monografia aprovada nr12

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  • 5/25/2018 Monografia aprovada NR12

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    UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DOESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    DEPARTAMENTO DE CINCIAS EXATAS E ENGENHARIAS

    Curso de Ps Graduao Lato Sensuem Engenharia de Segurana do

    Trabalho

    Elmo Ebans Schneider

    INSTALAES DE DISPOSITIVOS DE SEGURANA

    PARA MQUINAS OPERATRIZES CONFORME A NORMA

    REGULAMENTADORA N12 COM NFASE EM

    DISPOSITIVOS ELTRICOS

    Iju/RS

    2011

  • 5/25/2018 Monografia aprovada NR12

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    Elmo Ebans Schneider

    INSTALAES DE DISPOSITIVOS SEGURANA PARA

    MQUINAS OPERATRIZES CONFORME A NORMA

    REGULAMENTADORA N12 COM NFASE EM

    DISPOSITIVOS ELTRICOS

    Trabalho de Concluso de Curso de Ps GraduaoLato Sensu em Engenharia de Segurana doTrabalho apresentado como requisito parcial paraobteno do grau de Engenheiro de Segurana doTrabalho.

    Orientador: Cristina Eliza Pozzobon

    Iju2011

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    FOLHA DE APROVAO

    Monografia defendida e aprovada em sua forma final pelo

    professor orientador e pelo membro da banca examinadora

    ___________________________________________

    Orientador: Professora Cristina Eliza Pozzobon, Mestre

    Banca Examinadora

    ___________________________________________Professor: Olavo Luiz Kleveston, Especialista

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    Dedico este trabalho A Deus,

    minha esposa e ao meu filho, fonte de estmulo a

    permanecer buscando evoluir.

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    RESUMO

    Esse estudo tem por objeto reunir metodologia tcnica que visa auxiliar tomada de

    deciso na escolha de aes para adequao de mquinas e equipamentos, uma vez

    identificados os principais riscos frente s exigncias da NR12. Tal proposta visa auxiliar o

    profissional da rea de segurana do trabalho a ter parmetros de escolha entre as diversas

    medidas e aes possveis, quanto s instalaes e dispositivos eltricos possveis de serem

    usados na partida, acionamento e parada das mquinas e equipamentos, garantindo os

    objetivos de segurana estabelecidos pelas Normas Regulamentadoras, preservar a sade e a

    integridade fsica dos trabalhadores. O tema foi desenvolvido a partir de pesquisa em

    bibliogrfica complementar a respeito do assunto, passando por uma abordagem sobre o

    sistema eltrico na gesto da segurana nas mquinas e equipamentos utilizando nas

    empresas, mostrando os dispositivos / equipamentos, ferramentas e os meios de controle

    adotados por esse sistema. Como concluso, busca-se mostrar que o trabalho, para ser

    realizado de forma segura, depende alm do conhecimento e compromisso dos profissionais,

    da aplicao da medida (ao) correta.

    Palavras-chaves: Segurana; Dispositivos; Anlise funcional; Controle.

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1: Diagrama de ligao dos dispositivos de segurana ............................................. 21Figura 2: Chave de segurana de posio ............................................................................. 21

    Figura 3: Botes de emergncia tipo soco ............................................................................ 22

    Figura 4: Sensores indutivos de segurana ........................................................................... 23

    Figura 5: Pedal de acionamento com emergncia ................................................................ 24

    Figura 6: Comando bimanual ............................................................................................... 25

    Figura 7: Cortina de luz ........................................................................................................ 26

    Figura 8: Tapete de segurana .............................................................................................. 27Figura 9: Scanner .................................................................................................................. 28

    Figura 10: Calo segurana ................................................................................................... 29

    Figura 11: Circuito com dispositivos de segurana ............................................................... 30

    Figura 12: Rel de segurana................................................................................................ 31

    Figura 13: CLP de segurana Flexi Soft ............................................................................... 31

    Figura 14: Funo dos componentes no circuito eltrico ..................................................... 32

    Figura 15: Comando eltrico categoria 1 ............................................................................. 33Figura 16: Comando eltrico categoria 2 ............................................................................. 34

    Figura 17: Comando eltrico categoria 3 ............................................................................. 35

    Figura 18: Comando eltrico categoria 4 ............................................................................. 36

    Figura 19: Sistema parada de emergncia ............................................................................36

    Figura 20: Esquema eltrico de fora sistema segurana ..................................................... 39

    Figura 21: Esquema eltrico de acionamento e partida do motor ........................................40

    Figura 22: Esquema eltrico de acionamento / comando .....................................................41

    Figura 23: Esquema eltrico de ligao boto de emergncia .............................................42

    Figura 24: Esquema eltrico de ligao calo segurana .....................................................42

    Figura 25: Esquema eltrico de ligao cortina segurana ..................................................43

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    LISTA DE SIGLAS E SMBOLOS

    ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas

    NBR Normas Brasileiras

    NBR 13759 Segurana de mquinas. Equipamentos de parada de emergncia

    NBR 13930 Prensas mecnicas. Requisitos de segurana

    NBR 13970 Segurana de mquinas. Temperaturas para superfcies acessveis.

    Dados ergonmicos

    NBR 14152 Segurana de mquinas dispositivos de comando

    NBR 14154 Segurana de mquinas preveno de partida inesperada

    NBRNM 272 Segurana de mquinas. Protees. Requisitos gerais para o projeto

    e construo de protees fixas e mveis

    NBRNM 273 Segurana de mquinas. Dispositivos de intertravamento associados

    a protees. Princpios para projeto e seleo

    NBRNM 13854 Segurana de mquinas folgas mnimas para evitar esmagamento de

    partes do corpo humano

    NR Normas Regulamentadoras

    NR 10 Instalaes e Servios em Eletricidade

    NR 12 Mquinas e Equipamentos

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    SUMRIO

    1. INTRODUO.................................................................................................................. 101.1 DELIMITAO DO TEMA........................................................................................101.2 FORMULAO DA QUESTO DE ESTUDO.........................................................101.3 JUSTIFICATIVAS.......................................................................................................101.4 OBJETIVOS.................................................................................................................11

    1.4.1 Objetivo geral......................................................................................................111.4.2 Objetivos especfico.............................................................................................11

    1.5 ORGANIZAO DO TRABALHO............................................................................11

    2. REVISO DA LITERATURA......................................................................................... 12

    2.1 BASE LEGAL...............................................................................................................12

    3. MTODO E MATERIAIS................................................................................................ 18

    3.1 MTODOS E TCNICAS UTILIZADAS...................................................................183.2 TIPOS DE PROTEO EM MQUINAS E EQUIPAMENTOS...............................18

    3.2.1 Protees fixas..................................................................................................... 193.2.2 Protees mveis................................................................................................. 193.2.3 Enclausuramento da zona de trabalho............................................................. 203.2.4 Ferramenta fechada........................................................................................... 20

    3.3 DISPOSITIVOS ELTRICOS DE PROTEO.........................................................203.3.1 Chaves de segurana.......................................................................................... 213.3.2 Dispositivos de parada emergncia................................................................... 21

    3.3.3 Sensores de segurana........................................................................................ 233.3.4 Pedal de acionamento......................................................................................... 233.3.5 Comando bimanual............................................................................................ 243.3.6 Cortina de luz...................................................................................................... 253.3.7 Tapete de segurana........................................................................................... 263.3.8 Scanner................................................................................................................ 273.3.9 Monitorao do movimento da mquina......................................................... 283.3.10 Reteno mecnica Calo de segurana........................................................ 29

    3.4 INSTALAES ELTRICAS.....................................................................................303.5 CIRCUITOS ELTRICOS DE SEGURANA............................................................30

    3.5.1 Rels de segurana.............................................................................................. 303.5.2 CLP de emergncia............................................................................................. 31

    4. APRESENTAO E ANLISE DOS RESULTADOS................................................32

    4.1 PRINCPIOS PARA PROJETO E SELEO.............................................................324.2 CATEGORIA DE RISCOS...........................................................................................32

    4.2.1 Categoria de risco 1............................................................................................ 334.2.2 Categoria de risco 2............................................................................................ 334.2.3 Categoria de risco 3............................................................................................ 344.2.4 Categoria de risco 4............................................................................................ 35

    4.3 PARADA DE EMERGNCIA.....................................................................................36

    4.3.1 Parada de emergncia categoria 0.................................................................... 374.3.2 Parada de emergncia categoria 1.................................................................... 374.4 SISTEMA DE SEGURANA......................................................................................38

    4.4.1 Esquema eltrico painel de segurana.............................................................. 38

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    4.4.2 Esquema eltrico comando dispositivos segurana......................................... 394.5MANUTENO...........................................................................................................43

    5.CONSIDERAES FINAIS............................................................................................. 46

    5.1 CONCLUSES........................................................................................................... .465.2 SUGESTO PARA TRABALHOS FUTUROS......................................................... .46

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS................................................................................. 47

    TODAS AS PGINAS DO TRABALHO SO CONTADAS PORM A NUMERAO VISVEL A PARTIR DA INTRODUO, EXCETO NAS PGINAS QUECONTM TTULO. A MESMA DEVE ESTAR NO CANTO SUPERIOR DIREITO RESPEITADOS OS AFASTAMENTOS PREVISTOS EM NORMA

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    1. INTRODUO1.1.DELIMITAO DO TEMA

    Este trabalho em seus captulos apresenta referencias tcnicas e princpios lgicos, a

    serem aplicados na segurana de mquinas e equipamentos, visando atender as especificaes

    da NR12. Esta norma regulamentadora traz medidas de ordem geral. O atendimento as

    mesmas garante a instalao de forma adequada dos dispositivos eltricos nas mquinas e

    equipamentos, buscando preservar a sade e a integridade fsica dos trabalhadores durante a

    jornada de trabalhando, com a funcionalidade segura do sistema de segurana, da partida,

    acionamento e parada.

    1.2.FORMULAO DA QUESTO DE ESTUDOToda a mquina ou equipamento com acionamento repetitivo, que no tenha proteo

    adequada, oferecendo risco ao operador, deve ter dispositivos apropriados de segurana,

    conforme disposto na NR 12. Como o objetivo deste trabalhar apresentar material tcnico

    que visa auxiliar o profissional da rea de segurana do trabalho a ter parmetros de escolha

    entre as diversas medidas e aes possveis, quanto s instalaes e dispositivos eltricos

    possveis de serem usados na partida, acionamento e parada das mquinas e equipamentos,

    garantindo os objetivos de segurana estabelecidos pelas Normas Regulamentadoras, que

    visam preservar a sade e a integridade fsica dos trabalhadores.

    1.3.JUSTIFICATIVASAtualmente, segurana no trabalho um tema trabalhado e disseminado em todo o

    mundo, ultrapassando fronteiras, mesmo que ainda em estgios diferentes em cada local.

    Independentemente do porte da organizao, este assunto destaque na rotina de qualquer

    empresa visto que a responsabilidade social e a preocupao com o bem estar dos

    funcionrios e de seus familiares so assuntos muito discutidos atualmente.

    Freqentes ocorrem casos em que durante a execuo dos trabalhos, as pessoas so

    obrigadas a acessar reas de risco das mquinas, seja no instante de alimentar e retirar as

    peas, para proceder a limpeza, ou na manuteno. Nestes momentos que a segurana do

    operador dever estar garantida. Cada vez mais constata-se a necessidade de criar aes einstalar dispositivos que atuem de forma preventiva na ocorrncia de acidentes, mecanismos

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    estes que atuem de forma inteligente junto ao processo, a fim de propiciar reduo nas

    condies inseguras do trabalho e na reduo dos riscos de acidentes.

    1.4.OBJETIVOS1.4.1. Objetivo geral

    Propor uma metodologia tcnica para fins de auxiliar o trabalhador da rea da segurana

    do trabalho, na escolha correta das aes de preveno quanto aos riscos inerentes das

    instalaes e dispositivos eltricos, utilizados na partida, acionamento e parada de mquinas e

    equipamentos.

    1.4.2. Objetivos especficos Aumentar o conhecimento literrio sobre as caractersticas e funcionamento dos

    produtos de segurana, disponveis no mercado

    Aplicao correta dos componentes de seguranaIndicar modelos de lgica de ligao eltrica dos principais equipamentos de

    segurana envolvidos em uma soluo

    1.5.ORGANIZAO DO TRABALHOO presente estudo composto de cinco captulos. Inicialmente, o primeiro captulo

    apresenta a formulao do estudo, onde apresentado a justificativa e os objetivos do trabalho. O

    segundo captulo traz a reviso da literatura, com apresentao da base legal do trabalho. O

    terceiro captulo apresenta a metodologia utilizada na elaborao do estudo, descrevendo-se os

    dispositivos e materiais que compem um sistema de segurana. O quarto captulo apresenta e

    analisa os resultados do projeto e seleo da instalao dos dispositivos de segurana em

    mquinas e equipamentos, tema central do estudo. Finalmente, seguem as concluses a que se

    chegou com o estudo, a lista das referncias bibliogrficas utilizadas complementam e ilustram o

    estudo.

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    2. REVISO DA LITERATURA2.1.BASE LEGAL

    A Lei n 6514 de 22 de dezembro de 1977, alterou o Captulo V da Consolidao das

    Leis do Trabalho, relativo Segurana e Medicina do Trabalho. A Seo XI - Das mquinas e

    equipamentos do novo texto legal traz os artigo 184, 185 e 186, cuja redao a seguinte:Art. 184. As mquinas e os equipamentos devero ser dotados de dispositivos de partida e parada e outros quese fizerem necessrios para a preveno de acidentes do trabalho, especialmente quanto ao risco deacionamento acidental.

    Pargrafo nico. proibida a fabricao, a importao, a venda, a locao e o uso de mquinas e

    equipamentos que no atendam ao disposto neste artigo.Art. 185. Os reparos, limpeza e ajustes somente podero ser executados com as mquinas paradas, salvo se omovimento for indispensvel realizao do ajuste.

    Art. 186. O Ministrio do Trabalho estabelecer normas adicionais sobre proteo e medidas de segurana naoperao de mquinas e equipamentos, especialmente quanto proteo das partes mveis, distncia entre elas,vias de acesso s mquinas e equipamentos de grandes dimenses, emprego de ferramentas, sua adequao emedidas de proteo exigidas quando motorizadas ou eltricas.

    O artigo 184 estabelece a obrigatoriedade da dotao de dispositivos de partida e parada

    das mquinas e equipamentos, ressaltando a importncia de impedir o acionamento acidental.

    Esta previso legal visa permitir ao trabalhador ter ao seu alcance os comandos de

    acionamento e parada da mquina que estiver operando, de forma a agir rapidamente quandoocorrer uma situao de risco para si prprio ou para outro trabalhador que estiver prximo

    mquina. O pargrafo nico do referido artigo probe a fabricao, a importao, a venda, a

    locao e o uso de mquinas e equipamentos que no atendam ao que est no caput do artigo.

    O artigo 185 determina que as intervenes de manuteno e ajustes da mquina sejam

    feitos com a mesma parada, faz ressalva, entretanto, a necessidade de movimento para alguns

    ajustes.

    O artigo 186 delega ao Ministrio do Trabalho a competncia para estabelecer normasadicionais para a proteo de mquinas e equipamentos, o que foi reforado pelo artigo 200

    da CLT. Esta delegao foi cumprida atravs da Norma Regulamentadora 12.

    A NR 12, por sua vez, foi introduzida no ordenamento jurdico pela Portaria GM n

    3.214 de 8 de junho de 1978, tratando exclusivamente de Mquinas e Equipamentos, com

    atualizao em 17 de dezembro de 2010, pela portaria SIT n 197.Os itens que relacionados

    com o tema deste trabalho so os seguintes:

    I nstal aes e dispositi vos eltr icos.12.14. As instalaes eltricas das maquinas e equipamentos devem ser projetadas e mantidas de modo a

    prevenir, por meios seguros, os perigos de choque eltrico, incndio, exploso e outros tipos de acidentes,conforme previsto na NR 10.

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    12.15.Devem ser aterrados, conforme as normas tcnicas oficiais vigentes, as instalaes, carcaas, invlucros,blindagens ou partes condutoras das maquinas e equipamentos que no faam parte dos circuitos eltricos, masque possam ficar sob tenso.12.16.As instalaes eltricas das maquinas e equipamentos que estejam ou possam estar em contato direto ouindireto com gua ou agentes corrosivos devem ser projetadas com meios e dispositivos que garantam sua

    blindagem, estanqueidade, isolamento e aterramento, de modo a prevenir a ocorrncia de acidentes.12.17. Os condutores de alimentao eltrica das maquinas e equipamentos devem atender aos seguintesrequisitos mnimos de segurana:a) oferecer resistncia mecnica compatvel com a sua utilizao;b) possuir proteo contra a possibilidade de rompimento mecnico, de contatos abrasivos e de contato comlubrificantes, combustveis e calor;c) localizao de forma que nenhum segmento fique em contato com as partes moveis ou cantos vivos;d) facilitar e no impedir o trnsito de pessoas e materiais ou a operao das maquinas;e) no oferecer quaisquer outros tipos de riscos na sua localizao; e

    f) ser constitudos de materiais que no propaguem o fogo, ou seja, auto-extinguveis, e no emitiremsubstncias toxicas em caso de aquecimento.12.18. Os quadros de energia das maquinas e equipamentos devem atender aos seguintes requisitos mnimos de

    segurana:

    a) possuir porta de acesso, mantida permanentemente fechada;b) possuir sinalizao quanto ao perigo de choque eltrico e restrio de acesso por pessoas no autorizadas;c) ser mantidos em bom estado de conservao, limpos e livres de objetos e ferramentas;d) possuir proteo e identificao dos circuitos. ee) atender ao grau de proteo adequado em funo do ambiente de uso.12.19. As ligaes e derivaes dos condutores eltricos das maquinas e equipamentos devem ser feitasmediante dispositivos apropriados e conforme as normas tcnicas oficiais vigentes, de modo a assegurarresistncia mecnica e contato eltrico adequado, com caractersticas equivalentes aos condutores eltricosutilizados e proteo contra riscos.12.20. As instalaes eltricas das maquinas e equipamentos que utilizem energia eltrica fornecida por fonteexterna devem possuir dispositivo protetor contra sobrecorrente, dimensionado conforme a demanda deconsumo do circuito.12.20.1.As maquinas e equipamentos devem possuir dispositivo protetor contra sobretenso quando a elevao

    da tenso puder ocasionar risco de acidentes.12.20.2. Quando a alimentao eltrica possibilitar a inverso de fases de maquina que possa provocaracidente de trabalho, deve haver dispositivo monitorado de deteco de seqncia de fases ou outra medida de

    proteo de mesma eficcia.12.21. So proibidas nas maquinas e equipamentos:a) a utilizao de chave geral como dispositivo de partida e parada;b) a utilizao de chaves tipo faca nos circuitos eltricos; ec) a existncia de partes energizadas expostas de circuitos que utilizam energia eltrica.12.22.As baterias devem atender aos seguintes requisitos mnimos de segurana:a) localizao de modo que sua manuteno e troca possam ser realizadas facilmente a partir do solo ou de uma

    plataforma de apoio;b) constituio e fixao de forma a no haver deslocamento acidental; ec) proteo do terminal positivo, a fim de prevenir contato acidental e curto-circuito.12.23. Os servios e substituies de baterias devem ser realizados conforme indicao constante do manual deoperao.Di spositi vos de part ida, acionamento e parada.12.24. Os dispositivos de partida, acionamento e parada das maquinas devem ser projetados, selecionados einstalados de modo que:a) no se localizem em suas zonas perigosas;b) possam ser acionados ou desligados em caso de emergncia por outra pessoa que no seja o operador;c) impeam acionamento ou desligamento involuntrio pelo operador ou por qualquer outra forma acidental;d) no acarretem riscos adicionais; ee) no possam ser burlados.12.25. Os comandos de partida ou acionamento das maquinas devem possuir dispositivos que impeam seu

    funcionamento automtico ao serem energizadas.

    12.26.Quando forem utilizados dispositivos de acionamento do tipo comando bimanual, visando a manter as

    mos do operador fora da zona de perigo, esses devem atender aos seguintes requisitos mnimos do comando:a) possuir atuao sncrona, ou seja, um sinal de sada deve ser gerado somente quando os dois dispositivos deatuao do comando -botes- forem atuados com um retardo de tempo menor ou igual a 0,5 s (cinco segundos);

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    b) estar sob monitoramento automtico por interface de segurana;c) ter relao entre os sinais de entrada e sada, de modo que os sinais de entrada aplicados a cada um dos doisdispositivos de atuao do comando devem juntos se iniciar e manter o sinal de sada do dispositivo de comandobimanual somente durante a aplicao dos dois sinais;d) o sinal de sada deve terminar quando houver desacionamento de qualquer dos dispositivos de atuao de

    comando;e) possuir dispositivos de comando que exijam uma atuao intencional a fim de minimizar a probabilidade decomando acidental;

    f) possuir distanciamento e barreiras entre os dispositivos de atuao de comando para dificultar a burla doefeito de proteo do dispositivo de comando bimanual; e

    g) tornar possvel o reincio do sinal de sada somente apos a desativao dos dois dispositivos de atuao docomando.12.27. Nas maquinas operadas por dois ou mais dispositivos de comando bimanuais, a atuao sncrona erequerida somente para cada um dos dispositivos de comando bimanuais e no entre dispositivos diferentes quedevem manter simultaneidade entre si.12.28. Os dispositivos de comando bimanual devem ser posicionados a uma distancia segura da zona de perigo,levando em considerao:a) a forma, a disposio e o tempo de resposta do dispositivo de comando bimanual;

    b) o tempo mximo necessrio para a paralisao da maquina ou para a remoo do perigo, apos o termino dosinal de sada do dispositivo de comando bimanual; ec) a utilizao projetada para a maquina.12.29. Os comandos bimanuais moveis instalados em pedestais devem:a) manter-se estveis em sua posio de trabalho; eb) possuir altura compatvel com o posto de trabalho para ficar ao alcance do operador em sua posio detrabalho.12.30.Nas maquinas e equipamentos cuja operao requeira a participao de mais de uma pessoa, o numerode dispositivos de acionamento simultneos deve corresponder ao numero de operadores expostos aos perigosdecorrentes de seu acionamento, de modo que o nvel de proteo seja o mesmo para cada trabalhador.12.30.1.Deve haver seletor do numero de dispositivos de acionamento em utilizao, com bloqueio que impeaa sua seleo por pessoas no autorizadas.12.30.2. O circuito de acionamento deve ser projetado de modo a impedir o funcionamento dos comandos

    habilitados pelo seletor enquanto os demais comandos no habilitados no forem desconectados.12.30.3. Os dispositivos de acionamento simultneos, quando utilizados dois ou mais, devem possuir sinalluminoso que indique seu funcionamento.12.31. As mquinas ou equipamentos concebidos e fabricados para permitir a utilizao de vrios modos decomando ou de funcionamento que apresentem nveis de segurana diferentes, devem possuir um seletor queatenda aos seguintes requisitos:a) bloqueio em cada posio, impedindo a sua mudana por pessoas no autorizadas;b) correspondncia de cada posio a um nico modo de comando ou de funcionamento;c) modo de comando selecionado com prioridade sobre todos os outros sistemas de comando, com exceo da

    parada de emergncia; ed) a seleo deve ser visvel, clara e facilmente identificvel.12.32. As maquinas e equipamentos, cujo acionamento por pessoas no autorizadas possam oferecer risco a

    sade ou integridade fsica de qualquer pessoa, devem possuir sistema que possibilite o bloqueio de seusdispositivos de acionamento.12.33. O acionamento e o desligamento simultneo por um nico comando de um conjunto de maquinas eequipamentos ou de maquinas e equipamentos de grande dimenso devem ser precedidos de sinal sonoro dealarme.12.34.Devem ser adotadas, quando necessrias, medidas adicionais de alerta, como sinal visual e dispositivosde telecomunicao, considerando as caractersticas do processo produtivo e dos trabalhadores.12.35. As maquinas e equipamentos comandados por radiofreqncia devem possuir proteo contrainterferncias eletromagnticas acidentais.12.36. Os componentes de partida, parada, acionamento e outros controles que compem a interface deoperao das maquinas devem:a) operar em extrabaixa tenso de ate 25V (vinte e cinco volts) em corrente alternada ou de ate 60V (sessentavolts) em corrente continua; eb) possibilitar a instalao e funcionamento do sistema de parada de emergncia, conforme itens 12.56 a 12.63e seus subitens.12.37. O circuito eltrico do comando da partida e parada do motor eltrico de maquinas deve possuir, nomnimo, dois contatores com contatos positivamente guiados, ligados em serie, monitorados por interface de

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    segurana ou de acordo com os padres estabelecidos pelas normas tcnicas nacionais vigentes e, na faltadestas, pelas normas tcnicas internacionais, se assim for indicado pela analise de risco, em funo da

    severidade de danos e freqncia ou tempo de exposio ao risco.

    Sistemas de segurana.

    12.38. As zonas de perigo das maquinas e equipamentos devem possuir sistemas de segurana, caracterizadospor protees fixas, protees moveis e dispositivos de segurana interligados, que garantam proteo a sade ea integridade fsica dos trabalhadores.12.38.1. A adoo de sistemas de segurana, em especial nas zonas de operao que apresentem perigo, deveconsiderar as caractersticas tcnicas da maquina e do processo de trabalho e as medidas e alternativastcnicas existentes, de modo a atingir o nvel necessrio de segurana previsto nesta Norma.12.39. Os sistemas de segurana devem ser selecionados e instalados de modo a atender aos seguintesrequisitos:a) ter categoria de segurana conforme previa analise de riscos prevista nas normas tcnicas oficiais vigentes;b) estar sob a responsabilidade tcnica de profissional legalmente habilitado;c) possuir conformidade tcnica com o sistema de comando a que so integrados;d) instalao de modo que no possam ser neutralizados ou burlados;e) manterem-se sob vigilncia automtica, ou seja, monitoramento, de acordo com a categoria de segurana

    requerida, exceto para dispositivos de segurana exclusivamente mecnicos; ef) paralisao dos movimentos perigosos e demais riscos quando ocorrerem falhas ou situaes anormais detrabalho.12.40. Os sistemas de segurana, de acordo com a categoria de segurana requerida, devem exigir rearme, oureset manual, apos a correo da falha ou situao anormal de trabalho que provocou a paralisao damaquina.12.41. Para fins de aplicao desta Norma, considera-se proteo o elemento especificamente utilizado para

    prover segurana por meio de barreira fsica, podendo ser:a) proteo fixa, que deve ser mantida em sua posio de maneira permanente ou por meio de elementos de

    fixao que s permitam sua remoo ou abertura com o uso de ferramentas especifica; eb) proteo mvel, que pode ser aberta sem o uso de ferramentas, geralmente ligada por elementos mecnicos aestrutura da maquina ou a um elemento fixo prximo, e deve se associar a dispositivos de intertravamento.12.42.Para fins de aplicao desta Norma, consideram-se dispositivos de segurana os componentes que, por si

    s ou interligados ou associados a protees, reduzam os riscos de acidentes e de outros agravos a sade, sendoclassificados em:a) comandos eltricos ou interfaces de segurana: dispositivos responsveis por realizar o monitoramento, queverificam a interligao, posio e funcionamento de outros dispositivos do sistema e impedem a ocorrncia de

    falha que provoque a perda da funo de segurana, como reles de segurana, controladores configurveis desegurana e controlador lgico programvel - CLP de segurana;b) dispositivos de intertravamento: chaves de segurana eletromecnicas, com ao e ruptura positiva,magnticas e eletrnicas codificadas, optoeletrnicas, sensores indutivos de segurana e outros dispositivos de

    segurana que possuem a finalidade de impedir o funcionamento de elementos da maquina sob condiesespecificas;c) sensores de segurana: dispositivos detectores de presena mecnicos e no mecnicos, que atuam quandouma pessoa ou parte do seu corpo adentra a zona de perigo de uma maquina ou equipamento, enviando um

    sinal para interromper ou impedir o incio de funes perigosas, como cortinas de luz, detectores de presenaoptoeletrnicos, laser de mltiplos feixes, barreiras ticas, monitores de rea, ou scanners, batentes, tapetes e

    sensores de posio;d) vlvulas e blocos de segurana ou sistemas pneumticos e hidrulicos de mesma eficcia;e) dispositivos mecnicos, como: dispositivos de reteno, limitadores, separadores, empurradores, inibidores,defletores e retrateis; e

    f) dispositivos de validao: dispositivos suplementares de comando operados manualmente, que, quandoaplicados de modo permanente, habilitam o dispositivo de acionamento, como chaves seletoras bloqueveis edispositivos bloqueveis.12.43. Os componentes relacionados aos sistemas de segurana e comandos de acionamento e parada dasmaquinas, inclusive de emergncia, devem garantir a manuteno do estado seguro da maquina ou equipamentoquando ocorrerem flutuaes no nvel de energia alem dos limites considerados no projeto, incluindo o corte erestabelecimento do fornecimento de energia.

    12.44.A proteo deve ser mvel quando o acesso a uma zona de perigo for requerido uma ou mais vezes por

    turno de trabalho, observando-se que:a) a proteo deve ser associada a um dispositivo de intertravamento quando sua abertura no possibilitar oacesso a zona de perigo antes da eliminao do risco; e

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    b) a proteo deve ser associada a um dispositivo de intertravamento com bloqueio quando sua aberturapossibilitar o acesso a zona de perigo antes da eliminao do risco.12.45. As maquinas e equipamentos dotados de protees mveis associadas a dispositivos de intertravamentodevem:a) operar somente quando as protees estiverem fechadas;

    b) paralisar suas funes perigosas quando as protees forem abertas durante a operao; ec) garantir que o fechamento das protees por si s no possa dar inicio as funes perigosas12.46. Os dispositivos de intertravamento com bloqueio associados as protees moveis das maquinas eequipamentos devem:a) permitir a operao somente enquanto a proteo estiver fechada e bloqueada;b) manter a proteo fechada e bloqueada ate que tenha sido eliminado o risco de leso devido as funes

    perigosas da mquina ou do equipamento; ec) garantir que o fechamento e bloqueio da proteo por si s no possa dar inicio as funes perigosas damaquina ou do equipamento.12.47. As transmisses de forca e os componentes moveis a elas interligados, acessveis ou expostos, devem

    possuir protees fixas, ou moveis com dispositivos de intertravamento, que impeam o acesso por todos oslados.12.47.1. Quando utilizadas protees mveis para o enclausuramento de transmisses de forca que possuam

    inrcia, devem ser utilizados dispositivos de intertravamento com bloqueio.12.47.2. O eixo carda deve possuir proteo adequada, em perfeito estado de conservao em toda a suaextenso, fixada na tomada de forca da maquina desde a cruzeta ate o acoplamento do implemento ouequipamento.12.48. As maquinas e equipamentos que ofeream risco de ruptura de suas partes, projeo de materiais,

    partculas ou substncias, devem possuir protees que garantam a sade e a segurana dos trabalhadores.12.49. As protees devem ser projetadas e construdas de modo a atender aos seguintes requisitos de

    segurana:a) cumprir suas funes apropriadamente durante a vida til da maquina ou possibilitar a reposio de partesdeterioradas ou danificadas;b) ser constitudas de materiais resistentes e adequados a conteno de projeo de pecas, materiais e

    partculas;c) fixao firme e garantia de estabilidade e resistncia mecnica compatveis com os esforos requeridos;

    d) no criar pontos de esmagamento ou agarramento com partes da maquina ou com outras protees;e) no possuir extremidades e arestas cortantes ou outras salincias perigosas;

    f) resistir s condies ambientais do local onde esto instaladas;g) impedir que possam ser burladas;h) proporcionar condies de higiene e limpeza;i) impedir o acesso a zona de perigo;

    j) ter seus dispositivos de intertravamento protegidos adequadamente contra sujidade, poeiras e corroso, senecessrio;k) ter ao positiva, ou seja, atuao de modo positivo; el) no acarretar riscos adicionais.12.51. Durante a utilizao de protees distantes da maquina ou equipamento com possibilidade de alguma

    pessoa ficar na zona de perigo, devem ser adotadas medidas adicionais de proteo coletiva para impedir apartida da maquina enquanto houver pessoas nessa zona.12.52.As protees tambm utilizadas como meio de acesso por exigncia das caractersticas da maquina ou doequipamento devem atender aos requisitos de resistncia e segurana adequados a ambas as finalidades.12.53. Deve haver proteo no fundo dos degraus da escada, ou seja, nos espelhos, sempre que uma parte

    saliente do p ou da mo possa contatar uma zona perigosa.12.54. As protees, dispositivos e sistemas de segurana devem integrar as maquinas e equipamentos, e no

    podem ser considerados itens opcionais para qualquer fim.12.55.Em funo do risco, poder ser exigido projeto, diagrama ou representao esquemtica dos sistemas de

    segurana de maquinas, com respectivas especificaes tcnicas em lngua portuguesa.12.55.1. Quando a maquina no possuir a documentao tcnica exigida, o seu proprietrio deve constitu-la,

    sob a responsabilidade de profissional legalmente habilitado e com respectiva Anotao de ResponsabilidadeTcnica do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura ART/CREA.

    Dispositi vos de parada de emergnci a.12.56.As maquinas devem ser equipadas com um ou mais dispositivos de parada de emergncia, por meio dosquais possam ser evitadas situaes de perigo latentes e existentes.

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    12.56.1. Os dispositivos de parada de emergncia no devem ser utilizados como dispositivos de partida ou deacionamento.12.56.2. Excetuam-se da obrigao do subitem 12.56.1 as maquinas manuais, as mquinas autopropelidas eaquelas nas quais o dispositivo de parada de emergncia no possibilita a reduo do risco.12.57. Os dispositivos de parada de emergncia devem ser posicionados em locais de fcil acesso e visualizao

    pelos operadores em seus postos de trabalho e por outras pessoas, e mantidos permanentemente desobstrudos.12.58. Os dispositivos de parada de emergncia devem:a) ser selecionados, montados e interconectados de forma a suportar as condies de operao previstas, bemcomo as influencias do meio;b) ser usados como medida auxiliar, no podendo ser alternativa a medidas adequadas de proteo ou a

    sistemas automticos de segurana;c) possuir acionadores projetados para fcil atuao do operador ou outros que possam necessitar da suautilizao;d) prevalecer sobre todos os outros comandos;e) provocar a parada da operao ou processo perigoso em perodo de tempo to reduzido quanto tecnicamente

    possvel, sem provocar riscos suplementares;f) ser mantidos sob monitoramento por meio de sistemas de segurana; eg) ser mantidos em perfeito estado de funcionamento.12.59.A funo parada de emergncia no deve:a) prejudicar a eficincia de sistemas de segurana ou dispositivos com funes relacionadas com a segurana;b) prejudicar qualquer meio projetado para resgatar pessoas acidentadas; ec) gerar risco adicional.12.60. O acionamento do dispositivo de parada de emergncia deve tambm resultar na reteno do acionador,de tal forma que quando a ao no acionador for descontinuada, este se mantenha retido ate que sejadesacionado.12.60.1. O desacionamento deve ser possvel apenas como resultado de uma ao manual intencionada sobre oacionador, por meio de manobra apropriada;12. 61. Quando usados acionadores do tipo cabo, deve-se:a) utilizar chaves de parada de emergncia que trabalhem tracionadas, de modo a cessarem automaticamenteas funes perigosas da maquina em caso de ruptura ou afrouxamento dos cabos;b) considerar o deslocamento e a forca aplicada nos acionadores, necessrios para a atuao das chaves de

    parada de emergncia; ec) obedecer a distancia mxima entre as chaves de parada de emergencia recomendada pelo fabricante.12.62.As chaves de parada de emergncia devem ser localizadas de tal forma que todo o cabo de acionamento

    seja visvel a partir da posio de desacionamento da parada de emergncia.12.62.1. Se no for possvel o cumprimento da exigncia do item 12.62, deve-se garantir que, apos a atuao eantes do desacionamento, a maquina ou equipamento seja inspecionado em toda a extenso do cabo.12.63. A parada de emergncia deve exigir rearme, ou reset manual, a ser realizado somente apos a correodo evento que motivou o acionamento da parada de emergncia.12.63.1. A localizao dos acionadores de rearme deve permitir uma visualizao completa da rea protegida

    pelo cabo.

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    3. MTODOS E MATERIAIS3.1.MTODOS E TCNICAS UTILIZADAS

    O presente trabalho foi executado, buscando-se apresentar os dispositivos eltricos

    possveis de se aplicar em uma segurana de mquina, para monitorao das protees

    aplicadas, com o detalhamento de sua funcionalidade e da sua instalao eltrica adequada em

    conformidade as normas tcnicas.

    Conhecer o processo, as normas regulamentadoras e as normas tcnicas fundamental

    sempre que se for aplicar uma soluo de segurana em mquinas, pois a soluo deve serbaseada em trs pilares: protees adequadas (funcionalidade), procedimentos adequados e

    capacitao de fator humano.

    Lembrando que as normas tcnicas da ABNT NBR so instrumentos bsicos de

    trabalho e devem ser empregadas em todas as solues de segurana, as normas tcnicas de

    segurana so divididas em trs partes: Normas do tipo A (fundamentais de segurana);

    Normas do tipo B (B1 Aspectos particulares de segurana / B2 Sobre dispositivos

    eltricos condicionadores de segurana, como bi-manuais, dispositivos de intertravamento); e

    Normas tipo C (por categoria de mquinas).

    O presente trabalho apresenta uma descrio completa e concisa dos dispositivos

    eltricos condicionadores de segurana em uma mquina e ou equipamento, permitindo

    compreender e interpretar diferentes tipos de dispositivos existentes em uma segurana de

    mquina em conformidade a NR 12, bem como possibilitar a instalao adequada dos

    mesmos.

    A metodologia apresentada na seqncia cronolgica em que um sistema de segurana

    deve ser analisado, iniciando-se pela apresentao das protees existentes (com suas

    especificaes) e em seguida relacionando-se os dispositivos eltricos com suas

    funcionalidades.

    3.2.TIPOS DE PROTEO EM MQUINAS E EQUIPAMENTOSO Artigo 186 da CLT e NR 12 em seu item 12.2.2 determinam que as mquinas e os

    equipamentos com acionamento repetitivo devero receber proteo adequada. Segundo a

    NBR NM 272 Segurana de Mquinas Protees Requisitos gerais para o projeto e

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    construo de protees fixas e mveis. Proteo definida como parte da mquina

    especificamente utilizada para prover proteo por meio de uma barreira fsica, devendo:

    No apresentar facilidade de burla;Prevenir o contato (NBR NM 13852 / 13853 / 13854)Ter estabilidade no tempo;No criar perigos novos, como por exemplo, pontos de esmagamento ou agarramento,

    com partes da mquina ou de outras protees, extremidades e arestas cortantes ou

    outras salincias perigosas;

    No criar interferncia;Para melhor entendimento, encontram-se resumidos abaixo, os tipos bsicos de

    protees aplicados s mquinas e equipamentos, especificados na Norma NBR NM 13852.

    3.2.1. Protees fixasSo as protees fixadas normalmente no corpo ou estrutura da mquina, essas

    protees devero ser mantidas em sua posio fechada sendo de difcil remoo, fixadas por

    meio de solda ou parafusos, tornando sua remoo ou abertura impossvel sem o uso de

    ferramentas. Podem ser confeccionadas em tela metlica, chapa metlica ou policarbonato.

    3.2.2. Protees mveisEssas protees geralmente esto vinculadas estrutura da mquina ou elemento de

    fixao adjacente que pode ser aberto sem o auxlio de ferramentas. As protees mveis

    (portas, tampas, etc) devem ser associadas a dispositivos de monitorao e intertravamento de

    tal forma que:

    A mquina no possa operar at que a proteo seja fechada;

    Se a proteo aberta quando a mquina est operando, uma instruo de parada acionada. Quando a proteo fechada, por si s, no reinicia a operao, devendo

    haver comando para continuao do ciclo;

    Quando h risco adicional de movimento de inrcia, dispositivo de intertravamento debloqueio deve ser utilizado, permitindo que a abertura de proteo somente ocorra

    quando houver cessado totalmente o movimento de risco.

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    3.2.3. Enclausuramento da zona de trabalhoEssa proteo deve impedir o acesso zona de trabalho por todos os lados. Possuir

    frestas que possibilitam somente o ingresso do material e no de membros do operador (mo

    ou dedos). Suas dimenses e afastamentos devem obedecer a NBR NM 13852 e NBR NM

    13854. Pode ser constituda de protees fixas ou mveis dotadas de intertravamento por

    meio de chaves de segurana, garantindo a pronta paralisao da mquina ou equipamento

    sempre que forem movimentadas, removidas ou abertas conforme NBR NM 272 e 273.

    Podem possuir protees regulveis que se ajustam geometria da pea a ser beneficiada,

    devendo sempre observar as distncias de segurana da NBR NM 13852.

    3.2.4. Ferramenta FechadaA ferramenta fechada de tal modo que permita apenas o ingresso do material e no

    permita o acesso da mo e dos dedos na rea de prensagem. Esta condio dever ser

    preferencialmente analisada e desenvolvida durante a fase de projeto e confeco da

    ferramenta, podendo der adaptada em ferramentas j existentes, observando-se no criar

    riscos adicionais com a incorporao da proteo.

    3.3.DISPOSITIVOS ELTRICOS DE PROTEOAs protees fsicas utilizadas na proteo de mquinas, com exceo das protees

    fixas ou do enclausuramento da ferramenta, devem possuir dispositivos de proteo instalados

    monitorando a sua posio de operao, permitindo o funcionamento da mquina ou

    equipamento somente com a proteo devidamente colocada em seu local, ou dotando a

    mesma com intertravamento por meio de chaves de segurana, garantindo a pronta

    paralisao da mquina sempre que forem movimentadas, removidas ou abertas conformeNBR NM 272:2002 e 273:2002.

    As principais caractersticas a serem observadas na escolha dos dispositivos de

    segurana a serem usados em uma soluo de segurana so:

    Dificuldade de acionamento por meio simples (NBR 13929);Tenso de isolao;Ruptura positiva de seus contatos.Com as protees fsicas e a conexo dos dispositivos eltricos em pontos corretos do

    circuito eltrico da mquina, obtm-se uma soluo de segurana confivel quanto

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    funcionalidade e parada da mquina. A figura 1 apresentao um seqncia funcional da

    instalao dos componentes eltricos de segurana em um circuito de segurana.

    Figura 1: Diagrama de ligao dos dispositivos de seguranaFonte: Manual de segurana em prensas e similares, 2007

    3.3.1. Chave de seguranaComponente usado associado a uma proteo fsica interrompe o movimento de perigo

    e mantm a mquina desligada enquanto a proteo mvel ou porta estiver aberta. Deve ser

    instalado utilizando-se o princpio de ruptura positiva, que garante a interrupo do circuito de

    comando, mesmo mediante a tentativa de colar os contatos de comando por sobrecorrente.

    Seu funcionamento se d por contato fsico entre o corpo da chave e o atuador - lingeta ou

    por contato entre seus elementos (chave de um s corpo), como o fim de curso de segurana.

    passvel de desgaste mecnico, devendo ser utilizado de forma redundante, quando a

    anlise de risco assim exigir, para evitar que uma falha mecnica, como a quebra do atuador

    dentro da chave, leve perda da condio de segurana. Deve ainda ser monitorado por

    interface de segurana para deteco de falhas eltricas e no deve permitir sua manipulao -

    burla por meios simples, como chaves de fenda, pregos, fitas, etc. Deve ser instalado de modo

    a garantir a interrupo do circuito de comando eltrico, mantendo seus contatos normalmente

    fechados - NF ligados de forma rgida, quando a proteo for aberta.

    Existem 2 tipos de chave de segurana, conforme informado abaixo:

    Chave de sinalizao e corteChave de bloqueio

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    Figura 2: Chave de segurana de posioFonte: Catlogo ACE Schmersal, 2011

    3.3.2. Dispositivo de parada emergnciaSo dispositivos com acionadores, geralmente na forma de botes tipo cogumelo na cor

    vermelha, colocados em local visvel na mquina ou prximo dela, sempre ao alcance do

    operador e que, quando acionados, tem a finalidade de estancar o movimento da mquina,

    desabilitando seu comando. Devem ser monitorados por rel ou CLP de segurana.

    As mquinas e equipamentos devem dispor de dispositivos de parada de emergncia que

    garantam a interrupo imediata do movimento de operao, conforme a NBR 13759. Quando

    forem utilizados comandos bimanuais, que contenham boto de parada de emergncia, deve

    haver mais um dispositivo de parada de emergncia no painel ou corpo da mesma.

    Nas prensas mecnicas excntricas de engate por chaveta ou de sistema de acoplamento

    equivalente (de ciclo completo) e em seus similares, admite-se o uso de dispositivos de parada

    que no cessem imediatamente o movimento da mquina ou equipamento, em razo da

    inrcia do sistema.

    Figura 3: Botes de emergncia tipo socoFonte: Catlogo ACE Schmersal, 2011

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    3.3.3. Sensores de seguranaOs sensores magnticos servem para monitorar a posio de portas de segurana de

    correr, giratrias e desmontveis. Os sensores que no possuem avaliao integral apenas

    podem ser utilizados em aplicaes de segurana em combinao com controles de segurana

    para proteo at categoria 4 de acordo com a norma EN 954-1. Tambm pode ser utilizada

    em casos onde no possvel realizar aproximaes precisas e onde se necessitam tolerncias.

    Estes dispositivos abrangem um sensor magntico de segurana multicanal e um m

    atuador. Todos os sensores magnticos de segurana esto protegidos mediante um invlucro

    de material termoplstico e cumprem o grau de proteo IP 67 / 65. A utilizao de sensores

    magnticos de segurana oferece vantagens especiais em casos de condies extraordinrias

    de sujidade, ou ento nos casos em que se devem respeitar obrigatoriamente normas elevadas

    de higiene. Uma vantagem acrescentada consiste na possibilidade de coloc-los abaixo de

    materiais no magnticos.

    Figura 4: Sensores indutivos de seguranaFonte: Catlogo ACE Schmersal, 2011

    3.3.4. Pedal de acionamentoO pedal de acionamento tem por funo enviar um sinal de liberao, seja do sistema de

    freio ou de permisso da entrada do fludo, que simultaneamente gera movimento a mquina

    ou equipamento.

    O nmero de pedais dever corresponder ao nmero de operadores da mquina ou

    equipamento, deve sempre ser interligado a uma chave seletora de posies tipo yale ou outro

    sistema com funo similar, de forma a impedir o funcionamento acidental da mquina ou

    equipamento sem que todos os pedais sejam acionados. Sua forma construtiva deve respeitaras dimenses previstas na NBR NM 13853.

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    A utilizao de pedais em prensas deve ser bem estudada, pois os mesmos esto

    historicamente ligados a acidentes e devem ser evitados. Somente em casos onde

    tecnicamente no possvel a utilizao de outro tipo de acionamento, como o comando

    bimanual, poder ser usado pedais com atuao eltrica, pneumtica ou hidrulica desde que

    instalados em uma caixa de proteo contra acionamento acidental, conforme mostra a figura

    5 abaixo.

    Figura 5: Pedal de acionamento com emergnciaFonte: Catlogo ACE Schmersal, 2011

    3.3.5. Comando bimanualEste dispositivo exige a utilizao simultnea das duas mos do operador para o

    acionamento da mquina, garantindo assim que suas mos no estaro na rea de risco. Para

    que a mquina funcione, necessrio pressionar os dois botes simultaneamente com

    defasagem de tempo at 0,5s (atuao sncrona, conforme NBR 14152).

    Os comandos bimanuais devem ser ergonmicos e robustos, e possuir autoteste, sendo

    monitorados por rel de segurana ou CLP. A interrupo de um dos botes do comando

    bimanual resultar na parada instantnea da mquina ou equipamento. O autoteste garante a

    condio de no-acionamento em caso de falha de um dos componentes do circuito eltricodo comando bimanual.

    O nmero de comandos bimanuais devem corresponder ao nmero de operadores na

    mquina, com chave seletora de posio tipo yale ou outro sistema com funo similar, de

    forma a impedir o funcionamento da mquina sem que todos os comandos sejam acionados,

    conforme a NBR 14154:1996.

    A distncia mnima entre os dispositivos atuadores para prevenir a burla com a

    utilizao de mo e cotovelo de 550 mm. No caso de prevenir burla com a utilizao de uma

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    mo 260 mm. Outra forma de impedir a burla do sistema bimanual a colocao de abas

    acima dos botes, essas abas devem impedir o acionamento simultneo com o cotovelo.

    Os dispositivos de comando bimanual no servem de proteo contra o ingresso na rea

    de prensagem para as prensas mecnicas excntricas por engate de chaveta e seus similares,

    prensas de frico com acionamento por fuso, martelo de queda e martelo pneumtico. Sua

    utilizao um recurso complementar importante, quando reduz ou elimina o uso de pedal.

    Figura 6: Comando bimanualFonte: Catlogo ACE Schmersal, 2011

    3.3.6. Cortina de luzO sistema cortina de luz consiste de um transmissor, um receptor e um sistema de

    controle. O campo de atuao dos sensores formado por mltiplos transmissores e

    receptores de fachos individuais. Para cada conjunto de transmissores e receptores ativados,

    caso o receptor no receba o feixe luminoso de infravermelho do transmissor, gerado um

    sinal de falha.

    A cortina de luz dever ser adequadamente selecionada de acordo com a altura deproteo e a resoluo (capacidade de percepo de dedos ou mo), e posicionada a uma

    distncia segura da zona de risco, levando em conta o tempo total de parada da mquina

    conforme a EM 999 e IEC EM 61496, devendo ainda ser certificada como categoria 4 e

    monitorada por rels ou CLP de segurana. No serve como dispositivo de segurana das

    prensas mecnicas excntricas de engate de chaveta e seus similares.

    Para cortinas de luz com resoluo (capacidade de deteco at 40 mm) a frmula para

    obteno da distncia segura da zona de risco :S = K x T+ 8 x (d-14)

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    Onde: S = distncia entre a rea da mquina a proteger e o dispositivo.

    K = constante referente velocidade de aproximao da mo. Para S maior ou igual a

    500 mm, adota-se o K = 1600 mm/s e, para S menor que 500 mm, adota-se K = 2000 mm/s.

    T = tempo total que a mquina leva para parar de executar o movimento que coloca em

    perigo o operador (tempo para parar de descer um martelo de prensa, por exemplo).

    D = resoluo da cortina de luz, que a capacidade de deteco da cortina de luz. Por

    exemplo, para uma deteco de dedos, a resoluo de d = 14 mm suficiente, pois ser

    detectado qualquer objeto com dimetro maior ou igual a 14 mm. Para a deteco de mos a

    resoluo de 30 mm. Assim, no h cortinas de luz com resoluo menor que 14 mm.

    A frmula s vlida para valores com d menores ou iguais a 40 mm. importante

    consultar o manual do equipamento para obter os dados necessrios para o clculo da

    distncia de segurana.

    Havendo possibilidade de acesso a reas de risco no monitoradas pela cortina, devem

    existir protees fixas ou mveis dotadas de intertravamento por chaves de segurana,

    conforme a NBRs NM 272 e 273.

    A boa tcnica recomenda a utilizao conjugada de comando bimanual e cortina de luz,

    atuando como proteo ao operador e terceiros. Entretanto, em carter excepcional, baseado

    em uma anlise de risco conforme NBR 14009, outras conjugaes podero ser adotadas,desde que garantam a mesma eficcia.

    Figura 7: Cortina de luzFonte: Manual de segurana em prensas e similares, 2007

    3.3.7.Tapete de segurana

    Estes dispositivos so usados para fornecer proteo a uma rea de piso ao redor de uma

    mquina. A matriz dos tapetes interconectados colocada ao redor da rea classificada, e

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    qualquer presso (ex.: passos do operador) causar o desligamento da unidade controladora do

    tapete da fonte de alimentao do perigo.

    Os tapetes so geralmente usados dentro de rea fechada contendo diversas mquinas,

    como na produo com clulas robticas. Quando o acesso for requisitado para ajustes do

    rob, ele previne movimentao perigosa, no caso de o operador se desviar da rea segura.

    O tamanho e o posicionamento dos tapetes devem ser calculados usando-se a frmula

    da norma EM 999 Posicionamento dos equipamentos de proteo com respeito s

    velocidades de abordagem de partes do corpo humano.

    S = K x (T1 + T2) + (1200 - 0,4 H);

    S = Distncia mnima de segurana medida desde a rea de risco at o ponto de incio

    do perfil de alumnio;

    K = Constante de velocidade em milmetros por segundo, dependente dos dados de

    velocidade de acesso para o corpo ou parte do corpo (1600 mm/s);

    H = Altura do cho at o dispositivo de segurana (para tapetes H=0);

    T1 = O tempo mximo de resposta do dispositivo de segurana

    T2 = Tempo de inrcia da mquina desde a recepo do sinal de desligamento do rel

    de segurana at a parada total dos movimentos da mquina;

    A distncia de segurana ser calculada conforme a frmula:S = 1600 mm/s x (T1 + T2) +1200 mm

    A distncia mnima do tapete deve ser de 750 mm (comprimento do passo).

    Figura 8: Tapete de seguranaFonte: Manual de segurana em prensas e similares, 2007

    3.3.8. ScannerOs monitores de rea a laser so utilizados no monitoramento sem contato (em

    substituio aos tapetes de segurana) de uma rea livremente programvel. No so

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    necessrios refletores separados. Sua instalao simples, pois o transmissor e o receptor so

    acomodados em um nico equipamento.

    Dispositivos de monitoramento de rea, atravs de deteco por aproximao, so

    utilizados complementarmente para monitoramento e envio de sinais de que a rea foi

    invadida, determinando a paralisao da mquina e impedindo o seu funcionamento at que

    rea esteja livre da presena de pessoas e um novo comando seja dado.

    Sua instalao deve ser precedida de anlise de risco conforme NBR 14009 e deve ter

    sua instalao de acordo com a EM 999, para a garantia da distncia de segurana. A

    utilizao do scanner deve ainda observar a IEC EM 61496 Part 1 e Part 2, e os tapetes e

    batentes, como possuem contato mecnico, devem observar a EM 1760.

    Figura 9: ScannerFonte: Manual de segurana em prensas e similares, 2007

    3.3.9. Monitorao do curso do movimento da mquina um sistema eletromecnico destinado a detectar a perda de sincronismo entre o

    freio/embreagem e o conjunto de chaves-limites que comanda o movimento da mquina,usado principalmente em prensa e similares.

    Nas prensas hidrulicas, mecnicas excntricas freio/embreagem e respectivos

    similares, no enclausurados, ou cujas ferramentas no sejam fechadas, o martelo dever ser

    monitorado por sinais eltricos produzidos por equipamentos acoplados mecanicamente

    mquina, com controle de interrupo da transmisso, conforme o item 4.9 da NBR 13930.

    Nas prensas mecnicas excntricas freio/embreagem que utilizam cortina de luz, a

    velocidade de parada do martelo no pode sofrer variaes para no comprometer o

    distanciamento seguro entre a deteco e o tempo de resposta. O monitoramento

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    eletromecnico comandar um sinal para interrupo da transmisso de movimento, quando

    detectar desgaste no freio.

    3.3.10. Reteno mecnica Calo de seguranaToda mquina com abertura suficiente para a incluso de qualquer um dos membros,

    que possuir movimento de operao no sentido vertical e com possibilidade de queda livre em

    seu ponto de repouso, deve possuir sistema de reteno mecnica para travar nas operaes de

    troca das ferramentas, nos seus ajustes e manutenes antes do incio dos trabalhos.

    O componente de reteno mecnica utilizado deve ser pintado na cor amarela e dotado

    de interligao eletromecnica. Deve ainda ser conectado ao comando central da mquina de

    forma a impedir, durante a sua utilizao, o funcionamento da mquina. Nas situaes onde

    no seja possvel o uso do sistema de reteno mecnica, devero ser adotadas medidas

    alternativas que garantam o mesmo resultado.

    Sistemas de reteno mecnico so necessrios e obrigatrios e devem atender aos

    seguintes requisitos de segurana:

    Devem ser utilizados nas operaes de troca, ajuste e manuteno das matrizes;Nunca devem ser utilizados com a mquina em funcionamento;Devem ser dotados de interligao eltrica, conectados ao comando central da

    mquina de tal forma que, quando removidos, impeam seu funcionamento;

    Devem ser pintados na cor amarela

    Figura 10: Calo segurana

    Fonte: Catlogo ACE Schmersal, 2011

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    3.4.INSTALAES ELTRICASAs mquinas e equipamentos devem possuir instalaes eltricas projetadas, conforme

    NBR 5410 e NBR 5419, devidamente aterradas e mantidas em perfeitas condies, de modo a

    prevenir, por meios seguros os perigos de choque eltrico, incndio, exploso e outros tipos

    de acidentes, conforme previsto na NR 10.

    Os componentes de partida, parada, acionamento e outros controles que compem a

    interface de operao das mquinas devem operar em extrabaixa tenso de at 25V (vinte e

    cinco volts) em corrente alternada ou de at 60V (sessenta volts) em corrente contnua.

    3.5.CIRCUITOS ELTRICOS DE SEGURANAAs chaves de segurana das protees mveis, as cortinas de luz, os comandos

    bimanuais, as chaves seletoras de posio tipo Yale, para seleo do nmero de comandos

    bimanuias e os dispositivos de parada de emergncia devem ser ligados a comandos eltricos

    de segurana, ou seja, CLP ou rels de segurana, com redundncia e autoteste, classificados

    como tipo ou categoria 4, conforme a NBR 14009 e 14153, com rearme manual.

    Figura 11: Circuito com dispositivos de seguranaFonte: Catlogo ACE Schmersal, 2011

    3.5.1. Rels de seguranaSo unidades eletrnicas com superviso, com dois canais, de acionamento em seus

    circuitos, aberto e em srie, cumprindo, assim, a exigncia de redundncia. Com a conexo

    dos dispositivos externos e a incluso de seus contatos em pontos corretos do circuito eltrico

    de automao da mquina, obtm-se um equipamento seguro quanto sua funcionalidade.

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    Figura 12: Rel de seguranaFonte: Catlogo ACE Schmersal, 2007

    3.5.2. CLP de Segurana um sistema computadorizado eletrnico industrial destinado a controlar e checar, de

    modo redundante, os sinais eltricos de comando de uma mquina, inibindo seu

    funcionamento no eventual aparecimento de falhas. O software instalado dever garantir a sua

    eficcia, de forma a reduzir ao mnimo a possibilidade de erros provenientes de falha humana

    em seu projeto, devendo ainda possuir sistema de verificao de conformidade, a fim de evitar

    o comprometimento de qualquer funo relativa segurana, bem como no permitir

    alterao do software bsico pelo usurio.

    Figura 13: CLP de segurana Flexi SoftFonte: Catlogo SICK, 2004

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    4. APRESENTAO E ANLISE DOS RESULTADOS4.1.PRINCPIOS PARA PROJETO E SELEO

    Conforme recomenda a Norma NBR 13759, qualquer ao no acionador de uma

    mquina que resulte na gerao de movimento, deve possuir um sistema de instalao com

    comando seguro, garantindo que o mesmo no gere comando de movimento por si s, e

    possibilite o controle total da mquina, tanto no acionamento (partida) como em um

    desacionamento por emergncia, levando a mquina a uma parada segura.

    Todos os dispositivos de segurana utilizados em uma proteo de mquina devem ter a

    sua instalao eltrica interligada de forma adequada, no apresentar facilidade de burla, ter

    estabilidade no tempo, no criar perigos novos e no gerar interferncia aos demais

    componentes do circuito eltrico.

    Os dispositivos de segurana tm a funo de detectar e avaliar os sinais no circuito

    eltrico de comando, sinais estes que so gerados pela ao do operador junto a mquina. A

    figura 14 abaixo ilustra os dispositivos mais usados conforme sua funo.

    Figura 14: Funo dos componentes no circuito eltricoFonte: Catlogo WEG, 2011

    4.2.CATEGORIA DE RISCOSTodos os elementos de controle eltricos, responsveis pela parada ou incio de

    movimentos em mquinas, devem obedecer categoria de riscos nvel 4 da NBR 14153. Esta

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    norma brasileira baseada na norma europia EN 954-1 que determina os nveis de anlise de

    riscos, e que utilizada para efetuar controles que evitem falhas.

    As categorias determinam quais partes de um sistema de controle da segurana ou de

    seus dispositivos devem ser projetados, montados e combinados de acordo com padres de

    modo que possam resistir a todas as solicitaes a que sero submetidos. A previso de todos

    estes aspectos leva a uma categoria considerada de preveno de risco mnimo. As categorias

    apresentadas a seguir representam uma classificao de aspectos de segurana de um sistema

    de controle, que se referem capacidade de uma unidade de produo resistir falhas e seu

    desempenho quando uma falha ocorre.

    4.2.1. Categoria de risco 1Apresenta as condies de segurana mnimas especificadas para a funcionalidade e

    controle da mquina. Aplicada em situao em que as mquinas apresentam quase que em sua

    totalidade protees mecnicas fixa e ou mveis, com a utilizao de chave de

    intertravamento e sem a utilizao do rel de segurana. Tem como objetivo a garantir a

    funcionalidade da mquina somente com a proteo mecnica fechada / intertravada.

    Deve ser aplicada somente para avaliao de riscos, com possibilidade de evitar o

    perigo sob condies especiais (intertravamento), e se ocorrer o acidente o tipo de ferimentodeve ser o S1 (leve normalmente ferimento reversvel).

    Figura 15: Comando eltrico categoria 1Fonte: Manual treinamento segurana ACE Schmersal, 2009

    4.2.2. Categoria de risco 2Esta categoria contempla as condies de segurana e inclui os dispositivos que evitam

    a partida em caso de uma falha detectada. Sugere o uso de rels de interface com auto-

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    verificao de energizao, e a utilizao de chave de segurana com duplo canal para a

    confirmao da proteo mecnica mvel efetivamente fechada, liberando o dispositivo de

    partida somente aps a confirmao e o processamento da informao pelo rel de segurana.

    Tem como objetivo a deteco falhas, ou seja, as falhas no devem ser apenas

    prevenidas, mas detectadas e corrigidas. A funo de segurana deve ser verificada em

    intervalos adequados pelo sistema de comando da mquina. A ocorrncia de um defeito pode

    levar a perda da funo de segurana entre as verificaes. A perda da funo de segurana

    detectada pela verificao.

    Deve ser aplicada somente para avaliao de riscos, com rara possibilidade de evitar o

    perigo, e se ocorrer o acidente o tipo de ferimento deve ser o S1 (leve normalmente

    ferimento reversvel).

    Figura 16: Comando eltrico categoria 2Fonte: Manual treinamento segurana ACE Schmersal, 2009

    4.2.3. Categoria de risco 3Esta categoria contempla os requisitos de segurana e a utilizao de princpios de

    segurana comprovados se aplicam. As partes relacionadas segurana devem ser projetadas

    de tal forma que, um defeito isolado em qualquer dessas partes no leve a perda da funo de

    segurana, e sempre que razoavelmente praticvel, tem como objetivo a deteco das falhas.

    Quando um defeito isolado ocorre, a funo de segurana sempre cumprida. Alguns

    defeitos, porm no todos, sero detectados. O acmulo de defeitos no detectados pode levar

    a perda da funo de segurana. Isto alerta para o uso de sistema redundantes no rel de

    interface, como tambm nos dispositivos de entrada, usando-se sistemas de duplo canal.

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    Figura 17: Comando eltrico categoria 3Fonte: Manual treinamento segurana ACE Schmersal, 2009

    4.2.4. Categoria de risco 4Esta categoria contempla todas as condies, sendo que se uma simples falha ocorrer, a

    mesma deve ser detectada. Deve ser projetada de tal forma que um defeito isolado em

    qualquer parte no leve perda da funo de segurana, seja detectado durante ou antes da

    prxima demanda da funo de segurana. Se isso no for possvel, o acmulo de defeitos no

    pode levar perda das funes de segurana. Quando os defeitos ocorrem, a funo de

    segurana sempre cumprida.

    O sistema de segurana auto monitorado, quando uma falha ocorre, o sistema para ou

    desliga a mquina involuntariamente. Tem como objetivo a deteco de falhas, ou seja, as

    falhas no devem ser apenas prevenidas, mas detectadas e corrigidas. Utilizada em mquinas

    com o mais elevado risco.

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    Figura 18: Comando eltrico categoria 4Fonte: Manual treinamento segurana ACE Schmersal, 2009

    4.3.PARADA DE EMERGNCIANa busca pelo sistema de segurana ideal, deve-se escolher a melhor maneira de

    proteger as pessoas quando a mquina estiver parando por emergncia. Existem diferentes

    tipos de emergncia; categoria 0 e 1, sendo que o que difere uma da outra o mtodo que a

    mquina deve parar, quando a parada de emergncia acionada.

    Figura 19: Sistema parada de emergnciaFonte: Manual treinamento segurana ACE Schmersal, 2009

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    4.3.1. Parada de emergncia categoria 0Parada geral da mquina, com remoo total da energia eltrica que alimenta os

    atuadores da mquina ou a desconexo mecnica (embreagem) entre os elementos de risco e

    os correspondentes atuadores da mquina.

    Este tipo de parada comandada pelas seguintes condies e componentes do circuito

    eltrico:

    Boto de emergncia: quando o mesmo acionado em virtude de alguma emergncia;Calo de segurana: calo de segurana fora do seu local de armazenamento o sistema

    interpreta como mquina em manuteno e ou troca de ferramenta.

    4.3.2. Parada de emergncia categoria 1Parada controlada, com fornecimento de energia aos atuadores de fora da mquina

    (contatores principais que alimentam o motor), cortando o fornecimento de energia ao

    comando eltrico de acionamento das vlvulas que liberam o movimento de descida da

    mquina ou equipamento.

    Este tipo de parada comandada pelas seguintes condies e componentes do circuito

    eltrico:

    Chave de monitorao de portas e protees;Cortinas de luz;Sensores;Scanner;Tapetes.

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    4.4.SISTEMA DE SEGURANAUm sistema de segurana composto por protees mecnicas, com a utilizao de

    dispositivos de segurana com bloqueio de acesso, intertravamento e monitorao das

    protees mecnicas. Todos destinados a evitar que o trabalhador entre em contato com as

    reas de riscos das mquinas e proporcionando um acionamento seguro e em caso de

    emergncia leve a mquina a uma parada de emergncia controlada.

    O emprego em conjunto protees com chaves de segurana, botes de emergncia,

    cortinas de luz, scaner, rels, possibilitam atingir os nveis de segurana requisitados nas

    mquinas e equipamentos.

    Alm da utilizao dos dispositivos acima informados, deve-se atentar para o

    cumprimento das caractersticas do sistema, como de: redundncia (duplicidade nos

    componentes), autoteste (capacidade de realizar testes de funcionamento interno) e

    diversidade na escolha de componentes diferentes.

    4.4.1. Esquema eltrico painel de seguranaO quadro de energia das mquinas e equipamentos devem atender aos requisitos de

    segurana especificados na NR 10, que so: possuir porta de acesso (com dispositivo de

    fechamento); possuir sinalizao quanto ao perigo de choque eltrico e restrio de acesso por

    pessoas no autorizadas; ser mantidos em bom estado de conservao, limpos e livres de

    objetos e ferramentas; possuir proteo e identificao dos circuitos. E atender ao grau de

    proteo adequado em funo do ambiente de uso.

    As instalaes eltricas das mquinas e equipamentos que utilizem energia eltrica

    fornecida devem possuir dispositivo protetor contra sobrecorrente, dimensionado conforme ademanda de consumo do circuito. Tambm devem possuir dispositivo protetor contra

    sobretenso quando a elevao da tenso puder ocasionar risco de acidentes. Utiliza-se fonte

    de tenso chaveada com sada em 24vcc. Quando a alimentao eltrica possibilitar a inverso

    de fases de maquina que possa provocar acidentes de trabalho, deve haver dispositivo

    monitorado de deteco de seqncia de fases ou outra medida de proteo de mesma

    eficcia.

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    Figura 20: Esquema eltrico de fora sistema seguranaFonte: Dados do estudo, 2011

    As ligaes e derivaes dos condutores eltricos das maquinas e equipamentos devem

    ser feitas mediante dispositivos apropriados e conforme as normas tcnicas oficiais vigentes,

    de modo a assegurar resistncia mecnica e contato eltrico adequado, com caractersticas

    equivalentes aos condutores eltricos utilizados e proteo contra riscos.

    4.4.2. Esquema eltrico comando dispositivos de seguranaO comando de partida ou acionamento das mquinas deve possuir dispositivos que

    impeam seu funcionamento automtico ao serem energizadas. Devem atender aos seguintes

    requisitos de segurana: estar sob monitoramento automtico por interface de segurana (rel

    de segurana); o sinal de sada deve terminar quando houver desacionamento de qualquer dos

    dispositivos de atuao de comando; possuir dispositivos que exijam uma atuao intencional

    a fim de minimizar a probabilidade de comando acidental; Os dispositivos devem ser

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    posicionados a uma distncia segura da zona de perigo, levando em considerao o tempo

    mximo necessrio para a paralisao da mquina ou para a remoo do perigo.

    Todos os contatos de acionamento dos rels de segurana devem ficar ligados em srie

    no comando eltrico do sistema, como mostra a figura 21, somente liberando o acionamento e

    partida dos contatores quando todos estiverem com a posio de fechado.

    Figura 21: Esquema eltrico de acionamento e partida do motorFonte: Dados do estudo, 2011

    A liberao do movimento da mquina se dar pelo pulso do operador em um dos

    componentes do circuito, como por exemplo um comando bimanual. Para o caso em estudo

    est sendo considerado o uso do pedal de acionamento, conforme mostra a figura 22:

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    Figura 22: Esquema eltrico de acionamento / comandoFonte: Dados do estudo, 2011

    Para a perfeita funcionalidade do circuito de comando, deve-se observar que todos os

    componentes do circuito eltrico devem estar na condio fechada, dando assim o sinal de

    confirmao que o sistema de segurana esta OK, liberando a partida e ou movimento da

    mquina.

    Como em uma mquina sempre ser possvel utilizar as duas categorias de parada

    (categoria 0 e categoria 1) a seguir so apresentadas as formas de ligao dos rels de

    segurana, as quais so diferentes para ambos os casos, pois atuam em pontos diferentes do

    circuito de comando e segurana da mquina. Para o caso da parada de emergncia tipo 0,

    onde tem-se a parada total de mquina, mediante as situaes de acionamento de um boto de

    emergncia (figura 23) ou pela remoo do calo de segurana (figura 24).

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    Figura 23: Esquema eltrico de ligao boto de emergnciaFonte: Dados do estudo, 2011

    Figura 24: Esquema eltrico de ligao calo seguranaFonte: Dados do estudo, 2011

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    Para o caso da parada de emergncia tipo 1, onde tem-se somente o corte / parada dos

    equipamentos de acionamento / movimento da mquina, mediante as situaes de

    acionamento de uma chave de emergncia, ou at mesmo da cortina de luz, a ligao da

    fiao de comando do componente deve seguir o esquema apresentado na figura 25.

    Figura 25: Esquema eltrico de ligao cortina seguranaFonte: Dados do estudo, 2011

    4.5.MANUTENOPodemos entender manuteno como o conjunto de cuidados tcnicos indispensveis ao

    funcionamento regular e permanente de mquinas, equipamentos e instalaes. Esses

    cuidados envolvem a conservao, a adequao, a restaurao, a substituio e a preveno.

    De modo geral, a manuteno tem como objetivos: manter equipamentos e mquinas em

    condies de pleno funcionamento para garantir com segurana a produo normal e a

    qualidade dos produtos e prevenir provveis falhas ou quebras dos elementos das mquinas.

    A manuteno ideal de uma mquina ou equipamento a preventiva, que permite alta

    disponibilidade para a produo durante todo o tempo. Tendo em vista que uma mquina

    parada compromete toda a produo. A manuteno corretiva a mais comumente praticada

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    pelasempresas, pois a atitude tomada para que a produo no pare. A equipe de manuteno

    dever eliminar as falhas, porm, sempre se preocupando em deixar a mquina ou equipamento

    trabalhando dentro de suas caractersticas originais, de acordo com seu projeto de fabricao.

    Os profissionais que trabalham na rea da manuteno devem ter uma slida formao

    tcnica e tambm passar por um treinamento especializado e usarem equipamentos

    adequados.

    Antes do incio de qualquer reparo, o tcnico deve seguir procedimentos para evitar a

    abertura de um equipamento energizado, ou at mesmo realizar servios desnecessrios cuja

    falha pode ser simplesmente devida a erro de operao, queima de fusvel ou qualquer outra

    causa de fcil soluo.

    Reunies peridicas com o grupo de tcnicos para discusso e estabelecimento dosprocedimentos iniciais de manuteno corretiva constituem uma das melhores maneiras de

    desenvolver essas rotinas, que devem ser idnticas para grupos especficos de equipamentos.

    Como foi mencionado, so fundamentais o treinamento e a conscientizao do pessoal

    tcnico da importncia de um cuidadoso reparo em mquinas e equipamentos. Muitos deles

    so fundamentais para a segurana e a sustentao da vida do usurio mesmo.

    importante criar protocolos de teste que devem obrigatoriamente ser efetuados antes

    do incio de qualquer atividade de manuteno, e principalmente aqueles que oferecem riscosao operador.

    Cada teste deve ser baseado nos recursos materiais (equipamentos de teste e

    simuladores) disponveis no grupo. Uma vez elaborados, esses testes podem ser efetuados

    pelo prprio tcnico e, atravs deles, verificar diversos itens do equipamento, desde o estado

    da pintura externa at a sua calibrao. A elaborao dos testes pode ser baseada no prprio

    manual de operao do equipamento e no manual de manuteno (caso exista).

    As seguintes regras devem ser observadas ao se lidar com equipamento eltrico:

    Verificar regularmente o equipamento eltrico, apertando as conexes soltas esubstituindo imediatamente dispositivos e cabos danificados.

    No ativar contatores ou rels manualmente.No transpor chaves de fim de curso ou sensores.Verificar se todos os dispositivos e o chassi da mquina esto suficientemente aterrados.No passar cabos de extenso atravs de corredores ou atravs de gua ou leo.

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    No substituir fusveis e disjuntores conforme especificao do projeto por fusveis oudisjuntores com maior resistncia.

    Riscos de ferimentos devido a choque eltrico

    Pessoas trabalhando ou em contato fsico com equipamento eltrico em atividade corremo risco de ferimento grave ou mesmo morte.

    O trabalho de manuteno pode ser executado somente por pessoal especialmentequalificado.

    Antes de executar trabalhos de manuteno em componentes eltricos, desconectar osuprimento de corrente, desligando a chave principal ou se assegurando de que esta

    esteja trancada com chave. A chave do cadeado deve ser mantida pela pessoa

    encarregada do servio de manuteno.

    Circuitos de corrente parasitria permanecem em atividade mesmo aps o desligamentoda chave principal.

    Manter os quadros de comando sempre trancados, permitindo o acesso somente a pessoalautorizado.

    Nunca utilizar mangueira para limpar quadros de comando e outras caixas deequipamento eltrico.

    No utilizar condutores metlicos ao executar operaes de manuteno ou nasproximidades do equipamento eltrico.

    Nunca tocar no equipamento eltrico com mos molhadas.

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    5. CONSIDERAES FINAIS5.1. CONCLUSES

    O presente estudo teve como objetivo analisar a utilizao e a instalao de dispositivos

    de segurana em mquinas, frente as especificaes da Norma Regulamentadora N 12. Com

    isso, foi possvel reunir material tcnico para auxiliar na correta instalao dos componentes

    que compem um sistema de segurana.

    O objetivo principal de qualquer sistema de segurana evitar que o trabalhador entre

    em contato direto com partes mveis e perigosas da mquina. Portanto os sistemas de

    segurana usados para a partida ou acionamento das mquinas devem possuir dispositivos que

    impeam seu funcionamento automtico ao serem energizadas e paralisao dos movimentos

    perigosos e demais riscos quando ocorrerem falhas ou situaes anormais de trabalho.

    Tendo em vista o anteriormente exposto, conclui-se com a diversidade de dispositivos

    eltricos e a correta instalao dos mesmos em um sistema de segurana, possvel chegar a umasoluo de segurana em conformidade com os requisitos de segurana exigidos pela NR 12.

    Aps a finalizao do estudo percebeu-se que a correta instalao dos dispositivos

    eltricos de segurana em uma mquina, influncia diretamente na sua funcionalidade, tanto

    na parte da segurana como de produtividade.

    5.2.SUGESTO PARA TRABALHOS FUTUROSElaborao de um plano de manuteno preventiva de todos os dispositivos eltricos e

    componentes da mquina ou equipamento, para verificao peridica do que pode influenciar um

    ato inseguro. O resultado ser uma lista com inmeros itens que devem ser verificados, pois por

    falta de uma manuteno adequada e segura nos mesmos, podero causar acidentes. Com isso

    seria verificado se todos esses itens instalados esto em perfeitas condies se segurana, de

    acordo com a legislao vigente, sempre tendo como base principal a NR12.

  • 5/25/2018 Monografia aprovada NR12

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    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    COLEO CADERNOS UNIJU: Trabalhos acadmicos Apresentao, Referncias e Citaes.Uniju; Iju, 2010.

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    NBR NM - 273:2002 - Segurana de mquinas- Dispositivos de intertravamento associados a

    protees - Princpios para projeto e seleo.

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