momento ruim

84
NT edIção InformatIva da cnt ano XX número 241 outubro 2015 Momento ruim TRAN SPORTE ATUAL TRANSP ORTE ATUAL ano XXI número 241 outubro 2015 Retração econômica afeta o transporte, que já sente perdas de receita e da capacidade de investimento Retração econômica afeta o transporte, que já sente perdas de receita e da capacidade de investimento

Upload: confederacao-nacional-do-transporte

Post on 24-Jul-2016

235 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Retração econômica afeta o transporte, que já sente perdas de receita e da capacidade de investimento

TRANSCRIPT

Page 1: Momento ruim

CNTedIção InformatIvada cnt

ano XX número 241outubro 2015

Momento ruim

T R A N S P O R T E A T U A LT R A N S P O R T E A T U A L

ano XXI número 241outubro 2015

Retração econômica afeta o transporte, que já sente perdas de receita e da capacidade de investimento

Retração econômica afeta o transporte, que já sente perdas de receita e da capacidade de investimento

Page 2: Momento ruim
Page 3: Momento ruim
Page 4: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 20154

REPORTAGEM DE CAPA

ano XXi | número 241 | outubro 2015

CNT T R A N S P O R T E A T U A L

bernardinho fala de disciplina e trabalho em equipe

página 8

ENTREVISTA

f-e reinventa conceitos e mirasustentabilidade

página 36

AUTOMOBILISMO

pec do transporteé promulgada pela presidência

página42

LEGISLAÇÃO

contêineres em ferrovias são alternativa à crise

página46

FERROVIÁRIO

cnt e pf buscamintegração paracombater o crime

página 52

ROUBO DE CARGAS

setor de transporte já sente efeitos da retraçãoeconômica enfrentada pelo brasil. área de cargas eprodução e venda de veículos apresentam, em 2015,números preocupantes.

página 22

CONSELHO EDITORIALaloisio carvalhobernardino rios pimbruno batistaetevaldo dias lucimar coutinhonicole goulartEDITOR

americo venturamtb 5125[[email protected]]

FALE COM A REDAÇÃO(61) 3315-7000 • [email protected] saus, quadra 1 - bloco J - entradas 10 e 20 edifício cnt • 10º andar cep 70070-010 • brasília (df)

ESTA REVISTA PODE SER ACESSADA VIA INTERNET:www.cnt.org.br | www.sestsenat.org.br

ATUALIZAÇÃO DE ENDEREÇO:[email protected]ção da cnt (confederação nacional do transporte), registrada no cartório do

1º ofício de registro civil das pessoas Jurídicas do distrito federal sob o número 053.

tiragem: 40 mil exemplares

os conceitos emitidos nos artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da CNT Transporte Atual

EDIÇÃO INFORMATIVA DA CNT

CAPA sergio alberto/cnt

AVIAÇÃO • uso dos pneus recauchutados éeconômico e seguro para as companhias; tecnologiaé utilizada em quase toda frota das empresas

página30

Page 5: Momento ruim

T R A N S P O R T E A T U A L

paraguai investe emtransporte hidroviáriopara escoar produção

página58

AQUAVIÁRIO

projeto do sest senatbusca atender 6.000trabalhadores

página62

SAÚDE NOS PORTOS

PEDALANDO

duke 6

opinião 7

mais transporte 12

boletins 68

tema do mês 78

alexandre garcia 81

cartas 82

Seções

FORMATURA • itl forma 4ª turma de especializaçãoem parceria com a fundação dom cabral. presidente dacnt, clésio andrade, participa da cerimônia

página56

www.cnt.org.br

Crise econômica afeta o setor de transporte

em 12 meses, as empresas de transporte acumulam redução de6% na receita líquida, conforme a pms (pesquisa mensal deserviços) do ibge (instituto brasileiro de geografia e estatísti-ca). de acordo com a cnt, o resultado é efeito da crise econô-mica sobre o setor. “o baixo desempenho da economia brasi-leira, a alta da inflação, a elevação da carga tributária e da ta-xa de juros afetaram negativamente o desempenho do setor”,diz o informativo economia em foco, produzido pela entidade.o boletim pode ser acessado, gratuitamente, no site da cnt.além disso, a página é atualizada diariamente com notícias dosetor de transporte. acesse: www.cnt.org.br.

ação do sest senatreúne 19 mil ciclistasem todo o país

página64

Page 6: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 20156

OPINIÃODuke

Page 7: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2015 7

clÉsio andradeOPINIÃO

momento por que passa o brasil inspira cuidadosa todos os segmentos da sociedade. estamos vi-venciando uma séria crise, que é sistematicamen-te retroalimentada por um cenário de instabilida-de política. tal quadro só serve para distanciar in-vestimentos e engessar nossos setores produti-

vos. e o horizonte não é lá dos mais animadores. asperspectivas do fmi (fundo monetário internacio-nal) sobre o desempenho da economia brasileira,neste ano, pioraram e os técnicos já veem uma re-tração de 3%, o dobro da estimativa anterior.

o reflexo claro deste momento pode ser vistono transporte, importante termômetro do pib(produto interno bruto), dada a sua capilaridadee relação com os demais setores. diante da baixana atividade econômica, da alta dos juros e dodólar e da elevação da tributação e da inflação,houve uma considerável queda na demanda pe-los serviços de transporte e, por extensão, do fa-turamento das transportadoras. Já temos empre-sas com queda de até 30% na sua receita líquida.

os números recentes da produção e venda deveículos ilustram bem esse cenário. o último mêsde setembro foi o pior para as vendas de veículosnovos no país desde 2006, com pouco mais de 200mil emplacamentos, segundo a fenabrave (federa-ção nacional da distribuição de veículos automoto-res). a expectativa é que o mercado tenha uma re-tração de quase 20% até o final do ano.

em relação à produção, as notícias tambémnão são boas, pelo menos no curto prazo. a an-favea (associação nacional dos fabricantes deveículos automotores) divulgou que a produçãode automóveis, comerciais leves, caminhões eônibus, no nono mês do ano, teve queda de19,5% na comparação com agosto e recuo de42,1% ante o mesmo mês do ano passado.

além disso, com a queda na produção in-dustrial, não há demanda satisfatória para otransporte de cargas, especialmente o rodo-viário. Há relatos de que milhares de transpor-tadoras e caminhoneiros estejam parados porfalta de serviço. o setor enfrenta desde a altado diesel, de lubrificantes e de pneus até a di-ficuldade de refinanciamentos dos veículos.

ainda nos deparamos com reduções expressi-vas de demanda nos setores aquaviário, aéreo eferroviário. a despeito de visões político-partidá-rias, o brasil não pode parar e nem tampouco tersua população e seu setor produtivo penalizadospor instabilidade na condução econômica e polí-tica. É preciso que haja um pacto nacional de to-das as instâncias para correção de rumos e reto-mada do crescimento. necessitamos, em caráterde urgência, de medidas para melhorar o am-biente de negócios no país, evitando o cresci-mento do desemprego ou o prolongamento darecessão. no caso do transporte, já temos casosde demissões, fechamentos de empresas, fériascoletivas etc. isso é preocupante.

sabemos que a nação está em meio a um pe-ríodo de ajustes e cortes, e temos consciência dasua relevância para correção de erros passados.o caminho, contudo, para mitigar os efeitos des-se momento e, posteriormente, superá-lo passapelo forte investimento em infraestrutura, emparceria com a iniciativa privada nacional e es-trangeira. aliadas a esse aspecto estão a necessi-dade de ampliação da segurança jurídica no país –com regras claras e cumprimento de contratos eobrigações – e a desburocratização dos proces-sos produtivos. por fim, precisamos resgatar a es-tabilidade política para poder tocar os projetosnecessários para o brasil voltar a crescer.

OEstabilidade paravoltar a crescer

“o caminho para mitigar os efeitos desse momento e, posteriormente,superá-lo passa pelo forte investimento em infraestrutura”

Page 8: Momento ruim

ENTREVISTA

As lições que a quadratem a ensinar ao am-biente corporativo fo-ram passadas aos

funcionários do sest senat porum dos treinadores mais famo-sos do brasil, reconhecido pelogrande número de vitórias. ber-nardinho, técnico da seleçãobrasileira masculina de vôlei eda equipe feminina do rexo-na/ades/rio de Janeiro, fezuma palestra que fechou o 1°Workshop integração e desafio,na sede do sest senat e da cnt,em brasília. disciplina, habilida-de para trabalhar em equipe equestionamento crítico cons-tante são caminhos para conse-guir crescer e desenvolver, sejano esporte ou fora dele. buscara superação de metas, questio-

nar métodos estabelecidos, sairda zona de conforto, não seacomodar. para bernardinho,essas atitudes devem estar pre-sentes no dia a dia de todos osprofissionais que querem me-lhorar. “instigue o inconformis-mo entre pessoas à sua volta.pessoas de sucesso são, em suanatureza, inconformadas, sem-pre querem buscar mais”, disseo treinador, ao ressaltar que te-mos sempre de pensar no quepodemos fazer para que a insti-tuição ou empresa seja maisprodutiva. durante mais de umahora, bernardinho contou aosfuncionários do sest senat his-tórias do mundo esportivo eafirmou que nem sempre osmelhores jogadores consegui-rão os melhores resultados.

“eles jogam como se estives-sem defendendo uma causa. es-sa é a diferença. e, para isso,precisamos de líderes que abra-cem uma causa, que acreditemnaquilo que estão fazendo”,disse o treinador ao comentarum dos títulos da seleção brasi-leira. antes da palestra aos fun-cionários do sest senat, bernar-dinho conversou com a CNTTransporte Atual. famosotambém pelo nervosismo emquadra e por exigir muito dosatletas, o treinador afirmou queo gestor precisa ser rígido emrelação a valores e princípios.

A que você atribui tantasvitórias no seu trabalho no vô-lei brasileiro?

acho que não há uma razão

específica. existem algunscomponentes que levam um ti-me ou uma instituição ao su-cesso. eu tive, obviamente, aoportunidade de trabalhar commuitos atletas de talento. em-bora eu pense que talentos, porsi só, não te levam a grandesresultados. tem que haver mui-ta determinação, muita capaci-dade de superação, de entrega.mas eu diria que dois fatoressão fundamentais. são pilaresque eu considero que susten-tam uma trajetória longa debons resultados: a consciênciado trabalho em equipe, somosum time antes de qualquer coi-sa e isso é muito superior que asoma das individualidades; e apreparação, ou seja, o treina-mento extremo, a capacitação

“a disciplina é a ponte que liga os nossos sonhos às nossas realizações. se não houver preparação, não vamosrealizar o que queremos, seja correr uma maratona, perder peso, passar no vestibular ou qualquer outra coisa”

por CYNTHIA CASTRO

BERNARDINHO - treinador de vôlei

Inconformismo e disciplina

Page 9: Momento ruim

“a disciplina é a ponte que liga os nossos sonhos às nossas realizações. se não houver preparação, não vamosrealizar o que queremos, seja correr uma maratona, perder peso, passar no vestibular ou qualquer outra coisa”

das pessoas que compõem es-se time. esse espírito de coleti-vidade e a consciência da im-portância da preparação, eu di-ria que são duas razões funda-mentais para que os grandesresultados se sustentem. Quan-do encontramos alguém muitotalentoso, mas pouco determi-nado, vamos nos deparar comfrustração. para que o binômiodeterminação e talento gere re-sultados, há que se haver umalto grau de motivação. nãoadianta talento se não apresen-tar resultados.

As lições que a quadra tema ensinar às empresas passamessencialmente por dois pon-tos: trabalho em equipe e pre-paração? Como formar equipes

de alta performance fora doesporte?

não há nenhuma diferençaentre uma empresa, uma corpo-ração e uma equipe esportiva.você depende de gente prepara-da, gente engajada numa mis-são, numa causa, para que tenhasucesso. e isso serve para qual-quer ambiente, seja ele esporti-vo ou empresarial. então, é esco-lher pessoas. pessoas que te-nham paixão pelo que fazem,pessoas capacitadas em fazeraquilo que delas se espera e queestejam dispostas a trabalharem equipe porque ninguém con-segue nada sozinho. os parale-los são muito claros entre a vidade um esportista, de alguém quetrabalha com esporte no altorendimento e uma instituição

que pretende e tem objetivosmuito claros, metas – seja umaempresa que busca lucro, sejauma instituição que presta umserviço e quer atingir um certonível de resultados. para tudo is-so, depende do comprometimen-to das pessoas e de uma boapreparação. ninguém conseguetrabalhar sozinho, por melhorque seja, por mais habilidadesque possa ter. para bater gran-des metas, tem de haver um bomtime. e, para formar esse time,os líderes precisam saber esco-lher. eu escolho pessoas, monto

equipes e tento extrair o melhorde cada um. nem sempre os me-lhores formam a melhor equipe,mas sim os certos.

Como as pessoas se moti-vam?

pela necessidade de modifi-car algo. o espírito de equipe éfundamental para que um gru-po de pessoas se transformeem uma equipe. É necessárioter objetivos em comum. Que-remos que a nossa missão sejaa missão de todos. É essencialter a consciência de que só va-

sergio alberto/cnt

BERNARDINHO - treinador de vôlei

Inconformismo e disciplina

Page 10: Momento ruim

mos atingir tais objetivos coma participação de todos, mes-mo daqueles que, inicialmente,possam parecer menos impor-tantes. no esporte coletivo,por exemplo, muitas vezes oreserva é visto como menosimportante por não ser o titu-lar. mas um reserva bem trei-nado tem o papel, inclusive, delevar o titular para frente.

Há diferenças no rendimen-to de homens e mulheres? Aforma de treinar precisa serdiferenciada?

talvez na questão emocional.mas eu acho que pessoas são di-ferentes. independentemente deserem homens ou mulheres, te-mos pessoas. É importante quevocê entenda e conheça essaspessoas. Há pessoas em que vo-cê tem que trabalhar a autoesti-ma. outras são movidas a desa-fios. você desafia, a pessoa ren-de. ela se alimenta do desafio. in-dependentemente do gênero, omais importante é que você en-tenda como cada um é movido,como cada um é estimulado, co-mo é inspirado a render o seumelhor. É claro que quando vocêfala de um grupo de homens oude mulheres, há certas peculiari-dades. o lado emocional, talvez,tenha que ser trabalhado de for-ma diferente. porque no esporte,diferentemente das empresas,você não tem equipes mistas.mas, numa empresa, tem ho-mens e mulheres trabalhando

juntos, lado a lado. isso é muitobom porque você tem uma com-plementaridade de talentos. amulher tem uma sensibilidade eum talento que talvez o homemnão tenha. e é muito bom vocêpoder complementar, usar osatributos da mulher junto comos atributos do homem e fazerdisso uma força a mais.

Como um líder pode extrairo melhor de cada profissional?É conhecendo bem cada um daequipe?

esse é um exercício diário.não existe uma fórmula a se em-pregar para conseguir que cadaum da minha equipe dê o seu me-lhor. um eu tenho que estimular,o outro tenho que desafiar, o ou-

tro tenho que estar junto, no sen-tido de ser mais colaborativo. ou-tro, que é mais proativo, eu tenhoque deixar um pouco mais, dandosempre um feedback. passa peloconhecimento de cada um. eusempre falo que é importante terproximidade com a equipe. comoestimular as pessoas se eu não asconheço, se estou distante delas?a proximidade é importante. porisso, quando falo que temos umaempresa nacional, os diversosmultiplicadores espalhados pelobrasil são as pessoas que vãotransformar. não tem como al-guém situado em brasília podertransformar sem ter os seus mul-tiplicadores no campo, próximosàs suas equipes nas diversas re-giões do país.

REFERÊNCIA bernardinho fala de disciplina e trabalho em equipe aos funcionários do sest senat

sergio alberto/cnt

“O mais importante éentender comocada um é

movido, comocada um éestimulado,

como é inspiradoa render o seu

melhor”

Page 11: Momento ruim

competitividade é tão alta, e nãoé diferente no transporte. pes-soas que trabalham nessa área,onde há um estresse cada vezmaior, em um mundo cada vezmais exigente e competitivo,têm sempre um nível de exigên-cia maior. se você se acomodarcom técnicas do passado e coi-sas do passado, certamente,você não vai conseguir atenderàs demandas do mundo moder-no onde as exigências são dife-rentes. É preciso estar semprepensando em algo diferente,em inovar permanentemente enão se conformar com aquiloque você já fez no passado.

A disciplina e o foco sãomarcas do seu trabalho. Como

conciliar disciplina, inovação ecriatividade?

eu acho que isso não se obri-ga. isso não é uma ordem, mas éo despertar da consciência. se aspessoas não entenderem que adisciplina é fundamental paraatingir os objetivos, se você nãoconseguir despertar isso nas pes-soas, não haverá um grupo disci-plinado na busca disso. o concei-to de disciplina tem uma fraseque o simboliza muito bem: a dis-ciplina é a ponte que liga os nos-sos sonhos às nossas realizações.se não formos disciplinados, nãovamos realizar os nossos sonhos.o sonho de correr uma maratona,por exemplo. se eu não for prepa-rado, não vou conseguir chegarlá. perder peso também é bem bá-

sico. a realização do objetivo, se-ja de que natureza for, é conse-quência. Quero passar no vestibu-lar para medicina. para isso, preci-so ser disciplinado naquilo que foiplanejado, que é estudar, treinar,me capacitar para que eu possarealizar aquilo. então, disciplinanada mais é do que essa ponteque liga, que nós pactuamos comnosso objetivo, com a realização,seja daqui a seis meses ou umano. depende do prazo que esta-belecemos.

A rigidez é necessária parao gestor?

você precisa ser rígidoquanto a duas questões bási-cas: valores e princípios. vocênão pode transgredir. as insti-tuições devem ter valores mui-to claros e princípios. e, em re-lação a isso, não se deve havertransgressões. mas em relaçãoao restante, pode haver maiorflexibilidade, o que é natural.

Quais são os grandes vilõesde uma equipe de alta perfor-mance?

egos e vaidades fora de con-trole prejudicam o trabalho.mas também não acredito emambientes harmônicos em ex-cesso. a harmonia excessiva po-de indicar a falta de confiança.pessoas não se cobram porquenão confiam umas nas outras.se há confiança, deve-se havercobrança, no sentido de crescere de melhorar. l

RESULTADOS treinador notabailizou-se pelo rigor e por inúmeras conquistas

gaspar nobrega/novafoto/divulgação

Você fala que é necessáriomanter um senso de inconfor-mismo. Como é isso no dia a dia?

É você não se conformar comas marcas que já alcançou. É iralém. não se conformar com onível que você já atingiu. É que-rer progredir, evoluir, crescer.não se contentem com uma me-ta, com uma boa nota. vamossempre pensar para frente como objetivo de melhorar isso. ali-mentar as pessoas com esse in-conformismo, em fazer melhor,em evoluir é muito importante. aacomodação te leva à perda derendimento ao longo do tempo.tem que estar sempre buscandoalguma coisa a mais, em todosos níveis, em todas as áreas. nãoé diferente no esporte, em que a

“Nem sempreos melhoresformam amelhorequipe, mas sim os certos”

Page 12: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201512

MAIS TRANSPORTE

cristino martins/agencia pará/divulgação

FACULTATIVO nova regra começou a vigorar em setembro

ACESSO país se comprometeu com agenda global da onu

a partir desta edição, a CNT TransporteAtual traz novas versões do boletimdespoluir e do boletim ambiental dacnt. o informativo do programa despoluir conta, agora, com publicaçõestécnicas sobre o programa da cnt e do sest senat que garante saúde e bem-estar aos profissionais dotransporte, bem como novos gráficos einfográficos. no encarte ambiental, sãodisponibilizadas as fases do proconve(programas de controle de emissõesveiculares); informações sobre o uso

dos principais combustíveis (óleo diesel,gasolina e etanol); produção anual debiodiesel; percentagem de participaçãosetorial nas emissões de co2; e seçãosobre o monitoramento da qualidade do óleo diesel. além disso, o boletim fala da oferta do diesel s10 no brasil eapresenta dados sobre as emissões dosprincipais poluentes por categorias deveículos e seus impactos na saúde humana e no meio ambiente. confira essas e outras novidades nas páginas 72 a 76 deste número.

Novidade nos boletins ambientais

o uso de extintor de incêndioem veículos de passeio passoua ser facultativo, desde o último dia 18 de setembro de2015. assim, a ausência doequipamento não será maisconsiderada infração detrânsito. até então, era grave,

com multa de r$ 127,69 e cincopontos na cnH (carteira nacionalde Habilitação). a decisão foitomada pelo contran (conselho

nacional de trânsito) e alterouuma regra que vigorava no brasil desde a década de 1970.a obrigatoriedade permaneceválida para veículos utilizadospara o transporte comercial de cargas e de passageiros. a nova medida altera outra regra recente do contran, que tornava obrigatório o uso dos extintores abc em todos os veículos.

Uso de extintor é opcional

o brasil se comprometeu a, até2030, expandir e melhorar os sistemas de transportes públicos,com atenção especial às necessidades das pessoas maisvulneráveis, como os idosos. ameta é uma das que estão fixadasna nova agenda global das naçõesunidas, aprovada por unanimidade

durante a cúpula da onu sobre odesenvolvimento sustentável, em nova iorque, em setembro. nela, os 193 estados-membros, incluindo o brasil, assumem a responsabilidade de proporcionaracesso a sistemas de transporteseguros, sustentáveis e a preçoacessível para todos até 2030.

Meta para o transporte públicofundacao proteste/divulgacao

Page 13: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2015 13

representatividade

FILIAÇÃO Júlio luiz marques (viação santa brígida), gerson oger fonseca (empresa de ônibus pássaro marrom), clésio andrade (confederação nacional do transporte), João antônio setti braga (auto viação abc) e João carlosvieira de souza (viação cidade dutra) durante solenidade na sede da confederação, em brasília (da esq.para dir.).

CNT recebe nova federação de passageiros como filiada

sergio alberto/cnt

Acnt (confederação na-cional do transporte)recebeu, em setembro,

mais uma federação junto aoseu quadro de entidades filia-das: fetpesp (federação dasempresas de transportes depassageiros do estado de sãopaulo). com a nova filiação, 58entidades já integram a confe-deração nas áreas de passa-geiros, cargas, autônomos,aquaviário, aéreo e ferroviário.

para o presidente da cnt,clésio andrade, o melhor de

ter uma nova federação juntoaos quadros da entidade é arepresentação de um dos esta-dos mais significativos do país.“É uma alegria muito grandepoder assinar a filiação com opresidente gerson fonseca e,com isso, completar cada vezmais o anseio que nós tínha-mos de ter o estado de sãopaulo cada vez mais próximo.a área de cargas já era muitopróxima”, afirmou, após a ceri-mônia do ato de filiação.

a fespesp - que congrega

oito sindicatos na área detransporte de passageiros deserviço público delegado –foi registrada como federa-ção no mesmo mês da filia-ção. até então, a atuação dossindicatos era grande, masestava restrita ao estado desão paulo. “o que nós busca-mos é uma melhoria no sta-tus de representação. comoatuávamos como sindicato,às vezes não tínhamos essasportas abertas. como federa-ção filiada à cnt, rompemos

a fronteira e esse horizontese amplia”, comemorou opresidente gerson fonseca.

para ele, estreitar laçoscom a confederação nacionaldo transporte é fundamental.“existe uma velocidade muitogrande na área de legislaçãoque afeta muito o âmbito dasempresas e, estando na cnt, fi-camos mais próximos do par-lamento e podemos opinar eter suporte nesses pleitos”,concluiu fonseca.

(Evie Gonçalves)

Page 14: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201514

MAIS TRANSPORTE

o designer espanhol oscar vinal criou o projeto aWWa sky Whale (“baleia voadora”, em inglês), um avião que vai muito além do airbus a380, atual-mente o maior avião de passageiros do mundo, capaz de levar mais de 500 pessoas. pelas contas de vinals, o sky Whale poderá carregar até 775passageiros. a resposta para tanto espaço é uma fuselagem com 77 metros de comprimento – 10 metros a mais que o a380 – e uma cabine comtrês andares. para construir tal avião, que ainda está no papel, o projetista disse que serão necessárias grandes quantidades de materiais leves eresistentes, como fibra de carbono e compostos de cerâmica. Já para mover a ‘baleia voadora’, vinals propõe algo ainda mais complexo: motoriza-ção híbrida com jatos móveis. o sky Whale, ao menos no papel, é impulsionado por uma combinação de motores a jato e turbofans elétricos, queajudariam a aumentar o alcance da aeronave. além disso, os jatos inclinam 45° para baixo, reduzindo o espaço de pista para decolagem.

“Avião baleia” para 755 passageiros

baleia/divulgação

o fmm (fundo de marinhamercante) aprovou o financiamento de projetos da indústria naval num valoraproximado de r$ 3,9 bilhões.desse montante, r$ 3 bilhõessão para a construção de oitonovas embarcações para cabotagem, 89 para navegaçãointerior e três para o transportede passageiros. o cdfmm(conselho diretor do fundo de marinha mercante)

também aprovou reparos para cinco embarcações e construção de um novo estaleiro de reparos. além disso,foram confirmadas prioridadesde apoio financeiro no valor de r$ 845 milhões para projetos reapresentados em função de suplementação ou novoprazo para contratação em até 120 dias, envolvendo nove embarcações, um diqueflutuante e um estaleiro

Projetos na indústria navalagência petrobras/divulgação

INVESTIMENTOS serão construídas novas embarcações

Page 15: Momento ruim

ocorrências

Entre setembro de2008 e setembro des-te ano, 8.500 criançascom menos de 10

anos morreram ou ficaram in-válidas em acidentes envol-vendo motocicletas. o levan-tamento foi divulgado pela se-guradora líder, administrado-ra do dpvat (seguro obrigató-rio de danos pessoais causa-dos por veículos automotoresde via terrestre), na semanado trânsito (18 a 25 de setem-bro). do total, foram 439 óbi-tos. outros 8.100 meninos emeninas tiveram lesões per-manentes, que provocaram ainvalidez. o crescimento decasos foi expressivo.

segundo o levantamento,de setembro de 2008 a agos-to de 2009, foram pagas 342indenizações nessas modali-dades de cobertura paracrianças menores de 10 anos.cinco anos depois, o númerofoi sete vezes maior: foram2.600, de setembro de 2013 aagosto de 2014. desta data aagosto de 2015, foram pagas1.200 indenizações referen-tes à morte ou invalidez en-volvendo o público mirim.mas a seguradora líder aler-ta que o número ainda podeser maior, já que o prazo le-gal para pedir a indenizaçãodo dpvat é de três anos apartir da data da ocorrência.

APLICATIVO app permite mapeamento mais preciso dos problemas da malha rodoviária

o motorista nas estradas federais pode comunicar, em tempo real, ao dnit (departamento nacional de infraestrutura de transportes), os problemas encontrados nas rodovias – como buracos e quedas de barreira. para isso, o órgão desenvolveu o dnit móvel, um aplicativo para smartphonesque facilita o contato com os usuários. ele envia o registro da ocorrência direto ao banco de dados do departamento. a localização exata da ocorrência é marcada por gps. isso permite mapeamento mais preciso dos problemas da malha rodoviária federal, bem como dados maisatualizados sobre as condições. assim, com a ajuda dos usuários, o app permite reparo mais rápido nas

rodovias federais. para utilizar a ferramenta, basta fazer o download gratuitamente do programa nas lojas google play ou apple store. após a instalação, o motorista

já pode pegar a estrada e, caso observe algum problema na rodovia, basta estacionar o carro e iniciar o registro da ocorrência. o programa permite

que a comunicação seja anônima. caso o motorista queira uma resposta do dnit, é necessário um prévio e pequeno cadastro.

Comunicação de ocorrências em rodovias

dnit/divulgação

NÚMEROS levantamento foi divulgado pela líder

Motocicletas: aumentam acidentes com criançassergio alberto/cnt

Page 16: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201516

MAIS TRANSPORTE

a antt (agência nacional de transportes terrestres)divulgou as diretrizes e o cronograma de operacionalização do rntrc (registro nacional de transportadoresrodoviários de cargas). o registro será realizado em trés etapas:

cadastro e renovação; identificação visual dos veículos (adesivo); identificação dos veículos(tag). o processo terá início em 16 de novembro. o cronograma de recadastramento está disponível do site da antt.

Orientações sobre o RNTRC

As piores do mundo para dirigir

REGISTRO medida busca garantir manutenção das atividades

PESQUISA Waze coloca brasil em 15º entre os piores para trafegar

arQuivo/cnt

arQuivo/cnt

um estudo divulgado pelo aplicativo Waze coloca as cidadesde são paulo e rio de Janeiroentre as piores do mundo paradirigir. o tempo médio que aspessoas levam no deslocamentoentre casa e local de trabalho éde 32,8 minutos na capital paulistae de 38,4 no rio. o brasil está na15ª posição entre os piores paísespara dirigir, com nota 5,2, emescala de um a dez. a grande são

paulo foi considerada a melhordo país em segurança do trânsito.brasília foi o município com viasde melhor qualidade, no quartolugar geral. o Waze avaliou aexperiência de 50 milhões deusuários de seu aplicativo em 32países e 167 áreas metropolitanas.Holanda, letônia, estados unidos,suécia e república tcheca foramconsiderados os melhores paísespara andar de carro.

a companhia aérea emirates deveoperar, a partir de fevereiro de2016, o que será o voo mais longodo mundo (de dubai até a cidadedo panamá). segundo a empresa,o voo deve durar exatas 17 horase 35 minutos, com um percursode 13,8 mil quilômetros. o trajeto será realizado em um boeing 777-200lr com capacidadepara 256 passageiros. a nova rotacoloca a companhia aérea conectada com demais destinosnas américas. em comunicado, a

emirates reforçou a necessidade de oferecer uma opção conveniente para os passageirosque viajam de ou por meio de dubai para a américa central, o caribe e na parte norte da américa do sul. o voo eK251 sairá de dubai às 8h05 e aterrissa no panamá às 16h40. Já o trajeto de volta, o eK252,deixa o país da américa central às 10h10 e chega a dubai às 23h55, no dia seguinte.

Voo mais longo do planeta

RECORDE voo deve durar 17h35, com um percurso de 13,8 mil km

emirates boeing/divulgacao

Page 17: Momento ruim

governo

MUDANÇA presidente dilma rousseff empossa Helder barbalho (ex-ministro da pesca) como titular da sep

Secretaria de Portos tem novo ministro após reforma

roberto stucKert filHo-pr2/divulgação

Após o anúncio da reformaministerial, no começo deoutubro, pela presidente

dilma rousseff, a sep (secretariade portos) foi a única pasta dosetor de transporte a sofrer alte-rações. no lugar de edinho araú-jo, entrou o ministro Helder bar-balho, que, até então, ocupava acadeira da pesca.

tanto a sac (secretaria deaviação civil) quanto o ministé-rio dos transportes tiveram seusministros mantidos pela chefede governo: permaneceram eli-seu padilha e antônio carlos ro-drigues. com a medida, o gover-no descartou a possibilidade decriar o ministério da infraestru-tura, que reuniria diversos ór-gãos do transporte.

o ministro da sac falou sobreas prioridades da pasta nessenovo processo de reestruturaçãoda máquina pública. entre elas

estão: manter a operacionalida-de dos aeroportos sob adminis-tração da infraero, melhorar aqualidade dos aeroportos conce-didos e concluir a concessão dosterminais de fortaleza, salvador,florianópolis e porto alegre.

“nós não temos medo daflutuação do mercado. temoscerteza de que os leilões dosaeroportos serão bem-sucedi-dos. mas é impossível que asconcessões sejam feitas aindaneste ano. o processo exige aomenos um ano e foi iniciado emjunho. o pregão deve ocorrerno final do primeiro semestre”,afirmou eliseu padilha.

Medidasa mudança na secretaria de

portos fez parte de um amplopacote de enxugamento dosgastos públicos. entre as medi-das anunciadas por dilma rous-

seff, estão a criação da comis-são permanente da reforma doestado, o corte de oito ministé-rios, passando de 39 para 31pastas, a extinção de 3.000 car-gos comissionados, a elimina-ção de 30 secretarias ligadas aministérios, a redução de 10%dos salários da presidente, dovice e dos ministros e corte deaté 20% nos gastos de custeio.

a pasta de assuntos estraté-gicos foi extinta. relações insti-tucionais, secretaria geral, gabi-nete de segurança institucional,micro e pequena empresa foramincorporadas ao novo ministériointitulado secretaria de governo.pesca foi incorporada à agricul-tura; previdência e trabalho sefundiram em um único ministé-rio, assim como mulheres, igual-dade racial e direitos Humanos.

a presidente também anun-ciou imposição de limite de gas-

tos com telefone, passagens,diárias, água e energia aos mi-nistérios, revisão de contratosde serviços terceirizados e dealuguel do governo, revisão douso do patrimônio público e dosimóveis da união e criação deuma central de transporte porpasta para reduzir a frota de veí-culos e otimizá-la.

segundo dilma rousseff, es-sas iniciativas contribuem paraque o país saia mais rapida-mente da crise. “essa reformavai nos ajudar a efetivar as me-didas já tomadas para o reequi-líbrio fiscal e aquelas que estãoem andamento. também vaipropiciar o controle da inflaçãoe consolidar a estabilidade ma-croeconômica, aumentando aconfiança na economia”, afir-mou durante o anúncio no pa-lácio do planalto.

(Evie Gonçalves)

Page 18: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201518

MAIS TRANSPORTE

oportunidade

SP e RJ recebem eventos nacionais de táxi

No mês de novembro,são paulo e rio deJaneiro sediam im-portantes eventos

para o segmento de táxis. nacapital paulista, nos dias 7 e 8,será realizada a nova ediçãoda expotáxi brasil – feira na-cional do táxi. com entradafranca e estacionamento gra-tuito para taxistas, o eventoserá realizado no centro deconvenções são paulo expo(antigo imigrantes).

a feira será uma oportuni-dade para conhecer as novida-des tecnológicas do setor au-tomotivo com as principaismontadoras, fornecedores deprodutos e serviços para em-

presas de táxis, associações,cooperativas, bem como parti-cipar de fóruns, exposições,test drives em veículos novos,demonstrações técnicas e ino-

vações em mecânica, eletrôni-ca e carroceria.

Já nos dias 13 e 14, rio de Ja-neiro recebe, pelo terceiro anoconsecutivo, o salão de táxi, a

ser promovido no pavilhão 5 doriocentro, em Jacarepaguá. oevento contará com palestras,exposições e serviços especiali-zados para o público presente.

AGENDA evento será realizado nos dias 18 e 19 de novembro

brasília sedia, nos dias 18 e 19 de novembro, a 2ª conferência global de alto nível sobre segurança no trânsito – tempo de resultados. o evento será realizado no centro internacional de convenções do brasil e busca revisar o progressoda implementação do planoglobal para a década de ação para a segurança viária (2011-2020). promovidapelo governo federal

e pela oms (organizaçãomundial de saúde), aconferência também tem como objetivo reafirmar o envolvimento dos países em torno das políticas, medidas e ações para diminuir as 1,2 milhão de mortes no mundo, a cada ano, em acidentes de trânsito, segundo a oms. para mais informações, acesse:www.roadsafetybrazil.com.br.

Segurança no trânsitosergio alberto/cnt

OPORTUNIDADE eventos acontecem no mês de novembro

eXpotaXi/divulgacao

Page 19: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2015 19

olimpíada

Ogoverno federal lançou,em setembro, o manualde planejamento do se-

tor de aviação civil para osJogos olímpicos e paralímpi-cos de 2016. o documento de-fine como se dará a ação coor-denada e integrada entre ope-radores aeroportuários e ór-gãos do sistema nacional deaviação civil. a estimativa éque o público das olimpíadasultrapasse 2,3 milhões de pes-soas. ao todo, 39 aeroportosserão impactados pelo au-mento na demanda. as trêsprincipais portas de entradaserão as do galeão e santosdumont, no rio de Janeiro, eguarulhos, em são paulo.

mais de 1.100 vagas extras pa-ra estacionamento de aeronavesserão criadas, um incremento de130% em relação ao usual. so-mente nos aeroportos do rio,serão processadas 4,7 milhõesde bagagens. ao todo, 400 auto-ridades estrangeiras são espera-das, e alterações em suas agen-das podem exigir mudanças re-pentinas no planejamento logís-ticos dos terminais por ondechegarão ao brasil. ao todo,2.200 controladores de voo esta-rão mobilizados 24 horas por diaenquanto durarem os jogos. deacordo com a sac (secretaria deaviação civil), a coordenaçãonão vai afetar os horários dosvoos comerciais regulares

SOLUÇÃO ferramenta para melhorar experiência de usuários

o moovit, aplicativo global demobilidade urbana, anunciouque alcançou a marca de 28milhões de usuários ativos, provenientes de 700 cidadesem 58 países, tornando-se oapp de transporte público mais usado no mundo. segundoa companhia israelense, pelomenos uma nova cidade é adicionada ao aplicativo a cada dia com a ajuda e a participação ativa da comunidade de usuários. a ferramenta oferece aos

usuários de transporte públicosoluções para viagens mais rápidas e mais fáceis. ao combinar dados dos operadoresdo sistema de transporte e deautoridades às informações em tempo real dos usuários, o aplicativo indica as melhoresrotas e compila todos oselementos que o passageiroprecisa para planejar seu trajeto a um clique do celular.no brasil, 56 cidades possuemcobertura do aplicativo, commais de 6 milhões de usuários.

App de mobilidade bate recorde

sergio alberto/cnt

ESTRATÉGIA aeroportos terão operação padronizada

infraero/divulgaçãoPlanejamento aéreo para a Rio-2016

Page 20: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201520

MAIS TRANSPORTE

a abottc (associaçãobrasileira das operações de trens turísticos eculturais) está desenvolvendo uma plataforma para que passageiros possam

reservar a compra de bilhetes e passagens de trem diretamente pela internet. como os guichês de várias estações operamem horários alternativos, é comum que turistas os

encontrem fechados. por todo o país, existem pelo menos 20 estações ferroviárias, sendo que algumas estão em processo de revitalização. a ideia é que a novidade

estimule o turismo ferroviário e encoraje as pessoas a fazer passeiosde trem. a previsão da associação é que a funcionalidade esteja disponível ainda neste ano.

Projeto de central para venda de bilhetes de trem de turismo

a antaq (agência nacional de transportes aquaviários) prorrogou o prazo da audiência pública aberta para aprimorar a norma sobredireitos e deveres de usuáriose empresas que operam diversos serviços do transporteaquaviário: apoio marítimo,

apoio portuário, cabotagem elongo curso. o órgão querouvir a população sobre o ato normativo aprovado pelaresolução 4.271-antaq, quetrata do tema e estabelece sanções administrativas emcaso de descumprimento dasregras. os interessados

poderão enviar contribuiçõesaté o dia 12 de novembro, por meio de formulário eletrônico disponível no site da agência. também foi aberta consulta pública para obter contribuições a fim de aprimorar as regras

sobre o registro de instalações de apoio ao transporte aquaviário.para tal, foi realizada, no início de outubro, uma audiência no auditório da fieam (federação das indústrias do estado do amazonas).

Transporte aquaviário: mais prazo para contribuições

arQuivo/cnt

Page 21: Momento ruim

treinamento

INICIATIVA mercedes-benz e sest senat matêm parceria desde 2009 com foco em ações educativas

Formação profissional é foco das empresas

mercedes-benz/divulgação

Osetor de transportes co-merciais está cada vezmais imerso na conecti-

vidade. por isso, a formação doprofissional dessa área tem sidoum dos focos de investimentodas grandes empresas. de acor-do com o presidente mundial damercedes-benz, stefan buchner,esse é também um dos maioresdesafios. “Quando entregamoso caminhão para o proprietárioda frota, o motorista não estáenvolvido, então, é muito impor-tante que a gente passe esseconceito da necessidade do trei-namento para que eles possamutilizar toda a tecnologia em-barcada nos caminhões moder-nos”, explica. a declaração foidada na abertura do mercedes-benz solutions Week, realizadoem outubro, na fábrica da em-presa, em são bernardo do cam-po (sp), onde sete novos mode-los foram exibidos.

de acordo com o vice-presi-dente de vendas da mercedes-

benz do brasil, roberto leonci-ni, uma das ações de maior êxi-to quanto à capacitação dosmotoristas na era digital tem si-do a parceria da empresa com osest senat. “nós trabalhamospara que o motorista brasileiro,via nossos treinamentos, tenhauma qualificação mais elevada.considero a capilaridade dosest senat, com suas instala-ções, muito boa, uma ferramen-ta importante para melhorar-mos o nível de treinamento doprofissional do transporte”,afirma o executivo.

sobre o novo cenário de evo-lução tecnológica, leoni destacacomo exemplo um dos sistemasmais avançados que a marca im-plantou em todos os seus cami-nhões: o fleetboard. “É uma fer-ramenta que auxilia o cliente nagestão de sua frota. entre diver-sas vantagens, está a otimizaçãodos veículos e sua disponibilida-de, além de possibilitar uma re-dução nos custos operacionais

em até 15%. o módulo é um ras-treador e bloqueador inteligentede fábrica, que também ofereceserviços de auxílio à segurançado veículo e da carga.”

Parceriadesde 2009, a mercedes-benz

desenvolve ações educativascom sest senat, em seis estadosbrasileiros. em unidades de sãopaulo, minas gerais, distrito fe-deral, santa catarina, espíritosanto e paraná, os cursos decondução segura e econômica ede excelência profissional paramotoristas de cargas são minis-trados em caminhões pesadoscedidos pela empresa para es-ses treinamentos. o objetivo dasaulas é contribuir para a melho-ria do desempenho do motoristana condução do veículo, visandoà excelência, economia de com-bustível, condução ecológica, di-minuição de acidentes e maiordurabilidade dos componentesdo caminhão.

além da formação e espe-cialização de motoristas, o sestsenat de campinas (sp) desen-volve outro programa com amontadora, voltado para a áreade manutenção, com treina-mentos para mecânicos de mo-tor a diesel. a unidade paulistaé também um centro homolo-gado pela empresa para essafinalidade, fruto de um traba-lho com a área de treinamentotécnico de veículos comerciaisda mercedes-benz.

os treinamentos de manu-tenção atendem mecânicos darede de concessionários de vá-rias partes do brasil, além deprofissionais de frotistas detransporte rodoviário de cargase de passageiros. estendem-seainda às turmas de formação doprograma de Jovem aprendiz,que visa oferecer oportunida-des de primeiro emprego nomercado de trabalho no setorde transportes.

(Elisângela Freitas)

Page 22: Momento ruim

Baixa atividade econômica já reflete no setorde transporte. Cargas, produção e venda de veículos são os mais impactados

Termômetro da crise

Page 23: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2015 23

REPORTAGEM DE CAPA

sergio alberto/cnt

Termômetro da crise

Por ser uma atividade-meio e por man-ter conexões com os demais setoresprodutivos, o transporte pode ser con-siderado um termômetro da economia

do brasil. trata-se de um dos principais fatoresde produção e agente indutor de riqueza e de-senvolvimento, transcendendo a equivocadapercepção de ser apenas um elo entre zonasprodutora e consumidora. o setor gera empre-gos, incrementa a distribuição de renda e reduza distância entre a zona rural e a urbana. es-sencial a todas as cadeias produtivas, o trans-porte também é um componente importante nacomposição do preço de todos os bens e servi-ços consumidos no brasil.

diante disso, o arrefecimento da atividadeeconômica brasileira, registrado nos últimosanos – e acentuado em 2015 – reduziu a de-manda pelos serviços de transporte e, conse-quentemente, do faturamento das transporta-doras. a alta da inflação e do dólar e a eleva-ção da carga tributária e da taxa de juros afe-taram negativamente o desempenho do setor.e, para 2016, a expectativa do mercado é queo cenário se mantenha no mesmo patamar,como aponta o boletim focus, do banco cen-tral, divulgado em outubro. segundo o docu-mento, a previsão é de contração do pib (pro-duto interno bruto) de 1,20%. em relação à in-flação, a estimativa é de alta de 9,70% do ip-ca para 2015 e de 6,05%, para 2016.

de acordo com dados da pms (pesquisamensal de serviços) do ibge (instituto brasilei-ro de geografia e estatística), os transportado-res já acumulam redução de receita líquida de8,60% em 2015. em alguns casos, essa perda

por DIEGO GOMES

Page 24: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201524

chega a 30%. esses númerosconfirmam a previsão dos em-presários ouvidos pela cnt naúltima "sondagem expectativaseconômicas do transportador",no final do ano passado. em ou-tubro de 2014, 81,4% dos trans-portadores entrevistados dosmodais rodoviário, ferroviário eaquaviário indicavam que a que-da da atividade econômica bra-sileira seria refletida na manu-tenção ou na redução da taxa decrescimento do pib daquele ano.a percepção dos empresários foiconfirmada meses depois com adivulgação, pelo ibge, do cresci-mento de apenas 0,15% do pibno ano passado.

neste ano, o diesel – principalinsumo do setor – ficou 7,58%mais caro. o índice ficou acimada inflação no país, que, de janei-ro a setembro, acumulou alta de7,64%. a elevação da carga tribu-tária é a principal explicação pa-ra o aumento do combustível. emjaneiro deste ano, o governo fe-deral optou por elevar as alíquo-tas pis/cofins e cide, incidentessobre o diesel e a gasolina. issofez o preço médio do diesel subirr$ 0,20 por litro no período. e,até o final do ano, o valor dessecombustível deve ter outra ele-vação significativa em função do

transporte. a soma desses fato-res poderá inviabilizar a manu-tenção dos empregos ao elevarainda mais o custo das empre-sas”, alerta o presidente da cnt,clésio andrade.

Caminhões paradoso setor de transporte de car-

gas, em especial o rodoviário, é oque mais sente a baixa da ativida-de econômica. segundo José Héliofernandes, presidente da ntc&lo-gística, estimativas apontam quemais de 200 mil caminhões este-

novo aumento de 4% anunciadopela petrobras em setembro. ou-tras variantes que impactam osetor são a reoneração da folhade pagamento e a alta de doispontos percentuais da taxa bási-ca de juros, a selic, que interfe-rem nas projeções de investi-mentos das empresas. “É preci-so que nos atentemos para osefeitos da elevação do dólar, dainstabilidade política, da possi-bilidade de novos aumentos tri-butários e da crescente inflaçãodos insumos do serviço de

DIESEL o preço do principal insumo do setor de transporte ficou, em 2015, 7,58% mais caro

“Corremos o risco de

inviabilizar amanutenção deempregos e elevar aindamais o custo”

Júlio fernandes/cnt

CLÉSIO ANDRADE, presidente da cnt

Page 25: Momento ruim

jam parados à espera de cargaspara transportar. “a área foi dura-mente afetada pela crise. nós te-mos informações de que a deman-da está bem aquém das expectati-vas. até mesmo agora, no final deano, época de preparativos para onatal, o volume de cargas não au-mentou”, diz. o setor já demitiu edeve continuar nesse ritmo no pró-ximo ano, afirma José Hélio. “porse tratar de uma atividade-meio,quando o país produz menos,transporta-se menos”, explica.

o segmento tem buscado ma-

neiras para cortar gastos de modoa fazer frente ao atual momento.Há casos de empresas que corta-ram até 20% da sua mão de obra,segundo a ntc. elas estão emmeio a um rigoroso controle deconsumo de combustível e depneus e inutilizando os veículos,uma vez que não tem demanda.“no mercado, há uma briga acirra-da com o cliente querendo reduzircada vez mais o valor do frete,que, por sua vez, já se encontradefasado”, comenta José Hélio.ele considera que o novo aumento

de 4% no valor do diesel tambémcorrobora para agravar a situação.

além da retração econômica,o país vive um momento de in-certezas e de instabilidade polí-tica, o que só contribui para au-mentar o cenário de recessão. apouco mais de um mês da reali-zação da maior feira de veículoscomerciais do país, a fenatran,salão internacional do trans-porte rodoviário de carga, ape-nas duas montadoras confirma-ram presença no evento: daf evolvo, contra 13 na última edi-

DIESEL o preço do principal insumo do setor de transporte ficou, em 2015, 7,58% mais caro

“Quando opaís produzmenos,

transporta-semenos”

Transporte hidroviário contra a maréaQuaviário

impulsionado por contratosantigos de commodities, o trans-porte aquaviário ainda cresce emmeio a um ambiente de incerte-zas. dados do ibge apontam quea receita do setor cresceu, nesteano (até agosto), 18,70%, semdescontar os efeitos da inflação.descontada a inflação, entretan-to, a área teve queda de -11,36%de janeiro a agosto, se compara-do com o mesmo período do anopassado – ao passo que a receitado transporte terrestre subiu2,20% em termos nominais e te-ve queda real de 5,96%. no trans-porte aéreo, a queda real da re-ceita até agosto foi de -17,34%.

contudo, o setor não devepassar incólume pelo atual mo-mento. embora a alta do dólarimpulsione as exportações, osimpactos da crise se refletemsob vários aspectos, que vãodesde a diminuição da demandaaté o aumento dos custos.“acredito que o aumento se de-ve à abertura de novas rotas pa-ra o transporte de grãos, utili-zando o potencial por meio de

rios na região norte. não obs-tante a crise, ainda está em ex-pansão”, explica o presidente dafenavega (federação nacionaldas empresas de navegação),raimundo Holanda. segundoele, a área vive uma relação decausa e efeito com os demaissetores produtivos. “À medidaque há uma retração dos seto-res produtivos (causa), o efeitonecessariamente será na formade diminuição da demanda.”

o movimento nos portosbrasileiros aumentou 2,8% dejaneiro a junho de 2015 na com-paração com o mesmo períododo ano passado. dados da an-taq indicam que o transportede carga nos portos e tups(terminais de uso privativo) foide 479 milhões de toneladas noperíodo. “esse modal não sentetanto quanto os outros a retra-ção. em linhas gerais, se com-parado com outros, enquanto aatividade econômica internacai, isso não tem impacto nasexportações”, explica o presi-dente da seção aquaviária da

cnt, glen gordon findlay. “emcontrapartida, cai a importaçãoe aumenta o custo dos trans-portadores. e a expectativa pa-ra o próximo ano não é nadaboa. vemos uma crise políticaque tem impacto enorme naconfiança do investidor finan-ceiro do brasil e do exterior, oque pode gerar uma grande pa-ralisação no setor”, completa.

enquanto os efeitos da cri-se ainda não são absorvidospela área, há quem esteja sebeneficiando. ático scherer, di-retor operacional da navega-ção aliança ltda., que trabalhacom exportação de soja e im-portação de fertilizantes, co-menta que, por enquanto, “es-tá tudo perfeito” com seus ne-gócios. “nossa área (a de com-modities agrícolas), está emexpansão no mundo, porque oúltimo segmento a ser impac-tado é o de alimentação. preci-sa-se produzir a proteína. porisso, nossa expectativa é que,no próximo ano, não haja de-créscimo”, celebra scherer.

Júlio fernandes/cnt

JOSÉ HÉLIO FERNANDES

presidente da ntc&logística

Page 26: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201526

conclui caleffi, que também é se-cretário-geral da cit (câmara in-teramericana de transportes).

no caso dos caminhoneiros au-tônomos, o atual momento fezcom que a inadimplência regis-trasse aumento significativo. a in-formação é da abcam (associaçãobrasileira dos caminhoneiros). deacordo com seu presidente, Joséda fonseca lopes, estima-se quemais de 300 mil caminhões este-jam em débito. as condições parafinanciamento previstas no “pro-

de gestão da empresa transpor-tes bertolini, que realiza transpor-tes rodoviários e fluviais a partirda região amazônica, informaque, só neste ano, houve queda demais de 45% na demanda de ser-viços. para tentar contornar a si-tuação, esclarece ele, foram man-tidos somente os serviços e gas-tos essenciais. “os investimentosplanejados foram transferidos pa-ra serem repensados no segundosemestre de 2016. um terço dafrota foi retirada de circulação”,

ção. mesmo assim, o presidenteda ntc avalia que o empresáriotem que ser mais otimista. “es-sas medidas que estão aí noplano econômico são duras eimpopulares, mas são necessá-rias para retomar o controle fis-cal. só que muitas delas estãodemorando para serem imple-mentadas. então, a expectativaé que isso se resolva somente apartir do segundo semestre doano que vem”, pondera.

paulo vicente caleffi, diretor

PREÇO DE REVENDA DO DIESEL - 2015

RETRAÇÃO a previsão é que o pib brasileiro tenha redução de 2,97% e inflação alcance os 9,70% em 2015

“Os investimentos

foram transferidospara seremrepensados em 2016”

PAULO VICENTE CALEFFI

secretário-geral da cit

Mês Preço Mínimo Preço Médio Preço Máximo

(R$/litro) (R$/litro) (R$/litro)

Jan 2,13 2,61 3,46

fev 2,20 2,79 3,74

mar 2,30 2,81 3,70

abr 2,35 2,81 3,70

mai 2,42 2,81 3,70

Jun 2,45 2,81 3,70

Jul 2,44 2,81 3,70

ago 2,45 2,81 3,70

set 2,48 2,81 3,64

variação jan/set 16,43% 7,58% 5,20%

fonte: elaboração cnt com dados da anp

mercedes benz/divulgação

Page 27: Momento ruim

ção. esse recuo é mais intensodo que a retração de 21,36% re-gistrada até agosto.

presidente da fenabrave, ala-rico assumpção Júnior explicaque esse quadro se deve à altada inflação e dos juros, ao endi-vidamento familiar e à restriçãodo crédito. “o brasil vai perder,neste ano, o equivalente a um‘méxico’ de mercado interno,aproximadamente 1 milhão deveículos a menos. a previsão éque encerremos 2015 com retra-

caminhoneiro” foram endureci-das. “bancos que se propuserem arenegociar as dívidas dos profis-sionais não disponibilizaram agên-cias para tal e isso tem levadocaos à área”, diz fonseca.

Um “México” de reduçãoas vendas de veículos novos

no brasil em setembro caíram3,46%, ante agosto, e recuaram32,47% em relação ao mesmomês do ano passado, de acordocom a fenabrave (federação na-

cional da distribuição de veícu-los automotores). foram empla-cadas 200.077 mil unidades nonono mês de 2015 em todo opaís. trata-se do pior nível parao mês desde 2006, quando 159mil veículos foram licenciados.com o resultado, as vendas deautomóveis, comerciais leves,caminhões e ônibus novos nobrasil acumulam queda de22,66% neste ano até setembro,na comparação com igual perío-do de 2014, segundo a federa-

RETRAÇÃO a previsão é que o pib brasileiro tenha redução de 2,97% e inflação alcance os 9,70% em 2015

Com200 milveículosvendidos,

setembro foio pior mêsdesde 2006

ALÍQUOTAS INCIDENTES SOBRE O FATURAMENTO: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA (2015)

Alíquota anterior Alíquota sancionada pela presidenta Aumento na alíquota

transporte aéreo (carga e passageiros) 1% 1,50% 50%

transporte marítimo, fluvial e navegação de apoio 1% 1,50% 50%

transporte rodoviário coletivo 2% 3,00% 50%

transporte rodoviário de carga 1% 1,50% 50%

transporte metroferroviário de passageiros 2% 3,00% 50%

transporte ferroviário de passageiros 2% 3,00% 50%

transporte ferroviário de cargas 1% 1,50% 50%

carga, descarga e armazenagem de contêineres 1% 1,50% 50%

Alternativa nos trilhosferroviário

o aprofundamento da criseeconômica no primeiro semes-tre colocou o setor ferroviáriodiante de um dilema. para opresidente da seção ferroviá-ria da cnt, rodrigo vilaça, aárea vive um momento de en-cruzilhada na qual ou se avan-ça nas obras e no planejamen-to para os próximos anos ouse retrocede na tentativa derecuperar uma “década perdi-da”. “o setor metroferroviário

enfrenta atrasos continuadosde obras e problemas de ges-tão”, diz. na avaliação dele, oatual momento não afeta dire-tamente o setor, mas imobilizainvestimentos e ações estra-tégicos. “estamos prontos pa-ra crescer. todos sabemosque temos que avançar nosistema, precisamos de novaslinhas e dar continuidade àsobras. É na crise que as opor-tunidades aparecem. mas cor-

remos o risco de continuarestagnados.” apesar da faltade investimento, o setor podeser visto como uma alternati-va à crise econômica. em-presários têm migrado dotransporte por rodovias pa-ra os vagões sobre trilhos.os custos do transporte fer-roviário por contêinereschegam a ser 20% inferioresaos praticados em soluçõescom base rodoviária.

mercedes benz/divulgação

Page 28: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201528

2014. foram produzidos 146.699 au-tomóveis e 19.995 comerciais levesno último mês de setembro. comisso, a produção de autos e levesacumula queda de 18,59% no perío-do de janeiro a setembro deste anoem comparação com igual interva-lo do ano passado.

a produção de caminhões, porsua vez, avançou 14,54% em se-tembro na comparação com agos-to, mas recuou 50,62% na compa-ração com o mesmo mês do anopassado. ao todo, a produção decaminhões atingiu 5.819 unidadesno nono mês do ano. com isso, afabricação de pesados acumulaqueda de 47,25% em 2015 até se-tembro, ante igual período do anopassado. o presidente da anfavea,

ajuste fiscal] é amargo, mas énecessário”, declara.

no caso da produção de auto-móveis, comerciais leves, cami-nhões e ônibus, foi registrada que-da de 19,54% em setembro na com-paração com agosto e recuo de42,08% ante o mesmo mês do anopassado, informa a anfavea (asso-ciação nacional dos fabricantes deveículos automotores). foram pro-duzidos 174.240 veículos no país atésetembro de 2015. com o resultado,a produção acumula queda de20,11% no ano. considerando ape-nas automóveis e comerciais leves,a produção em setembro chegou a166.694 unidades, uma baixa de20,75% em relação a agosto e re-cuo de 41,76% ante setembro de

ção de 19,92%, retrocedendo aopatamar de 10 anos atrás”, arre-mata o presidente da fenabrave.até setembro deste ano, as-sumpção Júnior registra que fo-ram fechadas quase 800 conces-sionárias em todo país, o quecorresponde a menos 17 mil em-pregos. apesar disso, ele esperauma leve recuperação na vendade veículos no ano que vem, comuma retomada principalmenteno segundo semestre. tal pers-pectiva está ancorada basica-mente nos resultados positivosdo agronegócio brasileiro, quedeve investir mais em cami-nhões para transportar a produ-ção. “o país está doente e preci-sa de remédio. esse remédio [o

Aviação doméstica em queda aÉreo

a despeito do significativocrescimento dos últimos 12 anosda demanda de passagens aé-reas, o setor aeroviário parecedar sinais de arrefecimento. aprocura por viagens aéreas na-cionais registrou queda de 0,6%em agosto, em relação ao mes-mo mês no ano passado, infor-ma a abear (associação brasi-leira das empresas aéreas). aoferta permaneceu praticamen-te estável na mesma base decomparação, avançando 0,1%. olevantamento mostra que o fa-tor de aproveitamento das ope-rações, de 78,7% em agostoagosto, teve queda de 0,6 pontopercentual em relação ao mêsanterior (julho). foram poucomais de 8 milhões de viagensdomésticas em setembro, altade 0,9% sobre agosto do anoanterior. o presidente da abear,

eduardo sanovicz, frisa que a al-ta do dólar e a elevação doscustos das companhias contri-buíram negativamente.

“os estímulos para o consu-mo já não são suficientes paramanter o crescimento do ano ecomprometem nossas metas.isso é bastante preocupante. aaviação se sustenta pelo cres-cimento econômico, ao mesmotempo em que induz o desen-volvimento. romper esse cicloé muito ruim para o país”, ava-lia sanovicz.

diretora de relações inter-nacionais da azul, patrizia Xa-vier argumenta que a quedano setor só não é maior emfunção do mercado corpora-tivo, responsável, no caso dasua companhia, por mais de70% das operações. “as em-presas e as organizações não

deixaram de investir em via-gens para seus funcionários.mas as pessoas comuns dei-xaram, sim, de viajar por con-ta da crise econômica”, expli-ca. ela informa que, diante docenário doméstico, a azulsuspendeu voos para as cha-madas “rotas deficitárias” (asde baixa demanda), como aspara a região amazônica e in-terior do estado de são pau-lo, e tem feito promoções sis-temáticas de passagens aé-reas aos fins de semana. “ascompanhias estão pelo me-nos unidas para garantir amanutenção das conquistasdos últimos anos e, nessesentido, tem apoiado o go-verno no ajuste fiscal. paraisso, temos tentado montaruma agenda única para dis-cutir com o executivo.”

RESILIÊNCIA companhias aéreas têm feito promoções de passagens para atrair novamente o público doméstico

ALARICO ASSUMPÇÃO JÚNIOR

presidente da fenabrave

“Este anodeve encerrarcom retraçãode 19,92%,retrocedendoao patamar de10 anos atrás”

Page 29: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2015 29

luiz moan Yabiku Junior, destacaque “o nível de confiança do con-sumidor e do investidor, em razãoda conjuntura econômica, conti-nua significativamente afetado eisso se reflete nos mercados de to-dos os segmentos”. a associaçãodiz ainda que, em um ano, o núme-ro de pessoas empregadas no se-tor caiu 9,6%, ou seja, reduziu-separa 133.609 trabalhadores em se-tembro. de setembro de 2014 a se-tembro deste ano, foram elimina-dos 14.142 postos de trabalho noperíodo de um ano.

Coletivos em criseimpactado indiretamente pela

baixa da atividade econômica, otransporte público urbano sofre

visto para entrar em vigor a par-tir do dia 1º de dezembro.

diretor administrativo da ntu,marcos bicalho explica que, em fun-ção desses fatores, o setor tem bus-cado duas alternativas: aumentostarifários ou readequação de linhase planos de viagem. “a previsão éque a demanda de passageiros te-nha decréscimo de 5% neste ano.Já temos notícias de que várias ci-dades no país estão com perdas sig-nificativas no número de usuários”,sublinha bicalho. ele considera queo cenário para os próximos mesesainda é incerto. “estamos vendo al-guma luz no fim do túnel apenas nofinal de 2016 ou no início de 2017. osetor ainda vai enfrentar mais umano de situação de crise”, diz. l

com os aumentos do valor do die-sel, que representa 25% dos custosdas empresas, e com o endureci-mento das condições de financia-mento. a indústria de ônibus já sevê diante de uma retração de30,05% na produção deste ano, nacomparação com o mesmo períodode 2014. além disso, levantamentoda ntu (associação nacional dasempresas de transportes urbanos)mostra que houve uma reduçãomédia de 2% no número de pas-sageiros transportados por mêsentre 2013 e 2014. e o setor seprepara para uma possível per-da com o reajuste da contribui-ção patronal sobre a folha depagamento, aprovado pelo con-gresso nacional em abril e pre-

Júlio fernandes/cnt

RESILIÊNCIA companhias aéreas têm feito promoções de passagens para atrair novamente o público doméstico

“O nível deconfiança doconsumidor edo investidorcontinua

afetado e issoreflete nosmercados”

LUIZ MOAN, presidente da anfavea

NÚMEROS

fonte: anfavea e fenabrave

venda e produção de veículos no brasil

setem

bro (co

mparad

o

com ag

osto d

e 2015)

setem

bro (co

mparad

o

com se

tembro

de 20

14)

acumula

do do

ano

(compa

rado c

om ja

neiro

a sete

mbro de

2014)

0,00%

-42,08

-32,47%

-19,54%

produção

-3,46%

-20,11% -22,66%

-5,00%

-10,00%

-15,00%

-20,00%

-25,00%

-30,00%

-35,00%

-40,00%

-45,00%

venda

Page 30: Momento ruim

Responsável pelo se-gundo custo do setorde aviação, só perden-do para os combustí-

veis, os pneus têm sido preocu-pação constante das compa-nhias aéreas. para tanto, umatecnologia econômica e seguraganha cada vez mais espaço nomercado: a recauchutagem. emtodo mundo, cerca de 85% dosartigos utilizados nas aerona-ves são reformados. no brasil, aprática é comum, sobretudo nosaviões de grande porte, comoboeing e air bus.

as vantagens da técnica sãoinúmeras. a começar pelo cus-to. a expectativa é que um pneureformado represente 30% dovalor de um novo. além disso, adurabilidade é alta, tendo comoreferência o número de ciclosou pousos. para se ter umaideia, a vida útil de um pneu du-ra, em média, 250 pousos. con-siderando que aviões de grandeporte fazem cerca de oito pou-sos por dia, uma vez por mês ospneus necessariamente preci-sam ser substituídos.

“com essa alta necessidadede troca, se operassem apenascom pneus novos, as empresas

AVIAÇÃO

por EVIE GONÇALVES

Pneus recauchutados

Page 31: Momento ruim

Pneus recauchutados

Tecnologia é usada em quase toda afrota das companhias aéreas; materialgera economia, é seguro e pode ser

reformado até quatro vezes

azul/divulgação

Page 32: Momento ruim

chegar a 11 recauchutagens. se-gundo nazareth, pneus refor-mados podem durar mais doque os novos e costumam au-mentar a possibilidade de pou-sos entre 10% e 15%. a explica-ção leva em conta o tempo quea borracha e a carcaça preci-sam para se adaptar ao conjun-to do aro. fatores como tempe-ratura, por exemplo, influen-

que se adequam às exigênciastécnicas (leia sobre o selo napágina 33).

o número de pneus de umaaeronave varia de 4 a 12, depen-dendo do tamanho. em média,cada artigo pode ser reformadoquatro vezes. no caso dos doispneus de nariz, que ficam naparte dianteira do avião, a dura-bilidade é ainda maior, podendo

iriam à falência. os artigos re-formados equilibram os custos.a prática é absolutamente se-gura e os pneus são igualmentebons”, afirma o gerente de avia-ção para a américa latina dagoodyear, vanderlei nazareth. asegurança também é atestadapela anac (agência nacional deaviação civil), que emite um se-lo de qualidade para os pneus

Carros e caminhões também utilizam tecnologiaveículos

a tecnologia de recauchuta-gem não está restrita à aviação.caminhões, carros de passeio,ônibus, motos e até mesmo tra-tores, máquinas agrícolas e em-pilhadeiras, chamados de veícu-los “fora de estrada”, podemutilizar pneus reformados. oscaminhões são recordistas nouso da tecnologia.

dados da abr (associaçãobrasileira do segmento de re-forma de pneus) revelam que,em 2014, 8,9 milhões de pneuscomerciais de carga foram re-formados. os automóveis depasseio ficaram em segundo lu-gar, com 8 milhões de reformas.além disso, cerca de 500 milpneus de veículos “fora de es-trada” foram recauchutados.motos, ônibus e aviões nãoconstam da lista.

de acordo com o presiden-te do sindipneus (sindicatodas empresas de revenda eprestação de serviços de re-forma de pneus e similares doestado de minas gerais), pau-lo bitarães, assim como naaviação, as vantagens da re-forma dos outros tipos depneus também são enormes.“os artigos recauchutados decarros de passeio, de cargas ede passageiros chegam a ser

até 60% mais baratos”, acre-dita. segundo ele, a média depreço de um pneu novo decarga é r$ 1.300. Já um refor-mado cai para r$ 450. eleacredita ainda que o equipa-mento usado é tão eficazquanto um novo, chegandoem alguns casos a ter 10% deaproveitamento maior.

o presidente do sindicatoreforça a necessidade dosclientes comprarem apenaspneus de empresas certificadaspelo inmetro (instituto nacionalde metrologia, Qualidade e tec-nologia). uma boa forma deconferir a certificação é pelapágina do instituto na internet(www.inmetro.gov.br), no íconepneus reformados. a certifica-ção das empresas deve ser re-novada anualmente.

Diferençasembora todos os tipos de

pneus possam ser recauchu-tados, existem algumas dife-renças básicas entre eles. en-quanto os da aviação permi-tem até quatro substituições,o inmetro diz que os de cargapodem passar pelo processoquantas vezes for possíveldentro de um período de seteanos. “a gente repõe somente

o que desgasta, que é a bandade rodagem. a estrutura dopneu não é alterada”, explicabitarães.

o instituto assegura que ospneus de carros de passeio,por sua vez, só podem ser re-formados uma vez e, em segui-da, necessariamente devemser descartados. a regra existeapenas por uma questão de re-gulamentação – a dos pneus decargas é anterior a dos artigosde passeio - e não por diferen-ças na qualidade.

em relação à estrutura dosequipamentos, enquanto ospneus da aviação são inte-gralmente maciços, os decarga são feitos de aço e bor-racha. além disso, os de aero-naves são feitos com borra-cha natural e os de carga epassageiros, com borrachasintética. “os pneus dosaviões gastam a borrachamuito rápido. se a indústriausasse o mesmo compostodos automóveis na aviação,os artigos durariam mais. po-rém, o desempenho seriamuito pior pela falta do atritonecessário nos pousos e de-colagens”, acredita o profes-sor e presidente do aeroclubede londrina, Jonas liasch.

ECONOMIA reaproveitamento pode garantir redução de 30% nos custos das companhias aéreas

CICLO DE VIDA

Fabricação Venda

VIDA ÚTIL DOS PNEUS• automóveis e ônibus – 4 anos

• caminhões – 2 anos

• aeronaves – 2 anos

fonte: reciclanip

Page 33: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2015 33

ciam no rendimento. Quando opneu é recauchutado, a carcaçajá está amaciada e isso propor-ciona maior durabilidade.

a qualidade dos acessórios éfundamental para que os pousos edecolagens sejam feitos de formaeficiente. “muita gente pensa queo pneu de aviação gasta mais du-rante o pouso. na verdade, é exigi-do muito mais dele na decolagem

por causa do peso do combustível.no pouso, o uso dos freios é maior,mas o peso é bem menor”, infor-ma o professor e presidente doaeroclube de londrina (pr), Jonasliasch. em um voo de dez horas deduração, por exemplo, cerca de100 toneladas de combustível che-gam a ser queimadas, ou seja, nomomento do pouso, o avião fica100 toneladas mais leve.

ções rígidas do número de par-tículas emitidas. logo, o descar-te desse tipo de material é se-guro (confira mais sobre reci-clagem na página 34).

cientes dos benefícios datecnologia, as companhias aé-reas têm apostado cada vezmais nos pneus recauchutados.a tam, por exemplo, usa esse ti-po de pneu em todas as suas

outro benefício dos pneusreformados é em relação aomeio ambiente, uma vez que omesmo artigo é utilizado cincovezes (novo e mais quatro re-cauchutagens), mas apenasuma carcaça é enviada à reci-clagem. os pneus da aviaçãovão integralmente para a indús-tria de cimento, que possui fil-tros que atendem recomenda-

Júlio fernandes/cnt

ECONOMIA reaproveitamento pode garantir redução de 30% nos custos das companhias aéreas

CICLO DE VIDA

Venda Uso Recauchutagem Reciclagem

fonte: reciclanip

Anac atesta segurança

Qualidade

a etapa de certificação éuma das mais importantesdo processo de recauchuta-gem. É o certificado de aero-navegabilidade, emitido pelagoodyear em nome da anac(agência nacional de avia-ção civil), em duas línguas(inglês e português), que vaiatestar se o pneu está emperfeitas condições de uso.sem a documentação, o arti-

go não pode ser utilizado.essa etapa é controlada pelaempresa e auditada pelaagência reguladora todos osanos. na lateral de todos ospneus, existe a identificação,(além da gravação da empre-sa responsável pela refor-ma)∆, o mês em que foi rea-lizada, o número de série e aquantidade de recauchuta-gens realizadas.

Page 34: Momento ruim

aeronaves, sendo 70% recau-chutados e, apenas, 30% novos.a gol utiliza pneus reformadosem toda frota de aeronavesboeing 737-700 e 737-800. a mé-dia mensal de uso da tecnologiana companhia é de 80%. a azulinformou que não utiliza pneusrecauchutados nos seus aviões.

todo o processo passa por umrígido contro le no momento datroca. a tam possui uma oficinade rodas, situada em são paulo,próxima ao aeroporto de congo-nhas, onde cerca de 50 pneus sãotrocados diariamente. a gol tam-

bém possui uma oficina de rodase freios, com média de 48 pneussubstituídos por dia.

Processorecauchutar não é das tare-

fas mais simples. o processo élongo e muitas etapas precisamser vencidas até que o artigopossa ser novamente utilizadopelas companhias aéreas. a goo-dyear é a única empresa do ra-mo de recauchutagem de pneus.diariamente, ela recolhe as car-caças nas oficinas de rodas dascompanhias. assim que chegam

TRANSFORMAÇÃO no processo de reciclagem, pneus da aviação são triturados e viram combustível na indústria de cimento

Indústria abastecida

destinação

Quando o pneu não podemais ser recauchutado, elesegue para o último desti-no: a reciclagem. diferentestipos de pneus passam porprocessos também distin-tos. a principal responsávelpelo reaproveitamento dascarcaças é a reciclanip, en-tidade sem fins lucrativoscriada pelos fabricantes depneus novos. no total, exis-tem 834 pontos de coletaem 1.100 municípios do país.anualmente são recicladas460 mil toneladas, o equiva-lente a 92 milhões de pneusde carros de passeio

os pneus de aeronavesinutilizados são aproveitadoscomo combustível na indús-tria de cimento. a entidaderecebe os equipamentos dascompanhias aéreas e os en-via para a trituração. o mate-rial é transformado em pe-quenos pedaços de 70 mm.em seguida é aquecido. o póresultante da trituração viracimento. “o pó de borrachacontamina possíveis produ-

tos a serem confeccionados.por isso, só pode ser usadona indústria de cimento”, ex-plica o gerente-geral da reci-clanip, césar faccio.

nos outros tipos de pneuso processo é diferente: 70%do material é utilizado comoconteúdo energético – emsubstituição ao combustívelfóssil na indústria de cimento.os outros 30% são usados, defato, para reciclagem – o póou granulado servem comomatéria-prima, nesse caso. eservem para confeccionargrama sintética, tapetes deborracha, solas de sapato easfalto. Já o aço resultante dareciclagem vai para indústriasiderúrgica.

de acordo com faccio, a re-ciclagem não é prejudicial aomeio ambiente, pois a indústriade cimento possui filtros queatendem recomendações dovolume de partículas emitidas.“a europa, por exemplo, dá cré-dito de carbono às empresasque reciclam pneus com borra-cha natural”, garante.

goodYear/divulgação

CERTIFICAÇÃO anac emite selo qualidade

Page 35: Momento ruim

à fábrica, os pneus são identifi-cados, recebem número de sériee são cadastrados no sistema in-formatizado. em seguida, é feitauma inspeção para verificar seexistem cortes e danos. logoapós, são realizados testes nãodestrutivos para checar se os ar-tigos estão em condições de se-rem usados novamente.

os pneus também passam portestes de danos internos e de inje-ção de ar, além da colocação dascarcaças em solução de água e sa-bão neutro para verificar se o arno interior dos equipamentos está

em boas condições. a etapa se-guinte é a colocação do pneu emuma estufa a 65 graus por até 16horas. “essa fase é importante pa-ra devolver a forma circular aopneu, uma vez que, com o uso, elefica em formato ovalizado”, expli-ca o gerente de aviação para aamérica latina da goodyear, van-derlei nazareth.

após essa fase, os mecânicostrabalham no processo de raspa-gem da borracha remanescenteque ficou na banda de rodagemoriginal, na coroa do pneu. de-pois ele vai a consertos e recebe

duas novas camadas de reforço,além de nova banda de rodagem,que são as tiras de borracha aoredor do pneu. em seguida ocor-re o pré-balanceamento estáticoe a fase de vulcanização, em queo artigo é colocado em um moldeem pressão e temperatura cons-tantes. uma das últimas fases é aestética, em que o pneu é pinta-do com tinta natural. na inspeçãofinal, dá-se o selo da qualidadeda anac ao material reformado. oprocesso é feito por um enge-nheiro credenciado pela agênciareguladora. l

reciclanip/divulgação

TRANSFORMAÇÃO no processo de reciclagem, pneus da aviação são triturados e viram combustível na indústria de cimento

RECICLAGEM

fonte: reciclanip

42%

8%

50%

automóveis e ônibus

percentual de pneus destinados a outras finalidades no fim da vida útil

caminhões aeronaves

MEDIDAS DE UMPNEU DE AVIÃOAltura

• boeing 777 - 50 polegadas ou 1,26 m

• boeing 787 - 50 polegadas ou 1,26 m

Peso

• boeing 737 – 198 libras ou 90 kg

• air bus 320 – 180 libras ou 82 kg

fonte: goodyear

Luz solar deve ser evitada

armazenamento

assim que passam peloprocesso de reforma e re-tornam às companhias aé-reas, os pneus recauchuta-dos devem ser mantidoslonge da luz solar direta.além disso, as lâmpadasfluorescentes precisam serevitadas justamente porcausa da borracha natural.os pneus também devemser guardados, preferen-cialmente, em pé. “os arti-

gos não podem ficar empi-lhados porque aquele queestá na base pode acabardeformando. se for estoca-do nas condições adequa-das, o pneu pode durar portempo indefinido”, garanteo gerente de aviação paraa américa latina da goo-dyear, vanderlei nazareth.entretanto, a média de du-ração dos artigos da avia-ção é de dois anos.

Page 36: Momento ruim

Uma fórmula bem-sucedida

AUTOMOBILISMO

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201536

Page 37: Momento ruim

Ozumbido dos propulsores demonopostos elétricos che-gou mais uma vez às ruas dacapital chinesa pequim para

a etapa inaugural da segunda tempo-rada da badalada fia fórmula e. cer-cada de novidades tecnológicas, a ca-tegoria teve, no seu primeiro campeo-nato, realizado entre setembro de2014 e junho de 2015, o chamariz paraaspectos que descontroem caracte-rísticas clássicas do automobilismomundial, como a ausência do rugido

dos motores e provas realizadas ape-nas em circuitos de rua. diante disso,a fórmula em que a eletricidade éresponsável pela velocidade surgiucomo uma opção sustentável – umavez que não há queima de combustí-vel e, portanto, com emissão neutrade carbono – e mais acessível ao pú-blico. e o primeiro campeão da novacategoria, organizada pela fia (fede-ração internacional de automobilis-mo), foi o brasileiro nelsinho piquet,que travou uma emocionante disputa

com o suíço sébastien buemi, vice-campeão.

um dos maiores diferenciais é aalimentação dos motores dos carros:totalmente elétricos, movidos aimensas baterias, e não com motoresnormais a combustão. dessa forma,eles são mais ecologicamente corre-tos do que os carros da fórmula 1. ovisual dos carros, no entanto, lembrabastante o dos veículos da competi-ção principal da fia, com um dese-nho aerodinâmico e arrojado. “esse

em sua segunda temporada, f-e, categoria com motores 100% elétricos, subverte característicasdo automobilismo e vende a ideia de sustentabilidade

por DIEGO GOMES

fotos fia fórmula e/divulgação

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2015 37

Page 38: Momento ruim

trabalho é uma visão para o fu-turo da indústria automotiva e,ao incentivar os fabricantes adesenvolver os próprios moto-res e baterias, esperamos quea tecnologia ajude a tornar osveículos elétricos mais desejá-veis”, diz alejandro agag, chefeda categoria, em nota no inícioda competição.

na primeira temporada, to-dos os pilotos correram com omesmo carro, o spark-renaultsrt 01e. o responsável pelaconstrução foi o designer fré-déric vasseur, que contou como apoio de gigantes do auto-mobilismo como mclaren, re-nault, Williams, michelin e dal-lara, entre outras. o modelo foihomologado pela fia. os moto-res podem ter no máximo 200kW de potência, o equivalentea 270 bhp (potência do freio)em um motor não-elétrico.contudo, essa potência máxi-ma era permitida apenas nostreinos e nas qualificações.durante as corridas, a limita-ção da fia é de 133 kW (aproxi-madamente 180 bhp).

essas limitações servirampara garantir a segurança dacompetição. por serem carrosque se comportam de maneirabem diferente da dos veículos

tão associados justamente àsbaterias e aos sistemas deenergia. a bateria para propul-são, por exemplo, é um siste-ma recarregável de armaze-namento de energia (ress, eminglês), capaz de entregarenergia elétrica ao circuito deenergia que, por sua vez, en-trega eletricidade ao motorelétrico. toda bateria a bordoque estiver conectada ao cir-cuito de energia é consideradaintegrante da bateria parapropulsão do carro.

a nova temporada apre-sentará algumas novidadesem relação à anterior, já que

da fórmula 1, é preciso enten-der melhor seu desempenhonas pistas antes de tomar ati-tudes que possam comprome-ter os pilotos e profissionaisenvolvidos. os pneus tambémchamam atenção. eles foramfornecidos pela michelin e de-senvolvidos especialmente pa-ra a fia fórmula e. são radiaise utilizam rodas aro 18”, sendocapazes de operar tanto empistas secas quanto molhadas.em relação à performance, es-tima-se que esse carro acelerade 0 a 100 km/h (0-62 milhaspor hora) em cerca de 3 se-gundos. os carros elétricos es-

EQUILIBRIO na primeira temporada, todos os pilotos correram com o mesmo carro, o spark renault srt 01e

“Esperamosque a

tecnologiaajude a tornaros veículos

elétricos maisdesejáveis”

ALEJANDRO AGAG, cHefe da categoria

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201538

• potencia máxima (limitada):200 Kw, equivalente a 270cavalos.

• modo corrida (potênciamoderada): 133 Kw, equivalente a 180 cavalos.

• push-to-pass: 67 Kw, equivalente a 90 cavalos.

NÚMEROS

Page 39: Momento ruim

oito montadoras estão traba-lhando no desenvolvimentodos carros. a fia anunciouque a disputa, novamente,contará com dez equipes noseu grid. Haverá mudanças naclassificação, incluindo a su-perpole, e introdução do safe-ty car virtual, com a possibili-dade de o diretor de provascolocar as corridas sob fcY(full course Yellow), momentono qual os pilotos terão demanter 50 km/h. o que nãomuda é o barulho. “os carroselétricos da f-e não são com-pletamente silenciosos; sãomais barulhentos do que um

EQUILIBRIO na primeira temporada, todos os pilotos correram com o mesmo carro, o spark renault srt 01e

nelsinho piquet, 30 anos,foi o primeiro campeão da his-tória da fórmula e e o primei-ro brasileiro a vencer uma dastrês divisões nacionais danascar, a “stock car” norte-americana. além disso, já foipiloto da principal categoriado automobilismo, a f-1.

Qual a avaliação da pri-meira temporada da competi-ção? Imaginava que poderiaconquistar o título?

a primeira temporada dafórmula e foi um sucesso. sen-timos o interesse aumentandoa cada etapa. e o final, muitoemocionante em londres, mos-trou que a categoria está no ca-minho certo. não é apenas aopinião dos pilotos. para a tem-porada 2, oito montadoras co-meçam a se envolver oficial-mente na categoria, que tem 10equipes. cidades como paris in-vestiram para entrar no calen-dário e tem até o interesse dasuíça em ter uma etapa. É umpaís que não tem corrida decarro desde os anos 1950! aconquista do título foi um rotei-ro de filme para mim. fui umdos últimos pilotos confirma-dos no grid, a duas semanas doinício do campeonato. tinhacontrato para quatro corridasapenas, e o time não tinha amesma credibilidade de outrasorganizações envolvidas na dis-puta. com muito trabalho, con-

seguimos melhorar etapa apósetapa. em long beach, ganhei oeprix e daí soube que poderiaentrar na disputa do título.

Para você, como piloto,qual foi a principal diferençasentida em relação aos car-ros da Fórmula 1?

a principal diferença foi co-meçar uma temporada com to-dos praticamente nas mesmascondições. os carros eram idên-ticos e foi recompensado quemsoube trabalhar melhor e en-tender o gerenciamento das ba-terias ao longo do ano. na f1,cada um está em um estágio dedesenvolvimento, então, é umacompetição muito mais entreos carros que entre os pilotos.

Como foi a adaptação àausência do "ronco" do mo-tor e às corridas de rua?

as pistas eram todas inédi-tas e isso foi muito desafiadortambém. tinha que aproveitarbem os treinos livres e aprenderos circuitos, além de me dedicarno simulador do time entre asetapas. sobre a questão do si-lêncio dos motores, acho quetem um impacto maior com opúblico que com os pilotos, paraser sincero. um ponto interes-sante foi ter a possibilidade deouvir o desempenho dos pneuse da suspensão trabalhando, al-go que nos motores a combus-tão é abafada pelo barulho.

Você realmente vê na Fór-mula E um campeonato pro-missor, com vida longa, sendouma alternativa viável à Fór-mula 1?

acho um erro comparar asduas. a fórmula e tem sim po-tencial para um futuro promis-sor e surgiu com inovaçõesmuito legais como a interaçãocom o público no fanboost,pontos para a melhor volta etc.a f1 existe há mais de 60 anos eé uma referência no esporte amotor no mundo.

Quais são as expectativaspara a próxima temporada epara a "defesa" do título?

no plano de desenvolvimen-to da fórmula e, a cada tempo-rada, as equipes serão libera-das para desenvolver por contaprópria novos componentes.na temporada 2 será o “tremde força”, composto por motore transmissão. cada time segueum caminho próprio, e confiono trabalho da nextev tcr parapermanecermos competitivos.nos próximos anos, serão auto-rizadas mudanças no kit aero-dinâmico e, posteriormente, nosistema de baterias.

entrevista

Primeiro campeão

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2015 39

Page 40: Momento ruim

além disso, os fãs da cate-goria podem ajudar seus pilo-tos favoritos com um “plus” develocidade que pode ser usadodurante a corrida. a funçãofanboost consiste em um siste-ma de votação que é aberto an-tes da corrida. para a segundatemporada da f-e, os fãs pode-rão votar em seus pilotos pre-diletos até seis minutos apósas largadas, mesmo após o iní-cio da corrida, diferentementeda temporada inaugural, em

remos um grande impacto na ar-quitetura do carro, já que have-rá quatro motores, um para cadaroda, e poderemos ter finalmen-te um carro por piloto, e nãodois, como ocorre hoje. É impro-vável que cheguemos a esseponto antes da quinta tempora-da, mas vamos ver. É por issoque temos discussões em con-junto, para sabermos exatamen-te onde estamos e aonde quere-mos chegar e, assim, alcançaros nossos objetivos de maneira

eficiente", informa agag, em en-trevista ao site motor sport.

Troca de carro e interatividadedurante as corridas, os pilotos

devem fazer uma parada obriga-tória para mudar de carro. a tro-ca acontece dentro das gara-gens, sendo observada por umdelegado da fia a fim de verificarse os procedimentos de seguran-ça estão sendo seguidos. não sãopermitidas trocas de pneus, anão ser em caso de furo.

veículo normal de passeio ecom um ruído que lembra ode um avião decolando. po-rém, não é possível compararisso ao som de um carro de f1 ”,explica alejandro agag.

ele projeta o futuro da cate-goria e, além de querer fisgar opúblico mais jovem, com inova-ções, tecnologias verdes e inte-ratividade, espera resolver umponto que ainda apresenta al-guns questionamentos: as bate-rias. "na quinta temporada, te-

temporada 2015/2016

24 de outubro de 2015 pequim

7 de novembro de 2015 putrajaya

19 de dezembro de 2015 punta del este

6 de fevereiro de 2016 buenos aires

19 de março de 2016 local a ser definido

2 de abril de 2016 long beach

23 de abril de 2016 paris

21 de maio de 2016 berlim

4 de junho de 2016 moscou

em data a ser definida londres

Renault e.dams sebastien buemi nicolas prost

Dragon Racing Jerome d'ambrosio loic duval

Abt Audi Sport lucas di grassi daniel abt

Team China Racingnelson piquet Jr. oliver turvey

DS Virgin Racingsam bird Jean-eric vergne

Andretti Autosportsimona de silvestro robin frijns

Team Aguri antonio felix da costanathanaël berthon

Mahindra Racingnick Heidfeld bruno senna

Venturistephane sarrazin Jacques villeneuve

Trullisalvador duran vitantonio liuzzi

CALENDÁRIO

CIRCUITO categoria tem apenas provas de rua. a grande novidade do ano é o circuito de paris

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201540

EQUIPES E PILOTOS

fonte: fia

Page 41: Momento ruim

que os votos eram computadosaté dez minutos antes do sinalverde. além do modo tradicio-nal de escolha, pelo site da ca-tegoria, os fãs agora poderãovotar por meio de hashtags nasmídias sociais - twitter, face-book e instagram . o fanboostdará um extra de 100 kW aostrês pilotos mais votados, comum limite total de 200 kW. elessó poderão utilizar a potênciaextra uma vez na corrida, apósa troca de carros. "fanboost é

uma forma única de interaçãoda nossa categoria com os fãs.e, agora, com a possibilidadede votar durante a prova, tere-mos um nível de engajamentoainda maior, criando um rela-cionamento em tempo real en-tre pilotos, equipes e fãs", de-fende ali russel, diretor de mí-dia da f-e, em entrevista ao si-te motor sport.

o jornalista e especialistaem automobilismo flávio go-mes considera que a nova ca-

tegoria é diferenciada desde asua gênese. “primeiro, tem achancela da fia. segundo, pre-sença de gente grande comomichelin, renault, audi, mcla-ren, Williams. os pilotos sãobons. o conceito – corrida derua, cenários bonitos, acessomais aberto ao público, intera-tividade – é muito interessantee bem pensado. tem algunsproblemas, claro, como algu-mas pistas ruins. mas nada queuma boa avaliação da primeira

temporada não seja capaz deresolver. tem gente séria en-volvida, em resumo. e o cam-peonato foi muito bom”, diz.segundo ele, os carros aindasão um pouco lentos, mas, pa-ra o tipo de circuito onde cor-rem, são compatíveis. “a au-sência de ruído incomoda umpouco, mas é preciso entenderque se trata de uma tecnologiaque não faz barulho. ela nas-ceu assim, não se transformounisso”, completa. l

CONHEÇA O CARRO*

CIRCUITO categoria tem apenas provas de rua. a grande novidade do ano é o circuito de paris

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2015 41

173

456

2

1 - Chassiconsiderado mais barato que o de grandes categorias de monopostos, é desenhado para manter a mesma eficiência aerodinâmica e facilitar as ultrapassagens. foi construído pela dallara, que utilizou fibra de carbono e alumínio.

2 - DimensõesComprimento: 5 mLargura: 1,8 mAltura: 1,250 m

3 - Performanceestima-se que o carro faça de 0 km/h a 100 km/hem 3 segundos. a velocidade máxima, limitada pela fia, é de 225 km/h

4 - Motorfabricado pela renault em desenvolvimento com a mclaren electronic systems, o motor pesa 26 kg e foi originalmente desenvolvido para o mclaren p1.

o propulsor elétrico tem 270 cavalos. o ruído chega a 80 decibéis, contra 70 de um carro de passeio ou 90 de um ônibus

5 - Bateriao sistema recarregável de estoque de energia (ress, em inglês) é uma bateria que estoca energia para abastecer os motores. são 200 kw de energia, sendo 133 kw no modo corrida e 67 kw no push-to-pass

6 - Câmbiocâmbio sequencial fabricado pela britânicaHewland engineering, com quatro marchas. a relação entre marchas é fixa para reduzir custos

7 - Freiosdois sistemas hidráulicos acionados pelo mesmo pedal. o material dos discos de freio é de escolha das próprias equipes. partes das peças serão feitas em alumínio

fonte: fia* da primeira temporada

Page 42: Momento ruim

Agora é constitucio-nal. o transporte foiefetivamente incluí-do como direito so-

cial na constituição federal. apec (proposta de emenda àconstituição) tramitava desde2011 no congresso nacional eterminou seu rito após quatroanos de votações na câmarados deputados e no senadofederal, tendo sido promulga-da pela presidência da repú-blica em setembro deste ano.

antes, o termo estava pre-visto somente no artigo 30º daconstituição, que trata dacompetência dos municípiosde organizar e prestar, direta-mente ou sob regime de con-cessão ou permissão, os servi-ços públicos de interesse local,incluído o de transporte coleti-vo, que tem caráter essencial.entretanto, não estava contidono rol dos direitos sociais, noartigo 6º da carta magna.

na prática, portanto, nãoestava no mesmo patamar deáreas como educação, saúde,alimentação, trabalho, mora-dia, lazer, segurança, previ-dência social, proteção à ma-ternidade e à infância e assis-

por EVIE GONÇALVES

LEGISLAÇÃO

Transporte naConstituiçãopec inclui setor no artigo 6º da carta magna; área se equipara a direitos sociais como saúde e moradia

tência aos desamparados. anova redação da constituiçãoequiparou os direitos. “doponto de vista do estado, otransporte continua sendo umserviço público essencial. mas,em relação ao usuário, passa aser um direito fundamental. apec vem mais para explicitar a

situação. É quase como algosimbólico”, acredita o consul-tor legislativo do senado fe-deral, João trindade.

o professor do programa depós-graduação em transportesda unb (universidade de brasí-lia), paulo césar marques,acredita que a medida tem um

significado mais amplo: incen-tiva novas políticas públicaspara o setor. “eu estou con-vencido de que o sus (sistemaúnico de saúde) não existiriase a saúde não estivesse noartigo 6º, assim como o pro-grama minha casa minha vidanão teria sido criado se o di-

Page 43: Momento ruim

Transporte naConstituiçãopec inclui setor no artigo 6º da carta magna; área se equipara a direitos sociais como saúde e moradia

fotos sergio alberto/cnt

reito à moradia também nãoestivesse previsto. a constitui-ção permite que os governan-tes trabalhem e acionem osseus mecanismos para garan-tir que as ações sejam feitasdentro da lei. antes, não haviao embasamento. esse novoelemento dá força.”

marques avalia que nãohouve omissão do legisladordurante a elaboração da cons-tituição, em 1988, pelo fato deo transporte não ter sido in-cluído no rol de direitos so-ciais, uma vez que as legisla-ções são dotadas de atempo-ralidade, ou seja, precisam de

esforço de atuação que reflitaas compreensões da socieda-de. além disso, nem todos osdireitos estão explícitos como,por exemplo, o direito ao sigi-lo bancário, que não está pre-visto expressamente, mas éreconhecido.

com a evolução dos anos,

outros direitos de importân-cia relevante foram incluídospor meio de emenda constitu-cional. É o caso da emenda nº26/2000, que incluiu a mora-dia no rol dos direitos sociais,e da emenda nº 64/2010, queinseriu a alimentação no arti-go 6º. trindade avalia que amaior efetivação de políticaspúblicas nessas áreas nos úl-timos anos não ocorreu emdecorrência da positivação nacarta magna.

“a inclusão no artigo 6º é oque chamamos de norma deeficácia limitada, ou seja, sóvai produzir todos os seusefeitos quando for regulamen-tada. a principal vantagem éque a medida gera uma obri-gação direta do estado. alémdisso, eventuais deficiênciaspassam a ter respaldo para se-rem levadas ao poder Judiciá-rio”, afirma. para ele, o impac-to de novas políticas não de-pende de uma pec, ou seja,mesmo sem a inclusão daemenda, deveria haver a valo-rização do transporte.

o promotor de Justiça doministério público de minasgerais, carlos alberto valera,considera que a principal lei-tura a ser feita é o fato de o in-teresse público preponderar

Page 44: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201544

consultor legislativo Joãotrindade.

o senador também fez críti-cas ao atual modelo de mobili-dade brasileiro. “como podeser compatível o bem-estarcom viagens de ônibus cujaduração média na metrópolepaulistana chega a uma hora evinte e cinco minutos? Quecondições tem o cidadão deestudar, de melhorar sua pro-dutividade, de contribuir efeti-vamente para o desenvolvi-mento do país, quando duasou três horas do seu dia são

parlamentar defendeu que, co-mo ocorre em toda sociedadeindustrial, a geografia brasilei-ra se caracteriza pela especia-lização dos usos do solo. porisso, sem transporte, não háeducação, não há saúde, nãohá trabalho, não há alimenta-ção e não há lazer, salvo aque-les eventualmente produzidosnas próprias residências, eque a sociedade não pode to-mar por base. “os direitos so-ciais seguem a lógica da indi-visibilidade. desrespeitar um édesrespeitar todos”, explica o

sobre o particular. “a pec esti-mula e abre caminho para queinstrumentos jurídicos pos-sam ser gestados no setor, co-mo a criação de fundos parafinanciar o investimento emtransporte público e melhorara qualidade de vida dos usuá-rios”, vislumbra.

Tramitaçãoalterar a constituição não é

algo simples. após apresenta-da, a proposta deve ser apro-vada nas duas casas do con-gresso nacional, em dois tur-nos de discussão e votação, epelo quórum de três quintosdos parlamentares. antes daetapa do plenário, a pec é dis-cutida na comissão especial,na câmara dos deputados e naccJ (comissão de constitui-ção, Justiça e cidadania), nosenado federal.

o projeto da pec nº 90/2011,mais conhecida como pec dotransporte, é de autoria da de-putada luiza erundina(psb/sp). Já o relator da maté-ria no senado foi o senadoraloysio nunes (psdb/sp). norelatório aprovado na ccJ, o

DIREITOS SOCIAIS para especialistas, a inclusão do transporte na constituição federal incentiva novas políticas públicas para o setor de transporte

“Em relaçãoao usuário, otransporte se torna um

direito fundamental”

JOÃO TRINDADE, consultor legislativo do senado federal

Page 45: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2015 45

tempo morto, esterilizado emum desconfortável e vagarosodeslocamento urbano?”, ques-tionou o parlamentar.

para o professor paulo cé-sar marques, a inclusão daexpressão no texto constitu-cional é fator decisivo paraque os transtornos enfrenta-dos pelos usuários sejam mi-nimizados. segundo ele, a au-sência da previsão legal podeinibir os governantes na to-mada de decisão como porexemplo, em relação ao sub-sídio à parcela mais carente

nacional de mobilidade urba-na, em vigor desde 2012. en-tretanto, a maioria (95%) dosmunicípios não apresentouplanos de mobilidade ao mi-nistério das cidades dentrodo prazo previsto na lei, se-gundo levantamento do pró-prio órgão. marques defendea participação ativa da socie-dade no processo de elabora-ção das políticas, bem comosuporte para os municípiosque, segundo ele, carecem debons técnicos em caráterpermanente. l

da população. “Quando se in-sere a expressão no artigo dedireitos sociais, a discussãode que todos têm direito aotransporte fica superada.passa a ser obrigação do es-tado assegurar o serviço deforma universal. assim comoacontece com a educação e asaúde, a obrigação não ficamais condicionada à capaci-dade de pagamento por partedo cidadão”, acredita.

segundo o professor, umadas formas de assegurar oserviço é por meio da política

DIREITOS SOCIAIS para especialistas, a inclusão do transporte na constituição federal incentiva novas políticas públicas para o setor de transporte

“Passa a serobrigação do

Estado assegurar otransporte de

forma universal”

PAULO CÉSAR MARQUES

professor da unb

NOVA REDAÇÃO

Antes da PEC

art. 6º: são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a

moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade

e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta constituição

Depois da PEC

art. 6º: são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a

moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à

maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma

desta constituição

Page 46: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201546

Os custos do trans-porte ferroviário porcontêineres chegama ser 20% inferiores

aos praticados em soluçõescom base rodoviária, a depen-der da distância e do desenhologístico global. o modal nota-bilizou-se pela confiabilidade,em decorrência dos baixos ín-dices de acidentes operacio-nais e da alta disponibilidade

dos ativos. também se desta-ca pela previsibilidade, já quea maior parte das companhiasdispõe de serviço expressopara trens de contêineres comdatas e horários fixos parapartidas e chegadas, bem co-mo segurança, uma vez queapresenta índices praticamen-te nulos de roubo de cargas.aliado a essas características,está o atual baixo desempe-

nho da economia brasileira,que contribui para alavancaro setor. tudo isso tem feitodessa modalidade uma alter-nativa viável para reduzir cus-tos e assegurar o cumprimen-to de prazos, apresentando,assim, sucessivos indicadorespositivos em um momento deretração econômica.

marcado, historicamente,pelo transporte de granéis,

Alternativaà crise

por DIEGO GOMES

FERROVIÁRIO

retração da economia e maior estabilidade do modalpermitem ao transporte por contêiner em ferrovias ir

além das commodities e explorar novos negócios

Page 47: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2015 47

como minério de ferro egrãos, esse mercado abriu es-paço para novas cargas. a no-va lista inclui açúcar, celulose,peças automotivas, motocicle-tas, sucatas e produtos indus-trializados, como tvs de plas-ma. até pouco tempo, a priori-dade do setor produtivo eraentregar a mercadoria no me-nor tempo possível. no atualmomento, contudo, com a de-manda mais fraca e margensreduzidas, o que importa é di-minuir as despesas e garantira rentabilidade. o movimentopode ser percebido no aumen-to do transporte de contêine-res pelos trilhos. de janeiro ajulho deste ano, seis das oitoprincipais ferrovias que fazemesse tipo de transporte nopaís registraram aumentos deaté 154% na comparação como mesmo período do ano pas-sado, segundo dados da antt(agência nacional de trans-portes terrestres).

outro ponto que estimula ocrescimento desse modal é aprodutividade, uma vez que elefacilita as operações em portos,

fotos mrs/divulgação

Page 48: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201548

sem experimentar os nossosserviços. oferecemos seguran-ça, confiabilidade e previsibili-dade, além de custos mais bai-xos em muitos casos. elas dei-xaram de lado uma série depreciosismos em favor de umaredução de custos, mesmo queessa redução seja de r$ 1,00”,explica alvisi.

a operadora, recentemen-te, conquistou o direito detransportar tvs de plasma da

malha de 1.643 quilômetros nosestados de minas gerais, rio deJaneiro e são paulo.

entre o segundo e o primei-ro trimestre deste ano, otransporte por contêinerescresceu mais de 30% na mrs.na comparação do primeirosemestre de 2015 com o mes-mo período do ano passado, aevolução foi de 29,2%. “a criseeconômica acabou fazendocom que as empresas decidis-

no brasil e no mundo inteiro.Qualquer carga também podeser transportada dentro dos va-gões contando com monitora-mento virtual. “nesse cenáriode crise, empresas buscam mi-grar para soluções mais bara-tas. É, no momento de crise, quesurgem boas e novas oportuni-dades de negócios”, sentenciaguilherme alvisi, gerente-geralde negócios da mrs logística,operadora que administra uma

DIVERSIFICAÇÃO nas grandes caixas, já são transportados: sucata, eletrodomésticos e celulose

"É no momentode crise

que surgem boas e novas oportunidades"

GUILHERME ALVISI, gerente da mrs

Page 49: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2015 49

empresa coreana lg. os apa-relhos saem de manaus edescem até o porto de santosem navios de cabotagem. apartir dali, são transferidospara trens que levam a mer-cadoria até cajamar, na re-gião metropolitana de sãopaulo. somente nessa opera-ção, são cerca de mil contêi-neres por mês. isso acontece"com a vantagem de risco ze-ro de roubo de carga em rela-

ção ao transporte por cami-nhão", afirma alvisi. segundoele, a empresa está fazendoum mapeamento dos poten-ciais mercados para tentarexplorar nos próximos anos."estamos com cinco grandespropostas que envolvem ma-terial a granel de exportação,alumínio e produtos indus-trializados. o contêiner, so-mado à estabilidade do treme da ferrovia, é mais lento

que as rodovias, mas assegu-ra integridade dos produtos.nesse sentido, já temos con-versas com fabricantes deperfume e até brinquedos deplástico”, informa.

o diferencial desse tipo detransporte, dadas as suas ca-racterísticas, é a possibilidadede permitir às empresas reali-zar planejamento estratégico.essa é a percepção de silviocampos, presidente da cbc (câ-

Os custos dotransporte

porcontêineres

são

20%mais baixos

PRINCIPAIS CARGAS TRANSPORTADAS (01/2014 a 05/2015)

fonte: antt

Page 50: Momento ruim

constatou que clientes antigosaumentaram o volume trans-portado, além de assinar novoscontratos. no primeiro semes-tre deste ano, as malhas norte,sul e paulista da all registra-ram forte crescimento nessesegmento. "desde o fim do anopassado, a empresa passou afazer o transporte de celuloseem contêineres para os portosde santos e de paranaguá. nor-malmente, esse tipo de produtoé transportado a granel. um dosaspectos positivos da ferrovia éa movimentação de cargas ‘fri-

to financeiro do país, devecrescer em função da tendên-cia das empresas de diversifi-car as formas de transporte decarga, a multimodalidade.“Quando as obras dos anéisferroviários de são paulo e dorio de Janeiro acabarem, cer-tamente vão acelerar essecrescimento. o que atrasa,atualmente, são os gargalosencontrados na m alha”, diz.

parceira da rumo logística(pertencente à concessionáriaall) na movimentação de con-têineres, a brado logística

mara brasileira de contêineres,transporte ferroviário e multi-modal). de acordo com ele, osetor, só no primeiro semestrede 2015, já transportou mais de300 mil contêineres. “estiveem belo Horizonte (mg), recen-temente, por ocasião de umevento e vi que só a multitex,empresa que cuida de toda alogística ferroviária da vale dorio doce, já transporta cercade 1.300 contêineres por mês”,exemplifica campos. para ele,trata-se de um modal que, in-dependentemente do momen-

BALANÇO em 2015, já foram transportados mais de 300 mil contêineres

"O que atrasa,atualmente,

são os gargalos

encontradosna malha"

SILVIO CAMPOS

presidente da cbc

NÚMEROS DO SETOR (ATÉ JULHO DE 2015)

fonte: boletim estatístico cnt

Page 51: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2015 51

gorificadas’, que exigem contêi-neres especiais para transpor-tar, especialmente carnes. esseé um nicho que deve crescerbastante nos próximos anos. obrasil precisará agregar valoraos seus produtos, não só ex-portar a soja em grão, mas emforma de produto industrializa-do", explica o diretor comercialda brado, angelo baptista.

Santosa libra logística anunciou

que está iniciando sua opera-ção de transporte de contêi-

(contêineres de 20 pés) e compotencial para aumentar essevolume”, diz daniel brugioni,diretor-geral da libra logísti-ca. “a transferência dos servi-ços para o modal ferroviáriotorna-se importante porqueatualmente o trânsito entre asduas margens do porto desantos (santos e guarujá) temencontrado a dificuldade defluxo e lentidão. além disso, aopção pelo trem fica 12% maisbarata que o caminhão e éambientalmente mais susten-tável”, conclui. l

neres por ferrovia em parceriacom a mrs. o serviço será rea-lizado pela unidade multimo-dal valongo, preparada paraatender a todos os tipos decargas. a mrs deu início, nomês de junho, ao transportede contêineres por ferroviaentre as duas margens do por-to de santos (santos e guaru-já). tal procedimento era reali-zado somente por caminhões.

“estamos no início da ope-ração, mas já realizamos trêsviagens, com aproximadamen-te o transporte de 132 teus

BALANÇO em 2015, já foram transportados mais de 300 mil contêineresSEGURANÇA operadoras têm índicesde roubo de carga próximos de zero

"A opção pelo trem fica12% maisbarata e é mais

sustentável"

DANIEL BRUGIONI, diretor da libra logística

Page 52: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201552

ROUBO DE CARGAS

Acnt (confederação na-cional do transporte) ea pf (polícia federal)defendem uma atuação

integrada entre órgãos públicos eo setor privado para fortalecer ocombate ao roubo de cargas nobrasil. o crime é uma das grandespreocupações do setor, que, em2014, amargou um prejuízo demais de r$ 2 bilhões em razãodessas ocorrências. o valor, se-gundo levantamento da ntc&lo-gística (associação nacional detransportes de cargas e logísti-ca), contabiliza as cargas perdi-das e os caminhões que não fo-ram recuperados após os ata-ques criminosos. o tema foi dis-cutido durante o iv encontro dechefes de delegacias de repres-são a crimes contra o patrimônioe ao tráfico de armas da pf, rea-lizado em florianópolis (sc) nocomeço de outubro.

atualmente, a inexistência des-sa integração dificulta o levanta-mento de estatísticas que permi-

tam ações estratégicas das forçasde segurança contra as quadrilhasespecializadas. segundo o chefeda dpat (divisão de combate a cri-mes contra o patrimônio) da polí-cia federal, luiz flávio zampro-nha, faltam dados consistentessobre a quantidade de ocorrên-cias e suas características. "umdos primeiros desafios que en-

frentamos é ter dados mais quali-ficados, fazendo uma diferencia-ção entre o pequeno roubo, o mé-dio e o crime organizado”, afirma.

conforme o delegado, a atua-ção e a estrutura das organiza-ções criminosas estão cada vezmais complexas. "sabemos que háuma migração de crimes comoroubo a bancos e tráfico de dro-

gas para o roubo de cargas. os la-drões criam redes de informaçãoe têm penetração muito grandenas empresas”, conta. ainda se-gundo zampronha, “os grupos uti-lizam um sistema de logística, ar-mazenamento e tecnologias, co-mo o jammer (equipamento quebloqueia sinal de celular e dificul-ta o rastreamento da carga)”.

por NATÁLIA PIANEGONDA

Atuaçãointegradacnt e polícia federal buscam integração para

combater o crime; em 2014, prejuízo com produtos perdidos somou mais de r$ 2 bilhões

Page 53: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2015 53

"o roubo de cargas é um pro-blema de abrangência nacional.no ano passado, foram 17,5 milocorrências. e sabemos que, tal-vez, o quadro seja ainda mais crí-tico", diz o diretor-executivo dacnt, bruno batista. ele explica quefaltam bons sistemas de informa-ção que consolidem dados damaioria dos estados. "Hoje, a úni-

ca região que faz acompanhamen-to sistemático é a sudeste - queconcentra 85% dos casos de rou-bo de cargas no país. e o que épior é que não conseguimos fazerum mapeamento preciso dessasocorrências", afirma.

na avaliação de bruno batista,aprimorar a compilação de dadosestatísticos favorecerá o desen-

volvimento de ações mais efetivascontra as quadrilhas especializa-das. "o roubo de cargas é umgrande negócio: envolve valoresaltos, e a maior parte da produçãobrasileira é transportada por ca-minhões. apesar disso, não háuma estrutura de controle. otransportador é uma presa fácil. Épreciso estrutura de inteligência

para que esse curso seja inter-rompido", defende bruno batista.

para o delegado zampronha, otrabalho integrado entre os diver-sos órgãos de segurança pública etambém com o setor privado é im-portante para corrigir essa defi-ciência. "o setor de transportes éum dos principais da economiaque sofrem com a violência. e é

sergio alberto/cnt

DEBATE bruno batista, diretor-executivo da cnt, e pedro lopes, presidente da fetrancesc e vice-presidente da seção de cargas da cnt

Page 54: Momento ruim

fissionalismo no tratamento dosdados”, sugere. para bezerra, opróximo passo seria a capacitaçãovoltada para o tema, tanto nas em-presas de transporte quanto aosagentes policiais.

Outros prejuízosos prejuízos vão além das car-

gas perdidas e dos caminhões nãorecuperados. o presidente da fe-trancesc (federação das empre-sas de transporte de cargas e lo-gística do estado de santa catari-na) e vice-presidente da seção decargas da cnt, pedro de oliveira

sas pessoas como membros dasorganizações criminosas.

para o diretor-presidente dafbcp (fundação brasileira de ciên-cias policiais) e delegado da políciafederal, getúlio bezerra santos, “ocrime do roubo de cargas é nacio-nal, mas estamos dando um trata-mento de varejo”. ele acredita quesuperar essa dificuldade passa porcriar uma cultura de cooperação. apartir disso, é necessário desen-volver e implantar um sistema dedados integralizados e concentra-dos. “o trabalho ainda é muitoamador, então precisamos ter pro-

muito importante a parceria da pfcom o setor para o enfrentamentoa esse crime", diz.

o chefe da dpat ainda desta-ca que uma das formas mais efi-cientes de se coibir a ação des-ses assaltantes está no comba-te ao interesse econômico docrime. “então, nossa atuaçãotambém deve estar nos recepta-dores, em identificar quem estápor trás do agenciamento doscriminosos, fazendo a correta-gem da carga roubada”, com-plementa. e, nos inquéritos, odesafio tem sido classificar es-

REALIDADE caminhoneiros sofrem com a falta de segurança nos pontos de parada, além de danos psicológicos

lopes, destaca os problemas liga-dos aos recursos humanos dasempresas. "Há rotas que os cami-nhoneiros se negam a fazer, por-que é como se estivessem indopara o matadouro. além disso, afamília fica aflita quando o moto-rista viaja. isso desestabiliza atéas relações familiares", relata.

outro efeito é o dano psicológi-co aos profissionais que foram ví-timas de ataques criminosos."eles sofrem agressões e humilha-ções", conta. para pedro lopes, é"urgente a adoção de uma açãoespecífica de combate aos que di-

50 mil pessoas afetadastransporte de passageiros

o transporte de passagei-ros tem sido outro alvo fácildos bandidos. entre 2012 emaio de 2015, foram 1.064ocorrências, com mais de 50mil passageiros afetados, se-gundo dados da antt (agên-cia nacional de transportesterrestres). os estados que li-deram as ocorrências sãogoiás, minas gerais, distritofederal e bahia, com mais decem registros cada. e acredi-ta-se que há uma subnotifi-cação, já que muitos casosnão são levados à antt ousequer às forças policiais.

a falta de integração en-tre os órgãos de segurança,nesses casos, também é umdesafio, conforme o assessorda diretoria de operações dagontijo, empresa de trans-porte de passageiros, coronelda reserva da polícia militarWalace suares.

ele já realizou uma sériede levantamentos sobre o te-ma, mas isso não tem sido ta-refa fácil. de acordo comsuares, assim como no caso

das cargas, as informaçõessobre as ocorrências envol-vendo ônibus também sãoimprecisas. "enfrentamosproblemas na comunicaçãodo roubo e no registro do bo-letim de ocorrência. muitasvezes, o motorista é obrigadoa rodar vários quilômetrosaté encontrar um posto poli-cial, que não registra a ocor-rência pelo fato de o crimeter sido em outra cidade ouestado”, relata. com isso, adefinição dos responsáveispela investigação também fi-ca prejudicada. para Walacesuares, a criação de um siste-ma integrado entre as forçasde segurança é fundamentalpara resolver esse problema.

nos assaltos a ônibus depassageiros os bandidos,geralmente, agem em que-bra-molas, com objetos napista, dificultando a passa-gem, abordagem direta napista e com bandidos quecompram os bilhetes e em-barcam no veículo como osdemais viajantes.

Page 55: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2015 55

do os caminhões estavam paradosnos acostamentos. os dados indi-cam, ainda, que 63% foram com oveículo em movimento.

por fim, há o crescimento dasdespesas operacionais dos trans-portadores, que precisam arcarcom seguros mais caros – issoquando não enfrentam dificulda-des em contratar o serviço de se-guradoras, como para equipa-mentos eletrônicos, por exemplo–, escoltas armadas e sistemas degerenciamento de segurança,que acabam por encarecer, tam-bém, o valor dos fretes. l

REALIDADE caminhoneiros sofrem com a falta de segurança nos pontos de parada, além de danos psicológicos

ATUAÇÃO luiz flávio zampronha, chefe da dpat,fala da estrutura das organizações criminosas

arQuivo/cnt

sergio alberto/cnt

lapidam e levam não apenas nos-so patrimônio, mas prejudicam aeconomia brasileira".

outra dificuldade vivenciadapelos transportadores é a insufi-ciência e a falta de segurança empontos de parada, segundo o pre-sidente da abcam (associaçãobrasileira dos caminhoneiros), Jo-sé da fonseca lopes. para se teruma ideia, em são paulo (estadoque concentra a maior parte decasos, com 5.000 ocorrências so-mente neste ano), 18% dos ata-ques criminosos ocorreram empontos de parada e em 16% quan-

Propostas em análisesoluções

a implantação do siste-ma nacional de prevenção,fiscalização e repressão aofurto e roubo de veículos ecarga, prevista pela leicomplementar 121/2006, éuma das ações que o setordefende como primordiais.a ideia é que a norma possaresultar em informações es-tatísticas mais precisas emaior articulação entre di-versos órgãos do poder pú-blico para reagir à açãodesses assaltantes.

a proposta foi um dos re-sultados da cpi (comissãoparlamentar de inquérito)mista do roubo de cargas,realizada entre 2000 e 2002.o texto entrou em vigor em2006, mas não saiu do papel

porque ainda não foi regula-mentado.

em julho deste ano, o go-verno federal instituiu umgrupo de trabalho para tratardo tema. a proposta de regu-lamentação está em análisepelos diversos órgãos envol-vidos, ligados à casa civil, aoministério da Justiça e ao mi-nistério da fazenda.

outras das medidas rele-vantes são o aumento do fo-co das ações policiais sobrereceptadores de cargas, leisque agravem a punição aosenvolvidos, inclusive comcassação do cnpJ para em-presas que comercializamprodutos oriundos de rou-bos e a criminalização douso do jammer.

Page 56: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201556

Dentro da visão de for-mar novos gestorespara pensar e alavan-car o transporte brasi-

leiro, a cnt (confederação na-cional do transporte), o sest se-nat e o itl (instituto de trans-porte e logística), em parceriacom a fdc (fundação dom ca-bral), concluíram, no começo deoutubro, a 4º turma de especia-lização e gestão de negócios,em belo Horizonte (mg). no to-tal, 43 alunos estão aptos a co-locarem em prática variadosprojetos voltados para o setor.

a formatura e entrega doscertificados contou com a pre-sença do presidente da cnt,

clésio andrade, da diretora-executiva do itl, lucimar cou-tinho, da diretora-executivanacional do sest senat, nicolegoulart e do presidente doconselho regional de minasgerais do sest senat e da fet-cemg (federação das empre-sas de transportes de carga doestado de minas gerais), van-der francisco costa. tambémesteve presente o presidenteda fdc, Wagner veloso.

para clésio andrade, é cadavez mais necessário o investi-mento em inteligência no setor.“a cnt tem atuado fortementena formação de jovens executi-vos e empresários. tudo isso

dentro da visão do itl, que pen-sa o transporte de forma sistê-mica. estamos no auge, pois te-mos parceria com uma grandeescola mundial”, afirmou após acerimônia. segundo ele, a medi-da propiciará um salto não sónos negócios internos das em-presas, mas também no am-biente externo e na visão sistê-mica do transporte brasileiro.

o presidente da fdc, Wagnerveloso, se mostrou satisfeitocom a parceria. ”a fundaçãoacredita que pode contribuircom o desenvolvimento do paíspor meio das pessoas. felizmen-te, a cnt, o sest senat e o itltambém acreditam e investem

bastante. não poderia dar maiscerto”, comemorou.

vander francisco da costaacredita que a pós-graduaçãopropicia melhoria na qualida-de da gestão do transporte,com maior desenvolvimentodas empresas. “o transportebrasileiro, sobretudo o rodo-viário, tem uma herança de ca-minhoneiros antigos que re-passaram o conhecimento pa-ra seus filhos. não temos exe-cutivos qualificados no setor,com formação superior e pós-graduação”, afirmou. segundoele, o curso vai permitir que osgestores tenham condições deoferecer maior competitivida-

itl forma 4ª turma de especialização em parceria com a fundação dom cabral; 43 alunos concluem o curso em belo Horizonte

por EVIE GONÇALVES

FORMATURA

Gestãointeligente

BELO HORIZONTE cerimônia de enecerramento contou com a presença do presidente da cnt, clésio andrade

Page 57: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2015 57

de na negociação com clientese fornecedores.

Projetos o curso de especialização

em gestão de negócios é umainiciativa para promover a capa-citação executiva dos gestoresdas empresas de transporte etem o diferencial de apresentaras mais modernas técnicas degestão, com aplicabilidade ime-diata, logo após o retorno doexecutivo à empresa, depois deuma semana de encontros pre-senciais. além disso, é exigidoum trabalho de conclusão decurso em que os estudantes de-vem identificar um problema na

empresa ou possibilidade demelhoria na gestão. sob orien-tação de um professor, o traba-lho é desenvolvido em grupo ejá trouxe resultados expressi-vos para diversas empresas detodos os modais.

em belo Horizonte, os temaspropostos pelos alunos varia-ram desde o modelo de utiliza-ção do tipo de frota no trans-porte rodoviário de cargas, pas-sando pela influência da mão deobra nos custos de distribuiçãode cargas fracionadas no esta-do de minas gerais. o diretor derelações internacionais da cnt,Harley andrade, participou daturma e apresentou a proposta

de implantação do escritório derepresentação da cnt na ale-manha. o projeto deve seguir osmoldes do escritório que a con-federação já possui na china.

“o balanço do curso é muitopositivo, assim como a troca deexperiências. a turma colabo-rou para o sucesso. o nosso pro-jeto será aplicado, pois já é umademanda do conselho da cnt eeu tenho certeza de que os de-mais trabalhos também pode-rão ser usados nas empresas.estamos conciliando teoria eprática”, afirmou.

Programao programa começou em

sergio alberto/cnt

2013, com uma turma piloto embrasília (df). em 2014, foramabertas mais quatro turmas,sendo: uma na capital federale outras em são paulo (sp), embelo Horizonte (mg) e no riode Janeiro (rJ). em 2015, ou-tras quatro turmas foram ini-ciadas em são paulo (sp), emrecife (pe), em porto alegre(rs) e em belo Horizonte (mg).as próximas turmas ocorrerãono rio de Janeiro (rJ) e em cu-ritiba (pr). até o momento, fo-ram 360 alunos inscritos equatro turmas concluídas, to-talizando 160 estudantes for-mados e 40 projetos aplicati-vos desenvolvidos. l

BELO HORIZONTE cerimônia de enecerramento contou com a presença do presidente da cnt, clésio andrade

4ª TURMA DE ESPECIALIZAÇÃOE GESTÃO DE NEGÓCIOSProjetos aplicativos

• transporte rodoviário de cargas: modelo de utilização

de tipo de frota

• análise de viabilidade do spin-off de uma unidade de

negócios: o caso gollog

• alinhamento estratégico por meio da comunicação

empresarial: diagnóstico no setor do transporte

rodoviário de cargas de minas gerais

• Qualificação profissional nas empresas de transporte

de minas gerais

• elaboração do planejamento estratégico da fetcemg

(federação das empresas de transportes de carga do

estado de minas gerais)

• influência da mão de obra nos custos de distribuição

de cargas fracionadas no estado de minas gerais

• viabilidade de remuneração variável na empresa

transrefer transportes e logística ltda.

• escritórios de representação: metodologia para

implementação do escritório da cnt na alemanha

Page 58: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201558

Com uma economiabaseada em produtosagropecuários e flo-restais, que repre-

sentam 75% das exportações,o paraguai tem contabilizadosucessivos trimestres de au-mento do seu pib (produto in-terno bruto) nos últimos anos.entre os recursos agrícolas,destacam-se a cana-de-açú-car, o algodão, a soja e o taba-co. o país também produz ce-

reais, milho, erva-mate e man-dioca. a pecuária é muito de-senvolvida, com destaque pa-ra os bovinos. e, para exportaresses produtos, o país investehá anos em infraestrutura etransportes, principalmentepor via fluvial, o que o qualifi-cou como nova alternativa pa-ra o fluxo das exportações daamérica do sul, incluindo omercado brasileiro.

segundo um estudo enco-

mendado pelo jornal para-naense “gazeta do povo”, inti-tulado expedição safra, o bra-sil despacha pelos rios para-guaios uma grande quantida-de de açúcar proveniente dacidade de dourados (ms).coordenador da expedição,giovanni ferreira explica, ementrevista à revista exame,que o país está investindomaciçamente em vias fluviais,concessão de estradas e

alianças público-privadas pa-ra ampliar o acesso aos por-tos fluviais, com o objetivo deduplicar a capacidade detransporte de grãos pelo rioparaguai e aproveitar a cargado brasil. “no passado, os pa-raguaios levavam as cargasao brasil pelo porto de para-naguá (pr) e, agora, querem ircom a carga brasileira e nave-gar pelo rio paraguai até osportos argentinos”, disse.

paraguai investe no hidroviário para se tornar uma alternativa ao transporte de grãos. país avança na produçãoe na infraestrutura logística de escoamento dessa produção

por DIEGO GOMES

AQUAVIÁRIO

Opção novizinho

Page 59: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2015 59

o paraguai deixou de serdependente da estrutura deexportação de grãos do brasile se tornou exemplo de apro-veitamento dos recursos dis-poníveis. o país avança e seconsolida não apenas em pro-dução, mas também em infra-estrutura logística de escoa-mento dessa produção. trata-se de um sistema que já movi-menta milhares de barcaçasnos rios paraná e paraguai,

carregando navios de soja naregião de rosário, na argenti-na. sem acesso ao mar, mascom uma hidrovia em francaestruturação, a logística para-guaia avança em competitivi-dade e vislumbra, no brasil,um cliente em potencial.

paralelamente à retomadados embarques de grãos pelobrasil, no porto de parana-guá, o sistema logístico para-guaio avança para ser uma

tierras baJas/divulgação

alternativa à exportação dasoja brasileira – de matogrosso do sul e possivelmen-te do paraná e de mato gros-so. nesse sentido, o país con-seguiu contornar as restri-ções brasileiras impostas noinício dos anos 2000. À épo-ca, a produção e a exporta-ção de soja começavam a de-colar no país quando o gover-no do paraná anunciou a proi-bição à produção e ao trans-

ESTRATÉGIA objetivo é duplicar a capacidade de transporte de grãos pelo rio paraguai

Hoje são150

rebocadorese 3.000barcaças

Page 60: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201560

GRÃOS o porto de paranaguá é uma das principais portas de saída da soja paraguaia

te ano. isso equivale à meta-de do custo do brasil.

Bom para o Brasilo desenvolvimento fluvial

também contribuiu para a lo-gística de importação para-guaia. entre os produtos maisdemandados no mercado in-terno, destaca-se o cimento,

porto de paranaguá/divulgação

porte de grãos transgênicos,largamente cultivados nopaís vizinho. o porto de para-naguá, a principal porta desaída da soja paraguaia, teriade ser desviado.

“até 2004, toda a logísticaera voltada ao paranaguá. naépoca, o paraguai tinha 16 re-bocadores e 100 barcaças. Ho-je, são 150 rebocadores e pertode 3.000 barcaças, a terceiramaior frota do mundo”, afir-mou mario frutos, vice-minis-tro paraguaio de agricultura, àexpedição safra. de acordocom o estudo, as avaliaçõesdos setores público e privadoindicam que o embarque degrãos pode passar de 5 mi-lhões para 10 milhões de tone-ladas. a movimentação, consi-derando todas as mercadorias,é estimada em 20 milhões detoneladas/ano nos 37 terminaisde embarque. a indústria navalcoloca na hidrovia compostapelos rios paraná e paraguai100 barcaças novas ao ano.

zo estudo também consta-tou que, com 20 a 30 barca-ças, os comboios levam emmédia três dias para chegar

um navio. o custo do escoa-mento fica entre us$ 50 eus$ 100 por tonelada, rela-tam os produtores. por me-lhorias na estrutura disponí-vel e pela demanda por sojade janeiro – quando o para-guai abre a colheita sul-ame-ricana – foi possível travaresse índice em us$ 50/t nes-

aos terminais da região derosário, na argentina, ondeas cargas passam a ser trans-feridas para navios de 60 miltoneladas de grãos. cadabarcaça carrega de 1.200 a5.000 toneladas, dependendodo tamanho da embarcação edo trecho da hidrovia. trêscomboios podem carregar

Page 61: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2015 61

cujo consumo superou a capa-cidade de produção do país e aimportação foi otimizada emfunção do desenvolvimento darede fluvial. "atualmente, setraz cimento pelo rio. as bar-cas que descem para a argen-tina transportam grãos e re-tornam carregadas com pro-dutos para abastecer o merca-

do interno", disse o coordena-dor da expedição.

contudo, todo o trabalho indi-ca para o fato de que a expansãoeconômica paraguaia não deveafetar o mercado brasileiro, umavez que a capacidade de produ-ção e seu sistema hidroviário su-peram o do vizinho. na avaliaçãode ferreira, o paraguai não deixa

de ser uma alternativa logísticapara o brasil, mas só para umaquantidade muito pequena emrelação ao volume das exporta-ções. a capacidade de exporta-ção do brasil, que, na colheita2014-2015, vendeu ao exteriormais de 12 milhões de toneladasde grãos por meio de seus por-tos na região norte, onde parte

da carga exportada chega porvias navegáveis dos rios madei-ra e amazonas, é maior que odobro da dos paraguaios. le-vando em conta os investimen-tos feitos pelo brasil em viasfluviais, a previsão da expedi-ção safra é que tal volume su-perará as 29 milhões de tonela-das em 2020. l

GRÃOS o porto de paranaguá é uma das principais portas de saída da soja paraguaia INVESTIMENTO por ano, são 100 novas barcaças nos rios paraná e paraguai

WiKimedia commons/divulgação

porto de paranaguá/divulgação

Page 62: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201562

SAÚDE NOS PORTOS

o foco do encontro foi odebate das ações voltadaspara o cuidado em saúde naárea portuária, que beneficiao trabalhador dos portos e omotorista de transporte decarga que atua nesse seg-mento. o principal desafiodiscutido entre os partici-pantes foi sobre como incen-tivar esses profissionais parater mais atenção com a pró-pria saúde.

nesse âmbito, duas pales-tras estratégicas foram apre-sentadas pela equipe do sestsenat: 1) “ações do sest senatrelacionadas à saúde dos tra-balhadores do transporte”,ministrada pela coordenadorade promoção social, Jamileantunes; e 2) “saúde do cami-nhoneiro na área portuária”,proferida pelo diretor da uni-dade de são vicente (sp), sér-gio luís pereira.

Jamile antunes apresentouas diversas ações desenvolvi-das pelas unidades da insti-tuição em todo o país. asequipes da entidade promo-vem palestras para a cons-cientização desses profissio-nais, blitze educativas e te-máticas e campanhas nacio-

Oprojeto saúde nosportos pretende al-cançar 6.000 traba-lhadores do trans-

porte com exames gratuitosde saúde nas áreas portuáriasdo país. o novo desafio foianunciado pela diretora-exe-cutiva nacional do sest senat,nicole goulart, durante aabertura do ii seminário de in-tegração sobre saúde e segu-rança na área portuária, reali-zado na sede da antaq (agên-

cia nacional de transportesaquaviários), em brasília, noinício de outubro deste ano.“o acordo de cooperação, fir-mado neste ano com a sep(secretaria de portos da presi-dência da república), previa3.100 atendimentos em dezportos, até julho de 2016. masjá nas primeiras cinco etapasrealizadas, em cinco portos, osest senat alcançou esse nú-mero. por isso, estabelecemosuma nova marca”, afirmou.

segundo nicole goulart, ainstituição entende que “pre-cisa ir, sempre, onde se en-contra o trabalhador”. “com-preendemos que, devido à ro-tina exaustiva de trabalho,muitos profissionais do trans-porte não se preocupam devi-damente com a sua saúde. Éaí que entra o nosso papel,nossa atividade primordial,que é fomentar um cuidadomaior com o bem-estar pes-soal”, destacou a diretora.

por ELISANGELA FREITAS

Expectativasuperada

projeto do sest senat atinge meta antes do prazo e prevê agora alcançar 6.000

trabalhadores portuários atendidos

Page 63: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2015 63

nais. ela falou sobre a impor-tância de participar desse ti-po de evento. “sempre temosa oportunidade de conhecermelhor o perfil do trabalha-dor em transporte e, comoconsequência, atuar de ma-neira mais eficiente e eficazno desenvolvimento das cam-panhas”, afirma.

um dos exemplos sobrecomo é realizado na práticao projeto saúde nos portosfoi apresentado pelo diretor

sérgio pereira, da unidadede são vicente (sp). em doisdias de ação, 7 e 8 de agosto,959 trabalhadores foramatendidos pelo sest senat.com estações montadas noporto de santos (sp), foramoferecidos exames de verifi-cação da glicose, aferição depressão arterial, imc (índicede massa corporal), testesde Hiv, sífilis e hepatite c evacinação. os beneficiáriospassaram ainda por avalia-

ções nutricional, postural,psicológica e bucal. outrasatividades também foramdesenvolvidas, como orien-tações sobre a prevenção dedengue, zoonoses, cessaçãodo tabagismo e palestras so-bre o enfrentamento da ex-ploração sexual infantil. oresultado foi 5.414 atendi-mentos de saúde.

“o objetivo é conseguirorientar o trabalhador paraque ele possa dar atenção à

sua saúde. como ele temmuitos prazos a cumprir, car-regar e descarregar com ho-ra marcada, o tempo é omaior desafio. por isso, en-tendemos que é nosso papele missão nos deslocarmoscom a equipe do sest senataté esse profissional”, expli-ca o diretor.

o secretário de políticasportuárias da sep, fábio la-vor, também celebrou osbons resultados do projeto edeclarou que pretende am-pliar a atuação com o sestsenat. “primeiramente, agra-decemos ao sest senat pelosfrutos que já estamos colhen-do num período bem maiscurto do que imaginávamos.por isso, queremos fortaleceressa parceria, aproveitando acapilaridade da instituição,assim como sua expertise pa-ra levar adiante esse traba-lho”, reforçou.

além do sest senat, da sepe da antaq, o seminário con-tou com a participação de re-presentantes do ministério dasaúde, ministério do trabalhoe emprego, anvisa, secretariade saúde dos estados e políciarodoviária federal. l

antaQ/divulgação

ENCONTRO nicole goulart, diretora-executiva nacional do sest senat, durante o evento na antaq

Page 64: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201564

Além de ser fonte dequalidade de vida e deproporcionar desloca-mentos ecologicamen-

te corretos nas cidades, as bici-cletas também podem ser uminstrumento de socialização.uma prova dessa interação foi aprimeira edição do passeio ci-clístico pedalando, promovidopelo sest senat no último dia 4de outubro, simultaneamente,em 25 cidades de todo país.

no total, 19 mil ciclistas de to-das as idades participaram doevento em brasília (df), são gon-

çalo (rJ), porto velho (ro), salva-dor (ba), manaus (am), são luís(ma), maceió (al), teresina (pi),natal (rn), belém (pa), rio branco(ac), uberlândia (mg), aracaju(se), pelotas (rs), boa vista (rr),João pessoa (pb), cabo de santoagostinho (pe), palmas (to), ma-capá (ap), rondonópolis (mt), fozdo iguaçu (pr), três lagoas (ms),são mateus (es) e sobral (ce).

voltado especialmente parao profissional do transporte, oevento atraiu um público parti-cipativo formado tanto poramadores, como por ciclistas

experientes. Houve ainda sor-teio de brindes, exercícios emgrupo e um espaço para pe-quenos reparos em bicicletas.para a diretora-executiva na-cional do sest senat, nicolegoulart, o objetivo do pedalan-do foi apoiar o uso habitual,correto e seguro das “magre-las”, além de promover a cul-tura da atividade física. “comesse evento, conscientizamoso trabalhador e a população arespeito dos grandes benefí-cios que o esporte proporcionaà saúde”, afirmou.

o percurso médio, em cadacidade, foi de 10 km e teve umclima de descontração, músicae alegria. na capital federal, osol já estava quente quando alargada foi dada. o motoristaantônio cassimiro participoudo evento com entusiasmo. eleficou sabendo do passeio por-que procurou o sest senat parabuscar apoio a um projeto queinsere o ciclismo na realidadedos trabalhadores rodoviários.“o pedalando incentiva a práti-ca de atividades físicas parauma categoria que é vítima de

Pedalsolidário

por EVIE GONÇALVES

passeio reúne 19 mil ciclistas em todo país e proporcionaqualidade de vida para os trabalhadores no transporte

Page 65: Momento ruim

várias sequelas. os rodoviáriossão marcados pelo sedentaris-mo. logo, eventos como essese tornam um divisor deáguas”, acredita.

o motorista domingos fer-reira da silva ficou sabendo dopasseio pelos colegas. ele pe-dala há 20 anos, três vezes porsemana, em trajetos de longadistância. dessa vez, encarouo circuito como lazer e apro-veitou para levar a esposa nil-da borges. “condicionamentofísico é muito importante nanossa categoria. eu me adap-

tei com a bicicleta e não pre-tendo parar tão cedo”.

o passeio não foi um sucessosomente em brasília. em araca-ju, mais de 700 ciclistas respon-deram ao convite e, sobre duasrodas, fizeram um bonito eventoque atraiu autoridades, familia-res dos rodoviários e os mais di-versos profissionais. o colabora-dor da viação progresso, glad-son vieira, não abriu mão da pe-dalada. “eu adoto a bicicleta nodia a dia como atividade física.gostei muito dessa iniciativa. osoutros serviços oferecidos pelo

sest senat para os rodoviárioscomo atendimentos de saúde eodontológicos, fisioterapia, cur-sos, atividades esportivas e delazer também fazem parte daminha realidade”, disse.

em João pessoa, na paraíba,o motorista murilo ramalhodos santos prestigiou o pas-seio e levou os filhos aline, de14 anos, e vitor, de nove anos.“adoro praticar esportes e, em-bora tenha um carro, sempreque posso, prefiro me deslocarde bicicleta. além de realizaruma atividade física saudável,

sest senat/divulgação

FOZ DO IGUAÇÚ passeio contou com ampla participação dos ciclistas na cidade paranaense

“Conscientizamoso trabalhador ea população dosbenefícios doesporte para a saúde”

NICOLE GOULART,diretora-eXecutiva nacional do sest senat

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2015 65

Page 66: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201566

ainda ajudo o meio ambiente”,contou após a pedalada.

o cobrador everaldo balbinotambém participou do evento.“assim que soube, eu me ins-crevi, pois, além de gostar deandar de bicicleta, esse pas-seio foi uma ótima oportunida-de de fazer um exercício físi-co”, disse ele, que já saiu dasua casa conduzindo a magrelaaté o local do evento.

Josivaldo da silva tambémprestigiou o pedalando, fazendosua estreia no ciclismo. “apesarde ter bicicleta já há algum tem-

ARACAJU mais de 700 trabalhadores no transporte participaram do evento BRASÍLIA debaixo de muito sol, ciclistas fizeram passeio descontraído na capital federal

sest senat/diculgação

po, nunca tinha participado deuma pedalada e fiz isso pela pri-meira vez. gostei tanto que jávou procurar me informar sobregrupos ciclísticos”, afirmou omotorista, que ganhou um ca-pacete e uma garrafa no sorteioao final do passeio.

em foz do iguaçu (pr), oevento também teve ampla par-ticipação dos ciclistas. thiagooliveira, de matelândia, foi para acidade exclusivamente para par-ticipar do evento. para ele, a ini-ciativa demonstra a valorizaçãode quem anda de bike. “atual-

mente nós enfrentamos muitodesrespeito no trânsito. os veí-culos não mantêm a distâncianecessária do ciclista e fazem ul-trapassagens perigosas. com es-se aumento do número de even-tos que valorizam quem anda debicicleta, podemos criar umaeducação no trânsito”, pontuou.

Já a iguaçuense mônica san-tos, que havia participado deeventos ciclísticos em outras ci-dades, contou que o passeio foiao encontro da demanda domunicípio. “Quando queremosparticipar de provas, sempre

Instituiçõesde caridadereceberam

21 milkg de

alimentos

Page 67: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2015 67

BRASÍLIA debaixo de muito sol, ciclistas fizeram passeio descontraído na capital federal

sergio alberto/cnt

sergio alberto/cnt

viajamos para cidades próxi-mas. esse evento abre portaspara um novo público que estácom muita vontade de pedalar.esperamos que haja mais en-contros assim durante o ano”,comemorou ao final da prova.

Solidariedadeo passeio ciclístico tam-

bém contribuiu para fazer obem. para se inscrever, osparticipantes precisaramapenas entregar 1 kg de ali-mento não perecível e rece-beram kit com camiseta, nú-

mero de peito personalizadoe adesivo. no total, 21 mil kg dealimentos foram doados a insti-tuições de caridade.

Internetnas redes sociais, a repercus-

são do evento foi grande. o fa-cebook do sest senat recebeucentenas de declarações e fotosdos internautas que participa-ram do pedalando. no total, apágina teve 32 mil pessoas al-cançadas, 3,7 mil visualizações e1,6 mil pessoas postaram ou cur-tiram algum comentário.

markus lima deixou registra-do na página: “um mar de gentedo bem invadiu as ruas de araca-ju. uma bela iniciativa que pro-moveu a integração, conscienti-zação e estimulou a melhor qua-lidade de vida da população. foishow”. Jéssica malacarne come-morou: “foi maravilhoso. vi pes-soas de várias idades, de classessociais diferentes e todos com omesmo objetivo de cuidar da saú-de se divertindo. espero estar nospróximos eventos e poder contri-buir mais uma vez com essa lindainiciativa”, comemorou. l

PARCERIA o motorista domingos ferreira levou a esposa nilda borges

A página doevento no facebookalcançou

32 milinternautas

Page 68: Momento ruim
Page 69: Momento ruim

BOLETIM ESTATÍSTICO

RODOVIÁRIO

malHa rodoviária - eXtensão em Km

TIPO PAVIMENTADA NÃO PAVIMENTADA TOTAL

federal 66.712 12.666 79.378estadual 119.691 105.601 225.292municipal 26.827 1.234.918 1.261.745rede planejada - - 154.192Total 213.230 1.353.185 1.720.607

malHa rodoviária concessionada - eXtensão em Kmadminstrada por concessionárias privadas 19.463administrada por operadoras estaduais 1.195

frota de veículoscaminhão 2.595.165cavalo mecânico 580.264 reboque 1.193.567semi-reboque 845.638ônibus interestaduais 19.923ônibus intermunicipais 57.000ônibus fretamento 25.834ônibus urbanos 107.000

nº de terminais rodoviários 173

infraestrutura - unidades

terminais de uso privativo misto 122

portos 35

frota mercante - unidades

embarcações de cabotagem e longo curso 163

Hidrovia - eXtensão em Km e frota

vias navegáveis 41.635

vias economicamente navegadas 20.956

embarcações próprias 2.055

AQUAVIÁRIO

FERROVIÁRIO

malHa ferroviária - eXtensão em Km

total nacional 30.499total concedida 28.996concessionárias 11malhas concedidas 12

malHa por concessionária - eXtensão em Kmall do brasil s.a. 12.021fca - ferrovia centro-atlântica s.a. 7.854mrs logística s.a. 1.800outras 7.321Total 28.996

material rodante - unidadesvagões 103.517locomotivas 3.472

passagens de nível - unidades total 12.289críticas 2.659

velocidade mÉdia operacionalbrasil 25 km/h eua 80 km/h

AEROVIÁRIO

aeródromos - unidadesaeroportos internacionais 34aeroportos domésticos 29outros aeródromos - públicos e privados 2.387

aeronaves registradas no brasil - unidadestransporte regular, doméstico ou internacional 669 transporte não regular: táxi aéreo 1.579privado 8.825outros 8.328Total 19.401

MATRIZ DO TRANSPORTE DE CARGAS

MODAL MILHÕES (TKU) PARTICIPAÇÃO (%)

rodoviário 485.625 61,1

ferroviário 164.809 20,7

aquaviário 108.000 13,6

dutoviário 33.300 4,2

aéreo 3.169 0,4

Total 794.903 100

Page 70: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201570

BOLETIM ECONÔMICO

Orçamento Fiscal da União e Orçamento das Estatais (Infraero e Cia Docas)

* veja a versão completa deste boletim em www.cnt.org.br

8

INVESTIMENTOS FEDERAIS EM INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE*

EVOLUÇÃO DO INVESTIMENTO FEDERAL EM INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE

Observações:

(1) expectativa de crescimento do pib para 2014 e 2015.

(2) taxa selic conforme copom 02/09/2015 e boletim focus.

(3) inflação acumulada no ano e expectativas segundo o boletim focus.

(4) posição dezembro/2014 e setembro/2015 em us$ bilhões.

(5) câmbio de fim de período, média entre compra e venda.

(6) saldo da balança comercial até setembro/2015.

* a taxa de crescimento do pib para 2014 diz respeito ao desempenho econômico entre janeiro e dezembro de 2014, os

valores de 2015 referem-se ao valor acumulado no 2º trimestre de 2015 a preços de mercado.

Fontes: receita federal, siga brasil - senado federal, ibge e focus (relatório de mercado 02/10/15),banco central do brasil.

Investimentos em transporte da União por Modal (Total Pago acumulado até setembro/2015 (R$ 7,44 bilhões)

1,29(17,3%)

CONJUNTURA MACROECONÔMICA - SETEMBRO/2015

2014 Acumuladoem 2015

Expectativapara 2015

Expectativapara 2016

pib (% cresc a.a.)1 0,15* -2,07 -2,85 -1,00

selic (% a.a.)2 11,75 14,25 14,25 12,50

ipca (%)3 6,41 7,64 9,53 5,94

balança comercial6 -4,04 10,24 12,00 24,00reservas internacionais4 363,55 361,37 - -

câmbio (r$/us$)5 2,65 3,91 4,00 4,00

rodoviário ferroviário aquaviário aéreo

8,06,0

R$ bilhões correntes

4,02,0

10,0

18,0

14,016,0

12,0

rodoviário ferroviário aquaviário aéreoinvestimento total

2010 2011 2012 2013 2014

Fonte: orçamento fiscal da união e orçamento de investimentos das empresas estatais (siga brasil - senado federal)

1,51(20,3%)

0,17(2,3%)

Investimento Total

2010

15,6 15,3 13,5 13,7 15,4

rodoviário 10,3 11,2 9,4 8,4 9,1ferroviário 2,5 1,6 1,1 2,3 2,7aquaviário (união+cia docas) 1,3 0,7 0,4 0,2 0,3aéreo (união+infraero) 1,5 1,8 2,7 2,9 3,3

2011 2012 2013 2014

ORÇAMENTO FISCAL DA UNIÃO E ORÇAMENTODAS ESTATAIS (INFRAERO E CIA DOCAS)

(valores em r$ bilhões correntes)

0

Investimentos em Transporte da União(Orçamento Fiscal)

(dados acumulados até setembro/2015)

autorizado total pagovalores pagos do exercício

obs.: o total pago inclui valores pagos do exercício atual e restos a pagar pagos de anos anteriores.

20

15

R$ bilhõe

s

10

5

0

25

1,54

15,41

Fonte: orçamento fiscal da união e orçamento de investimentos das empresas estatais (siga brasil - senado federal).

restos a pagar pagos

autorizado união 15.417,63dotação das estatais (infraero e cia docas) 2.390,80Total de Recursos Disponíveis 17.808,44

rodoviário 4.474,28ferroviário 1.289,62aquaviário (união + cia docas) 376,92aéreo (união + infraero) 2.149,03Investimento Total (Total Pago) 8.289,85

Notas: (A) atualizado em 01.10.2015 com dados acumulados (siga brasil) até 30.09.2015.

(B) para fins de cálculo do investimento realizado, utilizou-se o filtro gnd = 4 (investimento).

(C) os investimentos em transporte aéreo passaram a incorporar os desembolsos realizados para melhoria e

adequação dos sistemas de controle de tráfego aéreo e de navegação, descrito nas ações 20Xv, 118t,3133, e 2923.

RECURSOS DISPONÍVEIS E INVESTIMENTO FEDERALORÇAMENTO FISCAL E ESTATAIS (INFRAERO E CIA DOCAS)

(r$ milhões correntes - acumulados até setembro de 2015)

7,445,89

Recursos Disponíveis

Investimento Realizado

4,47(60,1%)

Page 71: Momento ruim

INVESTIMENTO PÚBLICO FEDERAL EM INFRAESTRUTURADE TRANSPORTE POR ESTADOS E REGIÕES

(valores em r$ milhões correntes)1

orçamento fiscal (total pago2 por modal de transporte)

Notas:(1) foram utilizados os seguintes filtros: função (26), subfunção (781=aéreo, 782=rodoviário, 783=ferroviário, 784=aquaviário), gnd (4=investimentos). para a subfunção 781 (aéreo),não foi aplicado nenhum filtro para a função. fonte: siga brasil (execução do orçamento fiscal da união).(2) o total pago é igual ao valor pago no exercício acrescido de restos a pagar pagos.(3) o valor investido em cada região não é igual ao somatório do valor gasto nos respectivos estados. as obras classificadas por região são aquelas que atendem a mais de umestado e por isso não foram desagregadas. algumas obras atendem a mais de uma região, por isso recebem a classificação nacional. (4) as obras foram classificadas pelo critério de maior desembolso (valor pago + restos a pagar pagos) em 2015.(5) ações de infraestrutura de transporte contempladas com os maiores desembolsos do orçamento fiscal da união no acumulado de janeiro a setembro de 2015.(6)os valores expressos na tabela dizem respeito apenas ao total pago pela união no período em análise. não foram incluídos os desembolsos realizados pelas empresas estatais.(7) as ações orçamentárias são definidas como operações das quais resultam produtos (bens ou serviços) que contribuem para atender o objetivo de um programa segundo omanual de técnico de orçamento 2015.

REGIÕE

S3Ranking

Para consultar a execução detalhada, acesse o link http://www.cnt.org.br/Paginas/Boletim-economico.aspx

Ordem R$ milhões6

1º2º3º4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º

Elaboração: elaboração: confederação nacional do transporte*orçamento fiscal da união, atualizado em 01.10.2015 com dados acumulados (siga brasil) até 30.09.2015.

Rodoviário Ferroviário Aquaviário Aéreo Totalacre 49,28 0,00 0,00 0,46 49,74alagoas 123,63 0,00 0,00 0,00 123,63amazonas 0,02 0,00 22,68 2,32 25,01amapá 49,05 0,00 0,00 0,00 49,05bahia 364,38 0,83 0,00 8,31 373,52ceará 43,90 0,00 0,00 0,00 43,90distrito federal 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00espírito santo 26,03 0,00 0,00 0,02 26,05goiás 54,34 22,53 0,00 4,81 81,68maranhão 97,81 0,00 10,16 0,17 108,15minas gerais 406,23 0,00 0,00 0,54 406,76mato grosso do sul 55,15 0,00 0,00 0,00 55,15mato grosso 93,13 0,00 0,00 1,66 94,79pará 173,33 0,00 1,13 0,00 174,46paraíba 12,65 0,00 0,00 0,15 12,79pernambuco 173,83 0,00 0,00 3,35 177,19piauí 1,00 0,00 0,00 0,00 1,00paraná 70,58 0,00 0,00 0,36 70,94rio de Janeiro 64,98 0,00 0,00 0,55 65,53rio grande do norte 5,39 0,00 0,00 0,00 5,39rondônia 19,82 0,00 0,00 0,49 20,31roraima 36,54 0,00 0,00 0,14 36,68rio grande do sul 246,42 0,00 16,79 0,38 263,59santa catarina 309,17 0,00 56,75 0,00 365,92sergipe 66,92 0,00 0,00 0,00 66,92são paulo 2,19 100,99 2,08 0,00 105,27tocantins 73,34 0,76 0,00 0,01 74,11centro oeste 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00nordeste 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00norte 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00sudeste 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00sul 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00nacional 1.855,14 1.164,51 58,03 1.488,14 4.565,82Total 4.474,28 1.289,62 167,62 1.511,86 7.443,37

Estados

manutenção de trechos rodoviários na região nordeste 654,83manutenção de trechos rodoviários na região norte 488,84manutenção de trechos rodoviários na região sul 456,82construção da ferrovia de integração oeste-leste - lhéus - caetite - ba 421,06construção da ferrovia norte-sul ouro verde de goiás - são simão - go 330,02manutenção de trechos rodoviários na região centro - oeste 319,50manutenção de trechos rodoviários na região sudeste 302,94adequação de trecho rodoviário - porto alegre - pelotas - na br - 116/rs 202,81ferrovia transnordestina - participação da - união 200,00controle de velocidade na malha rodoviária federal 183,98Total 3.560,78Part. (%) no Total Pago do Orçamento Fiscal da União até setembro - 2015 47,8%

Ações orçamentárias7maiores desembolsos4 (total pago acumulado até setembro de 2015)5

Page 72: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201572

DESPOLUIR

a confederação nacional do transporte (cnt) e o sest senatlançaram em 2007 o programa ambiental do transporte -despoluir, com o objetivo de promover o engajamento decaminhoneiros autônomos, taxistas, trabalhadores em trans-porte e da sociedade na construção de um desenvolvimentoverdadeiramente sustentável.

PROJETOS

• redução da emissão de poluentes pelos veículos • incentivo ao uso de energia limpa pelo setor transportador • aprimoramento da gestão ambiental nas empresas, garagens e

terminais de transporte• cidadania para o meio ambiente

INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES

para participar do projeto redução da emissão de poluentes pelos veículos, entre em contato com a federação que atende o seu estado.

BOLETIM DO DESPOLUIR

Carga(empresas)

fetramazfetracanfenatacfetcemgfetransparfetranscargafetransulfetrancescfetcespfecam-spfecam-scfecam-rsfecam-rJfetac-prfetac-mgfetranortefetronorfetrans*fetrasulfetramfetramarfepascfetransporfetergsfetransportesfetrabase

ac, am, ap, pa, ro e rral, ce, ma, pb, pe, pi, e rn

df, go, ms, mt e tomgprrJrsscspspscrsrJprmg

ac, am, ap, pa e rral, pb, pe e rn

ce, pi e madf, go, sp e to

mgms, mt e ro

pr e scrJrses

ba e se

raimundo augusto de araújo Jorge do carmo ramospatrícia dantemarta gusmão moraissolange caumorenato nerycarlos beckerrodrigo odasandra caraviericlaudinei natal pelegriniJean biazottodanna campos vieirathompson bahiensefelipe cuchabaregiane reisrafhael pinaadriana fernandes diasmarcelo brasilvilma silva de oliveiramilene rodrigues souzacarlos alberto da silva corsoroberto luiz Harth t. de freitasguilherme Wilsonaloisio bremmJoão paulo da f. lamascleide da silva cerqueira

(92) 3658-6080(81) 3441-3614(61) 3361-5295(31) 3490-0330(41) 3333-2900(21) 3869-8073(51) 3374-8080(48) 3248-1104(11) 2632-1010(19) 3585-3345(49) 3222-4681(51) 3232-3407(21) 3495-2726(42) 3027-1314(31) 3271-9837(92) 3584-6504(84) 3234-2493(85) 3261-7066(62) 3233-0977(31) 3274-2727(65) 3027-2978(41) 3244-6844(21) 3221-6300(51) 3228-0622(27) 2125-7643(71) 3341-6238

[email protected]@[email protected]@[email protected]@[email protected]@[email protected]@[email protected]@[email protected]@hotmail.comcoordenadoradespoluir@[email protected]@[email protected]@[email protected]@[email protected]@[email protected]@[email protected]

Carga e Passageiros

Carga(autônomos)

Passageiros

FEDERAÇÃO UFs ATENDIDAS COORDENAÇÃO TELEFONE E-MAILSETOR

ESTRUTURA RESULTADOS AVALIAÇÕES AMBIENTAIS - Acumulado 2007-2015 (até setembro)

RESULTADOS DO PROJETO DE REDUÇÃO DAS EMISSÕES DE POLUENTES PELOS VEÍCULOS *

* dados preliminares sujeitos a alterações.

* a fetrans corresponde à antiga cepimar, conforme atualização em julho de 2015.

PUBLICAÇÕES DO DESPOLUIR

1.600.0001.400.0001.200.0001.000.000800.000600.000400.000200.000

020074.734

1.433.065

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

federações participantes 27

avaliações ambientais (setembro/2015) 1.433.065

aprovação no período 86,25%

empresas atendidas 12.562

caminhoneiros autônomos atendidos 14.199unidades de atendimento

92

Page 73: Momento ruim

Materiais institucionais do Despoluir

folder e portfólio

Sondagem CNT de Eficiência Energética no Transporte Rodoviário de Cargasidentifica as perspectivas dos transportadores sobre o assunto e as medidas que podem ser implementadas para a redução do consumo de combustível, para a conservação dos recursosnaturais e para a diminuição das emissões e dos custos das empresas.

PUBLICAÇÕES DO DESPOLUIR

conheça as diversas publicações ambientais disponíveis para download no site do DESPOLUIR:

Caderno Oficina Nacional Transportee Mudanças Climáticasexibe o resultado dos trabalhos de 89representantes de 56 organizações,com recomendações referentes à mitigação das emissões, mobilidadeurbana, transferência modal e tecnologias veiculares.

A Fase P7 do Proconve e o impacto no Setor de Transporteapresenta as novas tecnologias e as implicações da fase p7 para os veículos, combustíveis e para o meio ambiente.

Caminhoneiros no Brasil: RelatórioSíntese de Informações Ambientais –autônomos e empregados de frotapresta informações econômicas, sociais, financeiras e ambientais dos profissionais deste setor de transporte.

A mudança Climática e o Transporte Rumo à COP 15

apresenta a sua contribuição para a atuação da delegação

brasileira na conferência das partes das nacões

unidas para mudança do clima.

Sondagem Ambiental do Transporte

demonstra as ações ambientais desenvolvidas pelas empresas

de transporte rodoviário.

Procedimentos para preservação da qualidade

do Óleo Diesel Belaborada para auxiliar

a rotina operacional dos transportadores, apresentando

subsídios a adoção de procedimentos para garantir a

qualidade do óleo diesel b.

Seminário Internacional sobre Reciclagem de Veículos

e Renovação de Frotaapresenta as diretrizes

levantadas sobre o assunto noevento realizado pela cnt com aparticipação de especialistas da

espanha, argentina e méxico.

A Adição do Biodiesel e a Qualidade do Diesel no Brasildescreve as implicações da adição de biodiesel ao diesel fóssil e a avaliação quanto ao consumo e manutenção dos veículos.

para saber mais: www.cntdespoluir.org.br

Série educativa de cartilhas com temas ambientais• os impactos da má qualidade do óleo diesel brasileiro

• meio ambiente: responsabilidade de cada um • caminhoneiro amigo do meio ambiente

• Queimadas: o que fazer?• lixo: faça a sua parte! • aquecimento global

• plante árvores

8

Page 74: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201574

diesel 49,23 52,26 55,90 58,57 60,03

gasolina 29,84 35,49 39,69 41,42 44,36

etanol 15,07 10,89 9,85 11,75 12,99

CONSUMO DE ÓLEO DIESEL POR MODAL DE TRANSPORTE (em milhões de m3)

CONSUMO TOTAL POR TIPO DE COMBUSTÍVEL (em milhões de m3)*

* inclui consumo de todos os setores (transporte, indústria, energia, agricultura, etc).** dados atualizados em 25 de setembro de 2015.

2010MODAL 2011 2012 2013 2014

TIPO 2010 2011 2012 2013 2014 CONSUMO PARCIAL - 2015 (até agosto)**

BOLETIM AMBIEN TAL

BIODIESEL PRODUÇÃO ANUAL DE BIODIESEL - B100 (em mil m3)

• biodiesel é um combustível biodegradável de-rivado de fontes renováveis como óleos vege-tais e gorduras animais.

• as principais matérias-primas do biodieselproduzido no brasil são a soja (76,6%), o sebobovino (19,7%) e óleo de algodão (1,2%).

• atualmente, o diesel comercializado no brasilé o b7, isto é, composto por 7% de biodiesel e93% de diesel de petróleo, em volume.

4.000

3.500

3.000

2.500

2.000

1.500

1.000

500

02010

2.386 2.673 2.717 2.917

3.420

2.617

2011 2012 2013 2014 2015

rodoviário 34,46 36,38 38,60 40,60 41,40

ferroviário 1,08 1,18 1,21 1,20 1,18

Hidroviário 0,13 0,14 0,16 0,18 0,18

Total 35,68 37,71 39,97 41,99 42,77

PARTICIPAÇÃO DAS EMISSÕES DE CO2 POR SETOR

outros setores3,0%

Rodoviário7,8%

Aéreo0,5%

Outros meios de transporte0,4%

gasolina35%

diesel50%

etanol15%

CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS NO BRASIL

45

05

10152025303540

2010 2011 2012 2013 2014

CONSUMO DE ÓLEO DIESEL - 2010 A 2014

rodoviário ferroviário Hidroviário

(até agosto)

industrial8,9%

geração de energia3,1%

Transporte 8,7%

mudança no uso da terra

76,3%

Page 75: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2015 75

• proconve - programa de controle de polui-ção do ar por veículos automotores. criadopelo conama, tem o objetivo de reduzir econtrolar a contaminação atmosférica ge-rada pelos veículos automotores. o progra-ma tem como base a regulamentação prati-cada na união europeia (euro) para veícu-los pesados.

* de acordo com o artigo 5º da resolução anp nº 50 de 23.12.2013, o diesel s500 é comercializado obrigatoriamente em todo território nacional, salvo em determinados municípios e regiões metropolitanas. no entanto, constata-se que o s10 já é comercializado em todos os estados brasileiros.

TEOR DE ENXOFRE NO DIESEL - BRASIL E MUNDO

MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO ÓLEO DIESEL

p1 p2 p3 p4 p5 p6 p7s (ppm)

10

fasespaíses

brasil*Japão

união europeia

austrália

eua

rússia

china

méxico

índiaáfrica do sul

50

euro

proconve

500 - 2000

15

viviiiiii0-

NÚMERO DE POSTOS QUE COMERCIALIZAM DIESEL S10 POR ESTADO - MARÇO 2015

5.000

4.500

4.000

3.500

3.000

2.500

2.000

1.500

500

1.000

0ac

95 290 226 40

1.223 914

176404

810676

2.082

418 657 675 354

1.002

422

1.575

951

278 31551

1.8691.369

199 233

4.518

al am ap ba ce df es go ma mg ms mt pa pb pe pi pr rJ rn ro rr rs sc se sp to

NÃO-CONFORMIDADES POR NATUREZA NO ÓLEO DIESEL - BRASIL - AGOSTO 2015

(*) aspecto: número total de amostras e percentual de reprovação:

norte, 77 (1,3%); nordeste, 0 (0,0%); centro-oeste, 435 (0,2%);

sudeste, 1.153 (0,3%) e sul, 480 (0,3%).

outros,4,2% aspecto, 0,0% *

corante, 0,0%

ponto de fulgor,39,6%

teor de biodiesel,29,2%

enxofre,27,1%

Page 76: Momento ruim

para saber mais: www.cntdespoluir.org.br

EFEITOS DOS PRINCIPAIS POLUENTES ATMOSFÉRICOS DO TRANSPORTE

Poluentes Principais fontes CaracterísticasEfeitos

Saúde humana Meio ambiente

resultado da queima de combustíveis e de processos industriais1.

gás incolor, inodoro e tóxico.

diminui a capacidade do sangue em transportar oxigênio. em grandes quantidades pode levar à morte.

dióxido de carbono

(co2)

provoca confusão mental, prejuízo dos reflexos, inconsciência, parada das funções cerebrais.

metano (cH4)

resultado da queima de combustíveis, além de atividadesagrícolas, pecuária, aterros sanitários e processos industriais1.

gás tóxico, incolor, inodoro.explosivo ao adicionar a água.

causa asfixia se inalado, além de paradacardíaca, inconsciência e até mesmo danos no sistema nervoso central.

aldeídos(rcHo)

resultado da queima de combustíveis e de processos industriais1.

composto por aldeídos, cetonas e outros hidrocarbonetos leves.

causa irritação das mucosas, vômitos e perda de consciência. aumenta a sensibilidade da pele. causa lesões no esôfago, traqueia e trato gastro-intestinal.

óxidos de nitrogênio

(nox)

formado pela reação do óxido denitrogênio e do oxigênio reativopresentes na atmosfera e pormeio da queima de biomassa ecombustíveis fósseis.

o no é um gás incolor, solúvel emágua; o no2 é um gás de corcastanho-avermelhada, tóxico eirritante;o n2o é um gás incolor,conhecido popularmente comogás do riso.

o no2 provoca irritação nos pulmões. É capaz de provocar infecções respiratórias quando em contato constante.

gases de efeito estufa quecausam o aquecimento global.estes óxidos, em contato com aumidade do ar, formam ácidoscausadores da chuva ácida.

dióxido de enxofre(so2)

resultado da queima de combustíveis e de processos industriais1.

gás denso, incolor, não-inflamávele altamente tóxico.

provoca irritação e aumento na produção de muco, desconforto na respiração e agravamento de problemas respiratórios e cardiovasculares.

ozônio (o3)

poluente secundário, resultado dereações químicas em presença daradiação solar. os hidrocarbonetosnão-metano (nmHc) são precursoresdo ozônio troposférico.

gás azulado à temperatura ambiente, instável, altamentereativo e oxidante.

provoca problemas respiratórios, irritação aos olhos, nariz e garganta.

causa destruição de bioma e afeta o desenvolvimento de plantas e animais, devido a suanatureza corrosiva.

material particulado(mp)

resultado da queima incompletade combustíveis e de seus aditivos, de processos industriaise do desgaste de pneus e freios.

1 processos industriais: processos químicos ou mecânicos que fazem parte da fabricação de um ou vários itens, usualmente em grande escala.

material escuro, composto de partículas de diferentes dimensões.sua ocorrência está relacionada a queima do diesel.

causa irritação no nariz e garganta. está relacionado a doenças respiratórias enos casos mais graves, ao câncer de pulmão.

altera o pH, os níveis de pigmentação e a fotossíntese das plantas.

causa o aquecimento global,por ser um gás de efeito estufa.

monóxido de carbono

(co)

CONTRIBUIÇÃO RELATIVA DE CADA CATEGORIA DE VEÍCULOS NA EMISSÃO DE POLUENTES - BRASIL

100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%co

comerciais leves

nmHc noX mp cH4 rcHo

caminhões semileves

caminhões leves

caminhões médios

caminhões semipesados

caminhões pesados

ônibus urbanos

micro-ônibus

motocicletas

ônibus rodoviários

automóveis

co - monóxido de carbono; mp - material particulado incluindo o mp proveniente da combustão e do desgaste do veículo; nmHc - hidrocarbonetos não-metano; cH4 - metano; nox – óxidos de nitrogênio; rcHo - aldeídos

8

Page 77: Momento ruim
Page 78: Momento ruim

não faltam. segundo a organi-zação mundial da saúde, umaredução de apenas 5% na ve-locidade média resulta em até30% menos acidentes fatais.as reduções de velocidadenas marginais pinheiros e tie-tê, em são paulo de 90km/hpara 70km/h equivalem a umadiminuição de 40% da ener-gia do impacto do acidente, oque pode ser a diferença en-tre a vida e a morte. na no-ruega, a redução do limite develocidade em vias urbanasde 60 km/h para 50 km/h di-minuiu em 45% os acidentesfatais. em zurique, essa mes-ma redução resultou em 25%menos mortes.

cidades que reduziramseus limites de velocidadesão beneficiadas também poruma maior fluidez nos horá-rios de congestionamento. oargumento de que a reduçãode velocidade prejudica afluidez já foi posto a prova erefutado não só em são pau-lo, mas também em outras ci-dades do mundo. um mêsapós a adoção da medida nasmarginais, foi registrada umaredução de 30% nos aciden-tes com vítima e de 10% nos

congestionamentos nessasvias. na prática, a medidapouco afeta a capacidadeviária e resulta em um acrés-cimo de apenas dois minutosem uma viagem de 10 km semcongestionamento. a redu-ção do limite de velocidadede 80 km/h para 70 km/h noanel viário de paris diminuiuem até 15% o tempo de via-gem no horário de pico. aorepensar seu ambiente urba-no, nova iorque também ob-teve um aumento na veloci-dade operacional de até 13%.

apesar da comprovadaefetividade da medida, osexemplos de cidades brasi-leiras que optaram pela re-dução da velocidade dasvias ainda são poucos. paradiminuir as mortes no trân-sito, o poder público devepriorizar medidas que pro-tejam motoristas, pedestrese ciclistas. a decisão de va-lorizar a segurança e dimi-nuir a velocidade já foi to-mada por 114 países ao redordo mundo, que devem servircomo inspiração para quecada vez mais cidades brasi-leiras se tornem mais segu-ras e mais humanas.

TEMA DO MÊS A influência da diminuição da velocidade na redução de congestionamentos e de acidentes de trânsito nas cidades brasileiras

MARTA OBELHEIRO coordenadora de projetos de saúde e segurança viária do Wri brasilcidades sustentáveis

“para diminuir as mortes no trânsito, o poder público deve priorizarmedidas que protejam motoristas, pedestres e ciclistas”

Por um limite seguro de velocidade

Obrasil está em 4º lu-gar entre os paísesque mais matam notrânsito. só em 2013,

foram 42.266 vidas perdidas.a redução dos limites de velo-cidade em áreas urbanas éuma medida que comprova-damente salva vidas e nãoimplica em aumento de con-gestionamento.

no brasil, a cidade de sãopaulo tem sido pioneira. Járeduziu as velocidades dasmarginais tietê e pinheiros eplaneja reduzir a velocidadede todas as vias arteriais pa-ra 50 km/h até o final do ano.a cidade também tem imple-mentado o projeto área 40nas regiões com grande mo-vimentação de pedestres eciclistas, onde o limite de ve-locidade é 40 km/h. outra ci-dade brasileira que esboçainiciativas nesse sentido éJoinville, que, recentemente,incorporou o compromissode reduzir o limite para até50 km/h às ações prioritáriasdo seu plano de mobilidade.

com velocidades mais bai-xas, há uma redução significa-tiva de lesões e mortes notrânsito. exemplos no mundo

MARTA OBELHEIRO

Page 79: Momento ruim

A influência da diminuição da velocidade na redução de congestionamentos e de acidentes de trânsito nas cidades brasileiras

Queda de 36% no nú-mero de acidentes queprovocariam mortes eferimentos e de 21%

em ocorrências que gerariamperdas materiais. esses são osresultados iniciais das reduçõesde velocidade implementadasnas marginais dos rios tietê epinheiros, na capital paulista.

uma notícia ainda mais re-cente e igualmente significati-va se refere às ocorrências emtoda a cidade. evitamos 118mortes nos seis primeiros me-ses deste ano em comparaçãocom o mesmo período de 2014.foram 519 óbitos, a menormarca nos últimos dez anosque representa uma diminui-ção de 18,5%. especificamenteem junho, diminuímos o índicede mortes a cada 100 mil habi-tantes de 10,35 para 9,45, dian-te de um índice nacional supe-rior a 20. e nossas ações sãopara reduzir cada vez mais es-ses números.

no caso específico das mar-ginais, comparando as sema-nas de 20 de julho - quando en-traram em vigor as velocida-des mais seguras - a 13 de se-tembro de 2015 com igual pe-ríodo do ano passado, evita-

junho, dez perímetros de circu-lação denominados “área 40”.são circuitos de tráfego em quea velocidade máxima é de 40km/h. com isso, as mortes caí-ram 71% na região central.

a questão vai muito alémde uma decisão de diminuirvelocidades. a secretaria detransportes, seguindo deter-minação do prefeito fernan-do Haddad, está implemen-tando um dos mais amplos eimportantes planos de mobi-lidade dos últimos anos.

instalamos 326 espaços dofrente segura – são áreas de-marcadas nas vias destinadasa motos e bicicletas, junto aossemáforos, para que possamentrar em movimento antesdos demais veículos nas aber-turas do sinal verde.

temos o programa cet noseu bairro, incorporado ao pre-feitura no bairro. instalamos oureformamos 5.055 faixas de pe-destres e revitalizamos 1.110 cru-zamentos que possuem semáfo-ros. desenvolvemos diversasatividades educativas de trânsi-to com cursos presenciais paraprofissionais de educação e es-tudantes. desde o início de 2013,atendemos 290 mil pessoas.

JILMAR TATTO secretário municipal de transportes e mestre em ciências pela escolapolitécnica da usp

Segurança conquistada e planejamento

“evitamos 118 mortes nos seis primeiros meses deste ano em comparaçãocom o mesmo período de 2014. foram 519 óbitos, a menor marca em 10 anos”

mos 80 ocorrências que teriamvítimas fatais e outras 109 queresultariam em prejuízos. fo-ram registradas 1.180 colisõescom vítimas, houve 1.399 feri-dos e 73 mortos.

apoiados em estudos pró-prios, a secretaria municipal detransportes resolveu limitar asvelocidades nessas duas vias,que são as mais utilizadas nomunicípio. nossas iniciativasainda levam em conta experiên-cias internacionais. um trabalhoda u.K. department of transport(do reino unido) revela que umimpacto a 64 km/h tem 85% dechances de provocar mortes.se for a 48 km/h, a possibilidadede morte cai para 45%.

as alterações nas marginaisestão, também, melhorando afluidez do trânsito. em 2015,são 8% menos congestiona-mentos em comparação com2014. Há, inclusive, reflexos demelhoria na cidade com umdeclínio de 6% nas lentidões.

desde o início de 2013, exe-cutamos o programa de prote-ção à vida, o ppv, em respeitoao plano nacional de mobilida-de, em que o pedestre tem aprioridade no trânsito.

nesse âmbito, criamos, até

JILMAR TATTO

Page 80: Momento ruim

ALEXANDRE GARCIA

Page 81: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2015 81

erguntam-me o que mais consome dinheiropúblico: a corrupção ou a má gestão. talvez haja empate entre esses dois malesnacionais. os ex-ministro delfim netto, de-pois das duas vezes em que comandou afazenda e o planejamento, dizia, quandoera constituinte, em 1988, que o dinheiro

público é gasto em três destinos: um terço emcorrupção, um terço desperdiçado pela má ges-tão e um terço, enfim, aplicado corretamente nafinalidade original. de lá para cá, percebe-se quenada mudou. pode-se aplicar a tese irônica do ex-deputado em administrações municipais, esta-duais e federal, com suas estatais, autarquias eagências – sem, é claro, generalizar.

mas é bom considerar que corrupção e má gestãosão complementares. talvez sejam irmãs gêmeas,geradas pela impunidade e nutridas no útero da pas-sividade de nós todos. talvez estejamos mais preocu-pados com o futebol, que nos dá mais alegrias. vejama refinaria abreu e lima em pernambuco. como sal-ta de r$ 4 bilhões para r$ 24 bilhões? seriam os pro-jetistas de uma indústria química tão maus enge-nheiros? ou se misturou, aí, a engenharia da esperte-za para substituir a expertise? citei um exemplo quepode ser aplicado a conhecidas obras em rodovias eportos. dessa forma, podemos imaginar, aplicandodelfim, que, com recursos públicos para construir 100quilômetros de estrada, poderiam ser feitos 300 qui-lômetros. e ainda tem o agravante de que a obra é pa-ralisada porque a verba orçada para finalizá-la se es-gotou antes da sua concretização.

agora, a operação lava Jato sacode o país eentra em rodas de conversa onde, antes, o assun-to único era futebol. sobretudo revela uma nova

geração de delegados federais, integrantes do mi-nistério público e juízes que põem a lei e a éticacomo bandeira a marcar os novos rumos. maseles seriam apenas algumas estrelas no firma-mento, ainda que capazes de nos mostrar o rumo.será preciso que cada um de nós se torne um cru-zado da lei e da ética. parece um idealismo utópi-co essa ideia, mas, fora disso, nosso destino serátrágico. e essa mudança, é claro, tem que come-çar em casa, nas escolas. nas empresas, nas ur-nas. o país só conseguirá sobreviver se resgatar asi próprio, pois não virão salvadores. aliás, umpaís debililado vira presa fácil de salvadores, po-pulistas aproveitadores.

nossos legisladores têm que ser pressionadosa mudar leis que beneficiam criminosos. a políciaestá cansada de prender assaltante pela quintavez. eles voltam às ruas depois de presos, não porculpa da polícia ou do juiz, mas porque a lei man-da – assim como corruptos mantêm a liberdade ea fortuna por causa de leis que criam recursos in-finitos em todas as instâncias judiciais, enquantoos anos vão passando. e bandidos de bermuda ede gravata continuam a assaltar.

nossos jovens, hoje, recebem dos adultos edas instituições nacionais a lição de que o crimecompensa, porque bandidos de todos os calibresenriquecem e se livram da cadeia. É preciso tro-car de lição e voltar ao velho e bom princípio deque o crime não compensa. e deixar bem claroque não existe dinheiro público, mas sim dinhei-ro do público. vamos sentir a diferença na segu-rança pública, nos portos, nas rodovias, porque odinheirão que pagamos em impostos terá um po-der de compra multiplicado por três.

P

“É preciso trocar de lição e voltar ao velho princípio de que o crime não compensa.e deixar bem claro que não existe dinheiro público, mas sim dinheiro do público”

Corrupção e administração

ALEXANDRE GARCIA

Page 82: Momento ruim

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201582

CNTCONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE

PRESIDENTE clésio soares de andrade

PRESIDENTE DE HONRAJosé fioravanti

VICE-PRESIDENTES DA CNTTRANSPORTE DE CARGAS

newton Jerônimo gibson duarte rodriguesTRANSPORTE AQUAVIÁRIO, FERROVIÁRIO E AÉREO

meton soares Júnior TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Jacob barata filho TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

José da fonseca lopes

PRESIDENTES DE SEÇÃO E VICE-PRESIDENTES DE SEÇÃOTRANSPORTE DE PASSAGEIROS

eurico divon galhardi paulo alencar porto limaTRANSPORTE DE CARGAS

flávio benatti pedro José de oliveira lopes TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

edgar ferreira de sousaTRANSPORTE AQUAVIÁRIO

glen gordon findlayedson palmesan TRANSPORTE FERROVIÁRIO

rodrigo vilaçaJoubert fortes flores filho TRANSPORTE AÉREO

eduardo sanovicz Wolner José pereira de aguiar

CONSELHO FISCAL (TITULARES)luiz maldonado marthos José Hélio fernandesJerson antonio pícoli

CONSELHO FISCAL (SUPLENTES)andré luiz zanin de oliveira José veronez andré luis costa

DIRETORIATRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS

luiz Wagner chieppe alfredo José bezerra leite

lelis marcos teixeira

José augusto pinheiro

victorino aldo saccol

eudo laranjeiras costa antônio carlos melgaço Knittel José luís santolin francisco saldanha bezerra João rezende filhodante José gulin mário martins

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS

luiz anselmo trombiniurubatan Helouirani bertolinipaulo sergio ribeiro da silvaoswaldo dias de castro daniel luís carvalhoaugusto emilio dalçóquio geraldo aguiar brito viannaaugusto dalçóquio netoeuclides Haiss paulo vicente caleffi francisco pelúcio

TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

moacir da silvasergio antonio oliveiraJosé alexandrino ferreira netoJosé percides rodrigues sandoval geraldino dos santos renato ramos pereiragetúlio vargas de moura braatz nilton noel da rocha neirman moreira da silva

TRANSPORTE AQUAVIÁRIO, FERROVIÁRIO E AÉREO

marcos machado soares

claudomiro picanço carvalho filho

moacyr bonelli

george alberto takahashi

José carlos ribeiro gomes

aloísio sobreira

José rebello iii

José roque

fernando ferreira becker

raimundo Holanda cavalcante filho

Jorge afonso Quagliani pereira

eclésio da silva

andré macena de lima

DOS LEITORES

escreva para CNT TRANSPORTE ATUALas mensagens devem conter nome completo, endereço e telefone dos remetentes

REPORTAGEM DE CAPA

bacanas as ações promovidaspelo sest senat para garantirmais bem-estar e qualidade de vida aos profissionais queatuam no setor de transporte.eu me surpreendi com os maisde 80 milhões de atendimentosde odontologia, fisioterapia,nutrição e psicologia oferecidos desde 1993.além disso, ações desenvolvidas por meio de campanhas, palestras, seminários, realização de exames e orientações que previnem doenças fazem todaa diferença para a saúde doscaminhoneiros que circulampelas rodovias do brasil.

Amanda Novaisuberaba (mg)

ENTREVISTA

gostei muito da entrevista daedição de setembro. são muitoboas as dicas do max gehringer.gerenciar mudanças noambiente corporativo não é para qualquer um. o comentarista de rádio e televisão ensina que todasas empresas precisam de mudanças. além disso, énecessário saber reconhecerse estamos acomodados no emprego ou dispostos apropor e aceitar novas ideias.

Jéssica Nunes são paulo (sp)

MAIS TRANSPORTES

interessantíssimo o avião projetado pela ufmf (universidade federal de minas gerais) que quebrou cinco recordes mundiais de velocidade na categoria ultraleve. o avião foi feito com fibra de carbono, o que o tornouextremamente leve, rígido e forte. parabéns a todos os envolvidos no projeto.

Pedro Teodoroniterói (rJ)

WI-FI

Já passou da hora de os taxistas inovarem no serviçode transporte oferecido. a internet sem fio é uma excelente pedida. conectar-segratuitamente é um serviço de que todos precisam e, durante o trajeto, será muito utilizado. além dowi-fi, há profissionais que disponibilizam frigobar elivros aos passageiros. essa ideia é brilhante epromete aumentar a carteirade clientes do taxistas.

Alberto Simõesnatal (rn)

Cartas:saus, quadra 1, bloco Jedifício cnt, entradas 10 e 20, 11º andar70070-010 - brasília (df)e-mail: [email protected] por motivo de espaço, as mensagens serão selecionadas e poderão sofrer cortes

Page 83: Momento ruim
Page 84: Momento ruim