moire
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Trabalho sobre MoireTRANSCRIPT
Técnica de Moiré
Aluno: Felipe do Carmo AmorimMatrícula:10940014
LOM-Laboratório de Opto-Mecânica
LMTA-Laboratório de Mecânica Teórica e Aplicada
TEM-Departamento de Engenharia Mecânica
Niterói, Janeiro de 2013
1 Introdução
A palavra Moiré é de origem francesa que quer di-
zer "molhado"e denomina um tecido de seda. Esse
tecido é composto de duas camadas e o movimento
dessas camadas resulta em padrões semelhantes a
ondas, denominadas franjas de moiré ou padrões
de moiré.
O fenômeno de moiré é notado quando se sobre-
põe dois retículos periódicos, também chamados
de grades. Essas estruturas podem constituir-se
de linhas paralelas ou radiais, círculos, elipses ou
até mesmo pontos, espaçados equidistantemente
ou não.
2 Técnica de Moiré
Duas grades são necessárias para produzir as fran-
jas de Moiré. No procedimento experimental uma
é chamada de grade modelo e outra é chamada
de de grade de referência. A distância centro-a-
centro entre as linhas da grade modelo é chamada
de passo, pm ; o número de linhas por unidade de
comprimento é conhecido como densidade e é re-
presentado por dm , o número de linhas da grade
modelo é representado por m e o espaçamento de
franja ou a distância centro-a-centro entre as fran-
jas claras (ou escuras) é representado por δ . Os
correspondentes passos e densidades do espécime
que vão mudando durante a deformação são re-
presentados respectivamente por: ps e ds. A di-
reção perpendicular às linhas da grade modelo é
chamada de direção primária e a direção paralela é
chamada de direção secundária.
Figura 1: Formação das franjas de Moiré devido àdiferença de passo
δ = mpm = (m± 1)ps (1)
A tensão de engenharia ou nominal, ε , pode ser
extraída através de:
ε =∆L
L0=
pmδ − pm
' pmδ
(2)
ε =
{∆LL0
= pmGl−pm
−∆LL0
= − pmGl−pm
Com m sendo o número de franjas através de um -
comprimento padrão, Gl.
1
Figura 2: Franjas de Moiré devido à rotação pura
Para geometria mostrada, temos:
α =π
2± β
2(3)
ou
β = ±(2α− π) (4)
O sinal + aplica-se ao caso onde α e β são medidos
na mesma direção, na grade modelo. Além disso,
o comprimento do lado é dado por:
a1 =pmsenβ
(5)
e δ é dado por:
δ = a1 cosβ
2=pm cos β2senβ
=pm
2senβ2(6)
Para um ângulo β pequeno, temos
β =pmδ
(7)
Considere agora a interferência das duas grades
com diferentes passos e uma rotação relativa de
uma com respeito a outra. Vamos determinar o
Figura 3: Franjas de Moiré devido à combinaçãode diferentes passos e rotações
2
ângulo β, que está relacionado com a tensão de
cisalhamento.
pmsenβ
=δ
sen(α− β)(8)
Resolvendo para β,
β = tan−1 senαδpm
+ cosα(9)
Note que quando a rotação β é pequena, α
aproxima-se de π2 e ps aproxima-se de pm:
pssen(α− β)
=pm
sen(π − α)=
pmsenα
(10)
ps =pmsen(α− β)
senα=δsenβ
senα(11)
ps =δ
2
√1 + ( δ
pm)2 + 2( δ
pm) cosα
(12)
Para muitas aplicações, a rotação β é muito pe-
quena e então α aproxima-se de 0 ou π, logo:
ps =pmδ
| pm ± δ |(13)
As equações 7 e 13 não podem ser utilizadas si-
multaneamente no caso de pequenas rotações, β,
desde que diferentes aproximações foram feitas.
A tensão de engenharia ou nominal, ε, pode ser en-
contrada por:
ε =ps − pmpm
(14)
3 Aplicações
-Análise de tensão-deformação;
-Levantamento de perfis;
-Medição de deformações térmicas.
4 Instrumentação
Figura 4: Sistema de instrumentação
3
5 Procedimento Experimental
Figura 5: Equipamentos utilizados no experimento
Na aula do dia 19/12/2012 foi realizado um ex-
perimento que consistiu no levantamento de per-
fis de duas amostras e o respectivo tratamento das
imagens resultantes.As dimensões das grades irão
variar de objeto para objeto. Retículos finos pro-
porcionam maiores detalhes sobre o objeto estu-
dado, porém as chances de aparecerem ruídos na
imagem são altas. Já as grades com maior espes-
sura, o nível de detalhes é menor, mas os ruídos
não se apresentam com tanta freqüência. Com o
uso de uma fonte (o laser) e de uma câmera foi
possível coletar as imagens. O software gerador
de grids se dedica a arranjar grades com diferen-
tes passos, espessuras de linhas e defasagens das
grades. As imagens são filtradas no computador
e em seguida é feita a análise. Com esse experi-
mento é possível a construção de sólidos com ge-
ometrias não muito amigáveis, que podem ser ex-
portadas para outros programas como: AutoCad e
SolidWorks.
6 Referências
-http://lite.bu.edu/lite1/moire/index.html;
-Felgueiras,Maria Cândida.Desenvolvimento de
um Sistema de Levantamento de Forma 3D usando
Visão por Computador;
4
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