modernismo brasileiro 1930-1945 2ª fase -...
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Modernismo Brasileiro1930-1945
2ª fase - PROSA
Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia
Professora Sônia Cotrim
ProfessoraSonia.com.br
CONTEXTO HISTÓRICO - Brasil ● Crise cafeeira
● Revolução de 30
● Fim da República Velha
● Getúlio Vargas na presidência
(governo provisório)
● Revolução Constitucionalista
(São Paulo - 1932)
● Intentona Comunista (1935)
● Caça aos comunistas
● Estado Novo
● Legislação Trabalhista (1940)
● Fim da era Vargas (1945)2
CONTEXTO HISTÓRICO - Mundo ● Quebra da Bolsa de Nova Iorque (1929)
● Bombardeio a Guernica (1937)
● Nazismo/ Fascismo
● Combate ao Comunismo
● Início da Segunda Guerra Mundial (1939)
● Entrada dos Estados Unidos na Guerra (1941)
● O Brasil declara guerra aos países do Eixo (1942)
● A Alemanha se rende aos exércitos aliados (maio/1945)
● Bombas Hiroshima e Nagasaki (agosto/1945)
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O Brasil ● Crescimento da industrialização e da urbanização;
● fortalecimento da camada média da sociedade;
● instrução pública obrigatória nos anos iniciais da escolaridade;
● reformas educacionais (textos de autores modernistas passaram a integrar as antologias
escolares;
● difusão da cultura artística e intelectual;
● Grande expansão do rádio.
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Prosa ● Graciliano Ramos
● Rachel de Queiroz
● José Lins do Rego
● Jorge Amado
● José Américo de Almeida
● Érico Veríssimo
● Dyonélio Machado
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Prosa ● Consolidação do Modernismo
● Temas nacionais e do cotidiano
● Cultivo de uma linguagem mais popular e coloquial
● Regionalismo
● Consciência social
● Abordar criticamente a miséria e a exploração do trabalhador rural
● As agruras da seca e o abuso do poder exercido pelos poderosos
● Neorrealismo/ Neonaturalismo
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Biografia ● Filha de intelectuais, do advogado Daniel de Queiroz Lima e de Clotilde Franklin de Queiroz,
era descendente, pelo lado materno, da estirpe dos Alencar (sua bisavó materna era prima
José de Alencar).
● Com apenas 7 anos sua família muda-se para o Rio de Janeiro e depois para Belém do Pará.
● Depois de dois anos retornam ao Ceará e Rachel torna-se aluna interna do “Colégio
Imaculada Conceição”. Com apenas 15 anos de idade, forma-se professora em 1925.
● Lecionou História e, com 20 anos, em 1930, publica seu primeiro romance, “O Quinze”. Nessa
obra, a escritora retrata a seca de 1915 no nordeste do país e a realidade dos retirantes
nordestinos.
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Biografia ● Foi militante política e afiliada ao Partido Comunista Brasileiro desde 1930.
● Em 1932, casa-se com o poeta José Auto da Cruz Oliveira, separando-se em 1939. No ano
seguinte, casa-se novamente com o médico Oyama de Macedo, com quem permanece até
seu falecimento, em 1982.
● Em 1992, escreveu o romance “Memorial de Maria Moura”, o qual lhe conferiu o "Prêmio
Camões". Aos 92 anos, no dia 4 de novembro de 2003, na cidade do Rio de Janeiro,
descansando em sua rede, falece Rachel de Queiroz.
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Obras● O Quinze (1930)
● João Miguel (1932)
● Caminhos de Pedras (1937)
● As Três Marias (1939)
● Três romances (1948)
● O Galo de Ouro (1950)
● Lampião (1953)
● A Beata Maria do Egito (1958)
● Quatro Romances (1960)
● O Menino Mágico (1969)
● Seleta (1973)
● Dora Doralina (1975)
● Memorial de Maria Moura (1992)
● Andira (1992)
● As Terras Ásperas (1993)
● Teatro (1995)
● Falso Mar, Falso Mundo (2002)
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O Quinze● Enfoque na região nordestina
● Numa narrativa linear, Rachel retrata a realidade dos
retirantes nordestinos quando essa região foi atingida
por uma grande seca em 1915.
● Forte teor social (retrata a realidade do local, a fome
e a miséria)
● Análise psicológica das personagens e o uso do
discurso direto
● Problemas sociais que são desencadeados pela seca.
● Linguagem simples e coloquial
● frases curtas, breves e precisas
● narrada em terceira pessoa, com a presença de um
narrador onisciente.
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O Quinze - resumo● Chico Bento vivia com sua esposa Cordulina e seus três filhos na fazenda de Dona Maroca, em Quixadá. Ele era vaqueiro e
o sustento vinha da terra.
● No entanto, com o problema da seca que cada vez mais assolava a região onde viviam, ele e sua família são obrigados a
migrar para a capital do Ceará, Fortaleza.
● Desempregado e em busca de condições mais dignas, ele e sua família vão a pé de Quixadá a Fortaleza, pois não tinham o
dinheiro da passagem. Grande parte da obra relata as dificuldades, desde a fome e a sede, que passaram durante o trajeto.
● Numa das passagens, ele e sua família encontram outro grupo de retirantes saciando a fome com a carcaça de um gado.
Comovido com a cena, ele decide dividir a pouca comida que levavam (rapadura e farinha) com os novos amigos.
● Mais adiante, ele mata uma cabra, no entanto, o dono do animal fica enfurecido. Mesmo ouvindo a história triste de Chico
Bento em busca de alimento para ele e sua família, o dono do animal, deixa somente as vísceras para alimentá-los.
● Diante de tanta fome, um dos filhos do casal, Josias, come uma raiz de mandioca cru, o que causa sua morte.
● "Lá se tinha ficado o Josias, na sua cova à beira da estrada, com uma cruz de dois paus amarrados, feita pelo pai. Ficou em
paz. Não tinha mais que chorar de fome, estrada afora. Não tinha mais alguns anos de miséria à frente da vida, para cair
depois no mesmo buraco, à sombra das mesma cruz."17
O Quinze - resumo● Além disso, o filho mais velho, Pedro, acaba se juntando a outro bando de retirantes e o casal não o vê mais.
● Ao chegar em Fortaleza, a família de Chico Bento vai para o "Campo de Concentração", um espaço destinado aos
flagelados da seca.
● Ali, encontram Conceição, professora e voluntária, que por fim, torna-se madrinha do filho caçula do casal: Manuel,
apelidado de Duquinha.
● Conceição os ajuda a comprar passagens para São Paulo e como madrinha da criança pede a eles para ficar com o menino,
uma vez que o considerava um filho. Embora apresentassem resistência, Duquinha acabou ficando no Ceará com sua
madrinha.
● Conceição era prima de Vicente, um proprietário e criador de gado muito mesquinho. Ela se sentia atraída por ele, no
entanto, o rapaz conhece Mariinha Garcia, uma moradora de Quixadá e que também estava interessada em Vicente. Num
tom de consolo, sua avó diz:
● "Minha filha, a vida é assim mesmo... Desde hoje que o mundo é mundo... Eu até acho os homens de hoje melhores."
● Com a chegada da chuva e consequentemente da esperança para o povo nordestino, a avó de Conceição resolve voltar a
sua terra natal, Logradouro, mas a garota decide ficar em Fortaleza.18
Biografia ● Graciliano Ramos (1892-1953) nasceu na cidade de Quebrângulo, Alagoas, no dia 27 de
outubro de 1892. Passou parte de sua infância na cidade de Buíque, em Pernambuco, e parte
em Viçosa, Alagoas. Fez seus estudos secundários em Maceió. Não cursou nenhuma
faculdade.
● Em 1910 foi com a família morar em Palmeira dos Índios, Alagoas, onde seu pai abriu um
pequeno comércio. Em 1914 foi para o Rio de Janeiro trabalhar como revisor dos jornais
Correio da Manhã e A Tarde. Voltou para a cidade de Palmeira dos Índios onde trabalhou
com o pai, no comércio. Em 1927 foi eleito prefeito da cidade, assumindo o cargo em 1928.
Mudou-se para Maceió, em 1930, onde assumiu a direção da Imprensa Oficial e da Instrução
Pública do Estado.
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● Graciliano Ramos estreou na literatura em 1933 com o romance "Caetés". Nessa época
mantinha contato com José Lins do Rego, Raquel de Queiroz e Jorge Amado. Em 1934
publicou o romance "São Bernardo" e em 1936 publicou "Angústia". Nesse mesmo ano, foi
preso sob acusação de participar do movimento de esquerda. Após sofrer humilhações e
percorrer vários presídios, foi libertado em janeiro de 1937. Essas experiências pessoais e
dolorosas de sua vida, foram retratadas no livro "Memórias do Cárcere", publicado após sua
morte. O romance "Vidas secas", escrito em 1938 é a sua obra mais importante.
● Graciliano Ramos foi morar no Rio de Janeiro. Em 1945 ingressou no Partido Comunista
brasileiro. Em 1951 foi eleito presidente da Associação Brasileira de Escritores. Em 1952
viajou para os países socialistas do Leste Europeu, experiência descrita na obra "Viagem",
publicada em 1954, após sua morte.
● Graciliano Ramos faleceu no Rio de Janeiro, no dia 20 de março de 1953.
Biografia
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Obras● Caetés, romance, 1933
● São Bernardo, romance, 1934
● Angústia, romance, 1936
● Vidas Secas, romance, 1938
● A Terra dos Meninos Pelados, (juvenil) 1942
● História de Alexandre, (juvenil) 1944
● Dois Dedos, literatura infantil, 1945
● Infância, memórias, 1945
● Histórias Incompletas, literatura infantil, 1946
● Insônia, contos, 1947
● Memórias do Cárcere, memórias, 1953
● Viagem, memórias, 1954
● Linhas Tortas, crônicas, 1962
● Viventes das Alagoas, costumes do
Nordeste, 1962
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Vidas Secas● Romance de cunho sócio-político, Vidas secas (1938)
é uma obra que focaliza o drama de uma família de
retirantes que vivem a fugir da seca. É a presença
deste flagelo que condiciona o comportamento das
pessoas, animalizando-as.
● Narrado em terceira pessoa, esta obra surpreende
pelo relato de uma vida sem horizontes, sem grandes
ambições e exploradas por outras pessoas. O
romance apresenta uma sucessão de quadros que
revelam vários momentos da vida desta família
sertaneja, que é formada por Fabiano, Sinhá Vitória
(sua mulher) os dois meninos e a cachorra baleia.
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Antônio Gonçalves da Silva (1909 -2002) - Serra de Santana – Assaré – CE
Aos 12 anos começa a escrever poesia
Arte do repente - Patativa (ave de canto singular)
Poeta popular, compositor e cantor - A TRISTE PARTIDA – PAS/ UnB
A triste partidaPatativa do Assaré
Setembro passou, com oitubro e novembroJá tamo em dezembro.
Meu Deus, que é de nós?Assim fala o pobre do seco Nordeste,
Com medo da peste,Da fome feroz.
(...)
Distante da terra tão seca mas boa,Exposto à garoa,À lama e ao paú,
Faz pena o nortista, tão forte, tão bravo,Vivê como escravo
Nas terra do su.
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Biografia ● José Lins do Rego (1901-1957) nasceu no engenho Corredor, no município de Pilar, Paraíba.
Filho de tradicional família da oligarquia do Nordeste açucareiro, passou a infância no
engenho do avô materno. Iniciou seus estudos no município de Itabuna. Desde 1919, já
colaborava em vários periódicos. Em 1920 ingressou na Faculdade de Direito do Recife.
● Em 1923 conheceu Gilberto Freire, que exerceu grande influência na sua vida literária. Em
1924 casou-se com Filomena Massa. Em 1926 desistiu de fazer carreira de magistrado e
mudou-se para a cidade de Maceió, onde trabalhou como fiscal de bancos. Em 1932, publicou
"Menino de Engenho", seu primeiro romance, que lhe deu o prêmio da Fundação Graça
Aranha. Manteve intensa atividade literária, publicou um livro por ano.
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Biografia ● Em 1935 foi para o Rio de Janeiro. Em 1937
publicou "Pureza", o primeiro romance que foge à
temática do ciclo da cana-de-açúcar, seguindo-se
de "Pedra Bonita" e "Riacho Doce". Com "Fogo
Morto" (1943) retorna à temática nordestina. Em
1955 foi eleito para a Academia Brasileira de
Letras.
● José Lins do Rego morreu no Rio de Janeiro, no
dia 12 de setembro de 1957.
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Obras● Menino de Engenho, romance, 1932
● Doidinho, romance, 1933
● Banguê, romance, 1934
● O Moleque Ricardo, romance, 1934
● Usina, romance, 1936
● Histórias da Velha Totonia, (infantil) 1936
● Pureza, romance, 1937
● Pedra Bonita romance, 1938
● Riacho Doce, romance, 1939
● Água Mãe, romance, 1941
● Gordos e Magros, 1942
● Fogo Morto, romance, 1943
● Pedro Américo, 1943
● Poesia e Vida, 1945
● Conferências no Prata, 1946
● Eurídice, romance, 1947
● Homens, Seres e Coisas, 1952
● Cangaceiros, romance, 1953
● A casa e o Homem, 1954
● Roteiro de Israel, 1954
● Meus Verdes Anos, memória, 1956
● Presença do Nordeste na Literatura
Brasileira, 1957
● O Vulcão e a Fonte, 195828
Ciclos na obra de José LinsCiclo da cana-de-açúcar
● Menino de engenho (1932) ● Doidinho (1933) ● Banguê (1934) ● Usina (1936) ● Fogo morto (1943)
Ciclo do cangaço, misticismo e seca
● Pedra Bonita (1938)
● Cangaceiros (1953)
Obras independentes
● O moleque Ricardo (1934)
● Pureza (1937)
● Riacho doce (1939)
● Água-mãe (1941)
● Eurídice (1947)
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Menino de EngenhoCarlos, além de personagem, é o narrador de O menino de engenho.
Através de sentimentos memorialistas e de recordações saudosistas e
fiéis ao que passou, conta aos seus leitores uma parte de sua infância,
desde os quatro anos quando seu pai assassina sua mãe, até os doze
anos, quando é mandado para um internato e o livro tem seu fim. O
autor utiliza uma linguagem simples, direta, verdadeira e própria de um
menino; além de ser extremamente espontânea, passando pelos
sonhos, medos, curiosidades e amores. O autor mostra uma
despreocupação com moldes estilísticos, já prenunciando o movimento
do modernismo. Através de tal escrita, o autor toca seus leitores com
profundas observações que um menino ingenuamente faz sobre um
engenho, onde com tantas complexidades, parece tão simples aos
olhos de uma criança.
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Fogo Morto1943
Romance-sínese da ficção de José Lins do Rego
A decadência dos engenhos nordestinos e suas implicações sociais.
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Biografia ● Passou a infância em Ilhéus, onde presenciou a luta pela posse de terras. Em Salvador,
estudou no colégio dos padres jesuítas. Fugiu para a casa do avô, em Sergipe. O pai levou-o
de novo para Salvador, internando-o em outro colégio. Exerceu o jornalismo, antes de
transferir-se para o Rio, onde se formou em Direito.
● Tinha apenas 19 anos quando lançou o romance O país do carnaval. O romance seguinte,
Cacau, foi apreendido pela polícia. Cacau esgotou em quarenta dias a edição de 2 mil
exemplares: a proibição de venda por subversivo, decretada pela polícia carioca, ajudou o
sucesso de público.
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Biografia ● Jorge Amado esteve preso entre 1936 e 1937, por
oposição ao Estado Novo. Libertado, exilou-se na
Argentina e depois no Uruguai. De volta ao Brasil,
elegeu-se deputado federal pelo estado de São
Paulo em 1945, mas seu mandato político foi
cassado em 1948. Deixou novamente o país,
desta vez rumo à Europa. Já bastante conhecido,
graças à tradução de suas obras para muitas
línguas, retornou ao Brasil em 1952.
● Faleceu em 06 de agosto de 2001.
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Obras● O País do Carnaval, 1931
● Cacau, 1933
● Suor, 1934
● Jubiabá, 1935
● Mar Morto, 1936
● Capitães da Areia, 1937
● Terras do Sem-Fim, 1943
● O Amor do Soldado, 1944
● São Jorge dos Ilhéus, 1944
● Bahia de Todos os Santos, 1944
● Seara Vermelha, 1945
● O Mundo da Paz, 1951
● Os Subterrâneos da Liberdade, 1954
● Gabriela Cravo e Canela, 1958
● Os Velhos Marinheiros, 1961
● Os Pastores da Noite, 1964
● Dona Flor e Seus Dois Maridos, 1966
● Tenda dos Milagres, 1969
● Teresa Batista Cansada de Guerra, 1972
● Tieta do Agreste, 1977
● Farda Fardão Camisola de Dormir, 1979
● O Menino Grapiúna, 1981
● Tocaia Grande, 1984
● O Sumiço da Santa: Uma História de Feitiçaria, 1988
● Navegação de Cabotagem, 1992
● A Descoberta da América pelos Turcos, 1994
● O Milagre dos Pássaros, 1997 36
Ciclos na obra de Jorge AmadoRomances da Bahia
Denúncia das injustiças Sociais em Salvador
O país do Carnaval
Suor
Capitães da areia
Ciclo do Cacau
Preocupação em denunciar a exploração sofrida pelas classes
trabalhadoras nas fazendas de cacau do Sul da Bahia
devido aos conflitos sociais decorrentes da oposição entre o
trabalhador rural e o exportador de cacau.
Cacau
São Jorge dos ilhéus
Terras do sem-fim
Crônicas de Costume
Narrativas líricas
Gabriela, cravo e canela
Dona Flor e seus Dois Maridos
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Capitães da AreiaUma história dos meninos-de-rua da Bahia, na década de 30. Narrativa
do amor de Dora e Pedro Bala. Peripécias do bando de menores que
perambula perigosamente pelas ruas e pelo cais de Salvador, cidade
“negra e religiosa”, onde se projeta a personalidade da ialorixá Aninha,
mãe-de-santo do Ilê Axé Opô Afonjá. Dora morre, doente, no trapiche
enluarado. Pedro Bala é preso, foge, mete-se em greves de
estivadores, até que se converte em “militante proletário, o camarada
Pedro Bala”. O problema é que o livro é publicado em 1937, logo em
seguida à implantação do Estado Novo, regime violentamente
anticomunista. Assim, a edição é apreendida – e exemplares do livro
são queimados em praça pública, na Cidade da Bahia, por
representantes da ditadura. Mas de nada adiantou. Quando pôde voltar
à cena, Capitães da areia conquistou o grande público e é ainda hoje
um dos maiores sucessos de Jorge Amado.38
Biografia ● Areia (PB), em 1887, pertencente a uma família com influência na política da região.
● Advogado, bacharelou-se pela Faculdade de Direito de Recife em 1908. Em 1911, foi
nomeado promotor-geral do estado da Paraíba, cargo que ocupou até 1922, quando tornou-
se consultor-geral do estado.
● Em 1928, projetou-se ao lançar A Bagaceira, considerado o ponto de partida do novo
romance regional brasileiro.
● Morre em 1980.
40
Obras● Reflexões de uma cabra,1922;
● A Paraíba e seus problemas, 1923;
● A bagaceira, 1928;
● O boqueirão, 1935;
● Coiteiros, 1935;
● Ocasos de sangue, 1954;
● Discursos de seu tempo, 1964;
● A palavra e o tempo, 1965;
● O ano do nego, 1968;
● Eu e eles, 1970;
● Quarto minguante, 1975;
● Antes que me esqueça, 1976;
● Sem me rir, sem chorar, 1984.
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A bagaceira● O romance se passa entre 1898 e 1915, os dois períodos de seca. Tangidos pelo sol implacável, Valentim Pereira, sua
filha Soledade e o afilhado Pirunga encaminham-se para as regiões dos engenhos, onde encontram acolhida no
engenho Marzagão, de propriedade de Dagoberto Marçal, cuja mulher falecera por ocasião do nascimento do único
filho, Lúcio.
● Passando as férias no engenho, Lúcio conhece Soledade, e por ela se apaixona. O estudante retorna à academia e
quando de novo volta, em férias, à companhia do pai, toma conhecimento de que Valentim Pereira se encontra preso
por ter assassinado o feitor Manuel Broca, suposto sedutor e amante de Soledade. Lúcio, já advogado, resolve
defender Valentim e informa o pai do seu propósito : casar-se com Soledade. Dagoberto não aceita a decisão do filho.
Tudo é esclarecido : Dagoberto foi quem realmente a seduziu. Pirunga, tomando conhecimento dos fatos, comunica ao
padrinho (Valentim) e este lhe pede, sob juramento, velar pelo senhor do engenho (Dagoberto), até que ele possa
executar o seu "dever": matar o verdadeiro sedutor de sua filha. Em seguida, Soledade e Dagoberto, acompanhados
por Pirunga, deixam o engenho e se dirigem para a fazenda do Bondó. Cavalgando pelos tabuleiros da fazenda,
Pirunga provoca a morte do senhor do engenho Marzagão, herdado por Lúcio, com a morte do pai.
● Em 1915, por outro período de seca, Soledade, já com a beleza destruída pelo tempo, vai ao encontro de Lúcio, para
lhe entregar o filho, fruto do seu amor com Dagoberto.42
Biografia ● Filho de família rica e tradicional, que perdeu tudo no começo do século. Com 13 anos já lia
autores nacionais como Aluízio Azevedo, Joaquim Manuel de Macedo, Coelho Neto, e
também autores estrangeiros como Dostoievski e Walter Scott. Não cursou universidade.
● Em 1926, tornou-se sócio de uma farmácia. Dava aulas de literatura e inglês. Em 1931, casa-
se e vai definitivamente para Porto Alegre, onde trabalhava como secretário de redação da
Revista do Globo. Em 1932, foi promovido a Diretor da Revista do Globo.
● Érico Veríssimo foi para os Estados Unidos, em 1941, em missão cultural, a convite do
Departamento de Estado americano. Temendo a ditadura do governo Vargas, em 1943, foi
lecionar Literatura brasileira, na Universidade de Berkeley, na Califórnia. Em 1953, ocupou o
posto de Diretor do Departamento de Assuntos Culturais da União Pan-Americana.
● Faleceu em Porto Alegre, no dia 28 de novembro de 1975.
44
Obras● Fantoche, contos, 1932
● Clarissa, ficção, 1933
● Caminhos Cruzados, ficção, 1935
● Música ao Longe, ficção, 1935
● A Vida de Joana D'Arc, biografia, 1935
● Um Lugar ao Sol, ficção, 1936
● As Aventuras do Avião Vermelho, literatura infantil, 1936
● Rosa Maria no Castelo Encantado, literatura infantil, 1936
● Os Três Porquinhos, literatura infantil, 1936
● Meu ABC, literatura infantil, 1936
● As Aventuras de Tibicuera, romance didático, 1937
● O Urso com Música na Barriga, 1938
● Olhai os Lírios do Campo, ficção, 1938
● A Vida do Elefante Basílio, 1939
● Outra Vez os Três Porquinhos, 1939
● Viagem à Aurora do Mundo, 1939
● Aventuras no Mundo da Higiene, 1939
● Saga, ficção, 1940
● Gato Preto em Campo de Neve, impressões de viagem, 1941
● As Mãos de Meu Filho, contos, 1942
● O Resto é Silencio, ficção, 1942
● A Volta do Gato Preto, impressões de viagem, 1946
● O Tempo e o Vento I, O Continente, 1948
● O Tempo e o Vento II, O Retrato, 1951
● Noite, novela, 1954
● Gente e Bichos, 1956
● O Ataque, novelas, 1959
● O Tempo e o Vento III, O Arquipélago, 1961
● O Senhor Embaixador, 1965
● O Prisioneiro, 1967
● Israel em Abril, 1969
● Incidente em Antares, 1971
● Solo de Clarineta, memórias, vol.I, 1973; Vol.II, 1975
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Fases na obra de Érico VeríssimoRomance Urbano
O assunto dessas obras é o cotidiano da cidade grande, com
seus conflitos de valores morais, sociais, espirituais.
Sociedade em crise, o autor analisa-a e insinua uma
solução: a solidariedade.
Clarissa
Olhai os lírios do campo
O resto é silêncio
Caminhos cruzados
Romance Histórico
O painel histórico montado pelo escritor abrange a formação social,
econômica e política do Rio Grande do Sul, no período
compreendido entre 1745 e 1945.
O Tempo e o Vento
O continente (1949)
O retrato (1951)
O arquipélago (1961)
Romance Político
São obras que se atêm à política nacional Incidente em Antares
(1971), ou internacional O senhor embaixador (1965), que
trata de uma revolução numa república fictícia da América
Central. O prisioneiro (1967) tem como cenário o Sudeste
asiático.
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Incidente em Antares Em Incidente em Antares o
escritor explora o absurdo e
o fantástico, tendo como
pano de fundo a história mais
recente do país.
Após descrever a origem de
Antares (o próprio Brasil),
ocorre o incidente: na
imaginária cidade, em
dezembro de 1963, faz-se
uma greve de coveiros; em
represália, os cadáveres
insepultos ressuscitam e
resolvem denunciar a
corrupção que se alastrava
entre os moradores da
cidade.48
O tempo e o vento As três partes que compõem O tempo e o vento são:
O continente
O retrato
O arquipélago
● A saga da formação socioeconômica e política do Rio Grande do
Sul se inicia no final do século XVIII e se estende até o ano de
1946. O desenrolar dos fatos ocorre em torno da região de Santa
Fé, onde duas famílias – Amaral e Terra Cambará – disputam o
poder político. O ponto de partida dessa disputa é a luta histórica
de 1893 entre os federalistas (família Amaral) e os republicanos (
família Terra Cambará)
● Fatos importantes de nossa história aparecem incorporados na
obra: a Coluna Prestes, a Revolução de 32, o levante comunista
de 1935... Tudo isso tendo como eixo narrativo a disputa pelo
poder, envolvendo as famílias Amaral e Terra Cambará.
● Dessa trilogia, destacam-se como personagens Ana Terra e
Rodrigo Cambará. É uma obra épica, a saga do Rio Grande do
Sul.49
Biografia ● Nasceu em Quaraí-RS / 1895
● Morreu em Porto Alegre – RS/ 1985
● Médico, romancista, contista e jornalista estreou na ficção com os contos Um pobre homem
(1927).
● A publicação do romance Os ratos (1935), livro introspectivo voltado para as mazelas sociais
de seu tempo, tornou-o conhecido e respeitado.
● Sua obra foi tardiamente reconhecida e, entre seus títulos, destacam-se O louco do Cati
(1942), Deuses econômicos (1966), Endiabrados (1980) e Fada (1982). Especializado em
psiquiatria, sua militância política levou-o à prisão, fato que se reflete em sua obra.
51
Os ratos• O romance Os Ratos foi escrito em 20 noites - \"num dezembro, durante um
verão maravilhoso\" - depois da jornada de Dyonélio como médico.
• Em 1935, Dyonélio Machado recebeu o Prêmio Machado de Assis, da Academia
brasileira de letras por esse livro. Ao receber a notícia, estava preso no porão de
um navio estacionado no porto de Santos.
Enredo:
• Em apenas 24 horas intermináveis, o autor retrata toda a angústia, desespero e
humilhação do protagonista em conseguir o dinheiro para quitar a dívida com o
leiteiro. Naziazeno tenta de várias maneiras conseguir o dinheiro.
• No limite de seu desespero ele consegue penhorar a joia de um amigo e resolve
seu problema temporariamente. Vai para casa no início da noite. Após o jantar ele
se deita, mas não consegue dormir e pensa em ratos roendo seu dinheiro. Sua
frio, pois ele tem a certeza de novas inquietações e angústias, pois ao amanhecer
ele se deparará com as mesmas preocupações e dívidas e ao iniciar outro dia
caminhará em busca de uma solução.
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