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DENISE DO SOCORRO GUIMARÃES
A EMPRESA SÓCIO-RESPONSÁVEL:RESPONSABILIDADE SOCIAL E ÉTICA EMPRESARIAL
COMO PILARES DE UMA ADMINISTRAÇÃOHOSPITALAR DE QUALIDADE
UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ
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POUSO ALEGRE2008
DENISE DO SOCORRO GUIMARÃES
A EMPRESA SÓCIO-RESPONSÁVEL:
RESPONSABILIDADE SOCIAL E ÉTICA EMPRESARIALCOMO PILARES DE UMA ADMINISTRAÇÃOHOSPITALAR DE QUALIDADE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Departamento de Administração Hospitalar daUniversidade do Vale do Sapucaí – UNIVÁS,como requisito parcial para obtenção do título deBacharel em Administração Hospitalar.
UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ
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POUSO ALEGRE2008
DENISE DO SOCORRO GUIMARÃES
A EMPRESA SÓCIO-RESPONSÁVEL:
RESPONSABILIDADE SOCIAL E ÉTICA EMPRESARIALCOMO PILARES DE UMA ADMINISTRAÇÃOHOSPITALAR DE QUALIDADE
Monografia defendida e aprovada em 27/10 de 2008 pela banca examinadora
constituída pelos professores:
_________________________________ Orientadora
Profª Thaís Freitas de Sousa
_________________________________ Examinador
Prof. Luiz Henrique Simas Peixoto Abreu
_________________________________ Examinadora
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Profª Luciane Teresinha Zermiane Pereira
Dedico
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À minha mãe, meu filho emeu irmão, companheiros detodas as horas.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por me dar a oportunidade de aprimorar o meu conhecimento;
Ao meu irmão que muitas vezes se mostrou firme quando eu pensava em desistir detudo;
A minha grande amiga e mãe que renunciou quatro anos de sua vida para poder cuidar
do meu filho, enquanto eu buscava segurança para o nosso futuro;
À Dra. Anna Bárbara de Freitas Carneiro Proietti, presidente da Fundação Hemominasque acreditou na minha capacidade profissional no momento mais difícil da minha vida.
À Professora Thaís Freitas de Sousa pela sua orientação competente, carinho, atenção e profissionalismo.
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“Para conseguir a amizade de uma
pessoa digna, é preciso desenvolvermos
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em nós mesmos as qualidadesque naquela admiramos”
Sócrates GUIMARÃES, Denise do Socorro. A empresa sócio-responsável: ResponsabilidadeSocial e Ética Empresarial como pilares de uma administração hospitalar dequalidade. 2008. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Administração Hospitalar da Universidade do Vale do Sapucaí – UNIVÁS. Pouso Alegre, MG. 2008.
RESUMO
Em busca de eficiência e eficácia na administração hospitalar, surge então, o hospital como empresa social de saúde, colocando assim presente o enfoque empresarial na
gestão e desenvolvimento da organização. Desta forma, não se pode perder de vista a
finalidade social dessas organizações. A preocupação com princípios éticos, valoresmorais e um conceito abrangente de cultura, são necessários para que se estabeleçam
critérios e parâmetros adequados para atividades empresariais socialmenteresponsáveis. A sociedade mostra e cobra que uma empresa responsável deve atuar
para o bem de tudo e de todos que as rodeiam, e ainda mais, o mundo nos dá provas deque aqueles que agem e vivem dentro dos padrões éticos, mesmo que estes sejamindividuais, tendem a ter cada dia mais, valor diante toda a população. Atualmente,
uma das condições para a empresa obter lucro e ser competitiva é relacionar suamarca a conceitos e valores éticos. Afinal, para conquistar o consumidor, que exerce
com mais consciência a sua cidadania, as companhias precisam comprovar que
adotam uma postura correta , tanto na relação com funcionários, consumidores, fornecedores e clientes, como no que diz respeito às leis, aos direitos humanos e ao
meio-ambiente.O grande foco atual, independente das adversidades, é a construção deuma nação sem excluídos. Talvez este foco seja utópico, entretanto, é imperativo que a
distância entre o Brasil rico e o Brasil desigual diminua. O fato dos órgãos
governamentais não atenderem aos anseios da sociedade abre um importante espaço para a formação de parcerias entre o governo e as empresas privadas no intuito de
assumir e implementar ações de responsabilidade social e ética empresarial
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Palavras-chave: Empresa, ética empresarial, responsabilidade social.
GUIMARÃES, Denise do Socorro. The company socio-responsible: SocialResponsibility and Business Ethics as pillars of a government hospital quality.2008. Completion of work of course. Course in Hospital Administration from theUniversity of Vale do Sapucaí – UNIVÁS. Pouso Alegre, MG. 2008.
ABSTRACT
Through the search for efficiency and effectiveness in hospital administration, then
comes up the hospital as a social health enterprise, driving the business focus towardsthe governance and development of the organization. Thus, we can not lose sight of the
social purpose of these organizations. The concern on ethical principles, moral values
and the concept of culture, are of utmost importance to state criteria and parametersbound to socially responsible business activities. The society demands that a company
should act for the good of everything and all that surrounds it and even more, the world gives us evidence that those who work and live within the ethical standards, even if
these are individual, trend to be more worth before the entire population. Currently,one of the conditions for the company to be profitable and competitive is to link itsbrand to concepts and ethical values. After all, to conquer the consumer, who gets
more aware of its citizenship everyday, companies need to comprobe that they adopt acorrect stand regarding employees, consumers, suppliers and customers, as well as the
law, human rights and environment. The mainstream aim, despite the adversity, is the
built of a excludedless nation. Perhaps this focus is utopic; however, it is mandatorythat the gap between the rich nations and Brazil unevenness decline. The fact that the
government does not meet the aspirations of society opens an important space for the stablishment of partnership between government and private companies in order to take
and implement actions of social responsibility and business ethic.
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Keywords: Enterprise, business ethics, social responsibility.
SIGLAS E ABREVIATURAS
ACHE - American College of Healtcare Executives( Colégio Americano dos Administradores de Saúde)
OMS - Organização Mundial de Saúde
ONG - Organização não governamental
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................... 102 O HOSPITAL COMO EMPRESA..................................................... 122.1 A administração no hospital................................................................ 143 A ÉTICA NAS EMPRESAS................................................................ 173.1 A ética nas instituições hospitalares.................................................... 194 A CODIFICAÇÃO DO CÓDIGO DE ÉTICA NA
ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR.................................................. 224.1 A construção do código de ética do administrador hospitalar......... 23
4.1.1 ACHE – o código de 1941..................................................................... 244.1.2 ACHE – o código de 199....................................................................... 254.1.3 O histórico do código de ética do administrador hospitalar no
Brasil....................................................................................................... 264.1.4 O código de ética do profissional Administrado Hospitalar............. 275 A RESPONSABILIDADE SOCIAL................................................... 295.1 Os quatro tipos de responsabilidade social as empresa.................... 315.2 Vantagens obtidas através da responsabilidade social...................... 32
CONCLUSÃO....................................................................................... 34REFERÊNCIAS.................................................................................... 36ANEXO I - Código de Ética Profissional do AdministradorHospitalar............................................................................................... 38
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1 INTRODUÇÃO
Dentro de uma economia global, as grandes corporações internacionais, bem
como qualquer organização que almeje expandir seus mercados, precisam estar cada vez
mais atentas à diversidade cultural reinante entre os povos. Muito tem se falado
ultimamente nas responsabilidades das empresas perante seus funcionários, clientes,
acionistas e sociedade em geral. A preocupação das empresas para com princípios
éticos, valores morais e cultura é extremamente necessária para que se estabeleçam
critérios e parâmetros que sejam adequados para as atividades das empresas socialmente
responsáveis. São partes integrantes ao movimento da responsabilidade social os
conceitos de ética e transparência.
Considerando que uma organização tem determinadas responsabilidades para
com todos à sua volta, esta necessariamente necessita de uma elaboração de um
planejamento ético, pois qualquer reflexão sobre ética e responsabilidade, deve ser um
fato intrínseco às organizações. Responsabilidades éticas correspondem a valores
morais específicos, e valores morais dizem respeito a crenças pessoais sobre
comportamento correto ou incorreto, tanto por parte dos indivíduos, quanto com relação
aos outros.
É necessário que as organizações visualizem a necessidade de aprender a
equacionar a necessidade de obter lucros, obedecer às leis, ter um comportamento ético
e envolver-se em alguma forma de filantropia para com as comunidades em que se
inserem. Assim sendo, pode-se dizer que um dos efeitos da economia global, é a adoção
por todo o mundo de padrões éticos e morais mais rigorosos, seja pela necessidade das
próprias organizações manterem uma boa imagem perante o público, seja pelas
demanda direta do público para que essas empresas atuem de acordo com tais padrões,
respeitando o consumidor, dando oportunidade de emprego à idosos e a outras faixas da
população, combatendo a corrupção, usando de forma responsável o meio ambiente e
combatendo sempre para que acabe o trabalho infantil e escravo.
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A responsabilidade social á a característica que melhor define essa nova forma
de pensar. Está sendo cada vez mais comum a visão de que os negócios devem ser feitos
de uma forma ética, obedecendo a valores morais, de acordo com comportamentos cada
vez mais considerados como aceitos e apropriados. Pode-se dizer que a crescente
atenção à ética empresarial e à responsabilidade social, faz parte de um profundo
processo de mudança para aquelas empresas que querem participar do acirrado mundo
da competição empresarial e sobreviver a esse mundo.
Uma visão limitada daquilo que seriam princípios éticos e culturais, tende a
considerar a responsabilidade social como um conceito de difícil aceitação nos meios
empresariais. No entanto, as informações que nos chegam todos os dias através de
jornais, noticiários na TV e internet, apontam uma outra realidade, existe uma
preocupação crescente das empresas com a responsabilidade social e a ética
empresarial, fazendo nascer uma nova mentalidade empresarial, que valoriza a cultura
da boa conduta empresarial, a qual pode combinar muito bem lucro e eficiência com
valores como cidadania, preservação ambiental e ética nos negócios.
O objetivo deste trabalho, é analisar o quanto a ética empresarial e a
responsabilidade social, podem ser ferramentas eficazes para uma boa administração
hospitalar, pois atualmente, a grande maioria dos hospitais, deixou de ser uma obra decaridade e filantropia e passou a ser uma empresa, onde se integram inovações
tecnológicas, recursos humanos de naturezas diversas, possuindo missões e orientações
das mais diferentes formas. Visa refletir também, sobre os valores e princípios que os
profissionais de administração hospitalar levam em conta no processo de tomada de
decisões e a preocupação com a influencia dos aspectos econômicos, financeiros e
gerenciais, que dia a dia se confrontam com a dignidade e o direito dos pacientes.
A metodologia empregada na realização deste trabalho, consiste de pesquisa bibliográfica, sendo a coleta de informações realizada através de: livros, teses, revistas,
jornais, e sites de internet, sendo estes materiais coletados em bibliotecas e na internet.
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2 O HOSPITAL COMO EMPRESA
Durante os séculos, a organização hospitalar tem passado por transformações
financeiras e econômicas necessitando de profissionais que dêem conta destes aspectos,
provocando questionamentos sobre a realidade dos hospitais como empresas. Outros
aspectos que contribuem para que os hospitais sejam considerados empresa, provém da
complexidade e modernidade da medicina atual, que não requer apenas profissionais da
área da saúde qualificados, mas também profissionais que tenham conhecimentos
técnicos e econômicos, que abrangem infra-estrutura, organização científica e
burocrática de tudo aquilo que seja liga a este tipo de instituição. Sendo assim, fica
natural considerar o hospital como empresa, e como tal, deve ser administrado.
Na América Latina, esse questionamento adquire um sentido especial, pois na
maioria de seus países o setor saúde viu-se obrigado a reflexionar e redimensionar uma
mudança no esquema de “beneficiência-caridade” que os hospitais traziam desde seu
início. Para fazer frente às dificuldades financeiras, à má qualidade, à falta de equidade
e à ineficiência nos serviços, o setor saúde tem implantado a proposta do hospital como
empresa social de saúde, tornando impossível conceber seu desenvolvimento
institucional e sua gestão de forma isolada do enfoque empresarial. Muitos defendem
que o hospital terá sua viabilidade facilitada se for concebido como uma empresa, do
tipo que assume com a coletividade um papel na produção de serviços, com seusdirigentes desenvolvendo um planejamento criativo, uma organização racional, uma
direção eficiente e um rigoroso controle de qualidade (MALAGÓN-LONDOÑO et al.
1996).
Conceber e aceitar um hospital como uma empresa, é aceitar que uma instituição
hospitalar precisa de uma administração não apenas nos procedimentos de cuidados à
saúde, mas sim, de uma administração que forneça as condições físicas, financeiras e
pessoais necessárias para que esta empresa construa uma estrutura sólida como prestadora de serviços de qualidade. Contudo, há que se entender, que a parte humana,
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presente na assistência de cuidados à saúde não deve jamais deixar de existir, pois o
produto que esta empresa estará disponibilizando, não se pode quantificar fisicamente,
não é um produto palpável, e sim, faz parte de um conjunto de ações necessárias ao bem
estar físico e psicológico dos clientes, que mais do que satisfazer necessidades físicas,
buscam a satisfação psicológica, que se resume no bem-estar pessoal.
Sendo assim, Paganini e Novaes (1994, apud Zoboli 2004) dizem que:
O hospital é parte da organização médica social, e sob tal designação,independentemente de sua denominação, está todo estabelecimentodedicado à atenção médica, ambulatorial ou por meio de internação,não importando se é público ou privado, seu nível de complexidade,se declara de fins lucrativos ou não, se está aberto a toda comunidadeou circunscrito a um setor dela. O fundamental é que ofereça
internação, um dos objetivos principais dessa instituição. (p.28)
Dentro da estrutura do sistema de saúde, um hospital é a instituição que tem
como responsabilidade recuperar indivíduos e devolve-los à sociedade na melhor
condição física e psicológica possível. Porém, devido às falhas na estruturação e na
organização da rede de atenção primária, infelizmente a realidade está bem distante
desse ideal de sistema, pois hospitais que possuem alta complexidade têm que cuidar de
problemas que com certeza poderiam ser resolvidos nas unidades básicas de saúde.
Esta conceituação de hospital exemplifica a complexidade destas instituições naestrutura do sistema de saúde, porém, não responde ao questionamento sobre o hospital
ser considerado como uma empresa, para tanto, faz-se necessária uma breve discussão
acerca do que seja uma empresa e como um hospital se enquadra na discussão
empresarial.
Uma organização é composta de duas ou mais pessoas que interagem entre si por
meio de relações recíprocas, a fim de atingir objetivos comuns voltados para o exterior,
para o ambiente que condiciona seu comportamento, pois ela não existe apenas por existir, mas para atingir certas finalidades para as quais foi constituída. Um dos
principais objetivos da organização e a chave para que ela seja bem sucedida é produzir
algo necessário à sociedade. Quando isso ocorre e a sociedade absorve e aceita o
produzido porque lhe é necessário, a organização está atendendo a função social. As
organizações podem estar voltadas ainda para a persecução de objetivos lucrativos ou
não-lucrativos. As empresas são classes de organizações típicas do primeiro caso, pois
qualquer definição de empresa inclui, necessariamente, o objetivo de lucro. A partir dessa consideração, a empresa pode ser entendida como todo empreendimento humano
e social que procura reunir e integrar variados recursos, humanos e não-humanos
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(financeiros, físicos, tecnológicos, mercadológicos), para a consecução de objetivos de
auto-sustentação e lucratividade por meio da produção e da comercialização de bens ou
serviços (CHIAVENATO 1994).
Há algumas características que diferenciam as empresas das outras organizações:
• Orientação para o lucro, seu propósito imediato;
• Assunção de riscos inerentes aos negócios, que envolvem tempo, dinheiro,
recursos e esforços;
• Direção, segundo uma filosofia de negócios, para a produção de bens ou
serviços e a assunção de responsabilidades com relação aos empregados, aos
consumidores, aos acionistas e à sociedade;
• Abordagem e avaliação sob o ponto de vista contábil, com retorno sobre seus
investimentos;
• Reconhecimento como negócio, pelas outras organizações e pelas agencias do
governo (CHIAVENATO 1994).
Pode-se a partir dos fatores descritos anteriormente, estabelecer que a noção de
que empresa tem como características a busca de lucros e a venda de seus produtos a um
mercado e hospital como uma complexa organização social que abarca um universo
variado de recursos (humanos e não-humanos), que na busca da finalidade de
assistência a saúde, se articulam em sistemas de lógicas distintas. Estes sistemas
incluem o assistencial, próprio daqueles que estão voltados para a assistência a pessoa, e
o administrativo, que guia os profissionais voltados para fornecer os meios necessários
aos envolvidos na assistência direta, sendo possuidor da lógica típica da empresa. Sendo
assim, se um hospital não pode devido às suas peculiaridades ser considerado com
empresa propriamente dita, fica claro que de acordo com as suas transformações diárias
pelas quais passa, desde comportamentais à novas tecnologias lançadas, financeiras e
governamentais, incorpora sim uma dimensão empresarial, que se torna necessária ao
seu funcionamento, ao atendimento de suas finalidades não podendo serem esquecidas
em sua gestão e direção.
2.1 A administração no hospital
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A ação de administrar pode ser resumida basicamente como lidar com o
processo de decisão. Ou seja, tudo aquilo que um administrador faz, é por meio de
decisão, sejam decisões rotineiras, ou decisões que podem de uma forma ou outra,
afetarem a existência e sobrevivência das organizações.
Segundo Chiavenato (1994, apud Zoboli 2004):
Uma situação clara e com requisitos evidentes implica uma decisãotática ou operacional, na qual a preocupação está em encontrar amelhor utilização dos recursos reconhecidos e disponíveis. A decisãoestratégica é a que envolve uma situação que exige verificação oumodificação pela apuração dos recursos existentes ou dos quedeveriam estar disponíveis. Estas ultimas são as decisões especificasadministrativas e, embora qualquer administrador deva tomar esse tipo
de decisão, elas aumentam quanto mais alto o seu nível de hierarquiana organização. (p. 38)
Apesar de ser uma função direcionada essencialmente para a decisão, a função
do administrador não se resume somente a isto. Administrar envolve pensar, decidir,
agir, fazer com que as coisas aconteçam e com que os resultados apareçam. A
capacidade de um administrador compreende muitas habilidades complexas, de
liderança e de enfrentamento de riscos e incertezas.
Para MALAGÓN et al (1996), a complexidade do universo hospitalar exige uma
direção bem preparada, que tenha habilidades, seja pró-ativa, tenha capacidade de
liderança e que aja sempre com base em princípios e valores éticos. O administrador, é
antes de mais nada, um coordenador de pessoas, esforços, grupos, atividades
tecnológicas, que graças ao manejo ético, conduz todos os profissionais a um
compromisso com os objetivos da organização.
Assim como todos os administradores, aqueles da área hospitalar também estão
sempre tendo que tomar decisões com urgência, devendo saber quando decidir
rapidamente e quando adiar uma decisão ou outra, e estes profissionais, devem ter em
mente que suas decisões trazem implicações aos pacientes, para as equipes, para a
organização e para toda a comunidade, sendo assim necessário o discernimento entre
tudo aquilo que envolve esta tomada de decisão.
Pode-se definir que finalidade do trabalho de um administrador hospitalar, está
em alcançar resultados positivos que possam ser referenciados de forma econômica e
médico-assistencial, afim de garantir o funcionamento presente futuro da instituição. O
administrador buscando alcançar esses resultados deve utilizar das ferramentas
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administrativas para revisar resultados, identificar necessidades, corrigir erros,
reprogramar atividades e promover mudanças.
Através de tudo citado anteriormente, é possível concluir que o administrador no
hospital, é o responsável pela manutenção e pelo funcionamento de seu sistema
burocrático. A manutenção desse sistema propicia e facilita a assistência de qualidade às
pessoas que buscam a atenção e os cuidados dos profissionais de saúde, e pode
desenvolver um sistema hospitalar que atenda às necessidades do paciente, atendendo
assim a função social deste tipo de instituição.
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3 A ÉTICA NAS EMPRESAS
Antes de mais nada, é preciso distinguir ética econômica de ética empresarial. O
primeiro termo, ética econômica, refere-se ao campo geral das relações entre economia
e ética ou, especificamente, à reflexão ética acerca dos sistemas econômico. A ética
empresarial centra-se, principalmente, na concepção da empresa como organização
econômica e instituição social, ou seja, um tipo de organização que desenvolve uma
atividade que lhe é peculiar e na qual são fundamentais a função diretiva e o processo de
tomada de decisões.
Apesar de sua breve trajetória, a ética no mundo dos negócios tem apresentado
mudanças em conseqüência da tentativa de acompanhar o dinamismo próprio do mundo
empreendedor e de superar dificuldades enfrentadas que, segundo Cortina (1996 apud
ZOBOLI, 2004) se encontram especialmente em dois fatos:
a) A desconfiança, por parte do próprio empresariado, quanto à ética,
suscitando enraizadas predisposições, como:
Quem quer fazer bons negócios deve deixar a ética na porta da empresa;
O negócio é o negócio, e a missão da empresa consiste em maximizar
benefícios; assim, não há valor superior à conta dos resultados;
A empresa deve preocupar-se em ganhar dinheiro, deixando as questões
sociais para os mecanismos de mercado e os poderes públicos.
b) o questionamento diante dos reclamos da sociedade por uma
maior ética nos negócios está realmente aludindo à uma
necessidade que ela sente ou simplesmente tranqüilizando sua consciência
com a aparência de que a ética é fundamental na empresa, a exemplo da
política ou das informações?
Atualmente, as organizações precisam estar atentas a diversos fatores que as
rodeiam, não apenas às suas responsabilidades legais e econômicas, mas também a suas
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responsabilidades éticas e morais se quiserem fazer parte do seleto grupo das empresas
socialmente responsáveis.
Para ASHLEY, “responsabilidades éticas correspondem a atividades, práticas,
políticas e comportamentos esperados (no sentido positivo) ou proibidos (sentido
negativo) por membros as sociedade, apesar de não codificados em leis.” (2005, p. 5)
Durante anos, a ética vem sendo entendida através de várias concepções. Em se
falando sobre ética e responsabilidade social, existem muitos trabalhos que demonstram
preocupação com a cultura, e expressam que ética, cultura e valores morais, são
inseparáveis de qualquer noção de responsabilidade social, porém, em alguns casos, a
literatura mostra que tentativas por parte de determinadas organizações em estabelecer
padrões de ética e responsabilidade social em suas atividades, muitas vezes tem se
limitado na criação de códigos de ética.
Pode-se entender a ética empresarial como o descobrimento e aplicação dos
valores e as normas que são comuns à sociedade, dentro das organizações, mais
especialmente no momento de tomada de decisões, pois sempre se deve considerar os
valores éticos orientadores que perseguem o objetivo das decisões.
Srour (1998), diz o seguinte sobre a reflexão ética na tomada de decisões:
(...) a introdução da reflexão ética nas organizações serve para elucidar as questões que sucitam polêmicas ou controvérsias morais, sem oquê, corre-se o risco de patinar na indefinição e de estimular abusos por parte do corpo funcional. Ao revés, se houver respostasconscientes aos dilemas, a nervura central da cultura organizacionalserá consolidada, porque tais respostas transformam-se em orientaçõesemblemáticas; dizem o que é justo e o que é injusto, certo e errado,lícito e ilícito; esclarecem o que se espera dos funcionários e dosdirigentes; demarcam os padrões culturais validados pela organização;anunciam o que será recompensado e inibem possíveis racionalizaçõesindividuais, ao formular proibições e licenças. (p. 307)
As organizações modernas terão que aprender a equacionar a necessidade de
obter lucros, obedecer às leis, ter um comportamento ético e envolver-se em alguma
forma de filantropia para com as comunidades em que se inserem, pois cada vez mais,
as novas tecnologias de informação e oportunidades comerciais e empresarias
oferecidas pela globalização, levam as empresas a buscarem padrões de gerenciamento
que sejam compatíveis aos padrões globais de operação.
Se por um lado esse poder de comunicação e a velocidade de informação que a
globalização trás aos dias de hoje nos ofereceu o poder de estar cada vez mais
envolvidos com a cultura e as crenças de diferentes povos de todo o mundo, por outro
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lado, o contato com culturas diferentes com tanta facilidade, nos expõe a padrões
diferentes de direitos humanos nos colocando na posição de cobranças para com as
empresas, exigindo que estas passem a ter um comportamento socialmente responsável
e ético, respeitando as noções internacionais de direitos humanos e liberdade.
Sendo assim, a liberdade é um elemento indispensável do mundo ético, e deve
estar estreitamente ligada à responsabilidade. A ética supõe que as pessoas tenham
liberdade e poder para considerar as diversas opiniões, analisar os pontos fortes e fracos
dessas opiniões e das diferentes possibilidades de ação que elas tornam disponíveis e
eleger uma delas, com base nos méritos de cada alternativa, sem nunca esquecer que em
qualquer escolha há riscos e custos potenciais (TOFFLER, 1993).
3.1 A ética nas instituições hospitalares
Segundo Ribeiro, “o papel socialmente aceito do hospital é cuidar de doentes, já
que, apesar de todas as mudanças e transformações pelas quais passa esta instituição,
seu elemento fundamental e constante é o ser humano que sofre e morre.” (1993, p. 28)Esta afirmação é de extrema importância para as instituições hospitalares por
duas razões. A primeira encontra-se na própria origem do hospital, extremamente ligada
às atividades médicas marcadas desde o seu início pela ética. A segunda está no fato de
a preocupação com a ética ter envolvido a administração de empresas em geral. Deve-se
então considerar que se todos os tipos de organizações atualmente se preocupam com a
ética de seus dirigentes, de seus empregados e de suas atividades, mais ainda devem se
preocuparem as instituições hospitalares, devido a sua origem e missão.Possivelmente, o mais fundamental desses dilemas seja relacionado à identidade
e à missão do hospital. Assim, uma das funções mais importantes da liderança nos
hospitais está em estabelecer e articular a missão organizacional. O hospital é instituição
social destinada a atender necessidades de saúde da comunidade? Ou é um negócio
como outro qualquer, que, quando vinculado ao segmento privado, se sujeita às pressões
de mercado e, principalmente, motiva-se pelos lucros e incentivos financeiros,
econômicos ou comerciais? (BAYLEY 1995, apud ZOBOLI 2004).Os hospitais, tendo ou não fins lucrativos, quando adotam algumas práticas
próprias do mundo dos negócios, arranham a imagem de benevolência esperada para
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esse tipo de organização social. Entre essas iniciativas, destacam-se a publicidade, a
competição por pacientes, a criação de parcerias com médicos, gerando conflitos de
interesses e a recusa em atender pacientes considerados por essas instituições como
pacientes “não lucrativos”.
Entretanto, as mudanças pelas quais tem passado a área da saúde, especialmente
no que diz respeito a seu funcionamento e sua organização, criam novos problemas e
dificuldades para a consecução do objetivo de excelência. Fatores econômicos
perpassam todas as facetas da assistência sanitária. A incorporação de alta tecnologia
provoca a elevação dos custos em tal ordem, que uma decisão médica envolve grandes
quantias em dinheiro.
Assim diz Herranz (1994),
Os constantes incrementos nos custos assistenciais podem ser apontados como um dos principais responsáveis pelas tensõesexistentes entre o serviço ilimitado do médico ao paciente e anecessidade imperiosa de reduzir gastos e otimizar benefícios. O primeiro caracteriza a ética médica e o segundo constitui exigência daética em administração. Tal situação de tensão leva ao divórcio éticodestes dois grupos, médicos e administradores, pondo fim a umarelação harmônica que marca os primeiros decênios da chegada destesúltimos ao hospital. Os administradores de então percebiam a si
mesmos como uma simples extensão dos médicos, considerando-seobrigados às mesmas normas éticas que regiam a atividade destes profissionais. (p. 146)
Sem qualquer sombra de dúvidas, uma mensagem conflitante para o médico
constitui-se a medida que se tenta contrabalançar a eficiência dos custos com as
considerações sobre as conseqüências, os direitos, o respeito às pessoas e a justiça. Para
os administradores hospitalares, este aspecto adquire especial importância, pois além de
serem eles, muitas vezes os que introduzem no hospital esta mensagem conflitante,
devem também manejar mais este conflito, exemplarmente fazendo com que osestímulos para se gastar menos tornem-se extremamente perigosos para os pacientes,
principalmente se não houver a contrapartida equivalente para a melhoria da qualidade
da assistência prestada.
Portanto, mesmo que seja esperado dos médicos lealdade a seus pacientes, os
hospitais tem uma influencia muito maior sobre as decisões destes profissionais do que
os primeiros. Maior ainda é a influencia dos objetivos econômicos. Tais fatores
distorcem a relação entre hospitais, médicos e pacientes, geralmente em favor dos
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interesses comuns dos dois primeiros. Como resultado, frequentemente observa-se um
desrespeito aos direitos dos pacientes.
É portanto, primordial que os profissionais envolvidos na assistência e os
administradores concebam o consentimento livre e esclarecido como um processo que
vai além dos interesses políticos, econômicos, legais ou profissionais. Seu verdadeiro
marco é o ético.
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4 A CODIFICAÇÃO DA ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO
HOSPITALAR
Os Códigos de ética, podem ser considerados como um conjunto de deveres
inerentes ao exercício de determinadas profissões, reunidos sob a forma de regras
adotados oficialmente por distintos corpos profissionais. Existem códigos de ética nas
mais diversas práticas profissionais, sejam advogados, médicos, enfermeiros, juízes,
professores, administradores, jornalistas, etc.
Segundo TOFFLER (1993), os códigos de ética, apontam os comportamentos
oportunos no âmbito profissional ou aqueles que devem ser evitados para que a imagem
não seja ofuscada, sem q pretensão de guiar a consciência ética individual daqueles
profissionais que compõem a categoria.
Para ORTIZ (1995), a perspectiva dos deveres éticos, embora válida, é
considerada limitada. Os códigos configuram um sistema redutor incapaz de fazer frente
aos dilemas éticos que surgem das experiências vivenciadas no cotidiano profissional.
Daí, a necessidade de plasma-la com a perspectiva ética de abrangência mais ampla, que
vai além dos deveres mínimos expressos nos códigos de ética e busca a excelência
profissional.
Daí então, parte a necessidade de o conteúdo existente nos códigos de ética ser
aceito pelos integrantes de uma determinada categoria profissional. Na verdade, os
autores destes códigos, deveriam ser os próprios profissionais, que podem de uma
maneira mais exata, analisar a prática cotidiana do exercício da profissão de uma
maneira crítica e profunda e assim refletir de uma forma mais coerente sobre ela.
Fundamentando-se no caráter inquestionável e inegociável da dignidade e da
integridade pessoais, da veracidade, da necessidade de estabelecer relações justas e de
atuar segundo a prudência, o conteúdo dos códigos de ética procuram dar respostas a
questões como as seguintes, de acordo com Zoboli (2004):
Quem é o principal cliente do grupo profissional; - quais osvalores centrais da profissão; - quais os parâmetros para um
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relacionamento ideal entre os profissionais e os clientes ou acomunidade; - quais os sacrifícios exigidos aos membros da
profissão e em que condições suas obrigações devem constituir prioridade até mesmo em relação a outras questões éticas que os
afetem; - quais as normas de competência da profissão; - no queconstitui e baseia-se a relação ideal entre os membros de uma profissão; - quais os deveres de cada profissional, a fim de preservar a integridade de seu compromisso com os valores eeducar os demais quanto a este aspecto. (p. 192)
Faz-se oportuno observar que no Brasil, a habilitação em administração
hospitalar, constitui-se a partir do curso de administração, cursos de pós graduação em
administração hospitalar, curso específico de administração hospitalar ou a partir de
uma especialidade médica. Para os autores PINHO e NASCIMENTO (1997), depois de
graduados, os bacharéis em administração de empresas, deverão se registrar no conselho
de administração, órgão legalmente reconhecido para autorização e fiscalização do
exercício profissional de administradores, sendo esta a regra para qualquer tipo de
habilitação em administração, seja ela com especialização em administração hospitalar
ou curso de administração de empresas regular seguido de curso de pós graduação. No
caso dos médicos, estes respondem ao Conselho de Medicina, onde devem registrar
como médicos, o curso de especialização em administração hospitalar. Assim, osadministradores hospitalares ficam sujeitos à determinações dos códigos de ética
profissional de sua profissão de base. Esta regra também vale para outros profissionais
de saúde, como enfermeiros que venham desempenhar a função de administrador.
4.1 A construção do Código de Ética do Administrador Hospitalar
Os códigos de ética do Colégio Americano dos Administradores dos Serviços de
Saúde e do Brasil, serão explorados pela abordagem a seguir. Incluir os códigos norte-
americanos, vem demonstrar a necessidade de se considerar o caráter internacional da
associação que os elabora, e a influência que os estados Unidos exerce na administração
hospitalar Brasileira, principalmente no que tange os aspectos ligados à formação dos
profissionais que atuam nessa área.
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4.1.1 ACHE: o código de 1941
Segundo FALGETANO SOBRINHO (1990), em 1939, seis anos após a sua
fundação, o ACHE adota um código de ética elaborado por um comitê de doze
representantes desta entidade e da Associação Americana de Hospitais. Este código, é
aprovado em 1941 e aceito pelas duas associações como guias de ação para seus
associados.
Estas normas éticas para o administrador hospitalar abrangem as obrigações
relativas à organização de saúde, aos pacientes destas organizações e seus familiares, ao
corpo clínico e todos os demais funcionários do hospital, aos fornecedores e
representantes comerciais e à imprensa. Os itens a seguir, fazem parte deste código e
foram extraídos segundo a reprodução em artigo de autoria de FALGETANO e
SOBRINHO (1990):
A. Em virtude de sua posição de diretor do hospital e representante do conselho
administrativo, você tem a obrigação de fazer observar todos os princípiosestabelecidos;
B. Deve administrar o hospital de forma que seus objetivos sejam cumpridos
com eficiência, economia e satisfação, ao mesmo tempo conquistando a
confiança e a simpatia da comunidade;
C. As relações do administrador hospitalar para os doentes e sua família devem
ser agradáveis e corteses, não impedindo que sejam firmes na sua atuação;
D. O administrador hospitalar tem de respeitar o segredo profissional e zelar para que todos os demais funcionários do hospital também o respeitem;
E. O administrador hospitalar tem que atender toda e qualquer reclamação dos
doentes tomando todas as providencias que julgar justas, relacionadas com
conforto e cuidados gerais que lhe são devidos;
F. Deve proteger o doente contra todo incomodo, tais como barulhos, visitas
desagradáveis, ou outros quaisquer fatores. Deve proporcionar-lhes
oportunidades para observar seus preceitos religiosos;
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G. Sendo o órgão executivo da política ditada pelo Conselho Administrativo
deve colaborar com ele, evitando parcialidade e revelações de assuntos
confidenciais;
H. Suas relações com o corpo clinico devem ser de simpatia, compreeensão e
auxílio mútuo, não intervindo nas funções do corpo clínico e suas comissões,
mas, se as necessidades o exigirem, devem agir com decisão e firmeza, para
assegurar o bem-estar do doente e a boa recuperação do Hospital;
I. Em suas relações com o pessoal, deve trata-lo com consideração,
imparcialidade e tolerância;
J. Em suas relações com visitas, tem que ser amável, evitando revelar-lhes
fatos que estejam incluídos no segredo profissional.
K. Deve cultivar boas relações públicas pessoalmente, pela imprensa ou pelo
rádio, sem que isso prejudique suas obrigações administrativas e antes
beneficie a boa reputação do estabelecimento que dirige.
Observando este código de uma forma geral, pode-se perceber que ele é marcado
pela busca incessante da beneficiência do administrador hospitalar, com espaço para a
autonomia do paciente e o respeito à sua privacidade, da qual parte o dever do segredo profissional.
4.1.2 ACHE: O código de 1995
Com o passar do tempo, a complexidade do setor de saúde foi aumentando, e
devido a esse aumento, a ACHE faz uma revisão em seu código de ética a qual o torna
mais extenso que o de 1941. Seu conteúdo abrange padrões para um comportamentoeticamente adequado dos administradores da área de saúde em suas relações
profissionais, dentro e fora das organizações.
ZOBOLI (2004), comenta o seguinte sobre as cinco seções básicas que vem
completar o primeiro código:
Seção I : Com o título de “Responsabilidades do administrador de serviços de
saúde para com a profissão”, esta seção define os valores, a ética e a missão da
profissão de administração em saúde. Denota que a conduta dos administradoresdeve ser marcada pela honestidade, pela integridade, pelo respeito, pela
equidade e pela boa-fé, tanto nas atividades laborativas como na vida pessoal;
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Seção II: Esta seção recebe o título de “Responsabilidades do administrador de
serviços de saúde para com os pacientes ou outros aos quais se preste
assistência, para com a organização e para com os empregados”, aborda a
necessidade de o administrador ponderar em suas decisões ou interesses, por
vezes conflitantes, das três partes do sistema de saúde: os pacientes, a
organização e os empregados, objetivando equacionar as decisões para que estas
tragam benefícios as três partes, sem que umas delas fique insatisfeita;
Seção III: O alvo desta seção são segundo a autora, “Conflitos de interesse”. Os
administradores são vistos como responsáveis por conduzir as relações no
sentido de permitir que as decisões administrativas ocorram no melhor interesse
da organização e das pessoas por elas servidas, afastando possíveis conflitos de
interesse e evitando aceitar presentes ou benefícios que possam criar a
expectativa de influencia;
Seção IV: Intitulada de “Responsabilidades do administrador de serviços de
saúde para com a comunidade e a sociedade”, reconhece que o administrador
precisa trabalhar para assegurar que à organização atenda as necessidades de
assistência médico-sanitária da comunidade e para que as pessoas tenham acesso
à ela.
Seção V: A quinta e última seção adicionada ao primeiro código,
“Responsabilidades do administrador de saúde em denunciar infrações ao
Código”, trata do dever que os membros da ACHE possuem em denunciar
violações ao código de ética da associação.
4.1.3 O histórico do código de ética do administrador hospitalar no Brasil
Segundo FALGETANO SOBRINHO (1990), no Brasil, o primeiro código de
ética para o administrador hospitalar, foi elaborado no ano de 1952, em 9 de julho. A
elaboração deste código se deu em um congresso, e sua autoria é de Malcolm T.
MacEachern, professor de administração hospitalar que estava presente no evento.
Constando de dez itens, traça qualidades desejáveis para o profissional. Chega a
determinar que o administrador deve ser uma pessoa de qualidades especiais, umadministrador virtuoso que trabalha de modo desinteressado, pois ao lidar com os mais
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preciosos bens do homem, a saúde e a felicidade, sua profissão é entendida como um
privilégio sagrado. Este código parece conferir um caráter vocacional, marcado pela
busca da beneficiencia do administrador, atribuindo-lhe a necessidade de manter o amor
pela humanidade.
De uma forma geral, pode-se notar que este código busca a beneficiência, a
benevolência do administrador, imprimindo uma perspectiva de religiosidade. Além
disto, possui restrita abrangência, sem menções às responsabilidades do administrador
para com a comunidade.
De acordo com MUNARO e MEZZOMO, outro código de ética para o
administrador hospitalar no Brasil é elaborado pela Federação Brasileira de
Administradores Hospitalares no ano de 1971, concebendo o hospital como uma
empresa complexa e considerando suas atividades multiprofissionais, devendo tudo
estar em função da pessoa humana enferma. Um ponto considerado muito importante
neste código, diz que o impacto das decisões administrativas sobre a questão clínica
aparece na proposição de o administrador levar em conta que uma boa administração
poderá salvar vidas e prolongar existências. Continua presente a preocupação explícita
com a formação e o aprimoramento do administrador, sempre com ênfase nos aspectos
cultural e humanístico.Pode-se observar neste código que além de manter presente a preocupação com
a beneficiencia do administrador pela inclusão de questões como a de seu compromisso
com o melhor bem do paciente, este código incorpora a respeito da autonomia dos
usuários do serviço hospitalar ao recomendar o respeito aos direitos humanos
fundamentais. Tais preocupações no entanto, mesclam-se com o reconhecimento e a
aceitação dos aspectos empresariais que vão se introduzindo na forma de se organizar o
hospital.
4.1.4 O Código de Ética Profissional do Administrador Hospitalar
Em julho de 1995, segundo PATERNO e BASSANI (1997), a Federação
Brasileira de Administradores Hospitalares promove uma revisão do primeiro código.
Esta revisão acrescentou ao antigo código dez novos artigos, passando então a contar com 33 artigos, os vinte da redação anterior, três do código de 1952 e os dez novos.
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Alguns itens dos artigos retirados dos códigos antigos sofrem pequenas modificações,
enquanto outros incluem mudanças conceituais.
De todas estas mudanças, a que chama mais atenção é a concepção institucional
do hospital e não mais a de empresa. Segundo os autores citados acima (apud Zoboli
2004), a mudança é a seguinte:
Art. 2º - O Administrador Hospitalar tem plena consciência deestar dentro de uma instituição complexa e coordenandoatividades pluriprofissionais, em função da pessoa humana que
procura manter ou recuperar sua saúde. (p. 263)
Este código, vem estimular o administrador a adotar um estilo de administração
participativa, na qual os funcionários possam emitir suas opiniões, tomando
conhecimento e avaliando o desempenho do hospital. Os funcionários são considerados
a partir de então como capital humano, cabendo ao administrador propiciar um
ambiente de desenvolvimento de suas capacidades por meio de uma política de pessoal
adequada.
Observa-se também neste código, uma grande preocupação em torno do respeito
a todas as formas de manifestação de vida, e pede-se claramente que o administrador
hospitalar se emprenhe na preservação, manutenção e desenvolvimento desta
manifestação até que se limite as suas capacidades.Observa-se claramente, a partir deste código que o administrador hospitalar deve
utiliza-lo em todos os momentos no processo de decisão quando o primeiro artigo vem
determinar que o administrador hospitalar deve adotar o seu código de ética como uma
carta magna que o norteia e o fundamenta para o processo de decisão. Pode-se resumir
que esta última versão do Código brasileiro, que consta a seguir, resgata alguns aspectos
do código de 1952 no que tange a beneficiência. Este resgate, pode ser observado na
figura da defesa da vida e na promoção da autonomia do paciente, que aparecefortemente como sujeito da organização de saúde.
Encontra-se anexo à este trabalho, o Código de Ética Profissional do
Administrador Hospitalar.
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5 A RESPONSABILIDADE SOCIAL
Enquanto a ética tem suas raízes ligadas à indivíduos e grupos, compreendendo
regras, princípios e padrões de conduta que buscam a orientação para as tomadas de
decisão na organização, a responsabilidade social vem visualizar o efeito destas
decisões sobre a comunidade. Segundo o autor Ferrel (2001), a responsabilidade social
pode ser considerada como:
Um contrato com a sociedade, ao passo que a ética empresarialenvolve regras de conduta da empresa, cuidadosamente
pensadas que orientam a tomada de decisões da organização. A
ética empresarial diz respeito a regras e princípios que pautamdecisões de indivíduos e grupos de trabalho; a responsabilidadesocial refere-se ao efeito de decisões das empresas sobre asociedade. (p.8)
Ao se considerar que o conceito de responsabilidade social está intrinsicamente
ligado à sociedade e a organização, pode-se chegar à conclusão que este conceito é um
movimento com a finalidade principal de promoção do bem-estar dos diversos públicos
da organização, sejam eles internos ou externos.
Segundo o site responsabilidadesocial.com (ano5), muitas pessoas, ainda nos
dias de hoje, confundem responsabilidade social com filantropia, o que é uma idéia
equivocada do conceito. A responsabilidade social, para toda e qualquer empresa, deve
compreender as características a seguir:
É plural. Empresas não devem satisfações apenas aos seusacionistas. Muito pelo contrário. O mercado deve agora prestar contas aos funcionários, à mídia, ao governo, ao setor não-governamental e ambiental e, por fim, às comunidades com que
opera. Empresas só têm a ganhar na inclusão de novos parceirossociais em seus processos decisórios. Um diálogo mais participativo não apenas representa uma mudança de
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comportamento da empresa, mas também significa maior legitimidade social.
É distributiva. A responsabilidade social nos negócios é um
conceito que se aplica a toda a cadeia produtiva. Não somente o produto final deve ser avaliado por fatores ambientais ousociais, mas o conceito é de interesse comum e, portanto, deveser difundido ao longo de todo e qualquer processo produtivo.Assim como consumidores, empresas também são responsáveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus códigos de éticaaos produtos e serviços usados ao longo de seus processos
produtivos.
É sustentável. Responsabilidade social anda de mãos dadas como conceito de desenvolvimento sustentável. Uma atituderesponsável em relação ao ambiente e à sociedade, não só
garante a não escassez de recursos, mas também amplia oconceito a uma escala mais ampla. O desenvolvimentosustentável não só se refere ao ambiente, mas por via dofortalecimento de parcerias duráveis, promove a imagem daempresa como um todo e por fim leva ao crescimento orientado.Uma postura sustentável é por natureza preventiva e possibilitaa prevenção de riscos futuros, como impactos ambientais ou
processos judiciais.
É transparente. A globalização traz consigo demandas por transparência. Não mais nos bastam mais os livros contábeis.Empresas são gradualmente obrigadas a divulgar sua
performance social e ambiental, os impactos de suas atividadese as medidas tomadas para prevenção ou compensação deacidentes. Nesse sentido, empresas serão obrigadas a publicar relatórios anuais, onde sua performance é aferida nas maisdiferentes modalidades possíveis. Muitas empresas já o fazemem caráter voluntário, mas muitos prevêem que relatórios sócio-ambientais serão compulsórios num futuro próximo. (edição 59)
O conceito de responsabilidade social para a administração privada, vem
tomando consistência durante os últimos cinco anos. O setor empresarial vêm cada vezmais buscando participar de grupos de discussão sobre responsabilidade social e
investindo seus recursos nestes programas. A implantação do conceito de
responsabilidade social nas organizações pode ser iniciada a partir de programas
internos ou externos, uma forma é a criação de programas divergentes de suas
atividades ou apoiar aqueles que já estejam instalados, principalmente os que forem
coordenados por ONGs. Estes programas conseguem atingir seus objetivos quando
buscam nas potencialidades de seus beneficiários e não em suas carências, no contínuodesenvolvimento das pessoas e não em doações financeiras. O fator que faz a diferença
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é a valorização do ser humano como principal agente de mudança, como protagonistas
das transformações tanto se busca atualmente.
Observa-se nos últimos anos, que as empresas privadas vêm mobilizando um
volume cada vez maior de recursos destinados a programas sociais. Esta multiplicação
de iniciativas com sentido público é um fenômeno recente.
Conforme BARBOSA (1999), quando se diz que a responsabilidade social das
empresas tem sua interpretação condicionada pela cultura empresarial e nacional, fala-
se de outra cultura tal como é entendida pelos antropólogos, ou seja, um sistema
específico de valores e visões de mundo em cujo contexto se dão as ações e práticas de
determinada sociedade. Ou de outra forma, um conjunto de mecanismos simbólicos que
se utiliza para organizar a realidade.
Parece lícito afirmar então que hoje em dia, as organizações precisam estar
atentas não só a suas responsabilidades econômicas e legais, mas também as suas
responsabilidades éticas morais e sociais.
O conceito de responsabilidade social corporativa com forte conotação
normativa e cercado de debates filosóficos sobre o dever das corporações de promover o
desenvolvimento social, passou a ser acompanhado na década de 1970 do termo de
responsividade social corporativa. A partir desse novo conceito, já havia a necessidadede construir ferramentas que pudessem ser testadas e aplicadas no meio empresarial.
Daí então as perguntas passaram a ser sobre como e em que medida a corporação pode
responder suas obrigações sociais, já consideradas um dever dela.
5.1 Os quatro tipos de responsabilidade social das empresas
De acordo com DAFT (1999), a responsabilidade social pode ser dividida emquatro tipos:
Responsabilidade econômica: é o principal tipo de responsabilidade
encontrada nas empresas, sendo os lucros a maior razão pela qual as
empresas existem. Possuir esse tipo de responsabilidade significa
produzir bens e serviços que a sociedade necessita, a um preço que
possa garantir a continuidade da função da empresa, de forma a cumprir
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suas obrigações com os investidores e aumentar os lucros para seus
proprietários e acionistas.
Responsabilidade legal: o que a sociedade considera importante ao
comportamento adequado da empresa. No mínimo, espera-se que as
empresas sejam responsáveis pela observância das leis municipais,
estaduais e federais, por parte dos seus funcionários
Responsabilidade ética: comportamentos ou atividades que a
sociedade espera das empresas. O comportamento antiético, que ocorre
quando decisões permitem a um indivíduo ou empresa obter ganhos a
custa da sociedade, deve ser eliminado. As empresas devem agir com
eqüidade, justiça e imparcialidade, além de respeitar os direitos
individuais.
Responsabilidade discricionária ou filantrópica: voluntária e
orientada pelo desejo da empresa em fazer uma contribuição social não
imposta pela economia, pela lei ou pela ética. Inclui: fazer doações aobras beneficentes; contribuir financeiramente para projetos
comunitários ou para instituições de caridade que não oferecem
retornos para a empresa e nem mesmo são esperados.
5.2 Vantagens obtidas através da Responsabilidade social
De acordo GUEDES (2000), pode-se chamar de retorno social institucional, as
vantagens que as empresas podem obter a partir do momento que começam a se utilizar
dos programas de responsabilidade social:
O retorno social institucional ocorre quando a maioriados consumidores privilegia a atitude da empresa deinvestir em ações sociais, e o desempenho da empresaobtém o reconhecimento público. Como conseqüência,
a empresa vira notícia, potencializa sua marca, reforçasua imagem, assegura a lealdade de seus empregados,fideliza clientes, reforça laços com parceiros, conquistanovos clientes, aumenta sua participação no mercado,
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conquista novos mercados e incrementa suas vendas.(p. 56).
O mesmo autor acima citado, afirma que as vantagens que a responsabilidade
social oferece as empresas, se fortalece em:
Imagem e vendas: fortalecimento e fidelidade à marca e ao produto;
Acionistas e investidores: valorização da empresa na sociedade e no mercado;
Retorno publicitário: geração de mídia espontânea;
Tributação: possibilidades de isenções fiscais em âmbitos municipal, estadual e
federal para empresas patrocinadoras ou diretamente para os projetos;
Produtividade e pessoas: maior empenho e motivação dos funcionários eGanhos sociais: mudanças comportamentais da sociedade.
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CONCLUSÃO
O administrador entende como sua principal função, buscar a viabilidade
econômico financeira e o bom funcionamento do hospital, sentindo a ética como algo
que lhe é distante ou que afeta somente aos que atuam diretamente na prática clínico-
assistencial. Multiplicam-se as práticas administrativas que deliberadamente interferem
na relação clínica com vistas a atingir os objetivos e as metas organizacionais. Ofusca-
se a missão social do hospital e o administrador parece não perceber a repercussão,
muitas vezes ruim, de suas decisões na qualidade da atenção da saúde prestada ao
paciente.
Não basta que agora os administradores se abriguem sob a ética médica, ou o
próprio código de ética do administrador hospitalar, é preciso que se faça um desafio
para a construção de uma ética própria, uma ética que se mostre capaz, por meio do
diálogo, da tolerância, da participação e do manejo adequado de valores, a
harmonização entre a excelência do cuidado ao ser humano e a excelência da
organização.
Assim como a ética empresarial é rodeada por princípios jurídicos, possuindo
natureza legal, princípios de boa convivência, com natureza sócio-cultural, as empresastem como normas, obedecer a legislação local, e se adequar a comportamentos por
vezes estranhos. Deste modo, a responsabilidade social, através da solidariedade e de
conceitos tão nobres quanto, pode vir a contornar muitos impasses.
As decisões, dentro das empresas, devem ser sempre pautadas na ética
empresarial e na responsabilidade social, deve ter por suporte a verdade, a justiça, a
moral, a honestidade e a legalidade, dentro das fronteiras da empresa, onde já se
conhece as formas de se proceder, ou fora, onde culturas, comportamentos, moral,
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costumes, hábitos, usos e normas legais possuem características bem diferentes das
empresas, principalmente as do setor de saúde.
Ao concluir estes trabalho, pude observar claramente a importância da
responsabilidade social e da ética empresarial no trabalho do dia a dia do administrador
hospitalar. Esses dois conceitos, mostram claramente a necessidade do profissional
consciente e esclarecido ter seu trabalho pautado na ética, nos bons costumes, na
moralidade e também, da obrigação dos profissionais administradores, que estão a
frente de suas empresas, tem em trabalhar o lado social das mesmas, pois o mundo é
feito de pessoas que precisam umas das outras, assim como as empresas precisam de
seus clientes. Assim sendo, concluo este trabalho na certeza de ter aprendido e
descoberto pontos chaves para o sucesso empresarial, sobretudo, concluo este trabalho
dizendo que a partir deste, após a conclusão do curso, serei uma administradora
hospitalar certa do meu dever perante a sociedade, enquanto cidadã responsável e
profissional consciente.
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DAFT, Richard L. Administração. Tradução. 4. ed. Rio de Janeiro: Ed. LTC, 1999.
FERREL, O. C.; FRAEDRICH, John; FERRET, Linda. Ética empresarial: Dilemas,tomadas de decisões e casos. Trad. Cecília Arruda. Rio de Janeiro: Reichmann &Affonso, 2001.
FALGETANO SOBRINHO, L. Ética, aspectos legais e institucionais, Revista Paulistade Hospitais, 1990.
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HERRAZ, G. El hospital como organismo ético. Tradução. Vida Médica, 1994.
MALAGÓN-LONDOÑO, G., GALÁN-MOREIRA, R., PONTÓN-LAVERDE, G.Administración Hospitalaria. Tradução. Bogotá: Médica Internacional, 1966.
MUNARO, J. S., MEZZOMO, A. A. Códigos de Ética dos Profissionais da Saúde.São Paulo: CEDAS, sd.
ORTIZ, J. La hora de la ética empresarial. Tradução. Madrid: McGraw-Hill, 1995.
PATERNO, D., A. A. (orgs). Códigos de ética dos profissionais da saúde. São Paulo:Cedas, 1997
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PINHO, R. R., NASCIMENTO, A. M. Instituições de direito publico e privado.Introdução ao estudo de direito. Noções de ética profissional. São Paulo: Atlas, 20ed., 1997.
RIBEIRO, H.P. O hospital: história e crise. São Paulo: Cortez, 1993.
SROUR, R. H. Poder, cultura e ética nas organizações. Rio de Janeiro: Campus,1998.
TOFFLER, Bárbara Ley. Ética no trabalho. Trad. Maria Cecília Coutinho Arruda. SãoPaulo: Makron Books, 1993.
Documentos eletrônicos
http://www.responsabilidadesocial.com.br Acesso em: 25/08/2008
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ANEXO
Código de Ética Profissional do Administrador Hospitalar, segundo Paterno e
Bassani (1997, apud Zoboli 2004):
Art. 1- O Administrador Hospitalar adote o seu código de ética como uma carta magma que
norteia a sua vida e seu comportamento profissional é fundamenta a tomada de suas decisões.
Art. 2- O Administrador Hospitalar tem plena consciência de está dentro de uma
instituição complexa e coordenando atividades pluriprofissionais, em função da pessoa humana
que procura manter ou restabelecer sua saúde.
Art. 3- O Administrador Hospitalar será consciente de que o bom desempenho na sua
profissão requer formação especifica e muito aprimorada.
Art. 4- O Administrador Hospitalar tem também formação cultural e humanista que lhe
permita acompanhar o progresso da Administração Hospitalar, além da ciência, técnica e arte,
devendo tomar parte ativa em estudos, organizações e promoções especificas que visam
aprimorá - las constantemente.
Art. 5- O Administrador Hospitalar tem personalidade capaz de administrar a
instituição hospitalar com segurança e serenidade, mesmo nas circunstâncias mais delicadas.
Art. 6- O Administrador Hospitalar compenetra-se da necessidade de sua profissão e
tem sempre como lema a grande missão que lhe é confiada, de servir.
Art. 7- O Administrador Hospitalar tem fé na sua missão, autoridade para coordenar os
que trabalham na instituição, espírito de decisão e iniciativa, disciplina e energia realizadora para levar o hospital a uma constante renovação, aprimorando sempre mais o seu desempenho.
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Art. 8- O Administrador Hospitalar não se deixa guiar por sentimentos ou vantagens
pessoais e, sim, tem calma e domínio de se ao tomar decisão.
Art. 9- O Administrador Hospitalar tem sempre presente que uma boa administração pode salvar vidas e prolongar existências, além de levar as instituições a aperfeiçoarem todas as
suas possibilidades.
Art. 10- O Administrador Hospitalar dedica-se a uma vida de trabalho desinteressante
para fazer de sua carreira de administrador hospitalar um sucesso, pois é um privilegio sagrado
lidar com o mais precioso bem do homem, a saúde.
Art. 11- O Administrador Hospitalar considera o cargo que ocupa, primordialmente
como um compromisso de serviço ao paciente, aos profissionais e servidores da instituição e à
comunidade.
Art. 12- O Administrador Hospitalar provê o hospital dos meios humanos e materiais
necessários, para que o mesmo possa atingir seus objetivos de prevenir a doença, promover a
saúde e desenvolver o ensino e a pesquisa.
Art. 13- O Administrador Hospitalar testemunha respeito a todas as formas de
manifestação da vida e empenha-se em preservá-la, mantê-la e desenvolvê-la, até o limite das
suas possibilidades, repudiando tudo quanto possa agredi-la ou diminuir sua plena expressão.
Art. 14- O Administrador Hospitalar implanta uma documentação completa e
coordenada de todas as atividades desenvolvidas no hospital, favorecendo o estudo e a defesa do
hospital, dos pacientes e de quantos nele trabalham.
Art. 15- O Administrador Hospitalar zela com absoluto rigor pela preservação do sigilo
profissional em todas as circunstâncias.
Art. 16- O Administrador Hospitalar pauta a sua administração pelo principio de que a
pessoa humana é o fundamento, o sujeito e o fim de toda a instituição assistencial e, quando
enferma, o enferma, o centro e a razão de ser de toda atividade de saúde e hospitalar.
Art. 17- O Administrador Hospitalar possibilita aos pacientes usufruir de todos osdireitos fundamentais da pessoa humana, tanto materiais quanto sociais e espirituais.
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Art. 18- O Administrador Hospitalar não permite a transgressão dos princípios legais,
éticos e morais, exigido de cada profissional o cumprimento rigoroso do Código de Ética da sua
profissão.
Art. 19- O Administrador Hospitalar tem consciência de que os recursos humanos são o
principal e verdadeiro patrimônio do hospital e aplica uma política de recursos humanos que
possibilite, de forma integrada, o desenvolvimento de todas as potencialidades de seus
servidores.
Art. 20- O Administrador Hospitalar promove o bom relacionamento entre os
servidores de todas as unidades do hospital e de todas as categorias profissionais, destacando a
importância das respectivas atividades.
Art. 21- O Administrador Hospitalar estimula o aprimoramento humano, cultural e
técnico dos que trabalham no hospital.
Art. 22- O Administrador Hospitalar promove o ensino e a pesquisa em todas as áreas
das atividades hospitalar, através da educação continuada, palestras, cursos, participação e
simpósios, congressos e demais formas de aprendizagem.
Art. 23- O Administrador Hospitalar implanta todos os instrumentos de administração e
mantém uma organização correta em todas as unidades do hospital para favorecer a admissão e
o aprendizado de estagiários das profissões da saúde.
Art. 24- O Administrador Hospitalar institui no hospital um centro de Estudos para
estimular o ensino, a pesquisa, as publicações e demais possibilidades de desenvolvimento
profissional dos que trabalham no mesmo.
Art. 25- O Administrador Hospitalar zela para que o corpo clínico do hospital seja
organizado e aberto, concedendo-lhe os meios necessários ao desempenho eficiente de suas
funções.
Art. 26- O Administrador Hospitalar empenha esforços para tomar o hospital um
verdadeiro centro de saúde da comunidade, o integrado aos demais serviços de saúde.
Art. 27- O Administrador Hospitalar participa expressivamente das atividades da
comunidade e dos programas dos órgãos de classe da sua profissão e do hospital.
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Art. 28- O Administrador Hospitalar mantém a comunidade informada sobre os
recursos e as limitações do hospital, a fim de promover o bom nome perante o público.
Art. 29- O Administrador Hospitalar adota uma administração participativa, para que os
profissionais e servidores possam dar sua contribuição nos programas que são implantados e
apreciar o desempenho do hospital como um todo e de cada unidade.
administrativa.
Art. 30- O Administrador Hospitalar aplica instrumentos adequados para mensurar o
padrão de atendimento do hospital, com vistas ao seu constante aprimoramento.
Art. 31- O Administrador Hospitalar levanta em períodos muito curtos, a maior
quantidade possível de informações das atividades do hospital, para que possa tomar
corretamente decisões, projetar resultados e prevenir dificuldades.
Art. 32- O Administrador Hospitalar é sempre leal e sincero com seus superiores
hierárquicos, mantendo-os informados do que ocorre no hospital e relevando com absoluta
transparência os comportamentos sobre os quais está assentada toda a dinâmica
hospitalar na área social, assistencial, humana e econômica.
Art. 33- O Administrador Hospitalar desempenha sempre suas tarefas com acerto,
rapidez e eficácia.
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