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Monografia de Graduação Monitoramento das propriedades químicas e físicas dos fluidos de perfuração Klismeryane Costa de Melo Natal, janeiro de 2009

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Monografia de Graduaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas efiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo

Natal janeiro de 2009

TIacuteTULO Monitoramento das propriedades quiacutemicas

e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ALUNO DE GRADUACcedilAtildeO Klismeryane Costa de Melo

ORIENTADOR UFRN Professor Dr Everaldo Silvino

ORIENTADOR PETROBRAS Marcos Tuacutelio Antunes

PERIacuteODO

NatalRN Janeiro2009

MELO Klismeryane Costa de ndash Monitoramento das propriedades fiacutesicas e quiacutemicas dos

fluido de perfuraccedilatildeo Monografia UFRN Departamento de Engenharia Quiacutemica Programa

de Recursos Humanos ndash PRH 14ANP Aacuterea de concentraccedilatildeo Engenharia de Processos em

Plantas de Petroacuteleo e Gaacutes Natural

Orientador Prof Dr Eduardo Lins de Barros Neto

Orientador Petrobras Marcos Tuacutelio Antunes

RESUMO ___________________________________________________________________________ RESUMO Fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo misturas de aditivos quiacutemicos utilizados em operaccedilotildees

de perfuraccedilatildeo de poccedilo com a finalidade de carrear os cascalhos cortados pela broca sustentar

as paredes do poccedilo etc Estatildeo classificados em fluido base oacuteleo ar ou aacutegua de acordo com sua

fase dispersante Os fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua satildeo de tratamento mais simples e

apresentam menos riscos de poluiccedilatildeo O tratamento desses fluidos eacute feito em campo atraveacutes

do monitoramento de suas propriedades fiacutesicas e quiacutemicas durante a circulaccedilatildeo do fluido

dentro do poccedilo Essas propriedades satildeo a densidade os paracircmetros reoloacutegicos forccedila gel os

paracircmetros de filtraccedilatildeo o teor de soacutelidos pH cloretos alcalinidade etc O objetivo deste

trabalho eacute apresentar metodologias de anaacutelises de propriedades fiacutesicas e quiacutemicas realizadas

nas sondas de perfuraccedilatildeo para fluidos base aacutegua

Palavras chaves fluido de perfuraccedilatildeo propriedades de fluido de perfuraccedilatildeo ___________________________________________________________________________

ABSTRACT

Drilling fluids are used in well bore drilling They are blends of chemical additives used with

the purpose to remove the drill cuttings They are classified in accordance with the dispersed

phase that can be air oil or water The water-based drilling fluids are fluids of more simple

treatment and show small power of environmental pollution The treatment of this fluids has

been made in the field by analyzes of its chemical and physical properties during fluid

circulation inside the well These properties are density rheological parameters gel force

filtration parameters solid content pH chlorides alkalinity etc The objective of this work is

to present methodologies for the analyses of physical and chemical properties of water-based

drilling fluids to be used in drilling rigs

___________________________________________________________________________ Keywords Drilling fluids physical properties chemical properties

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo primeiramente a Deus pois sem Ele natildeo teria conquistado nada em minha

vida Ele eacute a forccedila que me conduz pelos lugares mais altos que eu possa imaginar e que me

segura e me ergue quando penso em fraquejar

Agradeccedilo a minha famiacutelia que sempre me apoio em todos os meus projetos de vida

em especial a minha matildee Ciacutecera e meu irmatildeo Wellington que em nenhum momento

mediram esforccedilos para tornar esse projeto uma realidade Aos meus amigos de faculdades

que sempre me ajudaram e compartilharam tantos momentos felizes ao longo desses cincos

anos em especial a Ileacuteia pelo esforccedilo em conseguir esse estaacutegio e dedicaccedilatildeo ao longo deste

para tornaacute-lo viaacutevel Sem esquecer Nila claro amiga de todas as horas

Ao meu coordenador de estagio Prof Dr Everaldo Silvino e ao meu Supervisor de

estagio Engenheiro Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra pela orientaccedilatildeo e dedicaccedilatildeo no

desenvolvimento deste trabalho contribuindo para minha formaccedilatildeo acadecircmica e profissional

A todos do IP (Intervenccedilatildeo em Poccedilos do Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues)

principalmente para os mais proacuteximos Assis Eanes Bacelar Ironaldo Jackelan Rogeacuterio

Taacutessia Cordeiro Juacutelio Aratildeo Gazel Ciacutecero Evandro Joaldo Andreacuteia Teodoacutesio Ruy

Edfrance Luna Falcatildeo Walfredo Ionaldo o meu muito obrigado pelo incentivo

informaccedilotildees e conselho durante o desenvolvimento deste trabalho e eacute claro pela amizade e

conhecimentos compartilhados durante a nossa convivecircncia

Aos motoristas Zeca Joatildeo Soldado Sinobaldo e Raniery pela alegria e respeito

com que me conduziam

Aos amigos encontrados nesta empresa que vou carregar em meu coraccedilatildeo para o resto

da vida Djacyr Genigley Geilson Joanes e Lincoln

Agrave Estatal Petroacuteleo Brasileiro S A ndash PETROBRAS pela oportunidade dada

Ao corpo docente do curso de Graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica principalmente ao

Prof Dr Eduardo Lins de Barros Neto pela amizade dedicaccedilatildeo companheirismo e antes de

tudo pelo profissional que eacute

SUMAacuteRIO

1 ndash INTRODUCcedilAtildeO 10

2 ndash ASPECTOS TEOacuteRICOS 12

21ndash Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo 12

22- Fluidos de perfuraccedilatildeo 13

23-Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo 14

24-Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo 17

24-Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo 20

25-Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG 21

4 ndash METODOLOGIA DE ANAacuteLISE 25

41-Meacutetodos Fiacutesicos 25

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH 25

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia 26

412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica 27

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP 28

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos 29

416 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes 30

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS 32

421- DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR 32

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf 32

6 - CONCLUSAtildeO 37

7 - REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 39

Lista de Figuras

Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de perfuraccedilatildeo 21 Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom 25

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr 26

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom 27

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom 28

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom 29

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte

wwwfanncom 30

Lista de Tabelas

Tabela 2 1 ndash Tipo de fluidos utilizados no ATPARG 19

CAPIacuteTULO 1 INTRODUCcedilAtildeO GERAL

Introduccedilatildeo Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2006 10

1 ndash Introduccedilatildeo

Fluido de perfuraccedilatildeo eacute usado como ferramenta essencial na perfuraccedilatildeo de poccedilos de

petroacuteleo Sua importacircncia se justifica pela funccedilatildeo desempenhada durante a operaccedilatildeo de

perfuraccedilatildeo Eacute competecircncia dos fluidos de perfuraccedilatildeo carrear os cascalhos cortados pela broca

sustentar a parede do poccedilo lubrificar a broca controlar a pressatildeo existente na formaccedilatildeo etc

Essas funccedilotildees satildeo desempenhadas de acordo com as propriedades do fluido que satildeo

previamente especificadas e formuladas de acordo com a formaccedilatildeo O controle dessas

propriedades durante a operaccedilatildeo eacute garantia de um bom desempenho do fluido dentro do poccedilo

Esse controle eacute feito em campo por meacutetodos de anaacutelises de paracircmetros fiacutesicos e quiacutemicos

Durante vaacuterios anos utilizou-se fluido a base de oacuteleo diesel devido agrave excelente

performance proporcionada agrave perfuraccedilatildeo comparado ao fluido base aacutegua Poreacutem em alguns

lugares as leis ambientais vigentes natildeo permitem o uso deste tipo de fluido

Nos campos de petroacuteleo do Rio Grande do Norte devido a exigecircncias ambientais o

fluido de perfuraccedilatildeo utilizado eacute base aacutegua Este trabalho tem como objetivo apresentar uma

visatildeo geral sobre fluido de perfuraccedilatildeo bem como as metodologias de anaacutelises para o

monitoramento de algumas propriedades fiacutesicas e quiacutemicas de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

CAPIacuteTULO 2

ASPECTOS TEOacuteRICOS

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 12

2 - Aspectos Teoacutericos

21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo

O processo de exploraccedilatildeo de petroacuteleo envolve a pesquisa por formaccedilatildeo de rochas

associadas com oacuteleo ou depoacutesitos de gaacutes natural e compreende etapas que vatildeo desde a

prospecccedilatildeo geofiacutesica passando pela perfuraccedilatildeo exploratoacuteria desenvolvimento do poccedilo

quando economicamente viaacutevel e a sua exploraccedilatildeo se forem achados hidrocarbonetos em

quantidades suficientes caso contraacuterio o poccedilo poderaacute ser abandonado

Em terra ou mar a perfuraccedilatildeo de um poccedilo eacute um trabalho realizado sem interrupccedilatildeo

que soacute termina quando se atinge a profundidade programada ou o objetivo proposto para a

perfuraccedilatildeo A perfuraccedilatildeo em terra eacute feita com sonda de perfuraccedilatildeo constituiacuteda de estrutura

metaacutelica de mais de 40 metros de altura (torre) e de equipamentos especiais

A torre sustenta um tubo vertical a coluna de perfuraccedilatildeo em cuja extremidade eacute

colocada uma broca Por meio de movimentos de rotaccedilatildeo e peso transmitido pela coluna agrave

broca as rochas satildeo perfuradas Para contrabalanccedilar as pressotildees existentes na formaccedilatildeo

resfriar a broca carrear a rocha triturada (cascalhos de perfuraccedilatildeo) ateacute a superfiacutecie aleacutem de

evitar desmoronamento das paredes do poccedilo eacute circulado na coluna um fluido de perfuraccedilatildeo

O fluido eacute injetado por bombas para o interior da coluna de perfuraccedilatildeo atraveacutes da cabeccedila de

injeccedilatildeo ou Swivel e retorna agrave superfiacutecie atraveacutes do espaccedilo anular formado pelas paredes dos

poccedilos e a coluna Ao atingir determinada profundidade a coluna de perfuraccedilatildeo eacute retirada do

poccedilo e uma coluna de revestimento de accedilo de diacircmetro inferior ao da broca eacute descida no

poccedilo

O anular entre os tubos do revestimento e as paredes do poccedilo eacute cimentado com

finalidade de isolar as rochas atravessadas permitindo entatildeo o avanccedilo de perfuraccedilatildeo com

seguranccedila Apoacutes a operaccedilatildeo de cimentaccedilatildeo a coluna de perfuraccedilatildeo eacute novamente decida no

poccedilo tendo na sua extremidade nova broca de diacircmetro menor do que a do revestimento para

o prosseguimento da perfuraccedilatildeo

Do exposto percebe-se que um poccedilo eacute perfurado em diversas fases caracterizadas

pelos diacircmetros das brocas No caso dos poccedilos do Alto do Rodrigues e Fazenda Porcinho a

sua grande maioria eacute perfurada em duas fases

A fase inicial ou fase ldquoumrdquo abrange os niacuteveis mais superficiais do terreno onde eacute

utilizado um fluido mais simples composto de apenas bentonita soacutedica e aacutegua Num segundo

estaacutegio fase ldquodoisrdquo eacute usado um fluido mais elaborado cuja composiccedilatildeo oferece

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 13

caracteriacutesticas que permitem uma obtenccedilatildeo de perfis geoloacutegicos aleacutem de prover inibiccedilatildeo

fiacutesico-quiacutemica dos argilo-minerais reduzindo a interaccedilatildeo rocha-fluido entre outras

22 Fluidos de perfuraccedilatildeo

Os fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo misturas complexas de soacutelidos liacutequidos produtos

quiacutemicos e por vezes ateacute gases Do ponto de vista quiacutemico eles podem assumir aspectos de

suspensatildeo dispersatildeo coloidal ou emulsatildeo dependendo do estado fiacutesico dos componentes

O fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser estaacutevel do ponto de vista quiacutemico estabilizar as

paredes do poccedilo mecacircnica e quimicamente facilitar a separaccedilatildeo dos cascalhos na superfiacutecie

manter os soacutelidos em suspensatildeo quando estiver em repouso ser inerte em relaccedilatildeo a danos agraves

rochas produtoras aceitar qualquer tratamento fiacutesico e quiacutemico ser bombeaacutevel apresentar

baixo grau de corrosatildeo e de abrasatildeo em relaccedilatildeo agrave coluna de perfuraccedilatildeo e demais

equipamentos do sistema de circulaccedilatildeo facilitar as interpretaccedilotildees geoloacutegicas do material do

poccedilo e apresentar custo compatiacutevel com a

operaccedilatildeo

O escoamento do fluido de perfuraccedilatildeo

para baixo pela tubulaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo e para

cima pelo poccedilo algumas vezes eacute interrompido

ou por causa de um problema ou para elevar a

tubulaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo para cima e para fora do

poccedilo permitindo a troca da broca Quando a perfuraccedilatildeo paacutera os cortes em suspensatildeo no

fluido podem afundar no poccedilo prendendo a broca

Os fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo projetados com uma propriedade muito interessante que

resolve esse problema Sua espessura ou viscosidade aumenta quando diminui o seu

movimento Quando o fluido paacutera de circular ele forma um gel espesso que manteacutem os

cortes de rocha em suspensatildeo e evita que eles afundem no poccedilo

Quando o fluido comeccedila a circular novamente ele torna-se mais fino e volta agrave forma

liacutequida anterior essa propriedade do fluido garante ao transporte dos cascalhos para a

superfiacutecie limpando assim o fundo do poccedilo

O fluido tambeacutem eacute responsaacutevel por exercer pressatildeo hidrostaacutetica sobre as formaccedilotildees

evitando assim o influxo de fluidos indesejaacuteveis (kick) e estabilizar as paredes do poccedilo

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 14

23 Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo

As propriedades de controle dos fluidos podem ser fiacutesicas ou quiacutemicas As fiacutesicas satildeo

mais geneacutericas ou seja satildeo vaacutelidas para qualquer tipo de fluido Jaacute as quiacutemicas satildeo

especiacuteficas para cada tipo de fluido

As propriedades fiacutesicas mais importantes e frequumlentemente medidas nas sondas satildeo as

densidades os paracircmetros reoloacutegicos as forccedilas geacuteis (inicial e final) os paracircmetros de

filtraccedilatildeo e teor de soacutelidos

As propriedades quiacutemicas mais frequumlentemente determinadas nos laboratoacuterios das

sondas satildeo o pH os teores de cloreto e de bentonita e a alcalinidade O excesso de cal

(determinada nos fluidos tratados por cal hidratada) teor de caacutelcio e de magneacutesio a

concentraccedilatildeo de H2S e a concentraccedilatildeo de potaacutessio (testada nos fluidos inibidos por gesso)

Densidade

Os limites de variaccedilatildeo da densidade dos fluidos para perfurar uma determinada fase

satildeo definidos pela pressatildeo atuante no fluido que se encontra no espaccedilo poroso da rocha (limite

miacutenimo) e pela pressatildeo para qual a rocha se rompe (limite maacuteximo) das formaccedilotildees expostas

A baritina (BaSO4) tem o poder de aumentar a densidade de um fluido Este tem

densidade de 425 enquanto a densidade dos soacutelidos perfurados eacute em torno de 26 Para

reduzir a densidade dos fluidos agrave base de aacutegua dilui-se com aacutegua (densidade 100) ou oacuteleo

diesel (densidade 082)

Paracircmetros reoloacutegicos e forccedilas geacuteis

O comportamento do fluxo de um fluido eacute definido pelos paracircmetros reoloacutegicos Para

isto considera-se que o fluido eacute definido como um modelo reoloacutegico cujos paracircmetros vatildeo

influir diretamente no caacutelculo de perdas de cargas na tubulaccedilatildeo e velocidade de transporte dos

cascalhos

O controle de propriedades reoloacutegicas eacute de vital importacircncia nas operaccedilotildees de

perfuraccedilatildeo pois elas satildeo responsaacuteveis pela remoccedilatildeo dos cascalhos perfurados Aleacutem disso

influenciam no progresso da perfuraccedilatildeo que se chama de taxa de penetraccedilatildeo

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 15

O descontrole dessa propriedade juntamente com o gel do fluido ocasiona problemas

seacuterios como Obstruccedilatildeo do anular formaccedilatildeo de fundo falso reduccedilatildeo de taxa de penetraccedilatildeo

alargamento do poccedilo prisatildeo da coluna perda de circulaccedilatildeo etc

Para os fluidos de perfuraccedilatildeo assume-se o modelo de Bingham o qual postula que

uma determinada tensatildeo deve ser aplicada para iniciar o fluxo (limite de escoamento) e acima

dessa tensatildeo o fluido se comporta como Newtoniano isto eacute Tensatildeo cisalhante (T)

proporcional a taxa de cisalhamento (TC)

Alguns fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo tixotroacutepicos isto eacute adquirem um estado semi-riacutegido

quando estatildeo em repouso e quando em movimentam apresentam fluidez A forccedila gel eacute um

paracircmetro de natureza reoloacutegica que indica o grau de gelificaccedilatildeo devido agrave interaccedilatildeo eleacutetrica

entre partiacuteculas dispersas

A forccedila gel inicial mede a resistecircncia inicial para colocar o fluido em fluxo A forccedila

gel final mede a resistecircncia do fluido para reiniciar o fluxo quando este fica um certo tempo

em repouso A diferenccedila entre elas indica o grau de tixotropia do fluido

Paracircmetros de filtraccedilatildeo

Devido agrave pressatildeo da coluna de fluido ter que ser maior que a pressatildeo de poro de

formaccedilatildeo para evitar o influxo dos fluidos contido nas rochas o fluido de perfuraccedilatildeo deveria

invadir continuamente as formaccedilotildees permeaacuteveis se natildeo houvesse o depoacutesito de um reboco

que eacute a capacidade do fluido de perfuraccedilatildeo em formar uma camada de partiacuteculas soacutelidas

uacutemidas sobre as rochas permeaacuteveis expostas pela broca e eacute de fundamental importacircncia para

o sucesso da perfuraccedilatildeo e da completaccedilatildeo do poccedilo

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido de perfuraccedilatildeo denominada filtrado invade a

formaccedilatildeo

O controle do filtrado torna-se criacutetico em casos de formaccedilotildees de folhelhos sensiacuteveis a

aacutegua esses folhelhos desenvolvem pressotildees devido ao inchamento pelo contato com a aacutegua

causando desmoronamento e alargamento do poccedilo Em formaccedilotildees permeaacuteveis o depoacutesito de

um reboco muito espesso causa reduccedilatildeo acentuada do diacircmetro do poccedilo aleacutem do que um

reboco espesso facilita a prisatildeo por pressatildeo diferencial

Para formar o reboco deve haver o influxo da fase liacutequida do fluido do poccedilo para a

formaccedilatildeo Este processo eacute conhecido como filtraccedilatildeo Eacute essencial que o fluido tenha uma

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 16

fraccedilatildeo razoaacutevel de partiacuteculas com dimensotildees ligeiramente menores agraves dimensotildees dos poros

das rochas expostas

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido o filtrado invade a rocha

O filtrado e a espessura de reboco satildeo dois paracircmetros medidos rotineiramente para

definir o comportamento do fluido quanto agrave filtraccedilatildeo

Teor de soacutelidos

O teor de soacutelidos cujo valor deve ser mantido no miacutenimo possiacutevel eacute uma propriedade

que deve ser controlada com rigor porque o seu aumento implica aumento de vaacuterias outras

propriedades (densidade viscosidade e forccedila gel) aleacutem de aumentar a ocorrecircncia de

problemas como desgaste dos equipamentos de circulaccedilatildeo fratura das formaccedilotildees devido agrave

elevaccedilatildeo das pressotildees de bombeio ou hidrostaacutetica prisatildeo da coluna e reduccedilatildeo da taxa de

penetraccedilatildeo

O tratamento do fluido para reduzir o teor de soacutelidos pode ser preventivo ou corretivo

O tratamento preventivo consiste em inibir o fluido fiacutesico ou quimicamente evitando-se a

dispersatildeo dos soacutelidos perfurados No meacutetodo corretivo pode-se fazer uso de equipamentos

extratores de soacutelidos tais como tanques de decantaccedilatildeo peneiras hidrociclones e

centrifugadores ou diluir o fluido

Concentraccedilatildeo Hidrogeniocircnica ndash pH

O controle quiacutemico de alguns sistemas de fluido de perfuraccedilatildeo baseia-se na

determinaccedilatildeo do pH (pH=- log [H+] onde [H+] eacute a concentraccedilatildeo molar do iacuteon H+) O pH dos

fluidos de perfuraccedilatildeo eacute geralmente mantido no intervalo alcalino devido a fatores tais como

reduzir a taxa de corrosatildeo e aumentar a eficiecircncia dos dispersantes bem como aumentar o

rendimento das bentonitas

O pH dos fluidos de perfuraccedilatildeo tem que ser mantido na faixa de 7 a 10 com o intuito

de reduzir a taxa de corrosatildeo dos equipamentos e evitar a dispersatildeo das formaccedilotildees argilosas

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 17

Alcalinidades

A alcalinidade eacute determinada por meacutetodos diretos de titulaccedilatildeo volumeacutetrica de

neutralizaccedilatildeo e esta leva em consideraccedilatildeo as espeacutecies carbonatos (CO3--) e bicarbonatos

HC03- dissolvidos no fluido aleacutem dos iacuteons hidroxilas (OH-) dissolvidos e natildeo dissolvidos

Se numa soluccedilatildeo aquosa (no caso o filtrado do fluido) houver apenas OH- entatildeo soacute se

mede Pf natildeo havendo C03-2 nem HC03

- a viragem do metilorange se daacute com a primeira gota

de soluccedilatildeo de H2S04 N50 A medida em que o Mf cresce tornando-se maior do que o Pf a

alcalinidade passa a ser devido a OH- + C03-2 a C03

-2 + HC03- e por fim somente a HC03

-

quando o Pf = O Entre o Pf = Mf e Pf = O vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser

deduzida cada uma sendo apropriada para fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

Esse teste identifica a alcalinidade parcial do filtrado alcalinidade da lama e

alcalinidade total do filtrado

Teor de cloretos ou salinidade

Este teste eacute feito por anaacutelise volumeacutetrica de precipitaccedilatildeo por titulaccedilatildeo dos iacuteons

cloretos

Os resultados obtidos com esses testes no campo satildeo utilizados para identificar o teor

salino da aacutegua de preparo do fluido controlar a salinidade de fluidos inibidos com sal

identificar influxos de aacutegua salgada e identificar a perfuraccedilatildeo de uma rocha ou domo salino

Teor de bentonita ou de soacutelidos ativos

O teste do azul de metileno ou MBT eacute uma anaacutelise volumeacutetrica por adsorccedilatildeo que serve

como inibidor da quantidade de soacutelidos ativos ou bentoniacuteticos no fluido de perfuraccedilatildeo Este

mede a capacidade de troca de caacutetion (CTC) das argilas e soacutelidos ativos presentes

24 Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo

O fluido de perfuraccedilatildeo eacute classificado de acordo com a composiccedilatildeo baseado no

constituinte principal da fase contiacutenua ou dispersante e satildeo eles fluido a base de aacutegua fluidos

a base de oacuteleo e fluidos a base de ar ou de gaacutes neste relatoacuterio vamos nos deter ao fluido de

perfuraccedilatildeo base aacutegua que foi o trabalhado durante o estaacutegio

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 18

Fluidos a base de aacutegua

A definiccedilatildeo de um fluido a base aacutegua considera principalmente a natureza da aacutegua e os

aditivos quiacutemicos empregados no preparo do fluido A proporccedilatildeo entre os componentes

baacutesicos e as interaccedilotildees entre eles provoca sensiacuteveis modificaccedilotildees nas propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido Consequumlentemente a composiccedilatildeo eacute o principal fator a considerar no

controle das suas propriedades

A aacutegua eacute a fase contiacutenua e o principal componente de qualquer fluido agrave base de aacutegua

podendo ser doce dura ou salgada A aacutegua doce natildeo precisa de tratamento preacutevio pois natildeo

afeta o desempenho dos aditivos empregados no preparo do fluido sua salinidade eacute inferior a

1000 ppm de NaCl equivalente

A aacutegua dura tem a presenccedila de sais de caacutelcio e magneacutesio dissolvido onde estes

apresentam concentraccedilotildees capazes de alterar o desempenho dos aditivos do fluido de

perfuraccedilatildeo

A aacutegua salgada possui salinidade superior a 1000 ppm de NaCl equivalente e pode ser

natural como a aacutegua do mar ou pode ser salgada com a adiccedilatildeo de sais como NaCl KCl ou

CaCl2 A aacutegua tem a funccedilatildeo de prover o meio de dispersatildeo para os mateacuterias coloidais estes

controlam a viscosidade limite de escoamento forccedilas geacuteis e filtrado em valores adequados

para conferir ao fluido uma boa taxa de remoccedilatildeo dos soacutelidos perfurados e capacidade de

estabilizaccedilatildeo das paredes do poccedilo

Os fatores a serem considerados na seleccedilatildeo da aacutegua de preparo satildeo disponibilidade

custo de transporte e de tratamento tipos de formaccedilotildees geoloacutegicas a serem perfuradas

produtos quiacutemicos que comporatildeo o fluido e equipamentos e teacutecnicas a serem usados na

avaliaccedilatildeo das formaccedilotildees

Os soacutelidos dispersos em meio aquoso podem ser ativos ou inertes Os soacutelidos ativos

satildeo materiais argilosos cuja funccedilatildeo principal eacute aumentar a viscosidade do fluido A argila

mais usada eacute a bentonita

Os soacutelidos inertes podem se originar da adiccedilatildeo de materiais industrializados ou de

detritos finos das rochas perfuradas O adensante baritina eacute o soacutelido inerte mais comuns dentre

os produtos comercializados Os soacutelidos inertes oriundos das rochas perfuradas satildeo areia silte

e calcaacuterio fino

Os produtos quiacutemicos a serem adicionados ao fluido podem ser

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 19

bull alcalinizantes e controladores de pH como soda caacuteustica potassa caacuteustica e cal

hidratada

bull dispersantes como o lignossulfonato tanino lignito e fosfato

bull redutores de filtrado como amido

bull floculantes como a soda caacuteustica cal e cloreto de soacutedio

bull poliacutemeros de uso geral para viscosificar desflocular ou reduzir filtrado

bull surfactantes para emulsificar e reduzir a tensatildeo superficial

bull removedores de caacutelcio e magneacutesio como carbonato e bicarbonato de soacutedio

bull inibidores de formaccedilatildeo ativas como cloreto de potaacutessio soacutedio e caacutelcio

bull bactericidas como paraformaldeiacutedo composto organoclorados soda caacuteustica e

cal

Produtos quiacutemicos mais especiacuteficos como anticorrosivos traccediladores quiacutemicos

antiespumantes entre outros tambeacutem podem estar presentes

A Tabela 21 abaixo apresenta a composiccedilatildeo dos fluidos usado na Petrobraacutes (ATP-

ARGIP) com seus respectivos coacutedigos

COacuteDIGO Tipos de

Fluido COacuteDIGO Tipos de Fluido

1 Aacutegua do Mar 12 NaCl com Poliacrilamida

2 Convencional 13 Milk Mud

3 BTS 14 Espuma

4 Nativo 15 Convencional com Asfalto e

LCM

5 NaCl com Poliacutemeros

16 Base Oacuteleo Mineral

6 Base Cal 17 Especiais para alta

temperatura

7 Disperso 18 Biopoliacutemero Saturado

8 KCL com Poliacutemero 19 Catiocircnico

9 Saturado 20 KCl com Poliacrilamida

10 Aerado 21 Biopoliacutemero com Carbonato

11 Base Oacuteleo Diesel 22 Sinteacutetico (Eacutester ou Parafina)

Tabela 2 1 ndash Tipo de fluidos utilizados no ATPARG

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 20

Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados Tipo 2 Aacutegua Industrial argila ativada e soda caacuteustica

Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e

calcaacuterio

Tipo 19 Aacutegua Industrial Oacutexido de Magneacutesio Goma Xantana CMC BBV ADS

Amido Comum Cloreto de soacutedio Poliacutemero Catiocircnico Calcaacuterio Fino Lubrificante Preventor

de enceramento e Bactericida

24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo

O controle dos soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo eacute feito por um sistema de equipamentos

extratores buscando sempre manter o teor de soacutelidos adequados ao trabalho Quando estes

natildeo satildeo suficientes para esse controle a accedilatildeo corretiva implicaraacute num custo adicional pois

uma nova formulaccedilatildeo teraacute que ser feita ou seja um fluido novo seraacute misturado para diluiccedilatildeo

O natildeo uso dos equipamentos ou a natildeo correccedilatildeo do teor de soacutelidos implica na reduccedilatildeo da taxa

de penetraccedilatildeo problemas de ordem reoloacutegicas do fluido de perfuraccedilatildeo reboco de baixa

qualidade maior densidade equivalente de circulaccedilatildeo dano a formaccedilatildeo ameaccedila de prisatildeo da

coluna por diferencial de pressatildeo elevado desgaste de equipamentos grande volume de

resiacuteduos gerados e maior custo global

Existe algumas recomendaccedilotildees que se forem seguidas auxiliam na soluccedilatildeo de

problemas provocados por soacutelidos satildeo elas

Analisar os testes do fluido de perfuraccedilatildeo a fim de identificar a presenccedila de

um teor elevado de soacutelidos

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

eficientemente

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

em sequumlecircncia apropriada

Verificar se os equipamentos instalados na sonda tecircm capacidade suficiente

para remover soacutelidos numa taxa que permita trabalhar na faixa aceitaacutevel de teor

de soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo

Verificar qual o equipamento adicional necessaacuterio para resolver o problema

provocado pelo teor elevado de soacutelidos

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PEN

EIR

AS

KELLY (HASTE QUADRADA)

KATARINA

DESLIZADOR DE CASCALHOS

TUBOS PESADOS (HW)

PEN

EIR

AS

COMANDOS

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo da diluiccedilatildeo necessaacuteria para resolver o problema sem o uso

de equipamento adicional

Comparar os custos determinados em nos dois itens anteriores

Recomendar se necessaacuterio a instalaccedilatildeo de equipamento adicional extrator de

soacutelidos

Caso seja instalado um equipamento adicional de soacutelidos operaacute-lo por um

periacuteodo apropriado de tempo repetir os testes com o fluido de perfuraccedilatildeo e

avaliar a eficiecircncia do equipamento adicional instalado

25 Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de

perfuraccedilatildeo do ATP-ARG

Peneiras Vibratoacuterias

A peneira vibratoacuteria eacute a primeira

barreira na retenccedilatildeo dos soacutelidos do fluido de

perfuraccedilatildeo que retorna durante a saiacuteda de

cada ciclo de circulaccedilatildeo Dessa etapa os

soacutelidos mais grosseiros satildeo retidos jaacute que eacute

mais faacutecil removecirc-los antes de passar pelos

hidrociclones e centrifugadores Ao lado

apresenta-se uma figura esquemaacutetica com o

percurso simplificado do fluido no poccedilo

quando se estaacute perfurando

Hidrociclones

A separaccedilatildeo dos soacutelidos ocorre da seguinte

forma o liacutequido contendo a fraccedilatildeo mais fina

de partiacuteculas menores eacute descarregado atraveacutes Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de

perfuraccedilatildeo

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 22

do tubo cilindro central (overflow) o liacutequido contendo os soacutelidos mais grossos eacute

descarregado pelo underflow

Os cones hoje satildeo feitos de poliuretano este material quando expostos a altas

temperaturas (150 e 175 ordm F) amolecem fazendo com que haja a necessidade de substituiacute-los

A viscosidade do fluido o teor de soacutelidos na alimentaccedilatildeo a pressatildeo disponiacutevel na

entrada do equipamento e o lay-out do percurso feito pelo fluido influencia de forma direta no

desempenho do equipamento

Quanto menor a viscosidade (dentro do possiacutevel) maior o desempenho do

hidrociclone

Uma grande concentraccedilatildeo de soacutelidos na alimentaccedilatildeo tem efeito negativo no

desempenho Com o hidrociclone trabalhando com descarga tipo ldquosprayrdquo o ponto de corte

meacutedio aumenta quando a carga de soacutelidos aumenta Quando a carga de soacutelidos ultrapassa o

ponto suportaacutevel pelo ldquounderflowrdquo o hidrociclone comeccedila a descarregar em ldquoforma de cordardquo

e o ponto de corte meacutedio aumenta drasticamente A pressatildeo recomendada pela maioria dos

fabricantes e fornecedores de hidrociclones jaacute estaacute otimizada A maioria dos hidrociclones no

campo requer de 70 a 80 peacutes de fluido de pressatildeo hidrostaacutetica Os hidrociclones utilizados nas

sondas satildeo chamados de desareadores e dessiltadores

Depuradores (MUD CLEANER)

Este eacute composto por hidrociclones em seacuterie com uma tela fina que permite recuperar

partiacuteculas e eacute usado com fluidos de perfuraccedilatildeo pesados As partiacuteculas soacutelidas que esse

equipamento remove satildeo maiores que a baritina Como ocorre no ciclone parte do material eacute

recuperada e parte eacute descartada o recuperado retorna ao fluido reduzindo custos

Monta-se uma cobertura onde a tela estaacute colocada fazendo com que todos os soacutelidos

descarregados pelos dessiltadores satildeo retornados para o sistema de circulaccedilatildeo No caso de

baritina ser adicionada ao fluido a cobertura daacute lugar a tela fina Esse equipamento reduz a

perda da baritina dos fluidos pesados no intuito de recuperar fluidos caros e reduzir descarte

de poluente ao meio ambiente

Decantador Centriacutefugo

A funccedilatildeo deste equipamento eacute separar soacutelidos de liacutequidos eacute formado por um tambor

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 23

ciliacutendrico-cocircnico composto por uma seccedilatildeo cocircnica que origina a chamada ldquopraiardquo e uma ou

vaacuterios secccedilotildees ciliacutendricas conectadas que origina a ldquopiscinardquoUm parafuso transportador que

fica dentro do tambor rotativo

Eacute possiacutevel ajustar a profundidade do liacutequido no tambor o niacutevel da piscina teraacute um

efeito sobre a eficiecircncia de separaccedilatildeo pois ele afetaraacute as aacutereas secas e molhadas da praia bem

como a secagem dos soacutelidos e a habilidade fiacutesica do parafuso em transportar os soacutelidos para o

tambor

A medida do teor de areia num fluido nos daacute um paracircmetro de avaliaccedilatildeo dos

equipamentos extratores de soacutelidos da sonda e serve como uma medida de abrasividade do

fluido

CAPIacuteTULO 4

METODOLOGIA DE ANAacuteLISES

Metodologia de anaacutelise Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 25

4 - Metodologia de anaacutelise

O monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo eacute feito

de acordo com as metodologias descritas neste capiacutetulo Aqui seratildeo descritos os meacutetodos

fiacutesicos e quiacutemicos para anaacutelises de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

As anaacutelises que seratildeo descritas neste documento estatildeo de acordo com o Manual de

Laboratoacuterio de Fluido Programa de Trainees Petrobras ndash 2002 Quiacutemico de Petroacuteleo Junior

41 Meacutetodos Fiacutesicos

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH

Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom

A Figura 41 mostra o funil Marsh que eacute um funil com as seguintes dimensotildees 1524

cm (6rdquo) de diacircmetro na parte superior 3048 cm (12rdquo) de altura A metade da abertura

superior eacute coberta por uma peneira de malha nordm 10 O orifiacutecio inferior tem 476 mm (316rdquo) de

diacircmetro interno e 508 cm (2rdquo) de comprimento A capacidade do funil ateacute a marca superior eacute

de 1500 cmsup3

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Se segura o funil em posiccedilatildeo vertical obstruindo o orifiacutecio de descarga com o dedo

indicador

bull verta-se atraveacutes da peneira a amostra de fluido tomada em qualquer ponto onde ela

esteja em agitaccedilatildeo ateacute que o niacutevel da mesma fique rente agrave parte inferior da tela da

peneira

bull imediatamente retira-se o dedo do tubo de descarga e com o auxiacutelio de um

cronocircmetro observa-se o tempo em segundos necessaacuterio para que escoe um (01) litro

de fluido para um recipiente graduado

bull a operaccedilatildeo deve ser raacutepida para minimizar erros

bull registra-se a ldquoViscosidaderdquo Marsh em segundos1000 cmsup3 de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Verifica-se a precisatildeo do funil Marsh com 1500 cmsup3 de aacutegua doce a 21ordmC O tempo de

escoamento de 1000 cmsup3 de aacutegua deve ser de 28 plusmn 05 segundos

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr

A Figura 42 mostra o conjunto que registra o conteuacutedo de areia presente no fluido

em percentagem volumeacutetrica composto por um tubo de vidro graduado em percentual

volumeacutetrico (0-20 v) um cilindro cocircnico um copo ciliacutendrico com uma tela de peneira

(malha 200 mesh)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Verta-se o fluido previamente passado atraveacutes da peneira do funil Marsh no tubo de

vidro graduado ateacute a marca indicada e depois se adiciona aacutegua ateacute a referecircncia

superior

bull obstrui-se a saiacuteda superior do tubo com o dedo e agita-se vigorosamente Em seguida

esvazia-se a amostra de fluido diluiacutedo atraveacutes da peneira lavando todo o resiacuteduo no

tubo com aacutegua Lava-se a areia retida na peneira ateacute eliminar os traccedilos de fluido

bull coloca-se o funil sobre a peneira e inverte-se o conjunto lentamente Faz-se retornar a

areia da peneira para o interior do tubo atraveacutes de jatos daacutegua

bull apoacutes a deposiccedilatildeo total da areia lecirc-se diretamente a percentagem em volume de areia

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412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

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se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

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PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

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A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

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42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

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lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

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bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

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A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

TIacuteTULO Monitoramento das propriedades quiacutemicas

e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ALUNO DE GRADUACcedilAtildeO Klismeryane Costa de Melo

ORIENTADOR UFRN Professor Dr Everaldo Silvino

ORIENTADOR PETROBRAS Marcos Tuacutelio Antunes

PERIacuteODO

NatalRN Janeiro2009

MELO Klismeryane Costa de ndash Monitoramento das propriedades fiacutesicas e quiacutemicas dos

fluido de perfuraccedilatildeo Monografia UFRN Departamento de Engenharia Quiacutemica Programa

de Recursos Humanos ndash PRH 14ANP Aacuterea de concentraccedilatildeo Engenharia de Processos em

Plantas de Petroacuteleo e Gaacutes Natural

Orientador Prof Dr Eduardo Lins de Barros Neto

Orientador Petrobras Marcos Tuacutelio Antunes

RESUMO ___________________________________________________________________________ RESUMO Fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo misturas de aditivos quiacutemicos utilizados em operaccedilotildees

de perfuraccedilatildeo de poccedilo com a finalidade de carrear os cascalhos cortados pela broca sustentar

as paredes do poccedilo etc Estatildeo classificados em fluido base oacuteleo ar ou aacutegua de acordo com sua

fase dispersante Os fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua satildeo de tratamento mais simples e

apresentam menos riscos de poluiccedilatildeo O tratamento desses fluidos eacute feito em campo atraveacutes

do monitoramento de suas propriedades fiacutesicas e quiacutemicas durante a circulaccedilatildeo do fluido

dentro do poccedilo Essas propriedades satildeo a densidade os paracircmetros reoloacutegicos forccedila gel os

paracircmetros de filtraccedilatildeo o teor de soacutelidos pH cloretos alcalinidade etc O objetivo deste

trabalho eacute apresentar metodologias de anaacutelises de propriedades fiacutesicas e quiacutemicas realizadas

nas sondas de perfuraccedilatildeo para fluidos base aacutegua

Palavras chaves fluido de perfuraccedilatildeo propriedades de fluido de perfuraccedilatildeo ___________________________________________________________________________

ABSTRACT

Drilling fluids are used in well bore drilling They are blends of chemical additives used with

the purpose to remove the drill cuttings They are classified in accordance with the dispersed

phase that can be air oil or water The water-based drilling fluids are fluids of more simple

treatment and show small power of environmental pollution The treatment of this fluids has

been made in the field by analyzes of its chemical and physical properties during fluid

circulation inside the well These properties are density rheological parameters gel force

filtration parameters solid content pH chlorides alkalinity etc The objective of this work is

to present methodologies for the analyses of physical and chemical properties of water-based

drilling fluids to be used in drilling rigs

___________________________________________________________________________ Keywords Drilling fluids physical properties chemical properties

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo primeiramente a Deus pois sem Ele natildeo teria conquistado nada em minha

vida Ele eacute a forccedila que me conduz pelos lugares mais altos que eu possa imaginar e que me

segura e me ergue quando penso em fraquejar

Agradeccedilo a minha famiacutelia que sempre me apoio em todos os meus projetos de vida

em especial a minha matildee Ciacutecera e meu irmatildeo Wellington que em nenhum momento

mediram esforccedilos para tornar esse projeto uma realidade Aos meus amigos de faculdades

que sempre me ajudaram e compartilharam tantos momentos felizes ao longo desses cincos

anos em especial a Ileacuteia pelo esforccedilo em conseguir esse estaacutegio e dedicaccedilatildeo ao longo deste

para tornaacute-lo viaacutevel Sem esquecer Nila claro amiga de todas as horas

Ao meu coordenador de estagio Prof Dr Everaldo Silvino e ao meu Supervisor de

estagio Engenheiro Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra pela orientaccedilatildeo e dedicaccedilatildeo no

desenvolvimento deste trabalho contribuindo para minha formaccedilatildeo acadecircmica e profissional

A todos do IP (Intervenccedilatildeo em Poccedilos do Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues)

principalmente para os mais proacuteximos Assis Eanes Bacelar Ironaldo Jackelan Rogeacuterio

Taacutessia Cordeiro Juacutelio Aratildeo Gazel Ciacutecero Evandro Joaldo Andreacuteia Teodoacutesio Ruy

Edfrance Luna Falcatildeo Walfredo Ionaldo o meu muito obrigado pelo incentivo

informaccedilotildees e conselho durante o desenvolvimento deste trabalho e eacute claro pela amizade e

conhecimentos compartilhados durante a nossa convivecircncia

Aos motoristas Zeca Joatildeo Soldado Sinobaldo e Raniery pela alegria e respeito

com que me conduziam

Aos amigos encontrados nesta empresa que vou carregar em meu coraccedilatildeo para o resto

da vida Djacyr Genigley Geilson Joanes e Lincoln

Agrave Estatal Petroacuteleo Brasileiro S A ndash PETROBRAS pela oportunidade dada

Ao corpo docente do curso de Graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica principalmente ao

Prof Dr Eduardo Lins de Barros Neto pela amizade dedicaccedilatildeo companheirismo e antes de

tudo pelo profissional que eacute

SUMAacuteRIO

1 ndash INTRODUCcedilAtildeO 10

2 ndash ASPECTOS TEOacuteRICOS 12

21ndash Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo 12

22- Fluidos de perfuraccedilatildeo 13

23-Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo 14

24-Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo 17

24-Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo 20

25-Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG 21

4 ndash METODOLOGIA DE ANAacuteLISE 25

41-Meacutetodos Fiacutesicos 25

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH 25

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia 26

412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica 27

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP 28

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos 29

416 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes 30

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS 32

421- DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR 32

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf 32

6 - CONCLUSAtildeO 37

7 - REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 39

Lista de Figuras

Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de perfuraccedilatildeo 21 Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom 25

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr 26

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom 27

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom 28

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom 29

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte

wwwfanncom 30

Lista de Tabelas

Tabela 2 1 ndash Tipo de fluidos utilizados no ATPARG 19

CAPIacuteTULO 1 INTRODUCcedilAtildeO GERAL

Introduccedilatildeo Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2006 10

1 ndash Introduccedilatildeo

Fluido de perfuraccedilatildeo eacute usado como ferramenta essencial na perfuraccedilatildeo de poccedilos de

petroacuteleo Sua importacircncia se justifica pela funccedilatildeo desempenhada durante a operaccedilatildeo de

perfuraccedilatildeo Eacute competecircncia dos fluidos de perfuraccedilatildeo carrear os cascalhos cortados pela broca

sustentar a parede do poccedilo lubrificar a broca controlar a pressatildeo existente na formaccedilatildeo etc

Essas funccedilotildees satildeo desempenhadas de acordo com as propriedades do fluido que satildeo

previamente especificadas e formuladas de acordo com a formaccedilatildeo O controle dessas

propriedades durante a operaccedilatildeo eacute garantia de um bom desempenho do fluido dentro do poccedilo

Esse controle eacute feito em campo por meacutetodos de anaacutelises de paracircmetros fiacutesicos e quiacutemicos

Durante vaacuterios anos utilizou-se fluido a base de oacuteleo diesel devido agrave excelente

performance proporcionada agrave perfuraccedilatildeo comparado ao fluido base aacutegua Poreacutem em alguns

lugares as leis ambientais vigentes natildeo permitem o uso deste tipo de fluido

Nos campos de petroacuteleo do Rio Grande do Norte devido a exigecircncias ambientais o

fluido de perfuraccedilatildeo utilizado eacute base aacutegua Este trabalho tem como objetivo apresentar uma

visatildeo geral sobre fluido de perfuraccedilatildeo bem como as metodologias de anaacutelises para o

monitoramento de algumas propriedades fiacutesicas e quiacutemicas de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

CAPIacuteTULO 2

ASPECTOS TEOacuteRICOS

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 12

2 - Aspectos Teoacutericos

21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo

O processo de exploraccedilatildeo de petroacuteleo envolve a pesquisa por formaccedilatildeo de rochas

associadas com oacuteleo ou depoacutesitos de gaacutes natural e compreende etapas que vatildeo desde a

prospecccedilatildeo geofiacutesica passando pela perfuraccedilatildeo exploratoacuteria desenvolvimento do poccedilo

quando economicamente viaacutevel e a sua exploraccedilatildeo se forem achados hidrocarbonetos em

quantidades suficientes caso contraacuterio o poccedilo poderaacute ser abandonado

Em terra ou mar a perfuraccedilatildeo de um poccedilo eacute um trabalho realizado sem interrupccedilatildeo

que soacute termina quando se atinge a profundidade programada ou o objetivo proposto para a

perfuraccedilatildeo A perfuraccedilatildeo em terra eacute feita com sonda de perfuraccedilatildeo constituiacuteda de estrutura

metaacutelica de mais de 40 metros de altura (torre) e de equipamentos especiais

A torre sustenta um tubo vertical a coluna de perfuraccedilatildeo em cuja extremidade eacute

colocada uma broca Por meio de movimentos de rotaccedilatildeo e peso transmitido pela coluna agrave

broca as rochas satildeo perfuradas Para contrabalanccedilar as pressotildees existentes na formaccedilatildeo

resfriar a broca carrear a rocha triturada (cascalhos de perfuraccedilatildeo) ateacute a superfiacutecie aleacutem de

evitar desmoronamento das paredes do poccedilo eacute circulado na coluna um fluido de perfuraccedilatildeo

O fluido eacute injetado por bombas para o interior da coluna de perfuraccedilatildeo atraveacutes da cabeccedila de

injeccedilatildeo ou Swivel e retorna agrave superfiacutecie atraveacutes do espaccedilo anular formado pelas paredes dos

poccedilos e a coluna Ao atingir determinada profundidade a coluna de perfuraccedilatildeo eacute retirada do

poccedilo e uma coluna de revestimento de accedilo de diacircmetro inferior ao da broca eacute descida no

poccedilo

O anular entre os tubos do revestimento e as paredes do poccedilo eacute cimentado com

finalidade de isolar as rochas atravessadas permitindo entatildeo o avanccedilo de perfuraccedilatildeo com

seguranccedila Apoacutes a operaccedilatildeo de cimentaccedilatildeo a coluna de perfuraccedilatildeo eacute novamente decida no

poccedilo tendo na sua extremidade nova broca de diacircmetro menor do que a do revestimento para

o prosseguimento da perfuraccedilatildeo

Do exposto percebe-se que um poccedilo eacute perfurado em diversas fases caracterizadas

pelos diacircmetros das brocas No caso dos poccedilos do Alto do Rodrigues e Fazenda Porcinho a

sua grande maioria eacute perfurada em duas fases

A fase inicial ou fase ldquoumrdquo abrange os niacuteveis mais superficiais do terreno onde eacute

utilizado um fluido mais simples composto de apenas bentonita soacutedica e aacutegua Num segundo

estaacutegio fase ldquodoisrdquo eacute usado um fluido mais elaborado cuja composiccedilatildeo oferece

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 13

caracteriacutesticas que permitem uma obtenccedilatildeo de perfis geoloacutegicos aleacutem de prover inibiccedilatildeo

fiacutesico-quiacutemica dos argilo-minerais reduzindo a interaccedilatildeo rocha-fluido entre outras

22 Fluidos de perfuraccedilatildeo

Os fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo misturas complexas de soacutelidos liacutequidos produtos

quiacutemicos e por vezes ateacute gases Do ponto de vista quiacutemico eles podem assumir aspectos de

suspensatildeo dispersatildeo coloidal ou emulsatildeo dependendo do estado fiacutesico dos componentes

O fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser estaacutevel do ponto de vista quiacutemico estabilizar as

paredes do poccedilo mecacircnica e quimicamente facilitar a separaccedilatildeo dos cascalhos na superfiacutecie

manter os soacutelidos em suspensatildeo quando estiver em repouso ser inerte em relaccedilatildeo a danos agraves

rochas produtoras aceitar qualquer tratamento fiacutesico e quiacutemico ser bombeaacutevel apresentar

baixo grau de corrosatildeo e de abrasatildeo em relaccedilatildeo agrave coluna de perfuraccedilatildeo e demais

equipamentos do sistema de circulaccedilatildeo facilitar as interpretaccedilotildees geoloacutegicas do material do

poccedilo e apresentar custo compatiacutevel com a

operaccedilatildeo

O escoamento do fluido de perfuraccedilatildeo

para baixo pela tubulaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo e para

cima pelo poccedilo algumas vezes eacute interrompido

ou por causa de um problema ou para elevar a

tubulaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo para cima e para fora do

poccedilo permitindo a troca da broca Quando a perfuraccedilatildeo paacutera os cortes em suspensatildeo no

fluido podem afundar no poccedilo prendendo a broca

Os fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo projetados com uma propriedade muito interessante que

resolve esse problema Sua espessura ou viscosidade aumenta quando diminui o seu

movimento Quando o fluido paacutera de circular ele forma um gel espesso que manteacutem os

cortes de rocha em suspensatildeo e evita que eles afundem no poccedilo

Quando o fluido comeccedila a circular novamente ele torna-se mais fino e volta agrave forma

liacutequida anterior essa propriedade do fluido garante ao transporte dos cascalhos para a

superfiacutecie limpando assim o fundo do poccedilo

O fluido tambeacutem eacute responsaacutevel por exercer pressatildeo hidrostaacutetica sobre as formaccedilotildees

evitando assim o influxo de fluidos indesejaacuteveis (kick) e estabilizar as paredes do poccedilo

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 14

23 Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo

As propriedades de controle dos fluidos podem ser fiacutesicas ou quiacutemicas As fiacutesicas satildeo

mais geneacutericas ou seja satildeo vaacutelidas para qualquer tipo de fluido Jaacute as quiacutemicas satildeo

especiacuteficas para cada tipo de fluido

As propriedades fiacutesicas mais importantes e frequumlentemente medidas nas sondas satildeo as

densidades os paracircmetros reoloacutegicos as forccedilas geacuteis (inicial e final) os paracircmetros de

filtraccedilatildeo e teor de soacutelidos

As propriedades quiacutemicas mais frequumlentemente determinadas nos laboratoacuterios das

sondas satildeo o pH os teores de cloreto e de bentonita e a alcalinidade O excesso de cal

(determinada nos fluidos tratados por cal hidratada) teor de caacutelcio e de magneacutesio a

concentraccedilatildeo de H2S e a concentraccedilatildeo de potaacutessio (testada nos fluidos inibidos por gesso)

Densidade

Os limites de variaccedilatildeo da densidade dos fluidos para perfurar uma determinada fase

satildeo definidos pela pressatildeo atuante no fluido que se encontra no espaccedilo poroso da rocha (limite

miacutenimo) e pela pressatildeo para qual a rocha se rompe (limite maacuteximo) das formaccedilotildees expostas

A baritina (BaSO4) tem o poder de aumentar a densidade de um fluido Este tem

densidade de 425 enquanto a densidade dos soacutelidos perfurados eacute em torno de 26 Para

reduzir a densidade dos fluidos agrave base de aacutegua dilui-se com aacutegua (densidade 100) ou oacuteleo

diesel (densidade 082)

Paracircmetros reoloacutegicos e forccedilas geacuteis

O comportamento do fluxo de um fluido eacute definido pelos paracircmetros reoloacutegicos Para

isto considera-se que o fluido eacute definido como um modelo reoloacutegico cujos paracircmetros vatildeo

influir diretamente no caacutelculo de perdas de cargas na tubulaccedilatildeo e velocidade de transporte dos

cascalhos

O controle de propriedades reoloacutegicas eacute de vital importacircncia nas operaccedilotildees de

perfuraccedilatildeo pois elas satildeo responsaacuteveis pela remoccedilatildeo dos cascalhos perfurados Aleacutem disso

influenciam no progresso da perfuraccedilatildeo que se chama de taxa de penetraccedilatildeo

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 15

O descontrole dessa propriedade juntamente com o gel do fluido ocasiona problemas

seacuterios como Obstruccedilatildeo do anular formaccedilatildeo de fundo falso reduccedilatildeo de taxa de penetraccedilatildeo

alargamento do poccedilo prisatildeo da coluna perda de circulaccedilatildeo etc

Para os fluidos de perfuraccedilatildeo assume-se o modelo de Bingham o qual postula que

uma determinada tensatildeo deve ser aplicada para iniciar o fluxo (limite de escoamento) e acima

dessa tensatildeo o fluido se comporta como Newtoniano isto eacute Tensatildeo cisalhante (T)

proporcional a taxa de cisalhamento (TC)

Alguns fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo tixotroacutepicos isto eacute adquirem um estado semi-riacutegido

quando estatildeo em repouso e quando em movimentam apresentam fluidez A forccedila gel eacute um

paracircmetro de natureza reoloacutegica que indica o grau de gelificaccedilatildeo devido agrave interaccedilatildeo eleacutetrica

entre partiacuteculas dispersas

A forccedila gel inicial mede a resistecircncia inicial para colocar o fluido em fluxo A forccedila

gel final mede a resistecircncia do fluido para reiniciar o fluxo quando este fica um certo tempo

em repouso A diferenccedila entre elas indica o grau de tixotropia do fluido

Paracircmetros de filtraccedilatildeo

Devido agrave pressatildeo da coluna de fluido ter que ser maior que a pressatildeo de poro de

formaccedilatildeo para evitar o influxo dos fluidos contido nas rochas o fluido de perfuraccedilatildeo deveria

invadir continuamente as formaccedilotildees permeaacuteveis se natildeo houvesse o depoacutesito de um reboco

que eacute a capacidade do fluido de perfuraccedilatildeo em formar uma camada de partiacuteculas soacutelidas

uacutemidas sobre as rochas permeaacuteveis expostas pela broca e eacute de fundamental importacircncia para

o sucesso da perfuraccedilatildeo e da completaccedilatildeo do poccedilo

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido de perfuraccedilatildeo denominada filtrado invade a

formaccedilatildeo

O controle do filtrado torna-se criacutetico em casos de formaccedilotildees de folhelhos sensiacuteveis a

aacutegua esses folhelhos desenvolvem pressotildees devido ao inchamento pelo contato com a aacutegua

causando desmoronamento e alargamento do poccedilo Em formaccedilotildees permeaacuteveis o depoacutesito de

um reboco muito espesso causa reduccedilatildeo acentuada do diacircmetro do poccedilo aleacutem do que um

reboco espesso facilita a prisatildeo por pressatildeo diferencial

Para formar o reboco deve haver o influxo da fase liacutequida do fluido do poccedilo para a

formaccedilatildeo Este processo eacute conhecido como filtraccedilatildeo Eacute essencial que o fluido tenha uma

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 16

fraccedilatildeo razoaacutevel de partiacuteculas com dimensotildees ligeiramente menores agraves dimensotildees dos poros

das rochas expostas

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido o filtrado invade a rocha

O filtrado e a espessura de reboco satildeo dois paracircmetros medidos rotineiramente para

definir o comportamento do fluido quanto agrave filtraccedilatildeo

Teor de soacutelidos

O teor de soacutelidos cujo valor deve ser mantido no miacutenimo possiacutevel eacute uma propriedade

que deve ser controlada com rigor porque o seu aumento implica aumento de vaacuterias outras

propriedades (densidade viscosidade e forccedila gel) aleacutem de aumentar a ocorrecircncia de

problemas como desgaste dos equipamentos de circulaccedilatildeo fratura das formaccedilotildees devido agrave

elevaccedilatildeo das pressotildees de bombeio ou hidrostaacutetica prisatildeo da coluna e reduccedilatildeo da taxa de

penetraccedilatildeo

O tratamento do fluido para reduzir o teor de soacutelidos pode ser preventivo ou corretivo

O tratamento preventivo consiste em inibir o fluido fiacutesico ou quimicamente evitando-se a

dispersatildeo dos soacutelidos perfurados No meacutetodo corretivo pode-se fazer uso de equipamentos

extratores de soacutelidos tais como tanques de decantaccedilatildeo peneiras hidrociclones e

centrifugadores ou diluir o fluido

Concentraccedilatildeo Hidrogeniocircnica ndash pH

O controle quiacutemico de alguns sistemas de fluido de perfuraccedilatildeo baseia-se na

determinaccedilatildeo do pH (pH=- log [H+] onde [H+] eacute a concentraccedilatildeo molar do iacuteon H+) O pH dos

fluidos de perfuraccedilatildeo eacute geralmente mantido no intervalo alcalino devido a fatores tais como

reduzir a taxa de corrosatildeo e aumentar a eficiecircncia dos dispersantes bem como aumentar o

rendimento das bentonitas

O pH dos fluidos de perfuraccedilatildeo tem que ser mantido na faixa de 7 a 10 com o intuito

de reduzir a taxa de corrosatildeo dos equipamentos e evitar a dispersatildeo das formaccedilotildees argilosas

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 17

Alcalinidades

A alcalinidade eacute determinada por meacutetodos diretos de titulaccedilatildeo volumeacutetrica de

neutralizaccedilatildeo e esta leva em consideraccedilatildeo as espeacutecies carbonatos (CO3--) e bicarbonatos

HC03- dissolvidos no fluido aleacutem dos iacuteons hidroxilas (OH-) dissolvidos e natildeo dissolvidos

Se numa soluccedilatildeo aquosa (no caso o filtrado do fluido) houver apenas OH- entatildeo soacute se

mede Pf natildeo havendo C03-2 nem HC03

- a viragem do metilorange se daacute com a primeira gota

de soluccedilatildeo de H2S04 N50 A medida em que o Mf cresce tornando-se maior do que o Pf a

alcalinidade passa a ser devido a OH- + C03-2 a C03

-2 + HC03- e por fim somente a HC03

-

quando o Pf = O Entre o Pf = Mf e Pf = O vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser

deduzida cada uma sendo apropriada para fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

Esse teste identifica a alcalinidade parcial do filtrado alcalinidade da lama e

alcalinidade total do filtrado

Teor de cloretos ou salinidade

Este teste eacute feito por anaacutelise volumeacutetrica de precipitaccedilatildeo por titulaccedilatildeo dos iacuteons

cloretos

Os resultados obtidos com esses testes no campo satildeo utilizados para identificar o teor

salino da aacutegua de preparo do fluido controlar a salinidade de fluidos inibidos com sal

identificar influxos de aacutegua salgada e identificar a perfuraccedilatildeo de uma rocha ou domo salino

Teor de bentonita ou de soacutelidos ativos

O teste do azul de metileno ou MBT eacute uma anaacutelise volumeacutetrica por adsorccedilatildeo que serve

como inibidor da quantidade de soacutelidos ativos ou bentoniacuteticos no fluido de perfuraccedilatildeo Este

mede a capacidade de troca de caacutetion (CTC) das argilas e soacutelidos ativos presentes

24 Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo

O fluido de perfuraccedilatildeo eacute classificado de acordo com a composiccedilatildeo baseado no

constituinte principal da fase contiacutenua ou dispersante e satildeo eles fluido a base de aacutegua fluidos

a base de oacuteleo e fluidos a base de ar ou de gaacutes neste relatoacuterio vamos nos deter ao fluido de

perfuraccedilatildeo base aacutegua que foi o trabalhado durante o estaacutegio

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 18

Fluidos a base de aacutegua

A definiccedilatildeo de um fluido a base aacutegua considera principalmente a natureza da aacutegua e os

aditivos quiacutemicos empregados no preparo do fluido A proporccedilatildeo entre os componentes

baacutesicos e as interaccedilotildees entre eles provoca sensiacuteveis modificaccedilotildees nas propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido Consequumlentemente a composiccedilatildeo eacute o principal fator a considerar no

controle das suas propriedades

A aacutegua eacute a fase contiacutenua e o principal componente de qualquer fluido agrave base de aacutegua

podendo ser doce dura ou salgada A aacutegua doce natildeo precisa de tratamento preacutevio pois natildeo

afeta o desempenho dos aditivos empregados no preparo do fluido sua salinidade eacute inferior a

1000 ppm de NaCl equivalente

A aacutegua dura tem a presenccedila de sais de caacutelcio e magneacutesio dissolvido onde estes

apresentam concentraccedilotildees capazes de alterar o desempenho dos aditivos do fluido de

perfuraccedilatildeo

A aacutegua salgada possui salinidade superior a 1000 ppm de NaCl equivalente e pode ser

natural como a aacutegua do mar ou pode ser salgada com a adiccedilatildeo de sais como NaCl KCl ou

CaCl2 A aacutegua tem a funccedilatildeo de prover o meio de dispersatildeo para os mateacuterias coloidais estes

controlam a viscosidade limite de escoamento forccedilas geacuteis e filtrado em valores adequados

para conferir ao fluido uma boa taxa de remoccedilatildeo dos soacutelidos perfurados e capacidade de

estabilizaccedilatildeo das paredes do poccedilo

Os fatores a serem considerados na seleccedilatildeo da aacutegua de preparo satildeo disponibilidade

custo de transporte e de tratamento tipos de formaccedilotildees geoloacutegicas a serem perfuradas

produtos quiacutemicos que comporatildeo o fluido e equipamentos e teacutecnicas a serem usados na

avaliaccedilatildeo das formaccedilotildees

Os soacutelidos dispersos em meio aquoso podem ser ativos ou inertes Os soacutelidos ativos

satildeo materiais argilosos cuja funccedilatildeo principal eacute aumentar a viscosidade do fluido A argila

mais usada eacute a bentonita

Os soacutelidos inertes podem se originar da adiccedilatildeo de materiais industrializados ou de

detritos finos das rochas perfuradas O adensante baritina eacute o soacutelido inerte mais comuns dentre

os produtos comercializados Os soacutelidos inertes oriundos das rochas perfuradas satildeo areia silte

e calcaacuterio fino

Os produtos quiacutemicos a serem adicionados ao fluido podem ser

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 19

bull alcalinizantes e controladores de pH como soda caacuteustica potassa caacuteustica e cal

hidratada

bull dispersantes como o lignossulfonato tanino lignito e fosfato

bull redutores de filtrado como amido

bull floculantes como a soda caacuteustica cal e cloreto de soacutedio

bull poliacutemeros de uso geral para viscosificar desflocular ou reduzir filtrado

bull surfactantes para emulsificar e reduzir a tensatildeo superficial

bull removedores de caacutelcio e magneacutesio como carbonato e bicarbonato de soacutedio

bull inibidores de formaccedilatildeo ativas como cloreto de potaacutessio soacutedio e caacutelcio

bull bactericidas como paraformaldeiacutedo composto organoclorados soda caacuteustica e

cal

Produtos quiacutemicos mais especiacuteficos como anticorrosivos traccediladores quiacutemicos

antiespumantes entre outros tambeacutem podem estar presentes

A Tabela 21 abaixo apresenta a composiccedilatildeo dos fluidos usado na Petrobraacutes (ATP-

ARGIP) com seus respectivos coacutedigos

COacuteDIGO Tipos de

Fluido COacuteDIGO Tipos de Fluido

1 Aacutegua do Mar 12 NaCl com Poliacrilamida

2 Convencional 13 Milk Mud

3 BTS 14 Espuma

4 Nativo 15 Convencional com Asfalto e

LCM

5 NaCl com Poliacutemeros

16 Base Oacuteleo Mineral

6 Base Cal 17 Especiais para alta

temperatura

7 Disperso 18 Biopoliacutemero Saturado

8 KCL com Poliacutemero 19 Catiocircnico

9 Saturado 20 KCl com Poliacrilamida

10 Aerado 21 Biopoliacutemero com Carbonato

11 Base Oacuteleo Diesel 22 Sinteacutetico (Eacutester ou Parafina)

Tabela 2 1 ndash Tipo de fluidos utilizados no ATPARG

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 20

Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados Tipo 2 Aacutegua Industrial argila ativada e soda caacuteustica

Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e

calcaacuterio

Tipo 19 Aacutegua Industrial Oacutexido de Magneacutesio Goma Xantana CMC BBV ADS

Amido Comum Cloreto de soacutedio Poliacutemero Catiocircnico Calcaacuterio Fino Lubrificante Preventor

de enceramento e Bactericida

24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo

O controle dos soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo eacute feito por um sistema de equipamentos

extratores buscando sempre manter o teor de soacutelidos adequados ao trabalho Quando estes

natildeo satildeo suficientes para esse controle a accedilatildeo corretiva implicaraacute num custo adicional pois

uma nova formulaccedilatildeo teraacute que ser feita ou seja um fluido novo seraacute misturado para diluiccedilatildeo

O natildeo uso dos equipamentos ou a natildeo correccedilatildeo do teor de soacutelidos implica na reduccedilatildeo da taxa

de penetraccedilatildeo problemas de ordem reoloacutegicas do fluido de perfuraccedilatildeo reboco de baixa

qualidade maior densidade equivalente de circulaccedilatildeo dano a formaccedilatildeo ameaccedila de prisatildeo da

coluna por diferencial de pressatildeo elevado desgaste de equipamentos grande volume de

resiacuteduos gerados e maior custo global

Existe algumas recomendaccedilotildees que se forem seguidas auxiliam na soluccedilatildeo de

problemas provocados por soacutelidos satildeo elas

Analisar os testes do fluido de perfuraccedilatildeo a fim de identificar a presenccedila de

um teor elevado de soacutelidos

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

eficientemente

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

em sequumlecircncia apropriada

Verificar se os equipamentos instalados na sonda tecircm capacidade suficiente

para remover soacutelidos numa taxa que permita trabalhar na faixa aceitaacutevel de teor

de soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo

Verificar qual o equipamento adicional necessaacuterio para resolver o problema

provocado pelo teor elevado de soacutelidos

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 21

PEN

EIR

AS

KELLY (HASTE QUADRADA)

KATARINA

DESLIZADOR DE CASCALHOS

TUBOS PESADOS (HW)

PEN

EIR

AS

COMANDOS

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo da diluiccedilatildeo necessaacuteria para resolver o problema sem o uso

de equipamento adicional

Comparar os custos determinados em nos dois itens anteriores

Recomendar se necessaacuterio a instalaccedilatildeo de equipamento adicional extrator de

soacutelidos

Caso seja instalado um equipamento adicional de soacutelidos operaacute-lo por um

periacuteodo apropriado de tempo repetir os testes com o fluido de perfuraccedilatildeo e

avaliar a eficiecircncia do equipamento adicional instalado

25 Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de

perfuraccedilatildeo do ATP-ARG

Peneiras Vibratoacuterias

A peneira vibratoacuteria eacute a primeira

barreira na retenccedilatildeo dos soacutelidos do fluido de

perfuraccedilatildeo que retorna durante a saiacuteda de

cada ciclo de circulaccedilatildeo Dessa etapa os

soacutelidos mais grosseiros satildeo retidos jaacute que eacute

mais faacutecil removecirc-los antes de passar pelos

hidrociclones e centrifugadores Ao lado

apresenta-se uma figura esquemaacutetica com o

percurso simplificado do fluido no poccedilo

quando se estaacute perfurando

Hidrociclones

A separaccedilatildeo dos soacutelidos ocorre da seguinte

forma o liacutequido contendo a fraccedilatildeo mais fina

de partiacuteculas menores eacute descarregado atraveacutes Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de

perfuraccedilatildeo

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 22

do tubo cilindro central (overflow) o liacutequido contendo os soacutelidos mais grossos eacute

descarregado pelo underflow

Os cones hoje satildeo feitos de poliuretano este material quando expostos a altas

temperaturas (150 e 175 ordm F) amolecem fazendo com que haja a necessidade de substituiacute-los

A viscosidade do fluido o teor de soacutelidos na alimentaccedilatildeo a pressatildeo disponiacutevel na

entrada do equipamento e o lay-out do percurso feito pelo fluido influencia de forma direta no

desempenho do equipamento

Quanto menor a viscosidade (dentro do possiacutevel) maior o desempenho do

hidrociclone

Uma grande concentraccedilatildeo de soacutelidos na alimentaccedilatildeo tem efeito negativo no

desempenho Com o hidrociclone trabalhando com descarga tipo ldquosprayrdquo o ponto de corte

meacutedio aumenta quando a carga de soacutelidos aumenta Quando a carga de soacutelidos ultrapassa o

ponto suportaacutevel pelo ldquounderflowrdquo o hidrociclone comeccedila a descarregar em ldquoforma de cordardquo

e o ponto de corte meacutedio aumenta drasticamente A pressatildeo recomendada pela maioria dos

fabricantes e fornecedores de hidrociclones jaacute estaacute otimizada A maioria dos hidrociclones no

campo requer de 70 a 80 peacutes de fluido de pressatildeo hidrostaacutetica Os hidrociclones utilizados nas

sondas satildeo chamados de desareadores e dessiltadores

Depuradores (MUD CLEANER)

Este eacute composto por hidrociclones em seacuterie com uma tela fina que permite recuperar

partiacuteculas e eacute usado com fluidos de perfuraccedilatildeo pesados As partiacuteculas soacutelidas que esse

equipamento remove satildeo maiores que a baritina Como ocorre no ciclone parte do material eacute

recuperada e parte eacute descartada o recuperado retorna ao fluido reduzindo custos

Monta-se uma cobertura onde a tela estaacute colocada fazendo com que todos os soacutelidos

descarregados pelos dessiltadores satildeo retornados para o sistema de circulaccedilatildeo No caso de

baritina ser adicionada ao fluido a cobertura daacute lugar a tela fina Esse equipamento reduz a

perda da baritina dos fluidos pesados no intuito de recuperar fluidos caros e reduzir descarte

de poluente ao meio ambiente

Decantador Centriacutefugo

A funccedilatildeo deste equipamento eacute separar soacutelidos de liacutequidos eacute formado por um tambor

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 23

ciliacutendrico-cocircnico composto por uma seccedilatildeo cocircnica que origina a chamada ldquopraiardquo e uma ou

vaacuterios secccedilotildees ciliacutendricas conectadas que origina a ldquopiscinardquoUm parafuso transportador que

fica dentro do tambor rotativo

Eacute possiacutevel ajustar a profundidade do liacutequido no tambor o niacutevel da piscina teraacute um

efeito sobre a eficiecircncia de separaccedilatildeo pois ele afetaraacute as aacutereas secas e molhadas da praia bem

como a secagem dos soacutelidos e a habilidade fiacutesica do parafuso em transportar os soacutelidos para o

tambor

A medida do teor de areia num fluido nos daacute um paracircmetro de avaliaccedilatildeo dos

equipamentos extratores de soacutelidos da sonda e serve como uma medida de abrasividade do

fluido

CAPIacuteTULO 4

METODOLOGIA DE ANAacuteLISES

Metodologia de anaacutelise Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 25

4 - Metodologia de anaacutelise

O monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo eacute feito

de acordo com as metodologias descritas neste capiacutetulo Aqui seratildeo descritos os meacutetodos

fiacutesicos e quiacutemicos para anaacutelises de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

As anaacutelises que seratildeo descritas neste documento estatildeo de acordo com o Manual de

Laboratoacuterio de Fluido Programa de Trainees Petrobras ndash 2002 Quiacutemico de Petroacuteleo Junior

41 Meacutetodos Fiacutesicos

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH

Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom

A Figura 41 mostra o funil Marsh que eacute um funil com as seguintes dimensotildees 1524

cm (6rdquo) de diacircmetro na parte superior 3048 cm (12rdquo) de altura A metade da abertura

superior eacute coberta por uma peneira de malha nordm 10 O orifiacutecio inferior tem 476 mm (316rdquo) de

diacircmetro interno e 508 cm (2rdquo) de comprimento A capacidade do funil ateacute a marca superior eacute

de 1500 cmsup3

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Se segura o funil em posiccedilatildeo vertical obstruindo o orifiacutecio de descarga com o dedo

indicador

bull verta-se atraveacutes da peneira a amostra de fluido tomada em qualquer ponto onde ela

esteja em agitaccedilatildeo ateacute que o niacutevel da mesma fique rente agrave parte inferior da tela da

peneira

bull imediatamente retira-se o dedo do tubo de descarga e com o auxiacutelio de um

cronocircmetro observa-se o tempo em segundos necessaacuterio para que escoe um (01) litro

de fluido para um recipiente graduado

bull a operaccedilatildeo deve ser raacutepida para minimizar erros

bull registra-se a ldquoViscosidaderdquo Marsh em segundos1000 cmsup3 de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Verifica-se a precisatildeo do funil Marsh com 1500 cmsup3 de aacutegua doce a 21ordmC O tempo de

escoamento de 1000 cmsup3 de aacutegua deve ser de 28 plusmn 05 segundos

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr

A Figura 42 mostra o conjunto que registra o conteuacutedo de areia presente no fluido

em percentagem volumeacutetrica composto por um tubo de vidro graduado em percentual

volumeacutetrico (0-20 v) um cilindro cocircnico um copo ciliacutendrico com uma tela de peneira

(malha 200 mesh)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Verta-se o fluido previamente passado atraveacutes da peneira do funil Marsh no tubo de

vidro graduado ateacute a marca indicada e depois se adiciona aacutegua ateacute a referecircncia

superior

bull obstrui-se a saiacuteda superior do tubo com o dedo e agita-se vigorosamente Em seguida

esvazia-se a amostra de fluido diluiacutedo atraveacutes da peneira lavando todo o resiacuteduo no

tubo com aacutegua Lava-se a areia retida na peneira ateacute eliminar os traccedilos de fluido

bull coloca-se o funil sobre a peneira e inverte-se o conjunto lentamente Faz-se retornar a

areia da peneira para o interior do tubo atraveacutes de jatos daacutegua

bull apoacutes a deposiccedilatildeo total da areia lecirc-se diretamente a percentagem em volume de areia

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 29

se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

MELO Klismeryane Costa de ndash Monitoramento das propriedades fiacutesicas e quiacutemicas dos

fluido de perfuraccedilatildeo Monografia UFRN Departamento de Engenharia Quiacutemica Programa

de Recursos Humanos ndash PRH 14ANP Aacuterea de concentraccedilatildeo Engenharia de Processos em

Plantas de Petroacuteleo e Gaacutes Natural

Orientador Prof Dr Eduardo Lins de Barros Neto

Orientador Petrobras Marcos Tuacutelio Antunes

RESUMO ___________________________________________________________________________ RESUMO Fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo misturas de aditivos quiacutemicos utilizados em operaccedilotildees

de perfuraccedilatildeo de poccedilo com a finalidade de carrear os cascalhos cortados pela broca sustentar

as paredes do poccedilo etc Estatildeo classificados em fluido base oacuteleo ar ou aacutegua de acordo com sua

fase dispersante Os fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua satildeo de tratamento mais simples e

apresentam menos riscos de poluiccedilatildeo O tratamento desses fluidos eacute feito em campo atraveacutes

do monitoramento de suas propriedades fiacutesicas e quiacutemicas durante a circulaccedilatildeo do fluido

dentro do poccedilo Essas propriedades satildeo a densidade os paracircmetros reoloacutegicos forccedila gel os

paracircmetros de filtraccedilatildeo o teor de soacutelidos pH cloretos alcalinidade etc O objetivo deste

trabalho eacute apresentar metodologias de anaacutelises de propriedades fiacutesicas e quiacutemicas realizadas

nas sondas de perfuraccedilatildeo para fluidos base aacutegua

Palavras chaves fluido de perfuraccedilatildeo propriedades de fluido de perfuraccedilatildeo ___________________________________________________________________________

ABSTRACT

Drilling fluids are used in well bore drilling They are blends of chemical additives used with

the purpose to remove the drill cuttings They are classified in accordance with the dispersed

phase that can be air oil or water The water-based drilling fluids are fluids of more simple

treatment and show small power of environmental pollution The treatment of this fluids has

been made in the field by analyzes of its chemical and physical properties during fluid

circulation inside the well These properties are density rheological parameters gel force

filtration parameters solid content pH chlorides alkalinity etc The objective of this work is

to present methodologies for the analyses of physical and chemical properties of water-based

drilling fluids to be used in drilling rigs

___________________________________________________________________________ Keywords Drilling fluids physical properties chemical properties

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo primeiramente a Deus pois sem Ele natildeo teria conquistado nada em minha

vida Ele eacute a forccedila que me conduz pelos lugares mais altos que eu possa imaginar e que me

segura e me ergue quando penso em fraquejar

Agradeccedilo a minha famiacutelia que sempre me apoio em todos os meus projetos de vida

em especial a minha matildee Ciacutecera e meu irmatildeo Wellington que em nenhum momento

mediram esforccedilos para tornar esse projeto uma realidade Aos meus amigos de faculdades

que sempre me ajudaram e compartilharam tantos momentos felizes ao longo desses cincos

anos em especial a Ileacuteia pelo esforccedilo em conseguir esse estaacutegio e dedicaccedilatildeo ao longo deste

para tornaacute-lo viaacutevel Sem esquecer Nila claro amiga de todas as horas

Ao meu coordenador de estagio Prof Dr Everaldo Silvino e ao meu Supervisor de

estagio Engenheiro Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra pela orientaccedilatildeo e dedicaccedilatildeo no

desenvolvimento deste trabalho contribuindo para minha formaccedilatildeo acadecircmica e profissional

A todos do IP (Intervenccedilatildeo em Poccedilos do Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues)

principalmente para os mais proacuteximos Assis Eanes Bacelar Ironaldo Jackelan Rogeacuterio

Taacutessia Cordeiro Juacutelio Aratildeo Gazel Ciacutecero Evandro Joaldo Andreacuteia Teodoacutesio Ruy

Edfrance Luna Falcatildeo Walfredo Ionaldo o meu muito obrigado pelo incentivo

informaccedilotildees e conselho durante o desenvolvimento deste trabalho e eacute claro pela amizade e

conhecimentos compartilhados durante a nossa convivecircncia

Aos motoristas Zeca Joatildeo Soldado Sinobaldo e Raniery pela alegria e respeito

com que me conduziam

Aos amigos encontrados nesta empresa que vou carregar em meu coraccedilatildeo para o resto

da vida Djacyr Genigley Geilson Joanes e Lincoln

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Prof Dr Eduardo Lins de Barros Neto pela amizade dedicaccedilatildeo companheirismo e antes de

tudo pelo profissional que eacute

SUMAacuteRIO

1 ndash INTRODUCcedilAtildeO 10

2 ndash ASPECTOS TEOacuteRICOS 12

21ndash Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo 12

22- Fluidos de perfuraccedilatildeo 13

23-Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo 14

24-Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo 17

24-Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo 20

25-Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG 21

4 ndash METODOLOGIA DE ANAacuteLISE 25

41-Meacutetodos Fiacutesicos 25

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH 25

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia 26

412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica 27

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP 28

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos 29

416 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes 30

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS 32

421- DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR 32

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf 32

6 - CONCLUSAtildeO 37

7 - REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 39

Lista de Figuras

Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de perfuraccedilatildeo 21 Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom 25

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr 26

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom 27

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom 28

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom 29

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte

wwwfanncom 30

Lista de Tabelas

Tabela 2 1 ndash Tipo de fluidos utilizados no ATPARG 19

CAPIacuteTULO 1 INTRODUCcedilAtildeO GERAL

Introduccedilatildeo Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2006 10

1 ndash Introduccedilatildeo

Fluido de perfuraccedilatildeo eacute usado como ferramenta essencial na perfuraccedilatildeo de poccedilos de

petroacuteleo Sua importacircncia se justifica pela funccedilatildeo desempenhada durante a operaccedilatildeo de

perfuraccedilatildeo Eacute competecircncia dos fluidos de perfuraccedilatildeo carrear os cascalhos cortados pela broca

sustentar a parede do poccedilo lubrificar a broca controlar a pressatildeo existente na formaccedilatildeo etc

Essas funccedilotildees satildeo desempenhadas de acordo com as propriedades do fluido que satildeo

previamente especificadas e formuladas de acordo com a formaccedilatildeo O controle dessas

propriedades durante a operaccedilatildeo eacute garantia de um bom desempenho do fluido dentro do poccedilo

Esse controle eacute feito em campo por meacutetodos de anaacutelises de paracircmetros fiacutesicos e quiacutemicos

Durante vaacuterios anos utilizou-se fluido a base de oacuteleo diesel devido agrave excelente

performance proporcionada agrave perfuraccedilatildeo comparado ao fluido base aacutegua Poreacutem em alguns

lugares as leis ambientais vigentes natildeo permitem o uso deste tipo de fluido

Nos campos de petroacuteleo do Rio Grande do Norte devido a exigecircncias ambientais o

fluido de perfuraccedilatildeo utilizado eacute base aacutegua Este trabalho tem como objetivo apresentar uma

visatildeo geral sobre fluido de perfuraccedilatildeo bem como as metodologias de anaacutelises para o

monitoramento de algumas propriedades fiacutesicas e quiacutemicas de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

CAPIacuteTULO 2

ASPECTOS TEOacuteRICOS

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 12

2 - Aspectos Teoacutericos

21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo

O processo de exploraccedilatildeo de petroacuteleo envolve a pesquisa por formaccedilatildeo de rochas

associadas com oacuteleo ou depoacutesitos de gaacutes natural e compreende etapas que vatildeo desde a

prospecccedilatildeo geofiacutesica passando pela perfuraccedilatildeo exploratoacuteria desenvolvimento do poccedilo

quando economicamente viaacutevel e a sua exploraccedilatildeo se forem achados hidrocarbonetos em

quantidades suficientes caso contraacuterio o poccedilo poderaacute ser abandonado

Em terra ou mar a perfuraccedilatildeo de um poccedilo eacute um trabalho realizado sem interrupccedilatildeo

que soacute termina quando se atinge a profundidade programada ou o objetivo proposto para a

perfuraccedilatildeo A perfuraccedilatildeo em terra eacute feita com sonda de perfuraccedilatildeo constituiacuteda de estrutura

metaacutelica de mais de 40 metros de altura (torre) e de equipamentos especiais

A torre sustenta um tubo vertical a coluna de perfuraccedilatildeo em cuja extremidade eacute

colocada uma broca Por meio de movimentos de rotaccedilatildeo e peso transmitido pela coluna agrave

broca as rochas satildeo perfuradas Para contrabalanccedilar as pressotildees existentes na formaccedilatildeo

resfriar a broca carrear a rocha triturada (cascalhos de perfuraccedilatildeo) ateacute a superfiacutecie aleacutem de

evitar desmoronamento das paredes do poccedilo eacute circulado na coluna um fluido de perfuraccedilatildeo

O fluido eacute injetado por bombas para o interior da coluna de perfuraccedilatildeo atraveacutes da cabeccedila de

injeccedilatildeo ou Swivel e retorna agrave superfiacutecie atraveacutes do espaccedilo anular formado pelas paredes dos

poccedilos e a coluna Ao atingir determinada profundidade a coluna de perfuraccedilatildeo eacute retirada do

poccedilo e uma coluna de revestimento de accedilo de diacircmetro inferior ao da broca eacute descida no

poccedilo

O anular entre os tubos do revestimento e as paredes do poccedilo eacute cimentado com

finalidade de isolar as rochas atravessadas permitindo entatildeo o avanccedilo de perfuraccedilatildeo com

seguranccedila Apoacutes a operaccedilatildeo de cimentaccedilatildeo a coluna de perfuraccedilatildeo eacute novamente decida no

poccedilo tendo na sua extremidade nova broca de diacircmetro menor do que a do revestimento para

o prosseguimento da perfuraccedilatildeo

Do exposto percebe-se que um poccedilo eacute perfurado em diversas fases caracterizadas

pelos diacircmetros das brocas No caso dos poccedilos do Alto do Rodrigues e Fazenda Porcinho a

sua grande maioria eacute perfurada em duas fases

A fase inicial ou fase ldquoumrdquo abrange os niacuteveis mais superficiais do terreno onde eacute

utilizado um fluido mais simples composto de apenas bentonita soacutedica e aacutegua Num segundo

estaacutegio fase ldquodoisrdquo eacute usado um fluido mais elaborado cuja composiccedilatildeo oferece

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 13

caracteriacutesticas que permitem uma obtenccedilatildeo de perfis geoloacutegicos aleacutem de prover inibiccedilatildeo

fiacutesico-quiacutemica dos argilo-minerais reduzindo a interaccedilatildeo rocha-fluido entre outras

22 Fluidos de perfuraccedilatildeo

Os fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo misturas complexas de soacutelidos liacutequidos produtos

quiacutemicos e por vezes ateacute gases Do ponto de vista quiacutemico eles podem assumir aspectos de

suspensatildeo dispersatildeo coloidal ou emulsatildeo dependendo do estado fiacutesico dos componentes

O fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser estaacutevel do ponto de vista quiacutemico estabilizar as

paredes do poccedilo mecacircnica e quimicamente facilitar a separaccedilatildeo dos cascalhos na superfiacutecie

manter os soacutelidos em suspensatildeo quando estiver em repouso ser inerte em relaccedilatildeo a danos agraves

rochas produtoras aceitar qualquer tratamento fiacutesico e quiacutemico ser bombeaacutevel apresentar

baixo grau de corrosatildeo e de abrasatildeo em relaccedilatildeo agrave coluna de perfuraccedilatildeo e demais

equipamentos do sistema de circulaccedilatildeo facilitar as interpretaccedilotildees geoloacutegicas do material do

poccedilo e apresentar custo compatiacutevel com a

operaccedilatildeo

O escoamento do fluido de perfuraccedilatildeo

para baixo pela tubulaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo e para

cima pelo poccedilo algumas vezes eacute interrompido

ou por causa de um problema ou para elevar a

tubulaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo para cima e para fora do

poccedilo permitindo a troca da broca Quando a perfuraccedilatildeo paacutera os cortes em suspensatildeo no

fluido podem afundar no poccedilo prendendo a broca

Os fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo projetados com uma propriedade muito interessante que

resolve esse problema Sua espessura ou viscosidade aumenta quando diminui o seu

movimento Quando o fluido paacutera de circular ele forma um gel espesso que manteacutem os

cortes de rocha em suspensatildeo e evita que eles afundem no poccedilo

Quando o fluido comeccedila a circular novamente ele torna-se mais fino e volta agrave forma

liacutequida anterior essa propriedade do fluido garante ao transporte dos cascalhos para a

superfiacutecie limpando assim o fundo do poccedilo

O fluido tambeacutem eacute responsaacutevel por exercer pressatildeo hidrostaacutetica sobre as formaccedilotildees

evitando assim o influxo de fluidos indesejaacuteveis (kick) e estabilizar as paredes do poccedilo

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 14

23 Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo

As propriedades de controle dos fluidos podem ser fiacutesicas ou quiacutemicas As fiacutesicas satildeo

mais geneacutericas ou seja satildeo vaacutelidas para qualquer tipo de fluido Jaacute as quiacutemicas satildeo

especiacuteficas para cada tipo de fluido

As propriedades fiacutesicas mais importantes e frequumlentemente medidas nas sondas satildeo as

densidades os paracircmetros reoloacutegicos as forccedilas geacuteis (inicial e final) os paracircmetros de

filtraccedilatildeo e teor de soacutelidos

As propriedades quiacutemicas mais frequumlentemente determinadas nos laboratoacuterios das

sondas satildeo o pH os teores de cloreto e de bentonita e a alcalinidade O excesso de cal

(determinada nos fluidos tratados por cal hidratada) teor de caacutelcio e de magneacutesio a

concentraccedilatildeo de H2S e a concentraccedilatildeo de potaacutessio (testada nos fluidos inibidos por gesso)

Densidade

Os limites de variaccedilatildeo da densidade dos fluidos para perfurar uma determinada fase

satildeo definidos pela pressatildeo atuante no fluido que se encontra no espaccedilo poroso da rocha (limite

miacutenimo) e pela pressatildeo para qual a rocha se rompe (limite maacuteximo) das formaccedilotildees expostas

A baritina (BaSO4) tem o poder de aumentar a densidade de um fluido Este tem

densidade de 425 enquanto a densidade dos soacutelidos perfurados eacute em torno de 26 Para

reduzir a densidade dos fluidos agrave base de aacutegua dilui-se com aacutegua (densidade 100) ou oacuteleo

diesel (densidade 082)

Paracircmetros reoloacutegicos e forccedilas geacuteis

O comportamento do fluxo de um fluido eacute definido pelos paracircmetros reoloacutegicos Para

isto considera-se que o fluido eacute definido como um modelo reoloacutegico cujos paracircmetros vatildeo

influir diretamente no caacutelculo de perdas de cargas na tubulaccedilatildeo e velocidade de transporte dos

cascalhos

O controle de propriedades reoloacutegicas eacute de vital importacircncia nas operaccedilotildees de

perfuraccedilatildeo pois elas satildeo responsaacuteveis pela remoccedilatildeo dos cascalhos perfurados Aleacutem disso

influenciam no progresso da perfuraccedilatildeo que se chama de taxa de penetraccedilatildeo

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 15

O descontrole dessa propriedade juntamente com o gel do fluido ocasiona problemas

seacuterios como Obstruccedilatildeo do anular formaccedilatildeo de fundo falso reduccedilatildeo de taxa de penetraccedilatildeo

alargamento do poccedilo prisatildeo da coluna perda de circulaccedilatildeo etc

Para os fluidos de perfuraccedilatildeo assume-se o modelo de Bingham o qual postula que

uma determinada tensatildeo deve ser aplicada para iniciar o fluxo (limite de escoamento) e acima

dessa tensatildeo o fluido se comporta como Newtoniano isto eacute Tensatildeo cisalhante (T)

proporcional a taxa de cisalhamento (TC)

Alguns fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo tixotroacutepicos isto eacute adquirem um estado semi-riacutegido

quando estatildeo em repouso e quando em movimentam apresentam fluidez A forccedila gel eacute um

paracircmetro de natureza reoloacutegica que indica o grau de gelificaccedilatildeo devido agrave interaccedilatildeo eleacutetrica

entre partiacuteculas dispersas

A forccedila gel inicial mede a resistecircncia inicial para colocar o fluido em fluxo A forccedila

gel final mede a resistecircncia do fluido para reiniciar o fluxo quando este fica um certo tempo

em repouso A diferenccedila entre elas indica o grau de tixotropia do fluido

Paracircmetros de filtraccedilatildeo

Devido agrave pressatildeo da coluna de fluido ter que ser maior que a pressatildeo de poro de

formaccedilatildeo para evitar o influxo dos fluidos contido nas rochas o fluido de perfuraccedilatildeo deveria

invadir continuamente as formaccedilotildees permeaacuteveis se natildeo houvesse o depoacutesito de um reboco

que eacute a capacidade do fluido de perfuraccedilatildeo em formar uma camada de partiacuteculas soacutelidas

uacutemidas sobre as rochas permeaacuteveis expostas pela broca e eacute de fundamental importacircncia para

o sucesso da perfuraccedilatildeo e da completaccedilatildeo do poccedilo

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido de perfuraccedilatildeo denominada filtrado invade a

formaccedilatildeo

O controle do filtrado torna-se criacutetico em casos de formaccedilotildees de folhelhos sensiacuteveis a

aacutegua esses folhelhos desenvolvem pressotildees devido ao inchamento pelo contato com a aacutegua

causando desmoronamento e alargamento do poccedilo Em formaccedilotildees permeaacuteveis o depoacutesito de

um reboco muito espesso causa reduccedilatildeo acentuada do diacircmetro do poccedilo aleacutem do que um

reboco espesso facilita a prisatildeo por pressatildeo diferencial

Para formar o reboco deve haver o influxo da fase liacutequida do fluido do poccedilo para a

formaccedilatildeo Este processo eacute conhecido como filtraccedilatildeo Eacute essencial que o fluido tenha uma

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 16

fraccedilatildeo razoaacutevel de partiacuteculas com dimensotildees ligeiramente menores agraves dimensotildees dos poros

das rochas expostas

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido o filtrado invade a rocha

O filtrado e a espessura de reboco satildeo dois paracircmetros medidos rotineiramente para

definir o comportamento do fluido quanto agrave filtraccedilatildeo

Teor de soacutelidos

O teor de soacutelidos cujo valor deve ser mantido no miacutenimo possiacutevel eacute uma propriedade

que deve ser controlada com rigor porque o seu aumento implica aumento de vaacuterias outras

propriedades (densidade viscosidade e forccedila gel) aleacutem de aumentar a ocorrecircncia de

problemas como desgaste dos equipamentos de circulaccedilatildeo fratura das formaccedilotildees devido agrave

elevaccedilatildeo das pressotildees de bombeio ou hidrostaacutetica prisatildeo da coluna e reduccedilatildeo da taxa de

penetraccedilatildeo

O tratamento do fluido para reduzir o teor de soacutelidos pode ser preventivo ou corretivo

O tratamento preventivo consiste em inibir o fluido fiacutesico ou quimicamente evitando-se a

dispersatildeo dos soacutelidos perfurados No meacutetodo corretivo pode-se fazer uso de equipamentos

extratores de soacutelidos tais como tanques de decantaccedilatildeo peneiras hidrociclones e

centrifugadores ou diluir o fluido

Concentraccedilatildeo Hidrogeniocircnica ndash pH

O controle quiacutemico de alguns sistemas de fluido de perfuraccedilatildeo baseia-se na

determinaccedilatildeo do pH (pH=- log [H+] onde [H+] eacute a concentraccedilatildeo molar do iacuteon H+) O pH dos

fluidos de perfuraccedilatildeo eacute geralmente mantido no intervalo alcalino devido a fatores tais como

reduzir a taxa de corrosatildeo e aumentar a eficiecircncia dos dispersantes bem como aumentar o

rendimento das bentonitas

O pH dos fluidos de perfuraccedilatildeo tem que ser mantido na faixa de 7 a 10 com o intuito

de reduzir a taxa de corrosatildeo dos equipamentos e evitar a dispersatildeo das formaccedilotildees argilosas

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Alcalinidades

A alcalinidade eacute determinada por meacutetodos diretos de titulaccedilatildeo volumeacutetrica de

neutralizaccedilatildeo e esta leva em consideraccedilatildeo as espeacutecies carbonatos (CO3--) e bicarbonatos

HC03- dissolvidos no fluido aleacutem dos iacuteons hidroxilas (OH-) dissolvidos e natildeo dissolvidos

Se numa soluccedilatildeo aquosa (no caso o filtrado do fluido) houver apenas OH- entatildeo soacute se

mede Pf natildeo havendo C03-2 nem HC03

- a viragem do metilorange se daacute com a primeira gota

de soluccedilatildeo de H2S04 N50 A medida em que o Mf cresce tornando-se maior do que o Pf a

alcalinidade passa a ser devido a OH- + C03-2 a C03

-2 + HC03- e por fim somente a HC03

-

quando o Pf = O Entre o Pf = Mf e Pf = O vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser

deduzida cada uma sendo apropriada para fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

Esse teste identifica a alcalinidade parcial do filtrado alcalinidade da lama e

alcalinidade total do filtrado

Teor de cloretos ou salinidade

Este teste eacute feito por anaacutelise volumeacutetrica de precipitaccedilatildeo por titulaccedilatildeo dos iacuteons

cloretos

Os resultados obtidos com esses testes no campo satildeo utilizados para identificar o teor

salino da aacutegua de preparo do fluido controlar a salinidade de fluidos inibidos com sal

identificar influxos de aacutegua salgada e identificar a perfuraccedilatildeo de uma rocha ou domo salino

Teor de bentonita ou de soacutelidos ativos

O teste do azul de metileno ou MBT eacute uma anaacutelise volumeacutetrica por adsorccedilatildeo que serve

como inibidor da quantidade de soacutelidos ativos ou bentoniacuteticos no fluido de perfuraccedilatildeo Este

mede a capacidade de troca de caacutetion (CTC) das argilas e soacutelidos ativos presentes

24 Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo

O fluido de perfuraccedilatildeo eacute classificado de acordo com a composiccedilatildeo baseado no

constituinte principal da fase contiacutenua ou dispersante e satildeo eles fluido a base de aacutegua fluidos

a base de oacuteleo e fluidos a base de ar ou de gaacutes neste relatoacuterio vamos nos deter ao fluido de

perfuraccedilatildeo base aacutegua que foi o trabalhado durante o estaacutegio

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Fluidos a base de aacutegua

A definiccedilatildeo de um fluido a base aacutegua considera principalmente a natureza da aacutegua e os

aditivos quiacutemicos empregados no preparo do fluido A proporccedilatildeo entre os componentes

baacutesicos e as interaccedilotildees entre eles provoca sensiacuteveis modificaccedilotildees nas propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido Consequumlentemente a composiccedilatildeo eacute o principal fator a considerar no

controle das suas propriedades

A aacutegua eacute a fase contiacutenua e o principal componente de qualquer fluido agrave base de aacutegua

podendo ser doce dura ou salgada A aacutegua doce natildeo precisa de tratamento preacutevio pois natildeo

afeta o desempenho dos aditivos empregados no preparo do fluido sua salinidade eacute inferior a

1000 ppm de NaCl equivalente

A aacutegua dura tem a presenccedila de sais de caacutelcio e magneacutesio dissolvido onde estes

apresentam concentraccedilotildees capazes de alterar o desempenho dos aditivos do fluido de

perfuraccedilatildeo

A aacutegua salgada possui salinidade superior a 1000 ppm de NaCl equivalente e pode ser

natural como a aacutegua do mar ou pode ser salgada com a adiccedilatildeo de sais como NaCl KCl ou

CaCl2 A aacutegua tem a funccedilatildeo de prover o meio de dispersatildeo para os mateacuterias coloidais estes

controlam a viscosidade limite de escoamento forccedilas geacuteis e filtrado em valores adequados

para conferir ao fluido uma boa taxa de remoccedilatildeo dos soacutelidos perfurados e capacidade de

estabilizaccedilatildeo das paredes do poccedilo

Os fatores a serem considerados na seleccedilatildeo da aacutegua de preparo satildeo disponibilidade

custo de transporte e de tratamento tipos de formaccedilotildees geoloacutegicas a serem perfuradas

produtos quiacutemicos que comporatildeo o fluido e equipamentos e teacutecnicas a serem usados na

avaliaccedilatildeo das formaccedilotildees

Os soacutelidos dispersos em meio aquoso podem ser ativos ou inertes Os soacutelidos ativos

satildeo materiais argilosos cuja funccedilatildeo principal eacute aumentar a viscosidade do fluido A argila

mais usada eacute a bentonita

Os soacutelidos inertes podem se originar da adiccedilatildeo de materiais industrializados ou de

detritos finos das rochas perfuradas O adensante baritina eacute o soacutelido inerte mais comuns dentre

os produtos comercializados Os soacutelidos inertes oriundos das rochas perfuradas satildeo areia silte

e calcaacuterio fino

Os produtos quiacutemicos a serem adicionados ao fluido podem ser

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 19

bull alcalinizantes e controladores de pH como soda caacuteustica potassa caacuteustica e cal

hidratada

bull dispersantes como o lignossulfonato tanino lignito e fosfato

bull redutores de filtrado como amido

bull floculantes como a soda caacuteustica cal e cloreto de soacutedio

bull poliacutemeros de uso geral para viscosificar desflocular ou reduzir filtrado

bull surfactantes para emulsificar e reduzir a tensatildeo superficial

bull removedores de caacutelcio e magneacutesio como carbonato e bicarbonato de soacutedio

bull inibidores de formaccedilatildeo ativas como cloreto de potaacutessio soacutedio e caacutelcio

bull bactericidas como paraformaldeiacutedo composto organoclorados soda caacuteustica e

cal

Produtos quiacutemicos mais especiacuteficos como anticorrosivos traccediladores quiacutemicos

antiespumantes entre outros tambeacutem podem estar presentes

A Tabela 21 abaixo apresenta a composiccedilatildeo dos fluidos usado na Petrobraacutes (ATP-

ARGIP) com seus respectivos coacutedigos

COacuteDIGO Tipos de

Fluido COacuteDIGO Tipos de Fluido

1 Aacutegua do Mar 12 NaCl com Poliacrilamida

2 Convencional 13 Milk Mud

3 BTS 14 Espuma

4 Nativo 15 Convencional com Asfalto e

LCM

5 NaCl com Poliacutemeros

16 Base Oacuteleo Mineral

6 Base Cal 17 Especiais para alta

temperatura

7 Disperso 18 Biopoliacutemero Saturado

8 KCL com Poliacutemero 19 Catiocircnico

9 Saturado 20 KCl com Poliacrilamida

10 Aerado 21 Biopoliacutemero com Carbonato

11 Base Oacuteleo Diesel 22 Sinteacutetico (Eacutester ou Parafina)

Tabela 2 1 ndash Tipo de fluidos utilizados no ATPARG

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Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados Tipo 2 Aacutegua Industrial argila ativada e soda caacuteustica

Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e

calcaacuterio

Tipo 19 Aacutegua Industrial Oacutexido de Magneacutesio Goma Xantana CMC BBV ADS

Amido Comum Cloreto de soacutedio Poliacutemero Catiocircnico Calcaacuterio Fino Lubrificante Preventor

de enceramento e Bactericida

24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo

O controle dos soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo eacute feito por um sistema de equipamentos

extratores buscando sempre manter o teor de soacutelidos adequados ao trabalho Quando estes

natildeo satildeo suficientes para esse controle a accedilatildeo corretiva implicaraacute num custo adicional pois

uma nova formulaccedilatildeo teraacute que ser feita ou seja um fluido novo seraacute misturado para diluiccedilatildeo

O natildeo uso dos equipamentos ou a natildeo correccedilatildeo do teor de soacutelidos implica na reduccedilatildeo da taxa

de penetraccedilatildeo problemas de ordem reoloacutegicas do fluido de perfuraccedilatildeo reboco de baixa

qualidade maior densidade equivalente de circulaccedilatildeo dano a formaccedilatildeo ameaccedila de prisatildeo da

coluna por diferencial de pressatildeo elevado desgaste de equipamentos grande volume de

resiacuteduos gerados e maior custo global

Existe algumas recomendaccedilotildees que se forem seguidas auxiliam na soluccedilatildeo de

problemas provocados por soacutelidos satildeo elas

Analisar os testes do fluido de perfuraccedilatildeo a fim de identificar a presenccedila de

um teor elevado de soacutelidos

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

eficientemente

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

em sequumlecircncia apropriada

Verificar se os equipamentos instalados na sonda tecircm capacidade suficiente

para remover soacutelidos numa taxa que permita trabalhar na faixa aceitaacutevel de teor

de soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo

Verificar qual o equipamento adicional necessaacuterio para resolver o problema

provocado pelo teor elevado de soacutelidos

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PEN

EIR

AS

KELLY (HASTE QUADRADA)

KATARINA

DESLIZADOR DE CASCALHOS

TUBOS PESADOS (HW)

PEN

EIR

AS

COMANDOS

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo da diluiccedilatildeo necessaacuteria para resolver o problema sem o uso

de equipamento adicional

Comparar os custos determinados em nos dois itens anteriores

Recomendar se necessaacuterio a instalaccedilatildeo de equipamento adicional extrator de

soacutelidos

Caso seja instalado um equipamento adicional de soacutelidos operaacute-lo por um

periacuteodo apropriado de tempo repetir os testes com o fluido de perfuraccedilatildeo e

avaliar a eficiecircncia do equipamento adicional instalado

25 Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de

perfuraccedilatildeo do ATP-ARG

Peneiras Vibratoacuterias

A peneira vibratoacuteria eacute a primeira

barreira na retenccedilatildeo dos soacutelidos do fluido de

perfuraccedilatildeo que retorna durante a saiacuteda de

cada ciclo de circulaccedilatildeo Dessa etapa os

soacutelidos mais grosseiros satildeo retidos jaacute que eacute

mais faacutecil removecirc-los antes de passar pelos

hidrociclones e centrifugadores Ao lado

apresenta-se uma figura esquemaacutetica com o

percurso simplificado do fluido no poccedilo

quando se estaacute perfurando

Hidrociclones

A separaccedilatildeo dos soacutelidos ocorre da seguinte

forma o liacutequido contendo a fraccedilatildeo mais fina

de partiacuteculas menores eacute descarregado atraveacutes Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de

perfuraccedilatildeo

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 22

do tubo cilindro central (overflow) o liacutequido contendo os soacutelidos mais grossos eacute

descarregado pelo underflow

Os cones hoje satildeo feitos de poliuretano este material quando expostos a altas

temperaturas (150 e 175 ordm F) amolecem fazendo com que haja a necessidade de substituiacute-los

A viscosidade do fluido o teor de soacutelidos na alimentaccedilatildeo a pressatildeo disponiacutevel na

entrada do equipamento e o lay-out do percurso feito pelo fluido influencia de forma direta no

desempenho do equipamento

Quanto menor a viscosidade (dentro do possiacutevel) maior o desempenho do

hidrociclone

Uma grande concentraccedilatildeo de soacutelidos na alimentaccedilatildeo tem efeito negativo no

desempenho Com o hidrociclone trabalhando com descarga tipo ldquosprayrdquo o ponto de corte

meacutedio aumenta quando a carga de soacutelidos aumenta Quando a carga de soacutelidos ultrapassa o

ponto suportaacutevel pelo ldquounderflowrdquo o hidrociclone comeccedila a descarregar em ldquoforma de cordardquo

e o ponto de corte meacutedio aumenta drasticamente A pressatildeo recomendada pela maioria dos

fabricantes e fornecedores de hidrociclones jaacute estaacute otimizada A maioria dos hidrociclones no

campo requer de 70 a 80 peacutes de fluido de pressatildeo hidrostaacutetica Os hidrociclones utilizados nas

sondas satildeo chamados de desareadores e dessiltadores

Depuradores (MUD CLEANER)

Este eacute composto por hidrociclones em seacuterie com uma tela fina que permite recuperar

partiacuteculas e eacute usado com fluidos de perfuraccedilatildeo pesados As partiacuteculas soacutelidas que esse

equipamento remove satildeo maiores que a baritina Como ocorre no ciclone parte do material eacute

recuperada e parte eacute descartada o recuperado retorna ao fluido reduzindo custos

Monta-se uma cobertura onde a tela estaacute colocada fazendo com que todos os soacutelidos

descarregados pelos dessiltadores satildeo retornados para o sistema de circulaccedilatildeo No caso de

baritina ser adicionada ao fluido a cobertura daacute lugar a tela fina Esse equipamento reduz a

perda da baritina dos fluidos pesados no intuito de recuperar fluidos caros e reduzir descarte

de poluente ao meio ambiente

Decantador Centriacutefugo

A funccedilatildeo deste equipamento eacute separar soacutelidos de liacutequidos eacute formado por um tambor

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 23

ciliacutendrico-cocircnico composto por uma seccedilatildeo cocircnica que origina a chamada ldquopraiardquo e uma ou

vaacuterios secccedilotildees ciliacutendricas conectadas que origina a ldquopiscinardquoUm parafuso transportador que

fica dentro do tambor rotativo

Eacute possiacutevel ajustar a profundidade do liacutequido no tambor o niacutevel da piscina teraacute um

efeito sobre a eficiecircncia de separaccedilatildeo pois ele afetaraacute as aacutereas secas e molhadas da praia bem

como a secagem dos soacutelidos e a habilidade fiacutesica do parafuso em transportar os soacutelidos para o

tambor

A medida do teor de areia num fluido nos daacute um paracircmetro de avaliaccedilatildeo dos

equipamentos extratores de soacutelidos da sonda e serve como uma medida de abrasividade do

fluido

CAPIacuteTULO 4

METODOLOGIA DE ANAacuteLISES

Metodologia de anaacutelise Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 25

4 - Metodologia de anaacutelise

O monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo eacute feito

de acordo com as metodologias descritas neste capiacutetulo Aqui seratildeo descritos os meacutetodos

fiacutesicos e quiacutemicos para anaacutelises de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

As anaacutelises que seratildeo descritas neste documento estatildeo de acordo com o Manual de

Laboratoacuterio de Fluido Programa de Trainees Petrobras ndash 2002 Quiacutemico de Petroacuteleo Junior

41 Meacutetodos Fiacutesicos

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH

Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom

A Figura 41 mostra o funil Marsh que eacute um funil com as seguintes dimensotildees 1524

cm (6rdquo) de diacircmetro na parte superior 3048 cm (12rdquo) de altura A metade da abertura

superior eacute coberta por uma peneira de malha nordm 10 O orifiacutecio inferior tem 476 mm (316rdquo) de

diacircmetro interno e 508 cm (2rdquo) de comprimento A capacidade do funil ateacute a marca superior eacute

de 1500 cmsup3

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Se segura o funil em posiccedilatildeo vertical obstruindo o orifiacutecio de descarga com o dedo

indicador

bull verta-se atraveacutes da peneira a amostra de fluido tomada em qualquer ponto onde ela

esteja em agitaccedilatildeo ateacute que o niacutevel da mesma fique rente agrave parte inferior da tela da

peneira

bull imediatamente retira-se o dedo do tubo de descarga e com o auxiacutelio de um

cronocircmetro observa-se o tempo em segundos necessaacuterio para que escoe um (01) litro

de fluido para um recipiente graduado

bull a operaccedilatildeo deve ser raacutepida para minimizar erros

bull registra-se a ldquoViscosidaderdquo Marsh em segundos1000 cmsup3 de fluido

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Verifica-se a precisatildeo do funil Marsh com 1500 cmsup3 de aacutegua doce a 21ordmC O tempo de

escoamento de 1000 cmsup3 de aacutegua deve ser de 28 plusmn 05 segundos

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr

A Figura 42 mostra o conjunto que registra o conteuacutedo de areia presente no fluido

em percentagem volumeacutetrica composto por um tubo de vidro graduado em percentual

volumeacutetrico (0-20 v) um cilindro cocircnico um copo ciliacutendrico com uma tela de peneira

(malha 200 mesh)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Verta-se o fluido previamente passado atraveacutes da peneira do funil Marsh no tubo de

vidro graduado ateacute a marca indicada e depois se adiciona aacutegua ateacute a referecircncia

superior

bull obstrui-se a saiacuteda superior do tubo com o dedo e agita-se vigorosamente Em seguida

esvazia-se a amostra de fluido diluiacutedo atraveacutes da peneira lavando todo o resiacuteduo no

tubo com aacutegua Lava-se a areia retida na peneira ateacute eliminar os traccedilos de fluido

bull coloca-se o funil sobre a peneira e inverte-se o conjunto lentamente Faz-se retornar a

areia da peneira para o interior do tubo atraveacutes de jatos daacutegua

bull apoacutes a deposiccedilatildeo total da areia lecirc-se diretamente a percentagem em volume de areia

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 27

412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 28

CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 29

se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

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PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

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A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

ABSTRACT

Drilling fluids are used in well bore drilling They are blends of chemical additives used with

the purpose to remove the drill cuttings They are classified in accordance with the dispersed

phase that can be air oil or water The water-based drilling fluids are fluids of more simple

treatment and show small power of environmental pollution The treatment of this fluids has

been made in the field by analyzes of its chemical and physical properties during fluid

circulation inside the well These properties are density rheological parameters gel force

filtration parameters solid content pH chlorides alkalinity etc The objective of this work is

to present methodologies for the analyses of physical and chemical properties of water-based

drilling fluids to be used in drilling rigs

___________________________________________________________________________ Keywords Drilling fluids physical properties chemical properties

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo primeiramente a Deus pois sem Ele natildeo teria conquistado nada em minha

vida Ele eacute a forccedila que me conduz pelos lugares mais altos que eu possa imaginar e que me

segura e me ergue quando penso em fraquejar

Agradeccedilo a minha famiacutelia que sempre me apoio em todos os meus projetos de vida

em especial a minha matildee Ciacutecera e meu irmatildeo Wellington que em nenhum momento

mediram esforccedilos para tornar esse projeto uma realidade Aos meus amigos de faculdades

que sempre me ajudaram e compartilharam tantos momentos felizes ao longo desses cincos

anos em especial a Ileacuteia pelo esforccedilo em conseguir esse estaacutegio e dedicaccedilatildeo ao longo deste

para tornaacute-lo viaacutevel Sem esquecer Nila claro amiga de todas as horas

Ao meu coordenador de estagio Prof Dr Everaldo Silvino e ao meu Supervisor de

estagio Engenheiro Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra pela orientaccedilatildeo e dedicaccedilatildeo no

desenvolvimento deste trabalho contribuindo para minha formaccedilatildeo acadecircmica e profissional

A todos do IP (Intervenccedilatildeo em Poccedilos do Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues)

principalmente para os mais proacuteximos Assis Eanes Bacelar Ironaldo Jackelan Rogeacuterio

Taacutessia Cordeiro Juacutelio Aratildeo Gazel Ciacutecero Evandro Joaldo Andreacuteia Teodoacutesio Ruy

Edfrance Luna Falcatildeo Walfredo Ionaldo o meu muito obrigado pelo incentivo

informaccedilotildees e conselho durante o desenvolvimento deste trabalho e eacute claro pela amizade e

conhecimentos compartilhados durante a nossa convivecircncia

Aos motoristas Zeca Joatildeo Soldado Sinobaldo e Raniery pela alegria e respeito

com que me conduziam

Aos amigos encontrados nesta empresa que vou carregar em meu coraccedilatildeo para o resto

da vida Djacyr Genigley Geilson Joanes e Lincoln

Agrave Estatal Petroacuteleo Brasileiro S A ndash PETROBRAS pela oportunidade dada

Ao corpo docente do curso de Graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica principalmente ao

Prof Dr Eduardo Lins de Barros Neto pela amizade dedicaccedilatildeo companheirismo e antes de

tudo pelo profissional que eacute

SUMAacuteRIO

1 ndash INTRODUCcedilAtildeO 10

2 ndash ASPECTOS TEOacuteRICOS 12

21ndash Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo 12

22- Fluidos de perfuraccedilatildeo 13

23-Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo 14

24-Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo 17

24-Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo 20

25-Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG 21

4 ndash METODOLOGIA DE ANAacuteLISE 25

41-Meacutetodos Fiacutesicos 25

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH 25

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia 26

412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica 27

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP 28

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos 29

416 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes 30

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS 32

421- DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR 32

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf 32

6 - CONCLUSAtildeO 37

7 - REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 39

Lista de Figuras

Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de perfuraccedilatildeo 21 Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom 25

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr 26

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom 27

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom 28

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom 29

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte

wwwfanncom 30

Lista de Tabelas

Tabela 2 1 ndash Tipo de fluidos utilizados no ATPARG 19

CAPIacuteTULO 1 INTRODUCcedilAtildeO GERAL

Introduccedilatildeo Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2006 10

1 ndash Introduccedilatildeo

Fluido de perfuraccedilatildeo eacute usado como ferramenta essencial na perfuraccedilatildeo de poccedilos de

petroacuteleo Sua importacircncia se justifica pela funccedilatildeo desempenhada durante a operaccedilatildeo de

perfuraccedilatildeo Eacute competecircncia dos fluidos de perfuraccedilatildeo carrear os cascalhos cortados pela broca

sustentar a parede do poccedilo lubrificar a broca controlar a pressatildeo existente na formaccedilatildeo etc

Essas funccedilotildees satildeo desempenhadas de acordo com as propriedades do fluido que satildeo

previamente especificadas e formuladas de acordo com a formaccedilatildeo O controle dessas

propriedades durante a operaccedilatildeo eacute garantia de um bom desempenho do fluido dentro do poccedilo

Esse controle eacute feito em campo por meacutetodos de anaacutelises de paracircmetros fiacutesicos e quiacutemicos

Durante vaacuterios anos utilizou-se fluido a base de oacuteleo diesel devido agrave excelente

performance proporcionada agrave perfuraccedilatildeo comparado ao fluido base aacutegua Poreacutem em alguns

lugares as leis ambientais vigentes natildeo permitem o uso deste tipo de fluido

Nos campos de petroacuteleo do Rio Grande do Norte devido a exigecircncias ambientais o

fluido de perfuraccedilatildeo utilizado eacute base aacutegua Este trabalho tem como objetivo apresentar uma

visatildeo geral sobre fluido de perfuraccedilatildeo bem como as metodologias de anaacutelises para o

monitoramento de algumas propriedades fiacutesicas e quiacutemicas de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

CAPIacuteTULO 2

ASPECTOS TEOacuteRICOS

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 12

2 - Aspectos Teoacutericos

21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo

O processo de exploraccedilatildeo de petroacuteleo envolve a pesquisa por formaccedilatildeo de rochas

associadas com oacuteleo ou depoacutesitos de gaacutes natural e compreende etapas que vatildeo desde a

prospecccedilatildeo geofiacutesica passando pela perfuraccedilatildeo exploratoacuteria desenvolvimento do poccedilo

quando economicamente viaacutevel e a sua exploraccedilatildeo se forem achados hidrocarbonetos em

quantidades suficientes caso contraacuterio o poccedilo poderaacute ser abandonado

Em terra ou mar a perfuraccedilatildeo de um poccedilo eacute um trabalho realizado sem interrupccedilatildeo

que soacute termina quando se atinge a profundidade programada ou o objetivo proposto para a

perfuraccedilatildeo A perfuraccedilatildeo em terra eacute feita com sonda de perfuraccedilatildeo constituiacuteda de estrutura

metaacutelica de mais de 40 metros de altura (torre) e de equipamentos especiais

A torre sustenta um tubo vertical a coluna de perfuraccedilatildeo em cuja extremidade eacute

colocada uma broca Por meio de movimentos de rotaccedilatildeo e peso transmitido pela coluna agrave

broca as rochas satildeo perfuradas Para contrabalanccedilar as pressotildees existentes na formaccedilatildeo

resfriar a broca carrear a rocha triturada (cascalhos de perfuraccedilatildeo) ateacute a superfiacutecie aleacutem de

evitar desmoronamento das paredes do poccedilo eacute circulado na coluna um fluido de perfuraccedilatildeo

O fluido eacute injetado por bombas para o interior da coluna de perfuraccedilatildeo atraveacutes da cabeccedila de

injeccedilatildeo ou Swivel e retorna agrave superfiacutecie atraveacutes do espaccedilo anular formado pelas paredes dos

poccedilos e a coluna Ao atingir determinada profundidade a coluna de perfuraccedilatildeo eacute retirada do

poccedilo e uma coluna de revestimento de accedilo de diacircmetro inferior ao da broca eacute descida no

poccedilo

O anular entre os tubos do revestimento e as paredes do poccedilo eacute cimentado com

finalidade de isolar as rochas atravessadas permitindo entatildeo o avanccedilo de perfuraccedilatildeo com

seguranccedila Apoacutes a operaccedilatildeo de cimentaccedilatildeo a coluna de perfuraccedilatildeo eacute novamente decida no

poccedilo tendo na sua extremidade nova broca de diacircmetro menor do que a do revestimento para

o prosseguimento da perfuraccedilatildeo

Do exposto percebe-se que um poccedilo eacute perfurado em diversas fases caracterizadas

pelos diacircmetros das brocas No caso dos poccedilos do Alto do Rodrigues e Fazenda Porcinho a

sua grande maioria eacute perfurada em duas fases

A fase inicial ou fase ldquoumrdquo abrange os niacuteveis mais superficiais do terreno onde eacute

utilizado um fluido mais simples composto de apenas bentonita soacutedica e aacutegua Num segundo

estaacutegio fase ldquodoisrdquo eacute usado um fluido mais elaborado cuja composiccedilatildeo oferece

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 13

caracteriacutesticas que permitem uma obtenccedilatildeo de perfis geoloacutegicos aleacutem de prover inibiccedilatildeo

fiacutesico-quiacutemica dos argilo-minerais reduzindo a interaccedilatildeo rocha-fluido entre outras

22 Fluidos de perfuraccedilatildeo

Os fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo misturas complexas de soacutelidos liacutequidos produtos

quiacutemicos e por vezes ateacute gases Do ponto de vista quiacutemico eles podem assumir aspectos de

suspensatildeo dispersatildeo coloidal ou emulsatildeo dependendo do estado fiacutesico dos componentes

O fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser estaacutevel do ponto de vista quiacutemico estabilizar as

paredes do poccedilo mecacircnica e quimicamente facilitar a separaccedilatildeo dos cascalhos na superfiacutecie

manter os soacutelidos em suspensatildeo quando estiver em repouso ser inerte em relaccedilatildeo a danos agraves

rochas produtoras aceitar qualquer tratamento fiacutesico e quiacutemico ser bombeaacutevel apresentar

baixo grau de corrosatildeo e de abrasatildeo em relaccedilatildeo agrave coluna de perfuraccedilatildeo e demais

equipamentos do sistema de circulaccedilatildeo facilitar as interpretaccedilotildees geoloacutegicas do material do

poccedilo e apresentar custo compatiacutevel com a

operaccedilatildeo

O escoamento do fluido de perfuraccedilatildeo

para baixo pela tubulaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo e para

cima pelo poccedilo algumas vezes eacute interrompido

ou por causa de um problema ou para elevar a

tubulaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo para cima e para fora do

poccedilo permitindo a troca da broca Quando a perfuraccedilatildeo paacutera os cortes em suspensatildeo no

fluido podem afundar no poccedilo prendendo a broca

Os fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo projetados com uma propriedade muito interessante que

resolve esse problema Sua espessura ou viscosidade aumenta quando diminui o seu

movimento Quando o fluido paacutera de circular ele forma um gel espesso que manteacutem os

cortes de rocha em suspensatildeo e evita que eles afundem no poccedilo

Quando o fluido comeccedila a circular novamente ele torna-se mais fino e volta agrave forma

liacutequida anterior essa propriedade do fluido garante ao transporte dos cascalhos para a

superfiacutecie limpando assim o fundo do poccedilo

O fluido tambeacutem eacute responsaacutevel por exercer pressatildeo hidrostaacutetica sobre as formaccedilotildees

evitando assim o influxo de fluidos indesejaacuteveis (kick) e estabilizar as paredes do poccedilo

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23 Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo

As propriedades de controle dos fluidos podem ser fiacutesicas ou quiacutemicas As fiacutesicas satildeo

mais geneacutericas ou seja satildeo vaacutelidas para qualquer tipo de fluido Jaacute as quiacutemicas satildeo

especiacuteficas para cada tipo de fluido

As propriedades fiacutesicas mais importantes e frequumlentemente medidas nas sondas satildeo as

densidades os paracircmetros reoloacutegicos as forccedilas geacuteis (inicial e final) os paracircmetros de

filtraccedilatildeo e teor de soacutelidos

As propriedades quiacutemicas mais frequumlentemente determinadas nos laboratoacuterios das

sondas satildeo o pH os teores de cloreto e de bentonita e a alcalinidade O excesso de cal

(determinada nos fluidos tratados por cal hidratada) teor de caacutelcio e de magneacutesio a

concentraccedilatildeo de H2S e a concentraccedilatildeo de potaacutessio (testada nos fluidos inibidos por gesso)

Densidade

Os limites de variaccedilatildeo da densidade dos fluidos para perfurar uma determinada fase

satildeo definidos pela pressatildeo atuante no fluido que se encontra no espaccedilo poroso da rocha (limite

miacutenimo) e pela pressatildeo para qual a rocha se rompe (limite maacuteximo) das formaccedilotildees expostas

A baritina (BaSO4) tem o poder de aumentar a densidade de um fluido Este tem

densidade de 425 enquanto a densidade dos soacutelidos perfurados eacute em torno de 26 Para

reduzir a densidade dos fluidos agrave base de aacutegua dilui-se com aacutegua (densidade 100) ou oacuteleo

diesel (densidade 082)

Paracircmetros reoloacutegicos e forccedilas geacuteis

O comportamento do fluxo de um fluido eacute definido pelos paracircmetros reoloacutegicos Para

isto considera-se que o fluido eacute definido como um modelo reoloacutegico cujos paracircmetros vatildeo

influir diretamente no caacutelculo de perdas de cargas na tubulaccedilatildeo e velocidade de transporte dos

cascalhos

O controle de propriedades reoloacutegicas eacute de vital importacircncia nas operaccedilotildees de

perfuraccedilatildeo pois elas satildeo responsaacuteveis pela remoccedilatildeo dos cascalhos perfurados Aleacutem disso

influenciam no progresso da perfuraccedilatildeo que se chama de taxa de penetraccedilatildeo

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O descontrole dessa propriedade juntamente com o gel do fluido ocasiona problemas

seacuterios como Obstruccedilatildeo do anular formaccedilatildeo de fundo falso reduccedilatildeo de taxa de penetraccedilatildeo

alargamento do poccedilo prisatildeo da coluna perda de circulaccedilatildeo etc

Para os fluidos de perfuraccedilatildeo assume-se o modelo de Bingham o qual postula que

uma determinada tensatildeo deve ser aplicada para iniciar o fluxo (limite de escoamento) e acima

dessa tensatildeo o fluido se comporta como Newtoniano isto eacute Tensatildeo cisalhante (T)

proporcional a taxa de cisalhamento (TC)

Alguns fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo tixotroacutepicos isto eacute adquirem um estado semi-riacutegido

quando estatildeo em repouso e quando em movimentam apresentam fluidez A forccedila gel eacute um

paracircmetro de natureza reoloacutegica que indica o grau de gelificaccedilatildeo devido agrave interaccedilatildeo eleacutetrica

entre partiacuteculas dispersas

A forccedila gel inicial mede a resistecircncia inicial para colocar o fluido em fluxo A forccedila

gel final mede a resistecircncia do fluido para reiniciar o fluxo quando este fica um certo tempo

em repouso A diferenccedila entre elas indica o grau de tixotropia do fluido

Paracircmetros de filtraccedilatildeo

Devido agrave pressatildeo da coluna de fluido ter que ser maior que a pressatildeo de poro de

formaccedilatildeo para evitar o influxo dos fluidos contido nas rochas o fluido de perfuraccedilatildeo deveria

invadir continuamente as formaccedilotildees permeaacuteveis se natildeo houvesse o depoacutesito de um reboco

que eacute a capacidade do fluido de perfuraccedilatildeo em formar uma camada de partiacuteculas soacutelidas

uacutemidas sobre as rochas permeaacuteveis expostas pela broca e eacute de fundamental importacircncia para

o sucesso da perfuraccedilatildeo e da completaccedilatildeo do poccedilo

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido de perfuraccedilatildeo denominada filtrado invade a

formaccedilatildeo

O controle do filtrado torna-se criacutetico em casos de formaccedilotildees de folhelhos sensiacuteveis a

aacutegua esses folhelhos desenvolvem pressotildees devido ao inchamento pelo contato com a aacutegua

causando desmoronamento e alargamento do poccedilo Em formaccedilotildees permeaacuteveis o depoacutesito de

um reboco muito espesso causa reduccedilatildeo acentuada do diacircmetro do poccedilo aleacutem do que um

reboco espesso facilita a prisatildeo por pressatildeo diferencial

Para formar o reboco deve haver o influxo da fase liacutequida do fluido do poccedilo para a

formaccedilatildeo Este processo eacute conhecido como filtraccedilatildeo Eacute essencial que o fluido tenha uma

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fraccedilatildeo razoaacutevel de partiacuteculas com dimensotildees ligeiramente menores agraves dimensotildees dos poros

das rochas expostas

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido o filtrado invade a rocha

O filtrado e a espessura de reboco satildeo dois paracircmetros medidos rotineiramente para

definir o comportamento do fluido quanto agrave filtraccedilatildeo

Teor de soacutelidos

O teor de soacutelidos cujo valor deve ser mantido no miacutenimo possiacutevel eacute uma propriedade

que deve ser controlada com rigor porque o seu aumento implica aumento de vaacuterias outras

propriedades (densidade viscosidade e forccedila gel) aleacutem de aumentar a ocorrecircncia de

problemas como desgaste dos equipamentos de circulaccedilatildeo fratura das formaccedilotildees devido agrave

elevaccedilatildeo das pressotildees de bombeio ou hidrostaacutetica prisatildeo da coluna e reduccedilatildeo da taxa de

penetraccedilatildeo

O tratamento do fluido para reduzir o teor de soacutelidos pode ser preventivo ou corretivo

O tratamento preventivo consiste em inibir o fluido fiacutesico ou quimicamente evitando-se a

dispersatildeo dos soacutelidos perfurados No meacutetodo corretivo pode-se fazer uso de equipamentos

extratores de soacutelidos tais como tanques de decantaccedilatildeo peneiras hidrociclones e

centrifugadores ou diluir o fluido

Concentraccedilatildeo Hidrogeniocircnica ndash pH

O controle quiacutemico de alguns sistemas de fluido de perfuraccedilatildeo baseia-se na

determinaccedilatildeo do pH (pH=- log [H+] onde [H+] eacute a concentraccedilatildeo molar do iacuteon H+) O pH dos

fluidos de perfuraccedilatildeo eacute geralmente mantido no intervalo alcalino devido a fatores tais como

reduzir a taxa de corrosatildeo e aumentar a eficiecircncia dos dispersantes bem como aumentar o

rendimento das bentonitas

O pH dos fluidos de perfuraccedilatildeo tem que ser mantido na faixa de 7 a 10 com o intuito

de reduzir a taxa de corrosatildeo dos equipamentos e evitar a dispersatildeo das formaccedilotildees argilosas

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Alcalinidades

A alcalinidade eacute determinada por meacutetodos diretos de titulaccedilatildeo volumeacutetrica de

neutralizaccedilatildeo e esta leva em consideraccedilatildeo as espeacutecies carbonatos (CO3--) e bicarbonatos

HC03- dissolvidos no fluido aleacutem dos iacuteons hidroxilas (OH-) dissolvidos e natildeo dissolvidos

Se numa soluccedilatildeo aquosa (no caso o filtrado do fluido) houver apenas OH- entatildeo soacute se

mede Pf natildeo havendo C03-2 nem HC03

- a viragem do metilorange se daacute com a primeira gota

de soluccedilatildeo de H2S04 N50 A medida em que o Mf cresce tornando-se maior do que o Pf a

alcalinidade passa a ser devido a OH- + C03-2 a C03

-2 + HC03- e por fim somente a HC03

-

quando o Pf = O Entre o Pf = Mf e Pf = O vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser

deduzida cada uma sendo apropriada para fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

Esse teste identifica a alcalinidade parcial do filtrado alcalinidade da lama e

alcalinidade total do filtrado

Teor de cloretos ou salinidade

Este teste eacute feito por anaacutelise volumeacutetrica de precipitaccedilatildeo por titulaccedilatildeo dos iacuteons

cloretos

Os resultados obtidos com esses testes no campo satildeo utilizados para identificar o teor

salino da aacutegua de preparo do fluido controlar a salinidade de fluidos inibidos com sal

identificar influxos de aacutegua salgada e identificar a perfuraccedilatildeo de uma rocha ou domo salino

Teor de bentonita ou de soacutelidos ativos

O teste do azul de metileno ou MBT eacute uma anaacutelise volumeacutetrica por adsorccedilatildeo que serve

como inibidor da quantidade de soacutelidos ativos ou bentoniacuteticos no fluido de perfuraccedilatildeo Este

mede a capacidade de troca de caacutetion (CTC) das argilas e soacutelidos ativos presentes

24 Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo

O fluido de perfuraccedilatildeo eacute classificado de acordo com a composiccedilatildeo baseado no

constituinte principal da fase contiacutenua ou dispersante e satildeo eles fluido a base de aacutegua fluidos

a base de oacuteleo e fluidos a base de ar ou de gaacutes neste relatoacuterio vamos nos deter ao fluido de

perfuraccedilatildeo base aacutegua que foi o trabalhado durante o estaacutegio

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Fluidos a base de aacutegua

A definiccedilatildeo de um fluido a base aacutegua considera principalmente a natureza da aacutegua e os

aditivos quiacutemicos empregados no preparo do fluido A proporccedilatildeo entre os componentes

baacutesicos e as interaccedilotildees entre eles provoca sensiacuteveis modificaccedilotildees nas propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido Consequumlentemente a composiccedilatildeo eacute o principal fator a considerar no

controle das suas propriedades

A aacutegua eacute a fase contiacutenua e o principal componente de qualquer fluido agrave base de aacutegua

podendo ser doce dura ou salgada A aacutegua doce natildeo precisa de tratamento preacutevio pois natildeo

afeta o desempenho dos aditivos empregados no preparo do fluido sua salinidade eacute inferior a

1000 ppm de NaCl equivalente

A aacutegua dura tem a presenccedila de sais de caacutelcio e magneacutesio dissolvido onde estes

apresentam concentraccedilotildees capazes de alterar o desempenho dos aditivos do fluido de

perfuraccedilatildeo

A aacutegua salgada possui salinidade superior a 1000 ppm de NaCl equivalente e pode ser

natural como a aacutegua do mar ou pode ser salgada com a adiccedilatildeo de sais como NaCl KCl ou

CaCl2 A aacutegua tem a funccedilatildeo de prover o meio de dispersatildeo para os mateacuterias coloidais estes

controlam a viscosidade limite de escoamento forccedilas geacuteis e filtrado em valores adequados

para conferir ao fluido uma boa taxa de remoccedilatildeo dos soacutelidos perfurados e capacidade de

estabilizaccedilatildeo das paredes do poccedilo

Os fatores a serem considerados na seleccedilatildeo da aacutegua de preparo satildeo disponibilidade

custo de transporte e de tratamento tipos de formaccedilotildees geoloacutegicas a serem perfuradas

produtos quiacutemicos que comporatildeo o fluido e equipamentos e teacutecnicas a serem usados na

avaliaccedilatildeo das formaccedilotildees

Os soacutelidos dispersos em meio aquoso podem ser ativos ou inertes Os soacutelidos ativos

satildeo materiais argilosos cuja funccedilatildeo principal eacute aumentar a viscosidade do fluido A argila

mais usada eacute a bentonita

Os soacutelidos inertes podem se originar da adiccedilatildeo de materiais industrializados ou de

detritos finos das rochas perfuradas O adensante baritina eacute o soacutelido inerte mais comuns dentre

os produtos comercializados Os soacutelidos inertes oriundos das rochas perfuradas satildeo areia silte

e calcaacuterio fino

Os produtos quiacutemicos a serem adicionados ao fluido podem ser

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bull alcalinizantes e controladores de pH como soda caacuteustica potassa caacuteustica e cal

hidratada

bull dispersantes como o lignossulfonato tanino lignito e fosfato

bull redutores de filtrado como amido

bull floculantes como a soda caacuteustica cal e cloreto de soacutedio

bull poliacutemeros de uso geral para viscosificar desflocular ou reduzir filtrado

bull surfactantes para emulsificar e reduzir a tensatildeo superficial

bull removedores de caacutelcio e magneacutesio como carbonato e bicarbonato de soacutedio

bull inibidores de formaccedilatildeo ativas como cloreto de potaacutessio soacutedio e caacutelcio

bull bactericidas como paraformaldeiacutedo composto organoclorados soda caacuteustica e

cal

Produtos quiacutemicos mais especiacuteficos como anticorrosivos traccediladores quiacutemicos

antiespumantes entre outros tambeacutem podem estar presentes

A Tabela 21 abaixo apresenta a composiccedilatildeo dos fluidos usado na Petrobraacutes (ATP-

ARGIP) com seus respectivos coacutedigos

COacuteDIGO Tipos de

Fluido COacuteDIGO Tipos de Fluido

1 Aacutegua do Mar 12 NaCl com Poliacrilamida

2 Convencional 13 Milk Mud

3 BTS 14 Espuma

4 Nativo 15 Convencional com Asfalto e

LCM

5 NaCl com Poliacutemeros

16 Base Oacuteleo Mineral

6 Base Cal 17 Especiais para alta

temperatura

7 Disperso 18 Biopoliacutemero Saturado

8 KCL com Poliacutemero 19 Catiocircnico

9 Saturado 20 KCl com Poliacrilamida

10 Aerado 21 Biopoliacutemero com Carbonato

11 Base Oacuteleo Diesel 22 Sinteacutetico (Eacutester ou Parafina)

Tabela 2 1 ndash Tipo de fluidos utilizados no ATPARG

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Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados Tipo 2 Aacutegua Industrial argila ativada e soda caacuteustica

Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e

calcaacuterio

Tipo 19 Aacutegua Industrial Oacutexido de Magneacutesio Goma Xantana CMC BBV ADS

Amido Comum Cloreto de soacutedio Poliacutemero Catiocircnico Calcaacuterio Fino Lubrificante Preventor

de enceramento e Bactericida

24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo

O controle dos soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo eacute feito por um sistema de equipamentos

extratores buscando sempre manter o teor de soacutelidos adequados ao trabalho Quando estes

natildeo satildeo suficientes para esse controle a accedilatildeo corretiva implicaraacute num custo adicional pois

uma nova formulaccedilatildeo teraacute que ser feita ou seja um fluido novo seraacute misturado para diluiccedilatildeo

O natildeo uso dos equipamentos ou a natildeo correccedilatildeo do teor de soacutelidos implica na reduccedilatildeo da taxa

de penetraccedilatildeo problemas de ordem reoloacutegicas do fluido de perfuraccedilatildeo reboco de baixa

qualidade maior densidade equivalente de circulaccedilatildeo dano a formaccedilatildeo ameaccedila de prisatildeo da

coluna por diferencial de pressatildeo elevado desgaste de equipamentos grande volume de

resiacuteduos gerados e maior custo global

Existe algumas recomendaccedilotildees que se forem seguidas auxiliam na soluccedilatildeo de

problemas provocados por soacutelidos satildeo elas

Analisar os testes do fluido de perfuraccedilatildeo a fim de identificar a presenccedila de

um teor elevado de soacutelidos

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

eficientemente

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

em sequumlecircncia apropriada

Verificar se os equipamentos instalados na sonda tecircm capacidade suficiente

para remover soacutelidos numa taxa que permita trabalhar na faixa aceitaacutevel de teor

de soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo

Verificar qual o equipamento adicional necessaacuterio para resolver o problema

provocado pelo teor elevado de soacutelidos

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PEN

EIR

AS

KELLY (HASTE QUADRADA)

KATARINA

DESLIZADOR DE CASCALHOS

TUBOS PESADOS (HW)

PEN

EIR

AS

COMANDOS

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo da diluiccedilatildeo necessaacuteria para resolver o problema sem o uso

de equipamento adicional

Comparar os custos determinados em nos dois itens anteriores

Recomendar se necessaacuterio a instalaccedilatildeo de equipamento adicional extrator de

soacutelidos

Caso seja instalado um equipamento adicional de soacutelidos operaacute-lo por um

periacuteodo apropriado de tempo repetir os testes com o fluido de perfuraccedilatildeo e

avaliar a eficiecircncia do equipamento adicional instalado

25 Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de

perfuraccedilatildeo do ATP-ARG

Peneiras Vibratoacuterias

A peneira vibratoacuteria eacute a primeira

barreira na retenccedilatildeo dos soacutelidos do fluido de

perfuraccedilatildeo que retorna durante a saiacuteda de

cada ciclo de circulaccedilatildeo Dessa etapa os

soacutelidos mais grosseiros satildeo retidos jaacute que eacute

mais faacutecil removecirc-los antes de passar pelos

hidrociclones e centrifugadores Ao lado

apresenta-se uma figura esquemaacutetica com o

percurso simplificado do fluido no poccedilo

quando se estaacute perfurando

Hidrociclones

A separaccedilatildeo dos soacutelidos ocorre da seguinte

forma o liacutequido contendo a fraccedilatildeo mais fina

de partiacuteculas menores eacute descarregado atraveacutes Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de

perfuraccedilatildeo

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do tubo cilindro central (overflow) o liacutequido contendo os soacutelidos mais grossos eacute

descarregado pelo underflow

Os cones hoje satildeo feitos de poliuretano este material quando expostos a altas

temperaturas (150 e 175 ordm F) amolecem fazendo com que haja a necessidade de substituiacute-los

A viscosidade do fluido o teor de soacutelidos na alimentaccedilatildeo a pressatildeo disponiacutevel na

entrada do equipamento e o lay-out do percurso feito pelo fluido influencia de forma direta no

desempenho do equipamento

Quanto menor a viscosidade (dentro do possiacutevel) maior o desempenho do

hidrociclone

Uma grande concentraccedilatildeo de soacutelidos na alimentaccedilatildeo tem efeito negativo no

desempenho Com o hidrociclone trabalhando com descarga tipo ldquosprayrdquo o ponto de corte

meacutedio aumenta quando a carga de soacutelidos aumenta Quando a carga de soacutelidos ultrapassa o

ponto suportaacutevel pelo ldquounderflowrdquo o hidrociclone comeccedila a descarregar em ldquoforma de cordardquo

e o ponto de corte meacutedio aumenta drasticamente A pressatildeo recomendada pela maioria dos

fabricantes e fornecedores de hidrociclones jaacute estaacute otimizada A maioria dos hidrociclones no

campo requer de 70 a 80 peacutes de fluido de pressatildeo hidrostaacutetica Os hidrociclones utilizados nas

sondas satildeo chamados de desareadores e dessiltadores

Depuradores (MUD CLEANER)

Este eacute composto por hidrociclones em seacuterie com uma tela fina que permite recuperar

partiacuteculas e eacute usado com fluidos de perfuraccedilatildeo pesados As partiacuteculas soacutelidas que esse

equipamento remove satildeo maiores que a baritina Como ocorre no ciclone parte do material eacute

recuperada e parte eacute descartada o recuperado retorna ao fluido reduzindo custos

Monta-se uma cobertura onde a tela estaacute colocada fazendo com que todos os soacutelidos

descarregados pelos dessiltadores satildeo retornados para o sistema de circulaccedilatildeo No caso de

baritina ser adicionada ao fluido a cobertura daacute lugar a tela fina Esse equipamento reduz a

perda da baritina dos fluidos pesados no intuito de recuperar fluidos caros e reduzir descarte

de poluente ao meio ambiente

Decantador Centriacutefugo

A funccedilatildeo deste equipamento eacute separar soacutelidos de liacutequidos eacute formado por um tambor

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ciliacutendrico-cocircnico composto por uma seccedilatildeo cocircnica que origina a chamada ldquopraiardquo e uma ou

vaacuterios secccedilotildees ciliacutendricas conectadas que origina a ldquopiscinardquoUm parafuso transportador que

fica dentro do tambor rotativo

Eacute possiacutevel ajustar a profundidade do liacutequido no tambor o niacutevel da piscina teraacute um

efeito sobre a eficiecircncia de separaccedilatildeo pois ele afetaraacute as aacutereas secas e molhadas da praia bem

como a secagem dos soacutelidos e a habilidade fiacutesica do parafuso em transportar os soacutelidos para o

tambor

A medida do teor de areia num fluido nos daacute um paracircmetro de avaliaccedilatildeo dos

equipamentos extratores de soacutelidos da sonda e serve como uma medida de abrasividade do

fluido

CAPIacuteTULO 4

METODOLOGIA DE ANAacuteLISES

Metodologia de anaacutelise Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 25

4 - Metodologia de anaacutelise

O monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo eacute feito

de acordo com as metodologias descritas neste capiacutetulo Aqui seratildeo descritos os meacutetodos

fiacutesicos e quiacutemicos para anaacutelises de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

As anaacutelises que seratildeo descritas neste documento estatildeo de acordo com o Manual de

Laboratoacuterio de Fluido Programa de Trainees Petrobras ndash 2002 Quiacutemico de Petroacuteleo Junior

41 Meacutetodos Fiacutesicos

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH

Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom

A Figura 41 mostra o funil Marsh que eacute um funil com as seguintes dimensotildees 1524

cm (6rdquo) de diacircmetro na parte superior 3048 cm (12rdquo) de altura A metade da abertura

superior eacute coberta por uma peneira de malha nordm 10 O orifiacutecio inferior tem 476 mm (316rdquo) de

diacircmetro interno e 508 cm (2rdquo) de comprimento A capacidade do funil ateacute a marca superior eacute

de 1500 cmsup3

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Se segura o funil em posiccedilatildeo vertical obstruindo o orifiacutecio de descarga com o dedo

indicador

bull verta-se atraveacutes da peneira a amostra de fluido tomada em qualquer ponto onde ela

esteja em agitaccedilatildeo ateacute que o niacutevel da mesma fique rente agrave parte inferior da tela da

peneira

bull imediatamente retira-se o dedo do tubo de descarga e com o auxiacutelio de um

cronocircmetro observa-se o tempo em segundos necessaacuterio para que escoe um (01) litro

de fluido para um recipiente graduado

bull a operaccedilatildeo deve ser raacutepida para minimizar erros

bull registra-se a ldquoViscosidaderdquo Marsh em segundos1000 cmsup3 de fluido

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Verifica-se a precisatildeo do funil Marsh com 1500 cmsup3 de aacutegua doce a 21ordmC O tempo de

escoamento de 1000 cmsup3 de aacutegua deve ser de 28 plusmn 05 segundos

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr

A Figura 42 mostra o conjunto que registra o conteuacutedo de areia presente no fluido

em percentagem volumeacutetrica composto por um tubo de vidro graduado em percentual

volumeacutetrico (0-20 v) um cilindro cocircnico um copo ciliacutendrico com uma tela de peneira

(malha 200 mesh)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Verta-se o fluido previamente passado atraveacutes da peneira do funil Marsh no tubo de

vidro graduado ateacute a marca indicada e depois se adiciona aacutegua ateacute a referecircncia

superior

bull obstrui-se a saiacuteda superior do tubo com o dedo e agita-se vigorosamente Em seguida

esvazia-se a amostra de fluido diluiacutedo atraveacutes da peneira lavando todo o resiacuteduo no

tubo com aacutegua Lava-se a areia retida na peneira ateacute eliminar os traccedilos de fluido

bull coloca-se o funil sobre a peneira e inverte-se o conjunto lentamente Faz-se retornar a

areia da peneira para o interior do tubo atraveacutes de jatos daacutegua

bull apoacutes a deposiccedilatildeo total da areia lecirc-se diretamente a percentagem em volume de areia

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 27

412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 28

CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 29

se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 30

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 31

A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 32

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 34

bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo primeiramente a Deus pois sem Ele natildeo teria conquistado nada em minha

vida Ele eacute a forccedila que me conduz pelos lugares mais altos que eu possa imaginar e que me

segura e me ergue quando penso em fraquejar

Agradeccedilo a minha famiacutelia que sempre me apoio em todos os meus projetos de vida

em especial a minha matildee Ciacutecera e meu irmatildeo Wellington que em nenhum momento

mediram esforccedilos para tornar esse projeto uma realidade Aos meus amigos de faculdades

que sempre me ajudaram e compartilharam tantos momentos felizes ao longo desses cincos

anos em especial a Ileacuteia pelo esforccedilo em conseguir esse estaacutegio e dedicaccedilatildeo ao longo deste

para tornaacute-lo viaacutevel Sem esquecer Nila claro amiga de todas as horas

Ao meu coordenador de estagio Prof Dr Everaldo Silvino e ao meu Supervisor de

estagio Engenheiro Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra pela orientaccedilatildeo e dedicaccedilatildeo no

desenvolvimento deste trabalho contribuindo para minha formaccedilatildeo acadecircmica e profissional

A todos do IP (Intervenccedilatildeo em Poccedilos do Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues)

principalmente para os mais proacuteximos Assis Eanes Bacelar Ironaldo Jackelan Rogeacuterio

Taacutessia Cordeiro Juacutelio Aratildeo Gazel Ciacutecero Evandro Joaldo Andreacuteia Teodoacutesio Ruy

Edfrance Luna Falcatildeo Walfredo Ionaldo o meu muito obrigado pelo incentivo

informaccedilotildees e conselho durante o desenvolvimento deste trabalho e eacute claro pela amizade e

conhecimentos compartilhados durante a nossa convivecircncia

Aos motoristas Zeca Joatildeo Soldado Sinobaldo e Raniery pela alegria e respeito

com que me conduziam

Aos amigos encontrados nesta empresa que vou carregar em meu coraccedilatildeo para o resto

da vida Djacyr Genigley Geilson Joanes e Lincoln

Agrave Estatal Petroacuteleo Brasileiro S A ndash PETROBRAS pela oportunidade dada

Ao corpo docente do curso de Graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica principalmente ao

Prof Dr Eduardo Lins de Barros Neto pela amizade dedicaccedilatildeo companheirismo e antes de

tudo pelo profissional que eacute

SUMAacuteRIO

1 ndash INTRODUCcedilAtildeO 10

2 ndash ASPECTOS TEOacuteRICOS 12

21ndash Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo 12

22- Fluidos de perfuraccedilatildeo 13

23-Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo 14

24-Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo 17

24-Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo 20

25-Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG 21

4 ndash METODOLOGIA DE ANAacuteLISE 25

41-Meacutetodos Fiacutesicos 25

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH 25

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia 26

412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica 27

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP 28

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos 29

416 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes 30

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS 32

421- DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR 32

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf 32

6 - CONCLUSAtildeO 37

7 - REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 39

Lista de Figuras

Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de perfuraccedilatildeo 21 Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom 25

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr 26

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom 27

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom 28

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom 29

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte

wwwfanncom 30

Lista de Tabelas

Tabela 2 1 ndash Tipo de fluidos utilizados no ATPARG 19

CAPIacuteTULO 1 INTRODUCcedilAtildeO GERAL

Introduccedilatildeo Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2006 10

1 ndash Introduccedilatildeo

Fluido de perfuraccedilatildeo eacute usado como ferramenta essencial na perfuraccedilatildeo de poccedilos de

petroacuteleo Sua importacircncia se justifica pela funccedilatildeo desempenhada durante a operaccedilatildeo de

perfuraccedilatildeo Eacute competecircncia dos fluidos de perfuraccedilatildeo carrear os cascalhos cortados pela broca

sustentar a parede do poccedilo lubrificar a broca controlar a pressatildeo existente na formaccedilatildeo etc

Essas funccedilotildees satildeo desempenhadas de acordo com as propriedades do fluido que satildeo

previamente especificadas e formuladas de acordo com a formaccedilatildeo O controle dessas

propriedades durante a operaccedilatildeo eacute garantia de um bom desempenho do fluido dentro do poccedilo

Esse controle eacute feito em campo por meacutetodos de anaacutelises de paracircmetros fiacutesicos e quiacutemicos

Durante vaacuterios anos utilizou-se fluido a base de oacuteleo diesel devido agrave excelente

performance proporcionada agrave perfuraccedilatildeo comparado ao fluido base aacutegua Poreacutem em alguns

lugares as leis ambientais vigentes natildeo permitem o uso deste tipo de fluido

Nos campos de petroacuteleo do Rio Grande do Norte devido a exigecircncias ambientais o

fluido de perfuraccedilatildeo utilizado eacute base aacutegua Este trabalho tem como objetivo apresentar uma

visatildeo geral sobre fluido de perfuraccedilatildeo bem como as metodologias de anaacutelises para o

monitoramento de algumas propriedades fiacutesicas e quiacutemicas de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

CAPIacuteTULO 2

ASPECTOS TEOacuteRICOS

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 12

2 - Aspectos Teoacutericos

21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo

O processo de exploraccedilatildeo de petroacuteleo envolve a pesquisa por formaccedilatildeo de rochas

associadas com oacuteleo ou depoacutesitos de gaacutes natural e compreende etapas que vatildeo desde a

prospecccedilatildeo geofiacutesica passando pela perfuraccedilatildeo exploratoacuteria desenvolvimento do poccedilo

quando economicamente viaacutevel e a sua exploraccedilatildeo se forem achados hidrocarbonetos em

quantidades suficientes caso contraacuterio o poccedilo poderaacute ser abandonado

Em terra ou mar a perfuraccedilatildeo de um poccedilo eacute um trabalho realizado sem interrupccedilatildeo

que soacute termina quando se atinge a profundidade programada ou o objetivo proposto para a

perfuraccedilatildeo A perfuraccedilatildeo em terra eacute feita com sonda de perfuraccedilatildeo constituiacuteda de estrutura

metaacutelica de mais de 40 metros de altura (torre) e de equipamentos especiais

A torre sustenta um tubo vertical a coluna de perfuraccedilatildeo em cuja extremidade eacute

colocada uma broca Por meio de movimentos de rotaccedilatildeo e peso transmitido pela coluna agrave

broca as rochas satildeo perfuradas Para contrabalanccedilar as pressotildees existentes na formaccedilatildeo

resfriar a broca carrear a rocha triturada (cascalhos de perfuraccedilatildeo) ateacute a superfiacutecie aleacutem de

evitar desmoronamento das paredes do poccedilo eacute circulado na coluna um fluido de perfuraccedilatildeo

O fluido eacute injetado por bombas para o interior da coluna de perfuraccedilatildeo atraveacutes da cabeccedila de

injeccedilatildeo ou Swivel e retorna agrave superfiacutecie atraveacutes do espaccedilo anular formado pelas paredes dos

poccedilos e a coluna Ao atingir determinada profundidade a coluna de perfuraccedilatildeo eacute retirada do

poccedilo e uma coluna de revestimento de accedilo de diacircmetro inferior ao da broca eacute descida no

poccedilo

O anular entre os tubos do revestimento e as paredes do poccedilo eacute cimentado com

finalidade de isolar as rochas atravessadas permitindo entatildeo o avanccedilo de perfuraccedilatildeo com

seguranccedila Apoacutes a operaccedilatildeo de cimentaccedilatildeo a coluna de perfuraccedilatildeo eacute novamente decida no

poccedilo tendo na sua extremidade nova broca de diacircmetro menor do que a do revestimento para

o prosseguimento da perfuraccedilatildeo

Do exposto percebe-se que um poccedilo eacute perfurado em diversas fases caracterizadas

pelos diacircmetros das brocas No caso dos poccedilos do Alto do Rodrigues e Fazenda Porcinho a

sua grande maioria eacute perfurada em duas fases

A fase inicial ou fase ldquoumrdquo abrange os niacuteveis mais superficiais do terreno onde eacute

utilizado um fluido mais simples composto de apenas bentonita soacutedica e aacutegua Num segundo

estaacutegio fase ldquodoisrdquo eacute usado um fluido mais elaborado cuja composiccedilatildeo oferece

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 13

caracteriacutesticas que permitem uma obtenccedilatildeo de perfis geoloacutegicos aleacutem de prover inibiccedilatildeo

fiacutesico-quiacutemica dos argilo-minerais reduzindo a interaccedilatildeo rocha-fluido entre outras

22 Fluidos de perfuraccedilatildeo

Os fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo misturas complexas de soacutelidos liacutequidos produtos

quiacutemicos e por vezes ateacute gases Do ponto de vista quiacutemico eles podem assumir aspectos de

suspensatildeo dispersatildeo coloidal ou emulsatildeo dependendo do estado fiacutesico dos componentes

O fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser estaacutevel do ponto de vista quiacutemico estabilizar as

paredes do poccedilo mecacircnica e quimicamente facilitar a separaccedilatildeo dos cascalhos na superfiacutecie

manter os soacutelidos em suspensatildeo quando estiver em repouso ser inerte em relaccedilatildeo a danos agraves

rochas produtoras aceitar qualquer tratamento fiacutesico e quiacutemico ser bombeaacutevel apresentar

baixo grau de corrosatildeo e de abrasatildeo em relaccedilatildeo agrave coluna de perfuraccedilatildeo e demais

equipamentos do sistema de circulaccedilatildeo facilitar as interpretaccedilotildees geoloacutegicas do material do

poccedilo e apresentar custo compatiacutevel com a

operaccedilatildeo

O escoamento do fluido de perfuraccedilatildeo

para baixo pela tubulaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo e para

cima pelo poccedilo algumas vezes eacute interrompido

ou por causa de um problema ou para elevar a

tubulaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo para cima e para fora do

poccedilo permitindo a troca da broca Quando a perfuraccedilatildeo paacutera os cortes em suspensatildeo no

fluido podem afundar no poccedilo prendendo a broca

Os fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo projetados com uma propriedade muito interessante que

resolve esse problema Sua espessura ou viscosidade aumenta quando diminui o seu

movimento Quando o fluido paacutera de circular ele forma um gel espesso que manteacutem os

cortes de rocha em suspensatildeo e evita que eles afundem no poccedilo

Quando o fluido comeccedila a circular novamente ele torna-se mais fino e volta agrave forma

liacutequida anterior essa propriedade do fluido garante ao transporte dos cascalhos para a

superfiacutecie limpando assim o fundo do poccedilo

O fluido tambeacutem eacute responsaacutevel por exercer pressatildeo hidrostaacutetica sobre as formaccedilotildees

evitando assim o influxo de fluidos indesejaacuteveis (kick) e estabilizar as paredes do poccedilo

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23 Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo

As propriedades de controle dos fluidos podem ser fiacutesicas ou quiacutemicas As fiacutesicas satildeo

mais geneacutericas ou seja satildeo vaacutelidas para qualquer tipo de fluido Jaacute as quiacutemicas satildeo

especiacuteficas para cada tipo de fluido

As propriedades fiacutesicas mais importantes e frequumlentemente medidas nas sondas satildeo as

densidades os paracircmetros reoloacutegicos as forccedilas geacuteis (inicial e final) os paracircmetros de

filtraccedilatildeo e teor de soacutelidos

As propriedades quiacutemicas mais frequumlentemente determinadas nos laboratoacuterios das

sondas satildeo o pH os teores de cloreto e de bentonita e a alcalinidade O excesso de cal

(determinada nos fluidos tratados por cal hidratada) teor de caacutelcio e de magneacutesio a

concentraccedilatildeo de H2S e a concentraccedilatildeo de potaacutessio (testada nos fluidos inibidos por gesso)

Densidade

Os limites de variaccedilatildeo da densidade dos fluidos para perfurar uma determinada fase

satildeo definidos pela pressatildeo atuante no fluido que se encontra no espaccedilo poroso da rocha (limite

miacutenimo) e pela pressatildeo para qual a rocha se rompe (limite maacuteximo) das formaccedilotildees expostas

A baritina (BaSO4) tem o poder de aumentar a densidade de um fluido Este tem

densidade de 425 enquanto a densidade dos soacutelidos perfurados eacute em torno de 26 Para

reduzir a densidade dos fluidos agrave base de aacutegua dilui-se com aacutegua (densidade 100) ou oacuteleo

diesel (densidade 082)

Paracircmetros reoloacutegicos e forccedilas geacuteis

O comportamento do fluxo de um fluido eacute definido pelos paracircmetros reoloacutegicos Para

isto considera-se que o fluido eacute definido como um modelo reoloacutegico cujos paracircmetros vatildeo

influir diretamente no caacutelculo de perdas de cargas na tubulaccedilatildeo e velocidade de transporte dos

cascalhos

O controle de propriedades reoloacutegicas eacute de vital importacircncia nas operaccedilotildees de

perfuraccedilatildeo pois elas satildeo responsaacuteveis pela remoccedilatildeo dos cascalhos perfurados Aleacutem disso

influenciam no progresso da perfuraccedilatildeo que se chama de taxa de penetraccedilatildeo

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O descontrole dessa propriedade juntamente com o gel do fluido ocasiona problemas

seacuterios como Obstruccedilatildeo do anular formaccedilatildeo de fundo falso reduccedilatildeo de taxa de penetraccedilatildeo

alargamento do poccedilo prisatildeo da coluna perda de circulaccedilatildeo etc

Para os fluidos de perfuraccedilatildeo assume-se o modelo de Bingham o qual postula que

uma determinada tensatildeo deve ser aplicada para iniciar o fluxo (limite de escoamento) e acima

dessa tensatildeo o fluido se comporta como Newtoniano isto eacute Tensatildeo cisalhante (T)

proporcional a taxa de cisalhamento (TC)

Alguns fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo tixotroacutepicos isto eacute adquirem um estado semi-riacutegido

quando estatildeo em repouso e quando em movimentam apresentam fluidez A forccedila gel eacute um

paracircmetro de natureza reoloacutegica que indica o grau de gelificaccedilatildeo devido agrave interaccedilatildeo eleacutetrica

entre partiacuteculas dispersas

A forccedila gel inicial mede a resistecircncia inicial para colocar o fluido em fluxo A forccedila

gel final mede a resistecircncia do fluido para reiniciar o fluxo quando este fica um certo tempo

em repouso A diferenccedila entre elas indica o grau de tixotropia do fluido

Paracircmetros de filtraccedilatildeo

Devido agrave pressatildeo da coluna de fluido ter que ser maior que a pressatildeo de poro de

formaccedilatildeo para evitar o influxo dos fluidos contido nas rochas o fluido de perfuraccedilatildeo deveria

invadir continuamente as formaccedilotildees permeaacuteveis se natildeo houvesse o depoacutesito de um reboco

que eacute a capacidade do fluido de perfuraccedilatildeo em formar uma camada de partiacuteculas soacutelidas

uacutemidas sobre as rochas permeaacuteveis expostas pela broca e eacute de fundamental importacircncia para

o sucesso da perfuraccedilatildeo e da completaccedilatildeo do poccedilo

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido de perfuraccedilatildeo denominada filtrado invade a

formaccedilatildeo

O controle do filtrado torna-se criacutetico em casos de formaccedilotildees de folhelhos sensiacuteveis a

aacutegua esses folhelhos desenvolvem pressotildees devido ao inchamento pelo contato com a aacutegua

causando desmoronamento e alargamento do poccedilo Em formaccedilotildees permeaacuteveis o depoacutesito de

um reboco muito espesso causa reduccedilatildeo acentuada do diacircmetro do poccedilo aleacutem do que um

reboco espesso facilita a prisatildeo por pressatildeo diferencial

Para formar o reboco deve haver o influxo da fase liacutequida do fluido do poccedilo para a

formaccedilatildeo Este processo eacute conhecido como filtraccedilatildeo Eacute essencial que o fluido tenha uma

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fraccedilatildeo razoaacutevel de partiacuteculas com dimensotildees ligeiramente menores agraves dimensotildees dos poros

das rochas expostas

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido o filtrado invade a rocha

O filtrado e a espessura de reboco satildeo dois paracircmetros medidos rotineiramente para

definir o comportamento do fluido quanto agrave filtraccedilatildeo

Teor de soacutelidos

O teor de soacutelidos cujo valor deve ser mantido no miacutenimo possiacutevel eacute uma propriedade

que deve ser controlada com rigor porque o seu aumento implica aumento de vaacuterias outras

propriedades (densidade viscosidade e forccedila gel) aleacutem de aumentar a ocorrecircncia de

problemas como desgaste dos equipamentos de circulaccedilatildeo fratura das formaccedilotildees devido agrave

elevaccedilatildeo das pressotildees de bombeio ou hidrostaacutetica prisatildeo da coluna e reduccedilatildeo da taxa de

penetraccedilatildeo

O tratamento do fluido para reduzir o teor de soacutelidos pode ser preventivo ou corretivo

O tratamento preventivo consiste em inibir o fluido fiacutesico ou quimicamente evitando-se a

dispersatildeo dos soacutelidos perfurados No meacutetodo corretivo pode-se fazer uso de equipamentos

extratores de soacutelidos tais como tanques de decantaccedilatildeo peneiras hidrociclones e

centrifugadores ou diluir o fluido

Concentraccedilatildeo Hidrogeniocircnica ndash pH

O controle quiacutemico de alguns sistemas de fluido de perfuraccedilatildeo baseia-se na

determinaccedilatildeo do pH (pH=- log [H+] onde [H+] eacute a concentraccedilatildeo molar do iacuteon H+) O pH dos

fluidos de perfuraccedilatildeo eacute geralmente mantido no intervalo alcalino devido a fatores tais como

reduzir a taxa de corrosatildeo e aumentar a eficiecircncia dos dispersantes bem como aumentar o

rendimento das bentonitas

O pH dos fluidos de perfuraccedilatildeo tem que ser mantido na faixa de 7 a 10 com o intuito

de reduzir a taxa de corrosatildeo dos equipamentos e evitar a dispersatildeo das formaccedilotildees argilosas

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Alcalinidades

A alcalinidade eacute determinada por meacutetodos diretos de titulaccedilatildeo volumeacutetrica de

neutralizaccedilatildeo e esta leva em consideraccedilatildeo as espeacutecies carbonatos (CO3--) e bicarbonatos

HC03- dissolvidos no fluido aleacutem dos iacuteons hidroxilas (OH-) dissolvidos e natildeo dissolvidos

Se numa soluccedilatildeo aquosa (no caso o filtrado do fluido) houver apenas OH- entatildeo soacute se

mede Pf natildeo havendo C03-2 nem HC03

- a viragem do metilorange se daacute com a primeira gota

de soluccedilatildeo de H2S04 N50 A medida em que o Mf cresce tornando-se maior do que o Pf a

alcalinidade passa a ser devido a OH- + C03-2 a C03

-2 + HC03- e por fim somente a HC03

-

quando o Pf = O Entre o Pf = Mf e Pf = O vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser

deduzida cada uma sendo apropriada para fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

Esse teste identifica a alcalinidade parcial do filtrado alcalinidade da lama e

alcalinidade total do filtrado

Teor de cloretos ou salinidade

Este teste eacute feito por anaacutelise volumeacutetrica de precipitaccedilatildeo por titulaccedilatildeo dos iacuteons

cloretos

Os resultados obtidos com esses testes no campo satildeo utilizados para identificar o teor

salino da aacutegua de preparo do fluido controlar a salinidade de fluidos inibidos com sal

identificar influxos de aacutegua salgada e identificar a perfuraccedilatildeo de uma rocha ou domo salino

Teor de bentonita ou de soacutelidos ativos

O teste do azul de metileno ou MBT eacute uma anaacutelise volumeacutetrica por adsorccedilatildeo que serve

como inibidor da quantidade de soacutelidos ativos ou bentoniacuteticos no fluido de perfuraccedilatildeo Este

mede a capacidade de troca de caacutetion (CTC) das argilas e soacutelidos ativos presentes

24 Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo

O fluido de perfuraccedilatildeo eacute classificado de acordo com a composiccedilatildeo baseado no

constituinte principal da fase contiacutenua ou dispersante e satildeo eles fluido a base de aacutegua fluidos

a base de oacuteleo e fluidos a base de ar ou de gaacutes neste relatoacuterio vamos nos deter ao fluido de

perfuraccedilatildeo base aacutegua que foi o trabalhado durante o estaacutegio

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Fluidos a base de aacutegua

A definiccedilatildeo de um fluido a base aacutegua considera principalmente a natureza da aacutegua e os

aditivos quiacutemicos empregados no preparo do fluido A proporccedilatildeo entre os componentes

baacutesicos e as interaccedilotildees entre eles provoca sensiacuteveis modificaccedilotildees nas propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido Consequumlentemente a composiccedilatildeo eacute o principal fator a considerar no

controle das suas propriedades

A aacutegua eacute a fase contiacutenua e o principal componente de qualquer fluido agrave base de aacutegua

podendo ser doce dura ou salgada A aacutegua doce natildeo precisa de tratamento preacutevio pois natildeo

afeta o desempenho dos aditivos empregados no preparo do fluido sua salinidade eacute inferior a

1000 ppm de NaCl equivalente

A aacutegua dura tem a presenccedila de sais de caacutelcio e magneacutesio dissolvido onde estes

apresentam concentraccedilotildees capazes de alterar o desempenho dos aditivos do fluido de

perfuraccedilatildeo

A aacutegua salgada possui salinidade superior a 1000 ppm de NaCl equivalente e pode ser

natural como a aacutegua do mar ou pode ser salgada com a adiccedilatildeo de sais como NaCl KCl ou

CaCl2 A aacutegua tem a funccedilatildeo de prover o meio de dispersatildeo para os mateacuterias coloidais estes

controlam a viscosidade limite de escoamento forccedilas geacuteis e filtrado em valores adequados

para conferir ao fluido uma boa taxa de remoccedilatildeo dos soacutelidos perfurados e capacidade de

estabilizaccedilatildeo das paredes do poccedilo

Os fatores a serem considerados na seleccedilatildeo da aacutegua de preparo satildeo disponibilidade

custo de transporte e de tratamento tipos de formaccedilotildees geoloacutegicas a serem perfuradas

produtos quiacutemicos que comporatildeo o fluido e equipamentos e teacutecnicas a serem usados na

avaliaccedilatildeo das formaccedilotildees

Os soacutelidos dispersos em meio aquoso podem ser ativos ou inertes Os soacutelidos ativos

satildeo materiais argilosos cuja funccedilatildeo principal eacute aumentar a viscosidade do fluido A argila

mais usada eacute a bentonita

Os soacutelidos inertes podem se originar da adiccedilatildeo de materiais industrializados ou de

detritos finos das rochas perfuradas O adensante baritina eacute o soacutelido inerte mais comuns dentre

os produtos comercializados Os soacutelidos inertes oriundos das rochas perfuradas satildeo areia silte

e calcaacuterio fino

Os produtos quiacutemicos a serem adicionados ao fluido podem ser

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bull alcalinizantes e controladores de pH como soda caacuteustica potassa caacuteustica e cal

hidratada

bull dispersantes como o lignossulfonato tanino lignito e fosfato

bull redutores de filtrado como amido

bull floculantes como a soda caacuteustica cal e cloreto de soacutedio

bull poliacutemeros de uso geral para viscosificar desflocular ou reduzir filtrado

bull surfactantes para emulsificar e reduzir a tensatildeo superficial

bull removedores de caacutelcio e magneacutesio como carbonato e bicarbonato de soacutedio

bull inibidores de formaccedilatildeo ativas como cloreto de potaacutessio soacutedio e caacutelcio

bull bactericidas como paraformaldeiacutedo composto organoclorados soda caacuteustica e

cal

Produtos quiacutemicos mais especiacuteficos como anticorrosivos traccediladores quiacutemicos

antiespumantes entre outros tambeacutem podem estar presentes

A Tabela 21 abaixo apresenta a composiccedilatildeo dos fluidos usado na Petrobraacutes (ATP-

ARGIP) com seus respectivos coacutedigos

COacuteDIGO Tipos de

Fluido COacuteDIGO Tipos de Fluido

1 Aacutegua do Mar 12 NaCl com Poliacrilamida

2 Convencional 13 Milk Mud

3 BTS 14 Espuma

4 Nativo 15 Convencional com Asfalto e

LCM

5 NaCl com Poliacutemeros

16 Base Oacuteleo Mineral

6 Base Cal 17 Especiais para alta

temperatura

7 Disperso 18 Biopoliacutemero Saturado

8 KCL com Poliacutemero 19 Catiocircnico

9 Saturado 20 KCl com Poliacrilamida

10 Aerado 21 Biopoliacutemero com Carbonato

11 Base Oacuteleo Diesel 22 Sinteacutetico (Eacutester ou Parafina)

Tabela 2 1 ndash Tipo de fluidos utilizados no ATPARG

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Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados Tipo 2 Aacutegua Industrial argila ativada e soda caacuteustica

Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e

calcaacuterio

Tipo 19 Aacutegua Industrial Oacutexido de Magneacutesio Goma Xantana CMC BBV ADS

Amido Comum Cloreto de soacutedio Poliacutemero Catiocircnico Calcaacuterio Fino Lubrificante Preventor

de enceramento e Bactericida

24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo

O controle dos soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo eacute feito por um sistema de equipamentos

extratores buscando sempre manter o teor de soacutelidos adequados ao trabalho Quando estes

natildeo satildeo suficientes para esse controle a accedilatildeo corretiva implicaraacute num custo adicional pois

uma nova formulaccedilatildeo teraacute que ser feita ou seja um fluido novo seraacute misturado para diluiccedilatildeo

O natildeo uso dos equipamentos ou a natildeo correccedilatildeo do teor de soacutelidos implica na reduccedilatildeo da taxa

de penetraccedilatildeo problemas de ordem reoloacutegicas do fluido de perfuraccedilatildeo reboco de baixa

qualidade maior densidade equivalente de circulaccedilatildeo dano a formaccedilatildeo ameaccedila de prisatildeo da

coluna por diferencial de pressatildeo elevado desgaste de equipamentos grande volume de

resiacuteduos gerados e maior custo global

Existe algumas recomendaccedilotildees que se forem seguidas auxiliam na soluccedilatildeo de

problemas provocados por soacutelidos satildeo elas

Analisar os testes do fluido de perfuraccedilatildeo a fim de identificar a presenccedila de

um teor elevado de soacutelidos

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

eficientemente

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

em sequumlecircncia apropriada

Verificar se os equipamentos instalados na sonda tecircm capacidade suficiente

para remover soacutelidos numa taxa que permita trabalhar na faixa aceitaacutevel de teor

de soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo

Verificar qual o equipamento adicional necessaacuterio para resolver o problema

provocado pelo teor elevado de soacutelidos

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PEN

EIR

AS

KELLY (HASTE QUADRADA)

KATARINA

DESLIZADOR DE CASCALHOS

TUBOS PESADOS (HW)

PEN

EIR

AS

COMANDOS

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo da diluiccedilatildeo necessaacuteria para resolver o problema sem o uso

de equipamento adicional

Comparar os custos determinados em nos dois itens anteriores

Recomendar se necessaacuterio a instalaccedilatildeo de equipamento adicional extrator de

soacutelidos

Caso seja instalado um equipamento adicional de soacutelidos operaacute-lo por um

periacuteodo apropriado de tempo repetir os testes com o fluido de perfuraccedilatildeo e

avaliar a eficiecircncia do equipamento adicional instalado

25 Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de

perfuraccedilatildeo do ATP-ARG

Peneiras Vibratoacuterias

A peneira vibratoacuteria eacute a primeira

barreira na retenccedilatildeo dos soacutelidos do fluido de

perfuraccedilatildeo que retorna durante a saiacuteda de

cada ciclo de circulaccedilatildeo Dessa etapa os

soacutelidos mais grosseiros satildeo retidos jaacute que eacute

mais faacutecil removecirc-los antes de passar pelos

hidrociclones e centrifugadores Ao lado

apresenta-se uma figura esquemaacutetica com o

percurso simplificado do fluido no poccedilo

quando se estaacute perfurando

Hidrociclones

A separaccedilatildeo dos soacutelidos ocorre da seguinte

forma o liacutequido contendo a fraccedilatildeo mais fina

de partiacuteculas menores eacute descarregado atraveacutes Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de

perfuraccedilatildeo

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 22

do tubo cilindro central (overflow) o liacutequido contendo os soacutelidos mais grossos eacute

descarregado pelo underflow

Os cones hoje satildeo feitos de poliuretano este material quando expostos a altas

temperaturas (150 e 175 ordm F) amolecem fazendo com que haja a necessidade de substituiacute-los

A viscosidade do fluido o teor de soacutelidos na alimentaccedilatildeo a pressatildeo disponiacutevel na

entrada do equipamento e o lay-out do percurso feito pelo fluido influencia de forma direta no

desempenho do equipamento

Quanto menor a viscosidade (dentro do possiacutevel) maior o desempenho do

hidrociclone

Uma grande concentraccedilatildeo de soacutelidos na alimentaccedilatildeo tem efeito negativo no

desempenho Com o hidrociclone trabalhando com descarga tipo ldquosprayrdquo o ponto de corte

meacutedio aumenta quando a carga de soacutelidos aumenta Quando a carga de soacutelidos ultrapassa o

ponto suportaacutevel pelo ldquounderflowrdquo o hidrociclone comeccedila a descarregar em ldquoforma de cordardquo

e o ponto de corte meacutedio aumenta drasticamente A pressatildeo recomendada pela maioria dos

fabricantes e fornecedores de hidrociclones jaacute estaacute otimizada A maioria dos hidrociclones no

campo requer de 70 a 80 peacutes de fluido de pressatildeo hidrostaacutetica Os hidrociclones utilizados nas

sondas satildeo chamados de desareadores e dessiltadores

Depuradores (MUD CLEANER)

Este eacute composto por hidrociclones em seacuterie com uma tela fina que permite recuperar

partiacuteculas e eacute usado com fluidos de perfuraccedilatildeo pesados As partiacuteculas soacutelidas que esse

equipamento remove satildeo maiores que a baritina Como ocorre no ciclone parte do material eacute

recuperada e parte eacute descartada o recuperado retorna ao fluido reduzindo custos

Monta-se uma cobertura onde a tela estaacute colocada fazendo com que todos os soacutelidos

descarregados pelos dessiltadores satildeo retornados para o sistema de circulaccedilatildeo No caso de

baritina ser adicionada ao fluido a cobertura daacute lugar a tela fina Esse equipamento reduz a

perda da baritina dos fluidos pesados no intuito de recuperar fluidos caros e reduzir descarte

de poluente ao meio ambiente

Decantador Centriacutefugo

A funccedilatildeo deste equipamento eacute separar soacutelidos de liacutequidos eacute formado por um tambor

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 23

ciliacutendrico-cocircnico composto por uma seccedilatildeo cocircnica que origina a chamada ldquopraiardquo e uma ou

vaacuterios secccedilotildees ciliacutendricas conectadas que origina a ldquopiscinardquoUm parafuso transportador que

fica dentro do tambor rotativo

Eacute possiacutevel ajustar a profundidade do liacutequido no tambor o niacutevel da piscina teraacute um

efeito sobre a eficiecircncia de separaccedilatildeo pois ele afetaraacute as aacutereas secas e molhadas da praia bem

como a secagem dos soacutelidos e a habilidade fiacutesica do parafuso em transportar os soacutelidos para o

tambor

A medida do teor de areia num fluido nos daacute um paracircmetro de avaliaccedilatildeo dos

equipamentos extratores de soacutelidos da sonda e serve como uma medida de abrasividade do

fluido

CAPIacuteTULO 4

METODOLOGIA DE ANAacuteLISES

Metodologia de anaacutelise Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 25

4 - Metodologia de anaacutelise

O monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo eacute feito

de acordo com as metodologias descritas neste capiacutetulo Aqui seratildeo descritos os meacutetodos

fiacutesicos e quiacutemicos para anaacutelises de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

As anaacutelises que seratildeo descritas neste documento estatildeo de acordo com o Manual de

Laboratoacuterio de Fluido Programa de Trainees Petrobras ndash 2002 Quiacutemico de Petroacuteleo Junior

41 Meacutetodos Fiacutesicos

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH

Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom

A Figura 41 mostra o funil Marsh que eacute um funil com as seguintes dimensotildees 1524

cm (6rdquo) de diacircmetro na parte superior 3048 cm (12rdquo) de altura A metade da abertura

superior eacute coberta por uma peneira de malha nordm 10 O orifiacutecio inferior tem 476 mm (316rdquo) de

diacircmetro interno e 508 cm (2rdquo) de comprimento A capacidade do funil ateacute a marca superior eacute

de 1500 cmsup3

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Se segura o funil em posiccedilatildeo vertical obstruindo o orifiacutecio de descarga com o dedo

indicador

bull verta-se atraveacutes da peneira a amostra de fluido tomada em qualquer ponto onde ela

esteja em agitaccedilatildeo ateacute que o niacutevel da mesma fique rente agrave parte inferior da tela da

peneira

bull imediatamente retira-se o dedo do tubo de descarga e com o auxiacutelio de um

cronocircmetro observa-se o tempo em segundos necessaacuterio para que escoe um (01) litro

de fluido para um recipiente graduado

bull a operaccedilatildeo deve ser raacutepida para minimizar erros

bull registra-se a ldquoViscosidaderdquo Marsh em segundos1000 cmsup3 de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Verifica-se a precisatildeo do funil Marsh com 1500 cmsup3 de aacutegua doce a 21ordmC O tempo de

escoamento de 1000 cmsup3 de aacutegua deve ser de 28 plusmn 05 segundos

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr

A Figura 42 mostra o conjunto que registra o conteuacutedo de areia presente no fluido

em percentagem volumeacutetrica composto por um tubo de vidro graduado em percentual

volumeacutetrico (0-20 v) um cilindro cocircnico um copo ciliacutendrico com uma tela de peneira

(malha 200 mesh)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Verta-se o fluido previamente passado atraveacutes da peneira do funil Marsh no tubo de

vidro graduado ateacute a marca indicada e depois se adiciona aacutegua ateacute a referecircncia

superior

bull obstrui-se a saiacuteda superior do tubo com o dedo e agita-se vigorosamente Em seguida

esvazia-se a amostra de fluido diluiacutedo atraveacutes da peneira lavando todo o resiacuteduo no

tubo com aacutegua Lava-se a areia retida na peneira ateacute eliminar os traccedilos de fluido

bull coloca-se o funil sobre a peneira e inverte-se o conjunto lentamente Faz-se retornar a

areia da peneira para o interior do tubo atraveacutes de jatos daacutegua

bull apoacutes a deposiccedilatildeo total da areia lecirc-se diretamente a percentagem em volume de areia

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412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 28

CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 29

se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 30

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 31

A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 32

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 34

bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

SUMAacuteRIO

1 ndash INTRODUCcedilAtildeO 10

2 ndash ASPECTOS TEOacuteRICOS 12

21ndash Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo 12

22- Fluidos de perfuraccedilatildeo 13

23-Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo 14

24-Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo 17

24-Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo 20

25-Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG 21

4 ndash METODOLOGIA DE ANAacuteLISE 25

41-Meacutetodos Fiacutesicos 25

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH 25

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia 26

412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica 27

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP 28

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos 29

416 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes 30

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS 32

421- DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR 32

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf 32

6 - CONCLUSAtildeO 37

7 - REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 39

Lista de Figuras

Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de perfuraccedilatildeo 21 Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom 25

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr 26

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom 27

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom 28

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom 29

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte

wwwfanncom 30

Lista de Tabelas

Tabela 2 1 ndash Tipo de fluidos utilizados no ATPARG 19

CAPIacuteTULO 1 INTRODUCcedilAtildeO GERAL

Introduccedilatildeo Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2006 10

1 ndash Introduccedilatildeo

Fluido de perfuraccedilatildeo eacute usado como ferramenta essencial na perfuraccedilatildeo de poccedilos de

petroacuteleo Sua importacircncia se justifica pela funccedilatildeo desempenhada durante a operaccedilatildeo de

perfuraccedilatildeo Eacute competecircncia dos fluidos de perfuraccedilatildeo carrear os cascalhos cortados pela broca

sustentar a parede do poccedilo lubrificar a broca controlar a pressatildeo existente na formaccedilatildeo etc

Essas funccedilotildees satildeo desempenhadas de acordo com as propriedades do fluido que satildeo

previamente especificadas e formuladas de acordo com a formaccedilatildeo O controle dessas

propriedades durante a operaccedilatildeo eacute garantia de um bom desempenho do fluido dentro do poccedilo

Esse controle eacute feito em campo por meacutetodos de anaacutelises de paracircmetros fiacutesicos e quiacutemicos

Durante vaacuterios anos utilizou-se fluido a base de oacuteleo diesel devido agrave excelente

performance proporcionada agrave perfuraccedilatildeo comparado ao fluido base aacutegua Poreacutem em alguns

lugares as leis ambientais vigentes natildeo permitem o uso deste tipo de fluido

Nos campos de petroacuteleo do Rio Grande do Norte devido a exigecircncias ambientais o

fluido de perfuraccedilatildeo utilizado eacute base aacutegua Este trabalho tem como objetivo apresentar uma

visatildeo geral sobre fluido de perfuraccedilatildeo bem como as metodologias de anaacutelises para o

monitoramento de algumas propriedades fiacutesicas e quiacutemicas de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

CAPIacuteTULO 2

ASPECTOS TEOacuteRICOS

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 12

2 - Aspectos Teoacutericos

21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo

O processo de exploraccedilatildeo de petroacuteleo envolve a pesquisa por formaccedilatildeo de rochas

associadas com oacuteleo ou depoacutesitos de gaacutes natural e compreende etapas que vatildeo desde a

prospecccedilatildeo geofiacutesica passando pela perfuraccedilatildeo exploratoacuteria desenvolvimento do poccedilo

quando economicamente viaacutevel e a sua exploraccedilatildeo se forem achados hidrocarbonetos em

quantidades suficientes caso contraacuterio o poccedilo poderaacute ser abandonado

Em terra ou mar a perfuraccedilatildeo de um poccedilo eacute um trabalho realizado sem interrupccedilatildeo

que soacute termina quando se atinge a profundidade programada ou o objetivo proposto para a

perfuraccedilatildeo A perfuraccedilatildeo em terra eacute feita com sonda de perfuraccedilatildeo constituiacuteda de estrutura

metaacutelica de mais de 40 metros de altura (torre) e de equipamentos especiais

A torre sustenta um tubo vertical a coluna de perfuraccedilatildeo em cuja extremidade eacute

colocada uma broca Por meio de movimentos de rotaccedilatildeo e peso transmitido pela coluna agrave

broca as rochas satildeo perfuradas Para contrabalanccedilar as pressotildees existentes na formaccedilatildeo

resfriar a broca carrear a rocha triturada (cascalhos de perfuraccedilatildeo) ateacute a superfiacutecie aleacutem de

evitar desmoronamento das paredes do poccedilo eacute circulado na coluna um fluido de perfuraccedilatildeo

O fluido eacute injetado por bombas para o interior da coluna de perfuraccedilatildeo atraveacutes da cabeccedila de

injeccedilatildeo ou Swivel e retorna agrave superfiacutecie atraveacutes do espaccedilo anular formado pelas paredes dos

poccedilos e a coluna Ao atingir determinada profundidade a coluna de perfuraccedilatildeo eacute retirada do

poccedilo e uma coluna de revestimento de accedilo de diacircmetro inferior ao da broca eacute descida no

poccedilo

O anular entre os tubos do revestimento e as paredes do poccedilo eacute cimentado com

finalidade de isolar as rochas atravessadas permitindo entatildeo o avanccedilo de perfuraccedilatildeo com

seguranccedila Apoacutes a operaccedilatildeo de cimentaccedilatildeo a coluna de perfuraccedilatildeo eacute novamente decida no

poccedilo tendo na sua extremidade nova broca de diacircmetro menor do que a do revestimento para

o prosseguimento da perfuraccedilatildeo

Do exposto percebe-se que um poccedilo eacute perfurado em diversas fases caracterizadas

pelos diacircmetros das brocas No caso dos poccedilos do Alto do Rodrigues e Fazenda Porcinho a

sua grande maioria eacute perfurada em duas fases

A fase inicial ou fase ldquoumrdquo abrange os niacuteveis mais superficiais do terreno onde eacute

utilizado um fluido mais simples composto de apenas bentonita soacutedica e aacutegua Num segundo

estaacutegio fase ldquodoisrdquo eacute usado um fluido mais elaborado cuja composiccedilatildeo oferece

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 13

caracteriacutesticas que permitem uma obtenccedilatildeo de perfis geoloacutegicos aleacutem de prover inibiccedilatildeo

fiacutesico-quiacutemica dos argilo-minerais reduzindo a interaccedilatildeo rocha-fluido entre outras

22 Fluidos de perfuraccedilatildeo

Os fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo misturas complexas de soacutelidos liacutequidos produtos

quiacutemicos e por vezes ateacute gases Do ponto de vista quiacutemico eles podem assumir aspectos de

suspensatildeo dispersatildeo coloidal ou emulsatildeo dependendo do estado fiacutesico dos componentes

O fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser estaacutevel do ponto de vista quiacutemico estabilizar as

paredes do poccedilo mecacircnica e quimicamente facilitar a separaccedilatildeo dos cascalhos na superfiacutecie

manter os soacutelidos em suspensatildeo quando estiver em repouso ser inerte em relaccedilatildeo a danos agraves

rochas produtoras aceitar qualquer tratamento fiacutesico e quiacutemico ser bombeaacutevel apresentar

baixo grau de corrosatildeo e de abrasatildeo em relaccedilatildeo agrave coluna de perfuraccedilatildeo e demais

equipamentos do sistema de circulaccedilatildeo facilitar as interpretaccedilotildees geoloacutegicas do material do

poccedilo e apresentar custo compatiacutevel com a

operaccedilatildeo

O escoamento do fluido de perfuraccedilatildeo

para baixo pela tubulaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo e para

cima pelo poccedilo algumas vezes eacute interrompido

ou por causa de um problema ou para elevar a

tubulaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo para cima e para fora do

poccedilo permitindo a troca da broca Quando a perfuraccedilatildeo paacutera os cortes em suspensatildeo no

fluido podem afundar no poccedilo prendendo a broca

Os fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo projetados com uma propriedade muito interessante que

resolve esse problema Sua espessura ou viscosidade aumenta quando diminui o seu

movimento Quando o fluido paacutera de circular ele forma um gel espesso que manteacutem os

cortes de rocha em suspensatildeo e evita que eles afundem no poccedilo

Quando o fluido comeccedila a circular novamente ele torna-se mais fino e volta agrave forma

liacutequida anterior essa propriedade do fluido garante ao transporte dos cascalhos para a

superfiacutecie limpando assim o fundo do poccedilo

O fluido tambeacutem eacute responsaacutevel por exercer pressatildeo hidrostaacutetica sobre as formaccedilotildees

evitando assim o influxo de fluidos indesejaacuteveis (kick) e estabilizar as paredes do poccedilo

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 14

23 Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo

As propriedades de controle dos fluidos podem ser fiacutesicas ou quiacutemicas As fiacutesicas satildeo

mais geneacutericas ou seja satildeo vaacutelidas para qualquer tipo de fluido Jaacute as quiacutemicas satildeo

especiacuteficas para cada tipo de fluido

As propriedades fiacutesicas mais importantes e frequumlentemente medidas nas sondas satildeo as

densidades os paracircmetros reoloacutegicos as forccedilas geacuteis (inicial e final) os paracircmetros de

filtraccedilatildeo e teor de soacutelidos

As propriedades quiacutemicas mais frequumlentemente determinadas nos laboratoacuterios das

sondas satildeo o pH os teores de cloreto e de bentonita e a alcalinidade O excesso de cal

(determinada nos fluidos tratados por cal hidratada) teor de caacutelcio e de magneacutesio a

concentraccedilatildeo de H2S e a concentraccedilatildeo de potaacutessio (testada nos fluidos inibidos por gesso)

Densidade

Os limites de variaccedilatildeo da densidade dos fluidos para perfurar uma determinada fase

satildeo definidos pela pressatildeo atuante no fluido que se encontra no espaccedilo poroso da rocha (limite

miacutenimo) e pela pressatildeo para qual a rocha se rompe (limite maacuteximo) das formaccedilotildees expostas

A baritina (BaSO4) tem o poder de aumentar a densidade de um fluido Este tem

densidade de 425 enquanto a densidade dos soacutelidos perfurados eacute em torno de 26 Para

reduzir a densidade dos fluidos agrave base de aacutegua dilui-se com aacutegua (densidade 100) ou oacuteleo

diesel (densidade 082)

Paracircmetros reoloacutegicos e forccedilas geacuteis

O comportamento do fluxo de um fluido eacute definido pelos paracircmetros reoloacutegicos Para

isto considera-se que o fluido eacute definido como um modelo reoloacutegico cujos paracircmetros vatildeo

influir diretamente no caacutelculo de perdas de cargas na tubulaccedilatildeo e velocidade de transporte dos

cascalhos

O controle de propriedades reoloacutegicas eacute de vital importacircncia nas operaccedilotildees de

perfuraccedilatildeo pois elas satildeo responsaacuteveis pela remoccedilatildeo dos cascalhos perfurados Aleacutem disso

influenciam no progresso da perfuraccedilatildeo que se chama de taxa de penetraccedilatildeo

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 15

O descontrole dessa propriedade juntamente com o gel do fluido ocasiona problemas

seacuterios como Obstruccedilatildeo do anular formaccedilatildeo de fundo falso reduccedilatildeo de taxa de penetraccedilatildeo

alargamento do poccedilo prisatildeo da coluna perda de circulaccedilatildeo etc

Para os fluidos de perfuraccedilatildeo assume-se o modelo de Bingham o qual postula que

uma determinada tensatildeo deve ser aplicada para iniciar o fluxo (limite de escoamento) e acima

dessa tensatildeo o fluido se comporta como Newtoniano isto eacute Tensatildeo cisalhante (T)

proporcional a taxa de cisalhamento (TC)

Alguns fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo tixotroacutepicos isto eacute adquirem um estado semi-riacutegido

quando estatildeo em repouso e quando em movimentam apresentam fluidez A forccedila gel eacute um

paracircmetro de natureza reoloacutegica que indica o grau de gelificaccedilatildeo devido agrave interaccedilatildeo eleacutetrica

entre partiacuteculas dispersas

A forccedila gel inicial mede a resistecircncia inicial para colocar o fluido em fluxo A forccedila

gel final mede a resistecircncia do fluido para reiniciar o fluxo quando este fica um certo tempo

em repouso A diferenccedila entre elas indica o grau de tixotropia do fluido

Paracircmetros de filtraccedilatildeo

Devido agrave pressatildeo da coluna de fluido ter que ser maior que a pressatildeo de poro de

formaccedilatildeo para evitar o influxo dos fluidos contido nas rochas o fluido de perfuraccedilatildeo deveria

invadir continuamente as formaccedilotildees permeaacuteveis se natildeo houvesse o depoacutesito de um reboco

que eacute a capacidade do fluido de perfuraccedilatildeo em formar uma camada de partiacuteculas soacutelidas

uacutemidas sobre as rochas permeaacuteveis expostas pela broca e eacute de fundamental importacircncia para

o sucesso da perfuraccedilatildeo e da completaccedilatildeo do poccedilo

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido de perfuraccedilatildeo denominada filtrado invade a

formaccedilatildeo

O controle do filtrado torna-se criacutetico em casos de formaccedilotildees de folhelhos sensiacuteveis a

aacutegua esses folhelhos desenvolvem pressotildees devido ao inchamento pelo contato com a aacutegua

causando desmoronamento e alargamento do poccedilo Em formaccedilotildees permeaacuteveis o depoacutesito de

um reboco muito espesso causa reduccedilatildeo acentuada do diacircmetro do poccedilo aleacutem do que um

reboco espesso facilita a prisatildeo por pressatildeo diferencial

Para formar o reboco deve haver o influxo da fase liacutequida do fluido do poccedilo para a

formaccedilatildeo Este processo eacute conhecido como filtraccedilatildeo Eacute essencial que o fluido tenha uma

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fraccedilatildeo razoaacutevel de partiacuteculas com dimensotildees ligeiramente menores agraves dimensotildees dos poros

das rochas expostas

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido o filtrado invade a rocha

O filtrado e a espessura de reboco satildeo dois paracircmetros medidos rotineiramente para

definir o comportamento do fluido quanto agrave filtraccedilatildeo

Teor de soacutelidos

O teor de soacutelidos cujo valor deve ser mantido no miacutenimo possiacutevel eacute uma propriedade

que deve ser controlada com rigor porque o seu aumento implica aumento de vaacuterias outras

propriedades (densidade viscosidade e forccedila gel) aleacutem de aumentar a ocorrecircncia de

problemas como desgaste dos equipamentos de circulaccedilatildeo fratura das formaccedilotildees devido agrave

elevaccedilatildeo das pressotildees de bombeio ou hidrostaacutetica prisatildeo da coluna e reduccedilatildeo da taxa de

penetraccedilatildeo

O tratamento do fluido para reduzir o teor de soacutelidos pode ser preventivo ou corretivo

O tratamento preventivo consiste em inibir o fluido fiacutesico ou quimicamente evitando-se a

dispersatildeo dos soacutelidos perfurados No meacutetodo corretivo pode-se fazer uso de equipamentos

extratores de soacutelidos tais como tanques de decantaccedilatildeo peneiras hidrociclones e

centrifugadores ou diluir o fluido

Concentraccedilatildeo Hidrogeniocircnica ndash pH

O controle quiacutemico de alguns sistemas de fluido de perfuraccedilatildeo baseia-se na

determinaccedilatildeo do pH (pH=- log [H+] onde [H+] eacute a concentraccedilatildeo molar do iacuteon H+) O pH dos

fluidos de perfuraccedilatildeo eacute geralmente mantido no intervalo alcalino devido a fatores tais como

reduzir a taxa de corrosatildeo e aumentar a eficiecircncia dos dispersantes bem como aumentar o

rendimento das bentonitas

O pH dos fluidos de perfuraccedilatildeo tem que ser mantido na faixa de 7 a 10 com o intuito

de reduzir a taxa de corrosatildeo dos equipamentos e evitar a dispersatildeo das formaccedilotildees argilosas

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Alcalinidades

A alcalinidade eacute determinada por meacutetodos diretos de titulaccedilatildeo volumeacutetrica de

neutralizaccedilatildeo e esta leva em consideraccedilatildeo as espeacutecies carbonatos (CO3--) e bicarbonatos

HC03- dissolvidos no fluido aleacutem dos iacuteons hidroxilas (OH-) dissolvidos e natildeo dissolvidos

Se numa soluccedilatildeo aquosa (no caso o filtrado do fluido) houver apenas OH- entatildeo soacute se

mede Pf natildeo havendo C03-2 nem HC03

- a viragem do metilorange se daacute com a primeira gota

de soluccedilatildeo de H2S04 N50 A medida em que o Mf cresce tornando-se maior do que o Pf a

alcalinidade passa a ser devido a OH- + C03-2 a C03

-2 + HC03- e por fim somente a HC03

-

quando o Pf = O Entre o Pf = Mf e Pf = O vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser

deduzida cada uma sendo apropriada para fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

Esse teste identifica a alcalinidade parcial do filtrado alcalinidade da lama e

alcalinidade total do filtrado

Teor de cloretos ou salinidade

Este teste eacute feito por anaacutelise volumeacutetrica de precipitaccedilatildeo por titulaccedilatildeo dos iacuteons

cloretos

Os resultados obtidos com esses testes no campo satildeo utilizados para identificar o teor

salino da aacutegua de preparo do fluido controlar a salinidade de fluidos inibidos com sal

identificar influxos de aacutegua salgada e identificar a perfuraccedilatildeo de uma rocha ou domo salino

Teor de bentonita ou de soacutelidos ativos

O teste do azul de metileno ou MBT eacute uma anaacutelise volumeacutetrica por adsorccedilatildeo que serve

como inibidor da quantidade de soacutelidos ativos ou bentoniacuteticos no fluido de perfuraccedilatildeo Este

mede a capacidade de troca de caacutetion (CTC) das argilas e soacutelidos ativos presentes

24 Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo

O fluido de perfuraccedilatildeo eacute classificado de acordo com a composiccedilatildeo baseado no

constituinte principal da fase contiacutenua ou dispersante e satildeo eles fluido a base de aacutegua fluidos

a base de oacuteleo e fluidos a base de ar ou de gaacutes neste relatoacuterio vamos nos deter ao fluido de

perfuraccedilatildeo base aacutegua que foi o trabalhado durante o estaacutegio

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Fluidos a base de aacutegua

A definiccedilatildeo de um fluido a base aacutegua considera principalmente a natureza da aacutegua e os

aditivos quiacutemicos empregados no preparo do fluido A proporccedilatildeo entre os componentes

baacutesicos e as interaccedilotildees entre eles provoca sensiacuteveis modificaccedilotildees nas propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido Consequumlentemente a composiccedilatildeo eacute o principal fator a considerar no

controle das suas propriedades

A aacutegua eacute a fase contiacutenua e o principal componente de qualquer fluido agrave base de aacutegua

podendo ser doce dura ou salgada A aacutegua doce natildeo precisa de tratamento preacutevio pois natildeo

afeta o desempenho dos aditivos empregados no preparo do fluido sua salinidade eacute inferior a

1000 ppm de NaCl equivalente

A aacutegua dura tem a presenccedila de sais de caacutelcio e magneacutesio dissolvido onde estes

apresentam concentraccedilotildees capazes de alterar o desempenho dos aditivos do fluido de

perfuraccedilatildeo

A aacutegua salgada possui salinidade superior a 1000 ppm de NaCl equivalente e pode ser

natural como a aacutegua do mar ou pode ser salgada com a adiccedilatildeo de sais como NaCl KCl ou

CaCl2 A aacutegua tem a funccedilatildeo de prover o meio de dispersatildeo para os mateacuterias coloidais estes

controlam a viscosidade limite de escoamento forccedilas geacuteis e filtrado em valores adequados

para conferir ao fluido uma boa taxa de remoccedilatildeo dos soacutelidos perfurados e capacidade de

estabilizaccedilatildeo das paredes do poccedilo

Os fatores a serem considerados na seleccedilatildeo da aacutegua de preparo satildeo disponibilidade

custo de transporte e de tratamento tipos de formaccedilotildees geoloacutegicas a serem perfuradas

produtos quiacutemicos que comporatildeo o fluido e equipamentos e teacutecnicas a serem usados na

avaliaccedilatildeo das formaccedilotildees

Os soacutelidos dispersos em meio aquoso podem ser ativos ou inertes Os soacutelidos ativos

satildeo materiais argilosos cuja funccedilatildeo principal eacute aumentar a viscosidade do fluido A argila

mais usada eacute a bentonita

Os soacutelidos inertes podem se originar da adiccedilatildeo de materiais industrializados ou de

detritos finos das rochas perfuradas O adensante baritina eacute o soacutelido inerte mais comuns dentre

os produtos comercializados Os soacutelidos inertes oriundos das rochas perfuradas satildeo areia silte

e calcaacuterio fino

Os produtos quiacutemicos a serem adicionados ao fluido podem ser

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 19

bull alcalinizantes e controladores de pH como soda caacuteustica potassa caacuteustica e cal

hidratada

bull dispersantes como o lignossulfonato tanino lignito e fosfato

bull redutores de filtrado como amido

bull floculantes como a soda caacuteustica cal e cloreto de soacutedio

bull poliacutemeros de uso geral para viscosificar desflocular ou reduzir filtrado

bull surfactantes para emulsificar e reduzir a tensatildeo superficial

bull removedores de caacutelcio e magneacutesio como carbonato e bicarbonato de soacutedio

bull inibidores de formaccedilatildeo ativas como cloreto de potaacutessio soacutedio e caacutelcio

bull bactericidas como paraformaldeiacutedo composto organoclorados soda caacuteustica e

cal

Produtos quiacutemicos mais especiacuteficos como anticorrosivos traccediladores quiacutemicos

antiespumantes entre outros tambeacutem podem estar presentes

A Tabela 21 abaixo apresenta a composiccedilatildeo dos fluidos usado na Petrobraacutes (ATP-

ARGIP) com seus respectivos coacutedigos

COacuteDIGO Tipos de

Fluido COacuteDIGO Tipos de Fluido

1 Aacutegua do Mar 12 NaCl com Poliacrilamida

2 Convencional 13 Milk Mud

3 BTS 14 Espuma

4 Nativo 15 Convencional com Asfalto e

LCM

5 NaCl com Poliacutemeros

16 Base Oacuteleo Mineral

6 Base Cal 17 Especiais para alta

temperatura

7 Disperso 18 Biopoliacutemero Saturado

8 KCL com Poliacutemero 19 Catiocircnico

9 Saturado 20 KCl com Poliacrilamida

10 Aerado 21 Biopoliacutemero com Carbonato

11 Base Oacuteleo Diesel 22 Sinteacutetico (Eacutester ou Parafina)

Tabela 2 1 ndash Tipo de fluidos utilizados no ATPARG

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Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados Tipo 2 Aacutegua Industrial argila ativada e soda caacuteustica

Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e

calcaacuterio

Tipo 19 Aacutegua Industrial Oacutexido de Magneacutesio Goma Xantana CMC BBV ADS

Amido Comum Cloreto de soacutedio Poliacutemero Catiocircnico Calcaacuterio Fino Lubrificante Preventor

de enceramento e Bactericida

24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo

O controle dos soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo eacute feito por um sistema de equipamentos

extratores buscando sempre manter o teor de soacutelidos adequados ao trabalho Quando estes

natildeo satildeo suficientes para esse controle a accedilatildeo corretiva implicaraacute num custo adicional pois

uma nova formulaccedilatildeo teraacute que ser feita ou seja um fluido novo seraacute misturado para diluiccedilatildeo

O natildeo uso dos equipamentos ou a natildeo correccedilatildeo do teor de soacutelidos implica na reduccedilatildeo da taxa

de penetraccedilatildeo problemas de ordem reoloacutegicas do fluido de perfuraccedilatildeo reboco de baixa

qualidade maior densidade equivalente de circulaccedilatildeo dano a formaccedilatildeo ameaccedila de prisatildeo da

coluna por diferencial de pressatildeo elevado desgaste de equipamentos grande volume de

resiacuteduos gerados e maior custo global

Existe algumas recomendaccedilotildees que se forem seguidas auxiliam na soluccedilatildeo de

problemas provocados por soacutelidos satildeo elas

Analisar os testes do fluido de perfuraccedilatildeo a fim de identificar a presenccedila de

um teor elevado de soacutelidos

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

eficientemente

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

em sequumlecircncia apropriada

Verificar se os equipamentos instalados na sonda tecircm capacidade suficiente

para remover soacutelidos numa taxa que permita trabalhar na faixa aceitaacutevel de teor

de soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo

Verificar qual o equipamento adicional necessaacuterio para resolver o problema

provocado pelo teor elevado de soacutelidos

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PEN

EIR

AS

KELLY (HASTE QUADRADA)

KATARINA

DESLIZADOR DE CASCALHOS

TUBOS PESADOS (HW)

PEN

EIR

AS

COMANDOS

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo da diluiccedilatildeo necessaacuteria para resolver o problema sem o uso

de equipamento adicional

Comparar os custos determinados em nos dois itens anteriores

Recomendar se necessaacuterio a instalaccedilatildeo de equipamento adicional extrator de

soacutelidos

Caso seja instalado um equipamento adicional de soacutelidos operaacute-lo por um

periacuteodo apropriado de tempo repetir os testes com o fluido de perfuraccedilatildeo e

avaliar a eficiecircncia do equipamento adicional instalado

25 Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de

perfuraccedilatildeo do ATP-ARG

Peneiras Vibratoacuterias

A peneira vibratoacuteria eacute a primeira

barreira na retenccedilatildeo dos soacutelidos do fluido de

perfuraccedilatildeo que retorna durante a saiacuteda de

cada ciclo de circulaccedilatildeo Dessa etapa os

soacutelidos mais grosseiros satildeo retidos jaacute que eacute

mais faacutecil removecirc-los antes de passar pelos

hidrociclones e centrifugadores Ao lado

apresenta-se uma figura esquemaacutetica com o

percurso simplificado do fluido no poccedilo

quando se estaacute perfurando

Hidrociclones

A separaccedilatildeo dos soacutelidos ocorre da seguinte

forma o liacutequido contendo a fraccedilatildeo mais fina

de partiacuteculas menores eacute descarregado atraveacutes Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de

perfuraccedilatildeo

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do tubo cilindro central (overflow) o liacutequido contendo os soacutelidos mais grossos eacute

descarregado pelo underflow

Os cones hoje satildeo feitos de poliuretano este material quando expostos a altas

temperaturas (150 e 175 ordm F) amolecem fazendo com que haja a necessidade de substituiacute-los

A viscosidade do fluido o teor de soacutelidos na alimentaccedilatildeo a pressatildeo disponiacutevel na

entrada do equipamento e o lay-out do percurso feito pelo fluido influencia de forma direta no

desempenho do equipamento

Quanto menor a viscosidade (dentro do possiacutevel) maior o desempenho do

hidrociclone

Uma grande concentraccedilatildeo de soacutelidos na alimentaccedilatildeo tem efeito negativo no

desempenho Com o hidrociclone trabalhando com descarga tipo ldquosprayrdquo o ponto de corte

meacutedio aumenta quando a carga de soacutelidos aumenta Quando a carga de soacutelidos ultrapassa o

ponto suportaacutevel pelo ldquounderflowrdquo o hidrociclone comeccedila a descarregar em ldquoforma de cordardquo

e o ponto de corte meacutedio aumenta drasticamente A pressatildeo recomendada pela maioria dos

fabricantes e fornecedores de hidrociclones jaacute estaacute otimizada A maioria dos hidrociclones no

campo requer de 70 a 80 peacutes de fluido de pressatildeo hidrostaacutetica Os hidrociclones utilizados nas

sondas satildeo chamados de desareadores e dessiltadores

Depuradores (MUD CLEANER)

Este eacute composto por hidrociclones em seacuterie com uma tela fina que permite recuperar

partiacuteculas e eacute usado com fluidos de perfuraccedilatildeo pesados As partiacuteculas soacutelidas que esse

equipamento remove satildeo maiores que a baritina Como ocorre no ciclone parte do material eacute

recuperada e parte eacute descartada o recuperado retorna ao fluido reduzindo custos

Monta-se uma cobertura onde a tela estaacute colocada fazendo com que todos os soacutelidos

descarregados pelos dessiltadores satildeo retornados para o sistema de circulaccedilatildeo No caso de

baritina ser adicionada ao fluido a cobertura daacute lugar a tela fina Esse equipamento reduz a

perda da baritina dos fluidos pesados no intuito de recuperar fluidos caros e reduzir descarte

de poluente ao meio ambiente

Decantador Centriacutefugo

A funccedilatildeo deste equipamento eacute separar soacutelidos de liacutequidos eacute formado por um tambor

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 23

ciliacutendrico-cocircnico composto por uma seccedilatildeo cocircnica que origina a chamada ldquopraiardquo e uma ou

vaacuterios secccedilotildees ciliacutendricas conectadas que origina a ldquopiscinardquoUm parafuso transportador que

fica dentro do tambor rotativo

Eacute possiacutevel ajustar a profundidade do liacutequido no tambor o niacutevel da piscina teraacute um

efeito sobre a eficiecircncia de separaccedilatildeo pois ele afetaraacute as aacutereas secas e molhadas da praia bem

como a secagem dos soacutelidos e a habilidade fiacutesica do parafuso em transportar os soacutelidos para o

tambor

A medida do teor de areia num fluido nos daacute um paracircmetro de avaliaccedilatildeo dos

equipamentos extratores de soacutelidos da sonda e serve como uma medida de abrasividade do

fluido

CAPIacuteTULO 4

METODOLOGIA DE ANAacuteLISES

Metodologia de anaacutelise Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 25

4 - Metodologia de anaacutelise

O monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo eacute feito

de acordo com as metodologias descritas neste capiacutetulo Aqui seratildeo descritos os meacutetodos

fiacutesicos e quiacutemicos para anaacutelises de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

As anaacutelises que seratildeo descritas neste documento estatildeo de acordo com o Manual de

Laboratoacuterio de Fluido Programa de Trainees Petrobras ndash 2002 Quiacutemico de Petroacuteleo Junior

41 Meacutetodos Fiacutesicos

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH

Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom

A Figura 41 mostra o funil Marsh que eacute um funil com as seguintes dimensotildees 1524

cm (6rdquo) de diacircmetro na parte superior 3048 cm (12rdquo) de altura A metade da abertura

superior eacute coberta por uma peneira de malha nordm 10 O orifiacutecio inferior tem 476 mm (316rdquo) de

diacircmetro interno e 508 cm (2rdquo) de comprimento A capacidade do funil ateacute a marca superior eacute

de 1500 cmsup3

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Se segura o funil em posiccedilatildeo vertical obstruindo o orifiacutecio de descarga com o dedo

indicador

bull verta-se atraveacutes da peneira a amostra de fluido tomada em qualquer ponto onde ela

esteja em agitaccedilatildeo ateacute que o niacutevel da mesma fique rente agrave parte inferior da tela da

peneira

bull imediatamente retira-se o dedo do tubo de descarga e com o auxiacutelio de um

cronocircmetro observa-se o tempo em segundos necessaacuterio para que escoe um (01) litro

de fluido para um recipiente graduado

bull a operaccedilatildeo deve ser raacutepida para minimizar erros

bull registra-se a ldquoViscosidaderdquo Marsh em segundos1000 cmsup3 de fluido

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Verifica-se a precisatildeo do funil Marsh com 1500 cmsup3 de aacutegua doce a 21ordmC O tempo de

escoamento de 1000 cmsup3 de aacutegua deve ser de 28 plusmn 05 segundos

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr

A Figura 42 mostra o conjunto que registra o conteuacutedo de areia presente no fluido

em percentagem volumeacutetrica composto por um tubo de vidro graduado em percentual

volumeacutetrico (0-20 v) um cilindro cocircnico um copo ciliacutendrico com uma tela de peneira

(malha 200 mesh)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Verta-se o fluido previamente passado atraveacutes da peneira do funil Marsh no tubo de

vidro graduado ateacute a marca indicada e depois se adiciona aacutegua ateacute a referecircncia

superior

bull obstrui-se a saiacuteda superior do tubo com o dedo e agita-se vigorosamente Em seguida

esvazia-se a amostra de fluido diluiacutedo atraveacutes da peneira lavando todo o resiacuteduo no

tubo com aacutegua Lava-se a areia retida na peneira ateacute eliminar os traccedilos de fluido

bull coloca-se o funil sobre a peneira e inverte-se o conjunto lentamente Faz-se retornar a

areia da peneira para o interior do tubo atraveacutes de jatos daacutegua

bull apoacutes a deposiccedilatildeo total da areia lecirc-se diretamente a percentagem em volume de areia

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412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 29

se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 32

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 34

bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Lista de Figuras

Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de perfuraccedilatildeo 21 Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom 25

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr 26

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom 27

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom 28

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom 29

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte

wwwfanncom 30

Lista de Tabelas

Tabela 2 1 ndash Tipo de fluidos utilizados no ATPARG 19

CAPIacuteTULO 1 INTRODUCcedilAtildeO GERAL

Introduccedilatildeo Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2006 10

1 ndash Introduccedilatildeo

Fluido de perfuraccedilatildeo eacute usado como ferramenta essencial na perfuraccedilatildeo de poccedilos de

petroacuteleo Sua importacircncia se justifica pela funccedilatildeo desempenhada durante a operaccedilatildeo de

perfuraccedilatildeo Eacute competecircncia dos fluidos de perfuraccedilatildeo carrear os cascalhos cortados pela broca

sustentar a parede do poccedilo lubrificar a broca controlar a pressatildeo existente na formaccedilatildeo etc

Essas funccedilotildees satildeo desempenhadas de acordo com as propriedades do fluido que satildeo

previamente especificadas e formuladas de acordo com a formaccedilatildeo O controle dessas

propriedades durante a operaccedilatildeo eacute garantia de um bom desempenho do fluido dentro do poccedilo

Esse controle eacute feito em campo por meacutetodos de anaacutelises de paracircmetros fiacutesicos e quiacutemicos

Durante vaacuterios anos utilizou-se fluido a base de oacuteleo diesel devido agrave excelente

performance proporcionada agrave perfuraccedilatildeo comparado ao fluido base aacutegua Poreacutem em alguns

lugares as leis ambientais vigentes natildeo permitem o uso deste tipo de fluido

Nos campos de petroacuteleo do Rio Grande do Norte devido a exigecircncias ambientais o

fluido de perfuraccedilatildeo utilizado eacute base aacutegua Este trabalho tem como objetivo apresentar uma

visatildeo geral sobre fluido de perfuraccedilatildeo bem como as metodologias de anaacutelises para o

monitoramento de algumas propriedades fiacutesicas e quiacutemicas de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

CAPIacuteTULO 2

ASPECTOS TEOacuteRICOS

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 12

2 - Aspectos Teoacutericos

21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo

O processo de exploraccedilatildeo de petroacuteleo envolve a pesquisa por formaccedilatildeo de rochas

associadas com oacuteleo ou depoacutesitos de gaacutes natural e compreende etapas que vatildeo desde a

prospecccedilatildeo geofiacutesica passando pela perfuraccedilatildeo exploratoacuteria desenvolvimento do poccedilo

quando economicamente viaacutevel e a sua exploraccedilatildeo se forem achados hidrocarbonetos em

quantidades suficientes caso contraacuterio o poccedilo poderaacute ser abandonado

Em terra ou mar a perfuraccedilatildeo de um poccedilo eacute um trabalho realizado sem interrupccedilatildeo

que soacute termina quando se atinge a profundidade programada ou o objetivo proposto para a

perfuraccedilatildeo A perfuraccedilatildeo em terra eacute feita com sonda de perfuraccedilatildeo constituiacuteda de estrutura

metaacutelica de mais de 40 metros de altura (torre) e de equipamentos especiais

A torre sustenta um tubo vertical a coluna de perfuraccedilatildeo em cuja extremidade eacute

colocada uma broca Por meio de movimentos de rotaccedilatildeo e peso transmitido pela coluna agrave

broca as rochas satildeo perfuradas Para contrabalanccedilar as pressotildees existentes na formaccedilatildeo

resfriar a broca carrear a rocha triturada (cascalhos de perfuraccedilatildeo) ateacute a superfiacutecie aleacutem de

evitar desmoronamento das paredes do poccedilo eacute circulado na coluna um fluido de perfuraccedilatildeo

O fluido eacute injetado por bombas para o interior da coluna de perfuraccedilatildeo atraveacutes da cabeccedila de

injeccedilatildeo ou Swivel e retorna agrave superfiacutecie atraveacutes do espaccedilo anular formado pelas paredes dos

poccedilos e a coluna Ao atingir determinada profundidade a coluna de perfuraccedilatildeo eacute retirada do

poccedilo e uma coluna de revestimento de accedilo de diacircmetro inferior ao da broca eacute descida no

poccedilo

O anular entre os tubos do revestimento e as paredes do poccedilo eacute cimentado com

finalidade de isolar as rochas atravessadas permitindo entatildeo o avanccedilo de perfuraccedilatildeo com

seguranccedila Apoacutes a operaccedilatildeo de cimentaccedilatildeo a coluna de perfuraccedilatildeo eacute novamente decida no

poccedilo tendo na sua extremidade nova broca de diacircmetro menor do que a do revestimento para

o prosseguimento da perfuraccedilatildeo

Do exposto percebe-se que um poccedilo eacute perfurado em diversas fases caracterizadas

pelos diacircmetros das brocas No caso dos poccedilos do Alto do Rodrigues e Fazenda Porcinho a

sua grande maioria eacute perfurada em duas fases

A fase inicial ou fase ldquoumrdquo abrange os niacuteveis mais superficiais do terreno onde eacute

utilizado um fluido mais simples composto de apenas bentonita soacutedica e aacutegua Num segundo

estaacutegio fase ldquodoisrdquo eacute usado um fluido mais elaborado cuja composiccedilatildeo oferece

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 13

caracteriacutesticas que permitem uma obtenccedilatildeo de perfis geoloacutegicos aleacutem de prover inibiccedilatildeo

fiacutesico-quiacutemica dos argilo-minerais reduzindo a interaccedilatildeo rocha-fluido entre outras

22 Fluidos de perfuraccedilatildeo

Os fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo misturas complexas de soacutelidos liacutequidos produtos

quiacutemicos e por vezes ateacute gases Do ponto de vista quiacutemico eles podem assumir aspectos de

suspensatildeo dispersatildeo coloidal ou emulsatildeo dependendo do estado fiacutesico dos componentes

O fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser estaacutevel do ponto de vista quiacutemico estabilizar as

paredes do poccedilo mecacircnica e quimicamente facilitar a separaccedilatildeo dos cascalhos na superfiacutecie

manter os soacutelidos em suspensatildeo quando estiver em repouso ser inerte em relaccedilatildeo a danos agraves

rochas produtoras aceitar qualquer tratamento fiacutesico e quiacutemico ser bombeaacutevel apresentar

baixo grau de corrosatildeo e de abrasatildeo em relaccedilatildeo agrave coluna de perfuraccedilatildeo e demais

equipamentos do sistema de circulaccedilatildeo facilitar as interpretaccedilotildees geoloacutegicas do material do

poccedilo e apresentar custo compatiacutevel com a

operaccedilatildeo

O escoamento do fluido de perfuraccedilatildeo

para baixo pela tubulaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo e para

cima pelo poccedilo algumas vezes eacute interrompido

ou por causa de um problema ou para elevar a

tubulaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo para cima e para fora do

poccedilo permitindo a troca da broca Quando a perfuraccedilatildeo paacutera os cortes em suspensatildeo no

fluido podem afundar no poccedilo prendendo a broca

Os fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo projetados com uma propriedade muito interessante que

resolve esse problema Sua espessura ou viscosidade aumenta quando diminui o seu

movimento Quando o fluido paacutera de circular ele forma um gel espesso que manteacutem os

cortes de rocha em suspensatildeo e evita que eles afundem no poccedilo

Quando o fluido comeccedila a circular novamente ele torna-se mais fino e volta agrave forma

liacutequida anterior essa propriedade do fluido garante ao transporte dos cascalhos para a

superfiacutecie limpando assim o fundo do poccedilo

O fluido tambeacutem eacute responsaacutevel por exercer pressatildeo hidrostaacutetica sobre as formaccedilotildees

evitando assim o influxo de fluidos indesejaacuteveis (kick) e estabilizar as paredes do poccedilo

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 14

23 Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo

As propriedades de controle dos fluidos podem ser fiacutesicas ou quiacutemicas As fiacutesicas satildeo

mais geneacutericas ou seja satildeo vaacutelidas para qualquer tipo de fluido Jaacute as quiacutemicas satildeo

especiacuteficas para cada tipo de fluido

As propriedades fiacutesicas mais importantes e frequumlentemente medidas nas sondas satildeo as

densidades os paracircmetros reoloacutegicos as forccedilas geacuteis (inicial e final) os paracircmetros de

filtraccedilatildeo e teor de soacutelidos

As propriedades quiacutemicas mais frequumlentemente determinadas nos laboratoacuterios das

sondas satildeo o pH os teores de cloreto e de bentonita e a alcalinidade O excesso de cal

(determinada nos fluidos tratados por cal hidratada) teor de caacutelcio e de magneacutesio a

concentraccedilatildeo de H2S e a concentraccedilatildeo de potaacutessio (testada nos fluidos inibidos por gesso)

Densidade

Os limites de variaccedilatildeo da densidade dos fluidos para perfurar uma determinada fase

satildeo definidos pela pressatildeo atuante no fluido que se encontra no espaccedilo poroso da rocha (limite

miacutenimo) e pela pressatildeo para qual a rocha se rompe (limite maacuteximo) das formaccedilotildees expostas

A baritina (BaSO4) tem o poder de aumentar a densidade de um fluido Este tem

densidade de 425 enquanto a densidade dos soacutelidos perfurados eacute em torno de 26 Para

reduzir a densidade dos fluidos agrave base de aacutegua dilui-se com aacutegua (densidade 100) ou oacuteleo

diesel (densidade 082)

Paracircmetros reoloacutegicos e forccedilas geacuteis

O comportamento do fluxo de um fluido eacute definido pelos paracircmetros reoloacutegicos Para

isto considera-se que o fluido eacute definido como um modelo reoloacutegico cujos paracircmetros vatildeo

influir diretamente no caacutelculo de perdas de cargas na tubulaccedilatildeo e velocidade de transporte dos

cascalhos

O controle de propriedades reoloacutegicas eacute de vital importacircncia nas operaccedilotildees de

perfuraccedilatildeo pois elas satildeo responsaacuteveis pela remoccedilatildeo dos cascalhos perfurados Aleacutem disso

influenciam no progresso da perfuraccedilatildeo que se chama de taxa de penetraccedilatildeo

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 15

O descontrole dessa propriedade juntamente com o gel do fluido ocasiona problemas

seacuterios como Obstruccedilatildeo do anular formaccedilatildeo de fundo falso reduccedilatildeo de taxa de penetraccedilatildeo

alargamento do poccedilo prisatildeo da coluna perda de circulaccedilatildeo etc

Para os fluidos de perfuraccedilatildeo assume-se o modelo de Bingham o qual postula que

uma determinada tensatildeo deve ser aplicada para iniciar o fluxo (limite de escoamento) e acima

dessa tensatildeo o fluido se comporta como Newtoniano isto eacute Tensatildeo cisalhante (T)

proporcional a taxa de cisalhamento (TC)

Alguns fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo tixotroacutepicos isto eacute adquirem um estado semi-riacutegido

quando estatildeo em repouso e quando em movimentam apresentam fluidez A forccedila gel eacute um

paracircmetro de natureza reoloacutegica que indica o grau de gelificaccedilatildeo devido agrave interaccedilatildeo eleacutetrica

entre partiacuteculas dispersas

A forccedila gel inicial mede a resistecircncia inicial para colocar o fluido em fluxo A forccedila

gel final mede a resistecircncia do fluido para reiniciar o fluxo quando este fica um certo tempo

em repouso A diferenccedila entre elas indica o grau de tixotropia do fluido

Paracircmetros de filtraccedilatildeo

Devido agrave pressatildeo da coluna de fluido ter que ser maior que a pressatildeo de poro de

formaccedilatildeo para evitar o influxo dos fluidos contido nas rochas o fluido de perfuraccedilatildeo deveria

invadir continuamente as formaccedilotildees permeaacuteveis se natildeo houvesse o depoacutesito de um reboco

que eacute a capacidade do fluido de perfuraccedilatildeo em formar uma camada de partiacuteculas soacutelidas

uacutemidas sobre as rochas permeaacuteveis expostas pela broca e eacute de fundamental importacircncia para

o sucesso da perfuraccedilatildeo e da completaccedilatildeo do poccedilo

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido de perfuraccedilatildeo denominada filtrado invade a

formaccedilatildeo

O controle do filtrado torna-se criacutetico em casos de formaccedilotildees de folhelhos sensiacuteveis a

aacutegua esses folhelhos desenvolvem pressotildees devido ao inchamento pelo contato com a aacutegua

causando desmoronamento e alargamento do poccedilo Em formaccedilotildees permeaacuteveis o depoacutesito de

um reboco muito espesso causa reduccedilatildeo acentuada do diacircmetro do poccedilo aleacutem do que um

reboco espesso facilita a prisatildeo por pressatildeo diferencial

Para formar o reboco deve haver o influxo da fase liacutequida do fluido do poccedilo para a

formaccedilatildeo Este processo eacute conhecido como filtraccedilatildeo Eacute essencial que o fluido tenha uma

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 16

fraccedilatildeo razoaacutevel de partiacuteculas com dimensotildees ligeiramente menores agraves dimensotildees dos poros

das rochas expostas

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido o filtrado invade a rocha

O filtrado e a espessura de reboco satildeo dois paracircmetros medidos rotineiramente para

definir o comportamento do fluido quanto agrave filtraccedilatildeo

Teor de soacutelidos

O teor de soacutelidos cujo valor deve ser mantido no miacutenimo possiacutevel eacute uma propriedade

que deve ser controlada com rigor porque o seu aumento implica aumento de vaacuterias outras

propriedades (densidade viscosidade e forccedila gel) aleacutem de aumentar a ocorrecircncia de

problemas como desgaste dos equipamentos de circulaccedilatildeo fratura das formaccedilotildees devido agrave

elevaccedilatildeo das pressotildees de bombeio ou hidrostaacutetica prisatildeo da coluna e reduccedilatildeo da taxa de

penetraccedilatildeo

O tratamento do fluido para reduzir o teor de soacutelidos pode ser preventivo ou corretivo

O tratamento preventivo consiste em inibir o fluido fiacutesico ou quimicamente evitando-se a

dispersatildeo dos soacutelidos perfurados No meacutetodo corretivo pode-se fazer uso de equipamentos

extratores de soacutelidos tais como tanques de decantaccedilatildeo peneiras hidrociclones e

centrifugadores ou diluir o fluido

Concentraccedilatildeo Hidrogeniocircnica ndash pH

O controle quiacutemico de alguns sistemas de fluido de perfuraccedilatildeo baseia-se na

determinaccedilatildeo do pH (pH=- log [H+] onde [H+] eacute a concentraccedilatildeo molar do iacuteon H+) O pH dos

fluidos de perfuraccedilatildeo eacute geralmente mantido no intervalo alcalino devido a fatores tais como

reduzir a taxa de corrosatildeo e aumentar a eficiecircncia dos dispersantes bem como aumentar o

rendimento das bentonitas

O pH dos fluidos de perfuraccedilatildeo tem que ser mantido na faixa de 7 a 10 com o intuito

de reduzir a taxa de corrosatildeo dos equipamentos e evitar a dispersatildeo das formaccedilotildees argilosas

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Alcalinidades

A alcalinidade eacute determinada por meacutetodos diretos de titulaccedilatildeo volumeacutetrica de

neutralizaccedilatildeo e esta leva em consideraccedilatildeo as espeacutecies carbonatos (CO3--) e bicarbonatos

HC03- dissolvidos no fluido aleacutem dos iacuteons hidroxilas (OH-) dissolvidos e natildeo dissolvidos

Se numa soluccedilatildeo aquosa (no caso o filtrado do fluido) houver apenas OH- entatildeo soacute se

mede Pf natildeo havendo C03-2 nem HC03

- a viragem do metilorange se daacute com a primeira gota

de soluccedilatildeo de H2S04 N50 A medida em que o Mf cresce tornando-se maior do que o Pf a

alcalinidade passa a ser devido a OH- + C03-2 a C03

-2 + HC03- e por fim somente a HC03

-

quando o Pf = O Entre o Pf = Mf e Pf = O vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser

deduzida cada uma sendo apropriada para fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

Esse teste identifica a alcalinidade parcial do filtrado alcalinidade da lama e

alcalinidade total do filtrado

Teor de cloretos ou salinidade

Este teste eacute feito por anaacutelise volumeacutetrica de precipitaccedilatildeo por titulaccedilatildeo dos iacuteons

cloretos

Os resultados obtidos com esses testes no campo satildeo utilizados para identificar o teor

salino da aacutegua de preparo do fluido controlar a salinidade de fluidos inibidos com sal

identificar influxos de aacutegua salgada e identificar a perfuraccedilatildeo de uma rocha ou domo salino

Teor de bentonita ou de soacutelidos ativos

O teste do azul de metileno ou MBT eacute uma anaacutelise volumeacutetrica por adsorccedilatildeo que serve

como inibidor da quantidade de soacutelidos ativos ou bentoniacuteticos no fluido de perfuraccedilatildeo Este

mede a capacidade de troca de caacutetion (CTC) das argilas e soacutelidos ativos presentes

24 Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo

O fluido de perfuraccedilatildeo eacute classificado de acordo com a composiccedilatildeo baseado no

constituinte principal da fase contiacutenua ou dispersante e satildeo eles fluido a base de aacutegua fluidos

a base de oacuteleo e fluidos a base de ar ou de gaacutes neste relatoacuterio vamos nos deter ao fluido de

perfuraccedilatildeo base aacutegua que foi o trabalhado durante o estaacutegio

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Fluidos a base de aacutegua

A definiccedilatildeo de um fluido a base aacutegua considera principalmente a natureza da aacutegua e os

aditivos quiacutemicos empregados no preparo do fluido A proporccedilatildeo entre os componentes

baacutesicos e as interaccedilotildees entre eles provoca sensiacuteveis modificaccedilotildees nas propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido Consequumlentemente a composiccedilatildeo eacute o principal fator a considerar no

controle das suas propriedades

A aacutegua eacute a fase contiacutenua e o principal componente de qualquer fluido agrave base de aacutegua

podendo ser doce dura ou salgada A aacutegua doce natildeo precisa de tratamento preacutevio pois natildeo

afeta o desempenho dos aditivos empregados no preparo do fluido sua salinidade eacute inferior a

1000 ppm de NaCl equivalente

A aacutegua dura tem a presenccedila de sais de caacutelcio e magneacutesio dissolvido onde estes

apresentam concentraccedilotildees capazes de alterar o desempenho dos aditivos do fluido de

perfuraccedilatildeo

A aacutegua salgada possui salinidade superior a 1000 ppm de NaCl equivalente e pode ser

natural como a aacutegua do mar ou pode ser salgada com a adiccedilatildeo de sais como NaCl KCl ou

CaCl2 A aacutegua tem a funccedilatildeo de prover o meio de dispersatildeo para os mateacuterias coloidais estes

controlam a viscosidade limite de escoamento forccedilas geacuteis e filtrado em valores adequados

para conferir ao fluido uma boa taxa de remoccedilatildeo dos soacutelidos perfurados e capacidade de

estabilizaccedilatildeo das paredes do poccedilo

Os fatores a serem considerados na seleccedilatildeo da aacutegua de preparo satildeo disponibilidade

custo de transporte e de tratamento tipos de formaccedilotildees geoloacutegicas a serem perfuradas

produtos quiacutemicos que comporatildeo o fluido e equipamentos e teacutecnicas a serem usados na

avaliaccedilatildeo das formaccedilotildees

Os soacutelidos dispersos em meio aquoso podem ser ativos ou inertes Os soacutelidos ativos

satildeo materiais argilosos cuja funccedilatildeo principal eacute aumentar a viscosidade do fluido A argila

mais usada eacute a bentonita

Os soacutelidos inertes podem se originar da adiccedilatildeo de materiais industrializados ou de

detritos finos das rochas perfuradas O adensante baritina eacute o soacutelido inerte mais comuns dentre

os produtos comercializados Os soacutelidos inertes oriundos das rochas perfuradas satildeo areia silte

e calcaacuterio fino

Os produtos quiacutemicos a serem adicionados ao fluido podem ser

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 19

bull alcalinizantes e controladores de pH como soda caacuteustica potassa caacuteustica e cal

hidratada

bull dispersantes como o lignossulfonato tanino lignito e fosfato

bull redutores de filtrado como amido

bull floculantes como a soda caacuteustica cal e cloreto de soacutedio

bull poliacutemeros de uso geral para viscosificar desflocular ou reduzir filtrado

bull surfactantes para emulsificar e reduzir a tensatildeo superficial

bull removedores de caacutelcio e magneacutesio como carbonato e bicarbonato de soacutedio

bull inibidores de formaccedilatildeo ativas como cloreto de potaacutessio soacutedio e caacutelcio

bull bactericidas como paraformaldeiacutedo composto organoclorados soda caacuteustica e

cal

Produtos quiacutemicos mais especiacuteficos como anticorrosivos traccediladores quiacutemicos

antiespumantes entre outros tambeacutem podem estar presentes

A Tabela 21 abaixo apresenta a composiccedilatildeo dos fluidos usado na Petrobraacutes (ATP-

ARGIP) com seus respectivos coacutedigos

COacuteDIGO Tipos de

Fluido COacuteDIGO Tipos de Fluido

1 Aacutegua do Mar 12 NaCl com Poliacrilamida

2 Convencional 13 Milk Mud

3 BTS 14 Espuma

4 Nativo 15 Convencional com Asfalto e

LCM

5 NaCl com Poliacutemeros

16 Base Oacuteleo Mineral

6 Base Cal 17 Especiais para alta

temperatura

7 Disperso 18 Biopoliacutemero Saturado

8 KCL com Poliacutemero 19 Catiocircnico

9 Saturado 20 KCl com Poliacrilamida

10 Aerado 21 Biopoliacutemero com Carbonato

11 Base Oacuteleo Diesel 22 Sinteacutetico (Eacutester ou Parafina)

Tabela 2 1 ndash Tipo de fluidos utilizados no ATPARG

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 20

Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados Tipo 2 Aacutegua Industrial argila ativada e soda caacuteustica

Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e

calcaacuterio

Tipo 19 Aacutegua Industrial Oacutexido de Magneacutesio Goma Xantana CMC BBV ADS

Amido Comum Cloreto de soacutedio Poliacutemero Catiocircnico Calcaacuterio Fino Lubrificante Preventor

de enceramento e Bactericida

24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo

O controle dos soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo eacute feito por um sistema de equipamentos

extratores buscando sempre manter o teor de soacutelidos adequados ao trabalho Quando estes

natildeo satildeo suficientes para esse controle a accedilatildeo corretiva implicaraacute num custo adicional pois

uma nova formulaccedilatildeo teraacute que ser feita ou seja um fluido novo seraacute misturado para diluiccedilatildeo

O natildeo uso dos equipamentos ou a natildeo correccedilatildeo do teor de soacutelidos implica na reduccedilatildeo da taxa

de penetraccedilatildeo problemas de ordem reoloacutegicas do fluido de perfuraccedilatildeo reboco de baixa

qualidade maior densidade equivalente de circulaccedilatildeo dano a formaccedilatildeo ameaccedila de prisatildeo da

coluna por diferencial de pressatildeo elevado desgaste de equipamentos grande volume de

resiacuteduos gerados e maior custo global

Existe algumas recomendaccedilotildees que se forem seguidas auxiliam na soluccedilatildeo de

problemas provocados por soacutelidos satildeo elas

Analisar os testes do fluido de perfuraccedilatildeo a fim de identificar a presenccedila de

um teor elevado de soacutelidos

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

eficientemente

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

em sequumlecircncia apropriada

Verificar se os equipamentos instalados na sonda tecircm capacidade suficiente

para remover soacutelidos numa taxa que permita trabalhar na faixa aceitaacutevel de teor

de soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo

Verificar qual o equipamento adicional necessaacuterio para resolver o problema

provocado pelo teor elevado de soacutelidos

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 21

PEN

EIR

AS

KELLY (HASTE QUADRADA)

KATARINA

DESLIZADOR DE CASCALHOS

TUBOS PESADOS (HW)

PEN

EIR

AS

COMANDOS

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo da diluiccedilatildeo necessaacuteria para resolver o problema sem o uso

de equipamento adicional

Comparar os custos determinados em nos dois itens anteriores

Recomendar se necessaacuterio a instalaccedilatildeo de equipamento adicional extrator de

soacutelidos

Caso seja instalado um equipamento adicional de soacutelidos operaacute-lo por um

periacuteodo apropriado de tempo repetir os testes com o fluido de perfuraccedilatildeo e

avaliar a eficiecircncia do equipamento adicional instalado

25 Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de

perfuraccedilatildeo do ATP-ARG

Peneiras Vibratoacuterias

A peneira vibratoacuteria eacute a primeira

barreira na retenccedilatildeo dos soacutelidos do fluido de

perfuraccedilatildeo que retorna durante a saiacuteda de

cada ciclo de circulaccedilatildeo Dessa etapa os

soacutelidos mais grosseiros satildeo retidos jaacute que eacute

mais faacutecil removecirc-los antes de passar pelos

hidrociclones e centrifugadores Ao lado

apresenta-se uma figura esquemaacutetica com o

percurso simplificado do fluido no poccedilo

quando se estaacute perfurando

Hidrociclones

A separaccedilatildeo dos soacutelidos ocorre da seguinte

forma o liacutequido contendo a fraccedilatildeo mais fina

de partiacuteculas menores eacute descarregado atraveacutes Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de

perfuraccedilatildeo

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 22

do tubo cilindro central (overflow) o liacutequido contendo os soacutelidos mais grossos eacute

descarregado pelo underflow

Os cones hoje satildeo feitos de poliuretano este material quando expostos a altas

temperaturas (150 e 175 ordm F) amolecem fazendo com que haja a necessidade de substituiacute-los

A viscosidade do fluido o teor de soacutelidos na alimentaccedilatildeo a pressatildeo disponiacutevel na

entrada do equipamento e o lay-out do percurso feito pelo fluido influencia de forma direta no

desempenho do equipamento

Quanto menor a viscosidade (dentro do possiacutevel) maior o desempenho do

hidrociclone

Uma grande concentraccedilatildeo de soacutelidos na alimentaccedilatildeo tem efeito negativo no

desempenho Com o hidrociclone trabalhando com descarga tipo ldquosprayrdquo o ponto de corte

meacutedio aumenta quando a carga de soacutelidos aumenta Quando a carga de soacutelidos ultrapassa o

ponto suportaacutevel pelo ldquounderflowrdquo o hidrociclone comeccedila a descarregar em ldquoforma de cordardquo

e o ponto de corte meacutedio aumenta drasticamente A pressatildeo recomendada pela maioria dos

fabricantes e fornecedores de hidrociclones jaacute estaacute otimizada A maioria dos hidrociclones no

campo requer de 70 a 80 peacutes de fluido de pressatildeo hidrostaacutetica Os hidrociclones utilizados nas

sondas satildeo chamados de desareadores e dessiltadores

Depuradores (MUD CLEANER)

Este eacute composto por hidrociclones em seacuterie com uma tela fina que permite recuperar

partiacuteculas e eacute usado com fluidos de perfuraccedilatildeo pesados As partiacuteculas soacutelidas que esse

equipamento remove satildeo maiores que a baritina Como ocorre no ciclone parte do material eacute

recuperada e parte eacute descartada o recuperado retorna ao fluido reduzindo custos

Monta-se uma cobertura onde a tela estaacute colocada fazendo com que todos os soacutelidos

descarregados pelos dessiltadores satildeo retornados para o sistema de circulaccedilatildeo No caso de

baritina ser adicionada ao fluido a cobertura daacute lugar a tela fina Esse equipamento reduz a

perda da baritina dos fluidos pesados no intuito de recuperar fluidos caros e reduzir descarte

de poluente ao meio ambiente

Decantador Centriacutefugo

A funccedilatildeo deste equipamento eacute separar soacutelidos de liacutequidos eacute formado por um tambor

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 23

ciliacutendrico-cocircnico composto por uma seccedilatildeo cocircnica que origina a chamada ldquopraiardquo e uma ou

vaacuterios secccedilotildees ciliacutendricas conectadas que origina a ldquopiscinardquoUm parafuso transportador que

fica dentro do tambor rotativo

Eacute possiacutevel ajustar a profundidade do liacutequido no tambor o niacutevel da piscina teraacute um

efeito sobre a eficiecircncia de separaccedilatildeo pois ele afetaraacute as aacutereas secas e molhadas da praia bem

como a secagem dos soacutelidos e a habilidade fiacutesica do parafuso em transportar os soacutelidos para o

tambor

A medida do teor de areia num fluido nos daacute um paracircmetro de avaliaccedilatildeo dos

equipamentos extratores de soacutelidos da sonda e serve como uma medida de abrasividade do

fluido

CAPIacuteTULO 4

METODOLOGIA DE ANAacuteLISES

Metodologia de anaacutelise Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 25

4 - Metodologia de anaacutelise

O monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo eacute feito

de acordo com as metodologias descritas neste capiacutetulo Aqui seratildeo descritos os meacutetodos

fiacutesicos e quiacutemicos para anaacutelises de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

As anaacutelises que seratildeo descritas neste documento estatildeo de acordo com o Manual de

Laboratoacuterio de Fluido Programa de Trainees Petrobras ndash 2002 Quiacutemico de Petroacuteleo Junior

41 Meacutetodos Fiacutesicos

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH

Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom

A Figura 41 mostra o funil Marsh que eacute um funil com as seguintes dimensotildees 1524

cm (6rdquo) de diacircmetro na parte superior 3048 cm (12rdquo) de altura A metade da abertura

superior eacute coberta por uma peneira de malha nordm 10 O orifiacutecio inferior tem 476 mm (316rdquo) de

diacircmetro interno e 508 cm (2rdquo) de comprimento A capacidade do funil ateacute a marca superior eacute

de 1500 cmsup3

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Se segura o funil em posiccedilatildeo vertical obstruindo o orifiacutecio de descarga com o dedo

indicador

bull verta-se atraveacutes da peneira a amostra de fluido tomada em qualquer ponto onde ela

esteja em agitaccedilatildeo ateacute que o niacutevel da mesma fique rente agrave parte inferior da tela da

peneira

bull imediatamente retira-se o dedo do tubo de descarga e com o auxiacutelio de um

cronocircmetro observa-se o tempo em segundos necessaacuterio para que escoe um (01) litro

de fluido para um recipiente graduado

bull a operaccedilatildeo deve ser raacutepida para minimizar erros

bull registra-se a ldquoViscosidaderdquo Marsh em segundos1000 cmsup3 de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Verifica-se a precisatildeo do funil Marsh com 1500 cmsup3 de aacutegua doce a 21ordmC O tempo de

escoamento de 1000 cmsup3 de aacutegua deve ser de 28 plusmn 05 segundos

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr

A Figura 42 mostra o conjunto que registra o conteuacutedo de areia presente no fluido

em percentagem volumeacutetrica composto por um tubo de vidro graduado em percentual

volumeacutetrico (0-20 v) um cilindro cocircnico um copo ciliacutendrico com uma tela de peneira

(malha 200 mesh)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Verta-se o fluido previamente passado atraveacutes da peneira do funil Marsh no tubo de

vidro graduado ateacute a marca indicada e depois se adiciona aacutegua ateacute a referecircncia

superior

bull obstrui-se a saiacuteda superior do tubo com o dedo e agita-se vigorosamente Em seguida

esvazia-se a amostra de fluido diluiacutedo atraveacutes da peneira lavando todo o resiacuteduo no

tubo com aacutegua Lava-se a areia retida na peneira ateacute eliminar os traccedilos de fluido

bull coloca-se o funil sobre a peneira e inverte-se o conjunto lentamente Faz-se retornar a

areia da peneira para o interior do tubo atraveacutes de jatos daacutegua

bull apoacutes a deposiccedilatildeo total da areia lecirc-se diretamente a percentagem em volume de areia

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412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 29

se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

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PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

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A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

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42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

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bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

CAPIacuteTULO 1 INTRODUCcedilAtildeO GERAL

Introduccedilatildeo Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2006 10

1 ndash Introduccedilatildeo

Fluido de perfuraccedilatildeo eacute usado como ferramenta essencial na perfuraccedilatildeo de poccedilos de

petroacuteleo Sua importacircncia se justifica pela funccedilatildeo desempenhada durante a operaccedilatildeo de

perfuraccedilatildeo Eacute competecircncia dos fluidos de perfuraccedilatildeo carrear os cascalhos cortados pela broca

sustentar a parede do poccedilo lubrificar a broca controlar a pressatildeo existente na formaccedilatildeo etc

Essas funccedilotildees satildeo desempenhadas de acordo com as propriedades do fluido que satildeo

previamente especificadas e formuladas de acordo com a formaccedilatildeo O controle dessas

propriedades durante a operaccedilatildeo eacute garantia de um bom desempenho do fluido dentro do poccedilo

Esse controle eacute feito em campo por meacutetodos de anaacutelises de paracircmetros fiacutesicos e quiacutemicos

Durante vaacuterios anos utilizou-se fluido a base de oacuteleo diesel devido agrave excelente

performance proporcionada agrave perfuraccedilatildeo comparado ao fluido base aacutegua Poreacutem em alguns

lugares as leis ambientais vigentes natildeo permitem o uso deste tipo de fluido

Nos campos de petroacuteleo do Rio Grande do Norte devido a exigecircncias ambientais o

fluido de perfuraccedilatildeo utilizado eacute base aacutegua Este trabalho tem como objetivo apresentar uma

visatildeo geral sobre fluido de perfuraccedilatildeo bem como as metodologias de anaacutelises para o

monitoramento de algumas propriedades fiacutesicas e quiacutemicas de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

CAPIacuteTULO 2

ASPECTOS TEOacuteRICOS

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 12

2 - Aspectos Teoacutericos

21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo

O processo de exploraccedilatildeo de petroacuteleo envolve a pesquisa por formaccedilatildeo de rochas

associadas com oacuteleo ou depoacutesitos de gaacutes natural e compreende etapas que vatildeo desde a

prospecccedilatildeo geofiacutesica passando pela perfuraccedilatildeo exploratoacuteria desenvolvimento do poccedilo

quando economicamente viaacutevel e a sua exploraccedilatildeo se forem achados hidrocarbonetos em

quantidades suficientes caso contraacuterio o poccedilo poderaacute ser abandonado

Em terra ou mar a perfuraccedilatildeo de um poccedilo eacute um trabalho realizado sem interrupccedilatildeo

que soacute termina quando se atinge a profundidade programada ou o objetivo proposto para a

perfuraccedilatildeo A perfuraccedilatildeo em terra eacute feita com sonda de perfuraccedilatildeo constituiacuteda de estrutura

metaacutelica de mais de 40 metros de altura (torre) e de equipamentos especiais

A torre sustenta um tubo vertical a coluna de perfuraccedilatildeo em cuja extremidade eacute

colocada uma broca Por meio de movimentos de rotaccedilatildeo e peso transmitido pela coluna agrave

broca as rochas satildeo perfuradas Para contrabalanccedilar as pressotildees existentes na formaccedilatildeo

resfriar a broca carrear a rocha triturada (cascalhos de perfuraccedilatildeo) ateacute a superfiacutecie aleacutem de

evitar desmoronamento das paredes do poccedilo eacute circulado na coluna um fluido de perfuraccedilatildeo

O fluido eacute injetado por bombas para o interior da coluna de perfuraccedilatildeo atraveacutes da cabeccedila de

injeccedilatildeo ou Swivel e retorna agrave superfiacutecie atraveacutes do espaccedilo anular formado pelas paredes dos

poccedilos e a coluna Ao atingir determinada profundidade a coluna de perfuraccedilatildeo eacute retirada do

poccedilo e uma coluna de revestimento de accedilo de diacircmetro inferior ao da broca eacute descida no

poccedilo

O anular entre os tubos do revestimento e as paredes do poccedilo eacute cimentado com

finalidade de isolar as rochas atravessadas permitindo entatildeo o avanccedilo de perfuraccedilatildeo com

seguranccedila Apoacutes a operaccedilatildeo de cimentaccedilatildeo a coluna de perfuraccedilatildeo eacute novamente decida no

poccedilo tendo na sua extremidade nova broca de diacircmetro menor do que a do revestimento para

o prosseguimento da perfuraccedilatildeo

Do exposto percebe-se que um poccedilo eacute perfurado em diversas fases caracterizadas

pelos diacircmetros das brocas No caso dos poccedilos do Alto do Rodrigues e Fazenda Porcinho a

sua grande maioria eacute perfurada em duas fases

A fase inicial ou fase ldquoumrdquo abrange os niacuteveis mais superficiais do terreno onde eacute

utilizado um fluido mais simples composto de apenas bentonita soacutedica e aacutegua Num segundo

estaacutegio fase ldquodoisrdquo eacute usado um fluido mais elaborado cuja composiccedilatildeo oferece

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 13

caracteriacutesticas que permitem uma obtenccedilatildeo de perfis geoloacutegicos aleacutem de prover inibiccedilatildeo

fiacutesico-quiacutemica dos argilo-minerais reduzindo a interaccedilatildeo rocha-fluido entre outras

22 Fluidos de perfuraccedilatildeo

Os fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo misturas complexas de soacutelidos liacutequidos produtos

quiacutemicos e por vezes ateacute gases Do ponto de vista quiacutemico eles podem assumir aspectos de

suspensatildeo dispersatildeo coloidal ou emulsatildeo dependendo do estado fiacutesico dos componentes

O fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser estaacutevel do ponto de vista quiacutemico estabilizar as

paredes do poccedilo mecacircnica e quimicamente facilitar a separaccedilatildeo dos cascalhos na superfiacutecie

manter os soacutelidos em suspensatildeo quando estiver em repouso ser inerte em relaccedilatildeo a danos agraves

rochas produtoras aceitar qualquer tratamento fiacutesico e quiacutemico ser bombeaacutevel apresentar

baixo grau de corrosatildeo e de abrasatildeo em relaccedilatildeo agrave coluna de perfuraccedilatildeo e demais

equipamentos do sistema de circulaccedilatildeo facilitar as interpretaccedilotildees geoloacutegicas do material do

poccedilo e apresentar custo compatiacutevel com a

operaccedilatildeo

O escoamento do fluido de perfuraccedilatildeo

para baixo pela tubulaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo e para

cima pelo poccedilo algumas vezes eacute interrompido

ou por causa de um problema ou para elevar a

tubulaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo para cima e para fora do

poccedilo permitindo a troca da broca Quando a perfuraccedilatildeo paacutera os cortes em suspensatildeo no

fluido podem afundar no poccedilo prendendo a broca

Os fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo projetados com uma propriedade muito interessante que

resolve esse problema Sua espessura ou viscosidade aumenta quando diminui o seu

movimento Quando o fluido paacutera de circular ele forma um gel espesso que manteacutem os

cortes de rocha em suspensatildeo e evita que eles afundem no poccedilo

Quando o fluido comeccedila a circular novamente ele torna-se mais fino e volta agrave forma

liacutequida anterior essa propriedade do fluido garante ao transporte dos cascalhos para a

superfiacutecie limpando assim o fundo do poccedilo

O fluido tambeacutem eacute responsaacutevel por exercer pressatildeo hidrostaacutetica sobre as formaccedilotildees

evitando assim o influxo de fluidos indesejaacuteveis (kick) e estabilizar as paredes do poccedilo

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23 Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo

As propriedades de controle dos fluidos podem ser fiacutesicas ou quiacutemicas As fiacutesicas satildeo

mais geneacutericas ou seja satildeo vaacutelidas para qualquer tipo de fluido Jaacute as quiacutemicas satildeo

especiacuteficas para cada tipo de fluido

As propriedades fiacutesicas mais importantes e frequumlentemente medidas nas sondas satildeo as

densidades os paracircmetros reoloacutegicos as forccedilas geacuteis (inicial e final) os paracircmetros de

filtraccedilatildeo e teor de soacutelidos

As propriedades quiacutemicas mais frequumlentemente determinadas nos laboratoacuterios das

sondas satildeo o pH os teores de cloreto e de bentonita e a alcalinidade O excesso de cal

(determinada nos fluidos tratados por cal hidratada) teor de caacutelcio e de magneacutesio a

concentraccedilatildeo de H2S e a concentraccedilatildeo de potaacutessio (testada nos fluidos inibidos por gesso)

Densidade

Os limites de variaccedilatildeo da densidade dos fluidos para perfurar uma determinada fase

satildeo definidos pela pressatildeo atuante no fluido que se encontra no espaccedilo poroso da rocha (limite

miacutenimo) e pela pressatildeo para qual a rocha se rompe (limite maacuteximo) das formaccedilotildees expostas

A baritina (BaSO4) tem o poder de aumentar a densidade de um fluido Este tem

densidade de 425 enquanto a densidade dos soacutelidos perfurados eacute em torno de 26 Para

reduzir a densidade dos fluidos agrave base de aacutegua dilui-se com aacutegua (densidade 100) ou oacuteleo

diesel (densidade 082)

Paracircmetros reoloacutegicos e forccedilas geacuteis

O comportamento do fluxo de um fluido eacute definido pelos paracircmetros reoloacutegicos Para

isto considera-se que o fluido eacute definido como um modelo reoloacutegico cujos paracircmetros vatildeo

influir diretamente no caacutelculo de perdas de cargas na tubulaccedilatildeo e velocidade de transporte dos

cascalhos

O controle de propriedades reoloacutegicas eacute de vital importacircncia nas operaccedilotildees de

perfuraccedilatildeo pois elas satildeo responsaacuteveis pela remoccedilatildeo dos cascalhos perfurados Aleacutem disso

influenciam no progresso da perfuraccedilatildeo que se chama de taxa de penetraccedilatildeo

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O descontrole dessa propriedade juntamente com o gel do fluido ocasiona problemas

seacuterios como Obstruccedilatildeo do anular formaccedilatildeo de fundo falso reduccedilatildeo de taxa de penetraccedilatildeo

alargamento do poccedilo prisatildeo da coluna perda de circulaccedilatildeo etc

Para os fluidos de perfuraccedilatildeo assume-se o modelo de Bingham o qual postula que

uma determinada tensatildeo deve ser aplicada para iniciar o fluxo (limite de escoamento) e acima

dessa tensatildeo o fluido se comporta como Newtoniano isto eacute Tensatildeo cisalhante (T)

proporcional a taxa de cisalhamento (TC)

Alguns fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo tixotroacutepicos isto eacute adquirem um estado semi-riacutegido

quando estatildeo em repouso e quando em movimentam apresentam fluidez A forccedila gel eacute um

paracircmetro de natureza reoloacutegica que indica o grau de gelificaccedilatildeo devido agrave interaccedilatildeo eleacutetrica

entre partiacuteculas dispersas

A forccedila gel inicial mede a resistecircncia inicial para colocar o fluido em fluxo A forccedila

gel final mede a resistecircncia do fluido para reiniciar o fluxo quando este fica um certo tempo

em repouso A diferenccedila entre elas indica o grau de tixotropia do fluido

Paracircmetros de filtraccedilatildeo

Devido agrave pressatildeo da coluna de fluido ter que ser maior que a pressatildeo de poro de

formaccedilatildeo para evitar o influxo dos fluidos contido nas rochas o fluido de perfuraccedilatildeo deveria

invadir continuamente as formaccedilotildees permeaacuteveis se natildeo houvesse o depoacutesito de um reboco

que eacute a capacidade do fluido de perfuraccedilatildeo em formar uma camada de partiacuteculas soacutelidas

uacutemidas sobre as rochas permeaacuteveis expostas pela broca e eacute de fundamental importacircncia para

o sucesso da perfuraccedilatildeo e da completaccedilatildeo do poccedilo

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido de perfuraccedilatildeo denominada filtrado invade a

formaccedilatildeo

O controle do filtrado torna-se criacutetico em casos de formaccedilotildees de folhelhos sensiacuteveis a

aacutegua esses folhelhos desenvolvem pressotildees devido ao inchamento pelo contato com a aacutegua

causando desmoronamento e alargamento do poccedilo Em formaccedilotildees permeaacuteveis o depoacutesito de

um reboco muito espesso causa reduccedilatildeo acentuada do diacircmetro do poccedilo aleacutem do que um

reboco espesso facilita a prisatildeo por pressatildeo diferencial

Para formar o reboco deve haver o influxo da fase liacutequida do fluido do poccedilo para a

formaccedilatildeo Este processo eacute conhecido como filtraccedilatildeo Eacute essencial que o fluido tenha uma

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fraccedilatildeo razoaacutevel de partiacuteculas com dimensotildees ligeiramente menores agraves dimensotildees dos poros

das rochas expostas

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido o filtrado invade a rocha

O filtrado e a espessura de reboco satildeo dois paracircmetros medidos rotineiramente para

definir o comportamento do fluido quanto agrave filtraccedilatildeo

Teor de soacutelidos

O teor de soacutelidos cujo valor deve ser mantido no miacutenimo possiacutevel eacute uma propriedade

que deve ser controlada com rigor porque o seu aumento implica aumento de vaacuterias outras

propriedades (densidade viscosidade e forccedila gel) aleacutem de aumentar a ocorrecircncia de

problemas como desgaste dos equipamentos de circulaccedilatildeo fratura das formaccedilotildees devido agrave

elevaccedilatildeo das pressotildees de bombeio ou hidrostaacutetica prisatildeo da coluna e reduccedilatildeo da taxa de

penetraccedilatildeo

O tratamento do fluido para reduzir o teor de soacutelidos pode ser preventivo ou corretivo

O tratamento preventivo consiste em inibir o fluido fiacutesico ou quimicamente evitando-se a

dispersatildeo dos soacutelidos perfurados No meacutetodo corretivo pode-se fazer uso de equipamentos

extratores de soacutelidos tais como tanques de decantaccedilatildeo peneiras hidrociclones e

centrifugadores ou diluir o fluido

Concentraccedilatildeo Hidrogeniocircnica ndash pH

O controle quiacutemico de alguns sistemas de fluido de perfuraccedilatildeo baseia-se na

determinaccedilatildeo do pH (pH=- log [H+] onde [H+] eacute a concentraccedilatildeo molar do iacuteon H+) O pH dos

fluidos de perfuraccedilatildeo eacute geralmente mantido no intervalo alcalino devido a fatores tais como

reduzir a taxa de corrosatildeo e aumentar a eficiecircncia dos dispersantes bem como aumentar o

rendimento das bentonitas

O pH dos fluidos de perfuraccedilatildeo tem que ser mantido na faixa de 7 a 10 com o intuito

de reduzir a taxa de corrosatildeo dos equipamentos e evitar a dispersatildeo das formaccedilotildees argilosas

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Alcalinidades

A alcalinidade eacute determinada por meacutetodos diretos de titulaccedilatildeo volumeacutetrica de

neutralizaccedilatildeo e esta leva em consideraccedilatildeo as espeacutecies carbonatos (CO3--) e bicarbonatos

HC03- dissolvidos no fluido aleacutem dos iacuteons hidroxilas (OH-) dissolvidos e natildeo dissolvidos

Se numa soluccedilatildeo aquosa (no caso o filtrado do fluido) houver apenas OH- entatildeo soacute se

mede Pf natildeo havendo C03-2 nem HC03

- a viragem do metilorange se daacute com a primeira gota

de soluccedilatildeo de H2S04 N50 A medida em que o Mf cresce tornando-se maior do que o Pf a

alcalinidade passa a ser devido a OH- + C03-2 a C03

-2 + HC03- e por fim somente a HC03

-

quando o Pf = O Entre o Pf = Mf e Pf = O vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser

deduzida cada uma sendo apropriada para fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

Esse teste identifica a alcalinidade parcial do filtrado alcalinidade da lama e

alcalinidade total do filtrado

Teor de cloretos ou salinidade

Este teste eacute feito por anaacutelise volumeacutetrica de precipitaccedilatildeo por titulaccedilatildeo dos iacuteons

cloretos

Os resultados obtidos com esses testes no campo satildeo utilizados para identificar o teor

salino da aacutegua de preparo do fluido controlar a salinidade de fluidos inibidos com sal

identificar influxos de aacutegua salgada e identificar a perfuraccedilatildeo de uma rocha ou domo salino

Teor de bentonita ou de soacutelidos ativos

O teste do azul de metileno ou MBT eacute uma anaacutelise volumeacutetrica por adsorccedilatildeo que serve

como inibidor da quantidade de soacutelidos ativos ou bentoniacuteticos no fluido de perfuraccedilatildeo Este

mede a capacidade de troca de caacutetion (CTC) das argilas e soacutelidos ativos presentes

24 Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo

O fluido de perfuraccedilatildeo eacute classificado de acordo com a composiccedilatildeo baseado no

constituinte principal da fase contiacutenua ou dispersante e satildeo eles fluido a base de aacutegua fluidos

a base de oacuteleo e fluidos a base de ar ou de gaacutes neste relatoacuterio vamos nos deter ao fluido de

perfuraccedilatildeo base aacutegua que foi o trabalhado durante o estaacutegio

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Fluidos a base de aacutegua

A definiccedilatildeo de um fluido a base aacutegua considera principalmente a natureza da aacutegua e os

aditivos quiacutemicos empregados no preparo do fluido A proporccedilatildeo entre os componentes

baacutesicos e as interaccedilotildees entre eles provoca sensiacuteveis modificaccedilotildees nas propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido Consequumlentemente a composiccedilatildeo eacute o principal fator a considerar no

controle das suas propriedades

A aacutegua eacute a fase contiacutenua e o principal componente de qualquer fluido agrave base de aacutegua

podendo ser doce dura ou salgada A aacutegua doce natildeo precisa de tratamento preacutevio pois natildeo

afeta o desempenho dos aditivos empregados no preparo do fluido sua salinidade eacute inferior a

1000 ppm de NaCl equivalente

A aacutegua dura tem a presenccedila de sais de caacutelcio e magneacutesio dissolvido onde estes

apresentam concentraccedilotildees capazes de alterar o desempenho dos aditivos do fluido de

perfuraccedilatildeo

A aacutegua salgada possui salinidade superior a 1000 ppm de NaCl equivalente e pode ser

natural como a aacutegua do mar ou pode ser salgada com a adiccedilatildeo de sais como NaCl KCl ou

CaCl2 A aacutegua tem a funccedilatildeo de prover o meio de dispersatildeo para os mateacuterias coloidais estes

controlam a viscosidade limite de escoamento forccedilas geacuteis e filtrado em valores adequados

para conferir ao fluido uma boa taxa de remoccedilatildeo dos soacutelidos perfurados e capacidade de

estabilizaccedilatildeo das paredes do poccedilo

Os fatores a serem considerados na seleccedilatildeo da aacutegua de preparo satildeo disponibilidade

custo de transporte e de tratamento tipos de formaccedilotildees geoloacutegicas a serem perfuradas

produtos quiacutemicos que comporatildeo o fluido e equipamentos e teacutecnicas a serem usados na

avaliaccedilatildeo das formaccedilotildees

Os soacutelidos dispersos em meio aquoso podem ser ativos ou inertes Os soacutelidos ativos

satildeo materiais argilosos cuja funccedilatildeo principal eacute aumentar a viscosidade do fluido A argila

mais usada eacute a bentonita

Os soacutelidos inertes podem se originar da adiccedilatildeo de materiais industrializados ou de

detritos finos das rochas perfuradas O adensante baritina eacute o soacutelido inerte mais comuns dentre

os produtos comercializados Os soacutelidos inertes oriundos das rochas perfuradas satildeo areia silte

e calcaacuterio fino

Os produtos quiacutemicos a serem adicionados ao fluido podem ser

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bull alcalinizantes e controladores de pH como soda caacuteustica potassa caacuteustica e cal

hidratada

bull dispersantes como o lignossulfonato tanino lignito e fosfato

bull redutores de filtrado como amido

bull floculantes como a soda caacuteustica cal e cloreto de soacutedio

bull poliacutemeros de uso geral para viscosificar desflocular ou reduzir filtrado

bull surfactantes para emulsificar e reduzir a tensatildeo superficial

bull removedores de caacutelcio e magneacutesio como carbonato e bicarbonato de soacutedio

bull inibidores de formaccedilatildeo ativas como cloreto de potaacutessio soacutedio e caacutelcio

bull bactericidas como paraformaldeiacutedo composto organoclorados soda caacuteustica e

cal

Produtos quiacutemicos mais especiacuteficos como anticorrosivos traccediladores quiacutemicos

antiespumantes entre outros tambeacutem podem estar presentes

A Tabela 21 abaixo apresenta a composiccedilatildeo dos fluidos usado na Petrobraacutes (ATP-

ARGIP) com seus respectivos coacutedigos

COacuteDIGO Tipos de

Fluido COacuteDIGO Tipos de Fluido

1 Aacutegua do Mar 12 NaCl com Poliacrilamida

2 Convencional 13 Milk Mud

3 BTS 14 Espuma

4 Nativo 15 Convencional com Asfalto e

LCM

5 NaCl com Poliacutemeros

16 Base Oacuteleo Mineral

6 Base Cal 17 Especiais para alta

temperatura

7 Disperso 18 Biopoliacutemero Saturado

8 KCL com Poliacutemero 19 Catiocircnico

9 Saturado 20 KCl com Poliacrilamida

10 Aerado 21 Biopoliacutemero com Carbonato

11 Base Oacuteleo Diesel 22 Sinteacutetico (Eacutester ou Parafina)

Tabela 2 1 ndash Tipo de fluidos utilizados no ATPARG

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Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados Tipo 2 Aacutegua Industrial argila ativada e soda caacuteustica

Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e

calcaacuterio

Tipo 19 Aacutegua Industrial Oacutexido de Magneacutesio Goma Xantana CMC BBV ADS

Amido Comum Cloreto de soacutedio Poliacutemero Catiocircnico Calcaacuterio Fino Lubrificante Preventor

de enceramento e Bactericida

24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo

O controle dos soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo eacute feito por um sistema de equipamentos

extratores buscando sempre manter o teor de soacutelidos adequados ao trabalho Quando estes

natildeo satildeo suficientes para esse controle a accedilatildeo corretiva implicaraacute num custo adicional pois

uma nova formulaccedilatildeo teraacute que ser feita ou seja um fluido novo seraacute misturado para diluiccedilatildeo

O natildeo uso dos equipamentos ou a natildeo correccedilatildeo do teor de soacutelidos implica na reduccedilatildeo da taxa

de penetraccedilatildeo problemas de ordem reoloacutegicas do fluido de perfuraccedilatildeo reboco de baixa

qualidade maior densidade equivalente de circulaccedilatildeo dano a formaccedilatildeo ameaccedila de prisatildeo da

coluna por diferencial de pressatildeo elevado desgaste de equipamentos grande volume de

resiacuteduos gerados e maior custo global

Existe algumas recomendaccedilotildees que se forem seguidas auxiliam na soluccedilatildeo de

problemas provocados por soacutelidos satildeo elas

Analisar os testes do fluido de perfuraccedilatildeo a fim de identificar a presenccedila de

um teor elevado de soacutelidos

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

eficientemente

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

em sequumlecircncia apropriada

Verificar se os equipamentos instalados na sonda tecircm capacidade suficiente

para remover soacutelidos numa taxa que permita trabalhar na faixa aceitaacutevel de teor

de soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo

Verificar qual o equipamento adicional necessaacuterio para resolver o problema

provocado pelo teor elevado de soacutelidos

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PEN

EIR

AS

KELLY (HASTE QUADRADA)

KATARINA

DESLIZADOR DE CASCALHOS

TUBOS PESADOS (HW)

PEN

EIR

AS

COMANDOS

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo da diluiccedilatildeo necessaacuteria para resolver o problema sem o uso

de equipamento adicional

Comparar os custos determinados em nos dois itens anteriores

Recomendar se necessaacuterio a instalaccedilatildeo de equipamento adicional extrator de

soacutelidos

Caso seja instalado um equipamento adicional de soacutelidos operaacute-lo por um

periacuteodo apropriado de tempo repetir os testes com o fluido de perfuraccedilatildeo e

avaliar a eficiecircncia do equipamento adicional instalado

25 Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de

perfuraccedilatildeo do ATP-ARG

Peneiras Vibratoacuterias

A peneira vibratoacuteria eacute a primeira

barreira na retenccedilatildeo dos soacutelidos do fluido de

perfuraccedilatildeo que retorna durante a saiacuteda de

cada ciclo de circulaccedilatildeo Dessa etapa os

soacutelidos mais grosseiros satildeo retidos jaacute que eacute

mais faacutecil removecirc-los antes de passar pelos

hidrociclones e centrifugadores Ao lado

apresenta-se uma figura esquemaacutetica com o

percurso simplificado do fluido no poccedilo

quando se estaacute perfurando

Hidrociclones

A separaccedilatildeo dos soacutelidos ocorre da seguinte

forma o liacutequido contendo a fraccedilatildeo mais fina

de partiacuteculas menores eacute descarregado atraveacutes Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de

perfuraccedilatildeo

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 22

do tubo cilindro central (overflow) o liacutequido contendo os soacutelidos mais grossos eacute

descarregado pelo underflow

Os cones hoje satildeo feitos de poliuretano este material quando expostos a altas

temperaturas (150 e 175 ordm F) amolecem fazendo com que haja a necessidade de substituiacute-los

A viscosidade do fluido o teor de soacutelidos na alimentaccedilatildeo a pressatildeo disponiacutevel na

entrada do equipamento e o lay-out do percurso feito pelo fluido influencia de forma direta no

desempenho do equipamento

Quanto menor a viscosidade (dentro do possiacutevel) maior o desempenho do

hidrociclone

Uma grande concentraccedilatildeo de soacutelidos na alimentaccedilatildeo tem efeito negativo no

desempenho Com o hidrociclone trabalhando com descarga tipo ldquosprayrdquo o ponto de corte

meacutedio aumenta quando a carga de soacutelidos aumenta Quando a carga de soacutelidos ultrapassa o

ponto suportaacutevel pelo ldquounderflowrdquo o hidrociclone comeccedila a descarregar em ldquoforma de cordardquo

e o ponto de corte meacutedio aumenta drasticamente A pressatildeo recomendada pela maioria dos

fabricantes e fornecedores de hidrociclones jaacute estaacute otimizada A maioria dos hidrociclones no

campo requer de 70 a 80 peacutes de fluido de pressatildeo hidrostaacutetica Os hidrociclones utilizados nas

sondas satildeo chamados de desareadores e dessiltadores

Depuradores (MUD CLEANER)

Este eacute composto por hidrociclones em seacuterie com uma tela fina que permite recuperar

partiacuteculas e eacute usado com fluidos de perfuraccedilatildeo pesados As partiacuteculas soacutelidas que esse

equipamento remove satildeo maiores que a baritina Como ocorre no ciclone parte do material eacute

recuperada e parte eacute descartada o recuperado retorna ao fluido reduzindo custos

Monta-se uma cobertura onde a tela estaacute colocada fazendo com que todos os soacutelidos

descarregados pelos dessiltadores satildeo retornados para o sistema de circulaccedilatildeo No caso de

baritina ser adicionada ao fluido a cobertura daacute lugar a tela fina Esse equipamento reduz a

perda da baritina dos fluidos pesados no intuito de recuperar fluidos caros e reduzir descarte

de poluente ao meio ambiente

Decantador Centriacutefugo

A funccedilatildeo deste equipamento eacute separar soacutelidos de liacutequidos eacute formado por um tambor

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ciliacutendrico-cocircnico composto por uma seccedilatildeo cocircnica que origina a chamada ldquopraiardquo e uma ou

vaacuterios secccedilotildees ciliacutendricas conectadas que origina a ldquopiscinardquoUm parafuso transportador que

fica dentro do tambor rotativo

Eacute possiacutevel ajustar a profundidade do liacutequido no tambor o niacutevel da piscina teraacute um

efeito sobre a eficiecircncia de separaccedilatildeo pois ele afetaraacute as aacutereas secas e molhadas da praia bem

como a secagem dos soacutelidos e a habilidade fiacutesica do parafuso em transportar os soacutelidos para o

tambor

A medida do teor de areia num fluido nos daacute um paracircmetro de avaliaccedilatildeo dos

equipamentos extratores de soacutelidos da sonda e serve como uma medida de abrasividade do

fluido

CAPIacuteTULO 4

METODOLOGIA DE ANAacuteLISES

Metodologia de anaacutelise Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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4 - Metodologia de anaacutelise

O monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo eacute feito

de acordo com as metodologias descritas neste capiacutetulo Aqui seratildeo descritos os meacutetodos

fiacutesicos e quiacutemicos para anaacutelises de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

As anaacutelises que seratildeo descritas neste documento estatildeo de acordo com o Manual de

Laboratoacuterio de Fluido Programa de Trainees Petrobras ndash 2002 Quiacutemico de Petroacuteleo Junior

41 Meacutetodos Fiacutesicos

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH

Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom

A Figura 41 mostra o funil Marsh que eacute um funil com as seguintes dimensotildees 1524

cm (6rdquo) de diacircmetro na parte superior 3048 cm (12rdquo) de altura A metade da abertura

superior eacute coberta por uma peneira de malha nordm 10 O orifiacutecio inferior tem 476 mm (316rdquo) de

diacircmetro interno e 508 cm (2rdquo) de comprimento A capacidade do funil ateacute a marca superior eacute

de 1500 cmsup3

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Se segura o funil em posiccedilatildeo vertical obstruindo o orifiacutecio de descarga com o dedo

indicador

bull verta-se atraveacutes da peneira a amostra de fluido tomada em qualquer ponto onde ela

esteja em agitaccedilatildeo ateacute que o niacutevel da mesma fique rente agrave parte inferior da tela da

peneira

bull imediatamente retira-se o dedo do tubo de descarga e com o auxiacutelio de um

cronocircmetro observa-se o tempo em segundos necessaacuterio para que escoe um (01) litro

de fluido para um recipiente graduado

bull a operaccedilatildeo deve ser raacutepida para minimizar erros

bull registra-se a ldquoViscosidaderdquo Marsh em segundos1000 cmsup3 de fluido

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Verifica-se a precisatildeo do funil Marsh com 1500 cmsup3 de aacutegua doce a 21ordmC O tempo de

escoamento de 1000 cmsup3 de aacutegua deve ser de 28 plusmn 05 segundos

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr

A Figura 42 mostra o conjunto que registra o conteuacutedo de areia presente no fluido

em percentagem volumeacutetrica composto por um tubo de vidro graduado em percentual

volumeacutetrico (0-20 v) um cilindro cocircnico um copo ciliacutendrico com uma tela de peneira

(malha 200 mesh)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Verta-se o fluido previamente passado atraveacutes da peneira do funil Marsh no tubo de

vidro graduado ateacute a marca indicada e depois se adiciona aacutegua ateacute a referecircncia

superior

bull obstrui-se a saiacuteda superior do tubo com o dedo e agita-se vigorosamente Em seguida

esvazia-se a amostra de fluido diluiacutedo atraveacutes da peneira lavando todo o resiacuteduo no

tubo com aacutegua Lava-se a areia retida na peneira ateacute eliminar os traccedilos de fluido

bull coloca-se o funil sobre a peneira e inverte-se o conjunto lentamente Faz-se retornar a

areia da peneira para o interior do tubo atraveacutes de jatos daacutegua

bull apoacutes a deposiccedilatildeo total da areia lecirc-se diretamente a percentagem em volume de areia

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412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

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se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

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PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

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A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

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42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

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lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

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bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

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A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

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Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

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CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

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6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

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wwwanpgovbr

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wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Introduccedilatildeo Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2006 10

1 ndash Introduccedilatildeo

Fluido de perfuraccedilatildeo eacute usado como ferramenta essencial na perfuraccedilatildeo de poccedilos de

petroacuteleo Sua importacircncia se justifica pela funccedilatildeo desempenhada durante a operaccedilatildeo de

perfuraccedilatildeo Eacute competecircncia dos fluidos de perfuraccedilatildeo carrear os cascalhos cortados pela broca

sustentar a parede do poccedilo lubrificar a broca controlar a pressatildeo existente na formaccedilatildeo etc

Essas funccedilotildees satildeo desempenhadas de acordo com as propriedades do fluido que satildeo

previamente especificadas e formuladas de acordo com a formaccedilatildeo O controle dessas

propriedades durante a operaccedilatildeo eacute garantia de um bom desempenho do fluido dentro do poccedilo

Esse controle eacute feito em campo por meacutetodos de anaacutelises de paracircmetros fiacutesicos e quiacutemicos

Durante vaacuterios anos utilizou-se fluido a base de oacuteleo diesel devido agrave excelente

performance proporcionada agrave perfuraccedilatildeo comparado ao fluido base aacutegua Poreacutem em alguns

lugares as leis ambientais vigentes natildeo permitem o uso deste tipo de fluido

Nos campos de petroacuteleo do Rio Grande do Norte devido a exigecircncias ambientais o

fluido de perfuraccedilatildeo utilizado eacute base aacutegua Este trabalho tem como objetivo apresentar uma

visatildeo geral sobre fluido de perfuraccedilatildeo bem como as metodologias de anaacutelises para o

monitoramento de algumas propriedades fiacutesicas e quiacutemicas de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

CAPIacuteTULO 2

ASPECTOS TEOacuteRICOS

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 12

2 - Aspectos Teoacutericos

21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo

O processo de exploraccedilatildeo de petroacuteleo envolve a pesquisa por formaccedilatildeo de rochas

associadas com oacuteleo ou depoacutesitos de gaacutes natural e compreende etapas que vatildeo desde a

prospecccedilatildeo geofiacutesica passando pela perfuraccedilatildeo exploratoacuteria desenvolvimento do poccedilo

quando economicamente viaacutevel e a sua exploraccedilatildeo se forem achados hidrocarbonetos em

quantidades suficientes caso contraacuterio o poccedilo poderaacute ser abandonado

Em terra ou mar a perfuraccedilatildeo de um poccedilo eacute um trabalho realizado sem interrupccedilatildeo

que soacute termina quando se atinge a profundidade programada ou o objetivo proposto para a

perfuraccedilatildeo A perfuraccedilatildeo em terra eacute feita com sonda de perfuraccedilatildeo constituiacuteda de estrutura

metaacutelica de mais de 40 metros de altura (torre) e de equipamentos especiais

A torre sustenta um tubo vertical a coluna de perfuraccedilatildeo em cuja extremidade eacute

colocada uma broca Por meio de movimentos de rotaccedilatildeo e peso transmitido pela coluna agrave

broca as rochas satildeo perfuradas Para contrabalanccedilar as pressotildees existentes na formaccedilatildeo

resfriar a broca carrear a rocha triturada (cascalhos de perfuraccedilatildeo) ateacute a superfiacutecie aleacutem de

evitar desmoronamento das paredes do poccedilo eacute circulado na coluna um fluido de perfuraccedilatildeo

O fluido eacute injetado por bombas para o interior da coluna de perfuraccedilatildeo atraveacutes da cabeccedila de

injeccedilatildeo ou Swivel e retorna agrave superfiacutecie atraveacutes do espaccedilo anular formado pelas paredes dos

poccedilos e a coluna Ao atingir determinada profundidade a coluna de perfuraccedilatildeo eacute retirada do

poccedilo e uma coluna de revestimento de accedilo de diacircmetro inferior ao da broca eacute descida no

poccedilo

O anular entre os tubos do revestimento e as paredes do poccedilo eacute cimentado com

finalidade de isolar as rochas atravessadas permitindo entatildeo o avanccedilo de perfuraccedilatildeo com

seguranccedila Apoacutes a operaccedilatildeo de cimentaccedilatildeo a coluna de perfuraccedilatildeo eacute novamente decida no

poccedilo tendo na sua extremidade nova broca de diacircmetro menor do que a do revestimento para

o prosseguimento da perfuraccedilatildeo

Do exposto percebe-se que um poccedilo eacute perfurado em diversas fases caracterizadas

pelos diacircmetros das brocas No caso dos poccedilos do Alto do Rodrigues e Fazenda Porcinho a

sua grande maioria eacute perfurada em duas fases

A fase inicial ou fase ldquoumrdquo abrange os niacuteveis mais superficiais do terreno onde eacute

utilizado um fluido mais simples composto de apenas bentonita soacutedica e aacutegua Num segundo

estaacutegio fase ldquodoisrdquo eacute usado um fluido mais elaborado cuja composiccedilatildeo oferece

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 13

caracteriacutesticas que permitem uma obtenccedilatildeo de perfis geoloacutegicos aleacutem de prover inibiccedilatildeo

fiacutesico-quiacutemica dos argilo-minerais reduzindo a interaccedilatildeo rocha-fluido entre outras

22 Fluidos de perfuraccedilatildeo

Os fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo misturas complexas de soacutelidos liacutequidos produtos

quiacutemicos e por vezes ateacute gases Do ponto de vista quiacutemico eles podem assumir aspectos de

suspensatildeo dispersatildeo coloidal ou emulsatildeo dependendo do estado fiacutesico dos componentes

O fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser estaacutevel do ponto de vista quiacutemico estabilizar as

paredes do poccedilo mecacircnica e quimicamente facilitar a separaccedilatildeo dos cascalhos na superfiacutecie

manter os soacutelidos em suspensatildeo quando estiver em repouso ser inerte em relaccedilatildeo a danos agraves

rochas produtoras aceitar qualquer tratamento fiacutesico e quiacutemico ser bombeaacutevel apresentar

baixo grau de corrosatildeo e de abrasatildeo em relaccedilatildeo agrave coluna de perfuraccedilatildeo e demais

equipamentos do sistema de circulaccedilatildeo facilitar as interpretaccedilotildees geoloacutegicas do material do

poccedilo e apresentar custo compatiacutevel com a

operaccedilatildeo

O escoamento do fluido de perfuraccedilatildeo

para baixo pela tubulaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo e para

cima pelo poccedilo algumas vezes eacute interrompido

ou por causa de um problema ou para elevar a

tubulaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo para cima e para fora do

poccedilo permitindo a troca da broca Quando a perfuraccedilatildeo paacutera os cortes em suspensatildeo no

fluido podem afundar no poccedilo prendendo a broca

Os fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo projetados com uma propriedade muito interessante que

resolve esse problema Sua espessura ou viscosidade aumenta quando diminui o seu

movimento Quando o fluido paacutera de circular ele forma um gel espesso que manteacutem os

cortes de rocha em suspensatildeo e evita que eles afundem no poccedilo

Quando o fluido comeccedila a circular novamente ele torna-se mais fino e volta agrave forma

liacutequida anterior essa propriedade do fluido garante ao transporte dos cascalhos para a

superfiacutecie limpando assim o fundo do poccedilo

O fluido tambeacutem eacute responsaacutevel por exercer pressatildeo hidrostaacutetica sobre as formaccedilotildees

evitando assim o influxo de fluidos indesejaacuteveis (kick) e estabilizar as paredes do poccedilo

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 14

23 Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo

As propriedades de controle dos fluidos podem ser fiacutesicas ou quiacutemicas As fiacutesicas satildeo

mais geneacutericas ou seja satildeo vaacutelidas para qualquer tipo de fluido Jaacute as quiacutemicas satildeo

especiacuteficas para cada tipo de fluido

As propriedades fiacutesicas mais importantes e frequumlentemente medidas nas sondas satildeo as

densidades os paracircmetros reoloacutegicos as forccedilas geacuteis (inicial e final) os paracircmetros de

filtraccedilatildeo e teor de soacutelidos

As propriedades quiacutemicas mais frequumlentemente determinadas nos laboratoacuterios das

sondas satildeo o pH os teores de cloreto e de bentonita e a alcalinidade O excesso de cal

(determinada nos fluidos tratados por cal hidratada) teor de caacutelcio e de magneacutesio a

concentraccedilatildeo de H2S e a concentraccedilatildeo de potaacutessio (testada nos fluidos inibidos por gesso)

Densidade

Os limites de variaccedilatildeo da densidade dos fluidos para perfurar uma determinada fase

satildeo definidos pela pressatildeo atuante no fluido que se encontra no espaccedilo poroso da rocha (limite

miacutenimo) e pela pressatildeo para qual a rocha se rompe (limite maacuteximo) das formaccedilotildees expostas

A baritina (BaSO4) tem o poder de aumentar a densidade de um fluido Este tem

densidade de 425 enquanto a densidade dos soacutelidos perfurados eacute em torno de 26 Para

reduzir a densidade dos fluidos agrave base de aacutegua dilui-se com aacutegua (densidade 100) ou oacuteleo

diesel (densidade 082)

Paracircmetros reoloacutegicos e forccedilas geacuteis

O comportamento do fluxo de um fluido eacute definido pelos paracircmetros reoloacutegicos Para

isto considera-se que o fluido eacute definido como um modelo reoloacutegico cujos paracircmetros vatildeo

influir diretamente no caacutelculo de perdas de cargas na tubulaccedilatildeo e velocidade de transporte dos

cascalhos

O controle de propriedades reoloacutegicas eacute de vital importacircncia nas operaccedilotildees de

perfuraccedilatildeo pois elas satildeo responsaacuteveis pela remoccedilatildeo dos cascalhos perfurados Aleacutem disso

influenciam no progresso da perfuraccedilatildeo que se chama de taxa de penetraccedilatildeo

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O descontrole dessa propriedade juntamente com o gel do fluido ocasiona problemas

seacuterios como Obstruccedilatildeo do anular formaccedilatildeo de fundo falso reduccedilatildeo de taxa de penetraccedilatildeo

alargamento do poccedilo prisatildeo da coluna perda de circulaccedilatildeo etc

Para os fluidos de perfuraccedilatildeo assume-se o modelo de Bingham o qual postula que

uma determinada tensatildeo deve ser aplicada para iniciar o fluxo (limite de escoamento) e acima

dessa tensatildeo o fluido se comporta como Newtoniano isto eacute Tensatildeo cisalhante (T)

proporcional a taxa de cisalhamento (TC)

Alguns fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo tixotroacutepicos isto eacute adquirem um estado semi-riacutegido

quando estatildeo em repouso e quando em movimentam apresentam fluidez A forccedila gel eacute um

paracircmetro de natureza reoloacutegica que indica o grau de gelificaccedilatildeo devido agrave interaccedilatildeo eleacutetrica

entre partiacuteculas dispersas

A forccedila gel inicial mede a resistecircncia inicial para colocar o fluido em fluxo A forccedila

gel final mede a resistecircncia do fluido para reiniciar o fluxo quando este fica um certo tempo

em repouso A diferenccedila entre elas indica o grau de tixotropia do fluido

Paracircmetros de filtraccedilatildeo

Devido agrave pressatildeo da coluna de fluido ter que ser maior que a pressatildeo de poro de

formaccedilatildeo para evitar o influxo dos fluidos contido nas rochas o fluido de perfuraccedilatildeo deveria

invadir continuamente as formaccedilotildees permeaacuteveis se natildeo houvesse o depoacutesito de um reboco

que eacute a capacidade do fluido de perfuraccedilatildeo em formar uma camada de partiacuteculas soacutelidas

uacutemidas sobre as rochas permeaacuteveis expostas pela broca e eacute de fundamental importacircncia para

o sucesso da perfuraccedilatildeo e da completaccedilatildeo do poccedilo

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido de perfuraccedilatildeo denominada filtrado invade a

formaccedilatildeo

O controle do filtrado torna-se criacutetico em casos de formaccedilotildees de folhelhos sensiacuteveis a

aacutegua esses folhelhos desenvolvem pressotildees devido ao inchamento pelo contato com a aacutegua

causando desmoronamento e alargamento do poccedilo Em formaccedilotildees permeaacuteveis o depoacutesito de

um reboco muito espesso causa reduccedilatildeo acentuada do diacircmetro do poccedilo aleacutem do que um

reboco espesso facilita a prisatildeo por pressatildeo diferencial

Para formar o reboco deve haver o influxo da fase liacutequida do fluido do poccedilo para a

formaccedilatildeo Este processo eacute conhecido como filtraccedilatildeo Eacute essencial que o fluido tenha uma

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fraccedilatildeo razoaacutevel de partiacuteculas com dimensotildees ligeiramente menores agraves dimensotildees dos poros

das rochas expostas

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido o filtrado invade a rocha

O filtrado e a espessura de reboco satildeo dois paracircmetros medidos rotineiramente para

definir o comportamento do fluido quanto agrave filtraccedilatildeo

Teor de soacutelidos

O teor de soacutelidos cujo valor deve ser mantido no miacutenimo possiacutevel eacute uma propriedade

que deve ser controlada com rigor porque o seu aumento implica aumento de vaacuterias outras

propriedades (densidade viscosidade e forccedila gel) aleacutem de aumentar a ocorrecircncia de

problemas como desgaste dos equipamentos de circulaccedilatildeo fratura das formaccedilotildees devido agrave

elevaccedilatildeo das pressotildees de bombeio ou hidrostaacutetica prisatildeo da coluna e reduccedilatildeo da taxa de

penetraccedilatildeo

O tratamento do fluido para reduzir o teor de soacutelidos pode ser preventivo ou corretivo

O tratamento preventivo consiste em inibir o fluido fiacutesico ou quimicamente evitando-se a

dispersatildeo dos soacutelidos perfurados No meacutetodo corretivo pode-se fazer uso de equipamentos

extratores de soacutelidos tais como tanques de decantaccedilatildeo peneiras hidrociclones e

centrifugadores ou diluir o fluido

Concentraccedilatildeo Hidrogeniocircnica ndash pH

O controle quiacutemico de alguns sistemas de fluido de perfuraccedilatildeo baseia-se na

determinaccedilatildeo do pH (pH=- log [H+] onde [H+] eacute a concentraccedilatildeo molar do iacuteon H+) O pH dos

fluidos de perfuraccedilatildeo eacute geralmente mantido no intervalo alcalino devido a fatores tais como

reduzir a taxa de corrosatildeo e aumentar a eficiecircncia dos dispersantes bem como aumentar o

rendimento das bentonitas

O pH dos fluidos de perfuraccedilatildeo tem que ser mantido na faixa de 7 a 10 com o intuito

de reduzir a taxa de corrosatildeo dos equipamentos e evitar a dispersatildeo das formaccedilotildees argilosas

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Alcalinidades

A alcalinidade eacute determinada por meacutetodos diretos de titulaccedilatildeo volumeacutetrica de

neutralizaccedilatildeo e esta leva em consideraccedilatildeo as espeacutecies carbonatos (CO3--) e bicarbonatos

HC03- dissolvidos no fluido aleacutem dos iacuteons hidroxilas (OH-) dissolvidos e natildeo dissolvidos

Se numa soluccedilatildeo aquosa (no caso o filtrado do fluido) houver apenas OH- entatildeo soacute se

mede Pf natildeo havendo C03-2 nem HC03

- a viragem do metilorange se daacute com a primeira gota

de soluccedilatildeo de H2S04 N50 A medida em que o Mf cresce tornando-se maior do que o Pf a

alcalinidade passa a ser devido a OH- + C03-2 a C03

-2 + HC03- e por fim somente a HC03

-

quando o Pf = O Entre o Pf = Mf e Pf = O vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser

deduzida cada uma sendo apropriada para fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

Esse teste identifica a alcalinidade parcial do filtrado alcalinidade da lama e

alcalinidade total do filtrado

Teor de cloretos ou salinidade

Este teste eacute feito por anaacutelise volumeacutetrica de precipitaccedilatildeo por titulaccedilatildeo dos iacuteons

cloretos

Os resultados obtidos com esses testes no campo satildeo utilizados para identificar o teor

salino da aacutegua de preparo do fluido controlar a salinidade de fluidos inibidos com sal

identificar influxos de aacutegua salgada e identificar a perfuraccedilatildeo de uma rocha ou domo salino

Teor de bentonita ou de soacutelidos ativos

O teste do azul de metileno ou MBT eacute uma anaacutelise volumeacutetrica por adsorccedilatildeo que serve

como inibidor da quantidade de soacutelidos ativos ou bentoniacuteticos no fluido de perfuraccedilatildeo Este

mede a capacidade de troca de caacutetion (CTC) das argilas e soacutelidos ativos presentes

24 Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo

O fluido de perfuraccedilatildeo eacute classificado de acordo com a composiccedilatildeo baseado no

constituinte principal da fase contiacutenua ou dispersante e satildeo eles fluido a base de aacutegua fluidos

a base de oacuteleo e fluidos a base de ar ou de gaacutes neste relatoacuterio vamos nos deter ao fluido de

perfuraccedilatildeo base aacutegua que foi o trabalhado durante o estaacutegio

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Fluidos a base de aacutegua

A definiccedilatildeo de um fluido a base aacutegua considera principalmente a natureza da aacutegua e os

aditivos quiacutemicos empregados no preparo do fluido A proporccedilatildeo entre os componentes

baacutesicos e as interaccedilotildees entre eles provoca sensiacuteveis modificaccedilotildees nas propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido Consequumlentemente a composiccedilatildeo eacute o principal fator a considerar no

controle das suas propriedades

A aacutegua eacute a fase contiacutenua e o principal componente de qualquer fluido agrave base de aacutegua

podendo ser doce dura ou salgada A aacutegua doce natildeo precisa de tratamento preacutevio pois natildeo

afeta o desempenho dos aditivos empregados no preparo do fluido sua salinidade eacute inferior a

1000 ppm de NaCl equivalente

A aacutegua dura tem a presenccedila de sais de caacutelcio e magneacutesio dissolvido onde estes

apresentam concentraccedilotildees capazes de alterar o desempenho dos aditivos do fluido de

perfuraccedilatildeo

A aacutegua salgada possui salinidade superior a 1000 ppm de NaCl equivalente e pode ser

natural como a aacutegua do mar ou pode ser salgada com a adiccedilatildeo de sais como NaCl KCl ou

CaCl2 A aacutegua tem a funccedilatildeo de prover o meio de dispersatildeo para os mateacuterias coloidais estes

controlam a viscosidade limite de escoamento forccedilas geacuteis e filtrado em valores adequados

para conferir ao fluido uma boa taxa de remoccedilatildeo dos soacutelidos perfurados e capacidade de

estabilizaccedilatildeo das paredes do poccedilo

Os fatores a serem considerados na seleccedilatildeo da aacutegua de preparo satildeo disponibilidade

custo de transporte e de tratamento tipos de formaccedilotildees geoloacutegicas a serem perfuradas

produtos quiacutemicos que comporatildeo o fluido e equipamentos e teacutecnicas a serem usados na

avaliaccedilatildeo das formaccedilotildees

Os soacutelidos dispersos em meio aquoso podem ser ativos ou inertes Os soacutelidos ativos

satildeo materiais argilosos cuja funccedilatildeo principal eacute aumentar a viscosidade do fluido A argila

mais usada eacute a bentonita

Os soacutelidos inertes podem se originar da adiccedilatildeo de materiais industrializados ou de

detritos finos das rochas perfuradas O adensante baritina eacute o soacutelido inerte mais comuns dentre

os produtos comercializados Os soacutelidos inertes oriundos das rochas perfuradas satildeo areia silte

e calcaacuterio fino

Os produtos quiacutemicos a serem adicionados ao fluido podem ser

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bull alcalinizantes e controladores de pH como soda caacuteustica potassa caacuteustica e cal

hidratada

bull dispersantes como o lignossulfonato tanino lignito e fosfato

bull redutores de filtrado como amido

bull floculantes como a soda caacuteustica cal e cloreto de soacutedio

bull poliacutemeros de uso geral para viscosificar desflocular ou reduzir filtrado

bull surfactantes para emulsificar e reduzir a tensatildeo superficial

bull removedores de caacutelcio e magneacutesio como carbonato e bicarbonato de soacutedio

bull inibidores de formaccedilatildeo ativas como cloreto de potaacutessio soacutedio e caacutelcio

bull bactericidas como paraformaldeiacutedo composto organoclorados soda caacuteustica e

cal

Produtos quiacutemicos mais especiacuteficos como anticorrosivos traccediladores quiacutemicos

antiespumantes entre outros tambeacutem podem estar presentes

A Tabela 21 abaixo apresenta a composiccedilatildeo dos fluidos usado na Petrobraacutes (ATP-

ARGIP) com seus respectivos coacutedigos

COacuteDIGO Tipos de

Fluido COacuteDIGO Tipos de Fluido

1 Aacutegua do Mar 12 NaCl com Poliacrilamida

2 Convencional 13 Milk Mud

3 BTS 14 Espuma

4 Nativo 15 Convencional com Asfalto e

LCM

5 NaCl com Poliacutemeros

16 Base Oacuteleo Mineral

6 Base Cal 17 Especiais para alta

temperatura

7 Disperso 18 Biopoliacutemero Saturado

8 KCL com Poliacutemero 19 Catiocircnico

9 Saturado 20 KCl com Poliacrilamida

10 Aerado 21 Biopoliacutemero com Carbonato

11 Base Oacuteleo Diesel 22 Sinteacutetico (Eacutester ou Parafina)

Tabela 2 1 ndash Tipo de fluidos utilizados no ATPARG

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Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados Tipo 2 Aacutegua Industrial argila ativada e soda caacuteustica

Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e

calcaacuterio

Tipo 19 Aacutegua Industrial Oacutexido de Magneacutesio Goma Xantana CMC BBV ADS

Amido Comum Cloreto de soacutedio Poliacutemero Catiocircnico Calcaacuterio Fino Lubrificante Preventor

de enceramento e Bactericida

24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo

O controle dos soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo eacute feito por um sistema de equipamentos

extratores buscando sempre manter o teor de soacutelidos adequados ao trabalho Quando estes

natildeo satildeo suficientes para esse controle a accedilatildeo corretiva implicaraacute num custo adicional pois

uma nova formulaccedilatildeo teraacute que ser feita ou seja um fluido novo seraacute misturado para diluiccedilatildeo

O natildeo uso dos equipamentos ou a natildeo correccedilatildeo do teor de soacutelidos implica na reduccedilatildeo da taxa

de penetraccedilatildeo problemas de ordem reoloacutegicas do fluido de perfuraccedilatildeo reboco de baixa

qualidade maior densidade equivalente de circulaccedilatildeo dano a formaccedilatildeo ameaccedila de prisatildeo da

coluna por diferencial de pressatildeo elevado desgaste de equipamentos grande volume de

resiacuteduos gerados e maior custo global

Existe algumas recomendaccedilotildees que se forem seguidas auxiliam na soluccedilatildeo de

problemas provocados por soacutelidos satildeo elas

Analisar os testes do fluido de perfuraccedilatildeo a fim de identificar a presenccedila de

um teor elevado de soacutelidos

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

eficientemente

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

em sequumlecircncia apropriada

Verificar se os equipamentos instalados na sonda tecircm capacidade suficiente

para remover soacutelidos numa taxa que permita trabalhar na faixa aceitaacutevel de teor

de soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo

Verificar qual o equipamento adicional necessaacuterio para resolver o problema

provocado pelo teor elevado de soacutelidos

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PEN

EIR

AS

KELLY (HASTE QUADRADA)

KATARINA

DESLIZADOR DE CASCALHOS

TUBOS PESADOS (HW)

PEN

EIR

AS

COMANDOS

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo da diluiccedilatildeo necessaacuteria para resolver o problema sem o uso

de equipamento adicional

Comparar os custos determinados em nos dois itens anteriores

Recomendar se necessaacuterio a instalaccedilatildeo de equipamento adicional extrator de

soacutelidos

Caso seja instalado um equipamento adicional de soacutelidos operaacute-lo por um

periacuteodo apropriado de tempo repetir os testes com o fluido de perfuraccedilatildeo e

avaliar a eficiecircncia do equipamento adicional instalado

25 Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de

perfuraccedilatildeo do ATP-ARG

Peneiras Vibratoacuterias

A peneira vibratoacuteria eacute a primeira

barreira na retenccedilatildeo dos soacutelidos do fluido de

perfuraccedilatildeo que retorna durante a saiacuteda de

cada ciclo de circulaccedilatildeo Dessa etapa os

soacutelidos mais grosseiros satildeo retidos jaacute que eacute

mais faacutecil removecirc-los antes de passar pelos

hidrociclones e centrifugadores Ao lado

apresenta-se uma figura esquemaacutetica com o

percurso simplificado do fluido no poccedilo

quando se estaacute perfurando

Hidrociclones

A separaccedilatildeo dos soacutelidos ocorre da seguinte

forma o liacutequido contendo a fraccedilatildeo mais fina

de partiacuteculas menores eacute descarregado atraveacutes Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de

perfuraccedilatildeo

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do tubo cilindro central (overflow) o liacutequido contendo os soacutelidos mais grossos eacute

descarregado pelo underflow

Os cones hoje satildeo feitos de poliuretano este material quando expostos a altas

temperaturas (150 e 175 ordm F) amolecem fazendo com que haja a necessidade de substituiacute-los

A viscosidade do fluido o teor de soacutelidos na alimentaccedilatildeo a pressatildeo disponiacutevel na

entrada do equipamento e o lay-out do percurso feito pelo fluido influencia de forma direta no

desempenho do equipamento

Quanto menor a viscosidade (dentro do possiacutevel) maior o desempenho do

hidrociclone

Uma grande concentraccedilatildeo de soacutelidos na alimentaccedilatildeo tem efeito negativo no

desempenho Com o hidrociclone trabalhando com descarga tipo ldquosprayrdquo o ponto de corte

meacutedio aumenta quando a carga de soacutelidos aumenta Quando a carga de soacutelidos ultrapassa o

ponto suportaacutevel pelo ldquounderflowrdquo o hidrociclone comeccedila a descarregar em ldquoforma de cordardquo

e o ponto de corte meacutedio aumenta drasticamente A pressatildeo recomendada pela maioria dos

fabricantes e fornecedores de hidrociclones jaacute estaacute otimizada A maioria dos hidrociclones no

campo requer de 70 a 80 peacutes de fluido de pressatildeo hidrostaacutetica Os hidrociclones utilizados nas

sondas satildeo chamados de desareadores e dessiltadores

Depuradores (MUD CLEANER)

Este eacute composto por hidrociclones em seacuterie com uma tela fina que permite recuperar

partiacuteculas e eacute usado com fluidos de perfuraccedilatildeo pesados As partiacuteculas soacutelidas que esse

equipamento remove satildeo maiores que a baritina Como ocorre no ciclone parte do material eacute

recuperada e parte eacute descartada o recuperado retorna ao fluido reduzindo custos

Monta-se uma cobertura onde a tela estaacute colocada fazendo com que todos os soacutelidos

descarregados pelos dessiltadores satildeo retornados para o sistema de circulaccedilatildeo No caso de

baritina ser adicionada ao fluido a cobertura daacute lugar a tela fina Esse equipamento reduz a

perda da baritina dos fluidos pesados no intuito de recuperar fluidos caros e reduzir descarte

de poluente ao meio ambiente

Decantador Centriacutefugo

A funccedilatildeo deste equipamento eacute separar soacutelidos de liacutequidos eacute formado por um tambor

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 23

ciliacutendrico-cocircnico composto por uma seccedilatildeo cocircnica que origina a chamada ldquopraiardquo e uma ou

vaacuterios secccedilotildees ciliacutendricas conectadas que origina a ldquopiscinardquoUm parafuso transportador que

fica dentro do tambor rotativo

Eacute possiacutevel ajustar a profundidade do liacutequido no tambor o niacutevel da piscina teraacute um

efeito sobre a eficiecircncia de separaccedilatildeo pois ele afetaraacute as aacutereas secas e molhadas da praia bem

como a secagem dos soacutelidos e a habilidade fiacutesica do parafuso em transportar os soacutelidos para o

tambor

A medida do teor de areia num fluido nos daacute um paracircmetro de avaliaccedilatildeo dos

equipamentos extratores de soacutelidos da sonda e serve como uma medida de abrasividade do

fluido

CAPIacuteTULO 4

METODOLOGIA DE ANAacuteLISES

Metodologia de anaacutelise Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 25

4 - Metodologia de anaacutelise

O monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo eacute feito

de acordo com as metodologias descritas neste capiacutetulo Aqui seratildeo descritos os meacutetodos

fiacutesicos e quiacutemicos para anaacutelises de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

As anaacutelises que seratildeo descritas neste documento estatildeo de acordo com o Manual de

Laboratoacuterio de Fluido Programa de Trainees Petrobras ndash 2002 Quiacutemico de Petroacuteleo Junior

41 Meacutetodos Fiacutesicos

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH

Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom

A Figura 41 mostra o funil Marsh que eacute um funil com as seguintes dimensotildees 1524

cm (6rdquo) de diacircmetro na parte superior 3048 cm (12rdquo) de altura A metade da abertura

superior eacute coberta por uma peneira de malha nordm 10 O orifiacutecio inferior tem 476 mm (316rdquo) de

diacircmetro interno e 508 cm (2rdquo) de comprimento A capacidade do funil ateacute a marca superior eacute

de 1500 cmsup3

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Se segura o funil em posiccedilatildeo vertical obstruindo o orifiacutecio de descarga com o dedo

indicador

bull verta-se atraveacutes da peneira a amostra de fluido tomada em qualquer ponto onde ela

esteja em agitaccedilatildeo ateacute que o niacutevel da mesma fique rente agrave parte inferior da tela da

peneira

bull imediatamente retira-se o dedo do tubo de descarga e com o auxiacutelio de um

cronocircmetro observa-se o tempo em segundos necessaacuterio para que escoe um (01) litro

de fluido para um recipiente graduado

bull a operaccedilatildeo deve ser raacutepida para minimizar erros

bull registra-se a ldquoViscosidaderdquo Marsh em segundos1000 cmsup3 de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Verifica-se a precisatildeo do funil Marsh com 1500 cmsup3 de aacutegua doce a 21ordmC O tempo de

escoamento de 1000 cmsup3 de aacutegua deve ser de 28 plusmn 05 segundos

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr

A Figura 42 mostra o conjunto que registra o conteuacutedo de areia presente no fluido

em percentagem volumeacutetrica composto por um tubo de vidro graduado em percentual

volumeacutetrico (0-20 v) um cilindro cocircnico um copo ciliacutendrico com uma tela de peneira

(malha 200 mesh)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Verta-se o fluido previamente passado atraveacutes da peneira do funil Marsh no tubo de

vidro graduado ateacute a marca indicada e depois se adiciona aacutegua ateacute a referecircncia

superior

bull obstrui-se a saiacuteda superior do tubo com o dedo e agita-se vigorosamente Em seguida

esvazia-se a amostra de fluido diluiacutedo atraveacutes da peneira lavando todo o resiacuteduo no

tubo com aacutegua Lava-se a areia retida na peneira ateacute eliminar os traccedilos de fluido

bull coloca-se o funil sobre a peneira e inverte-se o conjunto lentamente Faz-se retornar a

areia da peneira para o interior do tubo atraveacutes de jatos daacutegua

bull apoacutes a deposiccedilatildeo total da areia lecirc-se diretamente a percentagem em volume de areia

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412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 29

se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 30

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 31

A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 32

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 34

bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

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wwwanpgovbr

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wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

CAPIacuteTULO 2

ASPECTOS TEOacuteRICOS

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 12

2 - Aspectos Teoacutericos

21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo

O processo de exploraccedilatildeo de petroacuteleo envolve a pesquisa por formaccedilatildeo de rochas

associadas com oacuteleo ou depoacutesitos de gaacutes natural e compreende etapas que vatildeo desde a

prospecccedilatildeo geofiacutesica passando pela perfuraccedilatildeo exploratoacuteria desenvolvimento do poccedilo

quando economicamente viaacutevel e a sua exploraccedilatildeo se forem achados hidrocarbonetos em

quantidades suficientes caso contraacuterio o poccedilo poderaacute ser abandonado

Em terra ou mar a perfuraccedilatildeo de um poccedilo eacute um trabalho realizado sem interrupccedilatildeo

que soacute termina quando se atinge a profundidade programada ou o objetivo proposto para a

perfuraccedilatildeo A perfuraccedilatildeo em terra eacute feita com sonda de perfuraccedilatildeo constituiacuteda de estrutura

metaacutelica de mais de 40 metros de altura (torre) e de equipamentos especiais

A torre sustenta um tubo vertical a coluna de perfuraccedilatildeo em cuja extremidade eacute

colocada uma broca Por meio de movimentos de rotaccedilatildeo e peso transmitido pela coluna agrave

broca as rochas satildeo perfuradas Para contrabalanccedilar as pressotildees existentes na formaccedilatildeo

resfriar a broca carrear a rocha triturada (cascalhos de perfuraccedilatildeo) ateacute a superfiacutecie aleacutem de

evitar desmoronamento das paredes do poccedilo eacute circulado na coluna um fluido de perfuraccedilatildeo

O fluido eacute injetado por bombas para o interior da coluna de perfuraccedilatildeo atraveacutes da cabeccedila de

injeccedilatildeo ou Swivel e retorna agrave superfiacutecie atraveacutes do espaccedilo anular formado pelas paredes dos

poccedilos e a coluna Ao atingir determinada profundidade a coluna de perfuraccedilatildeo eacute retirada do

poccedilo e uma coluna de revestimento de accedilo de diacircmetro inferior ao da broca eacute descida no

poccedilo

O anular entre os tubos do revestimento e as paredes do poccedilo eacute cimentado com

finalidade de isolar as rochas atravessadas permitindo entatildeo o avanccedilo de perfuraccedilatildeo com

seguranccedila Apoacutes a operaccedilatildeo de cimentaccedilatildeo a coluna de perfuraccedilatildeo eacute novamente decida no

poccedilo tendo na sua extremidade nova broca de diacircmetro menor do que a do revestimento para

o prosseguimento da perfuraccedilatildeo

Do exposto percebe-se que um poccedilo eacute perfurado em diversas fases caracterizadas

pelos diacircmetros das brocas No caso dos poccedilos do Alto do Rodrigues e Fazenda Porcinho a

sua grande maioria eacute perfurada em duas fases

A fase inicial ou fase ldquoumrdquo abrange os niacuteveis mais superficiais do terreno onde eacute

utilizado um fluido mais simples composto de apenas bentonita soacutedica e aacutegua Num segundo

estaacutegio fase ldquodoisrdquo eacute usado um fluido mais elaborado cuja composiccedilatildeo oferece

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 13

caracteriacutesticas que permitem uma obtenccedilatildeo de perfis geoloacutegicos aleacutem de prover inibiccedilatildeo

fiacutesico-quiacutemica dos argilo-minerais reduzindo a interaccedilatildeo rocha-fluido entre outras

22 Fluidos de perfuraccedilatildeo

Os fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo misturas complexas de soacutelidos liacutequidos produtos

quiacutemicos e por vezes ateacute gases Do ponto de vista quiacutemico eles podem assumir aspectos de

suspensatildeo dispersatildeo coloidal ou emulsatildeo dependendo do estado fiacutesico dos componentes

O fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser estaacutevel do ponto de vista quiacutemico estabilizar as

paredes do poccedilo mecacircnica e quimicamente facilitar a separaccedilatildeo dos cascalhos na superfiacutecie

manter os soacutelidos em suspensatildeo quando estiver em repouso ser inerte em relaccedilatildeo a danos agraves

rochas produtoras aceitar qualquer tratamento fiacutesico e quiacutemico ser bombeaacutevel apresentar

baixo grau de corrosatildeo e de abrasatildeo em relaccedilatildeo agrave coluna de perfuraccedilatildeo e demais

equipamentos do sistema de circulaccedilatildeo facilitar as interpretaccedilotildees geoloacutegicas do material do

poccedilo e apresentar custo compatiacutevel com a

operaccedilatildeo

O escoamento do fluido de perfuraccedilatildeo

para baixo pela tubulaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo e para

cima pelo poccedilo algumas vezes eacute interrompido

ou por causa de um problema ou para elevar a

tubulaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo para cima e para fora do

poccedilo permitindo a troca da broca Quando a perfuraccedilatildeo paacutera os cortes em suspensatildeo no

fluido podem afundar no poccedilo prendendo a broca

Os fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo projetados com uma propriedade muito interessante que

resolve esse problema Sua espessura ou viscosidade aumenta quando diminui o seu

movimento Quando o fluido paacutera de circular ele forma um gel espesso que manteacutem os

cortes de rocha em suspensatildeo e evita que eles afundem no poccedilo

Quando o fluido comeccedila a circular novamente ele torna-se mais fino e volta agrave forma

liacutequida anterior essa propriedade do fluido garante ao transporte dos cascalhos para a

superfiacutecie limpando assim o fundo do poccedilo

O fluido tambeacutem eacute responsaacutevel por exercer pressatildeo hidrostaacutetica sobre as formaccedilotildees

evitando assim o influxo de fluidos indesejaacuteveis (kick) e estabilizar as paredes do poccedilo

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23 Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo

As propriedades de controle dos fluidos podem ser fiacutesicas ou quiacutemicas As fiacutesicas satildeo

mais geneacutericas ou seja satildeo vaacutelidas para qualquer tipo de fluido Jaacute as quiacutemicas satildeo

especiacuteficas para cada tipo de fluido

As propriedades fiacutesicas mais importantes e frequumlentemente medidas nas sondas satildeo as

densidades os paracircmetros reoloacutegicos as forccedilas geacuteis (inicial e final) os paracircmetros de

filtraccedilatildeo e teor de soacutelidos

As propriedades quiacutemicas mais frequumlentemente determinadas nos laboratoacuterios das

sondas satildeo o pH os teores de cloreto e de bentonita e a alcalinidade O excesso de cal

(determinada nos fluidos tratados por cal hidratada) teor de caacutelcio e de magneacutesio a

concentraccedilatildeo de H2S e a concentraccedilatildeo de potaacutessio (testada nos fluidos inibidos por gesso)

Densidade

Os limites de variaccedilatildeo da densidade dos fluidos para perfurar uma determinada fase

satildeo definidos pela pressatildeo atuante no fluido que se encontra no espaccedilo poroso da rocha (limite

miacutenimo) e pela pressatildeo para qual a rocha se rompe (limite maacuteximo) das formaccedilotildees expostas

A baritina (BaSO4) tem o poder de aumentar a densidade de um fluido Este tem

densidade de 425 enquanto a densidade dos soacutelidos perfurados eacute em torno de 26 Para

reduzir a densidade dos fluidos agrave base de aacutegua dilui-se com aacutegua (densidade 100) ou oacuteleo

diesel (densidade 082)

Paracircmetros reoloacutegicos e forccedilas geacuteis

O comportamento do fluxo de um fluido eacute definido pelos paracircmetros reoloacutegicos Para

isto considera-se que o fluido eacute definido como um modelo reoloacutegico cujos paracircmetros vatildeo

influir diretamente no caacutelculo de perdas de cargas na tubulaccedilatildeo e velocidade de transporte dos

cascalhos

O controle de propriedades reoloacutegicas eacute de vital importacircncia nas operaccedilotildees de

perfuraccedilatildeo pois elas satildeo responsaacuteveis pela remoccedilatildeo dos cascalhos perfurados Aleacutem disso

influenciam no progresso da perfuraccedilatildeo que se chama de taxa de penetraccedilatildeo

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O descontrole dessa propriedade juntamente com o gel do fluido ocasiona problemas

seacuterios como Obstruccedilatildeo do anular formaccedilatildeo de fundo falso reduccedilatildeo de taxa de penetraccedilatildeo

alargamento do poccedilo prisatildeo da coluna perda de circulaccedilatildeo etc

Para os fluidos de perfuraccedilatildeo assume-se o modelo de Bingham o qual postula que

uma determinada tensatildeo deve ser aplicada para iniciar o fluxo (limite de escoamento) e acima

dessa tensatildeo o fluido se comporta como Newtoniano isto eacute Tensatildeo cisalhante (T)

proporcional a taxa de cisalhamento (TC)

Alguns fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo tixotroacutepicos isto eacute adquirem um estado semi-riacutegido

quando estatildeo em repouso e quando em movimentam apresentam fluidez A forccedila gel eacute um

paracircmetro de natureza reoloacutegica que indica o grau de gelificaccedilatildeo devido agrave interaccedilatildeo eleacutetrica

entre partiacuteculas dispersas

A forccedila gel inicial mede a resistecircncia inicial para colocar o fluido em fluxo A forccedila

gel final mede a resistecircncia do fluido para reiniciar o fluxo quando este fica um certo tempo

em repouso A diferenccedila entre elas indica o grau de tixotropia do fluido

Paracircmetros de filtraccedilatildeo

Devido agrave pressatildeo da coluna de fluido ter que ser maior que a pressatildeo de poro de

formaccedilatildeo para evitar o influxo dos fluidos contido nas rochas o fluido de perfuraccedilatildeo deveria

invadir continuamente as formaccedilotildees permeaacuteveis se natildeo houvesse o depoacutesito de um reboco

que eacute a capacidade do fluido de perfuraccedilatildeo em formar uma camada de partiacuteculas soacutelidas

uacutemidas sobre as rochas permeaacuteveis expostas pela broca e eacute de fundamental importacircncia para

o sucesso da perfuraccedilatildeo e da completaccedilatildeo do poccedilo

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido de perfuraccedilatildeo denominada filtrado invade a

formaccedilatildeo

O controle do filtrado torna-se criacutetico em casos de formaccedilotildees de folhelhos sensiacuteveis a

aacutegua esses folhelhos desenvolvem pressotildees devido ao inchamento pelo contato com a aacutegua

causando desmoronamento e alargamento do poccedilo Em formaccedilotildees permeaacuteveis o depoacutesito de

um reboco muito espesso causa reduccedilatildeo acentuada do diacircmetro do poccedilo aleacutem do que um

reboco espesso facilita a prisatildeo por pressatildeo diferencial

Para formar o reboco deve haver o influxo da fase liacutequida do fluido do poccedilo para a

formaccedilatildeo Este processo eacute conhecido como filtraccedilatildeo Eacute essencial que o fluido tenha uma

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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fraccedilatildeo razoaacutevel de partiacuteculas com dimensotildees ligeiramente menores agraves dimensotildees dos poros

das rochas expostas

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido o filtrado invade a rocha

O filtrado e a espessura de reboco satildeo dois paracircmetros medidos rotineiramente para

definir o comportamento do fluido quanto agrave filtraccedilatildeo

Teor de soacutelidos

O teor de soacutelidos cujo valor deve ser mantido no miacutenimo possiacutevel eacute uma propriedade

que deve ser controlada com rigor porque o seu aumento implica aumento de vaacuterias outras

propriedades (densidade viscosidade e forccedila gel) aleacutem de aumentar a ocorrecircncia de

problemas como desgaste dos equipamentos de circulaccedilatildeo fratura das formaccedilotildees devido agrave

elevaccedilatildeo das pressotildees de bombeio ou hidrostaacutetica prisatildeo da coluna e reduccedilatildeo da taxa de

penetraccedilatildeo

O tratamento do fluido para reduzir o teor de soacutelidos pode ser preventivo ou corretivo

O tratamento preventivo consiste em inibir o fluido fiacutesico ou quimicamente evitando-se a

dispersatildeo dos soacutelidos perfurados No meacutetodo corretivo pode-se fazer uso de equipamentos

extratores de soacutelidos tais como tanques de decantaccedilatildeo peneiras hidrociclones e

centrifugadores ou diluir o fluido

Concentraccedilatildeo Hidrogeniocircnica ndash pH

O controle quiacutemico de alguns sistemas de fluido de perfuraccedilatildeo baseia-se na

determinaccedilatildeo do pH (pH=- log [H+] onde [H+] eacute a concentraccedilatildeo molar do iacuteon H+) O pH dos

fluidos de perfuraccedilatildeo eacute geralmente mantido no intervalo alcalino devido a fatores tais como

reduzir a taxa de corrosatildeo e aumentar a eficiecircncia dos dispersantes bem como aumentar o

rendimento das bentonitas

O pH dos fluidos de perfuraccedilatildeo tem que ser mantido na faixa de 7 a 10 com o intuito

de reduzir a taxa de corrosatildeo dos equipamentos e evitar a dispersatildeo das formaccedilotildees argilosas

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Alcalinidades

A alcalinidade eacute determinada por meacutetodos diretos de titulaccedilatildeo volumeacutetrica de

neutralizaccedilatildeo e esta leva em consideraccedilatildeo as espeacutecies carbonatos (CO3--) e bicarbonatos

HC03- dissolvidos no fluido aleacutem dos iacuteons hidroxilas (OH-) dissolvidos e natildeo dissolvidos

Se numa soluccedilatildeo aquosa (no caso o filtrado do fluido) houver apenas OH- entatildeo soacute se

mede Pf natildeo havendo C03-2 nem HC03

- a viragem do metilorange se daacute com a primeira gota

de soluccedilatildeo de H2S04 N50 A medida em que o Mf cresce tornando-se maior do que o Pf a

alcalinidade passa a ser devido a OH- + C03-2 a C03

-2 + HC03- e por fim somente a HC03

-

quando o Pf = O Entre o Pf = Mf e Pf = O vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser

deduzida cada uma sendo apropriada para fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

Esse teste identifica a alcalinidade parcial do filtrado alcalinidade da lama e

alcalinidade total do filtrado

Teor de cloretos ou salinidade

Este teste eacute feito por anaacutelise volumeacutetrica de precipitaccedilatildeo por titulaccedilatildeo dos iacuteons

cloretos

Os resultados obtidos com esses testes no campo satildeo utilizados para identificar o teor

salino da aacutegua de preparo do fluido controlar a salinidade de fluidos inibidos com sal

identificar influxos de aacutegua salgada e identificar a perfuraccedilatildeo de uma rocha ou domo salino

Teor de bentonita ou de soacutelidos ativos

O teste do azul de metileno ou MBT eacute uma anaacutelise volumeacutetrica por adsorccedilatildeo que serve

como inibidor da quantidade de soacutelidos ativos ou bentoniacuteticos no fluido de perfuraccedilatildeo Este

mede a capacidade de troca de caacutetion (CTC) das argilas e soacutelidos ativos presentes

24 Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo

O fluido de perfuraccedilatildeo eacute classificado de acordo com a composiccedilatildeo baseado no

constituinte principal da fase contiacutenua ou dispersante e satildeo eles fluido a base de aacutegua fluidos

a base de oacuteleo e fluidos a base de ar ou de gaacutes neste relatoacuterio vamos nos deter ao fluido de

perfuraccedilatildeo base aacutegua que foi o trabalhado durante o estaacutegio

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Fluidos a base de aacutegua

A definiccedilatildeo de um fluido a base aacutegua considera principalmente a natureza da aacutegua e os

aditivos quiacutemicos empregados no preparo do fluido A proporccedilatildeo entre os componentes

baacutesicos e as interaccedilotildees entre eles provoca sensiacuteveis modificaccedilotildees nas propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido Consequumlentemente a composiccedilatildeo eacute o principal fator a considerar no

controle das suas propriedades

A aacutegua eacute a fase contiacutenua e o principal componente de qualquer fluido agrave base de aacutegua

podendo ser doce dura ou salgada A aacutegua doce natildeo precisa de tratamento preacutevio pois natildeo

afeta o desempenho dos aditivos empregados no preparo do fluido sua salinidade eacute inferior a

1000 ppm de NaCl equivalente

A aacutegua dura tem a presenccedila de sais de caacutelcio e magneacutesio dissolvido onde estes

apresentam concentraccedilotildees capazes de alterar o desempenho dos aditivos do fluido de

perfuraccedilatildeo

A aacutegua salgada possui salinidade superior a 1000 ppm de NaCl equivalente e pode ser

natural como a aacutegua do mar ou pode ser salgada com a adiccedilatildeo de sais como NaCl KCl ou

CaCl2 A aacutegua tem a funccedilatildeo de prover o meio de dispersatildeo para os mateacuterias coloidais estes

controlam a viscosidade limite de escoamento forccedilas geacuteis e filtrado em valores adequados

para conferir ao fluido uma boa taxa de remoccedilatildeo dos soacutelidos perfurados e capacidade de

estabilizaccedilatildeo das paredes do poccedilo

Os fatores a serem considerados na seleccedilatildeo da aacutegua de preparo satildeo disponibilidade

custo de transporte e de tratamento tipos de formaccedilotildees geoloacutegicas a serem perfuradas

produtos quiacutemicos que comporatildeo o fluido e equipamentos e teacutecnicas a serem usados na

avaliaccedilatildeo das formaccedilotildees

Os soacutelidos dispersos em meio aquoso podem ser ativos ou inertes Os soacutelidos ativos

satildeo materiais argilosos cuja funccedilatildeo principal eacute aumentar a viscosidade do fluido A argila

mais usada eacute a bentonita

Os soacutelidos inertes podem se originar da adiccedilatildeo de materiais industrializados ou de

detritos finos das rochas perfuradas O adensante baritina eacute o soacutelido inerte mais comuns dentre

os produtos comercializados Os soacutelidos inertes oriundos das rochas perfuradas satildeo areia silte

e calcaacuterio fino

Os produtos quiacutemicos a serem adicionados ao fluido podem ser

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bull alcalinizantes e controladores de pH como soda caacuteustica potassa caacuteustica e cal

hidratada

bull dispersantes como o lignossulfonato tanino lignito e fosfato

bull redutores de filtrado como amido

bull floculantes como a soda caacuteustica cal e cloreto de soacutedio

bull poliacutemeros de uso geral para viscosificar desflocular ou reduzir filtrado

bull surfactantes para emulsificar e reduzir a tensatildeo superficial

bull removedores de caacutelcio e magneacutesio como carbonato e bicarbonato de soacutedio

bull inibidores de formaccedilatildeo ativas como cloreto de potaacutessio soacutedio e caacutelcio

bull bactericidas como paraformaldeiacutedo composto organoclorados soda caacuteustica e

cal

Produtos quiacutemicos mais especiacuteficos como anticorrosivos traccediladores quiacutemicos

antiespumantes entre outros tambeacutem podem estar presentes

A Tabela 21 abaixo apresenta a composiccedilatildeo dos fluidos usado na Petrobraacutes (ATP-

ARGIP) com seus respectivos coacutedigos

COacuteDIGO Tipos de

Fluido COacuteDIGO Tipos de Fluido

1 Aacutegua do Mar 12 NaCl com Poliacrilamida

2 Convencional 13 Milk Mud

3 BTS 14 Espuma

4 Nativo 15 Convencional com Asfalto e

LCM

5 NaCl com Poliacutemeros

16 Base Oacuteleo Mineral

6 Base Cal 17 Especiais para alta

temperatura

7 Disperso 18 Biopoliacutemero Saturado

8 KCL com Poliacutemero 19 Catiocircnico

9 Saturado 20 KCl com Poliacrilamida

10 Aerado 21 Biopoliacutemero com Carbonato

11 Base Oacuteleo Diesel 22 Sinteacutetico (Eacutester ou Parafina)

Tabela 2 1 ndash Tipo de fluidos utilizados no ATPARG

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Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados Tipo 2 Aacutegua Industrial argila ativada e soda caacuteustica

Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e

calcaacuterio

Tipo 19 Aacutegua Industrial Oacutexido de Magneacutesio Goma Xantana CMC BBV ADS

Amido Comum Cloreto de soacutedio Poliacutemero Catiocircnico Calcaacuterio Fino Lubrificante Preventor

de enceramento e Bactericida

24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo

O controle dos soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo eacute feito por um sistema de equipamentos

extratores buscando sempre manter o teor de soacutelidos adequados ao trabalho Quando estes

natildeo satildeo suficientes para esse controle a accedilatildeo corretiva implicaraacute num custo adicional pois

uma nova formulaccedilatildeo teraacute que ser feita ou seja um fluido novo seraacute misturado para diluiccedilatildeo

O natildeo uso dos equipamentos ou a natildeo correccedilatildeo do teor de soacutelidos implica na reduccedilatildeo da taxa

de penetraccedilatildeo problemas de ordem reoloacutegicas do fluido de perfuraccedilatildeo reboco de baixa

qualidade maior densidade equivalente de circulaccedilatildeo dano a formaccedilatildeo ameaccedila de prisatildeo da

coluna por diferencial de pressatildeo elevado desgaste de equipamentos grande volume de

resiacuteduos gerados e maior custo global

Existe algumas recomendaccedilotildees que se forem seguidas auxiliam na soluccedilatildeo de

problemas provocados por soacutelidos satildeo elas

Analisar os testes do fluido de perfuraccedilatildeo a fim de identificar a presenccedila de

um teor elevado de soacutelidos

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

eficientemente

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

em sequumlecircncia apropriada

Verificar se os equipamentos instalados na sonda tecircm capacidade suficiente

para remover soacutelidos numa taxa que permita trabalhar na faixa aceitaacutevel de teor

de soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo

Verificar qual o equipamento adicional necessaacuterio para resolver o problema

provocado pelo teor elevado de soacutelidos

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PEN

EIR

AS

KELLY (HASTE QUADRADA)

KATARINA

DESLIZADOR DE CASCALHOS

TUBOS PESADOS (HW)

PEN

EIR

AS

COMANDOS

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo da diluiccedilatildeo necessaacuteria para resolver o problema sem o uso

de equipamento adicional

Comparar os custos determinados em nos dois itens anteriores

Recomendar se necessaacuterio a instalaccedilatildeo de equipamento adicional extrator de

soacutelidos

Caso seja instalado um equipamento adicional de soacutelidos operaacute-lo por um

periacuteodo apropriado de tempo repetir os testes com o fluido de perfuraccedilatildeo e

avaliar a eficiecircncia do equipamento adicional instalado

25 Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de

perfuraccedilatildeo do ATP-ARG

Peneiras Vibratoacuterias

A peneira vibratoacuteria eacute a primeira

barreira na retenccedilatildeo dos soacutelidos do fluido de

perfuraccedilatildeo que retorna durante a saiacuteda de

cada ciclo de circulaccedilatildeo Dessa etapa os

soacutelidos mais grosseiros satildeo retidos jaacute que eacute

mais faacutecil removecirc-los antes de passar pelos

hidrociclones e centrifugadores Ao lado

apresenta-se uma figura esquemaacutetica com o

percurso simplificado do fluido no poccedilo

quando se estaacute perfurando

Hidrociclones

A separaccedilatildeo dos soacutelidos ocorre da seguinte

forma o liacutequido contendo a fraccedilatildeo mais fina

de partiacuteculas menores eacute descarregado atraveacutes Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de

perfuraccedilatildeo

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do tubo cilindro central (overflow) o liacutequido contendo os soacutelidos mais grossos eacute

descarregado pelo underflow

Os cones hoje satildeo feitos de poliuretano este material quando expostos a altas

temperaturas (150 e 175 ordm F) amolecem fazendo com que haja a necessidade de substituiacute-los

A viscosidade do fluido o teor de soacutelidos na alimentaccedilatildeo a pressatildeo disponiacutevel na

entrada do equipamento e o lay-out do percurso feito pelo fluido influencia de forma direta no

desempenho do equipamento

Quanto menor a viscosidade (dentro do possiacutevel) maior o desempenho do

hidrociclone

Uma grande concentraccedilatildeo de soacutelidos na alimentaccedilatildeo tem efeito negativo no

desempenho Com o hidrociclone trabalhando com descarga tipo ldquosprayrdquo o ponto de corte

meacutedio aumenta quando a carga de soacutelidos aumenta Quando a carga de soacutelidos ultrapassa o

ponto suportaacutevel pelo ldquounderflowrdquo o hidrociclone comeccedila a descarregar em ldquoforma de cordardquo

e o ponto de corte meacutedio aumenta drasticamente A pressatildeo recomendada pela maioria dos

fabricantes e fornecedores de hidrociclones jaacute estaacute otimizada A maioria dos hidrociclones no

campo requer de 70 a 80 peacutes de fluido de pressatildeo hidrostaacutetica Os hidrociclones utilizados nas

sondas satildeo chamados de desareadores e dessiltadores

Depuradores (MUD CLEANER)

Este eacute composto por hidrociclones em seacuterie com uma tela fina que permite recuperar

partiacuteculas e eacute usado com fluidos de perfuraccedilatildeo pesados As partiacuteculas soacutelidas que esse

equipamento remove satildeo maiores que a baritina Como ocorre no ciclone parte do material eacute

recuperada e parte eacute descartada o recuperado retorna ao fluido reduzindo custos

Monta-se uma cobertura onde a tela estaacute colocada fazendo com que todos os soacutelidos

descarregados pelos dessiltadores satildeo retornados para o sistema de circulaccedilatildeo No caso de

baritina ser adicionada ao fluido a cobertura daacute lugar a tela fina Esse equipamento reduz a

perda da baritina dos fluidos pesados no intuito de recuperar fluidos caros e reduzir descarte

de poluente ao meio ambiente

Decantador Centriacutefugo

A funccedilatildeo deste equipamento eacute separar soacutelidos de liacutequidos eacute formado por um tambor

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 23

ciliacutendrico-cocircnico composto por uma seccedilatildeo cocircnica que origina a chamada ldquopraiardquo e uma ou

vaacuterios secccedilotildees ciliacutendricas conectadas que origina a ldquopiscinardquoUm parafuso transportador que

fica dentro do tambor rotativo

Eacute possiacutevel ajustar a profundidade do liacutequido no tambor o niacutevel da piscina teraacute um

efeito sobre a eficiecircncia de separaccedilatildeo pois ele afetaraacute as aacutereas secas e molhadas da praia bem

como a secagem dos soacutelidos e a habilidade fiacutesica do parafuso em transportar os soacutelidos para o

tambor

A medida do teor de areia num fluido nos daacute um paracircmetro de avaliaccedilatildeo dos

equipamentos extratores de soacutelidos da sonda e serve como uma medida de abrasividade do

fluido

CAPIacuteTULO 4

METODOLOGIA DE ANAacuteLISES

Metodologia de anaacutelise Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 25

4 - Metodologia de anaacutelise

O monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo eacute feito

de acordo com as metodologias descritas neste capiacutetulo Aqui seratildeo descritos os meacutetodos

fiacutesicos e quiacutemicos para anaacutelises de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

As anaacutelises que seratildeo descritas neste documento estatildeo de acordo com o Manual de

Laboratoacuterio de Fluido Programa de Trainees Petrobras ndash 2002 Quiacutemico de Petroacuteleo Junior

41 Meacutetodos Fiacutesicos

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH

Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom

A Figura 41 mostra o funil Marsh que eacute um funil com as seguintes dimensotildees 1524

cm (6rdquo) de diacircmetro na parte superior 3048 cm (12rdquo) de altura A metade da abertura

superior eacute coberta por uma peneira de malha nordm 10 O orifiacutecio inferior tem 476 mm (316rdquo) de

diacircmetro interno e 508 cm (2rdquo) de comprimento A capacidade do funil ateacute a marca superior eacute

de 1500 cmsup3

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Se segura o funil em posiccedilatildeo vertical obstruindo o orifiacutecio de descarga com o dedo

indicador

bull verta-se atraveacutes da peneira a amostra de fluido tomada em qualquer ponto onde ela

esteja em agitaccedilatildeo ateacute que o niacutevel da mesma fique rente agrave parte inferior da tela da

peneira

bull imediatamente retira-se o dedo do tubo de descarga e com o auxiacutelio de um

cronocircmetro observa-se o tempo em segundos necessaacuterio para que escoe um (01) litro

de fluido para um recipiente graduado

bull a operaccedilatildeo deve ser raacutepida para minimizar erros

bull registra-se a ldquoViscosidaderdquo Marsh em segundos1000 cmsup3 de fluido

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Verifica-se a precisatildeo do funil Marsh com 1500 cmsup3 de aacutegua doce a 21ordmC O tempo de

escoamento de 1000 cmsup3 de aacutegua deve ser de 28 plusmn 05 segundos

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr

A Figura 42 mostra o conjunto que registra o conteuacutedo de areia presente no fluido

em percentagem volumeacutetrica composto por um tubo de vidro graduado em percentual

volumeacutetrico (0-20 v) um cilindro cocircnico um copo ciliacutendrico com uma tela de peneira

(malha 200 mesh)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Verta-se o fluido previamente passado atraveacutes da peneira do funil Marsh no tubo de

vidro graduado ateacute a marca indicada e depois se adiciona aacutegua ateacute a referecircncia

superior

bull obstrui-se a saiacuteda superior do tubo com o dedo e agita-se vigorosamente Em seguida

esvazia-se a amostra de fluido diluiacutedo atraveacutes da peneira lavando todo o resiacuteduo no

tubo com aacutegua Lava-se a areia retida na peneira ateacute eliminar os traccedilos de fluido

bull coloca-se o funil sobre a peneira e inverte-se o conjunto lentamente Faz-se retornar a

areia da peneira para o interior do tubo atraveacutes de jatos daacutegua

bull apoacutes a deposiccedilatildeo total da areia lecirc-se diretamente a percentagem em volume de areia

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412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

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se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

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PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

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A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

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42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

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lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

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bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 12

2 - Aspectos Teoacutericos

21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo

O processo de exploraccedilatildeo de petroacuteleo envolve a pesquisa por formaccedilatildeo de rochas

associadas com oacuteleo ou depoacutesitos de gaacutes natural e compreende etapas que vatildeo desde a

prospecccedilatildeo geofiacutesica passando pela perfuraccedilatildeo exploratoacuteria desenvolvimento do poccedilo

quando economicamente viaacutevel e a sua exploraccedilatildeo se forem achados hidrocarbonetos em

quantidades suficientes caso contraacuterio o poccedilo poderaacute ser abandonado

Em terra ou mar a perfuraccedilatildeo de um poccedilo eacute um trabalho realizado sem interrupccedilatildeo

que soacute termina quando se atinge a profundidade programada ou o objetivo proposto para a

perfuraccedilatildeo A perfuraccedilatildeo em terra eacute feita com sonda de perfuraccedilatildeo constituiacuteda de estrutura

metaacutelica de mais de 40 metros de altura (torre) e de equipamentos especiais

A torre sustenta um tubo vertical a coluna de perfuraccedilatildeo em cuja extremidade eacute

colocada uma broca Por meio de movimentos de rotaccedilatildeo e peso transmitido pela coluna agrave

broca as rochas satildeo perfuradas Para contrabalanccedilar as pressotildees existentes na formaccedilatildeo

resfriar a broca carrear a rocha triturada (cascalhos de perfuraccedilatildeo) ateacute a superfiacutecie aleacutem de

evitar desmoronamento das paredes do poccedilo eacute circulado na coluna um fluido de perfuraccedilatildeo

O fluido eacute injetado por bombas para o interior da coluna de perfuraccedilatildeo atraveacutes da cabeccedila de

injeccedilatildeo ou Swivel e retorna agrave superfiacutecie atraveacutes do espaccedilo anular formado pelas paredes dos

poccedilos e a coluna Ao atingir determinada profundidade a coluna de perfuraccedilatildeo eacute retirada do

poccedilo e uma coluna de revestimento de accedilo de diacircmetro inferior ao da broca eacute descida no

poccedilo

O anular entre os tubos do revestimento e as paredes do poccedilo eacute cimentado com

finalidade de isolar as rochas atravessadas permitindo entatildeo o avanccedilo de perfuraccedilatildeo com

seguranccedila Apoacutes a operaccedilatildeo de cimentaccedilatildeo a coluna de perfuraccedilatildeo eacute novamente decida no

poccedilo tendo na sua extremidade nova broca de diacircmetro menor do que a do revestimento para

o prosseguimento da perfuraccedilatildeo

Do exposto percebe-se que um poccedilo eacute perfurado em diversas fases caracterizadas

pelos diacircmetros das brocas No caso dos poccedilos do Alto do Rodrigues e Fazenda Porcinho a

sua grande maioria eacute perfurada em duas fases

A fase inicial ou fase ldquoumrdquo abrange os niacuteveis mais superficiais do terreno onde eacute

utilizado um fluido mais simples composto de apenas bentonita soacutedica e aacutegua Num segundo

estaacutegio fase ldquodoisrdquo eacute usado um fluido mais elaborado cuja composiccedilatildeo oferece

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caracteriacutesticas que permitem uma obtenccedilatildeo de perfis geoloacutegicos aleacutem de prover inibiccedilatildeo

fiacutesico-quiacutemica dos argilo-minerais reduzindo a interaccedilatildeo rocha-fluido entre outras

22 Fluidos de perfuraccedilatildeo

Os fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo misturas complexas de soacutelidos liacutequidos produtos

quiacutemicos e por vezes ateacute gases Do ponto de vista quiacutemico eles podem assumir aspectos de

suspensatildeo dispersatildeo coloidal ou emulsatildeo dependendo do estado fiacutesico dos componentes

O fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser estaacutevel do ponto de vista quiacutemico estabilizar as

paredes do poccedilo mecacircnica e quimicamente facilitar a separaccedilatildeo dos cascalhos na superfiacutecie

manter os soacutelidos em suspensatildeo quando estiver em repouso ser inerte em relaccedilatildeo a danos agraves

rochas produtoras aceitar qualquer tratamento fiacutesico e quiacutemico ser bombeaacutevel apresentar

baixo grau de corrosatildeo e de abrasatildeo em relaccedilatildeo agrave coluna de perfuraccedilatildeo e demais

equipamentos do sistema de circulaccedilatildeo facilitar as interpretaccedilotildees geoloacutegicas do material do

poccedilo e apresentar custo compatiacutevel com a

operaccedilatildeo

O escoamento do fluido de perfuraccedilatildeo

para baixo pela tubulaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo e para

cima pelo poccedilo algumas vezes eacute interrompido

ou por causa de um problema ou para elevar a

tubulaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo para cima e para fora do

poccedilo permitindo a troca da broca Quando a perfuraccedilatildeo paacutera os cortes em suspensatildeo no

fluido podem afundar no poccedilo prendendo a broca

Os fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo projetados com uma propriedade muito interessante que

resolve esse problema Sua espessura ou viscosidade aumenta quando diminui o seu

movimento Quando o fluido paacutera de circular ele forma um gel espesso que manteacutem os

cortes de rocha em suspensatildeo e evita que eles afundem no poccedilo

Quando o fluido comeccedila a circular novamente ele torna-se mais fino e volta agrave forma

liacutequida anterior essa propriedade do fluido garante ao transporte dos cascalhos para a

superfiacutecie limpando assim o fundo do poccedilo

O fluido tambeacutem eacute responsaacutevel por exercer pressatildeo hidrostaacutetica sobre as formaccedilotildees

evitando assim o influxo de fluidos indesejaacuteveis (kick) e estabilizar as paredes do poccedilo

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23 Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo

As propriedades de controle dos fluidos podem ser fiacutesicas ou quiacutemicas As fiacutesicas satildeo

mais geneacutericas ou seja satildeo vaacutelidas para qualquer tipo de fluido Jaacute as quiacutemicas satildeo

especiacuteficas para cada tipo de fluido

As propriedades fiacutesicas mais importantes e frequumlentemente medidas nas sondas satildeo as

densidades os paracircmetros reoloacutegicos as forccedilas geacuteis (inicial e final) os paracircmetros de

filtraccedilatildeo e teor de soacutelidos

As propriedades quiacutemicas mais frequumlentemente determinadas nos laboratoacuterios das

sondas satildeo o pH os teores de cloreto e de bentonita e a alcalinidade O excesso de cal

(determinada nos fluidos tratados por cal hidratada) teor de caacutelcio e de magneacutesio a

concentraccedilatildeo de H2S e a concentraccedilatildeo de potaacutessio (testada nos fluidos inibidos por gesso)

Densidade

Os limites de variaccedilatildeo da densidade dos fluidos para perfurar uma determinada fase

satildeo definidos pela pressatildeo atuante no fluido que se encontra no espaccedilo poroso da rocha (limite

miacutenimo) e pela pressatildeo para qual a rocha se rompe (limite maacuteximo) das formaccedilotildees expostas

A baritina (BaSO4) tem o poder de aumentar a densidade de um fluido Este tem

densidade de 425 enquanto a densidade dos soacutelidos perfurados eacute em torno de 26 Para

reduzir a densidade dos fluidos agrave base de aacutegua dilui-se com aacutegua (densidade 100) ou oacuteleo

diesel (densidade 082)

Paracircmetros reoloacutegicos e forccedilas geacuteis

O comportamento do fluxo de um fluido eacute definido pelos paracircmetros reoloacutegicos Para

isto considera-se que o fluido eacute definido como um modelo reoloacutegico cujos paracircmetros vatildeo

influir diretamente no caacutelculo de perdas de cargas na tubulaccedilatildeo e velocidade de transporte dos

cascalhos

O controle de propriedades reoloacutegicas eacute de vital importacircncia nas operaccedilotildees de

perfuraccedilatildeo pois elas satildeo responsaacuteveis pela remoccedilatildeo dos cascalhos perfurados Aleacutem disso

influenciam no progresso da perfuraccedilatildeo que se chama de taxa de penetraccedilatildeo

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O descontrole dessa propriedade juntamente com o gel do fluido ocasiona problemas

seacuterios como Obstruccedilatildeo do anular formaccedilatildeo de fundo falso reduccedilatildeo de taxa de penetraccedilatildeo

alargamento do poccedilo prisatildeo da coluna perda de circulaccedilatildeo etc

Para os fluidos de perfuraccedilatildeo assume-se o modelo de Bingham o qual postula que

uma determinada tensatildeo deve ser aplicada para iniciar o fluxo (limite de escoamento) e acima

dessa tensatildeo o fluido se comporta como Newtoniano isto eacute Tensatildeo cisalhante (T)

proporcional a taxa de cisalhamento (TC)

Alguns fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo tixotroacutepicos isto eacute adquirem um estado semi-riacutegido

quando estatildeo em repouso e quando em movimentam apresentam fluidez A forccedila gel eacute um

paracircmetro de natureza reoloacutegica que indica o grau de gelificaccedilatildeo devido agrave interaccedilatildeo eleacutetrica

entre partiacuteculas dispersas

A forccedila gel inicial mede a resistecircncia inicial para colocar o fluido em fluxo A forccedila

gel final mede a resistecircncia do fluido para reiniciar o fluxo quando este fica um certo tempo

em repouso A diferenccedila entre elas indica o grau de tixotropia do fluido

Paracircmetros de filtraccedilatildeo

Devido agrave pressatildeo da coluna de fluido ter que ser maior que a pressatildeo de poro de

formaccedilatildeo para evitar o influxo dos fluidos contido nas rochas o fluido de perfuraccedilatildeo deveria

invadir continuamente as formaccedilotildees permeaacuteveis se natildeo houvesse o depoacutesito de um reboco

que eacute a capacidade do fluido de perfuraccedilatildeo em formar uma camada de partiacuteculas soacutelidas

uacutemidas sobre as rochas permeaacuteveis expostas pela broca e eacute de fundamental importacircncia para

o sucesso da perfuraccedilatildeo e da completaccedilatildeo do poccedilo

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido de perfuraccedilatildeo denominada filtrado invade a

formaccedilatildeo

O controle do filtrado torna-se criacutetico em casos de formaccedilotildees de folhelhos sensiacuteveis a

aacutegua esses folhelhos desenvolvem pressotildees devido ao inchamento pelo contato com a aacutegua

causando desmoronamento e alargamento do poccedilo Em formaccedilotildees permeaacuteveis o depoacutesito de

um reboco muito espesso causa reduccedilatildeo acentuada do diacircmetro do poccedilo aleacutem do que um

reboco espesso facilita a prisatildeo por pressatildeo diferencial

Para formar o reboco deve haver o influxo da fase liacutequida do fluido do poccedilo para a

formaccedilatildeo Este processo eacute conhecido como filtraccedilatildeo Eacute essencial que o fluido tenha uma

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fraccedilatildeo razoaacutevel de partiacuteculas com dimensotildees ligeiramente menores agraves dimensotildees dos poros

das rochas expostas

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido o filtrado invade a rocha

O filtrado e a espessura de reboco satildeo dois paracircmetros medidos rotineiramente para

definir o comportamento do fluido quanto agrave filtraccedilatildeo

Teor de soacutelidos

O teor de soacutelidos cujo valor deve ser mantido no miacutenimo possiacutevel eacute uma propriedade

que deve ser controlada com rigor porque o seu aumento implica aumento de vaacuterias outras

propriedades (densidade viscosidade e forccedila gel) aleacutem de aumentar a ocorrecircncia de

problemas como desgaste dos equipamentos de circulaccedilatildeo fratura das formaccedilotildees devido agrave

elevaccedilatildeo das pressotildees de bombeio ou hidrostaacutetica prisatildeo da coluna e reduccedilatildeo da taxa de

penetraccedilatildeo

O tratamento do fluido para reduzir o teor de soacutelidos pode ser preventivo ou corretivo

O tratamento preventivo consiste em inibir o fluido fiacutesico ou quimicamente evitando-se a

dispersatildeo dos soacutelidos perfurados No meacutetodo corretivo pode-se fazer uso de equipamentos

extratores de soacutelidos tais como tanques de decantaccedilatildeo peneiras hidrociclones e

centrifugadores ou diluir o fluido

Concentraccedilatildeo Hidrogeniocircnica ndash pH

O controle quiacutemico de alguns sistemas de fluido de perfuraccedilatildeo baseia-se na

determinaccedilatildeo do pH (pH=- log [H+] onde [H+] eacute a concentraccedilatildeo molar do iacuteon H+) O pH dos

fluidos de perfuraccedilatildeo eacute geralmente mantido no intervalo alcalino devido a fatores tais como

reduzir a taxa de corrosatildeo e aumentar a eficiecircncia dos dispersantes bem como aumentar o

rendimento das bentonitas

O pH dos fluidos de perfuraccedilatildeo tem que ser mantido na faixa de 7 a 10 com o intuito

de reduzir a taxa de corrosatildeo dos equipamentos e evitar a dispersatildeo das formaccedilotildees argilosas

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Alcalinidades

A alcalinidade eacute determinada por meacutetodos diretos de titulaccedilatildeo volumeacutetrica de

neutralizaccedilatildeo e esta leva em consideraccedilatildeo as espeacutecies carbonatos (CO3--) e bicarbonatos

HC03- dissolvidos no fluido aleacutem dos iacuteons hidroxilas (OH-) dissolvidos e natildeo dissolvidos

Se numa soluccedilatildeo aquosa (no caso o filtrado do fluido) houver apenas OH- entatildeo soacute se

mede Pf natildeo havendo C03-2 nem HC03

- a viragem do metilorange se daacute com a primeira gota

de soluccedilatildeo de H2S04 N50 A medida em que o Mf cresce tornando-se maior do que o Pf a

alcalinidade passa a ser devido a OH- + C03-2 a C03

-2 + HC03- e por fim somente a HC03

-

quando o Pf = O Entre o Pf = Mf e Pf = O vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser

deduzida cada uma sendo apropriada para fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

Esse teste identifica a alcalinidade parcial do filtrado alcalinidade da lama e

alcalinidade total do filtrado

Teor de cloretos ou salinidade

Este teste eacute feito por anaacutelise volumeacutetrica de precipitaccedilatildeo por titulaccedilatildeo dos iacuteons

cloretos

Os resultados obtidos com esses testes no campo satildeo utilizados para identificar o teor

salino da aacutegua de preparo do fluido controlar a salinidade de fluidos inibidos com sal

identificar influxos de aacutegua salgada e identificar a perfuraccedilatildeo de uma rocha ou domo salino

Teor de bentonita ou de soacutelidos ativos

O teste do azul de metileno ou MBT eacute uma anaacutelise volumeacutetrica por adsorccedilatildeo que serve

como inibidor da quantidade de soacutelidos ativos ou bentoniacuteticos no fluido de perfuraccedilatildeo Este

mede a capacidade de troca de caacutetion (CTC) das argilas e soacutelidos ativos presentes

24 Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo

O fluido de perfuraccedilatildeo eacute classificado de acordo com a composiccedilatildeo baseado no

constituinte principal da fase contiacutenua ou dispersante e satildeo eles fluido a base de aacutegua fluidos

a base de oacuteleo e fluidos a base de ar ou de gaacutes neste relatoacuterio vamos nos deter ao fluido de

perfuraccedilatildeo base aacutegua que foi o trabalhado durante o estaacutegio

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Fluidos a base de aacutegua

A definiccedilatildeo de um fluido a base aacutegua considera principalmente a natureza da aacutegua e os

aditivos quiacutemicos empregados no preparo do fluido A proporccedilatildeo entre os componentes

baacutesicos e as interaccedilotildees entre eles provoca sensiacuteveis modificaccedilotildees nas propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido Consequumlentemente a composiccedilatildeo eacute o principal fator a considerar no

controle das suas propriedades

A aacutegua eacute a fase contiacutenua e o principal componente de qualquer fluido agrave base de aacutegua

podendo ser doce dura ou salgada A aacutegua doce natildeo precisa de tratamento preacutevio pois natildeo

afeta o desempenho dos aditivos empregados no preparo do fluido sua salinidade eacute inferior a

1000 ppm de NaCl equivalente

A aacutegua dura tem a presenccedila de sais de caacutelcio e magneacutesio dissolvido onde estes

apresentam concentraccedilotildees capazes de alterar o desempenho dos aditivos do fluido de

perfuraccedilatildeo

A aacutegua salgada possui salinidade superior a 1000 ppm de NaCl equivalente e pode ser

natural como a aacutegua do mar ou pode ser salgada com a adiccedilatildeo de sais como NaCl KCl ou

CaCl2 A aacutegua tem a funccedilatildeo de prover o meio de dispersatildeo para os mateacuterias coloidais estes

controlam a viscosidade limite de escoamento forccedilas geacuteis e filtrado em valores adequados

para conferir ao fluido uma boa taxa de remoccedilatildeo dos soacutelidos perfurados e capacidade de

estabilizaccedilatildeo das paredes do poccedilo

Os fatores a serem considerados na seleccedilatildeo da aacutegua de preparo satildeo disponibilidade

custo de transporte e de tratamento tipos de formaccedilotildees geoloacutegicas a serem perfuradas

produtos quiacutemicos que comporatildeo o fluido e equipamentos e teacutecnicas a serem usados na

avaliaccedilatildeo das formaccedilotildees

Os soacutelidos dispersos em meio aquoso podem ser ativos ou inertes Os soacutelidos ativos

satildeo materiais argilosos cuja funccedilatildeo principal eacute aumentar a viscosidade do fluido A argila

mais usada eacute a bentonita

Os soacutelidos inertes podem se originar da adiccedilatildeo de materiais industrializados ou de

detritos finos das rochas perfuradas O adensante baritina eacute o soacutelido inerte mais comuns dentre

os produtos comercializados Os soacutelidos inertes oriundos das rochas perfuradas satildeo areia silte

e calcaacuterio fino

Os produtos quiacutemicos a serem adicionados ao fluido podem ser

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bull alcalinizantes e controladores de pH como soda caacuteustica potassa caacuteustica e cal

hidratada

bull dispersantes como o lignossulfonato tanino lignito e fosfato

bull redutores de filtrado como amido

bull floculantes como a soda caacuteustica cal e cloreto de soacutedio

bull poliacutemeros de uso geral para viscosificar desflocular ou reduzir filtrado

bull surfactantes para emulsificar e reduzir a tensatildeo superficial

bull removedores de caacutelcio e magneacutesio como carbonato e bicarbonato de soacutedio

bull inibidores de formaccedilatildeo ativas como cloreto de potaacutessio soacutedio e caacutelcio

bull bactericidas como paraformaldeiacutedo composto organoclorados soda caacuteustica e

cal

Produtos quiacutemicos mais especiacuteficos como anticorrosivos traccediladores quiacutemicos

antiespumantes entre outros tambeacutem podem estar presentes

A Tabela 21 abaixo apresenta a composiccedilatildeo dos fluidos usado na Petrobraacutes (ATP-

ARGIP) com seus respectivos coacutedigos

COacuteDIGO Tipos de

Fluido COacuteDIGO Tipos de Fluido

1 Aacutegua do Mar 12 NaCl com Poliacrilamida

2 Convencional 13 Milk Mud

3 BTS 14 Espuma

4 Nativo 15 Convencional com Asfalto e

LCM

5 NaCl com Poliacutemeros

16 Base Oacuteleo Mineral

6 Base Cal 17 Especiais para alta

temperatura

7 Disperso 18 Biopoliacutemero Saturado

8 KCL com Poliacutemero 19 Catiocircnico

9 Saturado 20 KCl com Poliacrilamida

10 Aerado 21 Biopoliacutemero com Carbonato

11 Base Oacuteleo Diesel 22 Sinteacutetico (Eacutester ou Parafina)

Tabela 2 1 ndash Tipo de fluidos utilizados no ATPARG

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Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados Tipo 2 Aacutegua Industrial argila ativada e soda caacuteustica

Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e

calcaacuterio

Tipo 19 Aacutegua Industrial Oacutexido de Magneacutesio Goma Xantana CMC BBV ADS

Amido Comum Cloreto de soacutedio Poliacutemero Catiocircnico Calcaacuterio Fino Lubrificante Preventor

de enceramento e Bactericida

24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo

O controle dos soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo eacute feito por um sistema de equipamentos

extratores buscando sempre manter o teor de soacutelidos adequados ao trabalho Quando estes

natildeo satildeo suficientes para esse controle a accedilatildeo corretiva implicaraacute num custo adicional pois

uma nova formulaccedilatildeo teraacute que ser feita ou seja um fluido novo seraacute misturado para diluiccedilatildeo

O natildeo uso dos equipamentos ou a natildeo correccedilatildeo do teor de soacutelidos implica na reduccedilatildeo da taxa

de penetraccedilatildeo problemas de ordem reoloacutegicas do fluido de perfuraccedilatildeo reboco de baixa

qualidade maior densidade equivalente de circulaccedilatildeo dano a formaccedilatildeo ameaccedila de prisatildeo da

coluna por diferencial de pressatildeo elevado desgaste de equipamentos grande volume de

resiacuteduos gerados e maior custo global

Existe algumas recomendaccedilotildees que se forem seguidas auxiliam na soluccedilatildeo de

problemas provocados por soacutelidos satildeo elas

Analisar os testes do fluido de perfuraccedilatildeo a fim de identificar a presenccedila de

um teor elevado de soacutelidos

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

eficientemente

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

em sequumlecircncia apropriada

Verificar se os equipamentos instalados na sonda tecircm capacidade suficiente

para remover soacutelidos numa taxa que permita trabalhar na faixa aceitaacutevel de teor

de soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo

Verificar qual o equipamento adicional necessaacuterio para resolver o problema

provocado pelo teor elevado de soacutelidos

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PEN

EIR

AS

KELLY (HASTE QUADRADA)

KATARINA

DESLIZADOR DE CASCALHOS

TUBOS PESADOS (HW)

PEN

EIR

AS

COMANDOS

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo da diluiccedilatildeo necessaacuteria para resolver o problema sem o uso

de equipamento adicional

Comparar os custos determinados em nos dois itens anteriores

Recomendar se necessaacuterio a instalaccedilatildeo de equipamento adicional extrator de

soacutelidos

Caso seja instalado um equipamento adicional de soacutelidos operaacute-lo por um

periacuteodo apropriado de tempo repetir os testes com o fluido de perfuraccedilatildeo e

avaliar a eficiecircncia do equipamento adicional instalado

25 Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de

perfuraccedilatildeo do ATP-ARG

Peneiras Vibratoacuterias

A peneira vibratoacuteria eacute a primeira

barreira na retenccedilatildeo dos soacutelidos do fluido de

perfuraccedilatildeo que retorna durante a saiacuteda de

cada ciclo de circulaccedilatildeo Dessa etapa os

soacutelidos mais grosseiros satildeo retidos jaacute que eacute

mais faacutecil removecirc-los antes de passar pelos

hidrociclones e centrifugadores Ao lado

apresenta-se uma figura esquemaacutetica com o

percurso simplificado do fluido no poccedilo

quando se estaacute perfurando

Hidrociclones

A separaccedilatildeo dos soacutelidos ocorre da seguinte

forma o liacutequido contendo a fraccedilatildeo mais fina

de partiacuteculas menores eacute descarregado atraveacutes Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de

perfuraccedilatildeo

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do tubo cilindro central (overflow) o liacutequido contendo os soacutelidos mais grossos eacute

descarregado pelo underflow

Os cones hoje satildeo feitos de poliuretano este material quando expostos a altas

temperaturas (150 e 175 ordm F) amolecem fazendo com que haja a necessidade de substituiacute-los

A viscosidade do fluido o teor de soacutelidos na alimentaccedilatildeo a pressatildeo disponiacutevel na

entrada do equipamento e o lay-out do percurso feito pelo fluido influencia de forma direta no

desempenho do equipamento

Quanto menor a viscosidade (dentro do possiacutevel) maior o desempenho do

hidrociclone

Uma grande concentraccedilatildeo de soacutelidos na alimentaccedilatildeo tem efeito negativo no

desempenho Com o hidrociclone trabalhando com descarga tipo ldquosprayrdquo o ponto de corte

meacutedio aumenta quando a carga de soacutelidos aumenta Quando a carga de soacutelidos ultrapassa o

ponto suportaacutevel pelo ldquounderflowrdquo o hidrociclone comeccedila a descarregar em ldquoforma de cordardquo

e o ponto de corte meacutedio aumenta drasticamente A pressatildeo recomendada pela maioria dos

fabricantes e fornecedores de hidrociclones jaacute estaacute otimizada A maioria dos hidrociclones no

campo requer de 70 a 80 peacutes de fluido de pressatildeo hidrostaacutetica Os hidrociclones utilizados nas

sondas satildeo chamados de desareadores e dessiltadores

Depuradores (MUD CLEANER)

Este eacute composto por hidrociclones em seacuterie com uma tela fina que permite recuperar

partiacuteculas e eacute usado com fluidos de perfuraccedilatildeo pesados As partiacuteculas soacutelidas que esse

equipamento remove satildeo maiores que a baritina Como ocorre no ciclone parte do material eacute

recuperada e parte eacute descartada o recuperado retorna ao fluido reduzindo custos

Monta-se uma cobertura onde a tela estaacute colocada fazendo com que todos os soacutelidos

descarregados pelos dessiltadores satildeo retornados para o sistema de circulaccedilatildeo No caso de

baritina ser adicionada ao fluido a cobertura daacute lugar a tela fina Esse equipamento reduz a

perda da baritina dos fluidos pesados no intuito de recuperar fluidos caros e reduzir descarte

de poluente ao meio ambiente

Decantador Centriacutefugo

A funccedilatildeo deste equipamento eacute separar soacutelidos de liacutequidos eacute formado por um tambor

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ciliacutendrico-cocircnico composto por uma seccedilatildeo cocircnica que origina a chamada ldquopraiardquo e uma ou

vaacuterios secccedilotildees ciliacutendricas conectadas que origina a ldquopiscinardquoUm parafuso transportador que

fica dentro do tambor rotativo

Eacute possiacutevel ajustar a profundidade do liacutequido no tambor o niacutevel da piscina teraacute um

efeito sobre a eficiecircncia de separaccedilatildeo pois ele afetaraacute as aacutereas secas e molhadas da praia bem

como a secagem dos soacutelidos e a habilidade fiacutesica do parafuso em transportar os soacutelidos para o

tambor

A medida do teor de areia num fluido nos daacute um paracircmetro de avaliaccedilatildeo dos

equipamentos extratores de soacutelidos da sonda e serve como uma medida de abrasividade do

fluido

CAPIacuteTULO 4

METODOLOGIA DE ANAacuteLISES

Metodologia de anaacutelise Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 25

4 - Metodologia de anaacutelise

O monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo eacute feito

de acordo com as metodologias descritas neste capiacutetulo Aqui seratildeo descritos os meacutetodos

fiacutesicos e quiacutemicos para anaacutelises de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

As anaacutelises que seratildeo descritas neste documento estatildeo de acordo com o Manual de

Laboratoacuterio de Fluido Programa de Trainees Petrobras ndash 2002 Quiacutemico de Petroacuteleo Junior

41 Meacutetodos Fiacutesicos

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH

Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom

A Figura 41 mostra o funil Marsh que eacute um funil com as seguintes dimensotildees 1524

cm (6rdquo) de diacircmetro na parte superior 3048 cm (12rdquo) de altura A metade da abertura

superior eacute coberta por uma peneira de malha nordm 10 O orifiacutecio inferior tem 476 mm (316rdquo) de

diacircmetro interno e 508 cm (2rdquo) de comprimento A capacidade do funil ateacute a marca superior eacute

de 1500 cmsup3

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Se segura o funil em posiccedilatildeo vertical obstruindo o orifiacutecio de descarga com o dedo

indicador

bull verta-se atraveacutes da peneira a amostra de fluido tomada em qualquer ponto onde ela

esteja em agitaccedilatildeo ateacute que o niacutevel da mesma fique rente agrave parte inferior da tela da

peneira

bull imediatamente retira-se o dedo do tubo de descarga e com o auxiacutelio de um

cronocircmetro observa-se o tempo em segundos necessaacuterio para que escoe um (01) litro

de fluido para um recipiente graduado

bull a operaccedilatildeo deve ser raacutepida para minimizar erros

bull registra-se a ldquoViscosidaderdquo Marsh em segundos1000 cmsup3 de fluido

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Verifica-se a precisatildeo do funil Marsh com 1500 cmsup3 de aacutegua doce a 21ordmC O tempo de

escoamento de 1000 cmsup3 de aacutegua deve ser de 28 plusmn 05 segundos

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr

A Figura 42 mostra o conjunto que registra o conteuacutedo de areia presente no fluido

em percentagem volumeacutetrica composto por um tubo de vidro graduado em percentual

volumeacutetrico (0-20 v) um cilindro cocircnico um copo ciliacutendrico com uma tela de peneira

(malha 200 mesh)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Verta-se o fluido previamente passado atraveacutes da peneira do funil Marsh no tubo de

vidro graduado ateacute a marca indicada e depois se adiciona aacutegua ateacute a referecircncia

superior

bull obstrui-se a saiacuteda superior do tubo com o dedo e agita-se vigorosamente Em seguida

esvazia-se a amostra de fluido diluiacutedo atraveacutes da peneira lavando todo o resiacuteduo no

tubo com aacutegua Lava-se a areia retida na peneira ateacute eliminar os traccedilos de fluido

bull coloca-se o funil sobre a peneira e inverte-se o conjunto lentamente Faz-se retornar a

areia da peneira para o interior do tubo atraveacutes de jatos daacutegua

bull apoacutes a deposiccedilatildeo total da areia lecirc-se diretamente a percentagem em volume de areia

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 27

412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 28

CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 29

se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 30

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 31

A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 32

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 34

bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

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wwwanpgovbr

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wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 13

caracteriacutesticas que permitem uma obtenccedilatildeo de perfis geoloacutegicos aleacutem de prover inibiccedilatildeo

fiacutesico-quiacutemica dos argilo-minerais reduzindo a interaccedilatildeo rocha-fluido entre outras

22 Fluidos de perfuraccedilatildeo

Os fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo misturas complexas de soacutelidos liacutequidos produtos

quiacutemicos e por vezes ateacute gases Do ponto de vista quiacutemico eles podem assumir aspectos de

suspensatildeo dispersatildeo coloidal ou emulsatildeo dependendo do estado fiacutesico dos componentes

O fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser estaacutevel do ponto de vista quiacutemico estabilizar as

paredes do poccedilo mecacircnica e quimicamente facilitar a separaccedilatildeo dos cascalhos na superfiacutecie

manter os soacutelidos em suspensatildeo quando estiver em repouso ser inerte em relaccedilatildeo a danos agraves

rochas produtoras aceitar qualquer tratamento fiacutesico e quiacutemico ser bombeaacutevel apresentar

baixo grau de corrosatildeo e de abrasatildeo em relaccedilatildeo agrave coluna de perfuraccedilatildeo e demais

equipamentos do sistema de circulaccedilatildeo facilitar as interpretaccedilotildees geoloacutegicas do material do

poccedilo e apresentar custo compatiacutevel com a

operaccedilatildeo

O escoamento do fluido de perfuraccedilatildeo

para baixo pela tubulaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo e para

cima pelo poccedilo algumas vezes eacute interrompido

ou por causa de um problema ou para elevar a

tubulaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo para cima e para fora do

poccedilo permitindo a troca da broca Quando a perfuraccedilatildeo paacutera os cortes em suspensatildeo no

fluido podem afundar no poccedilo prendendo a broca

Os fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo projetados com uma propriedade muito interessante que

resolve esse problema Sua espessura ou viscosidade aumenta quando diminui o seu

movimento Quando o fluido paacutera de circular ele forma um gel espesso que manteacutem os

cortes de rocha em suspensatildeo e evita que eles afundem no poccedilo

Quando o fluido comeccedila a circular novamente ele torna-se mais fino e volta agrave forma

liacutequida anterior essa propriedade do fluido garante ao transporte dos cascalhos para a

superfiacutecie limpando assim o fundo do poccedilo

O fluido tambeacutem eacute responsaacutevel por exercer pressatildeo hidrostaacutetica sobre as formaccedilotildees

evitando assim o influxo de fluidos indesejaacuteveis (kick) e estabilizar as paredes do poccedilo

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 14

23 Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo

As propriedades de controle dos fluidos podem ser fiacutesicas ou quiacutemicas As fiacutesicas satildeo

mais geneacutericas ou seja satildeo vaacutelidas para qualquer tipo de fluido Jaacute as quiacutemicas satildeo

especiacuteficas para cada tipo de fluido

As propriedades fiacutesicas mais importantes e frequumlentemente medidas nas sondas satildeo as

densidades os paracircmetros reoloacutegicos as forccedilas geacuteis (inicial e final) os paracircmetros de

filtraccedilatildeo e teor de soacutelidos

As propriedades quiacutemicas mais frequumlentemente determinadas nos laboratoacuterios das

sondas satildeo o pH os teores de cloreto e de bentonita e a alcalinidade O excesso de cal

(determinada nos fluidos tratados por cal hidratada) teor de caacutelcio e de magneacutesio a

concentraccedilatildeo de H2S e a concentraccedilatildeo de potaacutessio (testada nos fluidos inibidos por gesso)

Densidade

Os limites de variaccedilatildeo da densidade dos fluidos para perfurar uma determinada fase

satildeo definidos pela pressatildeo atuante no fluido que se encontra no espaccedilo poroso da rocha (limite

miacutenimo) e pela pressatildeo para qual a rocha se rompe (limite maacuteximo) das formaccedilotildees expostas

A baritina (BaSO4) tem o poder de aumentar a densidade de um fluido Este tem

densidade de 425 enquanto a densidade dos soacutelidos perfurados eacute em torno de 26 Para

reduzir a densidade dos fluidos agrave base de aacutegua dilui-se com aacutegua (densidade 100) ou oacuteleo

diesel (densidade 082)

Paracircmetros reoloacutegicos e forccedilas geacuteis

O comportamento do fluxo de um fluido eacute definido pelos paracircmetros reoloacutegicos Para

isto considera-se que o fluido eacute definido como um modelo reoloacutegico cujos paracircmetros vatildeo

influir diretamente no caacutelculo de perdas de cargas na tubulaccedilatildeo e velocidade de transporte dos

cascalhos

O controle de propriedades reoloacutegicas eacute de vital importacircncia nas operaccedilotildees de

perfuraccedilatildeo pois elas satildeo responsaacuteveis pela remoccedilatildeo dos cascalhos perfurados Aleacutem disso

influenciam no progresso da perfuraccedilatildeo que se chama de taxa de penetraccedilatildeo

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 15

O descontrole dessa propriedade juntamente com o gel do fluido ocasiona problemas

seacuterios como Obstruccedilatildeo do anular formaccedilatildeo de fundo falso reduccedilatildeo de taxa de penetraccedilatildeo

alargamento do poccedilo prisatildeo da coluna perda de circulaccedilatildeo etc

Para os fluidos de perfuraccedilatildeo assume-se o modelo de Bingham o qual postula que

uma determinada tensatildeo deve ser aplicada para iniciar o fluxo (limite de escoamento) e acima

dessa tensatildeo o fluido se comporta como Newtoniano isto eacute Tensatildeo cisalhante (T)

proporcional a taxa de cisalhamento (TC)

Alguns fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo tixotroacutepicos isto eacute adquirem um estado semi-riacutegido

quando estatildeo em repouso e quando em movimentam apresentam fluidez A forccedila gel eacute um

paracircmetro de natureza reoloacutegica que indica o grau de gelificaccedilatildeo devido agrave interaccedilatildeo eleacutetrica

entre partiacuteculas dispersas

A forccedila gel inicial mede a resistecircncia inicial para colocar o fluido em fluxo A forccedila

gel final mede a resistecircncia do fluido para reiniciar o fluxo quando este fica um certo tempo

em repouso A diferenccedila entre elas indica o grau de tixotropia do fluido

Paracircmetros de filtraccedilatildeo

Devido agrave pressatildeo da coluna de fluido ter que ser maior que a pressatildeo de poro de

formaccedilatildeo para evitar o influxo dos fluidos contido nas rochas o fluido de perfuraccedilatildeo deveria

invadir continuamente as formaccedilotildees permeaacuteveis se natildeo houvesse o depoacutesito de um reboco

que eacute a capacidade do fluido de perfuraccedilatildeo em formar uma camada de partiacuteculas soacutelidas

uacutemidas sobre as rochas permeaacuteveis expostas pela broca e eacute de fundamental importacircncia para

o sucesso da perfuraccedilatildeo e da completaccedilatildeo do poccedilo

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido de perfuraccedilatildeo denominada filtrado invade a

formaccedilatildeo

O controle do filtrado torna-se criacutetico em casos de formaccedilotildees de folhelhos sensiacuteveis a

aacutegua esses folhelhos desenvolvem pressotildees devido ao inchamento pelo contato com a aacutegua

causando desmoronamento e alargamento do poccedilo Em formaccedilotildees permeaacuteveis o depoacutesito de

um reboco muito espesso causa reduccedilatildeo acentuada do diacircmetro do poccedilo aleacutem do que um

reboco espesso facilita a prisatildeo por pressatildeo diferencial

Para formar o reboco deve haver o influxo da fase liacutequida do fluido do poccedilo para a

formaccedilatildeo Este processo eacute conhecido como filtraccedilatildeo Eacute essencial que o fluido tenha uma

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 16

fraccedilatildeo razoaacutevel de partiacuteculas com dimensotildees ligeiramente menores agraves dimensotildees dos poros

das rochas expostas

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido o filtrado invade a rocha

O filtrado e a espessura de reboco satildeo dois paracircmetros medidos rotineiramente para

definir o comportamento do fluido quanto agrave filtraccedilatildeo

Teor de soacutelidos

O teor de soacutelidos cujo valor deve ser mantido no miacutenimo possiacutevel eacute uma propriedade

que deve ser controlada com rigor porque o seu aumento implica aumento de vaacuterias outras

propriedades (densidade viscosidade e forccedila gel) aleacutem de aumentar a ocorrecircncia de

problemas como desgaste dos equipamentos de circulaccedilatildeo fratura das formaccedilotildees devido agrave

elevaccedilatildeo das pressotildees de bombeio ou hidrostaacutetica prisatildeo da coluna e reduccedilatildeo da taxa de

penetraccedilatildeo

O tratamento do fluido para reduzir o teor de soacutelidos pode ser preventivo ou corretivo

O tratamento preventivo consiste em inibir o fluido fiacutesico ou quimicamente evitando-se a

dispersatildeo dos soacutelidos perfurados No meacutetodo corretivo pode-se fazer uso de equipamentos

extratores de soacutelidos tais como tanques de decantaccedilatildeo peneiras hidrociclones e

centrifugadores ou diluir o fluido

Concentraccedilatildeo Hidrogeniocircnica ndash pH

O controle quiacutemico de alguns sistemas de fluido de perfuraccedilatildeo baseia-se na

determinaccedilatildeo do pH (pH=- log [H+] onde [H+] eacute a concentraccedilatildeo molar do iacuteon H+) O pH dos

fluidos de perfuraccedilatildeo eacute geralmente mantido no intervalo alcalino devido a fatores tais como

reduzir a taxa de corrosatildeo e aumentar a eficiecircncia dos dispersantes bem como aumentar o

rendimento das bentonitas

O pH dos fluidos de perfuraccedilatildeo tem que ser mantido na faixa de 7 a 10 com o intuito

de reduzir a taxa de corrosatildeo dos equipamentos e evitar a dispersatildeo das formaccedilotildees argilosas

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Alcalinidades

A alcalinidade eacute determinada por meacutetodos diretos de titulaccedilatildeo volumeacutetrica de

neutralizaccedilatildeo e esta leva em consideraccedilatildeo as espeacutecies carbonatos (CO3--) e bicarbonatos

HC03- dissolvidos no fluido aleacutem dos iacuteons hidroxilas (OH-) dissolvidos e natildeo dissolvidos

Se numa soluccedilatildeo aquosa (no caso o filtrado do fluido) houver apenas OH- entatildeo soacute se

mede Pf natildeo havendo C03-2 nem HC03

- a viragem do metilorange se daacute com a primeira gota

de soluccedilatildeo de H2S04 N50 A medida em que o Mf cresce tornando-se maior do que o Pf a

alcalinidade passa a ser devido a OH- + C03-2 a C03

-2 + HC03- e por fim somente a HC03

-

quando o Pf = O Entre o Pf = Mf e Pf = O vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser

deduzida cada uma sendo apropriada para fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

Esse teste identifica a alcalinidade parcial do filtrado alcalinidade da lama e

alcalinidade total do filtrado

Teor de cloretos ou salinidade

Este teste eacute feito por anaacutelise volumeacutetrica de precipitaccedilatildeo por titulaccedilatildeo dos iacuteons

cloretos

Os resultados obtidos com esses testes no campo satildeo utilizados para identificar o teor

salino da aacutegua de preparo do fluido controlar a salinidade de fluidos inibidos com sal

identificar influxos de aacutegua salgada e identificar a perfuraccedilatildeo de uma rocha ou domo salino

Teor de bentonita ou de soacutelidos ativos

O teste do azul de metileno ou MBT eacute uma anaacutelise volumeacutetrica por adsorccedilatildeo que serve

como inibidor da quantidade de soacutelidos ativos ou bentoniacuteticos no fluido de perfuraccedilatildeo Este

mede a capacidade de troca de caacutetion (CTC) das argilas e soacutelidos ativos presentes

24 Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo

O fluido de perfuraccedilatildeo eacute classificado de acordo com a composiccedilatildeo baseado no

constituinte principal da fase contiacutenua ou dispersante e satildeo eles fluido a base de aacutegua fluidos

a base de oacuteleo e fluidos a base de ar ou de gaacutes neste relatoacuterio vamos nos deter ao fluido de

perfuraccedilatildeo base aacutegua que foi o trabalhado durante o estaacutegio

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Fluidos a base de aacutegua

A definiccedilatildeo de um fluido a base aacutegua considera principalmente a natureza da aacutegua e os

aditivos quiacutemicos empregados no preparo do fluido A proporccedilatildeo entre os componentes

baacutesicos e as interaccedilotildees entre eles provoca sensiacuteveis modificaccedilotildees nas propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido Consequumlentemente a composiccedilatildeo eacute o principal fator a considerar no

controle das suas propriedades

A aacutegua eacute a fase contiacutenua e o principal componente de qualquer fluido agrave base de aacutegua

podendo ser doce dura ou salgada A aacutegua doce natildeo precisa de tratamento preacutevio pois natildeo

afeta o desempenho dos aditivos empregados no preparo do fluido sua salinidade eacute inferior a

1000 ppm de NaCl equivalente

A aacutegua dura tem a presenccedila de sais de caacutelcio e magneacutesio dissolvido onde estes

apresentam concentraccedilotildees capazes de alterar o desempenho dos aditivos do fluido de

perfuraccedilatildeo

A aacutegua salgada possui salinidade superior a 1000 ppm de NaCl equivalente e pode ser

natural como a aacutegua do mar ou pode ser salgada com a adiccedilatildeo de sais como NaCl KCl ou

CaCl2 A aacutegua tem a funccedilatildeo de prover o meio de dispersatildeo para os mateacuterias coloidais estes

controlam a viscosidade limite de escoamento forccedilas geacuteis e filtrado em valores adequados

para conferir ao fluido uma boa taxa de remoccedilatildeo dos soacutelidos perfurados e capacidade de

estabilizaccedilatildeo das paredes do poccedilo

Os fatores a serem considerados na seleccedilatildeo da aacutegua de preparo satildeo disponibilidade

custo de transporte e de tratamento tipos de formaccedilotildees geoloacutegicas a serem perfuradas

produtos quiacutemicos que comporatildeo o fluido e equipamentos e teacutecnicas a serem usados na

avaliaccedilatildeo das formaccedilotildees

Os soacutelidos dispersos em meio aquoso podem ser ativos ou inertes Os soacutelidos ativos

satildeo materiais argilosos cuja funccedilatildeo principal eacute aumentar a viscosidade do fluido A argila

mais usada eacute a bentonita

Os soacutelidos inertes podem se originar da adiccedilatildeo de materiais industrializados ou de

detritos finos das rochas perfuradas O adensante baritina eacute o soacutelido inerte mais comuns dentre

os produtos comercializados Os soacutelidos inertes oriundos das rochas perfuradas satildeo areia silte

e calcaacuterio fino

Os produtos quiacutemicos a serem adicionados ao fluido podem ser

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bull alcalinizantes e controladores de pH como soda caacuteustica potassa caacuteustica e cal

hidratada

bull dispersantes como o lignossulfonato tanino lignito e fosfato

bull redutores de filtrado como amido

bull floculantes como a soda caacuteustica cal e cloreto de soacutedio

bull poliacutemeros de uso geral para viscosificar desflocular ou reduzir filtrado

bull surfactantes para emulsificar e reduzir a tensatildeo superficial

bull removedores de caacutelcio e magneacutesio como carbonato e bicarbonato de soacutedio

bull inibidores de formaccedilatildeo ativas como cloreto de potaacutessio soacutedio e caacutelcio

bull bactericidas como paraformaldeiacutedo composto organoclorados soda caacuteustica e

cal

Produtos quiacutemicos mais especiacuteficos como anticorrosivos traccediladores quiacutemicos

antiespumantes entre outros tambeacutem podem estar presentes

A Tabela 21 abaixo apresenta a composiccedilatildeo dos fluidos usado na Petrobraacutes (ATP-

ARGIP) com seus respectivos coacutedigos

COacuteDIGO Tipos de

Fluido COacuteDIGO Tipos de Fluido

1 Aacutegua do Mar 12 NaCl com Poliacrilamida

2 Convencional 13 Milk Mud

3 BTS 14 Espuma

4 Nativo 15 Convencional com Asfalto e

LCM

5 NaCl com Poliacutemeros

16 Base Oacuteleo Mineral

6 Base Cal 17 Especiais para alta

temperatura

7 Disperso 18 Biopoliacutemero Saturado

8 KCL com Poliacutemero 19 Catiocircnico

9 Saturado 20 KCl com Poliacrilamida

10 Aerado 21 Biopoliacutemero com Carbonato

11 Base Oacuteleo Diesel 22 Sinteacutetico (Eacutester ou Parafina)

Tabela 2 1 ndash Tipo de fluidos utilizados no ATPARG

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Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados Tipo 2 Aacutegua Industrial argila ativada e soda caacuteustica

Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e

calcaacuterio

Tipo 19 Aacutegua Industrial Oacutexido de Magneacutesio Goma Xantana CMC BBV ADS

Amido Comum Cloreto de soacutedio Poliacutemero Catiocircnico Calcaacuterio Fino Lubrificante Preventor

de enceramento e Bactericida

24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo

O controle dos soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo eacute feito por um sistema de equipamentos

extratores buscando sempre manter o teor de soacutelidos adequados ao trabalho Quando estes

natildeo satildeo suficientes para esse controle a accedilatildeo corretiva implicaraacute num custo adicional pois

uma nova formulaccedilatildeo teraacute que ser feita ou seja um fluido novo seraacute misturado para diluiccedilatildeo

O natildeo uso dos equipamentos ou a natildeo correccedilatildeo do teor de soacutelidos implica na reduccedilatildeo da taxa

de penetraccedilatildeo problemas de ordem reoloacutegicas do fluido de perfuraccedilatildeo reboco de baixa

qualidade maior densidade equivalente de circulaccedilatildeo dano a formaccedilatildeo ameaccedila de prisatildeo da

coluna por diferencial de pressatildeo elevado desgaste de equipamentos grande volume de

resiacuteduos gerados e maior custo global

Existe algumas recomendaccedilotildees que se forem seguidas auxiliam na soluccedilatildeo de

problemas provocados por soacutelidos satildeo elas

Analisar os testes do fluido de perfuraccedilatildeo a fim de identificar a presenccedila de

um teor elevado de soacutelidos

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

eficientemente

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

em sequumlecircncia apropriada

Verificar se os equipamentos instalados na sonda tecircm capacidade suficiente

para remover soacutelidos numa taxa que permita trabalhar na faixa aceitaacutevel de teor

de soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo

Verificar qual o equipamento adicional necessaacuterio para resolver o problema

provocado pelo teor elevado de soacutelidos

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PEN

EIR

AS

KELLY (HASTE QUADRADA)

KATARINA

DESLIZADOR DE CASCALHOS

TUBOS PESADOS (HW)

PEN

EIR

AS

COMANDOS

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo da diluiccedilatildeo necessaacuteria para resolver o problema sem o uso

de equipamento adicional

Comparar os custos determinados em nos dois itens anteriores

Recomendar se necessaacuterio a instalaccedilatildeo de equipamento adicional extrator de

soacutelidos

Caso seja instalado um equipamento adicional de soacutelidos operaacute-lo por um

periacuteodo apropriado de tempo repetir os testes com o fluido de perfuraccedilatildeo e

avaliar a eficiecircncia do equipamento adicional instalado

25 Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de

perfuraccedilatildeo do ATP-ARG

Peneiras Vibratoacuterias

A peneira vibratoacuteria eacute a primeira

barreira na retenccedilatildeo dos soacutelidos do fluido de

perfuraccedilatildeo que retorna durante a saiacuteda de

cada ciclo de circulaccedilatildeo Dessa etapa os

soacutelidos mais grosseiros satildeo retidos jaacute que eacute

mais faacutecil removecirc-los antes de passar pelos

hidrociclones e centrifugadores Ao lado

apresenta-se uma figura esquemaacutetica com o

percurso simplificado do fluido no poccedilo

quando se estaacute perfurando

Hidrociclones

A separaccedilatildeo dos soacutelidos ocorre da seguinte

forma o liacutequido contendo a fraccedilatildeo mais fina

de partiacuteculas menores eacute descarregado atraveacutes Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de

perfuraccedilatildeo

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do tubo cilindro central (overflow) o liacutequido contendo os soacutelidos mais grossos eacute

descarregado pelo underflow

Os cones hoje satildeo feitos de poliuretano este material quando expostos a altas

temperaturas (150 e 175 ordm F) amolecem fazendo com que haja a necessidade de substituiacute-los

A viscosidade do fluido o teor de soacutelidos na alimentaccedilatildeo a pressatildeo disponiacutevel na

entrada do equipamento e o lay-out do percurso feito pelo fluido influencia de forma direta no

desempenho do equipamento

Quanto menor a viscosidade (dentro do possiacutevel) maior o desempenho do

hidrociclone

Uma grande concentraccedilatildeo de soacutelidos na alimentaccedilatildeo tem efeito negativo no

desempenho Com o hidrociclone trabalhando com descarga tipo ldquosprayrdquo o ponto de corte

meacutedio aumenta quando a carga de soacutelidos aumenta Quando a carga de soacutelidos ultrapassa o

ponto suportaacutevel pelo ldquounderflowrdquo o hidrociclone comeccedila a descarregar em ldquoforma de cordardquo

e o ponto de corte meacutedio aumenta drasticamente A pressatildeo recomendada pela maioria dos

fabricantes e fornecedores de hidrociclones jaacute estaacute otimizada A maioria dos hidrociclones no

campo requer de 70 a 80 peacutes de fluido de pressatildeo hidrostaacutetica Os hidrociclones utilizados nas

sondas satildeo chamados de desareadores e dessiltadores

Depuradores (MUD CLEANER)

Este eacute composto por hidrociclones em seacuterie com uma tela fina que permite recuperar

partiacuteculas e eacute usado com fluidos de perfuraccedilatildeo pesados As partiacuteculas soacutelidas que esse

equipamento remove satildeo maiores que a baritina Como ocorre no ciclone parte do material eacute

recuperada e parte eacute descartada o recuperado retorna ao fluido reduzindo custos

Monta-se uma cobertura onde a tela estaacute colocada fazendo com que todos os soacutelidos

descarregados pelos dessiltadores satildeo retornados para o sistema de circulaccedilatildeo No caso de

baritina ser adicionada ao fluido a cobertura daacute lugar a tela fina Esse equipamento reduz a

perda da baritina dos fluidos pesados no intuito de recuperar fluidos caros e reduzir descarte

de poluente ao meio ambiente

Decantador Centriacutefugo

A funccedilatildeo deste equipamento eacute separar soacutelidos de liacutequidos eacute formado por um tambor

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 23

ciliacutendrico-cocircnico composto por uma seccedilatildeo cocircnica que origina a chamada ldquopraiardquo e uma ou

vaacuterios secccedilotildees ciliacutendricas conectadas que origina a ldquopiscinardquoUm parafuso transportador que

fica dentro do tambor rotativo

Eacute possiacutevel ajustar a profundidade do liacutequido no tambor o niacutevel da piscina teraacute um

efeito sobre a eficiecircncia de separaccedilatildeo pois ele afetaraacute as aacutereas secas e molhadas da praia bem

como a secagem dos soacutelidos e a habilidade fiacutesica do parafuso em transportar os soacutelidos para o

tambor

A medida do teor de areia num fluido nos daacute um paracircmetro de avaliaccedilatildeo dos

equipamentos extratores de soacutelidos da sonda e serve como uma medida de abrasividade do

fluido

CAPIacuteTULO 4

METODOLOGIA DE ANAacuteLISES

Metodologia de anaacutelise Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 25

4 - Metodologia de anaacutelise

O monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo eacute feito

de acordo com as metodologias descritas neste capiacutetulo Aqui seratildeo descritos os meacutetodos

fiacutesicos e quiacutemicos para anaacutelises de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

As anaacutelises que seratildeo descritas neste documento estatildeo de acordo com o Manual de

Laboratoacuterio de Fluido Programa de Trainees Petrobras ndash 2002 Quiacutemico de Petroacuteleo Junior

41 Meacutetodos Fiacutesicos

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH

Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom

A Figura 41 mostra o funil Marsh que eacute um funil com as seguintes dimensotildees 1524

cm (6rdquo) de diacircmetro na parte superior 3048 cm (12rdquo) de altura A metade da abertura

superior eacute coberta por uma peneira de malha nordm 10 O orifiacutecio inferior tem 476 mm (316rdquo) de

diacircmetro interno e 508 cm (2rdquo) de comprimento A capacidade do funil ateacute a marca superior eacute

de 1500 cmsup3

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Se segura o funil em posiccedilatildeo vertical obstruindo o orifiacutecio de descarga com o dedo

indicador

bull verta-se atraveacutes da peneira a amostra de fluido tomada em qualquer ponto onde ela

esteja em agitaccedilatildeo ateacute que o niacutevel da mesma fique rente agrave parte inferior da tela da

peneira

bull imediatamente retira-se o dedo do tubo de descarga e com o auxiacutelio de um

cronocircmetro observa-se o tempo em segundos necessaacuterio para que escoe um (01) litro

de fluido para um recipiente graduado

bull a operaccedilatildeo deve ser raacutepida para minimizar erros

bull registra-se a ldquoViscosidaderdquo Marsh em segundos1000 cmsup3 de fluido

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Verifica-se a precisatildeo do funil Marsh com 1500 cmsup3 de aacutegua doce a 21ordmC O tempo de

escoamento de 1000 cmsup3 de aacutegua deve ser de 28 plusmn 05 segundos

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr

A Figura 42 mostra o conjunto que registra o conteuacutedo de areia presente no fluido

em percentagem volumeacutetrica composto por um tubo de vidro graduado em percentual

volumeacutetrico (0-20 v) um cilindro cocircnico um copo ciliacutendrico com uma tela de peneira

(malha 200 mesh)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Verta-se o fluido previamente passado atraveacutes da peneira do funil Marsh no tubo de

vidro graduado ateacute a marca indicada e depois se adiciona aacutegua ateacute a referecircncia

superior

bull obstrui-se a saiacuteda superior do tubo com o dedo e agita-se vigorosamente Em seguida

esvazia-se a amostra de fluido diluiacutedo atraveacutes da peneira lavando todo o resiacuteduo no

tubo com aacutegua Lava-se a areia retida na peneira ateacute eliminar os traccedilos de fluido

bull coloca-se o funil sobre a peneira e inverte-se o conjunto lentamente Faz-se retornar a

areia da peneira para o interior do tubo atraveacutes de jatos daacutegua

bull apoacutes a deposiccedilatildeo total da areia lecirc-se diretamente a percentagem em volume de areia

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412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

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se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

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PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

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A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 34

bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 14

23 Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo

As propriedades de controle dos fluidos podem ser fiacutesicas ou quiacutemicas As fiacutesicas satildeo

mais geneacutericas ou seja satildeo vaacutelidas para qualquer tipo de fluido Jaacute as quiacutemicas satildeo

especiacuteficas para cada tipo de fluido

As propriedades fiacutesicas mais importantes e frequumlentemente medidas nas sondas satildeo as

densidades os paracircmetros reoloacutegicos as forccedilas geacuteis (inicial e final) os paracircmetros de

filtraccedilatildeo e teor de soacutelidos

As propriedades quiacutemicas mais frequumlentemente determinadas nos laboratoacuterios das

sondas satildeo o pH os teores de cloreto e de bentonita e a alcalinidade O excesso de cal

(determinada nos fluidos tratados por cal hidratada) teor de caacutelcio e de magneacutesio a

concentraccedilatildeo de H2S e a concentraccedilatildeo de potaacutessio (testada nos fluidos inibidos por gesso)

Densidade

Os limites de variaccedilatildeo da densidade dos fluidos para perfurar uma determinada fase

satildeo definidos pela pressatildeo atuante no fluido que se encontra no espaccedilo poroso da rocha (limite

miacutenimo) e pela pressatildeo para qual a rocha se rompe (limite maacuteximo) das formaccedilotildees expostas

A baritina (BaSO4) tem o poder de aumentar a densidade de um fluido Este tem

densidade de 425 enquanto a densidade dos soacutelidos perfurados eacute em torno de 26 Para

reduzir a densidade dos fluidos agrave base de aacutegua dilui-se com aacutegua (densidade 100) ou oacuteleo

diesel (densidade 082)

Paracircmetros reoloacutegicos e forccedilas geacuteis

O comportamento do fluxo de um fluido eacute definido pelos paracircmetros reoloacutegicos Para

isto considera-se que o fluido eacute definido como um modelo reoloacutegico cujos paracircmetros vatildeo

influir diretamente no caacutelculo de perdas de cargas na tubulaccedilatildeo e velocidade de transporte dos

cascalhos

O controle de propriedades reoloacutegicas eacute de vital importacircncia nas operaccedilotildees de

perfuraccedilatildeo pois elas satildeo responsaacuteveis pela remoccedilatildeo dos cascalhos perfurados Aleacutem disso

influenciam no progresso da perfuraccedilatildeo que se chama de taxa de penetraccedilatildeo

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 15

O descontrole dessa propriedade juntamente com o gel do fluido ocasiona problemas

seacuterios como Obstruccedilatildeo do anular formaccedilatildeo de fundo falso reduccedilatildeo de taxa de penetraccedilatildeo

alargamento do poccedilo prisatildeo da coluna perda de circulaccedilatildeo etc

Para os fluidos de perfuraccedilatildeo assume-se o modelo de Bingham o qual postula que

uma determinada tensatildeo deve ser aplicada para iniciar o fluxo (limite de escoamento) e acima

dessa tensatildeo o fluido se comporta como Newtoniano isto eacute Tensatildeo cisalhante (T)

proporcional a taxa de cisalhamento (TC)

Alguns fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo tixotroacutepicos isto eacute adquirem um estado semi-riacutegido

quando estatildeo em repouso e quando em movimentam apresentam fluidez A forccedila gel eacute um

paracircmetro de natureza reoloacutegica que indica o grau de gelificaccedilatildeo devido agrave interaccedilatildeo eleacutetrica

entre partiacuteculas dispersas

A forccedila gel inicial mede a resistecircncia inicial para colocar o fluido em fluxo A forccedila

gel final mede a resistecircncia do fluido para reiniciar o fluxo quando este fica um certo tempo

em repouso A diferenccedila entre elas indica o grau de tixotropia do fluido

Paracircmetros de filtraccedilatildeo

Devido agrave pressatildeo da coluna de fluido ter que ser maior que a pressatildeo de poro de

formaccedilatildeo para evitar o influxo dos fluidos contido nas rochas o fluido de perfuraccedilatildeo deveria

invadir continuamente as formaccedilotildees permeaacuteveis se natildeo houvesse o depoacutesito de um reboco

que eacute a capacidade do fluido de perfuraccedilatildeo em formar uma camada de partiacuteculas soacutelidas

uacutemidas sobre as rochas permeaacuteveis expostas pela broca e eacute de fundamental importacircncia para

o sucesso da perfuraccedilatildeo e da completaccedilatildeo do poccedilo

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido de perfuraccedilatildeo denominada filtrado invade a

formaccedilatildeo

O controle do filtrado torna-se criacutetico em casos de formaccedilotildees de folhelhos sensiacuteveis a

aacutegua esses folhelhos desenvolvem pressotildees devido ao inchamento pelo contato com a aacutegua

causando desmoronamento e alargamento do poccedilo Em formaccedilotildees permeaacuteveis o depoacutesito de

um reboco muito espesso causa reduccedilatildeo acentuada do diacircmetro do poccedilo aleacutem do que um

reboco espesso facilita a prisatildeo por pressatildeo diferencial

Para formar o reboco deve haver o influxo da fase liacutequida do fluido do poccedilo para a

formaccedilatildeo Este processo eacute conhecido como filtraccedilatildeo Eacute essencial que o fluido tenha uma

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 16

fraccedilatildeo razoaacutevel de partiacuteculas com dimensotildees ligeiramente menores agraves dimensotildees dos poros

das rochas expostas

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido o filtrado invade a rocha

O filtrado e a espessura de reboco satildeo dois paracircmetros medidos rotineiramente para

definir o comportamento do fluido quanto agrave filtraccedilatildeo

Teor de soacutelidos

O teor de soacutelidos cujo valor deve ser mantido no miacutenimo possiacutevel eacute uma propriedade

que deve ser controlada com rigor porque o seu aumento implica aumento de vaacuterias outras

propriedades (densidade viscosidade e forccedila gel) aleacutem de aumentar a ocorrecircncia de

problemas como desgaste dos equipamentos de circulaccedilatildeo fratura das formaccedilotildees devido agrave

elevaccedilatildeo das pressotildees de bombeio ou hidrostaacutetica prisatildeo da coluna e reduccedilatildeo da taxa de

penetraccedilatildeo

O tratamento do fluido para reduzir o teor de soacutelidos pode ser preventivo ou corretivo

O tratamento preventivo consiste em inibir o fluido fiacutesico ou quimicamente evitando-se a

dispersatildeo dos soacutelidos perfurados No meacutetodo corretivo pode-se fazer uso de equipamentos

extratores de soacutelidos tais como tanques de decantaccedilatildeo peneiras hidrociclones e

centrifugadores ou diluir o fluido

Concentraccedilatildeo Hidrogeniocircnica ndash pH

O controle quiacutemico de alguns sistemas de fluido de perfuraccedilatildeo baseia-se na

determinaccedilatildeo do pH (pH=- log [H+] onde [H+] eacute a concentraccedilatildeo molar do iacuteon H+) O pH dos

fluidos de perfuraccedilatildeo eacute geralmente mantido no intervalo alcalino devido a fatores tais como

reduzir a taxa de corrosatildeo e aumentar a eficiecircncia dos dispersantes bem como aumentar o

rendimento das bentonitas

O pH dos fluidos de perfuraccedilatildeo tem que ser mantido na faixa de 7 a 10 com o intuito

de reduzir a taxa de corrosatildeo dos equipamentos e evitar a dispersatildeo das formaccedilotildees argilosas

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 17

Alcalinidades

A alcalinidade eacute determinada por meacutetodos diretos de titulaccedilatildeo volumeacutetrica de

neutralizaccedilatildeo e esta leva em consideraccedilatildeo as espeacutecies carbonatos (CO3--) e bicarbonatos

HC03- dissolvidos no fluido aleacutem dos iacuteons hidroxilas (OH-) dissolvidos e natildeo dissolvidos

Se numa soluccedilatildeo aquosa (no caso o filtrado do fluido) houver apenas OH- entatildeo soacute se

mede Pf natildeo havendo C03-2 nem HC03

- a viragem do metilorange se daacute com a primeira gota

de soluccedilatildeo de H2S04 N50 A medida em que o Mf cresce tornando-se maior do que o Pf a

alcalinidade passa a ser devido a OH- + C03-2 a C03

-2 + HC03- e por fim somente a HC03

-

quando o Pf = O Entre o Pf = Mf e Pf = O vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser

deduzida cada uma sendo apropriada para fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

Esse teste identifica a alcalinidade parcial do filtrado alcalinidade da lama e

alcalinidade total do filtrado

Teor de cloretos ou salinidade

Este teste eacute feito por anaacutelise volumeacutetrica de precipitaccedilatildeo por titulaccedilatildeo dos iacuteons

cloretos

Os resultados obtidos com esses testes no campo satildeo utilizados para identificar o teor

salino da aacutegua de preparo do fluido controlar a salinidade de fluidos inibidos com sal

identificar influxos de aacutegua salgada e identificar a perfuraccedilatildeo de uma rocha ou domo salino

Teor de bentonita ou de soacutelidos ativos

O teste do azul de metileno ou MBT eacute uma anaacutelise volumeacutetrica por adsorccedilatildeo que serve

como inibidor da quantidade de soacutelidos ativos ou bentoniacuteticos no fluido de perfuraccedilatildeo Este

mede a capacidade de troca de caacutetion (CTC) das argilas e soacutelidos ativos presentes

24 Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo

O fluido de perfuraccedilatildeo eacute classificado de acordo com a composiccedilatildeo baseado no

constituinte principal da fase contiacutenua ou dispersante e satildeo eles fluido a base de aacutegua fluidos

a base de oacuteleo e fluidos a base de ar ou de gaacutes neste relatoacuterio vamos nos deter ao fluido de

perfuraccedilatildeo base aacutegua que foi o trabalhado durante o estaacutegio

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Fluidos a base de aacutegua

A definiccedilatildeo de um fluido a base aacutegua considera principalmente a natureza da aacutegua e os

aditivos quiacutemicos empregados no preparo do fluido A proporccedilatildeo entre os componentes

baacutesicos e as interaccedilotildees entre eles provoca sensiacuteveis modificaccedilotildees nas propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido Consequumlentemente a composiccedilatildeo eacute o principal fator a considerar no

controle das suas propriedades

A aacutegua eacute a fase contiacutenua e o principal componente de qualquer fluido agrave base de aacutegua

podendo ser doce dura ou salgada A aacutegua doce natildeo precisa de tratamento preacutevio pois natildeo

afeta o desempenho dos aditivos empregados no preparo do fluido sua salinidade eacute inferior a

1000 ppm de NaCl equivalente

A aacutegua dura tem a presenccedila de sais de caacutelcio e magneacutesio dissolvido onde estes

apresentam concentraccedilotildees capazes de alterar o desempenho dos aditivos do fluido de

perfuraccedilatildeo

A aacutegua salgada possui salinidade superior a 1000 ppm de NaCl equivalente e pode ser

natural como a aacutegua do mar ou pode ser salgada com a adiccedilatildeo de sais como NaCl KCl ou

CaCl2 A aacutegua tem a funccedilatildeo de prover o meio de dispersatildeo para os mateacuterias coloidais estes

controlam a viscosidade limite de escoamento forccedilas geacuteis e filtrado em valores adequados

para conferir ao fluido uma boa taxa de remoccedilatildeo dos soacutelidos perfurados e capacidade de

estabilizaccedilatildeo das paredes do poccedilo

Os fatores a serem considerados na seleccedilatildeo da aacutegua de preparo satildeo disponibilidade

custo de transporte e de tratamento tipos de formaccedilotildees geoloacutegicas a serem perfuradas

produtos quiacutemicos que comporatildeo o fluido e equipamentos e teacutecnicas a serem usados na

avaliaccedilatildeo das formaccedilotildees

Os soacutelidos dispersos em meio aquoso podem ser ativos ou inertes Os soacutelidos ativos

satildeo materiais argilosos cuja funccedilatildeo principal eacute aumentar a viscosidade do fluido A argila

mais usada eacute a bentonita

Os soacutelidos inertes podem se originar da adiccedilatildeo de materiais industrializados ou de

detritos finos das rochas perfuradas O adensante baritina eacute o soacutelido inerte mais comuns dentre

os produtos comercializados Os soacutelidos inertes oriundos das rochas perfuradas satildeo areia silte

e calcaacuterio fino

Os produtos quiacutemicos a serem adicionados ao fluido podem ser

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 19

bull alcalinizantes e controladores de pH como soda caacuteustica potassa caacuteustica e cal

hidratada

bull dispersantes como o lignossulfonato tanino lignito e fosfato

bull redutores de filtrado como amido

bull floculantes como a soda caacuteustica cal e cloreto de soacutedio

bull poliacutemeros de uso geral para viscosificar desflocular ou reduzir filtrado

bull surfactantes para emulsificar e reduzir a tensatildeo superficial

bull removedores de caacutelcio e magneacutesio como carbonato e bicarbonato de soacutedio

bull inibidores de formaccedilatildeo ativas como cloreto de potaacutessio soacutedio e caacutelcio

bull bactericidas como paraformaldeiacutedo composto organoclorados soda caacuteustica e

cal

Produtos quiacutemicos mais especiacuteficos como anticorrosivos traccediladores quiacutemicos

antiespumantes entre outros tambeacutem podem estar presentes

A Tabela 21 abaixo apresenta a composiccedilatildeo dos fluidos usado na Petrobraacutes (ATP-

ARGIP) com seus respectivos coacutedigos

COacuteDIGO Tipos de

Fluido COacuteDIGO Tipos de Fluido

1 Aacutegua do Mar 12 NaCl com Poliacrilamida

2 Convencional 13 Milk Mud

3 BTS 14 Espuma

4 Nativo 15 Convencional com Asfalto e

LCM

5 NaCl com Poliacutemeros

16 Base Oacuteleo Mineral

6 Base Cal 17 Especiais para alta

temperatura

7 Disperso 18 Biopoliacutemero Saturado

8 KCL com Poliacutemero 19 Catiocircnico

9 Saturado 20 KCl com Poliacrilamida

10 Aerado 21 Biopoliacutemero com Carbonato

11 Base Oacuteleo Diesel 22 Sinteacutetico (Eacutester ou Parafina)

Tabela 2 1 ndash Tipo de fluidos utilizados no ATPARG

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 20

Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados Tipo 2 Aacutegua Industrial argila ativada e soda caacuteustica

Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e

calcaacuterio

Tipo 19 Aacutegua Industrial Oacutexido de Magneacutesio Goma Xantana CMC BBV ADS

Amido Comum Cloreto de soacutedio Poliacutemero Catiocircnico Calcaacuterio Fino Lubrificante Preventor

de enceramento e Bactericida

24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo

O controle dos soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo eacute feito por um sistema de equipamentos

extratores buscando sempre manter o teor de soacutelidos adequados ao trabalho Quando estes

natildeo satildeo suficientes para esse controle a accedilatildeo corretiva implicaraacute num custo adicional pois

uma nova formulaccedilatildeo teraacute que ser feita ou seja um fluido novo seraacute misturado para diluiccedilatildeo

O natildeo uso dos equipamentos ou a natildeo correccedilatildeo do teor de soacutelidos implica na reduccedilatildeo da taxa

de penetraccedilatildeo problemas de ordem reoloacutegicas do fluido de perfuraccedilatildeo reboco de baixa

qualidade maior densidade equivalente de circulaccedilatildeo dano a formaccedilatildeo ameaccedila de prisatildeo da

coluna por diferencial de pressatildeo elevado desgaste de equipamentos grande volume de

resiacuteduos gerados e maior custo global

Existe algumas recomendaccedilotildees que se forem seguidas auxiliam na soluccedilatildeo de

problemas provocados por soacutelidos satildeo elas

Analisar os testes do fluido de perfuraccedilatildeo a fim de identificar a presenccedila de

um teor elevado de soacutelidos

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

eficientemente

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

em sequumlecircncia apropriada

Verificar se os equipamentos instalados na sonda tecircm capacidade suficiente

para remover soacutelidos numa taxa que permita trabalhar na faixa aceitaacutevel de teor

de soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo

Verificar qual o equipamento adicional necessaacuterio para resolver o problema

provocado pelo teor elevado de soacutelidos

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 21

PEN

EIR

AS

KELLY (HASTE QUADRADA)

KATARINA

DESLIZADOR DE CASCALHOS

TUBOS PESADOS (HW)

PEN

EIR

AS

COMANDOS

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo da diluiccedilatildeo necessaacuteria para resolver o problema sem o uso

de equipamento adicional

Comparar os custos determinados em nos dois itens anteriores

Recomendar se necessaacuterio a instalaccedilatildeo de equipamento adicional extrator de

soacutelidos

Caso seja instalado um equipamento adicional de soacutelidos operaacute-lo por um

periacuteodo apropriado de tempo repetir os testes com o fluido de perfuraccedilatildeo e

avaliar a eficiecircncia do equipamento adicional instalado

25 Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de

perfuraccedilatildeo do ATP-ARG

Peneiras Vibratoacuterias

A peneira vibratoacuteria eacute a primeira

barreira na retenccedilatildeo dos soacutelidos do fluido de

perfuraccedilatildeo que retorna durante a saiacuteda de

cada ciclo de circulaccedilatildeo Dessa etapa os

soacutelidos mais grosseiros satildeo retidos jaacute que eacute

mais faacutecil removecirc-los antes de passar pelos

hidrociclones e centrifugadores Ao lado

apresenta-se uma figura esquemaacutetica com o

percurso simplificado do fluido no poccedilo

quando se estaacute perfurando

Hidrociclones

A separaccedilatildeo dos soacutelidos ocorre da seguinte

forma o liacutequido contendo a fraccedilatildeo mais fina

de partiacuteculas menores eacute descarregado atraveacutes Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de

perfuraccedilatildeo

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 22

do tubo cilindro central (overflow) o liacutequido contendo os soacutelidos mais grossos eacute

descarregado pelo underflow

Os cones hoje satildeo feitos de poliuretano este material quando expostos a altas

temperaturas (150 e 175 ordm F) amolecem fazendo com que haja a necessidade de substituiacute-los

A viscosidade do fluido o teor de soacutelidos na alimentaccedilatildeo a pressatildeo disponiacutevel na

entrada do equipamento e o lay-out do percurso feito pelo fluido influencia de forma direta no

desempenho do equipamento

Quanto menor a viscosidade (dentro do possiacutevel) maior o desempenho do

hidrociclone

Uma grande concentraccedilatildeo de soacutelidos na alimentaccedilatildeo tem efeito negativo no

desempenho Com o hidrociclone trabalhando com descarga tipo ldquosprayrdquo o ponto de corte

meacutedio aumenta quando a carga de soacutelidos aumenta Quando a carga de soacutelidos ultrapassa o

ponto suportaacutevel pelo ldquounderflowrdquo o hidrociclone comeccedila a descarregar em ldquoforma de cordardquo

e o ponto de corte meacutedio aumenta drasticamente A pressatildeo recomendada pela maioria dos

fabricantes e fornecedores de hidrociclones jaacute estaacute otimizada A maioria dos hidrociclones no

campo requer de 70 a 80 peacutes de fluido de pressatildeo hidrostaacutetica Os hidrociclones utilizados nas

sondas satildeo chamados de desareadores e dessiltadores

Depuradores (MUD CLEANER)

Este eacute composto por hidrociclones em seacuterie com uma tela fina que permite recuperar

partiacuteculas e eacute usado com fluidos de perfuraccedilatildeo pesados As partiacuteculas soacutelidas que esse

equipamento remove satildeo maiores que a baritina Como ocorre no ciclone parte do material eacute

recuperada e parte eacute descartada o recuperado retorna ao fluido reduzindo custos

Monta-se uma cobertura onde a tela estaacute colocada fazendo com que todos os soacutelidos

descarregados pelos dessiltadores satildeo retornados para o sistema de circulaccedilatildeo No caso de

baritina ser adicionada ao fluido a cobertura daacute lugar a tela fina Esse equipamento reduz a

perda da baritina dos fluidos pesados no intuito de recuperar fluidos caros e reduzir descarte

de poluente ao meio ambiente

Decantador Centriacutefugo

A funccedilatildeo deste equipamento eacute separar soacutelidos de liacutequidos eacute formado por um tambor

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 23

ciliacutendrico-cocircnico composto por uma seccedilatildeo cocircnica que origina a chamada ldquopraiardquo e uma ou

vaacuterios secccedilotildees ciliacutendricas conectadas que origina a ldquopiscinardquoUm parafuso transportador que

fica dentro do tambor rotativo

Eacute possiacutevel ajustar a profundidade do liacutequido no tambor o niacutevel da piscina teraacute um

efeito sobre a eficiecircncia de separaccedilatildeo pois ele afetaraacute as aacutereas secas e molhadas da praia bem

como a secagem dos soacutelidos e a habilidade fiacutesica do parafuso em transportar os soacutelidos para o

tambor

A medida do teor de areia num fluido nos daacute um paracircmetro de avaliaccedilatildeo dos

equipamentos extratores de soacutelidos da sonda e serve como uma medida de abrasividade do

fluido

CAPIacuteTULO 4

METODOLOGIA DE ANAacuteLISES

Metodologia de anaacutelise Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 25

4 - Metodologia de anaacutelise

O monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo eacute feito

de acordo com as metodologias descritas neste capiacutetulo Aqui seratildeo descritos os meacutetodos

fiacutesicos e quiacutemicos para anaacutelises de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

As anaacutelises que seratildeo descritas neste documento estatildeo de acordo com o Manual de

Laboratoacuterio de Fluido Programa de Trainees Petrobras ndash 2002 Quiacutemico de Petroacuteleo Junior

41 Meacutetodos Fiacutesicos

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH

Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom

A Figura 41 mostra o funil Marsh que eacute um funil com as seguintes dimensotildees 1524

cm (6rdquo) de diacircmetro na parte superior 3048 cm (12rdquo) de altura A metade da abertura

superior eacute coberta por uma peneira de malha nordm 10 O orifiacutecio inferior tem 476 mm (316rdquo) de

diacircmetro interno e 508 cm (2rdquo) de comprimento A capacidade do funil ateacute a marca superior eacute

de 1500 cmsup3

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Se segura o funil em posiccedilatildeo vertical obstruindo o orifiacutecio de descarga com o dedo

indicador

bull verta-se atraveacutes da peneira a amostra de fluido tomada em qualquer ponto onde ela

esteja em agitaccedilatildeo ateacute que o niacutevel da mesma fique rente agrave parte inferior da tela da

peneira

bull imediatamente retira-se o dedo do tubo de descarga e com o auxiacutelio de um

cronocircmetro observa-se o tempo em segundos necessaacuterio para que escoe um (01) litro

de fluido para um recipiente graduado

bull a operaccedilatildeo deve ser raacutepida para minimizar erros

bull registra-se a ldquoViscosidaderdquo Marsh em segundos1000 cmsup3 de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 26

CALIBRACcedilAtildeO

bull Verifica-se a precisatildeo do funil Marsh com 1500 cmsup3 de aacutegua doce a 21ordmC O tempo de

escoamento de 1000 cmsup3 de aacutegua deve ser de 28 plusmn 05 segundos

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr

A Figura 42 mostra o conjunto que registra o conteuacutedo de areia presente no fluido

em percentagem volumeacutetrica composto por um tubo de vidro graduado em percentual

volumeacutetrico (0-20 v) um cilindro cocircnico um copo ciliacutendrico com uma tela de peneira

(malha 200 mesh)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Verta-se o fluido previamente passado atraveacutes da peneira do funil Marsh no tubo de

vidro graduado ateacute a marca indicada e depois se adiciona aacutegua ateacute a referecircncia

superior

bull obstrui-se a saiacuteda superior do tubo com o dedo e agita-se vigorosamente Em seguida

esvazia-se a amostra de fluido diluiacutedo atraveacutes da peneira lavando todo o resiacuteduo no

tubo com aacutegua Lava-se a areia retida na peneira ateacute eliminar os traccedilos de fluido

bull coloca-se o funil sobre a peneira e inverte-se o conjunto lentamente Faz-se retornar a

areia da peneira para o interior do tubo atraveacutes de jatos daacutegua

bull apoacutes a deposiccedilatildeo total da areia lecirc-se diretamente a percentagem em volume de areia

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 27

412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 28

CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 29

se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 30

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 31

A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 32

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 34

bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 15

O descontrole dessa propriedade juntamente com o gel do fluido ocasiona problemas

seacuterios como Obstruccedilatildeo do anular formaccedilatildeo de fundo falso reduccedilatildeo de taxa de penetraccedilatildeo

alargamento do poccedilo prisatildeo da coluna perda de circulaccedilatildeo etc

Para os fluidos de perfuraccedilatildeo assume-se o modelo de Bingham o qual postula que

uma determinada tensatildeo deve ser aplicada para iniciar o fluxo (limite de escoamento) e acima

dessa tensatildeo o fluido se comporta como Newtoniano isto eacute Tensatildeo cisalhante (T)

proporcional a taxa de cisalhamento (TC)

Alguns fluidos de perfuraccedilatildeo satildeo tixotroacutepicos isto eacute adquirem um estado semi-riacutegido

quando estatildeo em repouso e quando em movimentam apresentam fluidez A forccedila gel eacute um

paracircmetro de natureza reoloacutegica que indica o grau de gelificaccedilatildeo devido agrave interaccedilatildeo eleacutetrica

entre partiacuteculas dispersas

A forccedila gel inicial mede a resistecircncia inicial para colocar o fluido em fluxo A forccedila

gel final mede a resistecircncia do fluido para reiniciar o fluxo quando este fica um certo tempo

em repouso A diferenccedila entre elas indica o grau de tixotropia do fluido

Paracircmetros de filtraccedilatildeo

Devido agrave pressatildeo da coluna de fluido ter que ser maior que a pressatildeo de poro de

formaccedilatildeo para evitar o influxo dos fluidos contido nas rochas o fluido de perfuraccedilatildeo deveria

invadir continuamente as formaccedilotildees permeaacuteveis se natildeo houvesse o depoacutesito de um reboco

que eacute a capacidade do fluido de perfuraccedilatildeo em formar uma camada de partiacuteculas soacutelidas

uacutemidas sobre as rochas permeaacuteveis expostas pela broca e eacute de fundamental importacircncia para

o sucesso da perfuraccedilatildeo e da completaccedilatildeo do poccedilo

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido de perfuraccedilatildeo denominada filtrado invade a

formaccedilatildeo

O controle do filtrado torna-se criacutetico em casos de formaccedilotildees de folhelhos sensiacuteveis a

aacutegua esses folhelhos desenvolvem pressotildees devido ao inchamento pelo contato com a aacutegua

causando desmoronamento e alargamento do poccedilo Em formaccedilotildees permeaacuteveis o depoacutesito de

um reboco muito espesso causa reduccedilatildeo acentuada do diacircmetro do poccedilo aleacutem do que um

reboco espesso facilita a prisatildeo por pressatildeo diferencial

Para formar o reboco deve haver o influxo da fase liacutequida do fluido do poccedilo para a

formaccedilatildeo Este processo eacute conhecido como filtraccedilatildeo Eacute essencial que o fluido tenha uma

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 16

fraccedilatildeo razoaacutevel de partiacuteculas com dimensotildees ligeiramente menores agraves dimensotildees dos poros

das rochas expostas

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido o filtrado invade a rocha

O filtrado e a espessura de reboco satildeo dois paracircmetros medidos rotineiramente para

definir o comportamento do fluido quanto agrave filtraccedilatildeo

Teor de soacutelidos

O teor de soacutelidos cujo valor deve ser mantido no miacutenimo possiacutevel eacute uma propriedade

que deve ser controlada com rigor porque o seu aumento implica aumento de vaacuterias outras

propriedades (densidade viscosidade e forccedila gel) aleacutem de aumentar a ocorrecircncia de

problemas como desgaste dos equipamentos de circulaccedilatildeo fratura das formaccedilotildees devido agrave

elevaccedilatildeo das pressotildees de bombeio ou hidrostaacutetica prisatildeo da coluna e reduccedilatildeo da taxa de

penetraccedilatildeo

O tratamento do fluido para reduzir o teor de soacutelidos pode ser preventivo ou corretivo

O tratamento preventivo consiste em inibir o fluido fiacutesico ou quimicamente evitando-se a

dispersatildeo dos soacutelidos perfurados No meacutetodo corretivo pode-se fazer uso de equipamentos

extratores de soacutelidos tais como tanques de decantaccedilatildeo peneiras hidrociclones e

centrifugadores ou diluir o fluido

Concentraccedilatildeo Hidrogeniocircnica ndash pH

O controle quiacutemico de alguns sistemas de fluido de perfuraccedilatildeo baseia-se na

determinaccedilatildeo do pH (pH=- log [H+] onde [H+] eacute a concentraccedilatildeo molar do iacuteon H+) O pH dos

fluidos de perfuraccedilatildeo eacute geralmente mantido no intervalo alcalino devido a fatores tais como

reduzir a taxa de corrosatildeo e aumentar a eficiecircncia dos dispersantes bem como aumentar o

rendimento das bentonitas

O pH dos fluidos de perfuraccedilatildeo tem que ser mantido na faixa de 7 a 10 com o intuito

de reduzir a taxa de corrosatildeo dos equipamentos e evitar a dispersatildeo das formaccedilotildees argilosas

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 17

Alcalinidades

A alcalinidade eacute determinada por meacutetodos diretos de titulaccedilatildeo volumeacutetrica de

neutralizaccedilatildeo e esta leva em consideraccedilatildeo as espeacutecies carbonatos (CO3--) e bicarbonatos

HC03- dissolvidos no fluido aleacutem dos iacuteons hidroxilas (OH-) dissolvidos e natildeo dissolvidos

Se numa soluccedilatildeo aquosa (no caso o filtrado do fluido) houver apenas OH- entatildeo soacute se

mede Pf natildeo havendo C03-2 nem HC03

- a viragem do metilorange se daacute com a primeira gota

de soluccedilatildeo de H2S04 N50 A medida em que o Mf cresce tornando-se maior do que o Pf a

alcalinidade passa a ser devido a OH- + C03-2 a C03

-2 + HC03- e por fim somente a HC03

-

quando o Pf = O Entre o Pf = Mf e Pf = O vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser

deduzida cada uma sendo apropriada para fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

Esse teste identifica a alcalinidade parcial do filtrado alcalinidade da lama e

alcalinidade total do filtrado

Teor de cloretos ou salinidade

Este teste eacute feito por anaacutelise volumeacutetrica de precipitaccedilatildeo por titulaccedilatildeo dos iacuteons

cloretos

Os resultados obtidos com esses testes no campo satildeo utilizados para identificar o teor

salino da aacutegua de preparo do fluido controlar a salinidade de fluidos inibidos com sal

identificar influxos de aacutegua salgada e identificar a perfuraccedilatildeo de uma rocha ou domo salino

Teor de bentonita ou de soacutelidos ativos

O teste do azul de metileno ou MBT eacute uma anaacutelise volumeacutetrica por adsorccedilatildeo que serve

como inibidor da quantidade de soacutelidos ativos ou bentoniacuteticos no fluido de perfuraccedilatildeo Este

mede a capacidade de troca de caacutetion (CTC) das argilas e soacutelidos ativos presentes

24 Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo

O fluido de perfuraccedilatildeo eacute classificado de acordo com a composiccedilatildeo baseado no

constituinte principal da fase contiacutenua ou dispersante e satildeo eles fluido a base de aacutegua fluidos

a base de oacuteleo e fluidos a base de ar ou de gaacutes neste relatoacuterio vamos nos deter ao fluido de

perfuraccedilatildeo base aacutegua que foi o trabalhado durante o estaacutegio

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 18

Fluidos a base de aacutegua

A definiccedilatildeo de um fluido a base aacutegua considera principalmente a natureza da aacutegua e os

aditivos quiacutemicos empregados no preparo do fluido A proporccedilatildeo entre os componentes

baacutesicos e as interaccedilotildees entre eles provoca sensiacuteveis modificaccedilotildees nas propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido Consequumlentemente a composiccedilatildeo eacute o principal fator a considerar no

controle das suas propriedades

A aacutegua eacute a fase contiacutenua e o principal componente de qualquer fluido agrave base de aacutegua

podendo ser doce dura ou salgada A aacutegua doce natildeo precisa de tratamento preacutevio pois natildeo

afeta o desempenho dos aditivos empregados no preparo do fluido sua salinidade eacute inferior a

1000 ppm de NaCl equivalente

A aacutegua dura tem a presenccedila de sais de caacutelcio e magneacutesio dissolvido onde estes

apresentam concentraccedilotildees capazes de alterar o desempenho dos aditivos do fluido de

perfuraccedilatildeo

A aacutegua salgada possui salinidade superior a 1000 ppm de NaCl equivalente e pode ser

natural como a aacutegua do mar ou pode ser salgada com a adiccedilatildeo de sais como NaCl KCl ou

CaCl2 A aacutegua tem a funccedilatildeo de prover o meio de dispersatildeo para os mateacuterias coloidais estes

controlam a viscosidade limite de escoamento forccedilas geacuteis e filtrado em valores adequados

para conferir ao fluido uma boa taxa de remoccedilatildeo dos soacutelidos perfurados e capacidade de

estabilizaccedilatildeo das paredes do poccedilo

Os fatores a serem considerados na seleccedilatildeo da aacutegua de preparo satildeo disponibilidade

custo de transporte e de tratamento tipos de formaccedilotildees geoloacutegicas a serem perfuradas

produtos quiacutemicos que comporatildeo o fluido e equipamentos e teacutecnicas a serem usados na

avaliaccedilatildeo das formaccedilotildees

Os soacutelidos dispersos em meio aquoso podem ser ativos ou inertes Os soacutelidos ativos

satildeo materiais argilosos cuja funccedilatildeo principal eacute aumentar a viscosidade do fluido A argila

mais usada eacute a bentonita

Os soacutelidos inertes podem se originar da adiccedilatildeo de materiais industrializados ou de

detritos finos das rochas perfuradas O adensante baritina eacute o soacutelido inerte mais comuns dentre

os produtos comercializados Os soacutelidos inertes oriundos das rochas perfuradas satildeo areia silte

e calcaacuterio fino

Os produtos quiacutemicos a serem adicionados ao fluido podem ser

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 19

bull alcalinizantes e controladores de pH como soda caacuteustica potassa caacuteustica e cal

hidratada

bull dispersantes como o lignossulfonato tanino lignito e fosfato

bull redutores de filtrado como amido

bull floculantes como a soda caacuteustica cal e cloreto de soacutedio

bull poliacutemeros de uso geral para viscosificar desflocular ou reduzir filtrado

bull surfactantes para emulsificar e reduzir a tensatildeo superficial

bull removedores de caacutelcio e magneacutesio como carbonato e bicarbonato de soacutedio

bull inibidores de formaccedilatildeo ativas como cloreto de potaacutessio soacutedio e caacutelcio

bull bactericidas como paraformaldeiacutedo composto organoclorados soda caacuteustica e

cal

Produtos quiacutemicos mais especiacuteficos como anticorrosivos traccediladores quiacutemicos

antiespumantes entre outros tambeacutem podem estar presentes

A Tabela 21 abaixo apresenta a composiccedilatildeo dos fluidos usado na Petrobraacutes (ATP-

ARGIP) com seus respectivos coacutedigos

COacuteDIGO Tipos de

Fluido COacuteDIGO Tipos de Fluido

1 Aacutegua do Mar 12 NaCl com Poliacrilamida

2 Convencional 13 Milk Mud

3 BTS 14 Espuma

4 Nativo 15 Convencional com Asfalto e

LCM

5 NaCl com Poliacutemeros

16 Base Oacuteleo Mineral

6 Base Cal 17 Especiais para alta

temperatura

7 Disperso 18 Biopoliacutemero Saturado

8 KCL com Poliacutemero 19 Catiocircnico

9 Saturado 20 KCl com Poliacrilamida

10 Aerado 21 Biopoliacutemero com Carbonato

11 Base Oacuteleo Diesel 22 Sinteacutetico (Eacutester ou Parafina)

Tabela 2 1 ndash Tipo de fluidos utilizados no ATPARG

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 20

Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados Tipo 2 Aacutegua Industrial argila ativada e soda caacuteustica

Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e

calcaacuterio

Tipo 19 Aacutegua Industrial Oacutexido de Magneacutesio Goma Xantana CMC BBV ADS

Amido Comum Cloreto de soacutedio Poliacutemero Catiocircnico Calcaacuterio Fino Lubrificante Preventor

de enceramento e Bactericida

24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo

O controle dos soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo eacute feito por um sistema de equipamentos

extratores buscando sempre manter o teor de soacutelidos adequados ao trabalho Quando estes

natildeo satildeo suficientes para esse controle a accedilatildeo corretiva implicaraacute num custo adicional pois

uma nova formulaccedilatildeo teraacute que ser feita ou seja um fluido novo seraacute misturado para diluiccedilatildeo

O natildeo uso dos equipamentos ou a natildeo correccedilatildeo do teor de soacutelidos implica na reduccedilatildeo da taxa

de penetraccedilatildeo problemas de ordem reoloacutegicas do fluido de perfuraccedilatildeo reboco de baixa

qualidade maior densidade equivalente de circulaccedilatildeo dano a formaccedilatildeo ameaccedila de prisatildeo da

coluna por diferencial de pressatildeo elevado desgaste de equipamentos grande volume de

resiacuteduos gerados e maior custo global

Existe algumas recomendaccedilotildees que se forem seguidas auxiliam na soluccedilatildeo de

problemas provocados por soacutelidos satildeo elas

Analisar os testes do fluido de perfuraccedilatildeo a fim de identificar a presenccedila de

um teor elevado de soacutelidos

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

eficientemente

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

em sequumlecircncia apropriada

Verificar se os equipamentos instalados na sonda tecircm capacidade suficiente

para remover soacutelidos numa taxa que permita trabalhar na faixa aceitaacutevel de teor

de soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo

Verificar qual o equipamento adicional necessaacuterio para resolver o problema

provocado pelo teor elevado de soacutelidos

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 21

PEN

EIR

AS

KELLY (HASTE QUADRADA)

KATARINA

DESLIZADOR DE CASCALHOS

TUBOS PESADOS (HW)

PEN

EIR

AS

COMANDOS

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo da diluiccedilatildeo necessaacuteria para resolver o problema sem o uso

de equipamento adicional

Comparar os custos determinados em nos dois itens anteriores

Recomendar se necessaacuterio a instalaccedilatildeo de equipamento adicional extrator de

soacutelidos

Caso seja instalado um equipamento adicional de soacutelidos operaacute-lo por um

periacuteodo apropriado de tempo repetir os testes com o fluido de perfuraccedilatildeo e

avaliar a eficiecircncia do equipamento adicional instalado

25 Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de

perfuraccedilatildeo do ATP-ARG

Peneiras Vibratoacuterias

A peneira vibratoacuteria eacute a primeira

barreira na retenccedilatildeo dos soacutelidos do fluido de

perfuraccedilatildeo que retorna durante a saiacuteda de

cada ciclo de circulaccedilatildeo Dessa etapa os

soacutelidos mais grosseiros satildeo retidos jaacute que eacute

mais faacutecil removecirc-los antes de passar pelos

hidrociclones e centrifugadores Ao lado

apresenta-se uma figura esquemaacutetica com o

percurso simplificado do fluido no poccedilo

quando se estaacute perfurando

Hidrociclones

A separaccedilatildeo dos soacutelidos ocorre da seguinte

forma o liacutequido contendo a fraccedilatildeo mais fina

de partiacuteculas menores eacute descarregado atraveacutes Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de

perfuraccedilatildeo

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 22

do tubo cilindro central (overflow) o liacutequido contendo os soacutelidos mais grossos eacute

descarregado pelo underflow

Os cones hoje satildeo feitos de poliuretano este material quando expostos a altas

temperaturas (150 e 175 ordm F) amolecem fazendo com que haja a necessidade de substituiacute-los

A viscosidade do fluido o teor de soacutelidos na alimentaccedilatildeo a pressatildeo disponiacutevel na

entrada do equipamento e o lay-out do percurso feito pelo fluido influencia de forma direta no

desempenho do equipamento

Quanto menor a viscosidade (dentro do possiacutevel) maior o desempenho do

hidrociclone

Uma grande concentraccedilatildeo de soacutelidos na alimentaccedilatildeo tem efeito negativo no

desempenho Com o hidrociclone trabalhando com descarga tipo ldquosprayrdquo o ponto de corte

meacutedio aumenta quando a carga de soacutelidos aumenta Quando a carga de soacutelidos ultrapassa o

ponto suportaacutevel pelo ldquounderflowrdquo o hidrociclone comeccedila a descarregar em ldquoforma de cordardquo

e o ponto de corte meacutedio aumenta drasticamente A pressatildeo recomendada pela maioria dos

fabricantes e fornecedores de hidrociclones jaacute estaacute otimizada A maioria dos hidrociclones no

campo requer de 70 a 80 peacutes de fluido de pressatildeo hidrostaacutetica Os hidrociclones utilizados nas

sondas satildeo chamados de desareadores e dessiltadores

Depuradores (MUD CLEANER)

Este eacute composto por hidrociclones em seacuterie com uma tela fina que permite recuperar

partiacuteculas e eacute usado com fluidos de perfuraccedilatildeo pesados As partiacuteculas soacutelidas que esse

equipamento remove satildeo maiores que a baritina Como ocorre no ciclone parte do material eacute

recuperada e parte eacute descartada o recuperado retorna ao fluido reduzindo custos

Monta-se uma cobertura onde a tela estaacute colocada fazendo com que todos os soacutelidos

descarregados pelos dessiltadores satildeo retornados para o sistema de circulaccedilatildeo No caso de

baritina ser adicionada ao fluido a cobertura daacute lugar a tela fina Esse equipamento reduz a

perda da baritina dos fluidos pesados no intuito de recuperar fluidos caros e reduzir descarte

de poluente ao meio ambiente

Decantador Centriacutefugo

A funccedilatildeo deste equipamento eacute separar soacutelidos de liacutequidos eacute formado por um tambor

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 23

ciliacutendrico-cocircnico composto por uma seccedilatildeo cocircnica que origina a chamada ldquopraiardquo e uma ou

vaacuterios secccedilotildees ciliacutendricas conectadas que origina a ldquopiscinardquoUm parafuso transportador que

fica dentro do tambor rotativo

Eacute possiacutevel ajustar a profundidade do liacutequido no tambor o niacutevel da piscina teraacute um

efeito sobre a eficiecircncia de separaccedilatildeo pois ele afetaraacute as aacutereas secas e molhadas da praia bem

como a secagem dos soacutelidos e a habilidade fiacutesica do parafuso em transportar os soacutelidos para o

tambor

A medida do teor de areia num fluido nos daacute um paracircmetro de avaliaccedilatildeo dos

equipamentos extratores de soacutelidos da sonda e serve como uma medida de abrasividade do

fluido

CAPIacuteTULO 4

METODOLOGIA DE ANAacuteLISES

Metodologia de anaacutelise Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 25

4 - Metodologia de anaacutelise

O monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo eacute feito

de acordo com as metodologias descritas neste capiacutetulo Aqui seratildeo descritos os meacutetodos

fiacutesicos e quiacutemicos para anaacutelises de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

As anaacutelises que seratildeo descritas neste documento estatildeo de acordo com o Manual de

Laboratoacuterio de Fluido Programa de Trainees Petrobras ndash 2002 Quiacutemico de Petroacuteleo Junior

41 Meacutetodos Fiacutesicos

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH

Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom

A Figura 41 mostra o funil Marsh que eacute um funil com as seguintes dimensotildees 1524

cm (6rdquo) de diacircmetro na parte superior 3048 cm (12rdquo) de altura A metade da abertura

superior eacute coberta por uma peneira de malha nordm 10 O orifiacutecio inferior tem 476 mm (316rdquo) de

diacircmetro interno e 508 cm (2rdquo) de comprimento A capacidade do funil ateacute a marca superior eacute

de 1500 cmsup3

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Se segura o funil em posiccedilatildeo vertical obstruindo o orifiacutecio de descarga com o dedo

indicador

bull verta-se atraveacutes da peneira a amostra de fluido tomada em qualquer ponto onde ela

esteja em agitaccedilatildeo ateacute que o niacutevel da mesma fique rente agrave parte inferior da tela da

peneira

bull imediatamente retira-se o dedo do tubo de descarga e com o auxiacutelio de um

cronocircmetro observa-se o tempo em segundos necessaacuterio para que escoe um (01) litro

de fluido para um recipiente graduado

bull a operaccedilatildeo deve ser raacutepida para minimizar erros

bull registra-se a ldquoViscosidaderdquo Marsh em segundos1000 cmsup3 de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Verifica-se a precisatildeo do funil Marsh com 1500 cmsup3 de aacutegua doce a 21ordmC O tempo de

escoamento de 1000 cmsup3 de aacutegua deve ser de 28 plusmn 05 segundos

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr

A Figura 42 mostra o conjunto que registra o conteuacutedo de areia presente no fluido

em percentagem volumeacutetrica composto por um tubo de vidro graduado em percentual

volumeacutetrico (0-20 v) um cilindro cocircnico um copo ciliacutendrico com uma tela de peneira

(malha 200 mesh)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Verta-se o fluido previamente passado atraveacutes da peneira do funil Marsh no tubo de

vidro graduado ateacute a marca indicada e depois se adiciona aacutegua ateacute a referecircncia

superior

bull obstrui-se a saiacuteda superior do tubo com o dedo e agita-se vigorosamente Em seguida

esvazia-se a amostra de fluido diluiacutedo atraveacutes da peneira lavando todo o resiacuteduo no

tubo com aacutegua Lava-se a areia retida na peneira ateacute eliminar os traccedilos de fluido

bull coloca-se o funil sobre a peneira e inverte-se o conjunto lentamente Faz-se retornar a

areia da peneira para o interior do tubo atraveacutes de jatos daacutegua

bull apoacutes a deposiccedilatildeo total da areia lecirc-se diretamente a percentagem em volume de areia

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412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 29

se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

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PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

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A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

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42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

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bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 16

fraccedilatildeo razoaacutevel de partiacuteculas com dimensotildees ligeiramente menores agraves dimensotildees dos poros

das rochas expostas

Quando existem partiacuteculas soacutelidas com dimensotildees adequadas a obstruccedilatildeo dos poros eacute

raacutepida e somente a fase liacutequida do fluido o filtrado invade a rocha

O filtrado e a espessura de reboco satildeo dois paracircmetros medidos rotineiramente para

definir o comportamento do fluido quanto agrave filtraccedilatildeo

Teor de soacutelidos

O teor de soacutelidos cujo valor deve ser mantido no miacutenimo possiacutevel eacute uma propriedade

que deve ser controlada com rigor porque o seu aumento implica aumento de vaacuterias outras

propriedades (densidade viscosidade e forccedila gel) aleacutem de aumentar a ocorrecircncia de

problemas como desgaste dos equipamentos de circulaccedilatildeo fratura das formaccedilotildees devido agrave

elevaccedilatildeo das pressotildees de bombeio ou hidrostaacutetica prisatildeo da coluna e reduccedilatildeo da taxa de

penetraccedilatildeo

O tratamento do fluido para reduzir o teor de soacutelidos pode ser preventivo ou corretivo

O tratamento preventivo consiste em inibir o fluido fiacutesico ou quimicamente evitando-se a

dispersatildeo dos soacutelidos perfurados No meacutetodo corretivo pode-se fazer uso de equipamentos

extratores de soacutelidos tais como tanques de decantaccedilatildeo peneiras hidrociclones e

centrifugadores ou diluir o fluido

Concentraccedilatildeo Hidrogeniocircnica ndash pH

O controle quiacutemico de alguns sistemas de fluido de perfuraccedilatildeo baseia-se na

determinaccedilatildeo do pH (pH=- log [H+] onde [H+] eacute a concentraccedilatildeo molar do iacuteon H+) O pH dos

fluidos de perfuraccedilatildeo eacute geralmente mantido no intervalo alcalino devido a fatores tais como

reduzir a taxa de corrosatildeo e aumentar a eficiecircncia dos dispersantes bem como aumentar o

rendimento das bentonitas

O pH dos fluidos de perfuraccedilatildeo tem que ser mantido na faixa de 7 a 10 com o intuito

de reduzir a taxa de corrosatildeo dos equipamentos e evitar a dispersatildeo das formaccedilotildees argilosas

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 17

Alcalinidades

A alcalinidade eacute determinada por meacutetodos diretos de titulaccedilatildeo volumeacutetrica de

neutralizaccedilatildeo e esta leva em consideraccedilatildeo as espeacutecies carbonatos (CO3--) e bicarbonatos

HC03- dissolvidos no fluido aleacutem dos iacuteons hidroxilas (OH-) dissolvidos e natildeo dissolvidos

Se numa soluccedilatildeo aquosa (no caso o filtrado do fluido) houver apenas OH- entatildeo soacute se

mede Pf natildeo havendo C03-2 nem HC03

- a viragem do metilorange se daacute com a primeira gota

de soluccedilatildeo de H2S04 N50 A medida em que o Mf cresce tornando-se maior do que o Pf a

alcalinidade passa a ser devido a OH- + C03-2 a C03

-2 + HC03- e por fim somente a HC03

-

quando o Pf = O Entre o Pf = Mf e Pf = O vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser

deduzida cada uma sendo apropriada para fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

Esse teste identifica a alcalinidade parcial do filtrado alcalinidade da lama e

alcalinidade total do filtrado

Teor de cloretos ou salinidade

Este teste eacute feito por anaacutelise volumeacutetrica de precipitaccedilatildeo por titulaccedilatildeo dos iacuteons

cloretos

Os resultados obtidos com esses testes no campo satildeo utilizados para identificar o teor

salino da aacutegua de preparo do fluido controlar a salinidade de fluidos inibidos com sal

identificar influxos de aacutegua salgada e identificar a perfuraccedilatildeo de uma rocha ou domo salino

Teor de bentonita ou de soacutelidos ativos

O teste do azul de metileno ou MBT eacute uma anaacutelise volumeacutetrica por adsorccedilatildeo que serve

como inibidor da quantidade de soacutelidos ativos ou bentoniacuteticos no fluido de perfuraccedilatildeo Este

mede a capacidade de troca de caacutetion (CTC) das argilas e soacutelidos ativos presentes

24 Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo

O fluido de perfuraccedilatildeo eacute classificado de acordo com a composiccedilatildeo baseado no

constituinte principal da fase contiacutenua ou dispersante e satildeo eles fluido a base de aacutegua fluidos

a base de oacuteleo e fluidos a base de ar ou de gaacutes neste relatoacuterio vamos nos deter ao fluido de

perfuraccedilatildeo base aacutegua que foi o trabalhado durante o estaacutegio

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 18

Fluidos a base de aacutegua

A definiccedilatildeo de um fluido a base aacutegua considera principalmente a natureza da aacutegua e os

aditivos quiacutemicos empregados no preparo do fluido A proporccedilatildeo entre os componentes

baacutesicos e as interaccedilotildees entre eles provoca sensiacuteveis modificaccedilotildees nas propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido Consequumlentemente a composiccedilatildeo eacute o principal fator a considerar no

controle das suas propriedades

A aacutegua eacute a fase contiacutenua e o principal componente de qualquer fluido agrave base de aacutegua

podendo ser doce dura ou salgada A aacutegua doce natildeo precisa de tratamento preacutevio pois natildeo

afeta o desempenho dos aditivos empregados no preparo do fluido sua salinidade eacute inferior a

1000 ppm de NaCl equivalente

A aacutegua dura tem a presenccedila de sais de caacutelcio e magneacutesio dissolvido onde estes

apresentam concentraccedilotildees capazes de alterar o desempenho dos aditivos do fluido de

perfuraccedilatildeo

A aacutegua salgada possui salinidade superior a 1000 ppm de NaCl equivalente e pode ser

natural como a aacutegua do mar ou pode ser salgada com a adiccedilatildeo de sais como NaCl KCl ou

CaCl2 A aacutegua tem a funccedilatildeo de prover o meio de dispersatildeo para os mateacuterias coloidais estes

controlam a viscosidade limite de escoamento forccedilas geacuteis e filtrado em valores adequados

para conferir ao fluido uma boa taxa de remoccedilatildeo dos soacutelidos perfurados e capacidade de

estabilizaccedilatildeo das paredes do poccedilo

Os fatores a serem considerados na seleccedilatildeo da aacutegua de preparo satildeo disponibilidade

custo de transporte e de tratamento tipos de formaccedilotildees geoloacutegicas a serem perfuradas

produtos quiacutemicos que comporatildeo o fluido e equipamentos e teacutecnicas a serem usados na

avaliaccedilatildeo das formaccedilotildees

Os soacutelidos dispersos em meio aquoso podem ser ativos ou inertes Os soacutelidos ativos

satildeo materiais argilosos cuja funccedilatildeo principal eacute aumentar a viscosidade do fluido A argila

mais usada eacute a bentonita

Os soacutelidos inertes podem se originar da adiccedilatildeo de materiais industrializados ou de

detritos finos das rochas perfuradas O adensante baritina eacute o soacutelido inerte mais comuns dentre

os produtos comercializados Os soacutelidos inertes oriundos das rochas perfuradas satildeo areia silte

e calcaacuterio fino

Os produtos quiacutemicos a serem adicionados ao fluido podem ser

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 19

bull alcalinizantes e controladores de pH como soda caacuteustica potassa caacuteustica e cal

hidratada

bull dispersantes como o lignossulfonato tanino lignito e fosfato

bull redutores de filtrado como amido

bull floculantes como a soda caacuteustica cal e cloreto de soacutedio

bull poliacutemeros de uso geral para viscosificar desflocular ou reduzir filtrado

bull surfactantes para emulsificar e reduzir a tensatildeo superficial

bull removedores de caacutelcio e magneacutesio como carbonato e bicarbonato de soacutedio

bull inibidores de formaccedilatildeo ativas como cloreto de potaacutessio soacutedio e caacutelcio

bull bactericidas como paraformaldeiacutedo composto organoclorados soda caacuteustica e

cal

Produtos quiacutemicos mais especiacuteficos como anticorrosivos traccediladores quiacutemicos

antiespumantes entre outros tambeacutem podem estar presentes

A Tabela 21 abaixo apresenta a composiccedilatildeo dos fluidos usado na Petrobraacutes (ATP-

ARGIP) com seus respectivos coacutedigos

COacuteDIGO Tipos de

Fluido COacuteDIGO Tipos de Fluido

1 Aacutegua do Mar 12 NaCl com Poliacrilamida

2 Convencional 13 Milk Mud

3 BTS 14 Espuma

4 Nativo 15 Convencional com Asfalto e

LCM

5 NaCl com Poliacutemeros

16 Base Oacuteleo Mineral

6 Base Cal 17 Especiais para alta

temperatura

7 Disperso 18 Biopoliacutemero Saturado

8 KCL com Poliacutemero 19 Catiocircnico

9 Saturado 20 KCl com Poliacrilamida

10 Aerado 21 Biopoliacutemero com Carbonato

11 Base Oacuteleo Diesel 22 Sinteacutetico (Eacutester ou Parafina)

Tabela 2 1 ndash Tipo de fluidos utilizados no ATPARG

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 20

Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados Tipo 2 Aacutegua Industrial argila ativada e soda caacuteustica

Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e

calcaacuterio

Tipo 19 Aacutegua Industrial Oacutexido de Magneacutesio Goma Xantana CMC BBV ADS

Amido Comum Cloreto de soacutedio Poliacutemero Catiocircnico Calcaacuterio Fino Lubrificante Preventor

de enceramento e Bactericida

24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo

O controle dos soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo eacute feito por um sistema de equipamentos

extratores buscando sempre manter o teor de soacutelidos adequados ao trabalho Quando estes

natildeo satildeo suficientes para esse controle a accedilatildeo corretiva implicaraacute num custo adicional pois

uma nova formulaccedilatildeo teraacute que ser feita ou seja um fluido novo seraacute misturado para diluiccedilatildeo

O natildeo uso dos equipamentos ou a natildeo correccedilatildeo do teor de soacutelidos implica na reduccedilatildeo da taxa

de penetraccedilatildeo problemas de ordem reoloacutegicas do fluido de perfuraccedilatildeo reboco de baixa

qualidade maior densidade equivalente de circulaccedilatildeo dano a formaccedilatildeo ameaccedila de prisatildeo da

coluna por diferencial de pressatildeo elevado desgaste de equipamentos grande volume de

resiacuteduos gerados e maior custo global

Existe algumas recomendaccedilotildees que se forem seguidas auxiliam na soluccedilatildeo de

problemas provocados por soacutelidos satildeo elas

Analisar os testes do fluido de perfuraccedilatildeo a fim de identificar a presenccedila de

um teor elevado de soacutelidos

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

eficientemente

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

em sequumlecircncia apropriada

Verificar se os equipamentos instalados na sonda tecircm capacidade suficiente

para remover soacutelidos numa taxa que permita trabalhar na faixa aceitaacutevel de teor

de soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo

Verificar qual o equipamento adicional necessaacuterio para resolver o problema

provocado pelo teor elevado de soacutelidos

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PEN

EIR

AS

KELLY (HASTE QUADRADA)

KATARINA

DESLIZADOR DE CASCALHOS

TUBOS PESADOS (HW)

PEN

EIR

AS

COMANDOS

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo da diluiccedilatildeo necessaacuteria para resolver o problema sem o uso

de equipamento adicional

Comparar os custos determinados em nos dois itens anteriores

Recomendar se necessaacuterio a instalaccedilatildeo de equipamento adicional extrator de

soacutelidos

Caso seja instalado um equipamento adicional de soacutelidos operaacute-lo por um

periacuteodo apropriado de tempo repetir os testes com o fluido de perfuraccedilatildeo e

avaliar a eficiecircncia do equipamento adicional instalado

25 Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de

perfuraccedilatildeo do ATP-ARG

Peneiras Vibratoacuterias

A peneira vibratoacuteria eacute a primeira

barreira na retenccedilatildeo dos soacutelidos do fluido de

perfuraccedilatildeo que retorna durante a saiacuteda de

cada ciclo de circulaccedilatildeo Dessa etapa os

soacutelidos mais grosseiros satildeo retidos jaacute que eacute

mais faacutecil removecirc-los antes de passar pelos

hidrociclones e centrifugadores Ao lado

apresenta-se uma figura esquemaacutetica com o

percurso simplificado do fluido no poccedilo

quando se estaacute perfurando

Hidrociclones

A separaccedilatildeo dos soacutelidos ocorre da seguinte

forma o liacutequido contendo a fraccedilatildeo mais fina

de partiacuteculas menores eacute descarregado atraveacutes Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de

perfuraccedilatildeo

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 22

do tubo cilindro central (overflow) o liacutequido contendo os soacutelidos mais grossos eacute

descarregado pelo underflow

Os cones hoje satildeo feitos de poliuretano este material quando expostos a altas

temperaturas (150 e 175 ordm F) amolecem fazendo com que haja a necessidade de substituiacute-los

A viscosidade do fluido o teor de soacutelidos na alimentaccedilatildeo a pressatildeo disponiacutevel na

entrada do equipamento e o lay-out do percurso feito pelo fluido influencia de forma direta no

desempenho do equipamento

Quanto menor a viscosidade (dentro do possiacutevel) maior o desempenho do

hidrociclone

Uma grande concentraccedilatildeo de soacutelidos na alimentaccedilatildeo tem efeito negativo no

desempenho Com o hidrociclone trabalhando com descarga tipo ldquosprayrdquo o ponto de corte

meacutedio aumenta quando a carga de soacutelidos aumenta Quando a carga de soacutelidos ultrapassa o

ponto suportaacutevel pelo ldquounderflowrdquo o hidrociclone comeccedila a descarregar em ldquoforma de cordardquo

e o ponto de corte meacutedio aumenta drasticamente A pressatildeo recomendada pela maioria dos

fabricantes e fornecedores de hidrociclones jaacute estaacute otimizada A maioria dos hidrociclones no

campo requer de 70 a 80 peacutes de fluido de pressatildeo hidrostaacutetica Os hidrociclones utilizados nas

sondas satildeo chamados de desareadores e dessiltadores

Depuradores (MUD CLEANER)

Este eacute composto por hidrociclones em seacuterie com uma tela fina que permite recuperar

partiacuteculas e eacute usado com fluidos de perfuraccedilatildeo pesados As partiacuteculas soacutelidas que esse

equipamento remove satildeo maiores que a baritina Como ocorre no ciclone parte do material eacute

recuperada e parte eacute descartada o recuperado retorna ao fluido reduzindo custos

Monta-se uma cobertura onde a tela estaacute colocada fazendo com que todos os soacutelidos

descarregados pelos dessiltadores satildeo retornados para o sistema de circulaccedilatildeo No caso de

baritina ser adicionada ao fluido a cobertura daacute lugar a tela fina Esse equipamento reduz a

perda da baritina dos fluidos pesados no intuito de recuperar fluidos caros e reduzir descarte

de poluente ao meio ambiente

Decantador Centriacutefugo

A funccedilatildeo deste equipamento eacute separar soacutelidos de liacutequidos eacute formado por um tambor

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 23

ciliacutendrico-cocircnico composto por uma seccedilatildeo cocircnica que origina a chamada ldquopraiardquo e uma ou

vaacuterios secccedilotildees ciliacutendricas conectadas que origina a ldquopiscinardquoUm parafuso transportador que

fica dentro do tambor rotativo

Eacute possiacutevel ajustar a profundidade do liacutequido no tambor o niacutevel da piscina teraacute um

efeito sobre a eficiecircncia de separaccedilatildeo pois ele afetaraacute as aacutereas secas e molhadas da praia bem

como a secagem dos soacutelidos e a habilidade fiacutesica do parafuso em transportar os soacutelidos para o

tambor

A medida do teor de areia num fluido nos daacute um paracircmetro de avaliaccedilatildeo dos

equipamentos extratores de soacutelidos da sonda e serve como uma medida de abrasividade do

fluido

CAPIacuteTULO 4

METODOLOGIA DE ANAacuteLISES

Metodologia de anaacutelise Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 25

4 - Metodologia de anaacutelise

O monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo eacute feito

de acordo com as metodologias descritas neste capiacutetulo Aqui seratildeo descritos os meacutetodos

fiacutesicos e quiacutemicos para anaacutelises de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

As anaacutelises que seratildeo descritas neste documento estatildeo de acordo com o Manual de

Laboratoacuterio de Fluido Programa de Trainees Petrobras ndash 2002 Quiacutemico de Petroacuteleo Junior

41 Meacutetodos Fiacutesicos

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH

Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom

A Figura 41 mostra o funil Marsh que eacute um funil com as seguintes dimensotildees 1524

cm (6rdquo) de diacircmetro na parte superior 3048 cm (12rdquo) de altura A metade da abertura

superior eacute coberta por uma peneira de malha nordm 10 O orifiacutecio inferior tem 476 mm (316rdquo) de

diacircmetro interno e 508 cm (2rdquo) de comprimento A capacidade do funil ateacute a marca superior eacute

de 1500 cmsup3

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Se segura o funil em posiccedilatildeo vertical obstruindo o orifiacutecio de descarga com o dedo

indicador

bull verta-se atraveacutes da peneira a amostra de fluido tomada em qualquer ponto onde ela

esteja em agitaccedilatildeo ateacute que o niacutevel da mesma fique rente agrave parte inferior da tela da

peneira

bull imediatamente retira-se o dedo do tubo de descarga e com o auxiacutelio de um

cronocircmetro observa-se o tempo em segundos necessaacuterio para que escoe um (01) litro

de fluido para um recipiente graduado

bull a operaccedilatildeo deve ser raacutepida para minimizar erros

bull registra-se a ldquoViscosidaderdquo Marsh em segundos1000 cmsup3 de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Verifica-se a precisatildeo do funil Marsh com 1500 cmsup3 de aacutegua doce a 21ordmC O tempo de

escoamento de 1000 cmsup3 de aacutegua deve ser de 28 plusmn 05 segundos

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr

A Figura 42 mostra o conjunto que registra o conteuacutedo de areia presente no fluido

em percentagem volumeacutetrica composto por um tubo de vidro graduado em percentual

volumeacutetrico (0-20 v) um cilindro cocircnico um copo ciliacutendrico com uma tela de peneira

(malha 200 mesh)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Verta-se o fluido previamente passado atraveacutes da peneira do funil Marsh no tubo de

vidro graduado ateacute a marca indicada e depois se adiciona aacutegua ateacute a referecircncia

superior

bull obstrui-se a saiacuteda superior do tubo com o dedo e agita-se vigorosamente Em seguida

esvazia-se a amostra de fluido diluiacutedo atraveacutes da peneira lavando todo o resiacuteduo no

tubo com aacutegua Lava-se a areia retida na peneira ateacute eliminar os traccedilos de fluido

bull coloca-se o funil sobre a peneira e inverte-se o conjunto lentamente Faz-se retornar a

areia da peneira para o interior do tubo atraveacutes de jatos daacutegua

bull apoacutes a deposiccedilatildeo total da areia lecirc-se diretamente a percentagem em volume de areia

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412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 29

se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 31

A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 32

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 34

bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 17

Alcalinidades

A alcalinidade eacute determinada por meacutetodos diretos de titulaccedilatildeo volumeacutetrica de

neutralizaccedilatildeo e esta leva em consideraccedilatildeo as espeacutecies carbonatos (CO3--) e bicarbonatos

HC03- dissolvidos no fluido aleacutem dos iacuteons hidroxilas (OH-) dissolvidos e natildeo dissolvidos

Se numa soluccedilatildeo aquosa (no caso o filtrado do fluido) houver apenas OH- entatildeo soacute se

mede Pf natildeo havendo C03-2 nem HC03

- a viragem do metilorange se daacute com a primeira gota

de soluccedilatildeo de H2S04 N50 A medida em que o Mf cresce tornando-se maior do que o Pf a

alcalinidade passa a ser devido a OH- + C03-2 a C03

-2 + HC03- e por fim somente a HC03

-

quando o Pf = O Entre o Pf = Mf e Pf = O vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser

deduzida cada uma sendo apropriada para fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

Esse teste identifica a alcalinidade parcial do filtrado alcalinidade da lama e

alcalinidade total do filtrado

Teor de cloretos ou salinidade

Este teste eacute feito por anaacutelise volumeacutetrica de precipitaccedilatildeo por titulaccedilatildeo dos iacuteons

cloretos

Os resultados obtidos com esses testes no campo satildeo utilizados para identificar o teor

salino da aacutegua de preparo do fluido controlar a salinidade de fluidos inibidos com sal

identificar influxos de aacutegua salgada e identificar a perfuraccedilatildeo de uma rocha ou domo salino

Teor de bentonita ou de soacutelidos ativos

O teste do azul de metileno ou MBT eacute uma anaacutelise volumeacutetrica por adsorccedilatildeo que serve

como inibidor da quantidade de soacutelidos ativos ou bentoniacuteticos no fluido de perfuraccedilatildeo Este

mede a capacidade de troca de caacutetion (CTC) das argilas e soacutelidos ativos presentes

24 Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo

O fluido de perfuraccedilatildeo eacute classificado de acordo com a composiccedilatildeo baseado no

constituinte principal da fase contiacutenua ou dispersante e satildeo eles fluido a base de aacutegua fluidos

a base de oacuteleo e fluidos a base de ar ou de gaacutes neste relatoacuterio vamos nos deter ao fluido de

perfuraccedilatildeo base aacutegua que foi o trabalhado durante o estaacutegio

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 18

Fluidos a base de aacutegua

A definiccedilatildeo de um fluido a base aacutegua considera principalmente a natureza da aacutegua e os

aditivos quiacutemicos empregados no preparo do fluido A proporccedilatildeo entre os componentes

baacutesicos e as interaccedilotildees entre eles provoca sensiacuteveis modificaccedilotildees nas propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido Consequumlentemente a composiccedilatildeo eacute o principal fator a considerar no

controle das suas propriedades

A aacutegua eacute a fase contiacutenua e o principal componente de qualquer fluido agrave base de aacutegua

podendo ser doce dura ou salgada A aacutegua doce natildeo precisa de tratamento preacutevio pois natildeo

afeta o desempenho dos aditivos empregados no preparo do fluido sua salinidade eacute inferior a

1000 ppm de NaCl equivalente

A aacutegua dura tem a presenccedila de sais de caacutelcio e magneacutesio dissolvido onde estes

apresentam concentraccedilotildees capazes de alterar o desempenho dos aditivos do fluido de

perfuraccedilatildeo

A aacutegua salgada possui salinidade superior a 1000 ppm de NaCl equivalente e pode ser

natural como a aacutegua do mar ou pode ser salgada com a adiccedilatildeo de sais como NaCl KCl ou

CaCl2 A aacutegua tem a funccedilatildeo de prover o meio de dispersatildeo para os mateacuterias coloidais estes

controlam a viscosidade limite de escoamento forccedilas geacuteis e filtrado em valores adequados

para conferir ao fluido uma boa taxa de remoccedilatildeo dos soacutelidos perfurados e capacidade de

estabilizaccedilatildeo das paredes do poccedilo

Os fatores a serem considerados na seleccedilatildeo da aacutegua de preparo satildeo disponibilidade

custo de transporte e de tratamento tipos de formaccedilotildees geoloacutegicas a serem perfuradas

produtos quiacutemicos que comporatildeo o fluido e equipamentos e teacutecnicas a serem usados na

avaliaccedilatildeo das formaccedilotildees

Os soacutelidos dispersos em meio aquoso podem ser ativos ou inertes Os soacutelidos ativos

satildeo materiais argilosos cuja funccedilatildeo principal eacute aumentar a viscosidade do fluido A argila

mais usada eacute a bentonita

Os soacutelidos inertes podem se originar da adiccedilatildeo de materiais industrializados ou de

detritos finos das rochas perfuradas O adensante baritina eacute o soacutelido inerte mais comuns dentre

os produtos comercializados Os soacutelidos inertes oriundos das rochas perfuradas satildeo areia silte

e calcaacuterio fino

Os produtos quiacutemicos a serem adicionados ao fluido podem ser

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 19

bull alcalinizantes e controladores de pH como soda caacuteustica potassa caacuteustica e cal

hidratada

bull dispersantes como o lignossulfonato tanino lignito e fosfato

bull redutores de filtrado como amido

bull floculantes como a soda caacuteustica cal e cloreto de soacutedio

bull poliacutemeros de uso geral para viscosificar desflocular ou reduzir filtrado

bull surfactantes para emulsificar e reduzir a tensatildeo superficial

bull removedores de caacutelcio e magneacutesio como carbonato e bicarbonato de soacutedio

bull inibidores de formaccedilatildeo ativas como cloreto de potaacutessio soacutedio e caacutelcio

bull bactericidas como paraformaldeiacutedo composto organoclorados soda caacuteustica e

cal

Produtos quiacutemicos mais especiacuteficos como anticorrosivos traccediladores quiacutemicos

antiespumantes entre outros tambeacutem podem estar presentes

A Tabela 21 abaixo apresenta a composiccedilatildeo dos fluidos usado na Petrobraacutes (ATP-

ARGIP) com seus respectivos coacutedigos

COacuteDIGO Tipos de

Fluido COacuteDIGO Tipos de Fluido

1 Aacutegua do Mar 12 NaCl com Poliacrilamida

2 Convencional 13 Milk Mud

3 BTS 14 Espuma

4 Nativo 15 Convencional com Asfalto e

LCM

5 NaCl com Poliacutemeros

16 Base Oacuteleo Mineral

6 Base Cal 17 Especiais para alta

temperatura

7 Disperso 18 Biopoliacutemero Saturado

8 KCL com Poliacutemero 19 Catiocircnico

9 Saturado 20 KCl com Poliacrilamida

10 Aerado 21 Biopoliacutemero com Carbonato

11 Base Oacuteleo Diesel 22 Sinteacutetico (Eacutester ou Parafina)

Tabela 2 1 ndash Tipo de fluidos utilizados no ATPARG

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Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados Tipo 2 Aacutegua Industrial argila ativada e soda caacuteustica

Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e

calcaacuterio

Tipo 19 Aacutegua Industrial Oacutexido de Magneacutesio Goma Xantana CMC BBV ADS

Amido Comum Cloreto de soacutedio Poliacutemero Catiocircnico Calcaacuterio Fino Lubrificante Preventor

de enceramento e Bactericida

24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo

O controle dos soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo eacute feito por um sistema de equipamentos

extratores buscando sempre manter o teor de soacutelidos adequados ao trabalho Quando estes

natildeo satildeo suficientes para esse controle a accedilatildeo corretiva implicaraacute num custo adicional pois

uma nova formulaccedilatildeo teraacute que ser feita ou seja um fluido novo seraacute misturado para diluiccedilatildeo

O natildeo uso dos equipamentos ou a natildeo correccedilatildeo do teor de soacutelidos implica na reduccedilatildeo da taxa

de penetraccedilatildeo problemas de ordem reoloacutegicas do fluido de perfuraccedilatildeo reboco de baixa

qualidade maior densidade equivalente de circulaccedilatildeo dano a formaccedilatildeo ameaccedila de prisatildeo da

coluna por diferencial de pressatildeo elevado desgaste de equipamentos grande volume de

resiacuteduos gerados e maior custo global

Existe algumas recomendaccedilotildees que se forem seguidas auxiliam na soluccedilatildeo de

problemas provocados por soacutelidos satildeo elas

Analisar os testes do fluido de perfuraccedilatildeo a fim de identificar a presenccedila de

um teor elevado de soacutelidos

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

eficientemente

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

em sequumlecircncia apropriada

Verificar se os equipamentos instalados na sonda tecircm capacidade suficiente

para remover soacutelidos numa taxa que permita trabalhar na faixa aceitaacutevel de teor

de soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo

Verificar qual o equipamento adicional necessaacuterio para resolver o problema

provocado pelo teor elevado de soacutelidos

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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PEN

EIR

AS

KELLY (HASTE QUADRADA)

KATARINA

DESLIZADOR DE CASCALHOS

TUBOS PESADOS (HW)

PEN

EIR

AS

COMANDOS

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo da diluiccedilatildeo necessaacuteria para resolver o problema sem o uso

de equipamento adicional

Comparar os custos determinados em nos dois itens anteriores

Recomendar se necessaacuterio a instalaccedilatildeo de equipamento adicional extrator de

soacutelidos

Caso seja instalado um equipamento adicional de soacutelidos operaacute-lo por um

periacuteodo apropriado de tempo repetir os testes com o fluido de perfuraccedilatildeo e

avaliar a eficiecircncia do equipamento adicional instalado

25 Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de

perfuraccedilatildeo do ATP-ARG

Peneiras Vibratoacuterias

A peneira vibratoacuteria eacute a primeira

barreira na retenccedilatildeo dos soacutelidos do fluido de

perfuraccedilatildeo que retorna durante a saiacuteda de

cada ciclo de circulaccedilatildeo Dessa etapa os

soacutelidos mais grosseiros satildeo retidos jaacute que eacute

mais faacutecil removecirc-los antes de passar pelos

hidrociclones e centrifugadores Ao lado

apresenta-se uma figura esquemaacutetica com o

percurso simplificado do fluido no poccedilo

quando se estaacute perfurando

Hidrociclones

A separaccedilatildeo dos soacutelidos ocorre da seguinte

forma o liacutequido contendo a fraccedilatildeo mais fina

de partiacuteculas menores eacute descarregado atraveacutes Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de

perfuraccedilatildeo

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Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 22

do tubo cilindro central (overflow) o liacutequido contendo os soacutelidos mais grossos eacute

descarregado pelo underflow

Os cones hoje satildeo feitos de poliuretano este material quando expostos a altas

temperaturas (150 e 175 ordm F) amolecem fazendo com que haja a necessidade de substituiacute-los

A viscosidade do fluido o teor de soacutelidos na alimentaccedilatildeo a pressatildeo disponiacutevel na

entrada do equipamento e o lay-out do percurso feito pelo fluido influencia de forma direta no

desempenho do equipamento

Quanto menor a viscosidade (dentro do possiacutevel) maior o desempenho do

hidrociclone

Uma grande concentraccedilatildeo de soacutelidos na alimentaccedilatildeo tem efeito negativo no

desempenho Com o hidrociclone trabalhando com descarga tipo ldquosprayrdquo o ponto de corte

meacutedio aumenta quando a carga de soacutelidos aumenta Quando a carga de soacutelidos ultrapassa o

ponto suportaacutevel pelo ldquounderflowrdquo o hidrociclone comeccedila a descarregar em ldquoforma de cordardquo

e o ponto de corte meacutedio aumenta drasticamente A pressatildeo recomendada pela maioria dos

fabricantes e fornecedores de hidrociclones jaacute estaacute otimizada A maioria dos hidrociclones no

campo requer de 70 a 80 peacutes de fluido de pressatildeo hidrostaacutetica Os hidrociclones utilizados nas

sondas satildeo chamados de desareadores e dessiltadores

Depuradores (MUD CLEANER)

Este eacute composto por hidrociclones em seacuterie com uma tela fina que permite recuperar

partiacuteculas e eacute usado com fluidos de perfuraccedilatildeo pesados As partiacuteculas soacutelidas que esse

equipamento remove satildeo maiores que a baritina Como ocorre no ciclone parte do material eacute

recuperada e parte eacute descartada o recuperado retorna ao fluido reduzindo custos

Monta-se uma cobertura onde a tela estaacute colocada fazendo com que todos os soacutelidos

descarregados pelos dessiltadores satildeo retornados para o sistema de circulaccedilatildeo No caso de

baritina ser adicionada ao fluido a cobertura daacute lugar a tela fina Esse equipamento reduz a

perda da baritina dos fluidos pesados no intuito de recuperar fluidos caros e reduzir descarte

de poluente ao meio ambiente

Decantador Centriacutefugo

A funccedilatildeo deste equipamento eacute separar soacutelidos de liacutequidos eacute formado por um tambor

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 23

ciliacutendrico-cocircnico composto por uma seccedilatildeo cocircnica que origina a chamada ldquopraiardquo e uma ou

vaacuterios secccedilotildees ciliacutendricas conectadas que origina a ldquopiscinardquoUm parafuso transportador que

fica dentro do tambor rotativo

Eacute possiacutevel ajustar a profundidade do liacutequido no tambor o niacutevel da piscina teraacute um

efeito sobre a eficiecircncia de separaccedilatildeo pois ele afetaraacute as aacutereas secas e molhadas da praia bem

como a secagem dos soacutelidos e a habilidade fiacutesica do parafuso em transportar os soacutelidos para o

tambor

A medida do teor de areia num fluido nos daacute um paracircmetro de avaliaccedilatildeo dos

equipamentos extratores de soacutelidos da sonda e serve como uma medida de abrasividade do

fluido

CAPIacuteTULO 4

METODOLOGIA DE ANAacuteLISES

Metodologia de anaacutelise Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 25

4 - Metodologia de anaacutelise

O monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo eacute feito

de acordo com as metodologias descritas neste capiacutetulo Aqui seratildeo descritos os meacutetodos

fiacutesicos e quiacutemicos para anaacutelises de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

As anaacutelises que seratildeo descritas neste documento estatildeo de acordo com o Manual de

Laboratoacuterio de Fluido Programa de Trainees Petrobras ndash 2002 Quiacutemico de Petroacuteleo Junior

41 Meacutetodos Fiacutesicos

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH

Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom

A Figura 41 mostra o funil Marsh que eacute um funil com as seguintes dimensotildees 1524

cm (6rdquo) de diacircmetro na parte superior 3048 cm (12rdquo) de altura A metade da abertura

superior eacute coberta por uma peneira de malha nordm 10 O orifiacutecio inferior tem 476 mm (316rdquo) de

diacircmetro interno e 508 cm (2rdquo) de comprimento A capacidade do funil ateacute a marca superior eacute

de 1500 cmsup3

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Se segura o funil em posiccedilatildeo vertical obstruindo o orifiacutecio de descarga com o dedo

indicador

bull verta-se atraveacutes da peneira a amostra de fluido tomada em qualquer ponto onde ela

esteja em agitaccedilatildeo ateacute que o niacutevel da mesma fique rente agrave parte inferior da tela da

peneira

bull imediatamente retira-se o dedo do tubo de descarga e com o auxiacutelio de um

cronocircmetro observa-se o tempo em segundos necessaacuterio para que escoe um (01) litro

de fluido para um recipiente graduado

bull a operaccedilatildeo deve ser raacutepida para minimizar erros

bull registra-se a ldquoViscosidaderdquo Marsh em segundos1000 cmsup3 de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 26

CALIBRACcedilAtildeO

bull Verifica-se a precisatildeo do funil Marsh com 1500 cmsup3 de aacutegua doce a 21ordmC O tempo de

escoamento de 1000 cmsup3 de aacutegua deve ser de 28 plusmn 05 segundos

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr

A Figura 42 mostra o conjunto que registra o conteuacutedo de areia presente no fluido

em percentagem volumeacutetrica composto por um tubo de vidro graduado em percentual

volumeacutetrico (0-20 v) um cilindro cocircnico um copo ciliacutendrico com uma tela de peneira

(malha 200 mesh)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Verta-se o fluido previamente passado atraveacutes da peneira do funil Marsh no tubo de

vidro graduado ateacute a marca indicada e depois se adiciona aacutegua ateacute a referecircncia

superior

bull obstrui-se a saiacuteda superior do tubo com o dedo e agita-se vigorosamente Em seguida

esvazia-se a amostra de fluido diluiacutedo atraveacutes da peneira lavando todo o resiacuteduo no

tubo com aacutegua Lava-se a areia retida na peneira ateacute eliminar os traccedilos de fluido

bull coloca-se o funil sobre a peneira e inverte-se o conjunto lentamente Faz-se retornar a

areia da peneira para o interior do tubo atraveacutes de jatos daacutegua

bull apoacutes a deposiccedilatildeo total da areia lecirc-se diretamente a percentagem em volume de areia

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 28

CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 29

se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 30

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 31

A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 32

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 34

bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 18

Fluidos a base de aacutegua

A definiccedilatildeo de um fluido a base aacutegua considera principalmente a natureza da aacutegua e os

aditivos quiacutemicos empregados no preparo do fluido A proporccedilatildeo entre os componentes

baacutesicos e as interaccedilotildees entre eles provoca sensiacuteveis modificaccedilotildees nas propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido Consequumlentemente a composiccedilatildeo eacute o principal fator a considerar no

controle das suas propriedades

A aacutegua eacute a fase contiacutenua e o principal componente de qualquer fluido agrave base de aacutegua

podendo ser doce dura ou salgada A aacutegua doce natildeo precisa de tratamento preacutevio pois natildeo

afeta o desempenho dos aditivos empregados no preparo do fluido sua salinidade eacute inferior a

1000 ppm de NaCl equivalente

A aacutegua dura tem a presenccedila de sais de caacutelcio e magneacutesio dissolvido onde estes

apresentam concentraccedilotildees capazes de alterar o desempenho dos aditivos do fluido de

perfuraccedilatildeo

A aacutegua salgada possui salinidade superior a 1000 ppm de NaCl equivalente e pode ser

natural como a aacutegua do mar ou pode ser salgada com a adiccedilatildeo de sais como NaCl KCl ou

CaCl2 A aacutegua tem a funccedilatildeo de prover o meio de dispersatildeo para os mateacuterias coloidais estes

controlam a viscosidade limite de escoamento forccedilas geacuteis e filtrado em valores adequados

para conferir ao fluido uma boa taxa de remoccedilatildeo dos soacutelidos perfurados e capacidade de

estabilizaccedilatildeo das paredes do poccedilo

Os fatores a serem considerados na seleccedilatildeo da aacutegua de preparo satildeo disponibilidade

custo de transporte e de tratamento tipos de formaccedilotildees geoloacutegicas a serem perfuradas

produtos quiacutemicos que comporatildeo o fluido e equipamentos e teacutecnicas a serem usados na

avaliaccedilatildeo das formaccedilotildees

Os soacutelidos dispersos em meio aquoso podem ser ativos ou inertes Os soacutelidos ativos

satildeo materiais argilosos cuja funccedilatildeo principal eacute aumentar a viscosidade do fluido A argila

mais usada eacute a bentonita

Os soacutelidos inertes podem se originar da adiccedilatildeo de materiais industrializados ou de

detritos finos das rochas perfuradas O adensante baritina eacute o soacutelido inerte mais comuns dentre

os produtos comercializados Os soacutelidos inertes oriundos das rochas perfuradas satildeo areia silte

e calcaacuterio fino

Os produtos quiacutemicos a serem adicionados ao fluido podem ser

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 19

bull alcalinizantes e controladores de pH como soda caacuteustica potassa caacuteustica e cal

hidratada

bull dispersantes como o lignossulfonato tanino lignito e fosfato

bull redutores de filtrado como amido

bull floculantes como a soda caacuteustica cal e cloreto de soacutedio

bull poliacutemeros de uso geral para viscosificar desflocular ou reduzir filtrado

bull surfactantes para emulsificar e reduzir a tensatildeo superficial

bull removedores de caacutelcio e magneacutesio como carbonato e bicarbonato de soacutedio

bull inibidores de formaccedilatildeo ativas como cloreto de potaacutessio soacutedio e caacutelcio

bull bactericidas como paraformaldeiacutedo composto organoclorados soda caacuteustica e

cal

Produtos quiacutemicos mais especiacuteficos como anticorrosivos traccediladores quiacutemicos

antiespumantes entre outros tambeacutem podem estar presentes

A Tabela 21 abaixo apresenta a composiccedilatildeo dos fluidos usado na Petrobraacutes (ATP-

ARGIP) com seus respectivos coacutedigos

COacuteDIGO Tipos de

Fluido COacuteDIGO Tipos de Fluido

1 Aacutegua do Mar 12 NaCl com Poliacrilamida

2 Convencional 13 Milk Mud

3 BTS 14 Espuma

4 Nativo 15 Convencional com Asfalto e

LCM

5 NaCl com Poliacutemeros

16 Base Oacuteleo Mineral

6 Base Cal 17 Especiais para alta

temperatura

7 Disperso 18 Biopoliacutemero Saturado

8 KCL com Poliacutemero 19 Catiocircnico

9 Saturado 20 KCl com Poliacrilamida

10 Aerado 21 Biopoliacutemero com Carbonato

11 Base Oacuteleo Diesel 22 Sinteacutetico (Eacutester ou Parafina)

Tabela 2 1 ndash Tipo de fluidos utilizados no ATPARG

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 20

Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados Tipo 2 Aacutegua Industrial argila ativada e soda caacuteustica

Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e

calcaacuterio

Tipo 19 Aacutegua Industrial Oacutexido de Magneacutesio Goma Xantana CMC BBV ADS

Amido Comum Cloreto de soacutedio Poliacutemero Catiocircnico Calcaacuterio Fino Lubrificante Preventor

de enceramento e Bactericida

24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo

O controle dos soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo eacute feito por um sistema de equipamentos

extratores buscando sempre manter o teor de soacutelidos adequados ao trabalho Quando estes

natildeo satildeo suficientes para esse controle a accedilatildeo corretiva implicaraacute num custo adicional pois

uma nova formulaccedilatildeo teraacute que ser feita ou seja um fluido novo seraacute misturado para diluiccedilatildeo

O natildeo uso dos equipamentos ou a natildeo correccedilatildeo do teor de soacutelidos implica na reduccedilatildeo da taxa

de penetraccedilatildeo problemas de ordem reoloacutegicas do fluido de perfuraccedilatildeo reboco de baixa

qualidade maior densidade equivalente de circulaccedilatildeo dano a formaccedilatildeo ameaccedila de prisatildeo da

coluna por diferencial de pressatildeo elevado desgaste de equipamentos grande volume de

resiacuteduos gerados e maior custo global

Existe algumas recomendaccedilotildees que se forem seguidas auxiliam na soluccedilatildeo de

problemas provocados por soacutelidos satildeo elas

Analisar os testes do fluido de perfuraccedilatildeo a fim de identificar a presenccedila de

um teor elevado de soacutelidos

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

eficientemente

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

em sequumlecircncia apropriada

Verificar se os equipamentos instalados na sonda tecircm capacidade suficiente

para remover soacutelidos numa taxa que permita trabalhar na faixa aceitaacutevel de teor

de soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo

Verificar qual o equipamento adicional necessaacuterio para resolver o problema

provocado pelo teor elevado de soacutelidos

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 21

PEN

EIR

AS

KELLY (HASTE QUADRADA)

KATARINA

DESLIZADOR DE CASCALHOS

TUBOS PESADOS (HW)

PEN

EIR

AS

COMANDOS

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo da diluiccedilatildeo necessaacuteria para resolver o problema sem o uso

de equipamento adicional

Comparar os custos determinados em nos dois itens anteriores

Recomendar se necessaacuterio a instalaccedilatildeo de equipamento adicional extrator de

soacutelidos

Caso seja instalado um equipamento adicional de soacutelidos operaacute-lo por um

periacuteodo apropriado de tempo repetir os testes com o fluido de perfuraccedilatildeo e

avaliar a eficiecircncia do equipamento adicional instalado

25 Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de

perfuraccedilatildeo do ATP-ARG

Peneiras Vibratoacuterias

A peneira vibratoacuteria eacute a primeira

barreira na retenccedilatildeo dos soacutelidos do fluido de

perfuraccedilatildeo que retorna durante a saiacuteda de

cada ciclo de circulaccedilatildeo Dessa etapa os

soacutelidos mais grosseiros satildeo retidos jaacute que eacute

mais faacutecil removecirc-los antes de passar pelos

hidrociclones e centrifugadores Ao lado

apresenta-se uma figura esquemaacutetica com o

percurso simplificado do fluido no poccedilo

quando se estaacute perfurando

Hidrociclones

A separaccedilatildeo dos soacutelidos ocorre da seguinte

forma o liacutequido contendo a fraccedilatildeo mais fina

de partiacuteculas menores eacute descarregado atraveacutes Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de

perfuraccedilatildeo

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 22

do tubo cilindro central (overflow) o liacutequido contendo os soacutelidos mais grossos eacute

descarregado pelo underflow

Os cones hoje satildeo feitos de poliuretano este material quando expostos a altas

temperaturas (150 e 175 ordm F) amolecem fazendo com que haja a necessidade de substituiacute-los

A viscosidade do fluido o teor de soacutelidos na alimentaccedilatildeo a pressatildeo disponiacutevel na

entrada do equipamento e o lay-out do percurso feito pelo fluido influencia de forma direta no

desempenho do equipamento

Quanto menor a viscosidade (dentro do possiacutevel) maior o desempenho do

hidrociclone

Uma grande concentraccedilatildeo de soacutelidos na alimentaccedilatildeo tem efeito negativo no

desempenho Com o hidrociclone trabalhando com descarga tipo ldquosprayrdquo o ponto de corte

meacutedio aumenta quando a carga de soacutelidos aumenta Quando a carga de soacutelidos ultrapassa o

ponto suportaacutevel pelo ldquounderflowrdquo o hidrociclone comeccedila a descarregar em ldquoforma de cordardquo

e o ponto de corte meacutedio aumenta drasticamente A pressatildeo recomendada pela maioria dos

fabricantes e fornecedores de hidrociclones jaacute estaacute otimizada A maioria dos hidrociclones no

campo requer de 70 a 80 peacutes de fluido de pressatildeo hidrostaacutetica Os hidrociclones utilizados nas

sondas satildeo chamados de desareadores e dessiltadores

Depuradores (MUD CLEANER)

Este eacute composto por hidrociclones em seacuterie com uma tela fina que permite recuperar

partiacuteculas e eacute usado com fluidos de perfuraccedilatildeo pesados As partiacuteculas soacutelidas que esse

equipamento remove satildeo maiores que a baritina Como ocorre no ciclone parte do material eacute

recuperada e parte eacute descartada o recuperado retorna ao fluido reduzindo custos

Monta-se uma cobertura onde a tela estaacute colocada fazendo com que todos os soacutelidos

descarregados pelos dessiltadores satildeo retornados para o sistema de circulaccedilatildeo No caso de

baritina ser adicionada ao fluido a cobertura daacute lugar a tela fina Esse equipamento reduz a

perda da baritina dos fluidos pesados no intuito de recuperar fluidos caros e reduzir descarte

de poluente ao meio ambiente

Decantador Centriacutefugo

A funccedilatildeo deste equipamento eacute separar soacutelidos de liacutequidos eacute formado por um tambor

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 23

ciliacutendrico-cocircnico composto por uma seccedilatildeo cocircnica que origina a chamada ldquopraiardquo e uma ou

vaacuterios secccedilotildees ciliacutendricas conectadas que origina a ldquopiscinardquoUm parafuso transportador que

fica dentro do tambor rotativo

Eacute possiacutevel ajustar a profundidade do liacutequido no tambor o niacutevel da piscina teraacute um

efeito sobre a eficiecircncia de separaccedilatildeo pois ele afetaraacute as aacutereas secas e molhadas da praia bem

como a secagem dos soacutelidos e a habilidade fiacutesica do parafuso em transportar os soacutelidos para o

tambor

A medida do teor de areia num fluido nos daacute um paracircmetro de avaliaccedilatildeo dos

equipamentos extratores de soacutelidos da sonda e serve como uma medida de abrasividade do

fluido

CAPIacuteTULO 4

METODOLOGIA DE ANAacuteLISES

Metodologia de anaacutelise Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 25

4 - Metodologia de anaacutelise

O monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo eacute feito

de acordo com as metodologias descritas neste capiacutetulo Aqui seratildeo descritos os meacutetodos

fiacutesicos e quiacutemicos para anaacutelises de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

As anaacutelises que seratildeo descritas neste documento estatildeo de acordo com o Manual de

Laboratoacuterio de Fluido Programa de Trainees Petrobras ndash 2002 Quiacutemico de Petroacuteleo Junior

41 Meacutetodos Fiacutesicos

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH

Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom

A Figura 41 mostra o funil Marsh que eacute um funil com as seguintes dimensotildees 1524

cm (6rdquo) de diacircmetro na parte superior 3048 cm (12rdquo) de altura A metade da abertura

superior eacute coberta por uma peneira de malha nordm 10 O orifiacutecio inferior tem 476 mm (316rdquo) de

diacircmetro interno e 508 cm (2rdquo) de comprimento A capacidade do funil ateacute a marca superior eacute

de 1500 cmsup3

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Se segura o funil em posiccedilatildeo vertical obstruindo o orifiacutecio de descarga com o dedo

indicador

bull verta-se atraveacutes da peneira a amostra de fluido tomada em qualquer ponto onde ela

esteja em agitaccedilatildeo ateacute que o niacutevel da mesma fique rente agrave parte inferior da tela da

peneira

bull imediatamente retira-se o dedo do tubo de descarga e com o auxiacutelio de um

cronocircmetro observa-se o tempo em segundos necessaacuterio para que escoe um (01) litro

de fluido para um recipiente graduado

bull a operaccedilatildeo deve ser raacutepida para minimizar erros

bull registra-se a ldquoViscosidaderdquo Marsh em segundos1000 cmsup3 de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 26

CALIBRACcedilAtildeO

bull Verifica-se a precisatildeo do funil Marsh com 1500 cmsup3 de aacutegua doce a 21ordmC O tempo de

escoamento de 1000 cmsup3 de aacutegua deve ser de 28 plusmn 05 segundos

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr

A Figura 42 mostra o conjunto que registra o conteuacutedo de areia presente no fluido

em percentagem volumeacutetrica composto por um tubo de vidro graduado em percentual

volumeacutetrico (0-20 v) um cilindro cocircnico um copo ciliacutendrico com uma tela de peneira

(malha 200 mesh)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Verta-se o fluido previamente passado atraveacutes da peneira do funil Marsh no tubo de

vidro graduado ateacute a marca indicada e depois se adiciona aacutegua ateacute a referecircncia

superior

bull obstrui-se a saiacuteda superior do tubo com o dedo e agita-se vigorosamente Em seguida

esvazia-se a amostra de fluido diluiacutedo atraveacutes da peneira lavando todo o resiacuteduo no

tubo com aacutegua Lava-se a areia retida na peneira ateacute eliminar os traccedilos de fluido

bull coloca-se o funil sobre a peneira e inverte-se o conjunto lentamente Faz-se retornar a

areia da peneira para o interior do tubo atraveacutes de jatos daacutegua

bull apoacutes a deposiccedilatildeo total da areia lecirc-se diretamente a percentagem em volume de areia

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 27

412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 28

CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 29

se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 30

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 31

A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 32

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 34

bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 19

bull alcalinizantes e controladores de pH como soda caacuteustica potassa caacuteustica e cal

hidratada

bull dispersantes como o lignossulfonato tanino lignito e fosfato

bull redutores de filtrado como amido

bull floculantes como a soda caacuteustica cal e cloreto de soacutedio

bull poliacutemeros de uso geral para viscosificar desflocular ou reduzir filtrado

bull surfactantes para emulsificar e reduzir a tensatildeo superficial

bull removedores de caacutelcio e magneacutesio como carbonato e bicarbonato de soacutedio

bull inibidores de formaccedilatildeo ativas como cloreto de potaacutessio soacutedio e caacutelcio

bull bactericidas como paraformaldeiacutedo composto organoclorados soda caacuteustica e

cal

Produtos quiacutemicos mais especiacuteficos como anticorrosivos traccediladores quiacutemicos

antiespumantes entre outros tambeacutem podem estar presentes

A Tabela 21 abaixo apresenta a composiccedilatildeo dos fluidos usado na Petrobraacutes (ATP-

ARGIP) com seus respectivos coacutedigos

COacuteDIGO Tipos de

Fluido COacuteDIGO Tipos de Fluido

1 Aacutegua do Mar 12 NaCl com Poliacrilamida

2 Convencional 13 Milk Mud

3 BTS 14 Espuma

4 Nativo 15 Convencional com Asfalto e

LCM

5 NaCl com Poliacutemeros

16 Base Oacuteleo Mineral

6 Base Cal 17 Especiais para alta

temperatura

7 Disperso 18 Biopoliacutemero Saturado

8 KCL com Poliacutemero 19 Catiocircnico

9 Saturado 20 KCl com Poliacrilamida

10 Aerado 21 Biopoliacutemero com Carbonato

11 Base Oacuteleo Diesel 22 Sinteacutetico (Eacutester ou Parafina)

Tabela 2 1 ndash Tipo de fluidos utilizados no ATPARG

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 20

Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados Tipo 2 Aacutegua Industrial argila ativada e soda caacuteustica

Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e

calcaacuterio

Tipo 19 Aacutegua Industrial Oacutexido de Magneacutesio Goma Xantana CMC BBV ADS

Amido Comum Cloreto de soacutedio Poliacutemero Catiocircnico Calcaacuterio Fino Lubrificante Preventor

de enceramento e Bactericida

24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo

O controle dos soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo eacute feito por um sistema de equipamentos

extratores buscando sempre manter o teor de soacutelidos adequados ao trabalho Quando estes

natildeo satildeo suficientes para esse controle a accedilatildeo corretiva implicaraacute num custo adicional pois

uma nova formulaccedilatildeo teraacute que ser feita ou seja um fluido novo seraacute misturado para diluiccedilatildeo

O natildeo uso dos equipamentos ou a natildeo correccedilatildeo do teor de soacutelidos implica na reduccedilatildeo da taxa

de penetraccedilatildeo problemas de ordem reoloacutegicas do fluido de perfuraccedilatildeo reboco de baixa

qualidade maior densidade equivalente de circulaccedilatildeo dano a formaccedilatildeo ameaccedila de prisatildeo da

coluna por diferencial de pressatildeo elevado desgaste de equipamentos grande volume de

resiacuteduos gerados e maior custo global

Existe algumas recomendaccedilotildees que se forem seguidas auxiliam na soluccedilatildeo de

problemas provocados por soacutelidos satildeo elas

Analisar os testes do fluido de perfuraccedilatildeo a fim de identificar a presenccedila de

um teor elevado de soacutelidos

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

eficientemente

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

em sequumlecircncia apropriada

Verificar se os equipamentos instalados na sonda tecircm capacidade suficiente

para remover soacutelidos numa taxa que permita trabalhar na faixa aceitaacutevel de teor

de soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo

Verificar qual o equipamento adicional necessaacuterio para resolver o problema

provocado pelo teor elevado de soacutelidos

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 21

PEN

EIR

AS

KELLY (HASTE QUADRADA)

KATARINA

DESLIZADOR DE CASCALHOS

TUBOS PESADOS (HW)

PEN

EIR

AS

COMANDOS

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo da diluiccedilatildeo necessaacuteria para resolver o problema sem o uso

de equipamento adicional

Comparar os custos determinados em nos dois itens anteriores

Recomendar se necessaacuterio a instalaccedilatildeo de equipamento adicional extrator de

soacutelidos

Caso seja instalado um equipamento adicional de soacutelidos operaacute-lo por um

periacuteodo apropriado de tempo repetir os testes com o fluido de perfuraccedilatildeo e

avaliar a eficiecircncia do equipamento adicional instalado

25 Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de

perfuraccedilatildeo do ATP-ARG

Peneiras Vibratoacuterias

A peneira vibratoacuteria eacute a primeira

barreira na retenccedilatildeo dos soacutelidos do fluido de

perfuraccedilatildeo que retorna durante a saiacuteda de

cada ciclo de circulaccedilatildeo Dessa etapa os

soacutelidos mais grosseiros satildeo retidos jaacute que eacute

mais faacutecil removecirc-los antes de passar pelos

hidrociclones e centrifugadores Ao lado

apresenta-se uma figura esquemaacutetica com o

percurso simplificado do fluido no poccedilo

quando se estaacute perfurando

Hidrociclones

A separaccedilatildeo dos soacutelidos ocorre da seguinte

forma o liacutequido contendo a fraccedilatildeo mais fina

de partiacuteculas menores eacute descarregado atraveacutes Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de

perfuraccedilatildeo

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 22

do tubo cilindro central (overflow) o liacutequido contendo os soacutelidos mais grossos eacute

descarregado pelo underflow

Os cones hoje satildeo feitos de poliuretano este material quando expostos a altas

temperaturas (150 e 175 ordm F) amolecem fazendo com que haja a necessidade de substituiacute-los

A viscosidade do fluido o teor de soacutelidos na alimentaccedilatildeo a pressatildeo disponiacutevel na

entrada do equipamento e o lay-out do percurso feito pelo fluido influencia de forma direta no

desempenho do equipamento

Quanto menor a viscosidade (dentro do possiacutevel) maior o desempenho do

hidrociclone

Uma grande concentraccedilatildeo de soacutelidos na alimentaccedilatildeo tem efeito negativo no

desempenho Com o hidrociclone trabalhando com descarga tipo ldquosprayrdquo o ponto de corte

meacutedio aumenta quando a carga de soacutelidos aumenta Quando a carga de soacutelidos ultrapassa o

ponto suportaacutevel pelo ldquounderflowrdquo o hidrociclone comeccedila a descarregar em ldquoforma de cordardquo

e o ponto de corte meacutedio aumenta drasticamente A pressatildeo recomendada pela maioria dos

fabricantes e fornecedores de hidrociclones jaacute estaacute otimizada A maioria dos hidrociclones no

campo requer de 70 a 80 peacutes de fluido de pressatildeo hidrostaacutetica Os hidrociclones utilizados nas

sondas satildeo chamados de desareadores e dessiltadores

Depuradores (MUD CLEANER)

Este eacute composto por hidrociclones em seacuterie com uma tela fina que permite recuperar

partiacuteculas e eacute usado com fluidos de perfuraccedilatildeo pesados As partiacuteculas soacutelidas que esse

equipamento remove satildeo maiores que a baritina Como ocorre no ciclone parte do material eacute

recuperada e parte eacute descartada o recuperado retorna ao fluido reduzindo custos

Monta-se uma cobertura onde a tela estaacute colocada fazendo com que todos os soacutelidos

descarregados pelos dessiltadores satildeo retornados para o sistema de circulaccedilatildeo No caso de

baritina ser adicionada ao fluido a cobertura daacute lugar a tela fina Esse equipamento reduz a

perda da baritina dos fluidos pesados no intuito de recuperar fluidos caros e reduzir descarte

de poluente ao meio ambiente

Decantador Centriacutefugo

A funccedilatildeo deste equipamento eacute separar soacutelidos de liacutequidos eacute formado por um tambor

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 23

ciliacutendrico-cocircnico composto por uma seccedilatildeo cocircnica que origina a chamada ldquopraiardquo e uma ou

vaacuterios secccedilotildees ciliacutendricas conectadas que origina a ldquopiscinardquoUm parafuso transportador que

fica dentro do tambor rotativo

Eacute possiacutevel ajustar a profundidade do liacutequido no tambor o niacutevel da piscina teraacute um

efeito sobre a eficiecircncia de separaccedilatildeo pois ele afetaraacute as aacutereas secas e molhadas da praia bem

como a secagem dos soacutelidos e a habilidade fiacutesica do parafuso em transportar os soacutelidos para o

tambor

A medida do teor de areia num fluido nos daacute um paracircmetro de avaliaccedilatildeo dos

equipamentos extratores de soacutelidos da sonda e serve como uma medida de abrasividade do

fluido

CAPIacuteTULO 4

METODOLOGIA DE ANAacuteLISES

Metodologia de anaacutelise Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 25

4 - Metodologia de anaacutelise

O monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo eacute feito

de acordo com as metodologias descritas neste capiacutetulo Aqui seratildeo descritos os meacutetodos

fiacutesicos e quiacutemicos para anaacutelises de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

As anaacutelises que seratildeo descritas neste documento estatildeo de acordo com o Manual de

Laboratoacuterio de Fluido Programa de Trainees Petrobras ndash 2002 Quiacutemico de Petroacuteleo Junior

41 Meacutetodos Fiacutesicos

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH

Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom

A Figura 41 mostra o funil Marsh que eacute um funil com as seguintes dimensotildees 1524

cm (6rdquo) de diacircmetro na parte superior 3048 cm (12rdquo) de altura A metade da abertura

superior eacute coberta por uma peneira de malha nordm 10 O orifiacutecio inferior tem 476 mm (316rdquo) de

diacircmetro interno e 508 cm (2rdquo) de comprimento A capacidade do funil ateacute a marca superior eacute

de 1500 cmsup3

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Se segura o funil em posiccedilatildeo vertical obstruindo o orifiacutecio de descarga com o dedo

indicador

bull verta-se atraveacutes da peneira a amostra de fluido tomada em qualquer ponto onde ela

esteja em agitaccedilatildeo ateacute que o niacutevel da mesma fique rente agrave parte inferior da tela da

peneira

bull imediatamente retira-se o dedo do tubo de descarga e com o auxiacutelio de um

cronocircmetro observa-se o tempo em segundos necessaacuterio para que escoe um (01) litro

de fluido para um recipiente graduado

bull a operaccedilatildeo deve ser raacutepida para minimizar erros

bull registra-se a ldquoViscosidaderdquo Marsh em segundos1000 cmsup3 de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 26

CALIBRACcedilAtildeO

bull Verifica-se a precisatildeo do funil Marsh com 1500 cmsup3 de aacutegua doce a 21ordmC O tempo de

escoamento de 1000 cmsup3 de aacutegua deve ser de 28 plusmn 05 segundos

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr

A Figura 42 mostra o conjunto que registra o conteuacutedo de areia presente no fluido

em percentagem volumeacutetrica composto por um tubo de vidro graduado em percentual

volumeacutetrico (0-20 v) um cilindro cocircnico um copo ciliacutendrico com uma tela de peneira

(malha 200 mesh)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Verta-se o fluido previamente passado atraveacutes da peneira do funil Marsh no tubo de

vidro graduado ateacute a marca indicada e depois se adiciona aacutegua ateacute a referecircncia

superior

bull obstrui-se a saiacuteda superior do tubo com o dedo e agita-se vigorosamente Em seguida

esvazia-se a amostra de fluido diluiacutedo atraveacutes da peneira lavando todo o resiacuteduo no

tubo com aacutegua Lava-se a areia retida na peneira ateacute eliminar os traccedilos de fluido

bull coloca-se o funil sobre a peneira e inverte-se o conjunto lentamente Faz-se retornar a

areia da peneira para o interior do tubo atraveacutes de jatos daacutegua

bull apoacutes a deposiccedilatildeo total da areia lecirc-se diretamente a percentagem em volume de areia

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 27

412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 28

CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 29

se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 30

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 31

A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 32

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 34

bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 20

Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados Tipo 2 Aacutegua Industrial argila ativada e soda caacuteustica

Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e

calcaacuterio

Tipo 19 Aacutegua Industrial Oacutexido de Magneacutesio Goma Xantana CMC BBV ADS

Amido Comum Cloreto de soacutedio Poliacutemero Catiocircnico Calcaacuterio Fino Lubrificante Preventor

de enceramento e Bactericida

24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo

O controle dos soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo eacute feito por um sistema de equipamentos

extratores buscando sempre manter o teor de soacutelidos adequados ao trabalho Quando estes

natildeo satildeo suficientes para esse controle a accedilatildeo corretiva implicaraacute num custo adicional pois

uma nova formulaccedilatildeo teraacute que ser feita ou seja um fluido novo seraacute misturado para diluiccedilatildeo

O natildeo uso dos equipamentos ou a natildeo correccedilatildeo do teor de soacutelidos implica na reduccedilatildeo da taxa

de penetraccedilatildeo problemas de ordem reoloacutegicas do fluido de perfuraccedilatildeo reboco de baixa

qualidade maior densidade equivalente de circulaccedilatildeo dano a formaccedilatildeo ameaccedila de prisatildeo da

coluna por diferencial de pressatildeo elevado desgaste de equipamentos grande volume de

resiacuteduos gerados e maior custo global

Existe algumas recomendaccedilotildees que se forem seguidas auxiliam na soluccedilatildeo de

problemas provocados por soacutelidos satildeo elas

Analisar os testes do fluido de perfuraccedilatildeo a fim de identificar a presenccedila de

um teor elevado de soacutelidos

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

eficientemente

Verificar se os equipamentos extratores de soacutelidos instalados na sonda operam

em sequumlecircncia apropriada

Verificar se os equipamentos instalados na sonda tecircm capacidade suficiente

para remover soacutelidos numa taxa que permita trabalhar na faixa aceitaacutevel de teor

de soacutelidos no fluido de perfuraccedilatildeo

Verificar qual o equipamento adicional necessaacuterio para resolver o problema

provocado pelo teor elevado de soacutelidos

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 21

PEN

EIR

AS

KELLY (HASTE QUADRADA)

KATARINA

DESLIZADOR DE CASCALHOS

TUBOS PESADOS (HW)

PEN

EIR

AS

COMANDOS

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo da diluiccedilatildeo necessaacuteria para resolver o problema sem o uso

de equipamento adicional

Comparar os custos determinados em nos dois itens anteriores

Recomendar se necessaacuterio a instalaccedilatildeo de equipamento adicional extrator de

soacutelidos

Caso seja instalado um equipamento adicional de soacutelidos operaacute-lo por um

periacuteodo apropriado de tempo repetir os testes com o fluido de perfuraccedilatildeo e

avaliar a eficiecircncia do equipamento adicional instalado

25 Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de

perfuraccedilatildeo do ATP-ARG

Peneiras Vibratoacuterias

A peneira vibratoacuteria eacute a primeira

barreira na retenccedilatildeo dos soacutelidos do fluido de

perfuraccedilatildeo que retorna durante a saiacuteda de

cada ciclo de circulaccedilatildeo Dessa etapa os

soacutelidos mais grosseiros satildeo retidos jaacute que eacute

mais faacutecil removecirc-los antes de passar pelos

hidrociclones e centrifugadores Ao lado

apresenta-se uma figura esquemaacutetica com o

percurso simplificado do fluido no poccedilo

quando se estaacute perfurando

Hidrociclones

A separaccedilatildeo dos soacutelidos ocorre da seguinte

forma o liacutequido contendo a fraccedilatildeo mais fina

de partiacuteculas menores eacute descarregado atraveacutes Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de

perfuraccedilatildeo

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 22

do tubo cilindro central (overflow) o liacutequido contendo os soacutelidos mais grossos eacute

descarregado pelo underflow

Os cones hoje satildeo feitos de poliuretano este material quando expostos a altas

temperaturas (150 e 175 ordm F) amolecem fazendo com que haja a necessidade de substituiacute-los

A viscosidade do fluido o teor de soacutelidos na alimentaccedilatildeo a pressatildeo disponiacutevel na

entrada do equipamento e o lay-out do percurso feito pelo fluido influencia de forma direta no

desempenho do equipamento

Quanto menor a viscosidade (dentro do possiacutevel) maior o desempenho do

hidrociclone

Uma grande concentraccedilatildeo de soacutelidos na alimentaccedilatildeo tem efeito negativo no

desempenho Com o hidrociclone trabalhando com descarga tipo ldquosprayrdquo o ponto de corte

meacutedio aumenta quando a carga de soacutelidos aumenta Quando a carga de soacutelidos ultrapassa o

ponto suportaacutevel pelo ldquounderflowrdquo o hidrociclone comeccedila a descarregar em ldquoforma de cordardquo

e o ponto de corte meacutedio aumenta drasticamente A pressatildeo recomendada pela maioria dos

fabricantes e fornecedores de hidrociclones jaacute estaacute otimizada A maioria dos hidrociclones no

campo requer de 70 a 80 peacutes de fluido de pressatildeo hidrostaacutetica Os hidrociclones utilizados nas

sondas satildeo chamados de desareadores e dessiltadores

Depuradores (MUD CLEANER)

Este eacute composto por hidrociclones em seacuterie com uma tela fina que permite recuperar

partiacuteculas e eacute usado com fluidos de perfuraccedilatildeo pesados As partiacuteculas soacutelidas que esse

equipamento remove satildeo maiores que a baritina Como ocorre no ciclone parte do material eacute

recuperada e parte eacute descartada o recuperado retorna ao fluido reduzindo custos

Monta-se uma cobertura onde a tela estaacute colocada fazendo com que todos os soacutelidos

descarregados pelos dessiltadores satildeo retornados para o sistema de circulaccedilatildeo No caso de

baritina ser adicionada ao fluido a cobertura daacute lugar a tela fina Esse equipamento reduz a

perda da baritina dos fluidos pesados no intuito de recuperar fluidos caros e reduzir descarte

de poluente ao meio ambiente

Decantador Centriacutefugo

A funccedilatildeo deste equipamento eacute separar soacutelidos de liacutequidos eacute formado por um tambor

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 23

ciliacutendrico-cocircnico composto por uma seccedilatildeo cocircnica que origina a chamada ldquopraiardquo e uma ou

vaacuterios secccedilotildees ciliacutendricas conectadas que origina a ldquopiscinardquoUm parafuso transportador que

fica dentro do tambor rotativo

Eacute possiacutevel ajustar a profundidade do liacutequido no tambor o niacutevel da piscina teraacute um

efeito sobre a eficiecircncia de separaccedilatildeo pois ele afetaraacute as aacutereas secas e molhadas da praia bem

como a secagem dos soacutelidos e a habilidade fiacutesica do parafuso em transportar os soacutelidos para o

tambor

A medida do teor de areia num fluido nos daacute um paracircmetro de avaliaccedilatildeo dos

equipamentos extratores de soacutelidos da sonda e serve como uma medida de abrasividade do

fluido

CAPIacuteTULO 4

METODOLOGIA DE ANAacuteLISES

Metodologia de anaacutelise Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 25

4 - Metodologia de anaacutelise

O monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo eacute feito

de acordo com as metodologias descritas neste capiacutetulo Aqui seratildeo descritos os meacutetodos

fiacutesicos e quiacutemicos para anaacutelises de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

As anaacutelises que seratildeo descritas neste documento estatildeo de acordo com o Manual de

Laboratoacuterio de Fluido Programa de Trainees Petrobras ndash 2002 Quiacutemico de Petroacuteleo Junior

41 Meacutetodos Fiacutesicos

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH

Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom

A Figura 41 mostra o funil Marsh que eacute um funil com as seguintes dimensotildees 1524

cm (6rdquo) de diacircmetro na parte superior 3048 cm (12rdquo) de altura A metade da abertura

superior eacute coberta por uma peneira de malha nordm 10 O orifiacutecio inferior tem 476 mm (316rdquo) de

diacircmetro interno e 508 cm (2rdquo) de comprimento A capacidade do funil ateacute a marca superior eacute

de 1500 cmsup3

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Se segura o funil em posiccedilatildeo vertical obstruindo o orifiacutecio de descarga com o dedo

indicador

bull verta-se atraveacutes da peneira a amostra de fluido tomada em qualquer ponto onde ela

esteja em agitaccedilatildeo ateacute que o niacutevel da mesma fique rente agrave parte inferior da tela da

peneira

bull imediatamente retira-se o dedo do tubo de descarga e com o auxiacutelio de um

cronocircmetro observa-se o tempo em segundos necessaacuterio para que escoe um (01) litro

de fluido para um recipiente graduado

bull a operaccedilatildeo deve ser raacutepida para minimizar erros

bull registra-se a ldquoViscosidaderdquo Marsh em segundos1000 cmsup3 de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 26

CALIBRACcedilAtildeO

bull Verifica-se a precisatildeo do funil Marsh com 1500 cmsup3 de aacutegua doce a 21ordmC O tempo de

escoamento de 1000 cmsup3 de aacutegua deve ser de 28 plusmn 05 segundos

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr

A Figura 42 mostra o conjunto que registra o conteuacutedo de areia presente no fluido

em percentagem volumeacutetrica composto por um tubo de vidro graduado em percentual

volumeacutetrico (0-20 v) um cilindro cocircnico um copo ciliacutendrico com uma tela de peneira

(malha 200 mesh)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Verta-se o fluido previamente passado atraveacutes da peneira do funil Marsh no tubo de

vidro graduado ateacute a marca indicada e depois se adiciona aacutegua ateacute a referecircncia

superior

bull obstrui-se a saiacuteda superior do tubo com o dedo e agita-se vigorosamente Em seguida

esvazia-se a amostra de fluido diluiacutedo atraveacutes da peneira lavando todo o resiacuteduo no

tubo com aacutegua Lava-se a areia retida na peneira ateacute eliminar os traccedilos de fluido

bull coloca-se o funil sobre a peneira e inverte-se o conjunto lentamente Faz-se retornar a

areia da peneira para o interior do tubo atraveacutes de jatos daacutegua

bull apoacutes a deposiccedilatildeo total da areia lecirc-se diretamente a percentagem em volume de areia

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 27

412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 28

CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 29

se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 30

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 31

A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 32

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 34

bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 21

PEN

EIR

AS

KELLY (HASTE QUADRADA)

KATARINA

DESLIZADOR DE CASCALHOS

TUBOS PESADOS (HW)

PEN

EIR

AS

COMANDOS

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo diaacuterio proveniente do uso de um equipamento adicional

extrator de soacutelidos

Determinar o custo da diluiccedilatildeo necessaacuteria para resolver o problema sem o uso

de equipamento adicional

Comparar os custos determinados em nos dois itens anteriores

Recomendar se necessaacuterio a instalaccedilatildeo de equipamento adicional extrator de

soacutelidos

Caso seja instalado um equipamento adicional de soacutelidos operaacute-lo por um

periacuteodo apropriado de tempo repetir os testes com o fluido de perfuraccedilatildeo e

avaliar a eficiecircncia do equipamento adicional instalado

25 Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de

perfuraccedilatildeo do ATP-ARG

Peneiras Vibratoacuterias

A peneira vibratoacuteria eacute a primeira

barreira na retenccedilatildeo dos soacutelidos do fluido de

perfuraccedilatildeo que retorna durante a saiacuteda de

cada ciclo de circulaccedilatildeo Dessa etapa os

soacutelidos mais grosseiros satildeo retidos jaacute que eacute

mais faacutecil removecirc-los antes de passar pelos

hidrociclones e centrifugadores Ao lado

apresenta-se uma figura esquemaacutetica com o

percurso simplificado do fluido no poccedilo

quando se estaacute perfurando

Hidrociclones

A separaccedilatildeo dos soacutelidos ocorre da seguinte

forma o liacutequido contendo a fraccedilatildeo mais fina

de partiacuteculas menores eacute descarregado atraveacutes Figura 2 1-Ciclo simplificado de fluido de

perfuraccedilatildeo

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 22

do tubo cilindro central (overflow) o liacutequido contendo os soacutelidos mais grossos eacute

descarregado pelo underflow

Os cones hoje satildeo feitos de poliuretano este material quando expostos a altas

temperaturas (150 e 175 ordm F) amolecem fazendo com que haja a necessidade de substituiacute-los

A viscosidade do fluido o teor de soacutelidos na alimentaccedilatildeo a pressatildeo disponiacutevel na

entrada do equipamento e o lay-out do percurso feito pelo fluido influencia de forma direta no

desempenho do equipamento

Quanto menor a viscosidade (dentro do possiacutevel) maior o desempenho do

hidrociclone

Uma grande concentraccedilatildeo de soacutelidos na alimentaccedilatildeo tem efeito negativo no

desempenho Com o hidrociclone trabalhando com descarga tipo ldquosprayrdquo o ponto de corte

meacutedio aumenta quando a carga de soacutelidos aumenta Quando a carga de soacutelidos ultrapassa o

ponto suportaacutevel pelo ldquounderflowrdquo o hidrociclone comeccedila a descarregar em ldquoforma de cordardquo

e o ponto de corte meacutedio aumenta drasticamente A pressatildeo recomendada pela maioria dos

fabricantes e fornecedores de hidrociclones jaacute estaacute otimizada A maioria dos hidrociclones no

campo requer de 70 a 80 peacutes de fluido de pressatildeo hidrostaacutetica Os hidrociclones utilizados nas

sondas satildeo chamados de desareadores e dessiltadores

Depuradores (MUD CLEANER)

Este eacute composto por hidrociclones em seacuterie com uma tela fina que permite recuperar

partiacuteculas e eacute usado com fluidos de perfuraccedilatildeo pesados As partiacuteculas soacutelidas que esse

equipamento remove satildeo maiores que a baritina Como ocorre no ciclone parte do material eacute

recuperada e parte eacute descartada o recuperado retorna ao fluido reduzindo custos

Monta-se uma cobertura onde a tela estaacute colocada fazendo com que todos os soacutelidos

descarregados pelos dessiltadores satildeo retornados para o sistema de circulaccedilatildeo No caso de

baritina ser adicionada ao fluido a cobertura daacute lugar a tela fina Esse equipamento reduz a

perda da baritina dos fluidos pesados no intuito de recuperar fluidos caros e reduzir descarte

de poluente ao meio ambiente

Decantador Centriacutefugo

A funccedilatildeo deste equipamento eacute separar soacutelidos de liacutequidos eacute formado por um tambor

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 23

ciliacutendrico-cocircnico composto por uma seccedilatildeo cocircnica que origina a chamada ldquopraiardquo e uma ou

vaacuterios secccedilotildees ciliacutendricas conectadas que origina a ldquopiscinardquoUm parafuso transportador que

fica dentro do tambor rotativo

Eacute possiacutevel ajustar a profundidade do liacutequido no tambor o niacutevel da piscina teraacute um

efeito sobre a eficiecircncia de separaccedilatildeo pois ele afetaraacute as aacutereas secas e molhadas da praia bem

como a secagem dos soacutelidos e a habilidade fiacutesica do parafuso em transportar os soacutelidos para o

tambor

A medida do teor de areia num fluido nos daacute um paracircmetro de avaliaccedilatildeo dos

equipamentos extratores de soacutelidos da sonda e serve como uma medida de abrasividade do

fluido

CAPIacuteTULO 4

METODOLOGIA DE ANAacuteLISES

Metodologia de anaacutelise Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 25

4 - Metodologia de anaacutelise

O monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo eacute feito

de acordo com as metodologias descritas neste capiacutetulo Aqui seratildeo descritos os meacutetodos

fiacutesicos e quiacutemicos para anaacutelises de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

As anaacutelises que seratildeo descritas neste documento estatildeo de acordo com o Manual de

Laboratoacuterio de Fluido Programa de Trainees Petrobras ndash 2002 Quiacutemico de Petroacuteleo Junior

41 Meacutetodos Fiacutesicos

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH

Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom

A Figura 41 mostra o funil Marsh que eacute um funil com as seguintes dimensotildees 1524

cm (6rdquo) de diacircmetro na parte superior 3048 cm (12rdquo) de altura A metade da abertura

superior eacute coberta por uma peneira de malha nordm 10 O orifiacutecio inferior tem 476 mm (316rdquo) de

diacircmetro interno e 508 cm (2rdquo) de comprimento A capacidade do funil ateacute a marca superior eacute

de 1500 cmsup3

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Se segura o funil em posiccedilatildeo vertical obstruindo o orifiacutecio de descarga com o dedo

indicador

bull verta-se atraveacutes da peneira a amostra de fluido tomada em qualquer ponto onde ela

esteja em agitaccedilatildeo ateacute que o niacutevel da mesma fique rente agrave parte inferior da tela da

peneira

bull imediatamente retira-se o dedo do tubo de descarga e com o auxiacutelio de um

cronocircmetro observa-se o tempo em segundos necessaacuterio para que escoe um (01) litro

de fluido para um recipiente graduado

bull a operaccedilatildeo deve ser raacutepida para minimizar erros

bull registra-se a ldquoViscosidaderdquo Marsh em segundos1000 cmsup3 de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 26

CALIBRACcedilAtildeO

bull Verifica-se a precisatildeo do funil Marsh com 1500 cmsup3 de aacutegua doce a 21ordmC O tempo de

escoamento de 1000 cmsup3 de aacutegua deve ser de 28 plusmn 05 segundos

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr

A Figura 42 mostra o conjunto que registra o conteuacutedo de areia presente no fluido

em percentagem volumeacutetrica composto por um tubo de vidro graduado em percentual

volumeacutetrico (0-20 v) um cilindro cocircnico um copo ciliacutendrico com uma tela de peneira

(malha 200 mesh)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Verta-se o fluido previamente passado atraveacutes da peneira do funil Marsh no tubo de

vidro graduado ateacute a marca indicada e depois se adiciona aacutegua ateacute a referecircncia

superior

bull obstrui-se a saiacuteda superior do tubo com o dedo e agita-se vigorosamente Em seguida

esvazia-se a amostra de fluido diluiacutedo atraveacutes da peneira lavando todo o resiacuteduo no

tubo com aacutegua Lava-se a areia retida na peneira ateacute eliminar os traccedilos de fluido

bull coloca-se o funil sobre a peneira e inverte-se o conjunto lentamente Faz-se retornar a

areia da peneira para o interior do tubo atraveacutes de jatos daacutegua

bull apoacutes a deposiccedilatildeo total da areia lecirc-se diretamente a percentagem em volume de areia

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 27

412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 28

CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 29

se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 30

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 31

A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 32

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 34

bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 22

do tubo cilindro central (overflow) o liacutequido contendo os soacutelidos mais grossos eacute

descarregado pelo underflow

Os cones hoje satildeo feitos de poliuretano este material quando expostos a altas

temperaturas (150 e 175 ordm F) amolecem fazendo com que haja a necessidade de substituiacute-los

A viscosidade do fluido o teor de soacutelidos na alimentaccedilatildeo a pressatildeo disponiacutevel na

entrada do equipamento e o lay-out do percurso feito pelo fluido influencia de forma direta no

desempenho do equipamento

Quanto menor a viscosidade (dentro do possiacutevel) maior o desempenho do

hidrociclone

Uma grande concentraccedilatildeo de soacutelidos na alimentaccedilatildeo tem efeito negativo no

desempenho Com o hidrociclone trabalhando com descarga tipo ldquosprayrdquo o ponto de corte

meacutedio aumenta quando a carga de soacutelidos aumenta Quando a carga de soacutelidos ultrapassa o

ponto suportaacutevel pelo ldquounderflowrdquo o hidrociclone comeccedila a descarregar em ldquoforma de cordardquo

e o ponto de corte meacutedio aumenta drasticamente A pressatildeo recomendada pela maioria dos

fabricantes e fornecedores de hidrociclones jaacute estaacute otimizada A maioria dos hidrociclones no

campo requer de 70 a 80 peacutes de fluido de pressatildeo hidrostaacutetica Os hidrociclones utilizados nas

sondas satildeo chamados de desareadores e dessiltadores

Depuradores (MUD CLEANER)

Este eacute composto por hidrociclones em seacuterie com uma tela fina que permite recuperar

partiacuteculas e eacute usado com fluidos de perfuraccedilatildeo pesados As partiacuteculas soacutelidas que esse

equipamento remove satildeo maiores que a baritina Como ocorre no ciclone parte do material eacute

recuperada e parte eacute descartada o recuperado retorna ao fluido reduzindo custos

Monta-se uma cobertura onde a tela estaacute colocada fazendo com que todos os soacutelidos

descarregados pelos dessiltadores satildeo retornados para o sistema de circulaccedilatildeo No caso de

baritina ser adicionada ao fluido a cobertura daacute lugar a tela fina Esse equipamento reduz a

perda da baritina dos fluidos pesados no intuito de recuperar fluidos caros e reduzir descarte

de poluente ao meio ambiente

Decantador Centriacutefugo

A funccedilatildeo deste equipamento eacute separar soacutelidos de liacutequidos eacute formado por um tambor

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 23

ciliacutendrico-cocircnico composto por uma seccedilatildeo cocircnica que origina a chamada ldquopraiardquo e uma ou

vaacuterios secccedilotildees ciliacutendricas conectadas que origina a ldquopiscinardquoUm parafuso transportador que

fica dentro do tambor rotativo

Eacute possiacutevel ajustar a profundidade do liacutequido no tambor o niacutevel da piscina teraacute um

efeito sobre a eficiecircncia de separaccedilatildeo pois ele afetaraacute as aacutereas secas e molhadas da praia bem

como a secagem dos soacutelidos e a habilidade fiacutesica do parafuso em transportar os soacutelidos para o

tambor

A medida do teor de areia num fluido nos daacute um paracircmetro de avaliaccedilatildeo dos

equipamentos extratores de soacutelidos da sonda e serve como uma medida de abrasividade do

fluido

CAPIacuteTULO 4

METODOLOGIA DE ANAacuteLISES

Metodologia de anaacutelise Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 25

4 - Metodologia de anaacutelise

O monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo eacute feito

de acordo com as metodologias descritas neste capiacutetulo Aqui seratildeo descritos os meacutetodos

fiacutesicos e quiacutemicos para anaacutelises de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

As anaacutelises que seratildeo descritas neste documento estatildeo de acordo com o Manual de

Laboratoacuterio de Fluido Programa de Trainees Petrobras ndash 2002 Quiacutemico de Petroacuteleo Junior

41 Meacutetodos Fiacutesicos

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH

Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom

A Figura 41 mostra o funil Marsh que eacute um funil com as seguintes dimensotildees 1524

cm (6rdquo) de diacircmetro na parte superior 3048 cm (12rdquo) de altura A metade da abertura

superior eacute coberta por uma peneira de malha nordm 10 O orifiacutecio inferior tem 476 mm (316rdquo) de

diacircmetro interno e 508 cm (2rdquo) de comprimento A capacidade do funil ateacute a marca superior eacute

de 1500 cmsup3

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Se segura o funil em posiccedilatildeo vertical obstruindo o orifiacutecio de descarga com o dedo

indicador

bull verta-se atraveacutes da peneira a amostra de fluido tomada em qualquer ponto onde ela

esteja em agitaccedilatildeo ateacute que o niacutevel da mesma fique rente agrave parte inferior da tela da

peneira

bull imediatamente retira-se o dedo do tubo de descarga e com o auxiacutelio de um

cronocircmetro observa-se o tempo em segundos necessaacuterio para que escoe um (01) litro

de fluido para um recipiente graduado

bull a operaccedilatildeo deve ser raacutepida para minimizar erros

bull registra-se a ldquoViscosidaderdquo Marsh em segundos1000 cmsup3 de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Verifica-se a precisatildeo do funil Marsh com 1500 cmsup3 de aacutegua doce a 21ordmC O tempo de

escoamento de 1000 cmsup3 de aacutegua deve ser de 28 plusmn 05 segundos

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr

A Figura 42 mostra o conjunto que registra o conteuacutedo de areia presente no fluido

em percentagem volumeacutetrica composto por um tubo de vidro graduado em percentual

volumeacutetrico (0-20 v) um cilindro cocircnico um copo ciliacutendrico com uma tela de peneira

(malha 200 mesh)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Verta-se o fluido previamente passado atraveacutes da peneira do funil Marsh no tubo de

vidro graduado ateacute a marca indicada e depois se adiciona aacutegua ateacute a referecircncia

superior

bull obstrui-se a saiacuteda superior do tubo com o dedo e agita-se vigorosamente Em seguida

esvazia-se a amostra de fluido diluiacutedo atraveacutes da peneira lavando todo o resiacuteduo no

tubo com aacutegua Lava-se a areia retida na peneira ateacute eliminar os traccedilos de fluido

bull coloca-se o funil sobre a peneira e inverte-se o conjunto lentamente Faz-se retornar a

areia da peneira para o interior do tubo atraveacutes de jatos daacutegua

bull apoacutes a deposiccedilatildeo total da areia lecirc-se diretamente a percentagem em volume de areia

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 29

se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 30

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 32

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 34

bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Aspectos Teoacutericos Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 23

ciliacutendrico-cocircnico composto por uma seccedilatildeo cocircnica que origina a chamada ldquopraiardquo e uma ou

vaacuterios secccedilotildees ciliacutendricas conectadas que origina a ldquopiscinardquoUm parafuso transportador que

fica dentro do tambor rotativo

Eacute possiacutevel ajustar a profundidade do liacutequido no tambor o niacutevel da piscina teraacute um

efeito sobre a eficiecircncia de separaccedilatildeo pois ele afetaraacute as aacutereas secas e molhadas da praia bem

como a secagem dos soacutelidos e a habilidade fiacutesica do parafuso em transportar os soacutelidos para o

tambor

A medida do teor de areia num fluido nos daacute um paracircmetro de avaliaccedilatildeo dos

equipamentos extratores de soacutelidos da sonda e serve como uma medida de abrasividade do

fluido

CAPIacuteTULO 4

METODOLOGIA DE ANAacuteLISES

Metodologia de anaacutelise Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 25

4 - Metodologia de anaacutelise

O monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo eacute feito

de acordo com as metodologias descritas neste capiacutetulo Aqui seratildeo descritos os meacutetodos

fiacutesicos e quiacutemicos para anaacutelises de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

As anaacutelises que seratildeo descritas neste documento estatildeo de acordo com o Manual de

Laboratoacuterio de Fluido Programa de Trainees Petrobras ndash 2002 Quiacutemico de Petroacuteleo Junior

41 Meacutetodos Fiacutesicos

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH

Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom

A Figura 41 mostra o funil Marsh que eacute um funil com as seguintes dimensotildees 1524

cm (6rdquo) de diacircmetro na parte superior 3048 cm (12rdquo) de altura A metade da abertura

superior eacute coberta por uma peneira de malha nordm 10 O orifiacutecio inferior tem 476 mm (316rdquo) de

diacircmetro interno e 508 cm (2rdquo) de comprimento A capacidade do funil ateacute a marca superior eacute

de 1500 cmsup3

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Se segura o funil em posiccedilatildeo vertical obstruindo o orifiacutecio de descarga com o dedo

indicador

bull verta-se atraveacutes da peneira a amostra de fluido tomada em qualquer ponto onde ela

esteja em agitaccedilatildeo ateacute que o niacutevel da mesma fique rente agrave parte inferior da tela da

peneira

bull imediatamente retira-se o dedo do tubo de descarga e com o auxiacutelio de um

cronocircmetro observa-se o tempo em segundos necessaacuterio para que escoe um (01) litro

de fluido para um recipiente graduado

bull a operaccedilatildeo deve ser raacutepida para minimizar erros

bull registra-se a ldquoViscosidaderdquo Marsh em segundos1000 cmsup3 de fluido

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Verifica-se a precisatildeo do funil Marsh com 1500 cmsup3 de aacutegua doce a 21ordmC O tempo de

escoamento de 1000 cmsup3 de aacutegua deve ser de 28 plusmn 05 segundos

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr

A Figura 42 mostra o conjunto que registra o conteuacutedo de areia presente no fluido

em percentagem volumeacutetrica composto por um tubo de vidro graduado em percentual

volumeacutetrico (0-20 v) um cilindro cocircnico um copo ciliacutendrico com uma tela de peneira

(malha 200 mesh)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Verta-se o fluido previamente passado atraveacutes da peneira do funil Marsh no tubo de

vidro graduado ateacute a marca indicada e depois se adiciona aacutegua ateacute a referecircncia

superior

bull obstrui-se a saiacuteda superior do tubo com o dedo e agita-se vigorosamente Em seguida

esvazia-se a amostra de fluido diluiacutedo atraveacutes da peneira lavando todo o resiacuteduo no

tubo com aacutegua Lava-se a areia retida na peneira ateacute eliminar os traccedilos de fluido

bull coloca-se o funil sobre a peneira e inverte-se o conjunto lentamente Faz-se retornar a

areia da peneira para o interior do tubo atraveacutes de jatos daacutegua

bull apoacutes a deposiccedilatildeo total da areia lecirc-se diretamente a percentagem em volume de areia

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412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

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PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

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A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

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42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

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lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

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bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

CAPIacuteTULO 4

METODOLOGIA DE ANAacuteLISES

Metodologia de anaacutelise Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 25

4 - Metodologia de anaacutelise

O monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo eacute feito

de acordo com as metodologias descritas neste capiacutetulo Aqui seratildeo descritos os meacutetodos

fiacutesicos e quiacutemicos para anaacutelises de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

As anaacutelises que seratildeo descritas neste documento estatildeo de acordo com o Manual de

Laboratoacuterio de Fluido Programa de Trainees Petrobras ndash 2002 Quiacutemico de Petroacuteleo Junior

41 Meacutetodos Fiacutesicos

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH

Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom

A Figura 41 mostra o funil Marsh que eacute um funil com as seguintes dimensotildees 1524

cm (6rdquo) de diacircmetro na parte superior 3048 cm (12rdquo) de altura A metade da abertura

superior eacute coberta por uma peneira de malha nordm 10 O orifiacutecio inferior tem 476 mm (316rdquo) de

diacircmetro interno e 508 cm (2rdquo) de comprimento A capacidade do funil ateacute a marca superior eacute

de 1500 cmsup3

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Se segura o funil em posiccedilatildeo vertical obstruindo o orifiacutecio de descarga com o dedo

indicador

bull verta-se atraveacutes da peneira a amostra de fluido tomada em qualquer ponto onde ela

esteja em agitaccedilatildeo ateacute que o niacutevel da mesma fique rente agrave parte inferior da tela da

peneira

bull imediatamente retira-se o dedo do tubo de descarga e com o auxiacutelio de um

cronocircmetro observa-se o tempo em segundos necessaacuterio para que escoe um (01) litro

de fluido para um recipiente graduado

bull a operaccedilatildeo deve ser raacutepida para minimizar erros

bull registra-se a ldquoViscosidaderdquo Marsh em segundos1000 cmsup3 de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 26

CALIBRACcedilAtildeO

bull Verifica-se a precisatildeo do funil Marsh com 1500 cmsup3 de aacutegua doce a 21ordmC O tempo de

escoamento de 1000 cmsup3 de aacutegua deve ser de 28 plusmn 05 segundos

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr

A Figura 42 mostra o conjunto que registra o conteuacutedo de areia presente no fluido

em percentagem volumeacutetrica composto por um tubo de vidro graduado em percentual

volumeacutetrico (0-20 v) um cilindro cocircnico um copo ciliacutendrico com uma tela de peneira

(malha 200 mesh)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Verta-se o fluido previamente passado atraveacutes da peneira do funil Marsh no tubo de

vidro graduado ateacute a marca indicada e depois se adiciona aacutegua ateacute a referecircncia

superior

bull obstrui-se a saiacuteda superior do tubo com o dedo e agita-se vigorosamente Em seguida

esvazia-se a amostra de fluido diluiacutedo atraveacutes da peneira lavando todo o resiacuteduo no

tubo com aacutegua Lava-se a areia retida na peneira ateacute eliminar os traccedilos de fluido

bull coloca-se o funil sobre a peneira e inverte-se o conjunto lentamente Faz-se retornar a

areia da peneira para o interior do tubo atraveacutes de jatos daacutegua

bull apoacutes a deposiccedilatildeo total da areia lecirc-se diretamente a percentagem em volume de areia

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 27

412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

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se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

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PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

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A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

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lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

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bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Metodologia de anaacutelise Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 25

4 - Metodologia de anaacutelise

O monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo eacute feito

de acordo com as metodologias descritas neste capiacutetulo Aqui seratildeo descritos os meacutetodos

fiacutesicos e quiacutemicos para anaacutelises de fluido de perfuraccedilatildeo base aacutegua

As anaacutelises que seratildeo descritas neste documento estatildeo de acordo com o Manual de

Laboratoacuterio de Fluido Programa de Trainees Petrobras ndash 2002 Quiacutemico de Petroacuteleo Junior

41 Meacutetodos Fiacutesicos

411 Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH

Figura 4 1- Funil Marsh Fonte wwwfanncom

A Figura 41 mostra o funil Marsh que eacute um funil com as seguintes dimensotildees 1524

cm (6rdquo) de diacircmetro na parte superior 3048 cm (12rdquo) de altura A metade da abertura

superior eacute coberta por uma peneira de malha nordm 10 O orifiacutecio inferior tem 476 mm (316rdquo) de

diacircmetro interno e 508 cm (2rdquo) de comprimento A capacidade do funil ateacute a marca superior eacute

de 1500 cmsup3

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Se segura o funil em posiccedilatildeo vertical obstruindo o orifiacutecio de descarga com o dedo

indicador

bull verta-se atraveacutes da peneira a amostra de fluido tomada em qualquer ponto onde ela

esteja em agitaccedilatildeo ateacute que o niacutevel da mesma fique rente agrave parte inferior da tela da

peneira

bull imediatamente retira-se o dedo do tubo de descarga e com o auxiacutelio de um

cronocircmetro observa-se o tempo em segundos necessaacuterio para que escoe um (01) litro

de fluido para um recipiente graduado

bull a operaccedilatildeo deve ser raacutepida para minimizar erros

bull registra-se a ldquoViscosidaderdquo Marsh em segundos1000 cmsup3 de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 26

CALIBRACcedilAtildeO

bull Verifica-se a precisatildeo do funil Marsh com 1500 cmsup3 de aacutegua doce a 21ordmC O tempo de

escoamento de 1000 cmsup3 de aacutegua deve ser de 28 plusmn 05 segundos

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr

A Figura 42 mostra o conjunto que registra o conteuacutedo de areia presente no fluido

em percentagem volumeacutetrica composto por um tubo de vidro graduado em percentual

volumeacutetrico (0-20 v) um cilindro cocircnico um copo ciliacutendrico com uma tela de peneira

(malha 200 mesh)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Verta-se o fluido previamente passado atraveacutes da peneira do funil Marsh no tubo de

vidro graduado ateacute a marca indicada e depois se adiciona aacutegua ateacute a referecircncia

superior

bull obstrui-se a saiacuteda superior do tubo com o dedo e agita-se vigorosamente Em seguida

esvazia-se a amostra de fluido diluiacutedo atraveacutes da peneira lavando todo o resiacuteduo no

tubo com aacutegua Lava-se a areia retida na peneira ateacute eliminar os traccedilos de fluido

bull coloca-se o funil sobre a peneira e inverte-se o conjunto lentamente Faz-se retornar a

areia da peneira para o interior do tubo atraveacutes de jatos daacutegua

bull apoacutes a deposiccedilatildeo total da areia lecirc-se diretamente a percentagem em volume de areia

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 27

412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 28

CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 29

se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 30

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 31

A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 32

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 34

bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Verifica-se a precisatildeo do funil Marsh com 1500 cmsup3 de aacutegua doce a 21ordmC O tempo de

escoamento de 1000 cmsup3 de aacutegua deve ser de 28 plusmn 05 segundos

412 Determinaccedilatildeo do teor de areia

Figura 4 2- Medidor de areia Fonte wwwsolotestcombr

A Figura 42 mostra o conjunto que registra o conteuacutedo de areia presente no fluido

em percentagem volumeacutetrica composto por um tubo de vidro graduado em percentual

volumeacutetrico (0-20 v) um cilindro cocircnico um copo ciliacutendrico com uma tela de peneira

(malha 200 mesh)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Verta-se o fluido previamente passado atraveacutes da peneira do funil Marsh no tubo de

vidro graduado ateacute a marca indicada e depois se adiciona aacutegua ateacute a referecircncia

superior

bull obstrui-se a saiacuteda superior do tubo com o dedo e agita-se vigorosamente Em seguida

esvazia-se a amostra de fluido diluiacutedo atraveacutes da peneira lavando todo o resiacuteduo no

tubo com aacutegua Lava-se a areia retida na peneira ateacute eliminar os traccedilos de fluido

bull coloca-se o funil sobre a peneira e inverte-se o conjunto lentamente Faz-se retornar a

areia da peneira para o interior do tubo atraveacutes de jatos daacutegua

bull apoacutes a deposiccedilatildeo total da areia lecirc-se diretamente a percentagem em volume de areia

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412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 29

se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

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PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

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A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

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42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 34

bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 27

412 Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica

Figura 4 3 - Balanccedila densimeacutetrica Fonte wwwfanncom

A Figura 43 apresenta a balanccedila utilizada para mediccedilatildeo de densidade de fluido de

perfuraccedilatildeo no campo O equipamento consiste de uma base e braccedilo graduado com copo para

amostra tampa fiel cursor e medidor de niacutevel Possui quatro escalas de leituras

Densidade 072 - 288

Massa Especiacutefica 6-24(lbmgal)

Massa Especiacutefica 45-180(lbmft3)

Gradiente Hidrostaacutetico 310-1250 (ldquopsirdquo1000ft)

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Posiciona-se a base da balanccedila em uma superfiacutecie lisa e nivelada

bull enche totalmente o copo da balanccedila com o fluido a ser testado Se o copo inicialmente

estiver molhado despeje a primeira porccedilatildeo de fluido e volte a enchecirc-lo Deve ser eliminado as

bolhas de ar trapeadas no fluido Para tanto basta que se decircem alguns golpes no copo ateacute que

desapareccedilam

bull coloca-se a tampa enroscando-a com um leve movimento de rotaccedilatildeo ateacute que fique

firmemente assentado no copo certificando-se que uma pequena quantidade de fluido escape

pelo orifiacutecio de purgaccedilatildeo

bull lava-se e seca-se o exterior da balanccedila

bull coloca-se a balanccedila sobre a base e move-se o cursor ateacute que a bolha do niacutevel fique

centralizada

bull lecirc-se a massa especiacutefica eou densidade no lado do cursor que estiver mais proacuteximo do

copo coletor

bull Registra-se a leitura da massa especiacutefica em lbmgal ou de densidade com precisatildeo de

bull 005 ou 0005 respectivamente

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 28

CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 29

se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 30

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 31

A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 32

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 34

bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 28

CALIBRACcedilAtildeO

bull Deve ser feito a calibraccedilatildeo do equipamento frequentemente com aacutegua doce ateacute 21ordmC

que deveraacute dar uma leitura de densidade igual a 100 A afericcedilatildeo se faz retirando ou colocando

esferas de chumbo no depoacutesito especial que existe na extremidade do braccedilo da balanccedila

414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP

Figura 4 4 Filtro-prensa BTBP Fonte wwwfanncom

O equipamento consiste de um reservatoacuterio de fluido com capacidade aproximada de

400 cmsup3 um meio filtrante (Papel de filtro Whatman nordm 50 de 9 cm ou similar) um coletor de

filtrado (proveta graduada) e uma fonte de pressatildeo (cilindro contendo N2 ou CO2) O

reservatoacuterio eacute constituiacutedo por uma ceacutelula tampa superior fixada atraveacutes de uma prensa

gaxetas tela e uma base A aacuterea exposta a filtraccedilatildeo eacute de 7 polsup2 O controle de pressatildeo eacute

efetuado por uma vaacutelvula com registro (manocircmetro) A despressurizaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de

uma vaacutelvula de escape

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Assegura-se que todas as partes do filtro estejam limpas e secas e que as gaxetas natildeo

estejam gastas ou deformadas

bull monta-se todas as peccedilas da ceacutelula a base uma gaxeta a tela o papel-filtro outra

gaxeta e o corpo da ceacutelula

bull preenche-se filtro com fluido ateacute um centiacutemetro da borda superior da ceacutelula e coloca-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 29

se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 30

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 31

A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 32

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 34

bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 29

se o conjunto sobre o suporte central Assegura-se que a tampa superior da ceacutelula tenha a sua

gaxeta e tampa-se a ceacutelula apertando-a com o parafuso

bull com uma proveta graduada recolhe-se o filtrado na saiacuteda da ceacutelula

bull fecha-se a vaacutelvula de escape e ajusta-se o regulador de pressatildeo ateacute obter 100 psi em 30

segundos no maacuteximo Marca-se o tempo e apoacutes 30 minutos mede-se o volume de filtrado na

proveta Fecha-se a fonte de pressatildeo Elimina-se o gaacutes confinado na ceacutelula atraveacutes da vaacutelvula

de escape cuidadosamente

bull retira-se a ceacutelula do suporte despeja o fluido desarma a ceacutelula recolhe-se o pepal de

filtro com o reboco lave o mesmo com um leve jato de aacutegua e mede-se a sua espessura em

132rdquo

bull registra-se o volume de filtrado em cmsup3 com aproximaccedilatildeo de 01 cmsup3

bull registra-se a espessura do reboco em 132rdquo com aproximaccedilatildeo de 164rdquo

CALIBRACcedilAtildeO

bull Eacute necessaacuterio verificar com frequumlecircncia a exatidatildeo dos manocircmetros

415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos

Figura 4 5 ndash Retorta Fonte wwwfanncom A Retorta mostrada na Figura 55 destina-se a determinaccedilatildeo dos teores de soacutelidos e

liacutequidos existentes num fluido atraveacutes da destilaccedilatildeo de uma amostra do mesmo Eacute constituiacutedo

de um copo para amostra com capacidade de 10 cmsup3 uma cacircmara de aquecimento um forno e

um condensador O destilado eacute coletado numa proveta graduada A retorta eacute regulada por um

termostato que permite manter com seguranccedila a temperatura necessaacuteria para completa

destilaccedilatildeo da amostra de fluido

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 30

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 31

A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 32

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 34

bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 30

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Retira-se a retorta do bloco isolante Usando a espaacutetula como desarmadordesenrosca-

se o depoacutesito de fluido da retorta

bull introduz-se uma palha de accedilo na cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se o depoacutesito com o fluido a ser testado e coloca-se a tampa de afericcedilatildeo no

depoacutesito de fluido

bull limpa-se bem a tampa a rosca e o corpo externo do depoacutesito sem derramar o fluido

bull enrosca-se o depoacutesito na parte inferior da cacircmara de evaporaccedilatildeo

bull coloca-se a retorta na cacircmara isolante e fecha-se a tampa da cacircmara isolante

bull coloca-se a proveta graduada sob a descarga do condensador

bull por meio de fio eleacutetrico liga-se o aparelho a uma tomada de 115 volts CA e fecha-se

o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute acender

bull o tempo de destilaccedilatildeo eacute de 35 minutos

bull abre-se o circuito eleacutetrico Ao fazer isto a lacircmpada piloto deveraacute apagar

bull deixa-se a retorta esfriar por 10 min Apoacutes isso retira-se a proveta e faz as leituras

correspondentes aos volumes de aacutegua e oacuteleo recuperados na proveta graduada

Os resultados satildeo obtidos em aacutegua = Volume de aacutegua x 10

oacuteleo = Volume de oacuteleo x 10

soacutelidos = 100-( aacutegua + oacuteleo)

416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes

Figura 4 6 - Viscosiacutemetro rotativo de cilindros co-axiais Fann mod 35-a Fonte wwwfanncom

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 31

A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 32

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 34

bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

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bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

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6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

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Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

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wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 31

A Figura 46 mostra um aparelho projetado para medir propriedades reoloacutegicas e

gelificantes de liacutequidos Este modelo possui 6 (seis) velocidades e eacute usado tanto em

laboratoacuterio como em sondas de exploraccedilatildeo Possui um motor 50 Hz e 115 volts uma

combinaccedilatildeo rotor-bob-mola de torccedilatildeo que permite medidas de taxa de cisalhamento da ordem

de 511 a 1022 s-1 e tensatildeo de cisalhamento da ordem de zero a 1533 dynascmsup2 Outras

combinaccedilotildees permitem avaliaccedilotildees da ordem de 0707 a 3252 s-1 e de zero a 131520

dynascmsup2 de taxa de deformaccedilatildeo e tensatildeo de cisalhamento respectivamente

PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Agita-se o fluido a ser testado no misturador Beach durante 5 min em velocidade alta

(18000 RPM)

bull coloca-se o fluido no copo do viscosiacutemetro ateacute a sua marca e posiciona-se o mesmo na

base do equipamento Eleva-se o copo ateacute que o niacutevel do fluido coincida com a marca no rotor

e fixa-se com o parafuso

bull liga-se o motor acionando o interruptor para a posiccedilatildeo HIGH e certifica-se que o

seletor de engrenagens esteja na posiccedilatildeo inferior

bull faz-se a leitura que corresponde a 600 RPM apoacutes 1 min de operaccedilatildeo

bull procede-se conforme diagrama na parte superior do equipamento para seleccedilatildeo de

velocidades e registra-se os valores de deflexatildeo apoacutes 1 min de agitaccedilatildeo para 300 200 100 6

e 3 RPM

bull coloca-se o equipamento a 600 RPM por 2 minutos Imediatamente muda-se a

velocidade para 3 RPM desliga-se o motor e apoacutes 10 segundos de repouso liga-se o aparelho

a 3 RPM ao mesmo tempo em que observa-se o ponto maacuteximo atingido pela escala valor este

denominado forccedila gel inicial

bull repere-se os dois uacuteltimos itens entretanto para um tempo de repouso de 10 min A

deflexatildeo maacutexima obtida para esta nova condiccedilatildeo eacute denominada forccedila gel final

bull registra-se os valores das deflexotildees em graus para cada velocidade do equipamento

bull registra-se os valores das forccedilas geacuteis em aproximadamente 100 lbfpesup2 seguindo o

procedimento anteriormente descrito

CALIBRACcedilAtildeO

bull O aparelho deve ser calibrado periodicamente empregando-se uma mistura de

glicerina e aacutegua pura na temperatura ambiente ou atraveacutes do calibrador mecacircnico

padronizado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 32

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 34

bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 32

42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS

421 - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR MATERIAIS

Jogo de papel indicador com escala de cores variadas para comparaccedilatildeo PROCEDIMENTO DE ANAacuteLISE

bull Toma-se um papel indicador com escala apropriada

bull posiciona-se o papel na superfiacutecie do fluido ou umedece o mesmo com uma gota do

filtrado do fluido

bull apoacutes um minuto aproximadamente a tira de papel deveraacute ter mudado de cor afetada

pela alcalinidade do fluido ou do filtrado

bull compara-se a cor do papel indicador com a carta colorimeacutetrica correspondente

bull se a cor natildeo corresponder agrave escala calorimeacutetrica da seacuterie escolhida dever-se-aacute repetir a

operaccedilatildeo com outra seacuterie

bull registre-se o pH aproximado a 05 ou a 02 unidades conforme a escala do papel

indicador usado

Nota O papel indicador daacute resultados falsos em fluidos com alta concentraccedilatildeo de sal Para

este caso utiliza-se o meacutetodo potenciomeacutetrico quando o fluido contiver mais de 10000 ppm

Cl

422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf (Fluidos agrave Base Aacutegua) A alcalinidade de um filtrado agrave base de aacutegua ou de uma aacutegua proveacutem de um ou mais

dos seguintes agentes quiacutemicos

I ndash HO- - Hidroacutexido

II ndash CO3= - Carbonato

III - CO3H- - Bicarbonato ( Borato + Silicato etc)

A medida da alcalinidade pelo pH fornece as concentraccedilotildees dos sais dissolvidos poreacutem

natildeo indica quanto de cada um dos radicais acima Para isso recorre-se agrave titulaccedilatildeo com o aacutecido

sulfuacuterico em meio contendo um indicador apropriado Para a aacutegua incolor os indicadores satildeo

fenolftaleiacutena e metilorange se a aacutegua ou filtrado estiver corado por exemplo devido a

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 34

bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 33

lignossulfonato utiliza-se o azul de bromofenol em lugar de metilorange em uacuteltimo caso

usa-se o vermelho de metila em lugar dele

TIPOS DE ALCALINIDADES

Na praacutetica determinam-se as seguintes alcalinidades

I ndash do filtrado agrave fenolftaleiacutena ndash Pf

II ndash do filtrado ao metilorange ndash Mf

III ndash do fluido agrave fenolftaleiacutena ndash Pm

Se numa aacutegua houver apenas HO- entatildeo soacute se mede Pf natildeo havendo CO3= nem

CO3H- a viragem ao metilorange se daacute com a primeira gota de soluccedilatildeo de H2SO4 N50 A

medida que o Mf cresce tornando-se maior que o Pf a alcalinidade passa a ser devida a HO- +

CO3= a CO3

= + CO3H- e por fim somente a CO3H- quando o Pf =0 Entre o Pf =Mf e Pf =0

vaacuterias relaccedilotildees entre o Pf e o Mf podem ser deduzidas cada uma sendo apropriada para

fornecer a concentraccedilatildeo de cada um dos radicais

As concentraccedilotildees desses radicais satildeo expressos em epm (equivalentes partes por

milhatildeo) ppm mgl e em gl conforme a conveniecircncia As alcalinidades geralmente satildeo

expressas em epm usando-se caacutelcio como termo de comparaccedilatildeo de equivalecircncia O peso

atocircmico dele eacute 40 molg e o valor absoluto de sua valecircncia eacute 2 Em termos de valecircncias 1Ca++

= 2HO- 1Ca++ = 1 CO3 1Ca++ = 2CO3H- por conseguinte o equivalente de HO- em Ca++ eacute

20 o equivalente de CO3= em Ca++ eacute 40 etc

As combinaccedilotildees possiacuteveis entre Pf e Mf estatildeo no quadro 1 Os caacutelculos podem ser

efetuados utilizando as foacutermulas contidas no quadro 2

Resultados de

Medidas Interpretaccedilatildeo

HO- CO3= CO3H-

Pf = Mf Pf 0 0

Pf lt 12 Mf 0 2Pf Mf - 2Pf

Pf = 12 Mf 0 2Pf 0

Pf gt 12 Mf 2Pf - Mf 2(Mf - Pf ) 0

Pf = 0 0 0 Mf

Quadro 1 As foacutermulas apresentadas no quadro 2 satildeo baseadas em que

bull 1 epm HO- = 17 ppm HO-

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 34

bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 34

bull 1 epm CO3= = 30 ppm CO3

=

bull 1 epm CO3H- =61 ppm CO3H-

e nas equivalecircncias estequiomeacutetricas entre Ca++ HO- CO3= e CO3H- anteriormente

apresentadas

Resultados Iacuteon Alcalinidade epm Ppm

Pf = Mf HO- Pf 20Pf 340Pf

Pf lt 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

CO3- Mf - 2Pf 20(Mf - 2Pf) 1200(Mf - 2Pf)

Pf = 12 Mf CO3= 2Pf 40Pf 1200Pf

Pf gt 12 Mf HO- 2Pf - Mf 20(2Pf - Mf) 340(2Pf - Mf)

CO3= 2(Mf - Pf) 40(Mf - Pf) 1200(Mf - Pf)

Pf = 0 CO3H- Mf 20 Mf 1200 Mf

MATERIAIS

bull Caacutepsula de porcelana de 250 cm3

bull 2 pipetas graduadas uma de 1 cm3 e outra de 10 cm3

bull Agitador de vidro

bull Bureta

bull Soluccedilatildeo de H2SO4 N50

bull Soluccedilatildeo indicadora de fenolftaleiacutena

PROCEDIMENTO

bull Meccedila 1 cm3 de fluido e coloque-o em uma caacutepsula

bull Dilua com 50 cm3 de aacutegua destilada

bull Adicione 3 gotas de fenolftaleiacutena

bull Titule com soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 rapidamente

bull Agite continuamente ateacute que a cor da amostra passe do vermelho agrave cor original do

fluido

bull Ao volume da soluccedilatildeo de aacutecido sulfuacuterico N50 em cm3 se chama alcalinidade do

fluido (Pm)

bull A alcalinidade do filtrado (Pf) se determina seguindo-se o processo anterior tomando-

se 1 cm3 de filtrado

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 35

A determinaccedilatildeo de ldquoMfrdquo Alcalinidade do filtrado ao metilorange seraacute feita do seguinte modo

bull Determinado o Pf adicionar agrave soluccedilatildeo 2 a 3 gotas de soluccedilatildeo de metilorange

bull Continuar a titulaccedilatildeo anterior com a soluccedilatildeo de H2SO4 N50 ateacute viragem do amarelo-

alaranjado para o roacuteseo

bull Anotar o volume Vt de soluccedilatildeo de aacutecido gasto na titulaccedilatildeo Vt em cm3

bull Calcular o Mf como segue

bull Mf =Vt cm3 de H2SO4 N50

NOTAS

1 ndash Se o filtrado se apresentar corado devido por exemplo a tanino a viragem em ambas as

determinaccedilotildees pode ser afetada particularmente no caso do metilorange Neste caso a

determinaccedilatildeo do ponto final poderaacute ser efetuada com um potenciocircmetro O ponto final para a

determinaccedilatildeo da alcalinidade Pf eacute tomado quando o potenciocircmetro acusar o pH 83 para o

valor de Mf quando acusar o pH 43

2 ndash Em lugar do metilorange como indicador para determinaccedilatildeo do Mf podem ser usados

21 ndash azul de bromo-fenol a 01 em aacutegua destilada

22 - indicador misto cuja composiccedilatildeo eacute a seguinte

bull Vermelho de metila002 g

bull Verde de bromo-cresol010 g

bull Aacutelcool qsp1000 cm3

Com estes indicadores a viragem eacute niacutetida pelo que dispensa o uso do potenciocircmetro

A restriccedilatildeo que se faz eacute que estes indicadores satildeo oxidaacuteveis em presenccedila de certas

substacircncias tal como o aacutecido niacutetrico

Registrar-se as alcalinidades Pf e Pm em cm3 de H2SO4 N50

PREPARO DE SOLUCcedilOtildeES E REATIVOS

Soluccedilatildeo titulada de aacutecido sulfuacuterico N50 Toma-se 12 cm3 de aacutecido sulfuacuterico concentrado e o

dilui em matraz aferido (recipiente de vidro com um gargalo muito estreito e com marca de

afericcedilatildeo) de 2000 cm3 com aacutegua destilada Em seguida titula-se com uma soluccedilatildeo de NaOH

01N usando fenolftaleiacutena como indicador

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 36

Soluccedilatildeo Indicadora de Fenolftaleiacutena

Pesa-se 04g de fenolftaleiacutena qp Em seguida dissolve-

se em 60 cm3 de aacutelcool etiacutelico a 95 diluindo-se ateacute 100 cm3 com aacutegua destilada Filtra-se se

formar resiacuteduo

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Klismeryane Costa de Melo ndash Setembro de 2008 37

CAPIacuteTULO 6

CONCLUSAtildeO

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 38

6 - Conclusatildeo

As propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo mostram as condiccedilotildees do fluido dentro do

poccedilo e seu monitoramento eacute de vital importacircncia para um bom desempenho do mesmo

durante a operaccedilatildeo de perfuraccedilatildeo

O monitoramento dessas propriedades eacute feito por metodologia de anaacutelises simples de

faacutecil realizaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

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11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

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12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

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Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

CAPIacuteTULO 7

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Klismeryane Costa de Melo ndash Agosto de 2008 39

7 - Referecircncias Bibliograacuteficas ARAUacuteJO C F Processamento de Lamas de Perfuraccedilatildeo Universidade Federal de Itajubaacute

IEPG 2003

DARLEY HCH GRAY GR Composition and Properties of Drilling and Completion

Fluids Fifth Edition Gulf Publishing Company Houston Texas 1988

MACHADO J C V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria do Petroacuteleo

ed Interciecircncia 2002a

MACHADO J C V Fluido de Perfuraccedilatildeo Programa Trainees Petrobras- UM-BASTEP

2002b

PETROBRAS Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo Rio de Janeiro CENPES 1991

THOMAS J E organizador Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo Rio de Janeiro

Interciecircncia PETROBRAS 2001

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Monitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeo

ANEXO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Quiacutemica

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado Empresa

PETROacuteLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS

ldquoMonitoramento das propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo

Aluna Klismeryane Costa de Melo

Orientador Profo Dr Everaldo Silvino

Supervisor de Estaacutegio

Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra

Agosto2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

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Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

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5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Klismeryane Costa de Melo

Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado

NatalRN

2006

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Relatoacuterio de Estaacutegio

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

Relatoacuterio apresentado junto ao Departamento de Engenharia

Quiacutemica da UFRN como preacute-requisito para obtenccedilatildeo do conceito na

disciplina DEQ0330 ndash Estaacutegio Supervisionado visando a conclusatildeo do

curso de graduaccedilatildeo em Engenharia Quiacutemica

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

Resultados e discussotildees Avaliaccedilatildeo e modelagem reoloacutegica de fluidos de perfuraccedilatildeo base aacutegua

Klismeryane Costa de Melo UFRN DEQ-2006

1 RESUMO O presente relatoacuterio final contempla as atividades realizadas no estaacutegio supervisionado da

aluna Klismeryane Costa de Melo desenvolvido no periacuteodo de 04 de outubro de 2005 a 04 de

Agosto de 2006 na Empresa Petroacuteleo Brasileiro SA ndash PETROBRAS na Unidade de Exploraccedilatildeo e

Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-RNCE) no setor de Intervenccedilatildeo em Poccedilos (IP) do

Ativo de Produccedilatildeo do Alto do Rodrigues (ATPARG) O mesmo intitula-se ldquoMonitoramento das

propriedades quiacutemicas e fiacutesicas dos fluidos de perfuraccedilatildeordquo e este engloba o acompanhamento do

processo de perfuraccedilatildeo dos poccedilos de petroacuteleo nas aacutereas de Alto do Rodrigues (ARG) e Fazenda

Porcinho (FP) No decorrer do estaacutegio foi possiacutevel acompanhar operaccedilotildees normais de perfuraccedilatildeo de

poccedilo como manobra e circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem testemunhagem bem

como inspeccedilotildees de SMS (Seguranccedila Meio Ambiente e Sauacutede) nas sondas de perfuraccedilatildeo e

completaccedilatildeo O relatoacuterio contempla principalmente o monitoramento das propriedades fiacutesicas e

quiacutemicas do fluido de perfuraccedilatildeo atraveacutes de testes feitos em laboratoacuterio Apoacutes conhecer os

paracircmetros que influenciam as propriedades do fluido de perfuraccedilatildeo e dos seus aditivos torna-se

possiacutevel monitorar e corrigir as propriedades adequadas do fluido Foram analisadas as

propriedades de fluido tais como reoloacutegicas gelificantes viscosidade filtrado pH alcalinidade

limite de escoamento etc O estagio foi supervisionado pelo Quiacutemico de Petroacuteleo I Marcos Tuacutelio

Antunes Bezerra Engenheiro da PETROBRAS e coordenado pelo Prof Dr Everaldo Silvino

professor do Departamento de Engenharia Quiacutemica da UFRN com uma carga horaacuteria de 750 horas

Este relatoacuterio eacute parte avaliativa da disciplina de Estaacutegio Supervisionado onde este tem um papel

muito importante dentro da carreira acadecircmica e profissional do aluno graduando agindo de uma

forma integradora entre aluno empresa e universidade

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

6

Introduccedilatildeo

1 HISTOacuteRICO DA EMPRESA A lei nordm 2004 assinada pelo presidente Getuacutelio Vargas em 1953 instituiacutea o monopoacutelio do

petroacuteleo com a criaccedilatildeo da PETROBRAS encarregada de executar as atividades do setor petroliacutefero

no Brasil em nome da Uniatildeo

As atividades foram iniciadas com o acervo do Conselho Nacional do Petroacuteleo (CNP) e este

era composto por

bull Campos de petroacuteleo com capacidade para produzir 2700 barris por dia (bpd)

bull Bens da Comissatildeo de Industrializaccedilatildeo do Xisto Betuminoso

bull Refinaria de Mataripe-BA (atual RELAM) processando 5000 bpd

bull Refinaria em fase de montagem em Cubatatildeo-SP (atual RPBC)

bull Vinte petroleiros com capacidade para transportar 221 mil toneladas

bull Reservas recuperaacuteveis de 15 milhotildees de barris

bull Consumo de derivados de 137000 bpd

bull Faacutebrica de fertilizantes (Cubatatildeo - SP)

Ao longo de cinco deacutecadas tornou-se liacuteder em distribuiccedilatildeo de derivados no Paiacutes num

mercado competitivo fora do monopoacutelio da Uniatildeo colocando-se entre as quinze maiores empresas

petroliacuteferas na avaliaccedilatildeo internacional Detentora de uma das tecnologias mais avanccediladas do mundo

para a produccedilatildeo de petroacuteleo em aacuteguas profundas e ultra-profundas

Em 1997 o Brasil atraveacutes da PETROBRAS ingressou no seleto grupo de 16 paiacuteses que

produzia mais de 1 milhatildeo de barris de oacuteleo por dia Nesse mesmo ano foi promulgada a Lei n ordm

9478 que abriu as atividades da induacutestria petroliacutefera no Brasil agrave iniciativa privada

Com a lei foram criados a Agecircncia Nacional do Petroacuteleo (ANP) encarregada de regular

contratar e fiscalizar as atividades do setor e o Conselho Nacional de Poliacutetica Energeacutetica um oacutergatildeo

formulador da poliacutetica puacuteblica de energia

O Sistema PETROBRAS inclui subsidiaacuterias - empresas independentes com diretorias

proacuteprias interligadas agrave Sede Satildeo elas as principais

bull PETROBRAS Gaacutes SA - Gaspetro subsidiaacuteria responsaacutevel pela comercializaccedilatildeo do

gaacutes natural nacional e importado

bull PETROBRAS Quiacutemica SA - Petroquisa que atua na induacutestria petroquiacutemica

bull PETROBRAS Distribuidora SA - BR na distribuiccedilatildeo de derivados de petroacuteleo

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

7

bull PETROBRAS Transporte SA - Transpetro criada para executar as atividades de

transporte mariacutetimo e dutoviaacuterio da Companhia

bull PETROBRAS Negoacutecios Eletrocircnicos SA participa no capital social de outras

sociedades que tenham por objetivo atividades realizadas pela Internet ou meios

eletrocircnicos

bull PETROBRAS Comercializadora de Energia Ltda que permite a atuaccedilatildeo da

Companhia nas novas atividades da induacutestria de energia eleacutetrica no Brasil

bull PETROBRAS International Finance Company ndash PIFCO criada com o objetivo de

facilitar a importaccedilatildeo de oacuteleo e produtos derivados de petroacuteleo

A Petrobras possui hoje 102 plataformas de produccedilatildeo sendo 75 fixas e 27 flutuantes 16

refinarias mais ou menos 30380 Km em dutos e mais de 6 mil postos de combustiacuteveis ativos

(dados referentes ao ano de 2006)

Com sede na cidade do Rio de Janeiro possui escritoacuterios e gerecircncias de administraccedilatildeo em

importantes cidades brasileiras como Manaus Salvador Natal Rio de Janeiro Brasiacutelia e Satildeo Paulo

A empresa funciona com quatro aacutereas de negoacutecios EampP Exploraccedilatildeo e Produccedilatildeo

Abastecimento Gaacutes amp Energia e Internacional e duas de apoio Financeira e Serviccedilos e as unidades

corporativas ligadas de forma direta ao presidente

A empresa tambeacutem atua em atividades no exterior como tecnologias equipamentos compra

e venda de petroacuteleo mateacuterias e serviccedilos acompanhamento da economia americana e europeacuteia

operaccedilatildeo financeira com bancos e bolsa de valores recrutamento de pessoal especializado

afretamento de navios apoio em eventos internacionais etc

Aleacutem de estar presente em diversos paiacuteses da Ameacuterica (Argentina Boliacutevia Colocircmbia

Estados Unidos Meacutexico Venezuela e Equador) e Aacutefrica (Angola Nigeacuteria Liacutebia e Tanzacircnia) a

PETROBRAS conta ainda com o apoio de seus escritoacuterios no exterior como em Nova Iorque

(ESNOR) e na China

Aleacutem disso haacute o CENPES o centro de pesquisas da PETROBRAS que possui uma das

mais avanccediladas tecnologias do mundo e eacute reconhecido internacionalmente pela sua grande

competecircncia

3 A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE

Satildeo 15 municiacutepios produtores de petroacuteleo e gaacutes natural no Rio Grande do Norte com um

investimento de bilhotildees de doacutelares e um plano de desenvolvimento ldquoPetrobras 2010 ndash

Crescimento Rentabilidade e Responsabilidade Socialrdquo Esses municiacutepios satildeo Alto do

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

8

Rodrigues Apodi Areia Branca Assuacute Carauacutebas Carnaubais Felipe Guerra Governadora Dix

Sept Rosado Guamareacute Macau Mossoroacute Pendecircncias Porto do Mangue Serra do Mel e

Upanema

Em 1943 tiveram iniacutecio as pesquisas no Rio Grande do Norte Alguns poccedilos foram

perfurados mas mostraram apenas vestiacutegios de oacuteleo

Em 1966 em Mossoroacute jorrou o primeiro poccedilo de petroacuteleo e este serviu com combustiacutevel

para lamparinas da populaccedilatildeo pobre

Vinte anos depois quando alguns estados jaacute produziam petroacuteleo com sucesso foi

descoberto o campo mariacutetimo de Ubarana em Macau-RN

A revista VEJA de 10 de abril de 1974 noticiou a descoberta oficial da jazida de Macau

ldquo() recentemente localizada poderaacute sozinha dobrar o volume de reservas nacionais

conhecidasrdquo Foi dito ainda que o projeto seguinte da Petrobras era abrir mais 1223 postos de

serviccedilos e 120 filiais ldquoo que lhe garante jaacute o domiacutenio de mais de 35 do mercado nacionalrdquo

Em 1994 o Rio Grande do Norte atingiu a marca de 2ordm maior produtor de petroacuteleo do Brasil

o 1ordm em produccedilatildeo terrestre

O Rio Grande do Norte e Cearaacute produzem cerca de 103 mil barris de petroacuteleo por dia

sendo 85 dessa produccedilatildeo dos campos terrestres Quatro milhotildees de metros cuacutebicos por dia eacute a

marca da produccedilatildeo do gaacutes natural com previsatildeo de elevaccedilatildeo para 6 milhotildees m3d tecircm 556

quilocircmetros de oleodutos 542 quilocircmetros de gasodutos e mais de 500 quilocircmetros de rede

eleacutetrica de alta tensatildeo

As reservas provadas no Rio Grande do Norte e Cearaacute satildeo de 4012 milhotildees de barris de

petroacuteleo e 164 milhotildees de metros cuacutebicos de gaacutes Nessa regiatildeo no ano 2000 havia mais de

4000 poccedilos perfurados em terra e mais de 200 no mar

Os principais clientes do petroacuteleo do Rio Grande do Norte satildeo as refinarias existentes em

outros Estados do Brasil O gaacutes natural o oacuteleo diesel o QAV o Biodiesel e o GLP satildeo consumidos

pelos estados do Rio Grande do Norte Cearaacute Paraiacuteba e Pernambuco

9

Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

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12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

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Unidade de Exploraccedilatildeo e Negoacutecios Rio Grande do Norte ndash Cearaacute (UN-

RNCE)

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

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11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

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12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

10

5 ATIVO DE PRODUCcedilAtildeO DO ALTO DO RODRIGUES

O Ativo do Alto do Rodrigues tem como finalidade produzir petroacuteleo de forma competitiva

e rentaacutevel buscando a melhoria continua dos processos As suas principais atribuiccedilotildees satildeo

Operar poccedilos instalaccedilotildees de produccedilatildeo e sistemas de dutos e de utilidades

Controlar e melhorar continuamente o desempenho dos sistemas operacionais

Programar e executar os serviccedilos de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de campo

de inspeccedilatildeo de dutos e de equipamentos

Dimensionar sistemas de elevaccedilatildeo

Executar a preacute-operaccedilatildeo e a partida de equipamentos

Especificar e gerenciar contratos relativos agrave sua aacuterea de atuaccedilatildeo bem como

planejar o suprimento para garantir a continuidade operacional

Manter atualizados documentos legais relativos agraves instalaccedilotildees sob sua

responsabilidade

Executar as atividades de SMS

Informar a realizaccedilatildeo da produccedilatildeo injeccedilatildeo e descarte de fluidos

11

6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

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12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

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6 INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS O estaacutegio foi desenvolvido na aacuterea correspondente ao setor de intervenccedilatildeo em poccedilos (IP) do

Ativo do Alto do Rodrigues Cabe a gerecircncia do IP intervir junto aos poccedilos de produccedilatildeo de

petroacuteleo com o objetivo de manter a produccedilatildeo ou eventualmente melhorar a produtividade As

intervenccedilotildees podem ser feitas com ou sem a instalaccedilatildeo de sondas dentre as operaccedilotildees sem presenccedila

de sonda estatildeo substituiccedilatildeo de vaacutelvula de gaacutes lift registro de pressatildeo abertura ou fechamento de

sliding sleeves Quando se faz necessaacuterio atuaccedilatildeo de sonda as intervenccedilotildees visam corrigir falhas

mecacircnicas na coluna de produccedilatildeo ou revestimento restriccedilotildees que ocasionam a reduccedilatildeo da

produtividade produccedilatildeo excessiva de gaacutes produccedilatildeo excessiva de aacutegua produccedilatildeo de areia e

perfuraccedilatildeo do poccedilo para produccedilatildeo

Estas intervenccedilotildees satildeo classificadas como avaliaccedilatildeo recompletaccedilatildeo restauraccedilatildeo limpeza

estimulaccedilatildeo mudanccedila do meacutetodo de elevaccedilatildeo e abandono

Atividades desenvolvidas 7 PRINCIPAIS ATIVIDADES

Abaixo temos as atividades realizadas no periacuteodo de 04 de Outubro de 2005 a 04 de Agosto

de 2006 e estas foram desenvolvidas em dois setores da empresa que foram eles Intervenccedilatildeo em

poccedilos e Operaccedilatildeo do Estreito O acompanhamento das atividades realizou-se com a orientaccedilatildeo e

supervisatildeo de um Engenheiro responsaacutevel na ocasiatildeo A escala de trabalho foi de quatro dias

trabalhando 10 horas e trecircs dias de folga totalizando 40 horas semanais

Reconhecimento de equipamentos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo

Acompanhamento de cimentaccedilatildeo de poccedilo de petroacuteleo

Acompanhamento de operaccedilotildees normais para se perfurar um poccedilo tais como perfuraccedilatildeo

conexatildeo manobra circulaccedilatildeo revestimento cimentaccedilatildeo perfilagem movimentaccedilatildeo da

sonda (DTM)

Acompanhamento de operaccedilotildees especiais tais como pescaria testemunhagem

Acompanhamento de perfuraccedilatildeo de poccedilo direcional

Controle de fluido de perfuraccedilatildeo

Controle de efluente de sonda de perfuraccedilatildeo

Simulaccedilatildeo de escoamento de oacuteleo utilizando o PIPESIM em dutos na regiatildeo do Estreito

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

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11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

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12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

12

Neste relatoacuterio como jaacute foi dito anteriormente iremos nos deter nas anaacutelises para controle e

monitoramento do fluido

Durante a perfuraccedilatildeo de um poccedilo de petroacuteleo o fluido de perfuraccedilatildeo tem que ser

constantemente monitorado e controlado para preservar as propriedades dentro do que foi

estabelecido no projeto (ver anexo) Esse monitoramento eacute feito com teste de laboratoacuterios realizado

em campo Com base nos resultados obtidos o fluido recebe tratamento a fim de retomar suas

propriedades iniciais garantindo assim um bom desempenho na perfuraccedilatildeo como jaacute foi explicado

anteriormente

O projeto de perfuraccedilatildeo do poccedilo (Ver anexo) chega na sonda de perfuraccedilatildeo com todos

os paracircmetros fiacutesico e quiacutemico especificado

De acordo com a fase que se estaacute perfurando temos um tipo de fluido envolvido e suas

especificaccedilotildees determinadas

Os testes de laboratoacuterio com metodologia jaacute descrita neste documento satildeo realizados

rotineiramente no fluido e sempre que se nota alguma alteraccedilatildeo em suas propriedades De

acordo com os resultados obtidos no laboratoacuterio da sonda se aplica o tratamento para

correccedilotildees das propriedades que apresentam valores fora da faixa determinada no projeto Os

dados satildeo relatados em um DFP (Dados de Fluido de Perfuraccedilatildeo) e arquivados para eventuais

consultas

Seratildeo mostradas logo abaixo de forma ilustrativa resultados de testes feito em um

fluido bem como os produtos quiacutemicos adicionados neste fluido para correccedilatildeo das

Tabela 02 Faixa de Propriedades

Especificadas no Projeto

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

13

propriedades que se mostraram fora da faixa especificada no projeto

Resultados obtidos em laboratoacuterio

HORA 0005 0600 1430

FASE 2 2 2

VAZAtildeO (gpm) 250 250 250

TIPO FLUIDO 5 5 5

PROFUNDIDADE (m) 96 150 275

P ESPECIFICO (ppg) 94 95 95

V MARSH (seg) 65 58 48

L 600 54 54 52

L 300 35 34 31

L 200 25 24 22

L 100 18 17 15

L 6 8 8 5

L 3 6 6 4

GIGF (lb100pesup2) 822 926 413

FILT API (ml) 48 51 53

pH Pf (ml) 11508 1106 1105

CAacuteLCIO (mgl) 820 480 380

NaCl (mgl) 49500 46200 42900

SOacuteLIDOS N C () 70 80 80

AacuteGUA () 930 920 920

AREIA () 03 03

VISC PLASTICA (CP) 19 20 21

LIM ESC (Lb100pesup2) 16 14 10

Os valores que estatildeo marcados com ldquordquo se apresentaram abaixo ou acima da faixa especificada no projeto

Tabela 03 Resultados obtidos com os testes de fluido

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

14

Aditivos para tratamento OBS

O amido funciona como controlador de filtrado o CMC ADS (Carboxi Metil Celulose)

funciona tanto como desfloculante do sistema como ajuda no controle do filtrado A soda eacute

alcalinizante a barrilha serve como sequestrante de Ca++ A esponja de magnetida sequestrante de

H2S (Aacutecido Sulfriacutedico) O sal da o contraste necessaacuterio agrave aacutegua da formaccedilatildeo durante a perfilagem

pois como esta aacutegua eacute doce sua condutividade eacute aproximadamente igual a do oacuteleo

A D I T I V O S CMC BV ADS TIPO 1 SODA CAacuteUSTICA SAL FINO (NaCl) SODA CAacuteUSTICA CALCITA FINA AMIDO BARRILHA ESP DE MAGNETITA BARITINA

Tabela 04 Aditivos utilizados para correccedilatildeo das propriedades alteradas do fluido

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

15

Abaixo temos uma situaccedilatildeo de fluido antes e depois de receber tratamento com anti-

espumantes

Situaccedilatildeo 1- Fluido apresentando espuma em sua superfiacutecie

Situaccedilatildeo 2- Fluido apoacutes receber tratamento com anti-espumantes

Obs

Esses resultados de testes descrito nas paacuteginas 2829 e 30 neste documento eacute soacute um de vaacuterios feitos

rotineiramente no campo Essa eacute uma atividade de monitoramento com isso faz-se necessaacuterio fazecirc-la

com uma certa frequumlecircncia e estatildeo sendo apresentados aqui de uma forma ilustrativa

Situaccedilatildeo 1 Situaccedilatildeo 2

16

11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

17

12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

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11 CONCLUSOtildeES GERAIS

O estaacutegio foi de suma importacircncia no que diz respeito a construccedilatildeo do caraacuteter profissional

do estagiaacuterio A vivecircncia dentro da PETROBRAS mostrou uma realidade praacutetica proporcionando

adquirir conhecimentos natildeo encontrados em sala de aula

A experiecircncia de estar no campo foi iacutempar a aacuterea de atuaccedilatildeo foi especiacutefica e podendo se

adquiri novos conhecimentos dentro da Engenharia Quiacutemica A interaccedilatildeo com profissionais tatildeo bem

capacitados proporcionou uma vasta gama de conhecimento no setor de petroacuteleo

As atividades desenvolvidas proporcionaram uma praacutetica e uma maior sensibilidade no que

diz respeito a fluido de perfuraccedilatildeo bem como o acompanhamento de operaccedilotildees normais que se faz

necessaacuterio ao se perfurar um poccedilo de petroacuteleo sempre com a supervisatildeo e orientaccedilatildeo de um

profissional da aacuterea explicando todo o funcionamento garantindo assim um rendimento maior na

absorccedilatildeo das informaccedilotildees dadas

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12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

18

Anexos

19

20

21

22

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

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12 BIBLIOGRAFIA

bull Manual de Fluidos de Perfuraccedilatildeo DEPER Departamento de Perfuraccedilatildeo

Petrobras Petroacuteleo Brasileiro SA

bull Machado Joseacute Carlos V Reologia e Escoamento de Fluidos - Ecircnfase na Induacutestria

de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo Editora Interciecircncia

bull Thomas Joseacute Eduardo Fundamentos de Engenharia de Petroacuteleo 2ordm Ediccedilatildeo

Editora Interciecircncia

bull Fox Robert W McDonald Alan T Introduccedilatildeo agrave Mecacircnica dos Fluidos 4ordm Ediccedilatildeo

Editora LTC Rio de Janeiro 1995

bull XAVIER Getuacutelio Moura Um Rio Grande e Macau cronologia da histoacuteria geral

Natal 2005

bull

bull

wwwanpgovbr

bull

wwwpetrobrascombr

wwwpetronetcombr

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Anexos

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24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

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Anexos

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  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

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  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

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  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

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  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

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  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

23

24

  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS

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  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
                                • Eng Quiacutemico Marcos Tuacutelio Antunes Bezerra
                                  • Agosto2006
                                  • INTERVENCcedilAtildeO EM POCcedilOS
  • 1 ndash Introduccedilatildeo
  • - Aspectos Teoacutericos
    • 21- Perfuraccedilatildeo de poccedilos de petroacuteleo
    • 22 Fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Propriedades dos fluidos de perfuraccedilatildeo
    • Classificaccedilatildeo dos fluidos de perfuraccedilatildeo
      • Composiccedilatildeo dos tipos de fluidos usados
        • Tipo 5 Argila ativada soda caacuteustica amido NaCl CMC ADS goma xantana e calcaacuterio
            • 24 Controle de soacutelidos nos fluidos de perfuraccedilatildeo
            • Equipamentos extratores de soacutelidos utilizados em sonda de perfuraccedilatildeo do ATP-ARG
              • - Metodologia de anaacutelise
                • Meacutetodos Fiacutesicos
                  • Determinaccedilatildeo da ldquoVISCOSIDADErdquo MARSH
                  • 412 Determinaccedilatildeo do teor de areia
                  • Determinaccedilatildeo da massa especiacutefica
                  • 414 Determinaccedilatildeo dos paracircmetros de filtraccedilatildeo BTBP
                  • 415 Determinaccedilatildeo do teor de liacutequidos e de soacutelidos
                  • 416 ndash Determinaccedilatildeo dos paracircmetros reoloacutegicos e gelificantes
                    • 42 - MEacuteTODOS QUIacuteMICOS
                    • - DETERMINACcedilAtildeO DO pH COM PAPEL INDICADOR
                      • 422 DETERMINACcedilAtildeO DAS ALCALINIDADES Pm Pf e Mf
                          • 6 - Conclusatildeo
                          • 7 - Referecircncias Bibliograacuteficas
                            • A PRODUCcedilAtildeO DO RIO GRANDE DO NORTE
                              • PETROacuteLEO BRASILEIRO SA
                              • Aluna
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