módulo 6.0 - esgoto

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  • INSTALAES HIDROSSANITRIA 2012

    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 1

    INSTALAO PREDIAL DE ESGOTO SANITRIO

    Conforme Macintyre (2010) as instalaes prediais de esgoto sanitrio procuram seguir fundamentalmente a Norma da ABNT 8160: 1999, que fixa as condies tcnicas exigveis para o projeto e a execuo das referidas instalaes. Em termos gerais, esta Norma visa satisfazer as condies mnimas necessrias de higiene, conforto, economia e segurana. A seguir iremos expor os principais tpicos desta Norma e apresentar alguns subsdios oferecidos pela literatura vigente para maior compreenso sobre este assunto.

    Terminologia adotada pela NBR 8160: 1999

    Altura de feche hdrico (h) a profundidade da camada lquida, medida entre o nvel de sada e o ponto mais baixo da parede ou colo inferior do desconector, que separa os comprimentos ou ramos de entrada e sada desses dispositivos. Figura 01 guas residurias So os lquidos residuais ou efluentes de esgotos, que compreendem as guas residurias domsticas, as guas residurias industriais e as guas de infiltrao. guas residurias domsticas ou despejos domsticos So os despejos lquidos das habitaes, prdios ou estabelecimentos comerciais, indstrias, hospitais, hotis e outros edifcios. Podem ser divididas em guas imundas ou negras e guas servidas. guas imundas so guas residurias contendo dejetos (matria fecal), elevada quantidade de matria orgnica instvel, putrescvel, com grande quantidade de microrganismos e eventualmente vermes, parasitas e seus ovos. guas servidas so as resultantes de operaes de lavagem e limpeza de cozinhas, banheiros e tanques. guas de infiltrao so representadas pela parcela das guas do subsolo que penetra nas canalizaes de esgotos na falta de estanqueidade das juntas das mesmas. de ordem de 0,0002 a 0,0008 l/s por metro de coletor. guas residurias industriais podem ser: orgnicas, txicas ou agressivas e inertes.

    Figura 01: altura do feche hdrico. Fonte: http://www.rau-tu.unicamp.br/~luharris/DTarq/DTarq_M10.htm

  • INSTALAES HIDROSSANITRIA 2012

    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 2

    Aparelho sanitrio - aparelho ligado instalao predial, para possibilitar o uso da gua para fins higinicos e/ou o recebimento de resduos slidos e guas servidas. Barrilete de ventilao tubulao horizontal com sada para a atmosfera em um ponto, destinada a receber dois ou mais tubos ventiladores. Bujo - pea de inspeo ou visita, adaptvel extremidade de canalizao ou conexo metlica. chamado de plug se colocado internamente ao tubo, e de cap, se externamente ao tubo. Figura 07 Caixa coletora (CC) a caixa onde se renem os efluentes lquidos, cuja disposio exija elevao mecnica. Figura 02

    Figura 02: Componentes da rede de esgoto predial. Fonte: Acervo da autora.

    Caixa detentora (CD) a caixa destinada a reter substncias prejudiciais ao bom funcionamento dos coletores sanitrios. o caso da caixa detentora de cabelos, de gesso em salas ortopedia, e em muitas instalaes industriais. tambm chamada de caixa retentora.

    Caixa de derivao ou de juno Recebe efluentes de dois ou trs coletores e permite que escoem em um nico coletor. Pode receber, por exemplo, o efluente tratado de duas ou trs fossas spticas para lana-los em valas de infiltrao. Caixa diluidora a caixa destinada a reduzir a concentrao de acidez ou alcalinidade dos dejetos, pela adio de gua. Usa-se em laboratrios em instalaes industriais.

    Caixa de distribuio Estas caixas aplicam-se colocao de fossas spticas em baterias. A caixa de distribuio divide-se o despejo primrio entre duas ou trs

  • INSTALAES HIDROSSANITRIA 2012

    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 3

    fossas, e a caixa rene o efluente tratado das fossas. So usadas tambm na distribuio, pelas valas de infiltrao, de efluentes tratados de uma fossa. Figura 01

    Figura 01: Valas de infiltrao Fonte: acervo da autora.

    Caixa interceptora - decantadora Como o nome indica intercepta e provoca a deposio de substncias em suspenso nos esgotos que no contenham matria fecal.

    Caixa de inspeo (CI) - caixa destinada a permitir a inspeo, limpeza, desobstruo, juno, mudana de declividade e/ou direo das tubulaes. Figura 01 e 03.

    Caixa de passagem (CP) Caixa destinada a permitir a juno de tubulao do subsistema de esgoto sanitrio. Caixa de reteno de gordura - caixa destinada a reter, na sua parte superior, as gorduras, graxas e leos contidos no esgoto, formando camadas que devem ser removidas periodicamente, evitando que estes componentes escoem livremente pela rede, obstruindo a mesma.

    Caixa separadora de leos - a caixa destinada a reter leos ou graxas, impedindo que tenham acesso aos coletores prediais. muito comum em oficinas mecnicas, laja jatos, posto de gasolinas entre outros. Caixa sifonada - caixa provida de desconector, destinada a receber efluentes da instalao secundria de esgoto. Calha o trecho do coletor situado no interior de uma caixa de inspeo ou poo de visita. uma meia cana entre macios de concreto magro, de enchimento, chamados de almofadas.

    Coletor predial trecho de tubulao compreendido entre a ltima insero de Sub-coletor, ramal de esgoto ou descarga, ou caixa de inspeo geral e o coletor pblico ou sistema particular. Figura 03 Coletor pblico trecho da rede que recebe contribuio de esgoto dos coletores prediais em qualquer ponto ao longo do seu comprimento. Salientamos que est canalizao pertencente ao sistema pblico de esgoto sanitrio. Figura 01

  • INSTALAES HIDROSSANITRIA 2012

    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 4

    Coletor de esgoto a canalizao que, funcionando como conduto livre, recebe contribuies de esgoto em qualquer ponto ao longo do seu comprimento. Figura 01. Coletor tronco um coletor de esgotos que recebe, alm dos esgotos provenientes dos coletores prediais, a contribuio de vrios coletores de esgotos.

    Figura 03: coletor tronco Fonte: acervo da autora

    Coluna de ventilao tubo ventilador vertical que se prolonga atravs de um ou mais andares e cuja extremidade superior aberta atmosfera ou ligada a tubo ventilador primrio ou de barrilete de ventilao. Figura 04 e 05

    Figura 04: Ramal de ligao Fonte: NBR 8160: 1999

    Contribuinte o agente produtor de esgoto. Canalizao primria - tubulao a que os gases, provenientes do coletor pblico ou de equipamentos de tratamento, tm acesso. Figura 03

  • INSTALAES HIDROSSANITRIA 2012

    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 5

    Canalizao secundria - tubulao em que no h presena de gases, provenientes da rede pblica ou de equipamentos de tratamento. Figura 04

    Figura 05: componentes da rede de esgoto predial. Fonte: Acervo da autora

    Desconector - dispositivo provido de feche hdrico destinado a vedar a passagem de gases no sentido oposto ao deslocamento do esgoto. Exemplo: sifes sanitrios, ralos sifonados e caixa sifonadas. Figura 05 Despejos - so refugos lquidos dos prdios, excludas as guas pluviais. Dimetro nominal simples nmero que serve como designao para projeto e para classificar, em dimenses, os elementos das tubulaes, e que corresponde, aproximadamente, ao dimetro interno da tubulao em milmetros.

    Figura 06: dimetro nominal Fonte: Manual Tcnico da Tigre.

  • INSTALAES HIDROSSANITRIA 2012

    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 6

    Emissrio Conduto final de um sistema pblico de esgotos sanitrios, destinados ao afastamento do efluente da rede para o ponto de lanamento da descarga, sem receber contribuies no caminho. Equipamento de tratamento (fossa sptica) unidades destinadas a reter corpos slidos e outros poluentes contidos no esgoto sanitrio com o encaminhamento do lquido depurado a um destino final, de modo a no prejudicar o meio ambiente. Tambm so conhecidos pela funo de sedimentao e digesto, objetivando tratar o esgoto sanitrio domstico; Esgoto industrial despejo lquido resultante dos processos industriais. Esgoto sanitrio despejo proveniente do uso da gua para fins higinicos. Dispositivos de inspeo (PI) dispositivos para inspeo e limpeza e desobstruo das tubulaes. Pode apresentar-se como uma conexo, sob forma de tubo (tubo operculado), curva ou juno com visita ou tampa. Feche hdrico camada lquida, de nvel constante que em um desconector veda a passagem dos gases. Figura 07

    Figura 07: feche hdrico Fonte: acervo pessoal

    Pea de inspeo - peas existentes na instalao sanitria de esgoto residencial, com a finalidade de realizar periodicamente inspees, limpezas e desobstrues nas tubulaes. Ex.: caixa de inspeo, desconectores, tubo operculado, etc.; Poo de visita (PV) uma caixa de inspeo com mais de um metro de profundidade. Permite o acesso s canalizaes e realizao de operaes de limpeza e desobstruo. Facilita a juno de coletores, as mudanas de declividade, de cota, de material ou de seo das canalizaes. Em instalaes prediais, a maior distncia entre poos de visita ou caixas de inspeo de 25 m. Ralo seco Recipiente sem proteo hdrica, dotada de grelha na parte superior destinado a receber guas de lavagem de piso ou de chuveiro. tambm conhecida como ralo comum. Figura 08

  • INSTALAES HIDROSSANITRIA 2012

    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 7

    Figura 08: ralo seco articulado Tigre Fonte: Manual Tcnico da Tigre.

    Ralo sifonado - Recipiente dotado de desconector, com grelha na parte superior, destinado a receber guas de lavagem de pisos ou de chuveiro. Faz parte da instalao de esgoto primrio. Figura 09

    Figura 09: ralo sifonado. Fonte: Acervo pessoal

    Ramal de descarga - tubulao ligada aos aparelhos sanitrios, com a finalidade de receber os efluentes diretamente dos aparelhos sanitrios. Figura 10 Ramal de esgoto - tubulao primria que recebe os efluentes dos ramais de descarga diretamente ou a partir de um desconector. Figura 10 Ramal de ventilao tubo ventilador que interliga o desconector, ou ramal de descarga, ou ramal de esgoto de um ou mais aparelhos sanitrios a uma coluna de ventilao ou a um tubo ventilador primrio. Figura 10 Refluxo ou retrossifonagem o retorno da gua pela tubulao contra o sentido de fluxo normal, causado por subpresses momentneas. Sifo desconector destinado a receber efluentes do sistema predial de esgoto sanitrio. parte das instalaes de esgotos primrios. Dever ter o dimetro mnimo de 75 mm, fecho hdrico com altura de 5 cm e ser munido de bujes na parte inferior, para necessria limpeza. Figura 05 e 11. Sub-coletor - canalizao que recebe efluentes de um ou mais tubos de queda ou de ramais de esgoto. Figura 05

  • INSTALAES HIDROSSANITRIA 2012

    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 8

    Figura 10: sistema sanitrio Fonte: Manual Tcnico da Tigre.

    Figura 10: tipos de sifo Fonte: acervo pessoal

    Tampo conjunto de peas de ferro fundido para cobertura de caixa de inspeo ou poo de visita. Consta de caixilho fixo e de uma tampa. Existem dois tipos: o pesado, usado nas caixas das ruas, e o mdio, usado nos passeios. Tubo de queda - tubulao vertical, que se desenvolve ao longo do(s) pavimento(s), destinada a receber os efluentes de sub-coletores, ramais de esgoto e ramais de descarga. Figura 10 Sumidouro - unidade de recepo de efluentes lquidos, provenientes de equipamento de tratamento, com a finalidade de permitir sua infiltrao no solo; Unidade Hunter de Contribuio - fator probabilstico que representa a frequncia de uso associada vazo de cada uma das diferentes peas de um conjunto de aparelhos heterogneos em funcionamento simultneo no instante de contribuio mxima.

  • INSTALAES HIDROSSANITRIA 2012

    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 9

    Simbologia grfica

    De acordo com a Norma vigente e a antiga Norma 8160:1083:

  • INSTALAES HIDROSSANITRIA 2012

    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 10

    Princpios gerais das instalaes sanitrias

    Conforme a Norma supracitada as instalaes prediais de esgoto sanitrio devem ser projetadas e construdas de modo que obedeam aos princpios gerais estabelecidos que so:

    No permitir que os efluentes dos esgotos sanitrios contaminem a gua potvel, tanto no interior das edificaes como nos ambientes externos.

    Permitir rpido escoamento dos resduos e a fcil desobstruo nas tubulaes, usando inclinaes adequadas e, se possvel, o escoamento atravs da gravidade;

    Impedir vazamentos e depsito de material no interior das canalizaes;

    Bloquear a entrada de gases, insetos e pequenos animais, no interior das edificaes;

    Possibilitar um fcil inspecionamento da rede;

    Impossibilitar o acesso de esgoto ao subsistema de ventilao;

    Permitir a fixao dos aparelhos sanitrios somente por dispositivos que facilitem a sua remoo para eventual manuteno;

  • INSTALAES HIDROSSANITRIA 2012

    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 11

    Dispor a rede de esgoto de forma que seja possvel a ligao com a rede pblica, quando est no existir durante a construo;

    A rede de esgoto deve ser utilizada para coletar apenas esgoto;

    O sistema predial de esgoto sanitrio deve ser separado do sistema predial de guas pluviais, ou seja, em nenhuma hiptese deve haver ligao entre os dois sistemas;

    A disposio final do efluente do coletor predial de um sistema de esgoto sanitrio deve ser feita em uma rede pblica de coleta de esgoto sanitrio quando ela existir ou em sistema particular de tratamento, quando no houver rede pblica;

    Deve ser evitada a passagem das tubulaes de esgoto em paredes, rebaixos, forro falsos etc de ambientes de permanncia prologada. Caso no seja possvel, devem ser adotadas medidas no sentido de atenuar a transmisso de rudo para os referidos ambientes.

    Dados para projeto

    Localizao dos aparelhos sanitrios: Os aparelhos devem ser distribudos, observando-se os aspectos funcionais, econmicos, estticos e as normas de acessibilidade.

    Desconectores:

    Todos os aparelhos sanitrios devem ser protegidos por desconectores; Os desconectores podem atender a um aparelho ou um conjunto de aparelhos

    de uma mesma unidade autnoma; As caixas sifonadas que coletam despejos de mictrios devem ter tampas

    cegas e no podem receber contribuies de outros aparelhos sanitrios, mesmo providos de desconector prprio;

    Os despejos provenientes de mquinas de lavar roupas ou tanques situados em pavimentos sobrepostos podem ser descarregados em tubos de queda exclusivos, com caixa sifonada especial instalada no seu final.

    Deve ser assegurada a manuteno do fecho hdrico dos desconectores mediante as solicitaes impostas pelo ambiente (evaporao, tiragem trmica e ao do vento, variaes de presso no ambiente) e pelo uso propriamente dito (suco e sobre-presso).

  • INSTALAES HIDROSSANITRIA 2012

    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 12

    Tabela 1 Distncia mxima de um desconector ao tubo de ventilao Dimetro nominal (DN) do ramal de descarga (mm)

    Distncia mxima (m)

    40 1,00 50 1,20 75 1,80 100 2,40

    Ramais de descarga:

    Lavatrios, banheiras, ralos de chuveiros, bids e tanque de lavagem de roupa so ligados a ralos sifonados ou caixas sifonadas;

    Pias de cozinha, pias auxiliar ou pias de copa so ligadas caixa de gordura ou aos tubos de gordura;

    Bacias sanitrias e mictrios so ligados caixa de inspeo ou a uma tubulao primria.

    Apresentar as seguintes declividades: 2% para tubulaes com dimetro nominal igual ou inferior a 75%; 1% para tubulaes com dimetro nominal igual ou superior a 100; As mudanas de direo nos trechos horizontais devem ser feitas com peas

    com ngulo central igual ou inferior a 45; vedada a ligao de ramal de descarga ou ramal de esgoto, atravs de

    inspeo existente em joelho ou curva, ao ramal de descarga de bacia sanitria;

    Tabela 2 Unidades Hunter de Contribuio de Descarga dos Aparelhos Sanitrios e Dimetro Nominal dos Ramais de Descarga

    Aparelho Unidade Hunter de contribuio

    Dimetro nominal mnimo do ramal de descarga (mm)

    Bacia turca 6 100 Banheira: de residncia de uso geral de hidroterpica de fluxo contnuo

    3 4 6

    40 40 75

    Bebedouro 0,5 40/30 Bid 2 40/30 Cuba de laboratrio 2 40

  • INSTALAES HIDROSSANITRIA 2012

    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 13

    Lavatrio: de residncia de uso geral

    1 2

    40/30 40

    Mictrio: com caixa de descarga com calha (por metro) com descarga automtica com descarga contnua com vlvula de descarga

    5 2 2 2 6

    50 50 40 50 75

    Pia: de cozinha residencial de despejo/auxiliar/servio residencial de cozinha industrial (bar/restaurante)

    3 5 5

    40 75 75

    Ralo: de chuveiro residencial de chuveiro de uso geral (coletivo) de lavagem de piso

    2 4 4

    40 40 40

    Tanque de lavar roupa 3 40 Mquina de lavar: loua roupa at 6 Kg roupa acima de 6 Kg

    4 4 10

    50 50 75

    Vaso sanitrio 6 100

    Os aparelhos no relacionados na tabela 1 devem-se adotar, como dimetro mnimo, para os ramais de descarga, os valores constantes na tabela 2, conforme a unidade Hunter de contribuio.

    Tabela 2 Dimetro mnimo dos ramais de descarga de aparelhos no relacionados na tabela 1

    Unidade Hunter de contribuio

    Dimetro nominal mnimo do ramal de descarga (mm)

    1 30 2 40 3 50 5 75 6 100

  • INSTALAES HIDROSSANITRIA 2012

    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 14

    Ramais de esgoto: So dimensionados atravs das unidades de descarga que chegam dos

    ramais de descarga.

    Tabela 3 Dimetro mnimo dos ramais de esgoto Unidade Hunter de

    contribuio Dimetro nominal mnimo do ramal de esgoto (mm)

    1 30 3 40 6 50

    20 75 160 100 620 150

    Tabela 4 Declividade mnima nas tubulaes Dimetro (mm) Declividade mnima (%)

    40 5 50 4 75 3 100 2

    150 , 200, 250 e 300 1

    Tubo de queda:

    Devem ser o mais vertical possvel e sempre que possvel ser instalados em um nico alinhamento;

    Seu dimetro nominal deve ser igual ou superior canalizao que chega a ele, devendo-se, sempre que possvel, usar curvas com raio longo em sua parte inferior ou duas curvas de 45;

    Podem ser aproveitados, em seu prolongamento, como coluna de ventilao; Instalar dispositivos com a finalidade de evitar o retorno de espuma; Devem ser previstos tubos de queda especiais para pias de cozinha e

    mquinas de lavar louas, providos de ventilao primria, os quais devem descarregar em uma caixa de gordura coletiva.

  • INSTALAES HIDROSSANITRIA 2012

    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 15

    Tabela 5 Dimetro mnimo dos tubos de queda Unidade Hunter de contribuio Dimetro nominal

    mnimo dos tubos de queda

    (mm) Prdio com at 3

    pavimentos Prdio com mais de 3

    pavimentos 2 2 30 4 8 40

    10 24 50 30 70 75 240 500 100 960 1.900 150

    2.200 3.600 200 3.800 5.600 250 6.000 8.400 300

    Sub-coletores e Coletor predial:

    Devem ser de preferncia retilneos. Quando necessrios, os desvios devem ser feitos com peas com ngulo central igual ou inferior a 45, acompanhados de elementos que permitam a inspeo;

    A declividade mxima a ser considerada de 5%; No coletor predial no devem existir inseres de quaisquer dispositivos ou

    embaraos ao natural escoamento de despejos, tais como desconectores, fundo de caixas de inspeo de cota inferior do perfil do coletor predial ou Sub-coletor, bolsas de tubulaes dentro de caixas de inspeo, sendo permitida a insero de vlvula de reteno de esgoto;

    As variaes de dimetro dos sub-coletores e coletor predial devem ser feitas mediante o emprego de dispositivos de inspeo ou de peas especiais de ampliao;

    O comprimento mximo deve ser de 25 m, interligando caixa de inspeo ou peas de inspeo;

    Devem ser localizados em reas livres e no edificadas; quando no for possvel, pelo menos as caixas de inspeo devero situar-se nas reas livres e no edificadas; Quando existir mudana de direo na tubulao, deve-se empregar caixa de inspeo ou pelo menos, curva de raio longo e no superior a 90;

    Para Sub-coletores: o comprimento mximo deve ser de 25 m, interligando caixa de inspeo ou peas de inspeo;

  • INSTALAES HIDROSSANITRIA 2012

    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 16

    Para Coletor predial: o dimetro nominal mnimo recomendado de 100 mm e comprimento mximo no deve superar os 15 m.

    Tabela 6 Dimetro mnimo dos sub-coletores e coletores prediais Unidade Hunter de contribuio Dimetro

    nominal mnimo (mm) Declividades mnimas (%)

    0,5 1 2 4

    180 216 250 100 700 840 1.000 150

    1.400 1.600 1.920 2.300 200 2.500 2.900 3.500 4.200 250 3.900 4.600 5.600 6.700 300

    Dispositivos complementares: As caixas de gordura, poos de visita e caixas de inspeo devem ser

    perfeitamente impermeabilizados, providos de dispositivos adequados para inspeo, possuir tampa de feche hermtico, ser devidamente ventilados e constitudos de materiais no atacveis pelo esgoto.

    Caixa de gordura ( CG ); Devem ser instaladas em local de fcil acesso e de boa ventilao; Devem possuir tampa hermtica e de fcil remoo; So divididas em duas cmaras: a primeira recebe os efluentes e retm as

    partculas gordurosas e a segunda escoa os lquidos. So divididas em:

    caixa de gordura pequena(CGP) - capacidade de reteno para 18 litros, usada para apenas uma pia. Dimenses: dimetro interno: 0,30 m; parte submersa do septo: 0,20 m; dimetro nominal da tubulao de sada DN 75. Figura 11 caixa de gordura simples (CGS) - capacidade de reteno para 31 litros, usada tanto para uma quanto para duas pias: dimetro interno: 0,40m; parte submersa do septo: 0,20 m; dimetro nominal da tubulao de sada DN 75. Figura 12 caixa de gordura dupla (CGD) - capacidade de reteno para 120 litros, usada para duas a doze pias: dimetro interno: 0,60m; parte submersa do septo: 0,35 m; dimetro nominal da tubulao de sada DN 75. Figura 13

  • INSTALAES HIDROSSANITRIA 2012

    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 17

    caixa de gordura especial (CGE) - capacidade de reteno dada pela expresso - V = 2n + 20, V-(volume em litro) e n-(nmero de pessoas servidas pela pia), usado para acima de doze pias ou para pias especiais. Distncia mnima entre o septo e a sada: 0,20 m; altura molhada: 0,60 m; parte submersa do septo: 0,40 m; dimetro nominal mnimo da tubulao de sada: DN 100. Figura 14. Existem as caixas de gorduras pr-fabricadas em PVC fabricadas pela empresa Tigre. Figura 15. E caixas em forma de prisma.

    Figura 11: caixa de gordura pequena Fonte: Macintyre (2010, p. 92)

    Figura 15: caixa gordura. Fonte: acervo da autora

  • INSTALAES HIDROSSANITRIA 2012

    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 18

    Figura 12: caixa de gordura simples Fonte: Macintyre (2010, p. 92)

    Figura 13: caixa de gordura dupla Fonte: Macintyre (2010, p. 92)

  • INSTALAES HIDROSSANITRIA 2012

    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 19

    Figura 14: caixa de gordura especial Fonte: Macintyre (2010, p. 92)

    Figura 16: caixa de gordura prisma Fonte: acervo pessoal

  • INSTALAES HIDROSSANITRIA 2012

    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 20

    Quadro resumo caixas de gordura

    Caixa e dispositivo de inspeo:

    O interior das tubulaes, embutidas ou no, deve ser acessvel por intermdio de dispositivos de inspeo;

    Para garantir a acessibilidade aos elementos do sistema devem ser respeitadas no mnimo as seguintes condies:

    a distncia entre dois dispositivos de inspeo no deve ser superior a 25,00m;

    a distncia entre a ligao do coletor predial com o pblico e o dispositivo de inspeo mais prximo no deve ser superior a 15,00m; e os comprimentos dos trechos dos ramais de descarga e de esgoto de bacias sanitrias, caixas de gordura e caixas sifonadas, medidos entre os mesmos e os dispositivos de inspeo, no devem ser superiores a 10,00m.

    Os desvios, as mudanas de declividade e a juno de tubulao enterrada devem ser feitos mediante o emprego de caixas de inspeo ou poos de visita;

    Em prdios com mais de dois pavimentos, as caixas de inspeo no devem ser instaladas a menos de 2,00m de distncia dos tubos de queda que contribuem para elas. Figura 17;

  • INSTALAES HIDROSSANITRIA 2012

    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 21

    No devem ser colocadas caixas de inspeo ou poos de visita em ambientes pertencentes a uma unidade autnoma, quando os mesmos recebem a contribuio de despejos de outras unidades autnomas;

    As caixas de inspeo podem ser usadas para receber efluentes fecais e devem ser dimensionadas de acordo com os seguintes pontos:

    profundidade mxima de 1,00 m; forma prismtica, de base quadrada ou retangular; de lado interno mnimo de 0,60 m, ou cilndrica com dimetro mnimo igual a 0,60 m; tampa facilmente removvel, permitindo perfeita vedao; fundo construdo de modo a assegurar rpido escoamento e evitar formao de depsitos.

    As caixas de passagem devem ser dimensionadas de acordo com os seguintes pontos:

    quando cilndricas, ter dimetro mnimo igual a 0,15 m e, quando prismticas de base poligonal, permitir na base a inscrio de um crculo de dimetro mnimo igual a 0,15 m; ser providas de tampa cega, quando previstas em instalaes de esgoto primrio; ter altura mnima igual a 0,10 m; ter tubulao de sada dimensionada pela tabela de dimensionamento de ramais de esgoto, sendo o dimetro mnimo igual DN 50;

    Os poos de visitas devem atender: profundidade maior que 1,00 m; forma prismtica de base quadrada ou retangular, com dimenso mnima de 1,10 m, ou cilndrica com um dimetro interno mnimo de 1,10 m;

    degraus que permitam o acesso ao seu interior; tampa removvel que garanta perfeita vedao; fundo constitudo de modo a assegurar rpido escoamento e evitar formao de sedimentos; duas partes, quando a profundidade total for igual ou inferior a 1,80 m, sendo a parte inferior formada pela cmara de trabalho (balo) de altura mnima de 1,50 m, e a parte superior formada pela cmara de acesso, ou chamin de acesso, com dimetro interno mnimo de 0,60 m.

    Os dispositivos de inspeo devem ser instalados junto s curvas dos tubos de queda, de preferncia montante das mesmas, sempre que elas forem inatingveis por dispositivos de limpeza introduzidos pelas caixas de inspeo ou pelos demais pontos de acesso;

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    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 22

    Figura 17: caixa de inspeo. Fonte: acervo da autora

    Os dispositivos de inspeo devem ter as seguintes caractersticas: abertura suficiente para permitir as desobstrues com a utilizao de equipamentos mecnicos de limpeza; tampa hermtica removvel; e quando embutidos em paredes no interior de residncias, escritrios, reas pblicas, etc no devem ser instalados com as tampas salientes;

    Utilizada para receber guas servidas de pisos e/ou coletar guas servidas provenientes das tubulaes secundrias de esgoto, conduzindo-as para tubulao primria;

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    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 23

    Instalaes de recalque: Os efluentes de aparelhos sanitrios e de dispositivos instalados em nvel

    inferior ao do logradouro devem ser descarregados em uma ou mais caixas de inspeo, as quais devem ser ligadas a uma caixa coletora, disposta de modo a receber o esgoto por gravidade. A partir da caixa coletora, por meio de bombas, devem ser recalcados para uma caixa de inspeo (ou poo de visita), ramal de esgoto ligado por gravidade ao coletor predial, ou diretamente ao mesmo, ou ao sistema de tratamento de esgoto;

    No caso de esgoto proveniente unicamente da lavagem de pisos ou de automveis, dispensa-se o uso de caixas de inspeo, devendo os efluentes ser encaminhados, neste caso, a uma caixa sifonada de dimetro mnimo igual a 0,40 m, a qual pode ser ligada diretamente a uma caixa coletora;

    A caixa coletora deve ser perfeitamente impermeabilizada, provida de dispositivos adequados para inspeo, limpeza e ventilao; de tampa hermtica e ser constituda de materiais no atacveis pelo esgoto.

    As caixas de gordura ligadas s caixas coletoras devem atender s exigncias indicadas na tabela 1, nota 1 ou ser providas de tubulao de ventilao.

    Nota: Em prdios de um s pavimento, deve existir pelo menos um tubo ventilador, ligado diretamente a uma caixa de inspeo ou em juno ao coletor predial, Sub-coletor ou ramal de descarga de uma bacia sanitria e prolongado at acima da cobertura desse prdio, devendo-se prever a ligao de todos os desconectores a um elemento ventilado, respeitando-se as distncias mximas indicadas na tabela 1.

    As bombas devem ser de construo especial, prova de obstrues por guas servidas, massas e lquidos viscosos;

    O funcionamento das bombas deve ser automtico e alternado, comandado por chaves magnticas conjugadas com chaves de boia, devendo essa instalao ser equipada com dispositivo de alarme para sinalizar a ocorrncia de falhas mecnicas.

    A tubulao de recalque deve ser ligada rede de esgoto (coletor ou caixa de inspeo) de tal forma que seja impossvel o refluxo do esgoto sanitrio caixa coletora.

    A instalao de recalque e a caixa coletora devem ser dimensionadas considerando, os seguintes aspectos:

    a capacidade da bomba, que deve atender vazo mxima provvel de contribuio dos aparelhos e dos dispositivos instalados que possam estar em funcionamento simultneo; o tempo de deteno do esgoto na caixa; o intervalo de tempo entre duas partidas consecutivas do motor; a caixa coletora deve ter a sua capacidade calculada de modo a evitar a frequncia exagerada de partidas e paradas das bombas por um volume insuficiente, bem como a ocorrncia de estado sptico por um volume exagerado;

    No caso de recebimento de efluentes de bacias sanitrias, deve ser considerado o atendimento aos seguintes aspectos:

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    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 24

    a caixa coletora deve possuir uma profundidade mnima igual a 0,90 m, a contar do nvel da geratriz inferior da tubulao afluente mais baixa; o fundo deve ser suficientemente inclinado, para impedir a deposio de materiais slidos quando caixa for esvaziada completamente; a caixa coletora deve ser ventilada por um tubo ventilador, preferencialmente independente de qualquer outra ventilao utilizada no edifcio; devem ser instalados pelo menos dois grupos motobomba, para funcionamento alternado.

    Nota : Estas bombas devem permitir a passagem de esferas com dimetro de 0,06 m e o dimetro nominal mnimo da tubulao de recalque deve ser DN 75.

    Caso a caixa coletora no receba efluentes de bacias sanitrias, devem ser considerados os seguintes aspectos:

    a profundidade mnima deve ser igual a 0,60 m; as bombas a serem utilizadas devem permitir a passagem de esferas de 0,018 m e o dimetro nominal mnimo da tubulao de recalque deve ser DN 40. as tubulaes de suco devem ser previstas de modo a se ter uma para cada bomba e possuir dimetro nominal uniforme e nunca inferior ao das tubulaes de recalque. as tubulaes de recalque devem atingir um nvel superior ao do logradouro, de maneira que impossibilite o refluxo do esgoto, devendo ser providas de dispositivos para este fim. o volume til da caixa coletora pode ser determinado atravs da seguinte expresso:

    Onde: Vu o volume compreendido entre o nvel mximo e o nvel mnimo de operao da caixa (faixa de operao da bomba), em metros cbicos; Q a capacidade da bomba determinada em funo da vazo afluente de esgoto caixa coletora, em metros cbicos por minuto; t o intervalo de tempo entre duas partidas consecutivas do motor, em minutos.

    Recomenda-se que o intervalo entre duas partidas consecutivas do motor no seja inferior a 10 min, no sentido de se preservar os equipamentos eletromecnicos de frequentes esforos de partida.

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    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 25

    Recomenda-se que a capacidade da bomba seja considerada como sendo, no mnimo, igual a duas vezes a vazo afluente de esgoto sanitrio. O volume total obtido pelo volume til somado queles ocupados pelas bombas (se forem do tipo submersvel), tubulaes e acessrios da instalao que se encontrem no interior da caixa coletora. O tempo de deteno do esgoto na caixa coletora pode ser determinado a partir da seguinte equao:

    Onde: d o tempo de deteno do esgoto na caixa coletora, em minutos; Vt o volume total da caixa coletora, em metros cbicos; q a vazo mdia de esgoto afluente, em metros cbicos por minuto. O tempo de deteno do esgoto na caixa no deve ultrapassar 30 min, para que no haja comprometimento das condies de aerobiose do esgoto.

    Componentes do subsistema de ventilao:

    O subsistema de ventilao pode ser previsto de duas formas: ventilao primria e secundria; ou somente ventilao primria.

    A ventilao secundria referida em consiste, basicamente, em ramais e colunas de ventilao que interligam os ramais de descarga ou de esgoto ventilao primria ou que so prolongados acima da cobertura, conforme detalhados na figura 18 ou ento pela utilizao de dispositivos de admisso de ar (VAA) figura 19, devidamente posicionados no sistema.

    A extremidade aberta do tubo ventilador primrio ou coluna de ventilao deve estar situada acima da cobertura do edifcio a uma distncia mnima que impossibilite o encaminhamento mesma das guas pluviais provenientes do telhado ou laje impermeabilizada.

    A extremidade aberta de um tubo ventilador primrio ou coluna de ventilao, conforme mostrado na figura 20, no deve estar situada a menos de 4,00 m de qualquer janela, porta ou vo de ventilao, salvo se elevada pelo menos 1,00 m das vergas dos respectivos vos; deve situar-se a uma altura mnima igual a 2,00 m acima da cobertura, no caso de laje utilizada para outros fins alm de cobertura; caso contrrio, esta altura deve ser no mnimo igual a 0,30 m;

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    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 26

    Figura 18: dispositivo de admisso de ar Fonte: NBR: 8160

    Figura 19: ramais e coluna de ventilao Fonte: NBR: 8160

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    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 27

    Figura 20: Sada de ventilao Fonte: NBR: 8160

    Deve ser devidamente protegida nos trechos aparentes contra choques ou acidentes que possam danific-la;

    Deve ser provida de terminal tipo chamin, t ou outro dispositivo que impea a entrada das guas pluviais diretamente ao tubo de ventilao a figura 21;

    O projeto do subsistema de ventilao deve ser feito de modo a impedir o acesso de esgoto sanitrio ao interior do mesmo, excetuando-se os trechos dos ramais de ventilao executados conforme figura 22;

    O tubo ventilador primrio e a coluna de ventilao devem ser verticais e, sempre que possvel instalado em uma nica prumada; quando necessrias, as mudanas de direo devem ser feitas mediante curvas de ngulo central no superior a 90, e com um aclive mnimo de 1%;

    Figura 22: juno do ramal de ventilao e coluna Fonte: acervo da autora.

    Em prdios de um s pavimento, deve existir pelo menos um tubo ventilador, ligado diretamente a uma caixa de inspeo ou em juno ao coletor predial, Sub-coletor ou ramal de descarga de uma bacia sanitria e prolongado at acima da cobertura desse prdio, devendo-se prever a ligao de todos os desconectores a um elemento ventilado;

    Nos prdios cujo sistema predial de esgoto sanitrio j possua pelo menos um tubo ventilador primrio de DN 1001), fica dispensado o prolongamento dos demais tubos de queda at a cobertura, desde que estejam preenchidas as seguintes condies: o comprimento no exceda 1/4 da altura total do prdio, medida na vertical do referido tubo; no receba mais de 36 unidades de Hunter de contribuio; tenha a coluna de ventilao prolongada at acima da

    Figura 21: Sada de ventilao Fonte: Manual tcnico Tigre

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    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 28

    cobertura ou em conexo com outra existente, respeitados os limites da tabela 8

    Toda tubulao de ventilao deve ser instalada com aclive mnimo de 1%, de modo que qualquer lquido que porventura nela venha a ingressar possa escoar totalmente por gravidade para dentro do ramal de descarga ou de esgoto em que o ventilador tenha origem.

    Toda coluna de ventilao deve ter: dimetro uniforme; a extremidade inferior ligada a um Sub-coletor ou a um tubo de queda, em ponto situado abaixo da ligao do primeiro ramal de esgoto ou de descarga, ou neste ramal de esgoto ou de descarga;

    A extremidade superior situada acima da cobertura do edifcio, ou ligada a um tubo ventilador primrio a 0,15 m, ou mais, acima do nvel de transbordamento da gua do mais elevado aparelho sanitrio por ele servido. Figura 23

    Quando no for conveniente o prolongamento de cada tubo ventilador at acima da cobertura, pode ser usado um barrilete de ventilao, a ser executado com aclive mnimo de 1% at o trecho prolongado;

    Figura 23: nvel de transbordamento. Fonte: acervo pessoal

    As ligaes da coluna de ventilao aos demais componentes do sistema de ventilao ou do sistema de esgoto sanitrio devem ser feitas com conexes apropriadas, como a seguir: quando feita em uma tubulao vertical, a ligao deve ser executada por meio de juno a 45; ou quando feita em uma tubulao horizontal, deve ser executada acima do eixo da tubulao, elevando-se o tubo ventilador de uma distncia de at 0,15 m, ou mais, acima

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    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 29

    do nvel de transbordamento da gua do mais elevado dos aparelhos sanitrios por ele ventilados, antes de ligar-se a outro tubo ventilador, respeitando-se o que segue:

    a ligao ao tubo horizontal deve ser feita por meio de t 90 ou juno 45 com a derivao instalada em ngulo, de preferncia, entre 45 e 90 em relao ao tubo de esgoto, conforme indicado na figura 23;

    quando no houver espao vertical para a soluo apresentada acima, podem ser adotados ngulos menores, com o tubo ventilador ligado somente por juno 45 ao respectivo ramal de esgoto e com seu trecho inicial instalado em aclive mnimo de 2%;

    a distncia entre o ponto de insero do ramal de ventilao ao tubo de esgoto e a conexo de mudana do trecho horizontal para a vertical deve ser a mais curta possvel;

    Figura 23: ligao do ramal de ventilao Fonte: NBR: 8160

    Quando no for possvel ventilar o ramal de descarga da bacia sanitria ligada diretamente ao tubo de queda (para a distncia mxima, ver tabela 1), o tubo de queda deve ser ventilado imediatamente abaixo da ligao do ramal da bacia sanitria. Figura 24.

    dispensada a ventilao do ramal de descarga de uma bacia sanitria ligada atravs de ramal exclusivo a um tubo de queda a uma distncia mxima de 2,40 m, desde que esse tubo de queda receba do mesmo pavimento, imediatamente abaixo, outros ramais de esgoto ou de descarga devidamente ventilados, conforme mostrado na figura 25.

    Bacias sanitrias instaladas em bateria devem ser ventiladas por um tubo ventilador de circuito ligando a coluna de ventilao ao ramal de esgoto na regio entre a ltima e a penltima bacia sanitrias, conforme indicado na figura 26.

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    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 30

    Figura 24: Ligao de ramal de ventilao quando da impossibilidade de ventilao do ramal de descarga da bacia sanitria

    Fonte NBR: 8160

    Deve ser previsto um tubo ventilador suplementar a cada grupo de no mximo oito bacias sanitrias, contadas a partir da mais prxima ao tubo de queda.

    Bacias sanitrias instaladas em bateria devem ser ventiladas por um tubo ventilador de circuito ligando a coluna de ventilao ao ramal de esgoto na regio entre a ltima e a penltima bacia sanitrias, conforme indicado na figura 26.

    Figura 25: Dispensa de ventilao de ramal de descarga de bacia sanitria Fonte NBR: 8160

    Deve ser previsto um tubo ventilador suplementar a cada grupo de no mximo oito bacias sanitrias, contadas a partir da mais prxima ao tubo de queda.

    Quando o ramal de esgoto servir a mais de trs bacias sanitrias e houver aparelhos em andares superiores descarregando no tubo de queda, necessria a instalao de tubo ventilador suplementar, ligando o tubo ventilador de circuito ao ramal de esgoto na regio entre o tubo de queda e a primeira bacia sanitria.

    Devem ser adotados os seguintes critrios para o dimensionamento do sistema de ventilao secundria: ramal de ventilao: dimetro nominal no inferior aos limites determinados na tabela 7;

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    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 31

    Figura 26: Rede de ventilao em circuito Fonte: NBR: 8160: 1999

    Tubo ventilador de circuito: dimetro nominal no inferior aos limites determinados na tabela 8;

    Tubo ventilador complementar: dimetro nominal no inferior metade do dimetro do ramal de esgoto a que estiver ligado;

    Coluna de ventilao: dimetro nominal de acordo com as indicaes da tabela 8. Inclui-se no comprimento da coluna de ventilao, o trecho do tubo ventilador primrio entre o ponto de insero da coluna e a extremidade aberta do tubo ventilador;

    Barrilete de ventilao: dimetro nominal de cada trecho de acordo com a tabela 7, sendo que o nmero de UHC de cada trecho a soma das unidades de todos os tubos de queda servidos pelo trecho, e o comprimento a considerar o mais extenso, da base da coluna de ventilao mais distante da extremidade aberta do barrilete, at essa extremidade;

    Tubo ventilador de alvio: dimetro nominal igual ao dimetro nominal da coluna de ventilao a que estiver ligado.

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    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 32

    Tabela 7 Dimetro mnimo dos ramais de ventilao Grupo de aparelhos

    sem vasos sanitrios Grupo de aparelhos

    com vasos sanitrios Unidade Hunter de Contribuio

    Dimetro nominal mnimo do ramal

    de ventilao

    Unidade Hunter de Contribuio

    Dimetro nominal mnimo do ramal

    de ventilao At 12 40 At 17 50 13 a 18 50 18 a 60 75 19 a 36 75 - -

    Tabela 8 Dimetro mnimo das colunas de ventilao Dimetro nominal

    Unidade Hunter de

    contribuio

    Dimetro Nominal Mnimo das Colunas de Ventilao (mm) 40 50 75 100 150 200 250 300

    Comprimento mximo permitido (m) 40 8 46

    10 30 50 12 23 61

    20 15 46 75 10 13 46 317

    21 10 33 247 53 8 29 207 102 8 26 189

    100 43 11 76 299 140 8 61 229 320 7 52 195 530 6 46 177

    150 500 10 40 305 1.100 8 31 238 2.000 7 26 201 2.900 6 23 183

    200 1.800 10 73 286 3.400 7 57 219 5.600 6 49 186 7.600 5 43 171

    250 4.000 24 94 293 7.200 18 73 225 11.000 16 60 192 15.000 14 55 174

    300 7.300 9 37 116 287 13.000 7 29 90 219 20.000 6 24 76 186 26.000 5 22 70 152

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    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 33

    Dados bsicos para projeto de esgotos sanitrios Definio completa dos elementos do projeto de Arquitetura. Plantas baixas,

    cortes, fachadas, detalhes e perspectivas; Definio completa do projeto de estrutura e de fundaes. Pelo menos a

    planta de forma; Definio da possibilidade de ligao da instalao em coletor pblico (saber

    se existe rede pblica de esgoto na frente do lote); Definio dos demais projetos de instalaes (gua fria, gua quente, combate

    a incndio, guas pluviais, instalaes eltricas e telefnicas etc.); No caso de impossibilidade temporria ou definitiva de ligao em coletor

    pblico, todos os elementos necessrios ao projeto da instalao para o destino final.

    Etapas do projeto I. Identificar os pontos geradores de: guas servidas, negras ou imundas e com

    gorduras; II. Definir e posicionas os desconectores;

    III. Definir o sistema de ventilao; IV. Posicionar os tubos de queda (esgoto primrio e gordura); V. Definir o acesso tubulao: caixas de inspeo, poos de visita, caixas de

    gordura e tubos operculado; VI. Definir o destino do esgoto: coletor pblico ou tratamento particular;

    Problemas decorrentes de projetos e execuo mal elaboradas Mau cheiro nas instalaes sanitrias; Refluxo dos esgotos; Aparecimento de espumas em ralos;

    Distribuio dos aparelhos sanitrios nas instalaes prediais Compor paredes hidrulicas; Indicar shafts;

    Concentrar as reas molhadas; Deixar os ambientes com reas molhadas bem ventiladas.

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    Figura 27: Planta arquitetnica Ed. Natal Fonte: acervo da autora

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    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 35

    Dimensionamento das instalaes prediais de esgoto sanitrio

    Para maior explanao iremos dimensionar os ambientes a seguir com base no assunto exposto.

    Primeiro passo: lanamento espacial: Observar a esttica, funcionalidade e promover a economia de tubos e

    conexes; Indicar eixos dos tubos e conexes se possvel; Evitar mudanas de direo; Utilizar material de qualidade e apresentar a especificao deste; Colocar a inclinao e dimetros nos tubos;

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    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 36

    Apresentar ao mximo detalhe sobre o projeto; Locar a caixa sifonada de forma central comparada s outras peas e

    protegida.

    Segundo passo: consultar a tabelas 01 para encontrar os ramais de descarga: bacia sanitria 100 mm (6 UHC) lavabo 40 mm (1 UHC) ralo de chuveiro 40 mm (2 UHC) dreno de ar condicionado 40 mm (1 UHC)

    Terceiro passo: consultar a tabela 02 para encontrar os ramais de esgoto: Ramal de esgoto 75 mm ( ralo at juno com Ramal de descarga do vaso sanitrio) (4 UHC lavabo (1) + ralo do chuveiro (2) + dreno do ar condicionado (1)) Ramal de esgoto do vaso sanitrio 100 mm continuao do ramal de descarga e 10 UHC (lavabo (1) + ralo do chuveiro (2) + dreno do ar condicionado (1) + vaso (6) = 10 UHC)

    Quarto passo: consultar a tabela 7 e 8 para dimensionar o ramal e coluna de ventilao: 50 mm para ramal at 17 UHC com vaso sanitrio; 50 mm para coluna continuao do ramal.

    Quarto passo: verificar a distncia entre o desconector e ramal de ventilao (tabela 01 no caso, 1 metro) ; Quinto passo: fazer o levantamento de material e indica-los na planta:

    Nota: Projeto completo sempre apresenta: Representao grfica (planta baixa esquemtica, detalhes, esquemas etc.) ; Especificao do material; Normas de execuo; Oramento; Memorial descritivo.

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    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 38

    Exerccio propostos:

    1) Fazer o dimensionamento das figuras abaixo e do Ed. Natal

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    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 41

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    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 42

    Na obra:

    Fotografia 01: Shafts Fonte: acervo da autora

    Fotografia 02: Instalao hidrossanitria por baixo da laje Fonte: acervo da autora

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    PROFESSORA SANDRA ALBINO | IFRN 43

    Fotografia 03: Instalao hidrossanitria por cima da laje Fonte: acervo da autora