modos de transporte - recursos de apoio ao ensino da geografia · aldeia global. distribuiÇÃo...
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Modos de Transporte
Importância dos Transportes na Actualidade
Aumento da acessibilidade
Facilitam os movimentos pendulares
Estimulam o aumento da produção
Estimulam as trocas comerciais
Facilitam a localização da indústria
Criam empregos
Estruturam o espaço urbano
Promovem a terciarização da sociedade
Contribuem para a redução das assimetrias regionais
Diminuem o isolamento de regiões menos favorecidas
Promovem o aumento da qualidade de vida e intercâmbio cultural
…
Factores responsáveis pela selecção de
um modo de transporte
Custos
Acessibilidades aos locais de partida e chegada
Natureza do transporte (passageiros e/ou mercadorias)
Tipos de mercadorias
Distâncias a percorrer
Tempo gasto no percurso
Modos de transporte disponíveis
Transportes Terrestres
Rodoviário
Ferroviário
Energia
Transporte Rodoviário
Vantagens: Grande mobilidade e Independência
Conforto
Mais prático e económico – curtas e médias distâncias
Grande nível de especialização (camiões-frigorífico, camiões-cisterna, porta contentores…)
Grande capacidade de carga (veículos longos)
Dispõe de uma rede muito ramificada
Desvantagens: Impacto ambiental negativo (poluição atmosférica, sonora e dos solos)
Elevada sinistralidade
Ocupação de grandes espaços pelas infra-estruturas
Impacto territorial negativo (separação de propriedades e aglomerados)
Elevado consumo energético (aumenta a dependência externa)
Congestionamento nas áreas urbanas
Estacionamento (custos ou dificuldades)
Reduzida capacidade de carga (face aos transportes ferroviário e marítimo)
Elevados custos com a rede de infra-estruturas
Transporte Ferroviário
Reduzido impacto ambiental (se as linhas forem electrificadas)
Grande capacidade de carga (comparativamente com o rodoviário e aéreo)
Pequeno consumo de energia, por cada unidade transportada, competitivo a médias e longas distâncias
Rápido, não tem congestionamentos
Fraca sinistralidade
Ocupa menos espaço (infra-estruturas – linhas férreas comparado com as estradas)
Fraca flexibilidade – Limitações da rede (densidade, características, traçados)
Custos de exploração elevados
Necessidade de transbordos
Itinerários fixos
Rigidez dos horários
Vantagens:
Desvantagens:
Transporte de Energia
Elevado grau de segurança – não está
sujeito às condições atmosféricas
Menor risco de poluição devido ao elevado grau de segurança
Grande regularidade no abastecimento, ao permitir fluxos contínuos
Permite o transporte desde o local de extracção até aos diferentes locais de transformação e/ou consumo (refinarias, indústria petroquímica, portos…)
Baixos custos de transporte
Elevado custo das infra-estruturas
As dificuldades em alterar a capacidade de escoamento
Em caso de conflitos pode acarretar insegurança no abastecimento
Vantagens:
Desvantagens:
Transportes Aquáticos
Marítimo
Fluvial
Transporte Marítimo
Elevada capacidade de carga, mais competitivo para longas distâncias
Transporta quase toda a espécie de carga
Preços concorrenciais (para transporte de mercadorias volumosas e pesadas)
Adequado para médias e longas distâncias (e curtas por cabotagem)
Permite descongestionar as vias terrestres
Normalmente pouco poluente
Mais económico em termos de infra-estruturas
É lento, não se adequa a mercadorias perecíveis
Exige transbordos adequados
Riscos de acidentes (derrames, encalhes)
Portugal – pouco competitivo dado o fraco investimento nas infra-estruturas e nos equipamentos
Desvantagens:
Vantagens:
Transporte Fluvial
Inexistência de custos na construção de vias, na maior parte das vezes são percursos naturais (rios, lagos)
Reduzidos custos unitários, resultantes da grande capacidade de carga das embarcações
É um transporte lento
Exige, regra geral, transbordo
Depende da existência de vias que permitam a navegabilidade
(ver pág. 17 - programa da Comissão Europeia 2007-2013)
Vantagens:
Desvantagens:
Transporte Aéreo
Permite vencer longas distâncias
Geralmente seguro
Adequado para transportes urgentes, de valores ou mercadorias perecíveis
Elevado impacto ambiental (poluição sonora e atmosférica)
Custos operacionais muito elevados
Capacidade limitada para o transporte de mercadorias
Elevado preço das deslocações
Localização problemática dos aeroportos (distância à cidade)
Elevado tempo de espera para embarque e desembarque
Elevado consumo de combustível
Saturação do espaço aéreo
Desvantagens:
Vantagens:
Sistema de transporte em que se utilizam dois ou
mais modos e/ou meios de transporte, de forma
integrada, para completar uma cadeia de transporte “porta a porta”.
É um transporte combinado que permite a interligação entre diferentes modos de transporte: rodoviário, ferroviário e o marítimo (mas também o aéreo) utilizando: contentores, caixas móveis, camiões e semi-reboques sobre carruagens e barco…
Redução dos custos de transporte
Aumentar a segurança rodoviária
Diminuir a poluição e o consumo de energia
Diminui os congestionamentos de transito
Reequilíbrio entre os diversos modos de transporte
Permite contornar estrangulamentos (Pirenéus, Alpes…)
Transporte Intermodal
Vantagens:
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE
TRANSPORTE
Desde a década de 80 - inúmeros investimentos no sistema de transportes nacional: criação de infra-estruturas fundamentais e necessárias para o desenvolvimento e para a melhoria das acessibilidades de todo o país.
PRODAC – principais objectivos:
Ligação de Portugal aos grandes eixos ferroviários e rodoviários da Europa
Assegurar boas ligações inter-regionais para expansão de mercados
Rapidez de abastecimento
Diminuição dos custos
Eficácia na movimentação de pessoas e mercadorias
Modernização da rede rodoviária e ferroviária
Desenvolvimento de portos
Outras alterações preconizadas pelo PRN 2000
(ver pág.36)
Características (em 2005):
Rede Fundamental – 9 IPs – 1957km, maior extensão nos distritos de Évora, Santarém, Beja e Viseu.
Auto-estradas – 2341km de extensão um acréscimo de 14% face ao ano anterior.
Rede Complementar – IC e ER – 6204 km, Lisboa, Braga, Setúbal com maiores extensões.
A Rede Rodoviária Nacional
Rede ferroviária nacional afastada dos padrões comunitários ( ver pág 42 e 43) apesar de nos últimos anos se terem verificado grandes progressos:
- Renovação integral na via dos principais itinerários
(ligações suburbanas da GAMP e GAML e na ligações intra-urbanas entre Braga e Faro)
- Novas composições no serviço urbano de Lisboa
- Alfa- pendular Lisboa/Porto
- Adaptação do comboio na Ponte 25 de Abril
- Novos sistemas de sinalização, comunicação e controlo automático de velocidade
- Eliminação de passagens de nível
- Electrificação
- Modernização de estações
É competitiva à escala urbana e suburbana face à rodovia, mas tende a desaparecer em áreas do interior, desligando-se da rede europeia
A necessidade de garantir padrões de mobilidade idênticos aos da EU tem
promovido a necessidade de revitalizar a rede ferroviária, visando:
Contribuir para o reordenamento do território
Diminuir as assimetrias regionais e a interioridade
Integrar a rede ferroviária internacional(ver principais recomendações para o sistema ferroviário português para o período de 2007-2013)- pág 45
A revitalização da rede ferroviária passa por:
Integração entre da rede convencional e a futura rede de alta velocidade
Articular a rede ferroviária com a rede nacional de plataformas logísticas
Melhoria das ligações ferroviárias aos cinco portos nacionais
o que preconizará alterações relativas nas distâncias nacionais (norte-sul e litoral-interior), ibéricas e europeias
Ligações transfronteiriças acordadas entre Portugal e Espanha:
. Porto-Vigo
. Aveiro-Salamanca
. Lisboa-Madrid (via Badajoz)
. Faro-Huelva (ver mapa 1 – pág 47)
A Rede Nacional de Portos
Portos portugueses tem enormes potencializadas (posição geográfica estratégica no contexto das rotas marítimas e águas profundas que permitem acostagem de navios de grande calado)
Enfrentam graves problemas que lhe retiram competitividade (custo de mão-de-obra, excesso de burocracia, morosidade no movimento de carga, equipamento desactualizado, elevados custos de estadia dos navios, deficiente articulação com os restantes modos de transporte…)
Urgem reestruturação que conduza à sua modernizaçãoe adequação às exigências do tráfego actual, contemplando o transporte intermodal
Principais Portos Porto de Lisboa – no estuário do Tejo, importante a nível europeu,
pois localiza-se no cruzamento das principais rotas marítimas a nível mundial. É constituído por vários terminais especializados (sobretudo a norte) ao nível de tráfego de contentores, cereais, petróleo e carvão. Infra-estruturas modernas e importante na escala de cruzeiros. Está prevista a melhoria das ligações terrestres (ferroviária e rodoviária)e aumento do parque de contentores.
Porto de Sines – é o mais recente e considerado um dos melhores para receber navios de grande calado, regista maior movimento de mercadorias, com terminais para produtos petrolíferos, petroquímicos, carboníferos e de carga geral. Bem servido de infra-estruturas rodoviárias e ferroviárias.
Porto de Leixões – em Matosinhos, numa região fortemente industrializada e urbanizada o que condiciona a sua expansão. O 3º mais importante em termos de mercadorias movimentadas. Tem previstas obras para modernização para melhorar a acessibilidade por mar e terra.
Porto de Setúbal – é uma alternativa ao porto de Lisboa, bastante congestionado e situa-se numa área francamente industrializada, possui óptimas condições naturais e potencialidades de expansão
A Rede Nacional de Aeroportos
Serve essencialmente o tráfego internacional de
passageiros e de cargas
O transporte interno de passageiros é irrelevante
(continente-arquipélagos)
Transporte de carga irrelevante
Principais aeroportos no litoral, Lisboa, Porto e Faro,
assinale-se ainda, os do Funchal e Ponta Delgada
Aeroporto de Lisboa – maior tráfego de pessoas e mercadorias. Apesar dos elevados investimentos enfrenta problemas associados à sua expansão, condicionados pela expansão da cidade. Prevista a construção de um novo aeroporto em Alcochete (margem sul), alvo de grande polémica.
Aeroporto Sá Carneiro – terceiro aeroporto mais importante do país no transporte de passageiros e o segundo a nível de mercadorias. Sofreu profundas obras de ampliação e a sua acessibilidade foi melhorada com a construção de um ramal de ligação à rede de metropolitano.
Aeroporto de Faro – vocacionado para voos internacionais não regulares, é o segundo maior no transporte de passageiros, sobretudo turistas. Tráfego de mercadorias pouco significativo
Assinalam-se nos Açores os mais importantes nas ilhas de S. Miguel (João Paulo II), S. Maria (S. Maria) e Terceira (Lages) e na Madeira o aeroporto do Funchal (Santa Catarina ) e o de Porto Santo
As Redes de Distribuição de Energia
Qualquer actividade humana depende do consumo de energia
Actualmente, a maior parte da energia é de origem fóssil e importada.
Electricidade – a REN cobre todo o território mas não uniformemente, é no litoral que se encontra maior densidade e linhas de maior potência (áreas de maior concentração populacional e de centrais termoeléctricas.
Gás Natural – inicialmente dependente da Argélia (gasoduto do Magrebe), hoje provem também da Nigéria, chegando por via marítima (metaneiros) a Sines onde é regaseificado e injectado na rede de gasodutos do país.
Petróleo – chega a Leixões e Sines, por via marítima e a partir dos terminais são transportados através dos oleodutos para as refinarias de Leça da Palmeira e de Sines.
FIM