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Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais e das Comunidades Aquáticas na Usina Hidrelétrica São Domingos MS RELATÓRIO TÉCNICO Municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo Julho/2015 14ª CAMPANHA PÓS-ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO

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Monitoramento da Qualidade das Águas

Superficiais e das Comunidades Aquáticas na Usina Hidrelétrica São Domingos – MS

RELATÓRIO TÉCNICO

Municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo

Julho/2015

14ª CAMPANHA PÓS-ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO

1

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS .................................................................................................................... 2

LISTA DE QUADROS .................................................................................................................. 2

LISTA DE TABELAS .................................................................................................................... 2

1.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 3

2 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 4

3 METODOLOGIA DE TRABALHO ........................................................................................ 4

3.1 ÁREA DE ESTUDO ............................................................................................................ 5

3.2 LOCALIZAÇÃO E DESCRIÇÃO DAS ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM ............................................ 5

3.3 FREQUÊNCIA DE AMOSTRAGEM ....................................................................................... 7

3.4 METODOLOGIA DE AMOSTRAGEM ................................................................................... 7

3.5 METODOLOGIA DE LABORATÓRIO .................................................................................... 9

Índice de Qualidade de Água em Reservatório - IQAR ...................................................................... 10 Índice de Qualidade de Água - IQA .................................................................................................... 12 Índice de Estado Trófico – IET ............................................................................................................ 13 Índice da Comunidade Fitoplanctônica - ICF ..................................................................................... 14 Coeficiente de correlação de Pearson ............................................................................................... 14

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................... 15

Índice de Qualidade da Água em Reservatório - IQAR ...................................................................... 18 Comunidade Fitoplanctônica ............................................................................................................. 18 Índice de Estado Trófico - IET ............................................................................................................ 18 Índice da Comunidade Fitoplanctônica - ICF ..................................................................................... 19

5 CONCLUSÃO NESTA CAMPANHA ................................................................................... 19

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 19

7 EQUIPE TÉCNICA .......................................................................................................... 24

8 RESPONSÁVEL PELO RELATÓRIO .................................................................................... 24

2

LISTA DE FIGURAS

Figura 1– Pontos de monitoramento na UHE São Domingos. A=RSD2, B=RV3. ................................. 7 Figura 2 – Aferição da transparência. .......................................................................................... 8 Figura 3 - Coleta de Fitoplâncton. ............................................................................................... 8

LISTA DE QUADROS

Quadro 1-Localização das estações de amostragem. .................................................................... 6 Quadro 2 – Parâmetros analisados e método de análise ............................................................... 9

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Classes de qualidade da água. .................................................................................. 10 Tabela 2 – Importância das variáveis aplicadas para o cálculo do IQAR. ........................................ 11 Tabela 3 – Classificação segundo o IQAR ................................................................................... 11 Tabela 4 – Classificação segundo o IQA. .................................................................................... 12 Tabela 5 - Classificação do Estado Trófico segundo o Índice de Calrson modificado. ....................... 13 Tabela 6 - Classificação do índice da Comunidade Fitoplanctônica. .............................................. 14 Tabela 7 - Interpretação dos coeficientes de correlação e determinação de Pearson. ..................... 15 Tabela 8 - Resultados obtidos na 14ª campanha - julho de 2015, realizados em superfície e fundo. . 15

3

1.1 INTRODUÇÃO

Este Relatório apresenta os dados da campanha de monitoramento da qualidade das águas

superficiais e das comunidades aquáticas na área de influência da UHE São Domingos,

realizada no mês de julho de 2015 que corresponde à fase pós-enchimento do reservatório.

Foram realizadas, até o momento, 14 (quatorze) campanhas na fase pós-enchimento, quatro

campanhas de monitoramento na fase enchimento e quatro campanhas na fase rio.

As atividades fazem parte dos Programas de “Monitoramento das Águas Superficiais e

Monitoramento das Comunidades Aquáticas”, da UHE São Domingos que são parte

integrante do Projeto Básico Ambiental – PBA da Usina.

TUNDISI et al. (2008) esclarecem que barramentos de rios construídos pelo homem, são

sistemas aquáticos artificiais que apresentam características muito diferentes de lagos e

interferem nas bacias hidrográficas e nos ciclos hidrológicos. Dentre estas diferenças, se

destaca a presença de gradientes longitudinais bem característicos e acentuados, nos quais

se distinguem três regiões:

Região sob influência de rios tributários;

Região de transição funcionando como um intermediário entre rio e lago;

Região de caráter mais lacustre, sujeita às ações da abertura do vertedouro e das

turbinas.

As regiões descritas por TUNDISI et al. (2008) criam uma dinâmica no ecossistema aquático,

proporcionando a formação de padrões de comportamento local e espacial que

caracterizam os ambientes.

Como instrumentos para descrição, acompanhamento e conhecimento da dinâmica do

ambiente aquático e suas interações entre as variáveis bióticas e abióticas, foram estudados

alguns aspectos físico-químicos da água e parâmetros biológicos.

A Usina Hidrelétrica de São Domingos (UHSD) é o primeiro empreendimento da Eletrosul, na

área de geração de energia no Mato Grosso Sul desde 1980, ano em que a empresa iniciou

as atividades no Estado, direcionadas para a transmissão de energia em alta tensão. A Usina

Hidrelétrica São Domingos tem potência instalada de 48 MW e energia assegurada de 36,9

MW médios. Com esta potência é capaz de gerar anualmente 323,25 GWh, e segundo

4

cálculos da empresa, a energia assegurada de 36,9 MW, é capaz de alimentar uma cidade de

até 210 mil domicílios ou, atender em média, 700 mil pessoas.

A UHSD é uma usina com característica de “fio d’água”, ou seja, seu reservatório tem

somente a função de manter o desnível necessário para a geração de energia. A usina é

constituída de uma barragem que utiliza um canal de adução para conduzir a água até a casa

de força, de forma a aproveitar a queda natural do rio Verde.

2 OBJETIVOS

Gerar informações sobre as características físicas, químicas e biológicas das águas dos rios

Verde, São Domingos e Ribeirão Tamanduá, na região da UHE São Domingos, após a

formação do reservatório;

Avaliar as variações ocorridas nos parâmetros e nos indicadores em função da escala

temporal e espacial;

Avaliar, após o término dos serviços, os parâmetros: frequência de amostragem, pontos

de amostragem e indicadores utilizados neste monitoramento;

Estabelecer os usos permitidos de acordo com a classe em que o rio se enquadra;

Acompanhar a evolução dos níveis tróficos e de comprometimento da qualidade das

águas do reservatório;

Acompanhar as principais alterações e tendências da qualidade da água deste

ecossistema;

Comparar os parâmetros obtidos com os padrões estabelecidos na Resolução CONAMA

357/05 para rios de Classe II;

Atender ao estabelecido na Resolução Conjunta ANEEL-ANA nº3 de 10 de agosto de 2010;

Fornecer informações técnicas e propor medidas visando a melhoria da qualidade das

águas do reservatório, tendo em vista a manutenção dos seus múltiplos usos;

3 METODOLOGIA DE TRABALHO

5

3.1 ÁREA DE ESTUDO

Localizada a 205 quilômetros da cidade de Campo Grande, a Usina Hidrelétrica de São

Domingos está instalada na confluência dos rios Verde e São Domingos, na divisa dos

municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo (região leste do MS), com acesso pela BR-262,

em Água Clara.

A sub‐bacia do rio Verde situa‐se no quadrante centro‐nordeste do estado de Mato Grosso

do Sul, abrangendo parcelas do território de quatro municípios, Ribas do Rio Pardo e

Camapuã pela margem direita, Água Clara e Costa Rica pela esquerda. A drenagem da

sub‐bacia é comandada pelo rio Verde e pelo São Domingos, seu principal tributário. O rio

Verde tem suas cabeceiras situadas a cerca de 980 m de altitude no reverso da cuesta,

conhecida regionalmente como Serra das Araras, e que constitui a borda setentrional da

Bacia Sedimentar do Paraná. Após um percurso de aproximadamente 220 km, desemboca

no rio Paraná cerca de 50 km a jusante da cidade de Três Lagoas. (ENGEVIX, 2001).

3.2 LOCALIZAÇÃO E DESCRIÇÃO DAS ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM

Através do OFICIO/IMASUL/DILIC Nº66/2015 de 9 de julho de 2015 foram aceitas pelo

IMASUL, adequações propostas pela Eletrosul para o Programa de monitoramento de

Qualidade da Água e comunidades aquáticas.

As adequações consistiram em acrescentar um ponto de coleta na Bacia de Acumulação

(RVBAC) e a realocação de dois pontos (RV3 e RV7).

O acréscimo do ponto (RVBAC) foi sugerido por dois motivos: primeiro por se tratar da parte

mais profunda do reservatório, sujeito a apresentar zona anóxica e segundo por ser na Bacia

de Acumulação (ponto próximo ao barramento) onde se concentram todas as contribuições

recebidas pelo reservatório.

A realocação do ponto RV7 para jusante da casa de força possibilitará a avaliação da

qualidade da água que está sendo turbinada e vertida. A localização anterior encontrava-se

muito afastada da usina, podendo sofrer influências externas.

O ponto RV3 estava sendo monitorado no remanso do braço formado pelo Rio Verde o que

não nos permitia saber qual a contribuição que o reservatório recebe do Rio Verde e

6

também porque já está sendo monitorado um ponto no braço formado pelo Rio Verde

(RV4).

Com as adequações realizadas, a rede de monitoramento da qualidade da água e das

comunidades aquáticas ficou composta por oito (8) estações de amostragem que estão

apresentadas no Quadro 1 a seguir e no mapa do Anexo III.

Quadro 1-Localização das estações de amostragem.

Ponto Código Descrição Coordenadas

(Datum SAD 69)

1 RSD 1 Ponto localizado no tributário Rio São Domingos. 269709 W

7790742 S

2 RSD 2 Ponto localizado na parte central do braço do

reservatório formado pelo Rio São Domingos.

271411 W

7781279 S

3 RV 3 Ponto localizado no tributário Rio Verde. 263821 W

7788138 S

4 RV 4 Ponto localizado na parte central do braço do

reservatório formado pelo Rio Verde.

267590 W

7784205 S

5 RTM 5 Ponto localizado no tributário Ribeirão Tamanduá. 271600 W

7780019 S

6 RV 6 Rio Verde, ponto localizado no trecho de vazão

reduzida (água vertida).

272188 W

7780324 S

7 RV 7 Rio Verde, ponto localizado à jusante da casa de força

(água vertida + água turbinada).

272236 W

7779772 S

8 RVBAc Rio Verde, ponto próximo à barragem, abrange todas

as contribuições recebidas pelo reservatório.

272140 W

7780602 S

A seguir, seguem registros fotográficos de alguns pontos amostrais.

7

Figura 1– Pontos de monitoramento na UHE São Domingos. A=RSD2, B=RV3.

3.3 FREQUÊNCIA DE AMOSTRAGEM

Analisando os resultados obtidos durante os dois anos de monitoramento na fase de pós-

enchimento, observou-se que a Qualidade da Água não sofreu alterações significativas.

Diante disto, conforme adequações aprovadas pelo IMASUL, manteremos a frequência

trimestral das campanhas para o ponto RVBAc em atendimento ao parágrafo 3º, Art. 4º da

Resolução Conjunta ANEEL-ANA nº3 de 10 de agosto de 2010 e semestral para os demais

pontos.

3.4 METODOLOGIA DE AMOSTRAGEM

As amostras para análises físico-químicas foram coletadas em frascos de polietileno e/ou em

vidro de borossilicato, conforme o tipo de parâmetro a ser determinado. Para as amostras

destinadas ao exame bacteriológico foram utilizados materiais estéreis.

As amostras foram devidamente preservadas e acondicionadas em gelo embalado em sacos

plásticos e transportadas em baixa temperatura até o laboratório para análises seguindo

recomendações das NORMAS TÉCNICAS: NBR9897 e NBR9898 corroborando ao preconizado

no Standard Methods for Examination of Water and Wastewater, AWWA/APHA, 22ª ed.

(2012), tendo-se o cuidado de obedecer ao tempo decorrido entre a coleta e análise da

amostra.

Em campo foram realizadas as seguintes análises: oxigênio dissolvido e transparência

utilizando oxímetro e disco de Secchi respectivamente. Foram aferidas também as

temperaturas: ambiente e da água.

A B

8

Figura 2 – Aferição da transparência.

As amostras destinadas à análise quantitativa do fitoplâncton foram obtidas com um frasco

de vidro âmbar, com volume de 1000 mL, por meio de amostragem na superfície,

obedecendo a orientação do disco de Secchi, considerando a zona eufótica da coluna d’água.

A amostra foi fixada com solução de lugol acético.

Amostras qualitativas de fitoplâncton foram obtidas mediante uso de rede com malha de

abertura de 20 µm. Para a coleta, a rede foi passada várias vezes na zona eufótica. O número

de passadas foi registrado em cada amostragem e definido, a partir deste, o volume

amostrado. A amostra também foi fixada com lugol acético.

Figura 3 - Coleta de Fitoplâncton.

9

3.5 METODOLOGIA DE LABORATÓRIO

As amostras foram analisadas seguindo os procedimentos recomendados no Standard

Methods for Examination of Water and Wastewater, AWWA/APHA-22ª ed. (2012). Foram

avaliados os parâmetros apresentados no Quadro 2.

Quadro 2 – Parâmetros analisados e método de análise

PARÂMETROS MÉTODO ANALÍTICO

ÁGUAS SUPERFICIAIS

Temperatura da Água Termômetro

Temperatura do Ar Termômetro

Profundidade média Ecobatímetro

Coliformes Fecais fluorogênico

Condutividade Potenciometria

DBO5,20 Teste DBO 5 dias

DQO Titulométrico

Fósforo total Cloreto Estanhoso - Espectrofotométrico

Nitrogênio Inorgânico Total SMWW 22st ed

Nitrogênio total Kjeldahl Macro-Kjeldhal/Digestão/Destilação/Nesslerização

Oxigênio dissolvido Sonda de Oxigênio Dissolvido

Déficit de oxigênio dissolvido Sonda de Oxigênio Dissolvido

pH Potenciométrico

Sólidos totais SMWW 2540 B 22st ed

Turbidez Nefelométrico

Transparência Secchi (m) Disco de Secchi

Cobre Nefelométrico

Zinco Nefelométrico

COMUNIDADES AQUÁTICAS

Fitoplâncton Filtração de volume conhecido em rede de 20 μm e

preservado em lugol

Clorofila a Filtração de volume conhecido de água em filtro de fibra

de vidro 1µm de poro, e extração em metanol pelo Método de Nush

Cianobactérias SMWW 10200 F 22st ed

Ressalta-se que conforme mencionado anteriormente, foram analisados em campo os

parâmetros, profundidade média, Oxigênio Dissolvido, Temperatura ambiente, Temperatura

da água e Transparência.

Com relação às amostras de fitoplâncton total, estas foram quantificadas através de

microscópio invertido marca Zeiss modelo Axiovert, utilizando aumento de 400 vezes, de

acordo com o método de Utermöl (UTERMÖL, 1958 - BIBLIOGRAFIA). A contagem foi

realizada em campos distribuídos aleatoriamente (UHELINGER, 1964 - BIBLIOGRAFIA), sendo

sorteadas abscissas e ordenadas a cada novo campo.

10

Os resultados foram avaliados segundo recomendações da Resolução CONAMA Nº 357 de

17 de Março de 2005, artigo 15 que enquadra os mananciais em classes.

Com os resultados foram calculados o Índice de Qualidade de Água em Reservatórios – IQAR,

Índice de estado trófico – IET, Índice da Comunidade Fitoplanctônica, ferramentas

importantes para a avaliação da qualidade da água.

O Coeficiente de correlação de Pearson não foi calculado neste relatório, pois nesta

campanha foram coletadas amostras somente do ponto RVBAc. Como esta foi a primeira

campanha deste ponto, não há dados suficientes para este calculo.

Índice de Qualidade de Água em Reservatório - IQAR

O Índice de Qualidade de Água em Reservatórios (IQAR) foi criado pelo Instituto Ambiental

do Paraná – IAP para verificar a degradação da qualidade da água dos reservatórios.

Foi desenvolvida uma matriz que apresenta seis classes de qualidade da água, as quais foram

estabelecidas a partir do cálculo dos percentis 10%, 25%, 50%, 75% e 90% de cada uma das

variáveis selecionadas:

Tabela 1 – Classes de qualidade da água.

Variáveis 1 2 3 4 5 6

Déficit de Oxigênio

dissolvido (%)

≤5 6-20 21-35 36-50 51-70 >70

Clorofila a (µg/L) ≤1,5 1,5-3,0 3,1-5,0 5,1-10,0 11,0-32,0 >32

Fósforo total (PO2-mg/L) ≤0,010 0,011-

0,025

0,026-

0,040

0,041-

0,085

0,086-

0,210

>0,210

Profundidade – Disco de

Secchi (m)

≥3 3-2,3 2,2-1,2 1,1-0,6 0,5-0,3 <0,3

Demanda química de

oxigênio – DQO (mg/L)

≤3 3-5 6-8 9-14 15-30 >30

Tempo de residência (dias) ≤10 11-40 41-120 121-365 366-550 >550

Nitrogênio inorgânico total

(N-mg/L)

≤0,15 0,16-0,25 0,26-0,60 0,61-2,00 2,00-5,00 >5,00

Cianobactérias (nº de

células /mL)

≤1.000 1.001-

5.000

5.001-

20.000

20.001-

50.000

50.001-

100.000

>100.000

Profundidade média

(metros)

≥35 34-15 14-7 6-3,1 3-1,1 <1

Classes de qualidade (q)

Fonte: IAP (1999).

11

Para o cálculo do IQAR as variáveis selecionadas recebem pesos em função do seu nível de

importância para a avaliação da qualidade da água do reservatório:

Tabela 2 – Importância das variáveis aplicadas para o cálculo do IQAR.

Parâmetro de Qualidade da Água Peso (w)

Déficit de Oxigênio dissolvido (%) ¹ 17

Clorofila a (µg/L) 15

Fósforo total (PO2-mg/L) ² 12

Profundidade Secchi (m) 12

Demanda química de oxigênio – DQO

(mg/L) ²

12

Tempo de residência (dias) 10

Nitrogênio inorgânico total (N-mg/L) ² 8

Cianobactérias (nº de células /mL) ³ 8

Profundidade média (metros) 6

Fonte: IAP (1999).

Obs.: (1) média da coluna d’água; (2) média das profundidades I e II; e (3) concentração da

profundidade I

O IQAR é calculado pela seguinte fórmula:

sendo,

wi = peso da variável i;

qi = classe de qualidade em relação a variável i (pode variar de 1 a 6).

Os valores do IQAR são classificados em 6 faixas:

Tabela 3 – Classificação segundo o IQAR

Valor do IQAR Qualificação

0 – 1,50 Não impactado a muito pouco

degradado

1,51 – 2,50 Pouco degradado

2,51 – 3,50 Moderadamente degradado

3,51 – 4,50 Criticamente degradado a poluído

4,51 – 5,50 Muito poluído

> 5,51 Extremamente poluído

Fonte: IAP (1999).

12

Índice de Qualidade de Água - IQA

Segundo CETESB (2011), o IQA é calculado pelo produtório ponderado das qualidades de

água correspondentes aos parâmetros: temperatura da amostra, pH, oxigênio dissolvido,

demanda bioquímica de oxigênio (5 dias, 20ºC), coliformes termotolerantes, nitrogênio

total, fósforo total, resíduo total (sólido total) e turbidez.

A seguinte fórmula foi utilizada:

Onde:

IQA: Índice de qualidade das Águas, um número entre 0 e 100;

qi: qualidade do i-ésimo parâmetro, um número entre 0 e 100, obtido da respectiva "curva

média de variação de qualidade", em função de sua concentração ou medida, e

wi: peso correspondente ao i-ésimo parâmetro, um número entre 0 e 1, atribuído em função

da sua importância para a conformação global de qualidade, sendo que:

em que:

n: número de parâmetros que entram no cálculo do IQA.

A partir do cálculo efetuado do IQA, pode-se determinar a qualidade das águas brutas,

variando numa escala de 0 a 100, conforme quadro a seguir (Quadro 3).

Tabela 4 – Classificação segundo o IQA.

Fonte: CETESB (2011).

Categoria Ponderação

Ótima 79 <IQA ≤ 100

Boa 51 < IQA ≤ 79

Regular 36 < IQA ≤ 51

Ruim 19 < IQA ≤ 36

Péssima IQA ≤ 19

IQA - Parâmetros

13

Índice de Estado Trófico – IET

Para determinação do nível trófico, o índice adotado será o índice clássico introduzido por

CALRSON, modificado por LAMPARELLI (2004) e adotado pela CETESB que, através de

método estatístico baseado em regressão linear, alterou as expressões originais para

adequá-la a ambientes subtropicais. Este índice utiliza três avaliações de estado trófico em

função dos valores obtidos para as variáveis: transparência (disco de Secchi), clorofila a e

fósforo total.

Das três variáveis citadas para o cálculo do IET foram aplicadas neste estudo apenas duas:

clorofila a e fósforo total, uma vez que os valores de transparência muitas vezes não são

representativos do estado de trofia, pois esta pode ser afetada pela elevada turbidez

decorrente de material mineral em suspensão e não apenas pela densidade de organismos

planctônicos. Se não houver resultados para o fósforo total ou para a clorofila a, o índice

será calculado com a variável disponível e considerado equivalente ao IET (Quadro 3).

Nesse índice, os resultados correspondentes ao fósforo, IET(P), devem ser entendidos como

uma medida do potencial de eutrofização, já que este nutriente atua como o agente

causador do processo. A avaliação correspondente à clorofila a, IET (CL), por sua vez, deve

ser considerada como uma medida da resposta do corpo hídrico ao agente causador,

indicando de forma adequada o nível de crescimento de algas que tem lugar em suas águas.

Assim, o índice médio engloba, de forma satisfatória, a causa e o efeito do processo.

Tabela 5 - Classificação do Estado Trófico segundo o Índice de Calrson modificado.

Fonte: TUNDISI et al. (2009)

Ultraoligotrófico IET ≤ 47 P ≤ 13 CL ≤ 0,74

Oligotrófico 47 < IET ≤ 52 13< P ≤ 35 0,74 < CL ≤ 1,31

Mesotrófico 52 < IET ≤ 59 35 < P ≤137 1,31 < CL ≤ 2,96

Eutrófico 59 < IET ≤ 63 137< P ≤296 2,96 < CL ≤ 4,70

Supereutrófico 63 < IET ≤ 67 296 < P ≤640 4,70 < CL ≤ 7,46

Hipereutrófico IET> 67 640 < P 7,46 < CL

PonderaçãoCategoria estado

tróficoP-total - P Clorofila a

14

em que:

PT e CLa são expressos em µg/l.

Índice da Comunidade Fitoplanctônica - ICF

Este índice utiliza a dominância dos grandes grupos que compõem o fitoplâncton, a

densidade dos organismos e o Índice de Estado Trófico (IET), visando separar em categorias

a qualidade da água. Com a alteração do IET, em 2005, foi estabelecida uma nova

ponderação dessa variável, válida tanto para o índice para rios (ICFRIO) quanto para

reservatórios (ICFRES), conforme mostra a tabela abaixo.

Tabela 6 - Classificação do índice da Comunidade Fitoplanctônica.

Categoria Ponderação Níveis

ÓTIMA 1

Não há Dominância entre grupos

Densidade Total < 1000 org/ml

IET≤ 52

BOA 2

Dominância de Clorofíceas (Desmidiáceas) ou

Diatomáceas

Densidade Total > 1000 e < 5000 org/ml

52<IET≤ 59

REGULAR 3

Dominância de Clorofíceas (Chlorococcales)

Densidade Total > 5000 e < 10000 org/ml

59<IET≤ 63

RUIM 4

Dominância de Cianofíceas ou Euglenofíceas

Densidade Total > 10000 org/ml

63<IET

Fonte: CETESB (2005).

Coeficiente de correlação de Pearson

15

O coeficiente de correlação de Pearson é uma medida do grau de relação linear entre duas

variáveis quantitativas. Este coeficiente varia entre os valores -1 e 1. O valor 0 (zero) significa

que não há relação linear, o valor 1 indica uma relação linear perfeita e o valor -1 também

indica uma relação linear perfeita, mas inversa, ou seja, quando uma das variáveis aumenta

a outra diminui. Quanto mais próximo estiver de 1 ou -1, mais forte é a associação linear

entre as duas variáveis.

A precisão é dada pelo coeficiente de correlação que indica o grau de dispersão dos dados

obtidos em relação à média, ou seja, o erro aleatório. O coeficiente de determinação, R2, é a

porcentagem da variação da variável dependente explicada pela variável(eis)

independente(s).

Tabela 7 - Interpretação dos coeficientes de correlação e determinação de Pearson.

Fraca Moderada Forte

0 ≤ r ≤ 0,50 0,50 ≤ r ≤ 0,90 0,90 ≤ r ≤ 1,00

0 ≤ r² ≤ 0,25 0,25 ≤ r² ≤ 0,91 0,91 ≤ r² ≤ 1,00

Escala de Pearson

Fonte: Adaptado de Milton (1992).

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os Laudos laboratoriais, que contemplam todos os resultados de qualidade da água e os

resultados limnológicos encontram-se no Anexo II deste documento.

A 14ª Campanha, prevista para o mês de junho de 2015, foi realizada em julho de 2015. Este

fato se deu devido ao aguardado de um posicionamento do IMASUL quanto à proposta de

atualização do Programa de monitoramento de Qualidade de Água da usina. Posicionamento

este, favorável através do OFICIO/IMASUL/DILIC Nº66/2015 de 9 de julho de 2015 (Anexo III)

Seguindo a proposta do novo programa, foi monitorado nesta campanha somente o ponto

RVBAc para atendimento da Resolução Conjunta ANEEL-ANA nº3 de 10 de agosto de 2010.

A Tabela a seguir apresenta os resultados em profundidade no ponto RVBAc.

Tabela 8 - Resultados obtidos na 14ª campanha - julho de 2015, realizados em superfície e fundo.

PARÂMETROS RVBAc

SUPERFÍCIE (0,30 m)

FUNDO (18 m)

CONAMA 357/05 (VMP)

Temperatura da Água 23,0 22,8 NR

16

Temperatura do Ar 28,0 28,0 NR

Coliformes Fecais <1,8x10 <1,8x10 1,0x103

Condutividade 22,3 22,2 NR

DBO5,20 1,8 2,0 5

DQO 13 46,0 NR

Fósforo total 0,04 0,043 0,03 a 0,1 (a)

Nitrogênio Inorgânico Total 0,628 0,691 NR

Nitrogênio orgânico total <LQ 0,7 NR

Nitrogênio total Kjeldahl 0,92 1,177 0,5 a 3,7 (b)

Oxigênio dissolvido 7,8 4,9 5

Déficit de oxigênio dissolvido 6,25 NR

pH 6,25 6,25 6,0 – 9,0

Sólidos totais 19,0 88,0 NR

Turbidez 2,69 44,3 100

Transparência Secchi (m) 1,70 - NR

Legenda –NR: Não regulamentado; VMP: Valor máximo permitido; LQ: Limite de qualificação; (a): Até 0,1 mg/L para ambientes

lóticos, até 0,03 mg/L para ambientes lênticos, e até 0,05 mg/L em ambientes intermediários e tributários diretos de ambientes lênticos. (b): 3,7mg/L N para pH ≤ 7,5; 2,0 mg/L N para 7,5 < pH ≤ 8,0; 1,0 mg/L N para 8,0 < pH ≤ 8,5; 0,5 mg/L N para pH > 8,5.

A temperatura desempenha um papel principal de controle no meio aquático,

condicionando as influências de uma série de variáveis físico-químicas, porém pode variar

durante o dia.

Segundo BRANCO (1978), os rios podem ser classificados quanto à temperatura de suas

águas. Sendo este um importante fator ecológico, tanto pela influência direta que pode

exercer sobre vários tipos de organismos, como pela relação existente entre eles e o teor de

gases dissolvidos.

Em relação ao oxigênio dissolvido, suas principais fontes para a água são a atmosfera e a

fotossíntese, devendo-se as perdas à decomposição de matéria orgânica (oxidação), difusão

para a atmosfera, respiração dos organismos aquáticos e oxidação de íons metálicos

(ESTEVES, 1998).

De acordo com ROLLA et al. (2009), teores de oxigênio >3mg/L O2 já são suficientes para

manter a comunidade de peixes em condições adequadas de sobrevivência.

O pH pode em determinadas condições, contribuir para a precipitação de elementos

químicos tóxicos como metais pesados; em outras condições podem exercer efeitos sobre a

solubilidade de nutrientes na água (CETESB, 2010).

17

A condutividade pode fornecer indicação das modificações na composição de uma água,

especialmente na sua concentração mineral. A legislação não faz referência a esse

parâmetro, portanto não há limites recomendados.

Segundo CETESB (2010), a turbidez é o grau de atenuação de intensidade que um feixe de

luz sofre ao atravessar a água e esse valor pode ser influenciado por vários fatores, tais

como: presença de sólidos em suspensão, partículas inorgânicas (areia, silte, argila) e

detritos orgânicos, algas e bactérias, plâncton em geral, etc.

A transparência, medida pelo disco de Secchi, é função essencialmente da reflexão da luz na

superfície do corpo d’água sendo, por isso, influenciada pelas características das águas e dos

constituintes da matéria orgânica nela dissolvida ou em suspensão (WETZEL, 1993 apud

BARBOSA et al, 2006). Essa medida tem maior significado em lagos e represas, já que águas

turvas nestes ambientes pode reduzir a penetração da luz, prejudicando assim, a

fotossíntese.

Segundo TUCCI (2008), a bacia hidrográfica, naturalmente, produz uma quantidade de

sedimentos transportada pelos rios em razão das funções naturais do ciclo hidrológico,

porém quando ocorre modificação da cobertura da bacia (retirada da cobertura vegetal), o

solo fica desprotegido e a erosão e produção de sedimentos aumentam. Os sólidos em geral,

são compostos por argila, areia, matéria orgânica, sais minerais e metais.

O fósforo deve ser entendido como uma medida do potencial de eutrofização, já que este

nutriente atua como o agente limitante da produção primária de ecossistemas aquáticos

continentais.

Os coliformes fecais ou termotolerantes são um grupo de bactérias indicadoras de

organismos originários predominantemente do trato intestinal humano e de outros animais

(VON SPERLING, 1996). A presença dessas bactérias na água é indicativa da presença de

organismos patogênicos.

A DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) corresponde à quantidade de oxigênio consumido

na degradação da matéria orgânica no meio aquático por processos biológicos, sendo

expresso em miligramas por litro (mg/L). É o parâmetro mais empregue para medir poluição.

18

A DQO (Demanda Química de Oxigênio) é um parâmetro que mede a quantidade de matéria

orgânica suscetível de ser oxidada por meios químicos que existam em uma amostra líquida.

Se expressa em mg O2/litro.

Índice de Qualidade da Água em Reservatório - IQAR

Através dos resultados das análises laboratoriais calculou-se o IQAR, obtendo o valor 2,55.

Conforme a tabela fornecida pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP, o ponto RVBAc foi

classificado como “moderadamente degradado”.

Esta classificação representa Corpos de água que apresentam um déficit considerável de

oxigênio dissolvido na coluna d' água podendo ocorrer anoxia na camada de água próxima

ao fundo em determinados períodos. Médio aporte de nutrientes e matéria orgânica, grande

variedade e densidade de algumas espécies de algas, sendo que algumas espécies podem ser

predominantes. Tendência moderada a eutrofização.

Comunidade Fitoplanctônica

O fitoplâncton no ponto RVBAc foi constituído por um táxon da classe Cyanophyceae.

TÁXONS - FITOPLÂNCTON RSD 01

Cyanophyceae

2 Geitlerinema sp 104

TOTAL 104

Índice de Estado Trófico - IET

A clorofila a não foi registrada no ponto amostrado, portanto foi considerado apenas o

parâmetro fósforo total. O IET calculado foi (56,81), sendo classificado como mesotrófico, ou

seja, corpo d’água com produtividade intermediária, com possíveis implicações sobre a

qualidade da água, mas em níveis aceitáveis.

19

Índice da Comunidade Fitoplanctônica - ICF

Segundo a Tabela 6, o ponto RVBAc apresenta classificação “Boa”, pois apresenta Densidade

Total de clorofíceas > 1000 e < 5000 org/ml e 52<IET≤ 59.

5 CONCLUSÃO NESTA CAMPANHA

O Ponto RVBAc apresentou-se oxigenado, com baixa carga orgânica medida pela DBO. A

turbidez apresentou valor baixo, atendendo ao permitido pela legislação CONAMA 357/05.

Já o fósfoto total não atendeu ao recomendado pela legislação CONAMA 357/05 CLASSE II

(0,1 mg/L para ambientes lóticos, 0,03 mg/L para ambientes lênticos e 0,05 mg/L para

ambientes intermediários). Em comparação com a fase enchimento notou-se que houve um

aumento no registro de fósforo total nos ambientes estudados. Porém os valores estão

estabilizados.

O IQAR, segundo IAP, classificou a água como “moderadamente degradado”.

As bactérias coliformes termotolerantes (fecais) foram detectadas, porém com valor baixo,

atendendo ao recomendado na Resolução CONAMA 357/05 Classe II.

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24

7 EQUIPE TÉCNICA

Engº Ambiental Rafael Eid Shibayama

CREA/MS 13222

Responsável pela coleta

Laboratório Conágua Ambiental.

CNPJ: 01.615.998/0001-00

Engº Químico Diogo Coelho Crispim

CRQ 12300516

Responsável técnico pelo Laboratório

Bióloga Stephania Samara de Morais Honorato

CRBio. 087700/04-D

Bacteriologia

8 RESPONSÁVEL PELO RELATÓRIO

Engº Ambiental Rafael Eid Shibayama

CREA/MS 13222

25

Anexos

26

Anexo I– Mapa – SECAT 15 - 076

27

Anexo II– Laudos laboratoriais

28

Anexo III– Ofício IMASUL nº066/2015