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1 FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA - FGF NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - NEAD PROGRAMA ESPECIAL DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE DOCENTES NA ÁREA DE LICENCIATURA EM ARTE E EDUCAÇÃO A DISCIPLINA DE ARTE NO 7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL SELMA SENA DOS SANTOS CAVALCANTE FORTALEZA-CE 2013

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FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA - FGF

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - NEAD

PROGRAMA ESPECIAL DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE DOCENTES NA

ÁREA DE LICENCIATURA EM ARTE E EDUCAÇÃO

A DISCIPLINA DE ARTE NO 7º ANO DO ENSINO

FUNDAMENTAL

SELMA SENA DOS SANTOS CAVALCANTE

FORTALEZA-CE 2013

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SELMA SENA DOS SANTOS CAVALCANTE

A DISCIPLINA DE ARTE NO 7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Monografia apresentada ao Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes na Área de Licenciatura em Arte Educação, da Faculdade Integrada da Grande Fortaleza, como requisito necessário à obtenção do título de Licenciado em Arte e Educação. Orientadora de normas técnicas: Profª. Ms. Aleksandra Previtalli Furquim Pereira.

FORTALEZA-CE 2013

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Monografia apresentada como requisito necessário para a obtenção do grau de Licenciatura em Arte-Educação ao Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes da Faculdade Integrada da Grande Fortaleza – FGF.

______________________________________________ Selma Sena dos Santos Cavalcante

______________________________________________ Profª. Ms. Aleksandra Previtalli Furquim Pereira

Orientadora

_______________________________________________ Profª. Esp. Marina Abifadel Barrozo

Coordenador do Curso

Monografia Aprovada em: _____ / ___________/2013.

Conceito obtido: ____________

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Dedico este trabalho às pessoas que amo, que

me compreenderam nas ausências, que me

estimulou nas dificuldades encontradas no

caminho percorrido, ensinando uma lição de que,

não devemos perder a esperança e lutar por

aquilo que acreditamos e buscamos.

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Agradecimentos

A Deus, por iluminar meu caminho e conceder-me a oportunidade de concluir mais uma

etapa em minha vida.

A Minha Família, pela compreensão e carinho e por cada palavra de incentivo e

exemplo de amor e fé.

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Ser contemporâneo é caminhar com o tempo.

Supõe o presente, o agora a cada momento.

Pode-se viver esse tempo passando ao largo

dele ou influenciando-o, sendo influenciado e

projetando-o para tempos antes e depois.

(Lucia Gouvêa Pimentel)

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RESUMO

O presente trabalho tem como tema as dificuldades dos alunos das 7° séries nas aulas de Artes da escola pública Maria de Lourdes Aquino Sotana, município de Naviraí, Estado de Mato Grosso do Sul-MS. Tem por objetivo diagnosticar as mudanças desse estudo na História da Educação, e o que os estudantes gostariam que fossem acrescentados nessa disciplina. O interesse pelo tema deve-se principalmente a necessidade de se investigar as possíveis falhas no ensino de Arte nas turmas dos 7º ano. A metodologia utilizada foi à pesquisa descritiva e exploratória que tem como finalidade aprofundar o conhecimento do pesquisador sobre o assunto estudado. Os dados foram levantados através de questionários e de autores conceituados que se debruçam no tema. Diante dos dados apresentados, o trabalho reflete sobre a importância do estudo da disciplina de Artes no currículo e planejamento escolar. A Arte é constituída de diversas formas de linguagens que devem ser abordadas nas séries do ensino fundamental. Nesse contexto, a pesquisa se divide em cinco capítulos: Introdução, Considerações Gerais; Arte e Contexto Histórico; Arte no Contexto Escolar; Apresentação da Pesquisa e Analise de Dados, e por último as Considerações Finais. Os resultados demonstraram que o professor precisa de formação especifica em Arte para tornarem as aulas mais atrativas e despertar o interesse dos alunos. Palavras-chave: escola; arte; aprendizagem.

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ABSTRACT

The present work has as its theme the difficulties of students in 7th grades in classes Arts public school Maria de Lourdes Aquino Sotana. Aims of this study to diagnose the changes in the history of education, and that students would like to be added in this discipline. Interest in the subject is due mainly to the need to investigate possible failures in teaching art classes in the 7th grade. The methodology used was the descriptive and exploratory research that aims to deepen the knowledge of the researcher on the subject studied. Data were collected through questionnaires and respected authors who focus on the theme. From the data presented, the work reflects on the importance of the study of the discipline of Arts in curriculum and school planning. The Art consists of various forms of languages that must be addressed in the elementary school grades. In this context, the research is divided into five chapters: Introduction, General; Art and Historical Context; Art in the School Context, Presentation of Research and Data Analysis, and lastly the Final. The results showed that teachers need specific training in art to make lessons more attractive and arouse the interest of students. Keywords: school, art, learning.

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES

MEC

LDB

Ministério de Educação e Cultura brasileiro

Lei de Diretrizes e Base da Educação

LDBEN Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional

USAID United States Agency for International Development

PCN Parâmetros Curriculares Nacionais

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Impressões de mãos na Caverna de El Castilho na

Espanha..........................................................................

19

Figura 2 Pintura Rupestre nas rochas do Parque Nacional da

Serra da Capivara no Piauí – Brasil...............................

20

Figura 3 Pintura Rupestre em uma Caverna de Akakus............. 20

Figura 4 Pintura Rupestre em uma Caverna de Akakus mostra

um elefante.....................................................................

21

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Dados sobre a frequência dos alunos do 7º ano nas

aulas de arte.....................................................................

42

Gráfico 2 Dados sobre o gosto dos alunos em relação às aulas de

Arte..................................................................................

43

Gráfico 3 Dados sobre a frequência dos alunos do 7º ano na.

biblioteca...........................................................................

43

Gráfico 4 Dados sobre as horas de estudo de arte fora de sala de

aula...................................................................................

44

Gráfico 5 Dados sobre a avaliação das técnicas utilizadas pelo

professor de Arte..............................................................

45

Gráfico 6 Dados sobre o que os alunos gostam na aula de

Arte.......,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,.

45

Gráfico 7 Dados sobre o que o professor cobra nas aulas de

Artes.................................................................................

46

Gráfico 8 Dados sobre as dificuldades dos alunos nas aulas de

Arte...................................................................................

47

Gráfico 9 Dados sobre os conteúdos que os alunos gostariam de

ter nas aulas de Arte.........................................................

47

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO: CONSIDERAÇÕES GERAIS...................... 13

1.1 Dados da Escola Maria De Lourdes Aquino Sotana.............. 14

1.2 Objetivos da instituição escolar............................................. 16

1.3 População investigada........................................................... 16

1.4 Os meios utilizados para a realização da pesquisa............... 17

2 A ARTE E SEU CONTEXTO HISTÓRICO............................ 18

2.1 História e Estilo..................................................................... 26

3 A ARTE NO CONTEXTO ESCOLAR.................................... 30

3.1 As Aulas de Arte e a Pedagogia Tradicional......................... 31

3.2 As Aulas de Arte e a Pedagogia Nova................................... 33

3.3 As aulas de Arte e a pedagogia Tecnicista........................... 34

3.4 As Aulas de Arte e a Pedagogia Libertadora......................... 36

3.5 Arte no Conteúdo Escolar...................................................... 38

3.6 A Motivação do Professor da Disciplina de Artes.................. 40

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

COLETADOS.........................................................................

42

4.1 Discussão Sobre os Dados.................................................... 47

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................. 49

BIBLIOGRAFIA..................................................................... 53

ANEXO................................................................................... 55

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1 INTRODUÇÃO: CONSIDERAÇÕES GERAIS

O objetivo maior da educação sem sombra de dúvida é propiciar o pleno

desenvolvimento de todos os indivíduos levando-os a humanização, uma tarefa

complexa que abrange a todas as atividades humanas e tem como base tornar

o indivíduo um cidadão capaz de reconhecer direitos e deveres e agir na

sociedade de maneira que exerça sua plena cidadania respeitando e sendo

respeitado, valorizando e protegendo o meio em que vivi.

Diante das constantes transformações da sociedade a educação não

deve ser entendida como algo simples, pois a complexidade social amplia o

conceito de educação e consequentemente a teoria e a prática educativa.

Quanto à arte, é preciso ir além da sua inserção nos currículos. É

preciso saber de que forma é ensinada e concebida no contexto de cada

região. É necessário, também, estarmos conscientes do que ela significa

individual e coletivamente, e se os alunos possuem condições adequadas para

a fruição e prática da expressão artística, de forma a transpor o conceito de

arte tradicionalista e conservadora, e com base fundamentada em parâmetros

descontextualizados da realidade dos alunos.

Partindo do nosso propósito e objeto de pesquisa, o que se tem

presenciado nas aulas de Arte é que muitas vezes as atividades não passam

de meras cópias para serem coloridas com repetição de conteúdos. Com isso,

o aluno acaba por não conhecer nem desbravar o universo de possibilidades

que a arte oferece o que justifica nosso estudo e intenção em fazer um trabalho

de pesquisa voltado para as aulas de Arte no ensino fundamental da Escola

Maria De Lourdes Aquino Sotana do município de Naviraí, Mato Grosso do Sul-

MS.

Nosso primeiro passo foi delimitar o foco da pesquisa, pensamos nos

professores de Arte, na ideia de entender os motivos pelos quais os

professores mesmo ligados a Arte, não conseguem explora-la em sala de aula.

Porém, não era essa a ideia que nos instigava, Assim, objetivamos pesquisar

quais as principais dificuldades encontradas pelos alunos do 7° ano nas aulas

de Artes, e quais as mudanças que os mesmos gostariam que fossem

acrescentadas na respectiva matéria. Escolhemos então a turma do 7º ano do

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ensino fundamental da escola pública municipal Maria de Lourdes Aquino

Sotana da cidade de Naviraí em Mato Grosso do Sul-MS.

1.1 Dados da Escola Maria De Lourdes Aquino Sotana

A pesquisa se deu em duas aulas, tempo necessário para a coleta de

dados em uma instituição Municipal de Ensino do Município de Naviraí, Mato

Grosso do Sul. O prédio escolar onde aconteceram as aulas possui 24 salas

das quais 16 delas são salas de aula, diretoria, sala de professores, laboratório

de informática, quadra de esportes, cozinha biblioteca, sala de leitura,

coordenação, secretaria, sanitários. A escola atende o publico de estudante

nos períodos matutino e vespertino no ensino regular, somando um total de

989 discentes, totalizando 36 turmas.

O corpo docente é constituído de 52 funcionários que somado aos

funcionários de apoio técnico administrativo, resultando em 77 funcionários. A

escola atende aos alunos moradores dos respectivos bairros: Boa Vista,

Odércio Nunes de Matos, Jardim Ypê, João de Barro e alunos que residem na

zona rural. Além do ensino regular, a instituição oferece projetos de Capoeira,

Xadrez, e o projeto tempo de aprender no qual está inserido os alunos com a

faixa etária de idade ultrapassada para a sua fase regular, ou seja, um projeto

de aceleração. Neste projeto, faz parte o reforço de matemática, português e

atividades complementares.

Para o atendimento pedagógico, a unidade escolar oferece

equipamentos tecnológicos como: aparelho de televisão, videocassete, DVDs,

antena parabólica, copiadora, retro projetor, impressora, 32 computadores,

sendo 11 para uso do administrativo, 21 para o uso dos alunos (todos com

acesso a Internet), livros, revistas, entre outros periódicos.

Para os alunos da zona rural que totaliza 60 estudantes, é oferecido o

transporte escolar. A biblioteca da escola na sua utilização do acervo faz

empréstimo de livros de pesquisas para os alunos da zona rural e urbana, o

atendimento se da no período matutino e vespertino, em outras instituições

escolares. O acervo e formado por coleções de pesquisas jornais, revistas,

livros de literatura e outros materiais didáticos.

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A unidade escolar tem como organização: direção, Conselho Escolar,

Secretaria e Coordenação Pedagogia. É importante lembrar que a direção da

escola tem função de administração e articulação, e garante a execução do

processo pedagógico da unidade escolar, e que a mesma, poderá ser

substituída, caso haja impedimentos legais, por um coordenador pedagógico.

Ao Conselho Escolar, cabe a responsabilidade das ações e avaliações

das atividades administrativas, pedagógica e financeira da unidade escolar. A

secretaria é responsável pelos trabalhos pertinentes da vida escolar do corpo

Discente, arquivamento documentos e correspondências gerais da instituição.

Ao coordenador pedagógico, cabe assegurar o bom andamento do

processo pedagógico da unidade escolar, organizado e articulado como diretor,

visto que o ensino será organizado obedecendo às normas legais vigentes o

projeto político pedagógico e o regimento interno.

O currículo elaborado está em acordo com as normas legais e vigentes

das diretrizes do sistema municipal de ensino. A organização curricular leva em

conta a transversalidade da educação. O calendário escolar expressa ordem

do tempo das atividades desenvolvidas atendendo a legislação em vigor.

Ao professor cabe a incumbência de diagnosticar a dificuldade do

aluno para o melhor planejamento das aulas com parâmetros para a melhoria

educativa, acompanhando o desenvolvimento do aluno no dia-a-dia, levando

em conta as diferenças individuais.

A unidade escolar responderá a sociedade pela qualidade do trabalho

educativo realizado, permitindo um processo de realização de seu fazer

pedagógico, estabelecendo metas coletivas de combate à evasão, ausência e

repetência escolar.

A avaliação da aprendizagem visa auxiliar o desempenho tanto da

escola quanto dos alunos. Nesse sentido, a avaliação envolve diversos

aspectos e de maneira diferenciada.

A avaliação dos alunos se dará pelo processo contínuo e acumulativo

do desempenho do aluno, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os

quantitativos dos resultados ao longo do período sobre as eventuais provas

finais. A apuração do rendimento escolar é efetivada na seguinte forma as

médias, bimestrais recebem pesos diferenciados que são distribuídos como

média bimestral que equivale a peso 01, o 1º bimestre, 2º peso 02, 3º peso 03,

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4º peso 4. Assim, são considerados aprovados os alunos que obtiverem

frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) com a carga

horária dos componentes curriculares obrigatório a todos os alunos, com a

média anual igual ou superior a 6,0 (seis) e a média final igual ou superior a 5,0

(cinco) após o exame final. O aluno que não obtiver os 75% (setenta e cinco

por cento) de frequência não prestará o Exame Final, e será considerado retido

nas séries, visto que não alcançou os resultados finais.

No processo avaliativo, constará também o Conselho de Classe,

organizado de acordo com o Projeto Político Pedagógico Escolar.

Aos servidores de Apoio Técnico e Auxiliares Administrativos ficam

destinados a oferecer suporte operacional, às atividades e trabalhos

educacionais da Unidade Escolar, redigindo ofícios, executando serviço de

datilografia e digitação, oferecendo atendimento cordial, atualizando e

organizado documentos e exercendo atividades que foram delegadas para sua

função.

1.2 Objetivos da Instituição

A Escola Maria De Lourdes Aquino Sotana tem como base a

aprendizagem da criança de maneira que este alcance o pleno domínio da

leitura e da escrita e assim também o domínio dos cálculos. A criança deve

também ser capaz de compreender o ambiente natural e social em que vivi, e

da mesma forma deve ser capaz de compreender o sistema político, as

tecnologias, a arte e os valores que fortalecem a família e os laços de

solidariedade e tolerância ao ser humano.

1.3 População Investigada

Como falado anteriormente, os dados levantados como fonte de

pesquisa, parte das atividades realizadas em duas aulas da escola municipal

do ensino fundamental de Naviraí–MS, com 30 alunos do 7º ano. O objetivo

maior foi acompanhar e analisar os métodos que a professora de Artes utiliza e

quais as técnicas aplicadas na disciplina. As aulas são ministradas todas as

sextas-feiras, logo no primeiro horário, sendo uma aula por semana.

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Os sujeitos da pesquisa têm as seguintes características: 18 são do

sexo masculino e 12 do sexo feminino, ambos com faixa etária entre 12 a 14

anos.

1.4 Os Meios utilizados para a Realização da Pesquisa

Trata-se de uma pesquisa descritiva e explorativa que de acordo com

Eva Maria Lakatos (1997) tem como finalidade aprofundar o conhecimento do

pesquisador sobre o assunto estudado. Para tanto, foram feitas leituras de

obras pesquisadores consagrados como: Cotrim (2005), Dreuguer (2006),

Schmidt (2006), Fischer (1976), Azevedo (200), dentre outros que também nos

ajudou a elaborar um questionário como fonte de pesquisa.

Além do referencial teórico, a pesquisa se utiliza também da história oral

através de um questionário aplicado aos alunos no período matutino. O referido

questionário foi elaborado com nove perguntas de múltipla escolha e com

quatro opções de respostas das quais os alunos escolheram somente uma

resposta.

O trabalho foi dividido em cinco capítulos. De início apresenta a

Introdução e considerações gerais, seguida da revisão da literatura sobre a

Arte e seu contexto histórico, posteriormente é exposto algumas reflexões

sobre a Arte no contexto escolar; prosseguindo com a apresentação da analise

dos dados da pesquisa; as considerações finais sobre o objeto investigado; as

fontes que nos deram um maior embasamento e por último o anexo.

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2 A ARTE E SEU CONTEXTO HISTÓRICO

Para falarmos sobre arte, achamos oportuno iniciarmos essa discussão

com os estudos de Cotrim (2005) destacando que:

O homem pré-histórico deixou uma série de vestígios sobre sua existência bem como vários registros do seu modo de vida. Deste período que foi longo surgiram diferentes culturas, pois objetos comprovam formas diferentes e materiais diversificados. O homem daquela época utilizava-se de instrumentos como: madeira, ossos, pedras e metais. A partir desse momento a Pré-história se divide em três períodos distintos sendo eles: o Paleolítico, o Neolítico e a Idade dos Metais. (COTRIM, 2005, p.12).

Segundo o autor, no período Paleolítico o homem se tornou caçador de

animais e coletor de frutos. Já no período Neolítico, iniciou-se a produção das

atividades na agricultura e criação de animais. Somente na Idade dos Metais é

que começou surgir os primeiros registros escritos, época em que apareceram

as primeiras cidades.

Para Cotrim (2005), o homem do período Paleolítico foi de suma

importância para a História da Arte uma vez que foi responsável por criações

artísticas existentes naquele tempo. Destaca-se nesse período a arte como as

pinturas feitas nas paredes das cavernas ou/e entalhadas nas pedras. A arte

que os homens faziam, estavam ligadas aos rituais de suas crenças. Nessas

produções, o homem acreditava que caso o animal fosse pintado, ou esculpido,

podia-se dominá-los antecipadamente. Isso explica os motivos pelos quais os

homens da Pré-História decoravam suas cavernas. Nesse sentido, esses

espaços transformavam-se em santuários, lugares onde provavelmente dava-

se iniciação dos jovens caçadores.

Frequentemente os pintores da Pré-História representavam animais, ao

contrário das silhuetas e rostos humanos que apareceram somente com o

Renascimento na Europa.

As cores predominantes que os homens da Pré-História utilizavam eram

o ocre, marrom, vermelho e preto que originalizavam-se das rochas e terras

naturalmente coloridas. Para a realização dessas pinturas, os homens

utilizavam seus próprios dedos ou pincéis feitos com pelo de animais, como

afirma Cotrim (2005).

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Para Dreuguer (2006), o homem se diferenciou de outro animal devido

sua capacidade de criar uma linguagem. Para o referido autor, vários animais

são capazes de produzir sons que servem para a comunicação, mas apenas os

humanos conseguem combinar sons, símbolos e gestos de maneira

sistemática para se comunicar ou se expressar uns com os outros. Foi assim

que a comunicação entre os seres humanos iniciou uma linguagem que

permitiu a transmissão de técnicas e conhecimentos de um individuo para o

outro, socializando assim, o conhecimento de um determinado grupo para ser

transmitida de uma geração a outra.

Dentre estes símbolos que se comunicavam, destacam-se as pinturas

rupestres datadas de quarenta mil anos. Segundo Dreuguer (2006), em

algumas pinturas rupestres aparecem figuras humanas, contudo não é possível

afirmar se essas inscrições eram uma representação do homem ou de

mulheres, já que o que se pode identificar são somente marcas de mãos

abertas. Os desenhos que aparecem com maior destaque são as pinturas de

animais como os mamutes, cavalos e bisontes, como apresentado nas figuras

a seguir:

Figura 1: Impressões de mão da caverna de El Castillo na Espanha Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/2012-06-14/arte-rupestre-na-espanha-e-mais-antiga-do-que-se-pensava.html. Acesso 15/05/2013.

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Figura 2 - Figura rupestre nas rochas do Parque Nacional da Serra da Capivara do Piauí - Brasil Fonte: http://bityblog.blogspot.com.br/2011/07/pinturas-rupestres-comunicacao-nas.html. Acesso em 15/05/2013.

Figura 3 - Pintura rupestre em uma caverna de Akakus Fonte: http://colunas.revistaepoca.globo.com/viajologia/2011/02/03/pinturas-rupestres-de-14-mil-anos-tornam-akakus-um-museu-ao-ar-livre/. Acesso em 15/05/2013.

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Figura 4 :Pintura rupestre em uma caverna de Akakus mostra um elefante Fonte: http://colunas.revistaepoca.globo.com/viajologia/2011/02/03/pinturas-rupestres-de-14-mil-anos-tornam-akakus-um-museu-ao-ar-livre/. Acesso em 15/05/2013.

De acordo com Dreuguer (2006), os desenhos eram feitos em locais de

difícil acesso para dificultar seu descobrimento que, na sua maioria, estavam

relacionados com algum tipo de ritual. Todavia, os significados destas pinturas

constituem símbolos que diferenciou e diferencia os seres humanos dos

animais.

Com o passar dos anos, começaram a surgir novas mudanças que

podem ser percebidas no período Neolítico. Uma destas mudanças ocorreu

com relação à fabricação de instrumentos, que através de novas técnicas,

facilitaram a obtenção de alimentos.

Para Dreuguer (2006), foram estas transformações que permitiram a

divisão do trabalho baseado no sexo e na idade, pois com o tempo as pessoas

se especializavam em certas atividades. Enquanto um plantava, outro colhia.

Alguns se dedicavam à fabricação de utensílios de todos os tipos como objetos

e ferramentas dando origem aos primeiros objetos artesanais para atender as

necessidades da época como, por exemplo: cozinhar e guardar alimentos,

ações estas que impulsionaram o homem a criar recipientes resistentes ao fogo

e impermeáveis para o armazenamento de substâncias liquidas como a água,

o leite e outros mais.

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Ainda no período Neolítico, foi desenvolvida a técnica de esquentar a

argila no fogo, surgindo assim, à arte do ceramista e os primeiros vasos

cerâmicos. Logo depois, vieram as roupas e outros utensílios.

Para Schmidt (2006), foi somente no século XVI que se deu início as

novas ideias e uma nova visão de mundo. Nesse período, homens e mulheres

começaram a valorizar a experiência e a observação, o estudo da natureza e a

vida humana na Terra. Esse período de renovação de ideias foi chamado

futuramente de Renascimento que teve início na Itália e se espalhou por toda

Europa e restante do mundo. Foi uma época de grandes surgimentos de

artistas e escritores, como Leonardo da Vinci, Michelangelo e Shakespeare.

Durante o século XV e XVI, o gosto pelo nu e pela natureza viveu seu

apogeu no Renascimento que foi uma época de mudanças e inovação tanto

para a pintura, quanto para escultura que se voltava para homens e mulheres

nuas, e com isso, a fabricação de roupas passou mostrar as formas do corpo.

Schimdt (2006) afirma que no Renascimento a vida cultural

secularizada, afastou-se do domínio da Igreja. Os homens e os artistas

prestavam atenção ao mundo a sua volta, nos seres humanos e na vida na

Terra. Os artistas a partir de então não representavam somente cenas da Bíblia

e sim cenas de batalhas, figuras humanas da época e objetos do cotidiano.

Os pintores e escultores no Renascimento usavam o nu humano para

expressar o gosto pela beleza do corpo. Isso mostra que nesse período existia

uma consciência de que o homem não era apenas alma, mas também carne,

pele, osso e sentimento.

Nas mais diferentes manifestações, podem ser encontradas o ideal

humanista e o rigor científico, presentes ora no espaço, da arquitetura, nas

linhas e cores, da pintura, ou volumes, da escultura, os artistas do

renascimento deram aos seus trabalhos equilíbrio e elegância, procurando,

junto com os temas religiosos, explorar a mitologia e as cenas do cotidiano.

Para Schmidt (2008), os artistas renascentistas acreditavam que tudo o

que era bonito tinha formas geométricas precisas e equilibradas. Por isso, a

arte renascentista era proporcional e baseada em figuras matemáticas, como a

esfera, o cubo, o triângulo e a pirâmide. A perfeição geométrica e a beleza

artística andavam juntas e atuavam em perfeita harmonia.

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A associação contemporânea entre os conceitos arte e beleza, nasceu

da tendência oitocentista, e se aproximou da estética da teoria da arte

chamada posteriormente de Belas Artes, considerada a raiz da qual se derivou

o vocábulo artesão, comprovando que a ideia de habilidade está presente

mesmo nas formas inferiores do trabalho criativo.

Assim, a arte até os dias de hoje, continua sendo utilizada pelo homem

que associa em suas produções todas as criações dos nossos antepassados

como é o caso da influencia das belas artes, bem como das épocas anteriores

ao século XIX em que prevalecia a aproximação com as artes utilitárias de

acordo com o conceito tradicional avançado por Platão. Entretanto, as artes

utilitárias e os ofícios servem de paradigmas a todas as demais.

Em síntese, a arte significa habilidade, perícia e capacidade de fazer.

Para a pessoa que possui certas habilidades, ou perícia com relação à arte,

costuma se chamar de artesão ou artista conforme o objeto da sua atividade

criativa seja ela utilitária ou estética.

Uma distinção deve ser feita entre artes liberais e as belas artes,

incluindo procedimento prático que facilitem a liberdade de expressão na

linguagem, no discurso, e no raciocínio, bem como os diversos estudos

capazes de levar à compreensão do meio físico, cultural e social, em que belas

artes são as artes praticadas pelo prazer intrínseco que despertam ou pelas

emoções que evocam, tanto em quem as praticam como em quem as vê.

Embora tanto a arte quanto a ciência tenham como finalidade última a

busca pela verdade, elas variam nos processos e métodos de que lançam

mãos artistas e cientistas. Ao contrário do artista, cuja preocupação é sintetizar,

o cientista dedica-se a analisar materiais ou eventos restringindo-se ao exame

do mundo, objetivo dos fatos e dos fenômenos. Já o artista, lida com o

subjetivismo de imagens e sentimentos.

A Ciência visa estabelecer uma lei que se aplica a todos os casos. A

arte esmiúça reações individuais e se baseia em experiências isoladas. Os

artistas dão forma e conteúdo a uma visão universal. Uma obra de arte uma

vez elaborada permanece como marco final de sua época.

A obra de um artista pode vir a ser comparada com outra de maior ou

menor expressão e ser eclipsada pela de outro artista, mas um edifício, uma

estátua ou uma pintura particular permanecem únicos. Assim, é tarefa do

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artista fazer o instante durar, dar permanência ao transitório. O artista é o único

vitorioso na luta humana contra o tempo, e a obra de arte é a cristalização de

um momento, um elo entre o passado e o futuro, uma ponte entre a experiência

individual e a universal.

Por isso, a fonte de toda criação é a imaginação que se manifesta pela

projeção das imagens. A partir de um vácuo teórico, o artista concebe uma

imagem que do nada gera algo vigente, do caos extraí a ordem chegando a

uma relação de partes harmônica.

O aprimoramento das habilidades do artista se torna necessário para

que ele possa transmitir suas ideias a outras pessoas. Neste sentido, a arte

transforma-se numa linguagem composta de imagens e símbolos dos quais o

homem comunica com seus semelhantes.

O artista explica, enfatiza, dramatiza e interpreta o mundo que vive, em

todos os seus aspectos físicos, sociais e espirituais. A imaginação artística diz

respeito à criação de caracteres, acontecimentos, cenas, situações e ocasiões

fictícias, ou não, de tal modo que se passou recriar a experiência pessoal do

artista na mente dos que lhes apreciarem a obra. O ato criador resulta em

formas concretas como as obras de artes, fazendo surgir, então, os problemas

de classificação, escolha do meio expressivo e da técnica que são externados.

A prática de uma arte, em qualquer tempo e local, não pode ser

separada das circunstancias históricas e geográficas que ocorrem. O estilo

pessoal do artista, por conseguinte, será determinado não só pelo espírito da

época em que vive ou produz, mas também por sua habilidade artesanal e pela

natureza das diversas técnicas de que lança mão como, por exemplo, a técnica

do afresco que recuou aos tempos antigos, variando o modo de representação,

os métodos e os procedimentos básicos, classificando a arte como um todo.

Nas artes visuais, desde os tempos primitivos, o ser humano ao

dominar a natureza busca dominar a si próprio e a aprimorar os seus sentidos

a partir do momento que o homem expressa através de símbolos e figuras, a

sua realidade seja ela interior ou exterior mediante a evolução de sua cultura e

postura social, refina-se a visão conceitual de um acontecimento ou substância.

Assim, toda a arte pode ser individual ou coletiva.

A arte visual estuda e relata tudo que é percebido ou seduzido perante

nossos olhos de maneira criativa. A arte visual e o design atuam juntos ao

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representar visualmente uma forma, cor ou representação, estando presente

no teatro, na musica, no cinema, na fotografia e demais expressões.

Nos tempos atuais, as artes visuais além de atuar no segmento

artístico, também exerce papel fundamental na representação visual comercial

de empresas e instituições públicas. Toda arte apreciada pelo olhar é

conceituada como arte visual, e abrange a pintura, o desenho, a gravura, a

fotografia, o cinema, a escultura, a arquitetura web design, a moda a decoração

e o paisagismo lida com o caráter teórico e pratico do estético, seja o estético

do belo, do funcional ou do fazer pensar.

Classificadas como: Artes Pictóricas, Artes Plásticas, Artes

Construtivas e Artes Aplicadas, de acordo com suas qualidades intrínsecas ou

segundo a finalidade que busquem.

As Artes Pictóricas são todas aquelas que se desenvolvem sobre uma

superfície bidimensional como a pintura em suas várias técnicas através do uso

de tinta a óleo, têmpera, aquarela e guache. No desenho destacam-se a bico

de penas, a tinta, o giz, o carvão e o pastel. A gravura é a inscrição de relevo

plana. A fotografia e o mosaico se destacam como artes pictóricas especiais da

nossa modernidade.

São Artes Plásticas todas as formas de escultura do baixo relevo e

esculpido. Os elementos das artes visuais se desenvolvem no espaço e se

dirigem ao sentido da visão, sendo elas: o ponto, a linha, o plano, a textura, a

cor, a massa e o espaço. Estes elementos acontecem em qualquer obra da

arte visual e se sobressai perante as demais.

O elemento mais simples é o ponto, sendo uma marca diminuta em um

determinado espaço chamando a atenção do olhar segundo sua posição (foco).

Sozinho, o ponto é um elemento estático, mas em combinação com outros

pontos, pode se transformar em um elemento sugestivo de movimentação e de

ritmo. Assim, uma sucessão contínua de pontos passa ser linha que pode ser

capaz de sugerir o movimento que, ao mesmo tempo, torna-se expressiva por

si mesma. Uma linha horizontal pode exprimir calma, o repouso e a

estabilidade. Já a vertical, a dignidade, a oblíqua, desequilíbrio, a transição, a

queda, a curva, a sensualidade.

O plano é o espaço da obra de arte e pode ser ideal ou real como: a

pintura ou arquitetura. A textura é um elemento que deriva da própria qualidade

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física do plano. O papel, a madeira, a pedra, cada um desses materiais tem

sua textura inconfundível que se impõe a o sentido do tato, constituindo por

Bernard Bereson de valores táteis de uma obra de arte. Neste sentido a textura

não almeja apenas ser vista, ela precisa der tocada.

Outro elemento importante é a cor que acontece universalmente à

natureza como obra de arte. Cor é um termo que designa qualquer sensação

visual que derive da luz. As cores perceptíveis no arco-íris chamam-se matriz e

podem ser classificadas como doze cores embora, entre elas, existam um

número infinito de gradação.

As cores encontradas na natureza são o amarelo, o vermelho e o azul

denominadas cores primárias, que misturadas resultam nas cores secundárias.

Assim, a mistura de amarelo e azul dá-se o verde, a de vermelho e amarelo, a

laranja, azul e vermelho o violeta. Misturando-se em partes iguais, uma cor

primária e outra secundária, obtém-se a matriz terciária formada pelas cores

amarelo-laranja, vermelho-laranja, amarelo-verde azul-verde, azul-violeta,

vermelho violeta. As cores quentes são cores que, por associação com

determinadas ideias, recordam o calor do sol, do fogo como o amarelo, o

laranja e o vermelho. As cores frias recordam o gelo e a noite, são elas: o

verde, o azul e o violeta. Contudo, a composição em um plano em sentido

harmônico de cores, quentes e frias que se alternam, dá-se o nome de

composição cromática.

2.1 História e Estilo

É importante frisar que a Filosofia da História da criação da Arte ocupa

um lugar intermediário entre a estética e a teoria geral da arte e sua história. A

estética, por sua vez, participa da investigação filosófica da criação artística, já

a história descritiva da arte procura investigar as leis do desenvolvimento

artístico, considerando-a sob o ângulo historicista, visando estabelecer o

sentido da História da Arte.

Ao longo do tempo e na medida em que se sucederam as gerações, a

arte experimentou mudanças em sua forma de ser e coube a História da Arte

avaliar a importância destas modificações uma vez que, como expressão da

consciência humana, a arte está ligada aos grandes movimentos culturais de

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cada época, ou seja, designando-se de acordo com os principais períodos que

se divide a história da humanidade. Assim, a ectopia surge como um

documento escrito, já as civilizações, que não deixaram a sua crônica foram

desprezadas como arte que surgiu pouco a pouco na era da arte pré-histórica.

Com isso, vários pensadores apontam para uma necessidade de mudanças na

medida em que os valores e emoções são expressos e desenvolvidos.

Sob esta perspectiva, surgem então propostas que buscam reatar no

homem os seus valores básicos, procurando iluminar a vida criativa, a

imaginação e a beleza. Assim, a arte se concretiza através dos sentimentos

desapertando no individuo o seu próprio processo de sentir. Através da arte, o

ser humano pode despertar a sua maneira própria de sentir, surgindo então,

outros processos racionais. Pela arte, conhecemos aquilo que ainda não

experimentamos em nossa vida cotidiana, possibilitando ao indivíduo conhecer

e desenvolver sentimentos e situações distantes da realidade como assim

afirma Fischer (1976, p.13):

O desejo do homem de se desenvolver e completar indicam que ele é mais que um individuo. Sente que só pode atingir a plenitude que potencialmente ele concerne que poderia ser dele. E o que o homem sente como potencialmente seu incluindo tudo aquilo de que a humanidade como um todo, é capaz. A arte é um meio indispensável para esta união do individuo como um todo reflete a infinita capacidade humana para associação para a circulação de experiência e ideias.

Nota-se que o processo de conhecimento e articulação entre o que se

vive e o que se pensa, constrói no ser humano bases para compreender as

situações, mediante as diversas modalidades os significados no campo do

conhecimento científicos, filosófico, religioso mesclando um estilo que é vivido

pelos indivíduos que se expressam através da arte. Assim, a arte tem seu

papel de destaque no tempo e espaço, pois permite a compreensão do sentido

da vida e as transformações que ocorrem ao longo da história até a atualidade.

Fazendo-se necessário o entendimento de arte e educação, afirmamos

que não é um treino para formar um artista e sim desenvolver no homem a

sensibilidade, possibilitando que o mesmo possa expressar aquilo que o

preocupa, pois este desenvolve a criação de um sentido pessoal que orienta a

sua ação no mundo. Nas escolas são oferecidas meias verdades, pois não há

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um espaço para que o aluno demonstre sua visão de mundo a partir da

realidade que está inserido, já que lhe é oferecido um mundo abstrato em que

as respostas já estão prontas.

Contudo, o que importa na Arte Educação não é o produto finalizado e

sim o processo de elaboração com os seus próprios sentidos que acontece no

mundo a sua volta. Por certo, ela é um estimulo para que o educador exprima

aquilo que sente e percebe como assim afirma Read (1977.p.33).

Deve compreender-se desde o começo que o que tenho presente não é simplesmente “educação artística” como tal, que deveria denominar-se mais apropriadamente educação visual ou plástica: a teoria que anunciarei abarca todos os modos de expressão individual, literária e poética (verbal) não menos que musical ou auditiva, é a forma um enfoque integral da realidade que devia denominar-se educação estética, a educação desse sentido sobre os quais se fundam a consciência e, em última instância, a inteligência é o juízo do individuo humano. Somente na medida em esse sentido estabelece uma relação harmoniosa e habitual com o mundo exterior, se constrói uma personalidade.

A História da Arte no Brasil, não foi uma conquista que aconteceu em

curto prazo. De acordo com Barbosa (1983), foi uma conquista que duraram

anos e não foi alcançada por educadores brasileiros, mas por educadores

nortes americanos que sob um acordo oficial cuja sigla MEC–USAID1 fez uma

inovação na educação brasileira estabelecida no ano de 1971, Causando então

uma inovação na educação brasileira estabelecida no ano de 1971,

determinando assim, novos objetivos para os currículos existentes conforme a

Lei Federal nº. 5992 chamadas de Diretrizes e Bases da Educação. Nesse

texto, destacamos que:

Art. 7º Será obrigatória à inclusão de Educação Moral e Cívica, Educação Física, Educação Artística e Programas de Saúde nos currículos plenos dos estabelecimentos de lº e 2º graus, observado quanto a primeira o disposto no Decreto-Lei n. 369, de 12 de setembro de 1969. (LDB: 5992).

1 1série de acordos produzidos, nos anos 1960, entre o Ministério da Educação brasileiro (MEC) e a United States Agency for International Development (USAID), visavam estabelecer convênios de assistência técnica e cooperação financeira à educação brasileira.

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Foi esta lei que orientou e mostrou que as crianças da antiga 7ª série

poderiam ser consideradas como profissionais, já que contribuíam para uma

mão-de-obra barata. Posteriormente as escolas secundárias seriam

completamente profissionalizantes garantindo, assim, trabalhadores para as

multinacionais que detinham a grande parte do por econômico brasileiro.

Porém, as artes foram às únicas matérias do currículo estabelecido em

1971 onde trabalhando relações ligadas às culturas e a criatividade já que a

filosofia e história haviam sido banidas do currículo.

Contudo, a História da Arte na educação teve um avanço similar após a

promulgação da LDBEN, (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) de

nº. 9294 de 20 de dezembro de 1996. Foi neste contexto que os educadores

brasileiros conseguiram que o ensino de Arte fosse obrigatório para toda a

Educação Básica conforme o conteúdo da lei abaixo:

Art. 26º. Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela. § 2º. O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. (LDBEN 9294/20/12/1996).

Nesse aparato legal, a arte no contexto educacional passou ser visto

como objeto de conhecimento e promotor do desenvolvimento cultural dos

alunos. Portanto, o espaço educacional deve fundamentar e compreender o

mundo em que os educandos estão inseridos como, também, ampliar a sua

visão de mundo, possibilitando, com isso, liberdade de expressão para os

alunos exprimir o que sente.

Contudo, a educação em Artes propícia o desenvolvimento do

pensamento artístico, a percepção, a estética que caracteriza um modo próprio

de ordenar e dar sentido as experiências humanas. A arte de cada cultura e

tempo situado na história revela o modo de perceber, sentir e articular

significados e valores que governam os diferentes tipos de ralações entre os

indivíduos na sociedade.

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3 ARTE NO CONTEXTO ESCOLAR

A arte no contexto escolar brasileiro passa por diversas concepções. A

partir da década de 1980, surge o movimento Arte- Educação com a finalidade

de mobilizar os professores permitindo a ampliação das discussões sobre a

valorização e aprimoramento dos profissionais, assim como agilizar e propor

ações educativas em Arte.

Promulgada a Constituição Federal de 1988, iniciam-se as discussões

sobre a Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), que

só foi sancionada em 20 de dezembro de 1996, causando protestos de muitos

educadores quanto à retirada da obrigatoriedade da área de arte no currículo

escolar.

Com a Lei 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), acontece

a revogação das disposições anteriores sobre o ensino da Arte e o ensino

desta passa a ser obrigatório nos diversos níveis da educação básica,

conforme (artigo26, Paragrafo 2º).

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) destacam que:

Desde o inicio da história da humanidade a arte sempre esteve presente em praticamente todas as formações culturais. O homem desenhou um bisão numa caverna pré-histórica teve que aprender de algum modo seu oficio. E da mesma maneira, ensinou para alguém o que aprendeu. Assim, o ensino e a aprendizagem da arte fazem parte, de acordo com normas e valores estabelecidos em cada ambiente cultural do conhecimento que envolve a produção artística em todos os tempos (1997, p. 21).

No Brasil, aconteceram movimentos de suma importância entre a arte e

educação como é o caso da criação da Escola de Belas Artes na Capital do Rio

de Janeiro no século XIX.

A História da Arte, área que enfatiza a educação artística escolar, tem

um percurso relativamente recente, mas desde o século XX passou ter uma

ascensão educacional em várias partes do mundo. No Brasil, destaca-se a

Semana da Arte Moderna, a criação de universidades, entre outros

acontecimentos ligados a cultura.

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Com a criação da Academia Imperial de Belas Artes datada de 1816,

deu-se o início do ensino artístico, tendo suas raízes nos padrões europeus

que procuravam atender a demanda de expansão industrial destacando em

seu ensino as habilidades técnicas e gráficas. Nessa orientação, predominava

basicamente o exercício formal da produção de figuras, do desenho do modelo

vivo, do retrato, da cópia de estamparia, obedecendo com isso, a um conjunto

de regras rígidas.

Com base nos princípios filosóficos de ¹ Auguste Comte2, os positivistas

brasileiros acreditavam que a arte possuía importância na medida em que

contribuía para o estudo da ciência. Acreditavam também que a arte era um

poderoso veículo para o desenvolvimento do raciocínio e da racionalização da

emoção, desde que ensinava através do método positivista que subordinava à

observação.

A concepção de arte como técnica no ensino de Arte no Brasil perdurou

aproximadamente quatrocentos anos e, ainda hoje, é possível encontrarmos

vestígios desta concepção de ensino nas práticas escolares manifestadas

através do ensino do desenho como o geométrico, do ensino dos elementos da

linguagem visual descontextualizada da obra de arte, na produção de artefatos

que utiliza elementos artísticos para sua composição, na pintura de desenhos e

figuras mimeografadas. Nas famílias mais ricas, as meninas permaneciam em

suas casas, onde tinham aulas de música e bordado.

3.1 As Aulas de Arte e a Pedagogia Tradicional

Nas primeiras décadas de século XX, o ensino de Arte continuou focado

na preparação de técnicas para o trabalho, mas especificamente no final da

década de vinte e toda a década de trinta, a cultura de massa estava ligada a

uma nascente industrial de lazer e, com isso, surge com grande força e

impacto uma serie de manifestações culturais que atinge a todos os segmentos

da sociedade capitalista.

O ensino de Arte, no caso desenho, continuou a apresentar-se com

este sentido utilitário de preparação de técnicas para o trabalho nas escolas

2 Isidore Auguste Marie François Xavier Comte (Montpellier, 19 de janeiro de 1798 - Paris, 5 de setembro de 1857) foi um filósofofrancês, fundador da Sociologia e do Positivismo.

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primárias e secundárias onde se valorizava o traço, o contorno e a repetição de

modelos.

Ao professor destinava-se um papel cada vez mais irrelevante e passivo. A ele não cabia ensinar nada e a arte adulta deveria ser mantida fora dos muros da escola, pelo perigo de influência que poderia macular a “genuína e espontânea expressão infantil”. (PCNs, 1997, p.22).

Os conteúdos passaram ser bem discriminados, abrangendo noções

de: proporção, perspectiva, construções geométricos; composição, esquemas

de sombra e luz. O desenho pedagógico era desenvolvido nas Escolas

Normais, instituições de formação de professores que surgiram no Brasil

através da Lei Provincial em 1835, e que teve sua primeira instalação na

cidade de Niterói no Rio de Janeiro, onde os alunos aprendiam esquemas

gráficos para ilustrar as aulas.

As metodologias utilizadas pelos professores seguidores desta

pedagogia trabalhavam conteúdos através de atividades de repetição, cuja

finalidade era exercitar a vista, a mão, a inteligência, a memorização, o gosto e

o senso moral. A relação professor-aluno mostra-se serem bem mais

autoritárias e os conteúdos são consideradas verdades absolutas, estando o

ensino tradicional interessado no produto do trabalho escolar.

A partir dos anos cinquenta, o ensino e aprendizagem de artes

concentram-se apenas na transmissão de conteúdos reprodutivista,

desvinculado da realidade social e das diferenças individuais. O professor

continua sendo o detentor do saber procurando desenvolver em seus alunos

também habilidades manuais e hábitos de precisão, organização e limpeza.

Além do desenho, passaram a fazer parte do currículo escolar as matérias de

música que manteve de alguma forma o caráter da metodologia do ensino

artístico anterior.

As atividades de teatro e dança, somente eram reconhecidas quando

faziam parte das festividades escolares nas celebrações de datas como o

natal, páscoa e independência, ou nas festas de final de período escolar. O

teatro era tratado como única finalidade: da apresentação. As crianças

decoravam textos e movimentos cênicos que eram marcados com rigor.

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Na música, destacavam-se os Cantos Orfeônicos, projeto preparado

pelo compositor Heitor Villa-Lobos3. O canto Orfeônico difundia ideias de

coletividade e civismo em momentos políticos.

3.2 As Aulas de Arte e a Pedagogia Nova

Em meio à democratização política do Brasil em 1930, surgiu uma nova

tendência educacional denominada Escola Nova. Originada nos Estados

Unidos e Europa, a Escola Nova foi inspirada pelo pensamento do americano

John Dewey, filósofo e pedagogo norte-americano e disseminado no Brasil por

educadores como Nereu Sampaio que era seu interprete no Brasil. e Anísio

Teixeira um dos idealizadores da escola nova no Brasil.

Esta pedagogia contrapõe-se a pedagogia tradicional, pois propunha

discussões educacionais, dando uma nova concepção à criança. Sobre isso

Azevedo (2000, p.37) destaca que:

[...] Nela a criança não era pensada como miniatura do adulto, mas deveria ser valorizada e respeitada em seu próprio contexto, com sua forma peculiar de pensar/agir no mundo, possuindo uma capacidade uma capacidade expressiva original, comunicando-se por seu gesto-traço, seu gesto-teatral e seu gosto-sonoro.

O enfoque desta nova proposta de ensino busca a aprendizagem da

criança no “livre” onde ela pode expressar-se de forma espontânea sem

qualquer intervenção do professor. No entanto, para que a criança produzisse

sua própria arte, era necessário preservá-la da arte produzida pelo adulto, pois

ela seria apresentada como modelo a ser copiada, desvalorizando assim, o

desenvolvimento e o potencial individual criador do aluno. Ou seja, era uma

proposta centrada na criação e desenvolvimento do aluno.

Essa nova concepção de ensino de arte com desenvolvimento da

expressão e da criatividade, deixou marcas profundas na maneira de ensinar a

arte na escola, pois todas as atividades realizadas eram feitas sem

3 Heitor Villa-Lobos (Rio de Janeiro, 5 de março de 1887 – Rio de Janeiro, 17 de

novembro de 1959) foi um maestro e compositor brasileiro.

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planejamento ou objetivo. O exemplo disso eram os passeios realizados aos

teatros para os alunos assistiram apresentações artística, visitações em

museus, entre outras coisas que se caracterizavam como simples aula de

passeio.

A preocupação com o método, com o aluno, suas criações, seus

interesses e o processo de trabalho, caracterizam uma pedagogia essencial

experimental, fundamental na Psicologia e Biologia.

É importante salientar que tais orientações trouxeram uma contribuição inegável no sentido da valorização da produção criadora da criança, o que não ocorria na escola tradicional. Mas, o principio revolucionário que advogava a todos independentemente de talentos especiais, a necessidade e a capacidade de expressão artística foi aos poucos sendo enquadradas como palavras de ordem como, “o que importa é o processo criador da criança e não o produto que realiza” e “aprender a fazer fazendo”, este e muitos outros lemas foram aplicados mecanicamente nas escolas, gerando deformações e simplificações na idade original, o que acabou na banalização do “deixa fazer” ou seja, deixa a criança fazer arte sem nenhum tipo de intervenção. ( PCNs, 1997, p. 22).

É notório que as crianças não tinham contato com obras de arte e com

seus criados ou de qualquer outro tipo de influencia artística com

fundamentação para as suas criações, o que não gerava uma criação de

critica.

O papel do professor nesta perspectiva era cada vez mais irrelevante e

passiva. Ele não deveria ensinar nada aos alunos o que desencadeou nos

alunos e na proposta o pensamento e ideias vagas perdendo o sentido. O

ocasionando assim, o esvaziamento do conteúdo específicos da área de arte

na educação escolar.

3.3 As Aulas de Arte e a Pedagogia Tecnicista

A pedagogia Tecnicista surgiu nos Estados Unidos na segunda metade

do século XX nos anos 60 a 70, período que foi disseminada e todo Brasil.

Dessa forma, o ensino de Arte passou a desempenhar um importante papel,

através do ensino do desenho como linguagem da técnica e da ciência,

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considerando o homem como produto do meio, e a educação atuante no

aperfeiçoamento da ordem social do sistema capitalista que articulava com o

sistema produtivo com a função de adequar o sistema educacional com a

proposta econômica e política do regime militar, na formação de mão-de-obra

para o mercado de trabalho, “valorizadas como meio de redenção econômica

do país e da classe obreira, que engrossara suas fileiras com os recém-

libertos” (BARBOSA, 2002c, p. 30).

Nesse período, o modelo de ensino visava à preparação para o mercado

de trabalho, por isso recebeu o nome de pedagogia tecnicista presente ainda

hoje em vários cursos técnicos. Nesta pedagogia, aluno e professor ocupam

uma posição secundária, pois o destaque era o sistema técnico de organização

da aula e do curso que visava operacionalização de forma minuciosa. Destaca-

se o uso abundante de recursos tecnológicos e audiovisuais, elementos estes

surgidos com a modernização e globalização do ensino.

Havia muitos incentivos e recompensas das atividades desenvolvidas

pelo aluno, levando-o a uma grande competitividade, pois o Estado buscava

investimentos em um modelo de educação que formasse mão-de-obra

qualificada e que favorecia o processo de importação tecnológica. Quando isso

Shiroma, Moraes e Evangelista (2002, p. 36) afirmam que:

O educador o educando haviam-se transformado em capital humano. Neste cenário o ensino de arte é denominado Educação Artística a partir da reforma de 1971, com a Lei nº. 5.692. Sendo considerada como atividade educativa. Será obrigatória à inclusão de educação moral e Cívica, Educação Física, Educação Artística e programas de saúdes nos currículo plenos nos estabelecimento de 1º e 2º graus [...].

A arte neste contexto enfatizava um saber reduzido aos aspectos

técnicos de materiais diversificados. As propostas dos livros didáticos eram

muito valorizadas, assim como as concepções mecanizas. A formação para a

docência de Artes era bem pequena, existiam poucos professores com a

formação nesta área de conhecimento. Entretanto, aquele que possuísse

qualquer habilidade ou formação em outra matéria, poderia lecionar as

disciplinas que eram separadas como, desenho, desenho geométrico, Artes

Plásticas e Música.

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Na nova lei, a educação de Arte teve neste panorama a Educação

Artística que mostrou um confronto com o que era priorizado na época. A

educação passava por momentos de dificuldades na relação entre a teoria e a

prática. Os professores capacitados em cursos, eminentemente de curta

duração, norteavam-se por documentos oficiais e livros didáticos. Vários foram

os objetivos, porém inatingíveis. As atividades eram de múltipla escolha,

exercício de repetição, onde a arte passou a ser entendida como mera

proposição de atividades artísticas, muitas vezes desconectadas de um projeto,

e os professores deveriam atender a todas as linguagens artísticas,

descuidando de sua capacitação.

A questão do ensino de Artes no Brasil diz respeito a um enorme descompasso entre a produção teórica, que tem um trajeto de constantes perguntas e formulações, e o acesso dos professores a essa produção, que é dificultado pela fragilidade de sua formação, pela pequena quantidade de livros editados sobre o assunto, sem falar nas inúmeras visões preconcebidas que reduzem a atividade artística na escola a um verniz de superfície, que visa às comemorações de datas cívicas e enfeitar o cotidiano escolar (PCNs, 1997, p.31).

Observam-se as dificuldades encontradas para a formação e

capacitação dos educares e a falta criatividade que não era estimulada, já que

o objetivo central era a formação de técnicos específicos para as mais diversas

áreas do mercado.

3.4 As Aulas de Arte e a Pedagogia Libertadora

Entre essas idas e vindas da educação brasileira, o ensino de Arte e as

tendências pedagógicas entre 1961 e 1964 destacam o trabalho e pensamento

de Paulo Freire um dos maiores pesquisadores da educação no Brasil. Seus

trabalhos repercutiram em varias esferas como na política devido seu método

de ensino ser voltado para a alfabetização de adultos. Destaca-se neste

pensamento critico o desenvolvimento do diálogo entre educando e educador.

Seus pensamentos são seguidos até os dias de hoje e ficou conhecido como

Pedagogia Libertadora.

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Paulo Freire tinha uma perspectiva de educação voltada para a

consciência critica social. A escola, nesse sentido, tem um papel fundamental e

especifico em relação às mudanças nas ações sociais e culturais. A prática e a

teoria passaram a ser discutidas por educadores, onde a escola tem destaque

e configura como instrumento capaz de transformar o futuro. Neste momento, o

processo educativo é essencialmente reflexivo, funda-se na criatividade, na

reflexão e ação dos alunos a partir da sua realidade baseada no diálogo, ou

seja, a partir da experiência do aluno, considerando-o como sujeito situado

num determinado contexto social e histórico.

Na perspectiva da Pedagogia Libertadora, o conteúdo parte da

situação presente e concreta. Valorizam-se o ensino competente de conteúdos

como meio de instrumentalizar os alunos para uma prática social

transformadora. A educação, nesse sentido, é entendida como um processo de

criação e recriação de conhecimentos. Professor e alunos são considerados

sujeitos do processo ensino-aprendizagem. A apropriação de conhecimento é

também um processo que demanda trabalho e disciplina uma vez que se

valoriza a problematização o que implica, com isso, numa análise crítica sobre

a realidade problema a ser desvelada. Nesse contexto, trabalhar com

educação é ir além das aparências para entender o real significado dos fatos.

[...] agir no interior da escola é contribuir para transformar a própria sociedade. Cabe à escola difundir os conteúdos vivos, concretos, indissoluvelmente ligados às realidades sociais. Os métodos de ensino não partem de um saber espontâneo, mas de uma relação direta com a experiência do aluno confrontada com o saber trazido de fora ( ) professor é mediador da relação pedagógica um elemento insubstituível. É pela presença do professor que se torna possível uma “ruptura” entre a experiência pouco elaborada e dispersa dos alunos, rumo aos conteúdos culturais universais, permanentemente reavaliados face às realidades sociais (SENAFOR, 1983, p.30).

Assim a escola deve propiciar o acesso ao conhecimento histórico

acumulado pela humanidade, e revendo a realidade atual na qual o aluno está

inserido, constituindo-se como instrumento transformador da mesma,

proporcionando ao educando a possibilidade de conscientização quanto ao seu

dever como cidadão integro capaz de reconhecer seus direitos e deveres,

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atuando de maneira que possa promover a sua emancipação social, política,

econômica e cultural, sabem proteger e preservar o meio ambiente.

3.5 Arte no Conteúdo Escolar

Historicamente, o ensino de Arte no Brasil tem uma trajetória que

perpassa por diferentes concepções. A partir da década de 1980, o que vem

sendo demonstrado é que aos poucos a arte se incorpora na prática

pedagógica.

O ensino da Arte foi fundamentado na abordagem triangular implantada

no Brasil por Ana Mae Barbosa que concebeu o ensino de Artes a partir de três

eixos articulados sem deixar que somente um fosse priorizado. Esses eixos

são: “o ler” embutindo-se assim a leitura do texto artístico e estético, “o

contextualizar na história e no cultural”, “a estética do fazer artístico” na qual

inclui a produção artística a construção da expressão pessoal ou coletiva dos

estudantes.

Os princípios são a multiculturalidade e a interculturalidade dos alunos

na qual se estuda obras e manifestações de diferentes culturas, etnias,

tendências, estéticas, localidades e as suas interações interdisciplinares que

leva em consideração a necessidade de articulação entre o conhecimento e a

arte relacionando-a com outros conteúdos do currículo.

Com a implantação de Lei de Diretrizes e Bases (LDB), o ensino da

Arte passou a ser obrigatório, mas esta nova Lei não exige o ensino de todas

as linguagens artísticas. Todavia, o aluno na sua limitação, deverá ser capaz e

ter acesso a pelo menos a uma das linguagens da arte, pois isto lhe

acrescentará e formará um conjunto de ideias que será expressa culturalmente,

proporcionando-lhe a construir competências e habilidades para além do

campo da leitura e escrita de texto verbal e visual que inclui o não verbal,

possibilitando com isso, que ele aprenda a se expressar.

Nas Artes Visuais, o aluno poderá identificar elos a partir de uma

imagem fixa ou em movimento composta por signos visuais ou táteis como: a

forma, a cor, a textura, a luz e sombra, a fotografia, entre outras coisas,

abrangendo diversas modalidades e os diferentes modos de praticar.

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Nas Artes Cênicas, o texto é a expressão corporal ou verbal em cena

na qual a ação dramática é composta por signos visuais e sonoros como: o

movimento, a expressão facial, o figurino e adereços, a maquiagem, o cenário,

a sonoplastia, a iluminação, o espaço cênico incluindo outras modalidades na

qual inclui bonecos de sombra, de formas animadas, a dança, o circo e a

ópera.

Para a música, o texto é a soma da combinação de sons e silêncios

que são elementos que constitui a formação dos sons classificados com altura

em que o aluno identificará se o som é grave ou agudo, quanto à intensidade

se é fraco ou forte, já o timbre indica qual fonte produtora do som, a duração

que indica que o som é curto ou longo, e a maneira de fazer que possa ser

música instrumental ou canto.

Sendo assim, a Arte no conteúdo escolar tem como princípio propiciar

aos alunos nas mais diversificadas modalidades, a capacidade de fazê-los com

que conheçam e reproduzam através de Artes Visuais ler e atribuir significados

aos signos e modalidades, interagindo com espaços de exposição, descobrindo

qualidades e possibilidades expressivas.

Com as Artes Cênicas, o aluno tende a desenvolver uma

aprendizagem que diz respeito à pesquisa, a experimentação de diferentes

movimentos e deslocamentos com o corpo. Nessa linguagem artística, o aluno

descobre oportunidades expressivas como o observar, o perceber o ritmo e o

movimento que existe na natureza, nos objetos e nas pessoas. Ou seja, o

aluno passa interagir com as produções cênicas observando que para cada

temática o agir, a cooperação, o diálogo, o respeito mútuo é fundamental.

Já com a música o aluno desenvolverá a capacidade de perceber a

sonoridade presentes na natureza e no meio cultural reconhecendo as fontes

geradoras dos ritmos, identificando sons produzidos pela voz, pelo corpo,

instrumentos musicais, e objetos sonoros presentes na música. Nesse sentido,

o aluno passa conhecer os autores e compositores da música de diferentes

culturas, respeitando com isso, suas identidades, sentimentos, sensações e

ideias expressadas através sonoridade produzida pela voz, corpo e outro

materiais construídos com materiais providos da própria natureza.

Portanto, cabe ao educador intervir como mediador aproveitando as

situações criadas pelos alunos no contexto escolar, orientando-os para que

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explorem diferentes formas da construção, sejam elas das mais variadas

formas de manifestação da arte e do fazer artístico que cada indivíduo traz em

si.

3.6 A Motivação do Professor da Disciplina de Artes

Por várias décadas no Brasil, o ensino de Arte resumiu-se a tarefas de

mera repetição e de pouca criatividade. A grade curricular era desvalorizada,

as aulas não possuíam um objetivo e planejamento para sua continuidade ao

longo do tempo e o acesso dos professores a essa produção era dificultado

pela fragilidade de sua formação e pela quantidade de livros que tratavam

desta disciplina.

Nos últimos vinte anos, o cenário da educação vem se modificando nas

escolas devido à nova tendência chamada sociointeracionista que tem como

princípio a produção, a reflexão e apreciação de obras de artes. Ela está em

consonância com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) onde o papel

da escola é de propiciar o conhecimento da produção histórica e social de arte,

além de garantir ao educando a liberdade de expressar, imaginar e criar

propostas artríticas pessoais ou em interação com outro com bases em

intenções próprias.

Porém, o que podemos constatar é que muitos professores ainda

trabalham com materiais prontos, por exemplo, os desenhos mimeografados,

as musiquinhas ligadas a rotinas escolares, como hora do lanche, hora de ir

embora, etc. Este tipo de atitude impede o processo de criação e reflexão tão

defendido no sociointeracionismo.

Contudo, cabe ao professor escolher a maneira mais eficaz para

desenvolver as múltiplas linguagens, o modo e os recursos didáticos para

realizar seu trabalho assim como a apresentação de informações aos alunos,

pois ensinar Arte com arte é o caminho mais eficaz, para uma aprendizagem

significativa.

Cabe ao professor ao professor tanto alimentar os alunos com informações e procedimentos de artes que podem e querem dominar quanto saber orientar e preservar o desenvolvimento do trabalho pessoal, propiciando ao aluno realizar suas

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próprias escolhas para concretizar projetos pessoais e grupais (PCNs, 1997, p. 50).

As estratégias de ensino, a experiência do aluno e o saber trazido de

fora da escola são considerados importantes e o professor deve fazer a

intermediação entre eles no sentido de motivar os alunos no processo criador.

Para que tal objetivo aconteça, deve-se ter um conteúdo, estratégias e

propostas que ofereçam oportunidades de participação.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), as aulas de

Artes devem contemplar as quatro linguagens: dança, música, artes visuais e

teatro. A prática cotidiana deve promover a criação feita pelo aluno. É uma

proposta do Referencial Curricular que os professores auxiliem seus alunos a

posicionar-se com sensibilidade e critérios éticos, diante de um conjunto de

circunstâncias:

O ensino de Artes é área de conhecimento com conteúdos específicos e deve ser consolidado como parte construtiva dos currículos escolares, requerendo, portanto, capacitação dos professores, para orientar a formação dos alunos (PCNs, 1997, p. 51).

Com esta afirmação, pode-se observar que o professor precisa se

capacitar e estar motivado para favorecer o processo de criação do aluno,

observando-o como ser integrante de uma sociedade de múltiplas linguagens e

diferentes culturas.

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4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS

As informações abaixo foram retiradas do questionário respondido

entre os alunos do 7º ano A, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria

Aquino Sotano, com o objetivo de identificar quais são as principais

dificuldades encontradas na disciplina de Arte, e quais são as mudanças que

os mesmos gostariam que fosse acrescentada na respectiva matéria. O

questionário foi elaborado com nove perguntas objetivas e quatro alternativas.

Os resultados desse material foram transformados em gráficos para uma

melhor analise desses dados conforme veremos a seguir.

1) Com que frequência vocês trabalham com releitura de obras?

uma vez por semana

raramente

não trabalham comreleitura de obras

uma vez por semestre

Gráfico 1 – Dados sobre a frequência dos alunos do 7º ano nas aulas de Arte. Fonte: EMEF Maria de Lourdes Aquino Sotana,( 2013).

Em relação à 1ª pergunta, foram oferecidas as seguintes opções: uma

vez por semana, raramente, não trabalham com releitura de obras e uma vez

por semestre. Diante destas alternativas, o aluno poderia escolher somente

uma opção que resultou as seguintes respostas: 23 alunos responderam que

não trabalham com releitura de obras, 7 alunos responderam que raramente e

as demais alternativas não foram escolhidas. Com essas informações,

percebe-se que as maiorias dos alunos foram sinceras com suas respostas,

nos levando crer, que o professor precisa avaliar melhor sua metodologia e a

forma de como está trabalhando a releitura de obras de arte.

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2) O que vocês acham das aulas de Artes?

boas

regulares

excelentes

ótimas

Gráfico 2 – Dados sobre o gosto dos alunos do 7º ano em relação às aulas de Arte.

Fonte: EMEF Maria de Lourdes Aquino Sotana, (2013).

A 2ª pergunta trouxe como alternativa as seguintes opções: boas,

regulares, excelentes e ótimas. 22 alunos responderam que acham ótimas as

aulas de Arte, 8 alunos acham boas, as demais alternativas não foram

escolhidas. No resultado das respostas nota-se que a maioria dos alunos gosta

das aulas de Artes.

3) Com qual frequência vocês utilizam o espaço da biblioteca para pesquisas

sobre Artes?

uma vez por semana

uma vez por mês

duas vezes por mês

não frequentam

Gráfico 3 – Dados sobre a frequência dos alunos do 7º na biblioteca. Fonte: EMEF Maria de Lourdes Aquino Sotana,( 2013)

Na pergunta de número 3, as alternativas foram estas: uma vez por

semana, uma vez por mês, duas vezes por mês e não frequentam. Já nesta

pergunta os alunos responderam unicamente que não freqüentam a biblioteca

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para pesquisarem sobre artes. Com esta resposta constata que o professor

não exige deles trabalhos de pesquisa utilizando, então, outros métodos.

4) Quantas horas você dedica semanalmente aos estudos de Artes fora da sala

de aula?

4 a 6 horas

2 a 4 horas

1 a 3 horas

nenhuma

Gráfico 4 – Dados sobre as horas de estudo de arte fora de sala de aula. Fonte: EMEF Maria de Lourdes Aquino Sotana, (2013).

Para a 4ª pergunta foram oferecidas as opções: 4 a 6 horas, 2 a 4

horas, 1 a 3 horas, e nenhuma. Os alunos deram a seguinte resposta: 17

alunos responderam que não estudam, 13 alunos responderam que estudam

de 1 a 3 horas, as demais alternativas não foram escolhidas. Através desta

reposta pode-se afirmar alguns alunos se dedicam a estudar ou fazer alguma

atividade que envolve a arte.

5) Como você avalia as técnicas de ensino realizadas pelo professor de Arte?

ótima

boa

regular

ruim

Gráfico 5 – Dados sobre avalição das técnicas utilizadas pelo professor de Arte. Fonte: EMEF Maria de Lourdes Aquino Sotana, (2013).

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Na 5ª pergunta as alternativas ótimas, boas, regular, e ruim tiveram as

seguintes respostas: 23 alunos acharam ótimas, 4 responderam que acham

boas, 2 regulares e 1 acha ruim. Observamos então que as maiorias dos

alunos gostam da aula de Artes, pois segundo eles a mesma é ótima.

6) O que você não gosta de fazer nas aulas de Arte?

desenhar

pintar

releitura das obras

escrever

Gráfico 6 – Dados sobre o que os alunos gostam de fazer na aula de Arte. Fonte: EMEF Maria de Lourdes Aquino Sotana,( 2013).

A 6ª pergunta apresenta as alternativas: desenhar, pintar, releitura de

obras, e escrever. 7 alunos responderam que não gostam de releituras, 1 aluno

não gosta de desenhar, 22 alunos responderam que não gostam de escrever

nas aulas de artes. Conclui-se que a atividade que eles menos gostam é

escrever nas aulas de Artes, permitindo ao professor fazer uma avaliação desta

técnica já que a matéria oferece outra metodologia.

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7) Como o professor de Artes cobra as atividades propostas?

entrega de trabalhos

participação nasatividades propostas

compromisso com omaterial utlizado

capricho com ostrabalhos realizados

Gráfico 7 – Dados sobre o que o professor cobra nas aulas de Arte. Fonte: EMEF Maria de Lourdes Aquino Sotana, ( 2013).

Na 7ª pergunta as opções foram: entrega de trabalhos, participação

nas atividades, compromisso com o material utilizado, e capricho com os

trabalhos realizados, na qual 1 aluno respondeu entrega dos trabalhos, 3

alunos responderam cobrança das atividades, 26 alunos responderam capricho

com os trabalhos realizados. Com estas respostas observa-se que a maioria

dos alunos é responsável com os trabalhos propostos e a minoria transparece

um pouco de desinteresse deixado explícito em suas respostas.

8) Com relação à prática de Artes em sala de aula, qual a dificuldade

encontrada?

falta de estímulo

conversas paralelas

a falta de materialdidático

falta de ambientereservado

Gráfico 8 – Dados sobre as dificuldades dos alunos nas aulas de Arte. Fonte: EMEF Maria de Lourdes Aquino Sotana, (2013).

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Na 8ª pergunta as alternativas foram: falta de estímulo, conversas

paralelas, falta de material didático, e falta de ambiente reservado. Os alunos

apresentaram as seguintes respostas: 20 responderam que falta ambiente

reservado, 2 que falta de material didático, 2 falta de estímulo e 6 conversas

paralelas. Com essas respostas, percebe-se que os alunos gostariam que

houvesse um lugar próprio para que as aulas de Artes acontecessem.

Observa-se que o anseio dos discentes vai muito além do que é proposto pela

lei e a que a proposta no planejamento escolar.

9) Qual conteúdo você gostaria de trabalhar nas aulas de artes?

teatro

dança

música

desenhos e pinturascom materiais

Gráfico 9 – Dados sobre os conteúdos que os alunos gostaria de trabalhar na sala de aulas dificuldades dos alunos nas aulas de Arte. Fonte: EMEF Maria de Lourdes Aquino Sotana (2013).

A 9ª pergunta teve as seguintes alternativas: teatro dança, música,

desenho e pintura de obras com materiais diversificados. 4 alunos

responderam dança, 3 alunos teatro,1 aluno música, 22 alunos responderam

desenho e pintura de obras com materiais diversificados. Nesta resposta ainda

se percebe o anseio dos alunos para a inovação das aulas de Artes, pois foi

comprovado que os mesmos gostariam de lidar com as tintas e outros

materiais, mas que para isso, precisaria realmente de um espaço apropriado.

4.1 Discussão Sobre os Dados

Foi possível observarmos que a professora tem pleno domínio do

conteúdo e também competência para lidar com eles. Já alguns alunos se

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mostraram desinteressados levando alguns colegas a também perder o foco

pelas aulas. Para isso a professora intervém demonstrando total

comprometimento com a aula cobrando dos alunos aprendizagem e a

realização das atividades.

Os métodos utilizados pela professora na disciplina de Artes são:

caderno de desenho, cópias de desenhos prontos, a lousa, lápis de cor e outro

materiais que a docente utiliza. Com estes materiais didáticos a profissional

busca formar, de forma diferenciada, ministrar os conteúdos. Contudo, alguns

alunos não se sentem satisfeitos e reclamam das atividades propostas.

Os demais alunos participam com interesse realizando as atividades.

Neste sentido, a professora procura desenvolver seu trabalho buscando inovar,

já que em Artes a proposta do planejamento ainda permanece ultrapassada o

que causa nos alunos insatisfações, pois os mesmos buscam novidades

ligadas com a sua realidade que somente será possível com uma nova

metodologia e uma renovação na avaliação dos conteúdos propostos.

A partir das respostas dos alunos, pode-se afirmar que se faz

necessário haver novas ideias e outras atividades que sejam atrativas para que

os alunos possam desenvolver interesse pela disciplina de Arte, ou seja, é

preciso que o professor tome uma medida para que suas atividades sejam

diferenciadas para despertar nos alunos a percepção, a curiosidade a atenção

para o meio que estão inseridos.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Perceber a forma como estão sendo trabalhadas as aulas de Arte na

turma do sétimo ano e o que pensa os alunos sobre estas aulas foi a principal

intenção da nossa proposta. Fez-se então necessário, a pesquisa de campo.

Realizada Na Escola Municipal Maria De Lourdes Aquino Sotana de Naviraí, a

pesquisa de campo contribuiu para que dúvidas fossem esclarecidas quanto ao

ensino de Arte nessa turma de sétimo ano do ensino fundamental.

A pesquisa se deu em duas aulas de arte na turma citada, onde através

de questionários aplicados aos alunos, pudemos constatar a inquietação da

maioria dos mesmos, e as dificuldades encontradas por eles diante dos

métodos utilizados, o que facilitou as respostas diferenciadas a respeito do

entendimento sobre o estudo da Arte e que foram estatisticamente

representados em gráficos que se apresentam analisados no corpo deste

trabalho.

Nessa investigação, pudemos compreender a educação como produtora

de desenvolvimento e humanização do indivíduo, porém esta não pode ser

entendida como algo simples devido à complexidade social que amplia o

conceito de educação, e em relação com a Arte observa-se que ela oferece ao

homem a possibilidade de colocar em liberdade seus pensamentos, de maneira

que nada pode destruí-los, e dependendo da forma como estes pensamentos

são expostos podem ser imortalizados. .

A pesquisa nos permitiu entender que a arte em suas diversas

linguagem pode promover a formação do ser completo dentro dos padrões da

democracia, valorizando os aspectos intelectuais, morais e estéticos, porém

para isso é preciso ser desbravado o universo das possibilidades que a arte

oferece o que raramente se vê, pois o que mais se presencia nas escolas são

as aulas onde prevalecem às cópias para serem coloridas pelos alunos.

Em nosso estudo enveredamos por caminhos que nos faz compreender

que mesmo a arte estando ligada ao cotidiano, raramente é trabalhada de

forma explorativa na sala de aula, e que as práticas pedagógicas deveriam

proceder de maneira que o desenvolvimento aconteça adaptado de acordo às

necessidades, desenvolvimento cognitivo e psicossocial de cada indivíduo.

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O estudo a respeito da arte deixa claro que ela tem grande importância

para o desenvolvimento do ser humano, mas a sua prática acaba não se

concretizando devido a fatores como: falta de capacitação dos professores, a

imposição do currículo, que muda sempre no percorrer da história da arte, não

dando à devida importância a arte como disciplina.

Fato que constatamos em nossa pesquisa, pois apesar da formação da

professora, e a vontade da mesma para que a aula acontecesse de forma

satisfatória, ela não conseguia envolver todos os alunos, devido ao

desinteresse de parte dos mesmos, que perdiam o foco completamente, não

demonstrando nenhum comprometimento com a aula e reclamavam das

atividades.

O que se observa é que por mais que a professora se esforce, a

proposta do planejamento é ultrapassada, e é preciso que ela inove com aulas

mais interessantes e atrativas, para que os alunos se sintam motivados na aula

de arte.

Entendemos que através da arte podemos ler e escrever o mundo, o que

são fatores importantes para o desenvolvimento cognitivo. Pois, sabemos que

para ler e escrever é preciso que haja uma conexão do nosso interior com o

mundo ao nosso redor. O professor ao impor atividades que tragam desenhos

prontos para as crianças pintarem, deixa de estimular o raciocínio dos alunos,

além de não promover o exercício do pensar, barrando assim o

desenvolvimento da personalidade, tornando a criança dependente e incapaz

de fazer suas próprias construções,

O contato do professor e aluno com uma obra de arte de forma

expositiva deve ser contextualizado, para isso é preciso antes de tudo entender

o que é arte, depois o professor deve conhecer a história da arte e seus

principais personagens, é preciso que ele compreenda qual a função da arte,

suas linguagens, recursos e materiais utilizados.

O professor conhecedor desses requisitos por certo terá facilidade para

trabalhar com seus alunos com uma ótima e abrangente abordagem e melhor

qualidade de ensino.

É entendível que a arte pode intrigar por sugerir interpretações diversas,

como é o caso das obras abstratas, porém, ela também pode ensinar, quando

é o caso de obras que apresentam temas históricos ou representação de temas

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sociais. A final ela representa a forma como seu artista olha o mundo, em certo

momento ou época em que ele vive ou viveu. Na realidade ela é fruto da

imaginação, invenção e habilidade do ser humano.

O que ficou claro em nosso estudo é que desde o início da história da

humanidade o homem já usava da imaginação, invenção e habilidades, quando

registavam através de pinturas nas paredes das cavernas seu modo de vida,

rituais, figura de animais caçados, e que eram pintados geralmente na cor ocre,

marrom, vermelho e preto. Tais desenhos veio facilitar a humanidade entender

como era a vida naquela época. A arte se fazia presente também na criação

de instrumentos para a obtenção de alimentos, na produção das cerâmicas, e a

queima da argila no fogo, e também na criação de roupas e utensílios. O

homem do Neolítico começa a abandonar as cavernas e a construir suas casas

edificadas em pedras. No decorrer da história chegamos ao Renascimento e

nos deparamos com Leonardo Da Vinci, Michelangelo, Shakespeare, fase esta

em que desperta o gosto pelo nu e pela natureza, apogeu do equilíbrio e

elegância, onde as formas geométricas eram sinônimas de bonito. Chega-se a

Arte contemporânea – As belas Artes de onde deriva o vocábulo artesão. O

artista com suas habilidades criam, transmiti suas ideias, enfatiza, dramatiza e

interpreta o mundo em que vive, e a prática da arte não se separa das

circunstâncias históricas e geográficas que ocorrem.

A arte se faz necessária no mundo do trabalho e entendemos que ela

está presente na sociedade, e nas profissões dos mais diferentes ramos de

atividades, ela faz parte do desenvolvimento profissional do cidadão.

Ensinar a arte é possibilitar ao educando a compreensão do mundo em

suas diversas dimensões, é apresentar ao aluno a possibilidade de

transformação continua da existência, é ensinar a ele que as referências

podem ser mudadas a cada momento, ou seja, é dar espaço a flexibilidade, ao

ato de criar e conhecer. Ensinar arte é ampliar a experiência de aprendizagem

é ensinar a correr atrás e realizar um sonho.

Assim como já citamos anteriormente que o homem da caverna pintava

os animais, rituais e outras figuras é preciso lembrar que para pintar ele teve de

aprender de alguma forma, e no passar dos tempos ele teve que ensinar o que

aprendeu para alguém. Assim também é o ensino e aprendizagem da arte,

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também tem valores e normas estabelecidos com seu ambiente cultural e no

decorrer dos tempos.

No Brasil a conquista da arte na educação durou anos e só aconteceu

de fato depois da inovação da educação brasileira estabelecida em 1971,

determinando nos objetivos para os currículos existentes, porém teve seu

avanço através da Lei 9394, de 20 dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Brasileira. Em síntese podemos dizer que isso implica em

que a arte é a representação da nossa própria história

Sendo assim, esta pesquisa teve como foco principal a opinião dos

alunos, do sétimo ano do ensino fundamental onde tivemos a possibilidade de

através de questionários saber o que eles pensavam sobre as aulas de arte, o

que não gostavam, e quais as mudanças que gostariam que fossem

acrescentadas no ensino dessa disciplina. Opiniões estas que necessita ser

repensada e expandida.

Por meio desta experiência e seus aprofundamentos buscamos

contribuir para a construção de repertórios tanto dos educandos quanto dos

educadores e acreditamos desta forma poder atingir o foco do problema de

pesquisa, buscando compreender o pensar dos alunos.

Concluímos sem a perspectiva de apontar culpados, julgar ou mesmo

solucionar todos os problemas que surgem durante a pesquisa. O importante é

termos o aluno enquanto foco de construção e aprendizagem.

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SCHIMIDT, M. F. Renascimento – Parte II. 2008. Disponível em: http://pt.shvoong.com/books/mythology-ancient-literature/1831013-renascimento-_-parte-ii/ Acesso em 20/05/2013. SHIROMA, Eneida Oto; Moraes, Maria Cecília Marcondes; Evangelista, Olinda. Política Educacional. 2º ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. VIGOTSKY, Liev Semianovch. Psicologia da Arte. Porto Alegre: Artmed, 1998. Disponível em: http://colunas.revistaepoca.globo.com/viajologia/2011/02/03/pinturas-rupestres-de-14-mil-anos-tornam-akakus-um-museu-ao-ar-livre/

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ANEXO QUESTIONÁRIO

1) Com que frequência vocês trabalham com leitura nas aulas de português?

( ) uma vez por semana

( ) raramente

( ) não trabalham com leitura

( ) uma vez por semestre

2) O que vocês acham das aulas de português?

( ) boas

( ) regulares

( ) excelentes

( ) ótimas

3) Com qual freqüência vocês utilizam o espaço da biblioteca para pesquisas

sobre as aulas de português?

( ) uma vez por semana

( ) uma vez por mês

( ) duas vezes por mês

( ) não freqüentam

4) Quantas horas você dedica semanalmente aos estudos e para as aulas de

português fora da sala de aula?

( ) 4 a 6 horas

( ) 2 a 4 horas

( ) 1 a 3 horas

( ) nenhuma

5) Como você avalia as técnicas de ensino realizadas pela professora de

português?

( ) ótima

( ) boa

( ) regular

( ) ruim

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6) O que você não gosta de fazer nas aulas de português?

( ) copiar

( ) interpretar textos

( )leitura

( ) escrever

7) Como o professor de português cobra as atividades propostas?

( ) entrega de trabalhos

( ) participação nas atividades propostas

( ) compromisso com o material utilizado

( ) capricho com os trabalhos realizados

8) Com relação às aulas de português qual a dificuldade encontrada?

( ) falta de estímulo

( ) conversas paralelas

( ) dificuldade para entender o conteúdo

( ) falta de atenção

9) Qual conteúdo você gostaria de trabalhar nas aulas de português além dos

conteúdos proposto?

( ) recorte de textos

( ) teatro baseado nos textos

( ) música

( )releitura de textos diversificados e ilustrações?