modulo 1 - entendendo o orçamento público
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ENTENDENDO O ORÇAMENTO PÚBLICOTRANSCRIPT
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 1: Entendendo o Orçamento Público | 1
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO
SECRETARIA DE ORÇAMENTO FEDERAL
CURSO BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO
MÓDULO 1
ENTENDENDO O ORÇAMENTO PÚBLICO
(ORG) FERNANDO CÉSAR ROCHA MACHADO
BRASÍLIA
2015
CURSO: BÁSICO EM ORÇAMENTO PÚBLICO • Módulo 1: Entendendo o Orçamento Público | 2
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão
Nelson Barbosa
Secretário-Executivo
Dyogo Henrique de Oliveira
Secretária de Orçamento Federal
Esther Dweck
Secretários-Adjuntos
Antônio Carlos Paiva Futuro
Franselmo Araújo Costa
George Alberto Aguiar Soares
Diretores
Clayton Luiz Montes
Felipe Daruich Neto
Marcos de Oliveira Ferreira
Zarak de Oliveira Ferreira
Coordenador-Geral de Inovação e Assuntos Orçamentários e Federativos
Luiz Guilherme Pinto Henriques
Coordenadora de Educação e Difusão Orçamentária
Rosana Lôrdelo de Santana Siqueira
Organização do Conteúdo
Fernando César Rocha Machado
Revisão do Conteúdo
José Paulo de Araújo Mascarenhas
Revisão Pedagógica Janiele Cardoso Godinho
Revisão Gramatical e Ortográfica Renata Carlos da Silva
Projeto Gráfico Tiago Ianuck Chaves
Colaboração Bruno Rodolfo Cupertino
Karen Evelyn Scaff
Nayara Gomes Lima
Informações:
www.orcamentofederal.gov.br
Secretaria de Orçamento Federal
SEPN 516, Bloco “D”, Lote 8,
70770-524, Brasília – DF, Tel.: (61) 2020-2329
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OBJETIVO DO MÓDULO
Apresentar conceitos básicos sobre orçamento público, tendo em vista a importância em
conhecer esse tema para atuar como cidadão crítico e participativo na sociedade.
UNIDADES ABORDADAS
Introdução ao Orçamento Público
Funções do Orçamento
Princípios Orçamentários
Receita e Despesa Pública
Transparência governamental e Controle Social
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 5
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO ORÇAMENTO PÚBLICO ................................................ 6
UNIDADE 2 - FUNÇÕES DO ORÇAMENTO ......................................................................... 9
UNIDADE 3 - PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS ................................................................. 11
UNIDADE 4 - RECEITA E DESPESA PÚBLICA ................................................................. 13
UNIDADE 5 - TRANSPARÊNCIA GOVERNAMENTAL E CONTROLE SOCIAL ................ 18
REVISÃO DO MÓDULO ...................................................................................................... 19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 21
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APRESENTAÇÃO
Car@ Participante!
É um enorme prazer tê-lo (a) como nosso aluno (a) no Curso Básico em Orçamento Público.
Nas próximas quatro semanas, estudaremos juntos as informações que permeiam esse tema e você é
o nosso convidado principal! Neste curso, você terá a oportunidade de conhecer informações
básicas sobre Orçamento Público por meio dos seguintes módulos:
• Módulo 1: Entendendo o Orçamento Público
• Módulo 2: Fundamentos Legais
• Módulo 3: Leis Orçamentárias
• Módulo 4: Orçamento e Cidadania
No Módulo 1 “Entendendo o Orçamento Público” você aprenderá conceitos básicos sobre
Orçamento e verá a importância de conhecer esse tema para atuar como cidadão crítico e
participativo na sociedade. Estudarão ainda os conceitos de receita e despesa pública, as funções do
orçamento, quais são os princípios orçamentários e a sua aplicabilidade para a boa gestão pública.
No Módulo 2 “Fundamentos Legais” você conhecerá os fundamentos legais que regem o
orçamento público, buscando analisar a importância dessas Leis em todas as esferas de governo.
No Módulo 3 “Leis Orçamentárias” analisaremos a composição do processo orçamentário,
identificando seus instrumentos e etapas que resultam na elaboração dos orçamentos.
No Módulo 4 “Orçamento e Cidadania” serão abordados os instrumentos que promovem a
participação popular dos cidadãos de forma crítica e efetiva. Apresentaremos, por fim, os conceitos
sobre a participação popular na composição e fiscalização do orçamento, bem como a importância
do orçamento participativo nas escolhas das prioridades para a utilização dos recursos públicos.
Esperamos que após a conclusão dos estudos em todas essas etapas, você aprenda
informações básicas, mas essenciais, sobre Orçamento Público. Desejamos excelente estudo!
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UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ORÇAMENTO PÚBLICO
Que tal iniciarmos esta unidade
refletindo sobre orçamento familiar? Ao
planejar uma viagem de férias, você costuma
analisar o seu orçamento e organizar os seus
gastos? Você consegue prever qual o valor
disponível para alimentação, hospedagem,
combustível e lazer no decorrer da sua viagem?
Quais são as suas despesas prioritárias?
Alguns assuntos precisam ser considerados no planejamento da sua viagem: dinheiro,
despesas, receita, planejamento, responsabilidade, decisões.
Falar sobre Orçamento Público é lidar diretamente com algumas dessas questões. Mas,
vamos ver como isso acontece na prática? Caso você seja uma daquelas pessoas que têm o hábito de
planejar e analisar o orçamento doméstico buscando verificar quais são os gastos prioritários para a
sua família, compreenderá facilmente que o Estado também deve buscar mecanismos para atender
às diversas demandas da sociedade.
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Ações nas áreas de saúde, educação, segurança, habitação, saneamento, justiça e
infraestrutura são exemplos de que as demandas em nosso país são crescentes e, no entanto, os
recursos muitas vezes são limitados.
É importante que a sociedade tenha conhecimento e compreenda o processo orçamentário,
bem como os aspectos que são considerados na alocação de recursos, isso é Transparência
Governamental! Estudaremos mais à frente na unidade 5 desse módulo, o que é transparência
governamental e a importância do controle social, que é, na realidade, a participação e o
acompanhamento exercido pelos cidadãos.
Agora, vamos dar continuidade às informações sobre orçamento público analisando a charge
abaixo e buscando refletir sobre as seguintes questões: Você se preocupa em saber quais áreas o
Estado tem investido o dinheiro que arrecada? Em sua opinião, qual a importância do
orçamento público para o crescimento do país e qualidade de vida da população?
Pois bem, o orçamento público é de fundamental importância para o desenvolvimento do
país. É uma lei de iniciativa exclusiva do Chefe do Poder Executivo (Presidente da República,
Governadores, Prefeitos) que estima, ou seja, prevê as receitas e fixa as despesas necessárias para
viabilizar as ações do governo.
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Esta lei tem como objetivo atender às necessidades da
população, procurando reduzir as desigualdades sociais e
priorizando recursos em setores fundamentais, tais como: saúde,
educação e infraestrutura.
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UNIDADE 2 FUNÇÕES DO ORÇAMENTO
Por meio do orçamento público,
os governos desenvolvem funções que
são fundamentais para direcionar o
desenvolvimento econômico e social do
país. São três as funções do orçamento
público: alocativa, distributiva e
estabilizadora.
A Função Alocativa direciona os recursos da economia em setores prioritários, tendo em
vista oferecer bens e serviços que o mercado não seja capaz de ofertar à sociedade.
A Função Distributiva combate os desequilíbrios e as desigualdades sociais e busca o
desenvolvimento de regiões e classes menos favorecidas.
A Função Estabilizadora busca, na elaboração do orçamento, tomar decisões que têm
impacto na economia, visando à manutenção de elevado nível de emprego, o desenvolvimento do
setor produtivo (empresas, indústrias, etc.) e o equilíbrio e estabilidade de preços (controle da
inflação) para o crescimento sustentável. Vamos conhecer exemplos práticos de como o governo
desenvolve essas funções?
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Função alocativa: a demanda social pela redução dos níveis de
violência tenderá a eleger candidatos comprometidos com o
aumento da segurança pública, os quais deverão alocar maiores
volumes de recursos orçamentários em despesas relacionadas
com esta política pública.
Função distributiva: a concessão de bolsas assistenciais para as
pessoas de baixa renda, que são custeadas por meio dos tributos
pagos pela sociedade, inclusive por cidadãos que não recebem
esse benefício.
Função estabilizadora: a decisão do governo em reduzir o
Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, que incide
diretamente na produção de veículos e em seu preço final. É uma
forma de estimular o consumo, estabilizando os níveis de
emprego e promovendo o crescimento econômico do país.
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UNIDADE 3 PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
Você sabia que o orçamento público também segue regras fundamentais para direcionar a
prática orçamentária? Estas regras são um conjunto de orientações que devem ser observadas
durante cada etapa da elaboração dos orçamentos. É o que chamamos de Princípios Orçamentários.
Agora, vamos estudar os mais importantes princípios orçamentários. Acompanhe!
Princípio da Anualidade: O orçamento público (estimativas da receita e fixação da
despesa) deve ser elaborado por um período determinado de tempo. O princípio da Anualidade,
como o próprio nome indica, supõe o período de tempo de um ano. No Brasil, o exercício financeiro
coincide com o ano civil (1º de janeiro a 31 de dezembro).
Princípio da Legalidade: Segundo esse princípio orçamentário, as receitas arrecadadas e as
despesas executadas devem estar previstas em lei.
Princípio da Uniformidade: Este princípio estabelece que os métodos e os dados devam
ser homogêneos no decorrer dos anos, mostrando semelhança na metodologia de elaboração do
orçamento, o que permite comparações ao longo do tempo.
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Princípio da Clareza: Como o próprio nome diz, por este principio o orçamento deve ser
claro e de fácil compreensão a qualquer cidadão.
Princípio da Não afetação da receita: Segundo a Constituição Federal, é proibida a
vinculação de parcela de receita de impostos para atender a certos e determinados gastos, tendo em
vista não comprometer a arrecadação da receita para atender apenas a algumas despesas específicas,
em detrimento de outras também necessárias.
Princípio da Universalidade: Todas as receitas e todas as despesas devem constar da lei
orçamentária.
Princípio do Equilíbrio: Os valores autorizados para realização das despesas em
determinado ano devem ser compatíveis com a arrecadação das receitas.
Princípio da Publicidade: A garantia de que os contribuintes possam ter acesso às
informações orçamentárias para o pleno exercício da fiscalização sobre a utilização dos recursos
arrecadados e aplicados.
Princípio do Orçamento Bruto: Todas as receitas e despesas devem constar no orçamento
anual com seus valores brutos (integrais) e não líquidos, sendo proibidas deduções. A adoção deste
princípio reforça a transparência no orçamento público.
Princípio da Exclusividade: A lei orçamentária deverá conter apenas dispositivos
relacionados à fixação das despesas e à previsão das receitas públicas.
Princípio da Unidade Orçamentária: O orçamento, com todas as suas receitas e despesas,
deve constar de uma única lei orçamentária, ou seja, o orçamento é uno.
Fique atento! O entendimento dos princípios orçamentários é muito importante para uma
melhor compreensão das questões relacionadas aos processos orçamentários, assunto que será
abordado no próximo módulo.
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UNIDADE 4 RECEITA E DESPESA PÚBLICA
Aprendemos que o orçamento público tem como objetivo precípuo atender às necessidades
da população, procurando reduzir as desigualdades sociais e priorizando recursos em setores
fundamentais como saúde, educação e infraestrutura.
O orçamento é também o planejamento de
qualquer entidade, seja pública ou privada, e
representa o fluxo previsto de ingressos (receitas) e
aplicações de recursos (despesas) em determinado
período. Assim, o orçamento é composto de receitas e
despesas. Vamos entender melhor esses conceitos?
A receita pública é o montante total em dinheiro recolhido pelo Tesouro Nacional,
incorporado ao patrimônio do Estado, que serve para custear as despesas públicas e as necessidades
de investimentos públicos. Em outras palavras, podemos afirmar que a receita é constituída pelos
recursos obtidos pelo Estado, através da arrecadação dos tributos e de outras fontes (aluguéis de
imóveis, multas, etc.), durante um determinado período financeiro (no caso do Brasil coincide com
o ano civil).
Esses recursos serão utilizados no planejamento e execução das despesas públicas que estão
sob a responsabilidade do Estado, com o objetivo de oferecer bens e serviços à sociedade.
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Um exemplo de Receita Pública é arrecadação anual do imposto de renda. Para saber mais
sobre esse recurso obtido pelo governo acesse o site http://www.brasil.gov.br/economia-e-
emprego/2011/04/imposto-de-renda-ajuda-a-bancar-saude-educacao-e-programas-sociais
Os tributos são a principal fonte de arrecadação de receitas pelo
Estado, sendo fundamentais para os governos financiarem suas
políticas públicas.
O Estado, em virtude de seu poder soberano, pode retirar de seus
cidadãos parcelas de suas riquezas para a consecução de seus fins,
visando ao bem-estar geral.
Em outras palavras, os tributos são os impostos, taxas e
contribuições incluídas nos produtos e serviços que consumimos e
utilizamos. No preço dos produtos que compramos como comida e
roupa estão incluídos tributos.
As receitas públicas podem ser agregadas em várias classificações. Neste curso, estudaremos
três dessas classificações. Sob os pontos de vista Coercitivo (Receita originária e Derivada);
Econômico (Receita Corrente e De Capital); e de Competência (Federal, Estadual, Distrital e
Municipal). Vamos conhecer agora as classificações sob as óticas coercitiva e econômica.
Acompanhe!
Receita Derivada: São aquelas obtidas pelo Estado por meio do seu poder soberano, sendo
captadas de forma obrigatória. Exemplos: pagamento de tributos, tais como o Imposto de Renda -
IR, Imposto de Importação - II, etc.
Receita Corrente: São as receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, de origem
agropecuária e industrial, de serviços, entre outras. Exemplos: impostos, taxas, contribuições de
melhoria, aluguéis, etc.
Receita de Capital: São as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de
constituição de dívidas, da conversão, em espécie, de bens e direitos, entre outras. Exemplos:
recebimento de empréstimo, venda de imóvel público, etc.
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Receita Originária: São receitas oriundas da exploração do patrimônio do Estado, através
da cobrança de preço ou tarifa decorrente da contraprestação de bens ou serviços, obtidos de forma
voluntária. Exemplos: aluguéis de imóveis públicos, bilhetes de ônibus, etc.
Vamos estudar agora a classificação da receita sob o ponto de vista da competência.
Acompanhe!
Federal: receitas pertencentes ao Governo Federal. Exemplos: Imposto Territorial Rural –
ITR; Imposto sobre Operações Financeiras – IOF; Imposto sobre Produtos Industrializados IPI.
Estadual: receitas que pertencem aos Estados. Exemplos: Imposto sobre Circulação de
Mercadorias – ICMS; Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA.
Municipal: são as pertencentes aos municípios. Exemplos: Imposto sobre a Propriedade
Predial e Territorial Urbana – IPTU; Imposto Sobre Serviços – ISS.
Uma observação importante é que o Distrito Federal reúne as competências estaduais e
municipais.
O poder público utiliza os recursos arrecadados respeitando os
compromissos previstos na Constituição e em leis específicas. Com o
dinheiro recolhido, o governo investe em melhorias e paga as
despesas necessárias ao atendimento das demandas da sociedade.
E a despesa pública, o que é? Segundo Aliomar Baleeiro (1998), despesa pública é a
aplicação de certa quantia em dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente,
dentro de uma autorização legislativa, para a execução de fim a cargo do governo.
Com base nas receitas arrecadadas, o governo realiza os gastos previstos na Constituição, na
legislação e no respectivo plano de governo, tendo em vista atender as demandas da sociedade.
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Nesse sentido, o orçamento deve abranger todos os gastos dos órgãos e entidades da
Administração Pública, que são responsáveis por fornecer bens e serviços em quantidade e
qualidade adequadas à população. Cabe lembrar que todas as despesas públicas devem ser
autorizadas por lei. Assim, a Lei Orçamentária é fundamental para viabilizar as políticas públicas do
governo.
Dentre as classificações das despesas públicas, serão destacadas também três formas: sob os
pontos de vista Coercitivo (Obrigatórias e Discricionárias); Econômico (Corrente e De Capital); e
da Competência (Federal, Estadual, Distrital e Municipal). Vamos conhecer agora as classificações
sob as óticas coercitiva e econômica. Acompanhe!
Despesa Obrigatória: Despesas previstas em lei, representando um gasto obrigatório.
Exemplo: pagamento de salários dos servidores públicos.
Despesa Corrente: Caracteriza-se pela manutenção das atividades relacionadas à prestação
dos bens e serviços de responsabilidade do Estado. Exemplos: pagamento dos salários dos médicos,
aquisição de remédios, pagamento das contas de água e luz de um hospital.
Despesa de Capital: Contribuem para a ampliação da oferta de bens e serviços de
responsabilidade do Estado. Exemplo: construção de hospitais.
Despesa Discricionária: Despesas que o governo pode decidir livremente onde aplicar os
recursos. Exemplo: duplicação de uma rodovia.
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Agora, observe o gráfico a seguir. Ele aponta a relação entre as despesas obrigatórias e
discricionárias no âmbito do orçamento da União, assim como a sua evolução desde 2009.
Conforme pode ser observado, verificam-se montantes significativos de despesas
obrigatórias, o que implica em restrições quanto ao grau de autonomia do governo federal para a
tomada de decisão sobre a aplicação dos recursos públicos, uma vez que a maior parte dos recursos
está comprometida com o pagamento de despesas criadas por meio de dispositivos constitucionais e
legais.
Agora, vamos estudar a classificação da despesa sob o ponto de vista da competência.
Acompanhe!
Federal: Despesas sob a responsabilidade do Governo Federal. Exemplos: funcionamento
de embaixadas do Brasil em outros países; manutenção e desenvolvimento da Defesa Nacional
(Exército, Aeronáutica e Marinha); investimentos em Universidades Federais.
Estadual: São as executadas pelos Estados. Exemplos: Manutenção da Polícia Militar;
construção de escolas públicas; acesso à Justiça Comum.
Municipal: São as pertencentes aos Municípios. Exemplos:
Manutenção de espaços públicos (praças, ruas, calçadas); funcionamento da Câmara de Vereadores;
oferta de transporte escolar.
Uma observação importante é que o Distrito Federal reúne as competências estaduais e
municipais.
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UNIDADE 5 TRANSPARÊNCIA GOVERNAMENTAL E CONTROLE SOCIAL
Podemos afirmar que em qualquer esfera
governamental (Federal, Estadual, Distrital e Municipal) o
orçamento é público e todos nós temos o direito e o dever
de saber o que é feito com o dinheiro que se arrecada. Isso
é transparência governamental!
Já o Controle Social no orçamento público ocorre
quando os cidadãos se organizam para conhecer o seu
conteúdo; participar da sua elaboração; acompanhar a sua
execução e verificar o alcance de resultados.
Desse modo, os dados que compõem o orçamento público devem estar sempre disponíveis
para consulta da sociedade, seja na internet ou em outros meios de informação.
O acesso à informação é um direito fundamental para que o processo orçamentário seja
transparente e que haja controle social, tanto na sua elaboração como na sua execução. Este direito é
garantido por meio da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Essa lei é um dos assuntos do módulo 2 do curso. Caso queira conhecer mais sobre o
orçamento federal, acesse o site http://www.orcamentofederal.gov.br/
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REVISÃO DO MÓDULO
Agora, vamos recordar juntos algumas informações essenciais que vimos nesse módulo.
Inicialmente, aprendemos que o orçamento público é uma lei que estima, ou seja, prevê as receitas e
fixa as despesas necessárias para viabilizar as ações do governo. Vimos ainda que o Estado deve
buscar mecanismos para atender às diversas demandas da sociedade. Ações nas áreas de saúde,
educação, segurança, habitação, saneamento, justiça e infraestrutura são exemplos de que as
demandas em nosso país são crescentes e, no entanto, os recursos muitas vezes são limitados.
Na unidade 2 vimos que por meio do orçamento público os governos desenvolvem as funções
alocativa, distributiva e estabilizadora a fim de direcionar o desenvolvimento econômico e social do
país. A função alocativa direciona os recursos da economia em setores prioritários, tendo em vista
oferecer bens e serviços que o mercado não seja capaz de ofertar à sociedade. A função distributiva
combate os desequilíbrios e as desigualdades sociais e a função estabilizadora busca, na elaboração
do orçamento, tomar decisões que têm impacto na economia.
Estudamos na unidade 3 que os Princípios Orçamentários são regras fundamentais para
direcionar a prática orçamentária. Alguns princípios do orçamento público são: Princípio da
Anualidade; Princípio da Legalidade; Princípio da Uniformidade; Princípio da Clareza; Princípio do
Equilíbrio; Princípio da Universalidade; Princípio da Unidade Orçamentária. O entendimento dos
princípios orçamentários é muito importante para uma melhor compreensão dos temas a serem
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abordados no curso, sobretudo quando tratarmos de questões relacionadas aos processos
orçamentários.
Já na unidade 4 aprendemos que a receita pública é constituída pelos recursos obtidos pelo
Estado, através da arrecadação dos tributos e de outras fontes, durante um determinado período
financeiro. Já a despesa pública é a aplicação de certa quantia em dinheiro, por parte da autoridade
ou agente público competente, dentro de uma autorização legislativa, para a execução de fim a
cargo do governo. Tanto a receita quanto a despesa são classificadas nas formas coercitivas,
econômica e de Capital.
Por fim, na unidade 5, aprendemos a importância de acompanhar saber o que é feito com o
dinheiro que se arrecada em nosso país. Isso é transparência governamental! Quanto ao Controle
Social vimos que é fundamental para toda a coletividade que ocorra a participação dos cidadãos e
da sociedade organizada no controle do gasto público, monitorando permanentemente as ações
governamentais e exigindo o uso adequado dos recursos arrecadados.
Agora, realize os exercícios de fixação disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem e,
em seguida, inicie os estudos do módulo 2. Av@nte!
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REFERÊNCIAS
BALEEIRO, A. Uma Introdução à Ciência das Finanças. 18ª edição. 2012.
Brasil.gov.br: http://www.brasil.gov.br.
Secretaria de Orçamento Federal: http://www.orcamentofederal.gov.br/.
Momento do Orçamento: O que é o orçamento público? 31/05/2010:
http://www.agenciadoradio.com.br/espelho_mp/corpo_noticia.php?codigo_noticia=MPLA100131.