professor reaprender a ensinar, tornando-

se um profissional mais maleável à modernidade.

Da mesma forma que responderam os diretores e coordenadores, no sentindo

da promoção de momentos de trocas de experiências, os professores afirmaram que

os mesmos ocorrem sempre às sextas-feiras, nos momentos de planejamento

semanal com a coordenadora da escola, onde se relatam o uso dos recursos

tecnológicos a fim de que todos possam compartilhar tudo o que foi vivenciado

durante a semana, sempre objetivando à oitiva de diversas opiniões para uma maior

evolução de suas respectivas metodologias.

a possibilidade de refletir e discutir com outros docentes, com fundamento

em abordagens teóricas a respeito da inserção desse recurso em atividades

de sala de aula, poderá proporcionar segurança ao professor quando ele se

colocar frente a essa atuação pedagógica que foge dos convencionais, giz e

lousa. (GABINI e DINIZ, 2009)

Page 46: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

46

Tabela 9 – ACESSO A SOFTWARE REFERENTE A CONTEÚDOS

TRABALHADOS EM SALA DE AULA

PROFESSOR SIM SIM MAS NÃO UTILIZO NÃO

P1 X

P2 X

P3 X

P4 X

P5 X

TOTAL (%) 20% 40% 40%Fonte: Questionário apresentado para analise de dados da Creche Escola Francesco Galli – 2010.

O acesso aos softwares ainda é bastante restrito, distante do que se almeja

para uma maior influência da informática no cotidiano escolar, e principalmente em

sala de aula. O computador se devidamente utilizado como recurso pedagógico

auxilia o educador no processo de ensino e aprendizagem, facilitando a explanação

dos conteúdos aos alunos, instigando-os a participarem mais ativamente das aulas,

oferecendo um maior suporte na construção do seu próprio conhecimento.

Vale a pena ressaltar que o computador “não é o detentor do conhecimento,

mas uma ferramenta tutorada pelo aluno”, (ALMEIDA, 2000, p. 32). Portanto é

imprescindível a intervenção humana na utilização dessa ferramenta para que a

mesma cumpra o seu papel metodológico, principalmente do professor pois precisa

estar ciente da sua relevância nesse sentido, propiciando ao alunado as ferramentas

essenciais para o aprendizado.

Para que isso ocorra, não é suficiente apenas saber manusear os

equipamentos tecnológicos e o computador. Faz-se necessário, contudo, o mínimo

conhecimento acerca dos diferentes tipos de softwares existentes e disponíveis, pois

são eles que auxiliarão efetivamente o educador, uma vez que, sem esses

programas o computador não funciona. Portando o professor, antes de tudo, precisa

conhecê-los, analisá-los e explorá-los possivelmente para serem utilizados em

determinados momentos ou determinados conteúdos, a fim de que se cumpra o

propósito da aprendizagem.

Page 47: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

47

Conforme Valente (1998), o conhecimento acerca dos softwares é bastante

interessante e pertinente, pois facilita a compreensão da função do computador e

suas respectivas limitações, bem como a influência que o mesmo pode exercer no

processo de construção do conhecimento.

Tendo na escola um profissional especializado na área de informática, o qual

se dispõe sempre no auxílio e manuseio dos recursos tecnológicos, a não utilização

ou a falta de acesso a softwares educativos poderia ser minimizado, se feito através

de um trabalho em grupo, com o intuito de “abrir o leque” de opções metodológicas,

motivando assim à sua devida utilização constante.

Tabela 10 – IMPORTÂNCIA ATRIBUÍDA PELA ESCOLA AOS RECURSOS

TECNOLÓGICOS

PROFESSOR GRANDE IMPORTÂNCIA PEQUENA IMPORTÂNCIA

P1 X

P2 X

P3 X

P4 X

P5 X

TOTAL (%) 100% 0%Fonte: Questionário apresentado para analise de dados da Creche Escola Francesco Galli – 2010.

Pelas informações colhidas, detectamos que a direção investe razoavelmente

bem na aquisição de recursos, buscando sempre o melhor para a escola,

professores e alunos, prezando sempre pelo cuidado e conservação dos

equipamentos adquiridos, dando importância significativa ao uso cotidiano dos

mesmos. P1 relata: “a escola dá muita importância, pois adquire os recursos para

auxiliar os professores”. P2 afirma que “a escola preocupa-se com o zelo dos

recursos”.

Page 48: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

48

Segundo os entrevistados, os principais resultados desse investimento são

um maior desenvolvimento dos alunos e a maior motivação destes em participar

mais ativamente das aulas. O professor P1 afirma: “os alunos reagem com

empolgação às aulas mais interativas”. Já o professor P4 disse que: “...os alunos

ficam animados e muito contentes, já que se empolgam com as atividades

inovadoras...”. Na visão de P5 “Os alunos sentem mais prazer e prestam bem mais

atenção nas aulas”.

Knave (1997) diz que o uso das tecnologias deixa a aula mais agradável para

os estudantes, fazendo da escola um ambiente mais agradável, tornando-os mais

motivados e concentrados, possibilitando, assim, um maior desenvolvimento,

interação e solidariedade.

Tabela 11 – EXISTE EMPECILHO PARA O USO FREQUENTE DOS RECURSOS

TECNOLÓGICOS?

PROFESSOR SIM NÃO

P1 X

P2 X

P3 X

P4 X

P5 X

TOTAL (%) 40% 60%Fonte: Questionário apresentado para analise de dados da Creche Escola Francesco Galli – 2010.

Apesar de todo o investimento e esforço realizado pela direção da escola na

aquisição de novos equipamentos tecnológicos, 40% dos professores acreditam

terem empecilhos para o uso constante dos mesmos em sala. Destacaram que o

principal empecilho para tal é a questão da falta de recursos em quantidade

suficiente para atender toda a demanda, tendo como exemplo o número de

computadores reduzido. Como foi destacado anteriormente, a escola possui boa

diversidade de recursos inovadores e interativos, porém ainda em quantidade

insuficiente para atender toda a demanda. Segundo P2 há empecilho “sim, não há

Page 49: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

49

recursos suficientes para tal”. P4 corrobora com o comentário anterior afirmando que

existe impedimento “porque não há recursos suficientes para todos”. Por outro lado,

60% destes acreditam não haver qualquer empecilho para o uso frequente desses

recursos em aula, sendo todos eles bem diretos em suas respostas, informando que

“não existe empecilho” (P1, P3, P5)..

Para extinção do problema levantado, faz-se necessário a aquisição de

recursos tecnológicos em maior quantidade, isso porque observamos que existe

diversidade de equipamentos como data show, TV, DVD, som, etc, entretanto tem

faltado quantidade suficiente para o constante e devido atendimento a todos.

Tabela 12 – POSSUI RECURSOS TECNOLÓGICOS EM CASA?

PROFESSOR SIM NÃO

P1 X

P2 X

P3 X

P4 X

P5 X

TOTAL (%) 80% 20%Fonte: Questionário apresentado para analise de dados da Creche Escola Francesco Galli – 2010.

Dentre os professores entrevistados, 80% destes afirmam possuir recursos

tecnológicos em casa, porém nem todos os usam com freqüência e com o objetivo

de estudo e capacitação. Apenas metade destes os utilizam com a finalidade de

pesquisa, os outros o fazem apenas para o seu lazer e diversão. P2 e P3 afirmam

terem “computador com internet”, P4 possui “TV, DVD, aparelho de som e

computador”. Já P5 afirmou não possuir recurso tecnológico algum. Entretanto a

compreensão de recursos tecnológicos por parte dos entrevistados parece limitada

apenas à ferramenta do computador, pois 20% destes afirmam não possuir qualquer

recurso tecnológico, algo muito raro na sociedade em que vivemos, e outros 40%

afirmam possuir unicamente computador como tecnologia, desprezando a provável

Page 50: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

50

posse de outras ferramentas muito importantes como a TV, DVD, aparelho de som,

máquinas digitais, celulares, etc.

Para Moran, Masetto e Behrens (2003) é imprescindível o uso constante dos

recursos tecnológicos cotidianamente, principalmente do computador. Ainda

segundo ele o professor deve ter o domínio da máquina, capacitando-se para saber

usar, adquirindo experiência que só vem pela prática. Alega ainda que se o

professor só toca no computador uma vez por semana demorará muito mais para

dominá-lo do que se tivesse em constante uso.

Vale ressaltar que os recursos tecnológicos/tecnologias estão em contínua

evolução, sendo inovados constantemente, através de novos

equipamentos/ferramentas. Se o contato do educador com essas tecnologias se

limitar apenas ao uso esporádico, o domínio dos mesmos se tornarão cada vez mais

limitado, uma vez que estarão sempre em atraso em relação à evolução contínua

destes.

Tabela 13 – SENTE-SE APTO E SEGURO PARA TRABALHAR COM RECURSOS

TECNOLÓGICOS?

PROFESSOR SIM NÃO COM ALGUNS

P1 X

P2 X

P3 X

P4 X

P5 X

TOTAL (%) 40% 40% 20%Fonte: Questionário apresentado para analise de dados da Creche Escola Francesco Galli – 2010.

A maior prova da falta de uso constante do computador e demais recursos por

parte dos professores no seu cotidiano é a tabela acima, uma vez que 40% destes

sentem-se ainda inseguros e inaptos ao trabalho, utilizando essas novas

tecnologias. De acordo com P2 precisa-se de ajuda para a realização desses

Page 51: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

51

trabalhos, P4 disse que necessita da colaboração de outros membros da escola

para o manuseio dos referidos equipamentos. Já P5 diz ter domínio de alguns

recursos como o computador, porém deixa a desejar nos demais.

Com isso vemos que os referidos professores precisam ainda de uma maior

prática educativa no sentindo de interação com as novas metodologias, com o intuito

de aquisição de experiência no manuseio dos equipamentos, bem como do

conhecimento do extenso poderio que essas novas ferramentas podem trazer em

benefício da educação, se bem trabalhadas.

Para Stelmaki e Teruya (2009, pg. 08) “atualmente, quem não está

familiarizado com as tecnologias de informação e comunicação é considerado um

“analfabeto tecnológico”.” É necessário que a escola ofereça o acesso a esta

realidade tecnológica como ferramenta educacional. Para isso é fundamental a

formação contínua e constante dos professores, tornando-os capazes de utilizar os

recursos tecnológicos de forma crítica e segura para transformar as informações

disponíveis em conhecimento para os alunos

Page 52: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente pesquisa monográfica apresenta um estudo referente ao uso dos

recursos tecnológicos/informática e sua aplicação em sala de aula da Creche Escola

Francesco Galli.

Este trabalho não pretende solucionar todos os problemas detectados

durante a referida pesquisa, mas possivelmente despertará o corpo gestor a saná-

los de forma gradativa, bem como auxiliará o professor em sua prática pedagógica,

pois oferece subsídios e suporte teórico para uma segurança na escolha do uso

freqüente dos recursos tecnológicos.

Sabemos que a escola é composta por diversos alunos, contudo, há a

necessidade de se observar que nem todos possuem o mesmo ritmo de

aprendizagem, não se podendo tratar a todos como iguais. Na educação

contemporânea enfrentamos o desafio da busca por uma escola mais justa que

valorize diferenças individuais e construa novas formas de ser e de atuar em

educação.

Na sociedade em que vivemos, estamos constantemente rodeados de

tecnologias por toda a parte, em casa, nos centros comerciais, no trabalho, e a

escola não pode fugir dessa realidade. Portanto, faz-se necessário o uso cada vez

mais freqüente dos recursos tecnológicos em sala de aula, no intuito de orientar os

alunos na busca do próprio conhecimento, motivando-os e instigando-os. Os

professores têm papel decisivo nisso, pois são os responsáveis pelo contato direto

com os alunos, sendo primordial o conhecimento das tecnologias por parte destes,

as trocas de experiências entre os colegas e o devido treinamento.

Starobinas, (2006) afirma:

Acho que conhecer o que é o mundo digital traz grandes ganhos para os educadores, pois ele também cria suas redes, e tem muito o que aprender com outros colegas, com o contato com outros materiais, etc. Também pode ter seu trabalho divulgado e reconhecido, para além do espaço de sua

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escola. Ao se apropriar destas tecnologias, o educador transitará mais facilmente pelo seu uso com as crianças. Não é um "transmitir", é um "produzir conjuntamente". Neste sentido, tanto professores como alunos aprendem, e isso é uma das situações mais importantes quando falamos em educação.

Nesse sentido, observamos que a Creche Escola Francesco Galli tem

tentado se adequar a esta realidade, uma vez que possui, apesar de insuficientes

para a demanda, os recursos tecnológicos necessários para uma mudança

significativa na sua metodologia, objetivando uma maior interação dos alunos, com

os conteúdos, com a escola, professores, demais colegas de turma, aumentando

assim o aprendizado. Tem promovido cursos de capacitação, sempre que possível

ao corpo docente da escola, no entanto é preciso que essa capacitação seja

contínua, vez que esse corpo tem sofrido bastante com a rotatividade dos

profissionais, ocasionando inaptidão, insegurança e restrições por parte de alguns

destes ao uso freqüente dos recursos tecnológicos em sala de aula. Esses

educadores, portanto, carecem de maior contato com as tecnologias, não apenas

para o lazer, mas para a busca e conhecimento acerca das diversidades de

tecnologias existentes, do poderio de exploração dos mesmos, bem como dos

softwares disponíveis no mercado para o devido uso escolar.

O uso dos recursos tecnológicos no currículo pode representar um novo

caminho para o aprendizado, pois desse modo a escola mostra atratividade e os

alunos podem aprender com mais significação, pois do contrário, a aprendizagem é

compreendida como uma aquisição mecânica, o que acaba transformando essa

prática num ato de sacrifício, sem desejo e prazer.

Page 54: Monografia Thiago Victor Matemática 2010

54

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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APÊNDICE 1

QUESTIONÁRIO (DIREÇÃO/COORDENAÇÃO)

1. escola possui recursos tecnológicos adequados e em quantidade suficiente para atender a demanda?

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___________________________________________________________________

2. Esta escola promove cursos ou treinamento de capacitação para manuseio dos referidos recursos?___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

3. Na sua visão, qual a importância da capacitação?___________________________________________________________________

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4. Existem momentos para trocas de experiências acerca do uso dos recursos em sala de aula? Quando? Como?___________________________________________________________________

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5. O corpo docente domina plenamente os recursos disponíveis? De que forma a escola avalia as possíveis deficiências?___________________________________________________________________

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6. Existe profissional de apoio para o uso dos recursos tecnológicos? O que ele realmente faz?___________________________________________________________________

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___________________________________________________________________

7. Que importância a escola atribui ao uso dos recursos tecnológicos? Quais os resultados mais visíveis?___________________________________________________________________

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8. Os professores demonstram interesse em utilizar tais recursos em sala de aula?___________________________________________________________________

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APÊNDICE 2

QUESTIONÁRIO (PROFESSORES)

1) A escola possui recursos tecnológicos adequados e em quantidade suficiente para atender a demanda

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2) Você os usa ou não? Porque?___________________________________________________________________

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3) Esta escola promove cursos ou treinamento de capacitação para manuseio dos referidos recursos?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

4) Na sua visão, qual a importância da capacitação?___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

5) Existem momentos trocas de experiências acerca do uso dos recursos em sala de aula? Quando? Como?

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6) Você tem acesso a softwares referente aos conteúdos trabalhados em sala de aula?

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7) Existe profissional de apoio para o uso dos recursos tecnológicos? O que ele realmente faz?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

8) Que importância a escola atribui ao uso dos recursos tecnológicos? Quais os resultados mais visíveis?

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9) Existe algum empecilho para o uso frequente desses recursos em sala?___________________________________________________________________

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10)Você possui alguns desses recursos tecnológicos em casa? Quais? Qual a sua frequência de uso? Como os utiliza?

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11)Você se sente apto e seguro para trabalhar com os recursos tecnológicos disponíveis?

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12)De que forma o aluno reage em sala de aula quando se utilizam os recursos tecnológicos disponíveis?

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