modernismo em portugal
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MODERNISMO EM PORTUGAL
CONTEXTO HISTÓRICO
SURGE EM 1915, COM A PUBLICAÇÃO DA REVISTA ORPHEU;
PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA EM 1910; o assassinato do rei Carlos X
FACÇÕES POLÍTICAS: REPUBLICANA (DEFENDIA O GOLPE DE 1910) E A ANTI-REPUBLICANA (ORIGINOU O INTEGRALISMO PORTUGUÊS - MOVIMENTO DE EXTREMA DIREITA)
Orpheu(1915) – os revolucionários
A revista contou com apenas dois números.
A revista foi o resultado da convivência de jovens artistas que se reuniam nos cafés de Lisboa.
A revista revelava os primeiros passos de uma estética da diversidade.
Orfeísmo – primeira geração do Modernismo Português (1915-1927) Fernando Pessoa
Mário de Sá-Carneiro Almada Negreiros Luís de Montalvor Ronald de Carvalho *Florbela Espanca
Capa da revista Orpheu, nº 1
1928 – Inicia-se o governo de Salazar (ditadura que se estende até 1974)
A luta contra a expansão comunista.
O levante militar do dia 25 de Abril de 1974 derrubou, num só dia, o regime político que vigorava em Portugal desde 1926, sem grande resistência das forças leais ao governo que cederam perante o movimento popular que rapidamente apoiou os militares. Este levante é conhecido por 25 de Abril ou Revolução dos Cravos. O levante foi conduzido pelos oficiais intermediários da hierarquia militar (o MFA), na sua maior parte capitães, que tinham participado na Guerra Colonial. Considera-se, em termos gerais, que esta revolução devolveu a liberdade ao povo português (denominando-se como "dia da Liberdade" ao feriado instituído em Portugal para comemorar a revolução).
FERNANDO PESSOA
Para ser grande, sê inteiro; nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
Porta-voz de um movimento de “renascença portuguesa”.
Revista A Águia, em que Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro colaboraram como ensaístas críticos.
“AS PESSOAS QUE EU MAIS ADMIRO SÃO AQUELAS QUE NUNCA ACABAM.”
A SOMBRA SOU EUA minha sombra sou eu,
ela não me segue,eu estou na minha sombra
e não vou em mim.Sombra de mim que recebo luz,
sombra atrelada ao que eu nasci,distância imutável de minha sombra a mim,
toco-me e não me atinjo,só sei dó que seria
se de minha sombra chegasse a mim.Passa-se tudo em seguir-mee finjo que sou eu que sigo,finjo que sou eu que vou
e que não me persigo.Faço por confundir a minha sombra comigo:
estou sempre às portas da vida,sempre lá, sempre às portas de mim!
Almada Negreiros
Epigrama
Enche o teu copo, bebe o teu vinho, enquanto a taça não cai das tuas mãos...Há salteadores amáveis pelo teu caminho.Repara como é doce o teu vizinho,
repara como é suave o olhar do teu vizinho, e como são longas, discretas, as suas mãos...
RONALD DE CARVALHO
Mário de Sá-Carneiro(1890-1916)
Epígrafe
A sala do castelo é deserta e espelhada.
Tenho medo de Mim. Quem sou? De onde cheguei?... Aqui, tudo já foi... Em sombra estilizada, A cor morreu --- e até o ar é uma ruína... Vem de Outro tempo a luz que me ilumina --- Um som opaco me dilui em Rei...
Florbela Espanca(1894-1930)
Amar
Eu quero amar, amar perdidamente! Amar só por amar: Aqui... além... Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!... Prender ou desprender? É mal? É bem? Quem disser que se pode amar alguém Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida: É preciso cantá-la assim florida, Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada Que seja a minha noite uma alvorada, Que me saiba perder... pra me encontrar...
Presencismo – segunda geração do modernismo português(1927-1940)
Os objetivos da Revista Presença eram:
Levar adiante o projeto de modernidade iniciado por Orpheu e varrer resquícios de romantismo, historicismo e decadentismo que ainda perduravam com a geração anterior. Seus membros defendiam uma literatura viva (tudo que é original).
Quando eu nasci, ficou tudo como estava, Nem homens cortaram veias, nem o Sol escureceu, nem houve Estrelas a mais... Somente, esquecida das dores, a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci, não houve nada de novo senão eu.
As nuvens não se espantaram, não enlouqueceu ninguém...
P'ra que o dia fosse enorme, bastava toda a ternura que olhava nos olhos de minha Mãe...
(José Régio)
A análise interior, a introspecção, era o caminho para essa forma de expressão.
3º momento (1940-1947)O neo-realismo
Repúdio à literatura de caráter psicológico e intimista;
Proposta de uma literatura engajada; Alves Redol, Vergílio Ferreira,
Fernando Namora.
BIBLIOGRAFIA
CEREJA&MAGALHÃES, William Roberto e Thereza Cochar. Português: Linguagens. Vol. 3. Ed. Atual.
PASSONI, Célia A. N. Literatura: Fuvest/Unicamp-2008. Ed. Núcleo
FARACO&MOURA. Língua e Literatura. Vol.3. Ed. Ática.
Imagens:
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