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NOTÍCIAS MODELOS DE NEGÓCIO E COMUNICAÇÃO SOCIAL “TELCOS”, LEGACY MEDIA, NOVOS MEDIA E START-UPS JORNALÍSTICAS EM NAVEGAÇÃO DIGITAL ESTUDO PROSPECTIVO (2015-2020) APOIO À DIVULGAÇÃO:

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  • NOTCIAS

    NOTCIASNOTCIAS

    NOTCIAS

    MODELOS DE NEGCIO E COMUNICAO SOCIALTELCOS, LEGACY MEDIA, NOVOS MEDIA E START-UPS JORNALSTICAS EM NAVEGAO DIGITALESTUDO PROSPECTIVO (2015-2020)

    APOIO DIVULGAO:

  • MODELOS DE NEGCIO E COMUNICAO SOCIALTELCOS, LEGACY MEDIA, NOVOS MEDIA E START-UPS JORNALSTICAS EM NAVEGAO DIGITAL

    ESTUDO PROSPECTIVO (2015-2020)

  • 2

    FICHA TECNICA

    TTULO:MODELOS DE NEGCIO E COMUNICAO SOCIALSumrio Executivo

    AUTORES:Gustavo CardosoMiguel CrespoCaterina FoTiago LapaTiago Lima QuintanilhaSandro MendoaJos MorenoMarta NevesMiguel PaisanaJorge Vieira

    DESIGN E ILUSTRAOAtelier Grficos Lapa

    maro 2015

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    Modelos de Negcio e Comunicao Social 5

    Porqu e para qu fazer esta anlise? 7

    A fora estratgica dos Weak Signals 9

    A estrutura do estudo 13

    Telcos, Legacy Media e Novos Media em navegao digital 15

    Ventos e mars digitais que moldam o oceano digital de 2020 17

    Portulano digital 2020 para o desenho de modelos de negcio 21

    As questes-chave para os cenrios 2020 23

    O Jornalismo em Rede 29

    Jornalismo e valor econmico e social da comunicao social 33

    Modelos de Monetizao do valor econmico da informao 39

    Estratgias de inovao interna: Technology Trends Management (T2M) 49

    Cenrios 2020 para os Modelos de Negcio na Comunicao Social

    Os pressupostos de construo dos cenrios 55

    Os stakeholders actuantes nos cenrios 55

    Um Portulano digital e quatro cenrios 56

    CENRIO 1 Arribar e corrigir Rota 57

    CENRIO 2 Abordagem para Navegar 57

    CENRIO 3 Navegao de Cabotagem 58

    CENRIO 4 Navegao Bolina 58

    Cenrios e probabilidade de sucesso 2020 59

    INDICE DE TABELAS E FIGURASTabela 1 Tipos de fenmenos de mudana 9Tabela 2 Anlise SWOT do sector dos media 21Tabela 3 Modelos de Monetizao do valor econmico 40Tabela 4 Cenrios e dimenses de anlise 60Figura 1 A metodologia dos Weak Signals 10Figura 2 Weak Signals anlise e perspectiva 12Figura 3 Foras em aco no ambiente digital 24Figura 4 Modelos de negcio e valor econmico e social da informao 25

    Figura 5 Novo paradigma de informao e comunicao 27Figura 6 Jornalismo em Rede 29Figura 7 Inovao no Jornalismo em Rede 30Figura 8 O problema institucional do jornalismo 33Figura 9 O problema econmico do jornalismo 34Figura10 Quatro estratgias para o problema econmico do jornalismo 37

    Figura 11 Camadas de tecnologias digitais 49Figura 12 Check list da empresa para technology trends management (T2M) 52

    Figura 13 Cenrios de modelos de negcio da comunicao social (2015 2020) 56

    NDICE

    SUMRIO EXECUTIVO NDICE

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    Este no um estudo chave na mo que solucione os problemas do sector da comunicao social portuguesa, do sector em outros pases ou escala global.

    O estudo apenas um contributo para a identificao de tendncias e de metodologias para reduzir a incerteza na gesto de empresas e redaces, procurando oferecer aquilo que, mais frente, definimos enquanto uma tecnologia de racionalidade.

    um estudo hbrido quanto sua forma e contedos. Hbrido entre a dimenso de investigao universitria e a prestao de servios de consultoria, e que no esconde o objectivo, por entender ser na construo dessas pontes que pode produzir mais-valias para o sector da comunicao social em Portugal.

    Este estudo foi produzido tendo por base dados primrios e secundrios, obtidos atravs de inquritos, consulta de bases de dados, anlise de relatrios e de um conjunto de entrevistas, realizadas durante 2014, a personalidades que pensam e tm actuado em diferentes dimenses do mundo da comunicao social portuguesa como, por exemplo: Jos Alberto de Carvalho, Helena Garrido, Pinto Balsemo, Zeinal Bava, Rosa Cullell, Carlos Magno, Ftima Barros, Paulo Fernandes, Paulo Azevedo, Proena de Carvalho, Alberto da Ponte, Pedro Esteves Carvalho, Henrique Granadeiro, Miguel Almeida, Bessa Tavares, Joo Couto, Octvio Ribeiro, Antnio Granado, Afonso Cames, Pedro Norton, Joo Marcelino, Jos Manuel Portugal, Lus Cunha Velho e Pedro Santos Guerreiro.

    Este estudo, encomendado pela Entidade Reguladora da Comunicao Social, e realizado no quadro do CIES-IUL, tem trs objectivos:

    MODELOS DE NEGCIO E COMUNICAO SOCIAL

    TRAAR CENRIOS PROSPECTIVOS DE EVOLUO DO SECTOR A PARTIR DO PAPEL DESEMPENHADO POR QUATRO TIPOS DE STAKEHOLDERS:

    a) Empresas de comunicao social j existentes em Portugal (Legacy Media);

    b) Empresas de telecomunicaes hbridas (Telcos) que fazem na actualidade parte do cluster da comunicao social, atravs da distribuio ou financiamento de projectos de comunicao social (embora existam algumas que tambm produzem contedos directamente);

    c) Empresas de Novos Media, que actuam escala global mas formatam as tendncias nacionais (Google, Facebook, etc.)

    d) Empresas que se assumem como start-ups de empreendedorismo jornalstico (sendo independentes ou detidas parcialmente por Legacy Media, Telcos ou Novos Media).

    REALIZAR DIAGNSTICOS DA SITUAO DA COMUNICAO SOCIAL PORTUGUESA NO ACTUAL CONTEXTO ECONMICO E SOCIAL.

    IDENTIFICAR REAS DE TRANSFORMAO DA PRTICA JORNALSTICA, DA LGICA ORGANIZACIONAL, DAS ESTRATGIAS DE MONETIZAO E DOS MODELOS DE NEGCIO DA COMUNICAO SOCIAL PORTUGUESA.

    OS AUTORES

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    A nossa expectativa que a leitura deste estudo e a utilizao das suas grelhas de cenrio, listagem de opes e sugestes de actuao contribua para ajudar as empresas de comunicao social e os seus jornalistas a desempenhar as suas funes sociais e econmicas de forma integrada.

    As funes econmicas do jornalismo so movidas pelo lucro, e as funes sociais do jornalismo por atingir dados objectivos sociais; e ambas devem ser definidas dentro das organizaes, e no por quem as estuda e analisa. Por esses motivos, este um relatrio que no pretende produzir uma lgica normativa sobre as opes mais ou menos correctas para cada stakeholder.

    Essas funes sociais e econmicas podem ser desempenhadas de forma mais ou menos articulada entre si. E essa articulao depende das opes de modelos de negcio decididos por cada empresa.

    As opes disponveis dependem, em conjunto, das possibilidades oferecidas pelas orientaes editoriais, pelas opes de gesto disponveis e do que os quadros regulatrios definirem que hoje possvel e do que que ser possvel futuramente , em conjunto com o inesperado produzido pela aco humana.

    O que procurmos oferecer aos nossos leitores uma cenarizao das opes que aparentam configurar-se em funo da incerteza actual e dos sinais fracos que se vo organizando em tendncias identificveis.

    Esperamos que este trabalho seja to til prtica profissional de gesto e produo jornalstica quanto aquilo que acreditamos que representa para o conhecimento cientfico sobre as Telcos, Legacy Media e Novos Media em Portugal.

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    Ao lanar um olhar sobre o quadro global dos media, num contexto de crise econmica e financeira, como o que vivemos desde 2008, verifica-se a existncia de diversos fluxos de mudana, mas que so, maioritariamente, contraditrios entre si.

    Por um lado, o uso da Internet atesta uma disseminao aceleradssima de uma tecnologia por via da generalizao de um modelo de negcio das Telcos assente em pacotes triple, quadruple ou quintuple play. Por outro lado, as vendas de jornais em papel no param de cair e as compras de bens digitais avulso, sejam jornais, filmes, msica ou aplicaes, no crescem tanto quanto seria desejvel para as empresas ou indviduos que os produzem.

    Ao mesmo tempo que se discute, h dcadas, a viabilidade da televiso e rdio pblicas, ponderam-se novos modelos de negcio para a televiso comercial que sejam capazes de substituir solues vigentes nas ltimas dcadas.

    So evidentes, tambm, as quebras generalizadas de receitas da publicidade em formatos que antes eram resistentes s conjunturas, e verifica-se que o valor econmico per capita associado publicidade digital na Internet ainda, em muito, inferior ao da publicidade associada aos Legacy Media.

    As empresas de comunicao social (e respectivos reguladores da actividade) gerem a incerteza face a uma sociedade em passo acelerado de mudana convulsiva.

    Pelas mesmas razes no se consegue delinear um modelo de negcio estvel e nico que permita benchmarking dentro do sector da comunicao social. Algo que resulta, em grande medida, da segurana oferecida por continuar a depender de um modelo econmico que se conhece, mas com prazo de validade incerto.

    Comum a estes vrios fenmenos o facto de todos eles se estarem a disseminar escala do Globo. Por exemplo, assiste-se a despedimentos em massa de jornalistas no Brasil, Reino Unido, Espanha, Austrlia ou Estados Unidos da Amrica, tal como em Portugal.

    Como contraponto simultneo, h tambm a procura de jornalistas para projectos inovadores em todos os continentes.

    Por sua vez, muitos profissionais da comunicao social sentem o momento de crise pelas condies concretas em que passaram trabalhar: exigindo-se-lhes mais e retribuindo-se-lhes menos.

    Com o emagrecimento das redaces, a qualidade do trabalho que fica em risco; com menos reprteres inevitvel que haja menos matria pesquisada, menos ngulos de apresentao da informao, menos factos confirmados, menos histrias inspiradoras para se contar. Ou, pelo menos, esta a tendncia verificada se a gesto das empresas continuar a optar por tentar passar velhas prticas do analgico para o digital.

    A dvida, a que nem a gesto nem a redaco conseguem hoje responder, se essas mudanas no contribuiro ainda mais para uma eroso da relao com o pblico.

    Hoje, mais do que nunca, receia-se pela qualidade do jornalismo praticado num ambiente marcado por indefinies e pela incapacidade de resposta de modelos vigentes no passado recente. Ou seja, embora no se verbalize, em ltima instncia teme-se pela sobrevivncia da profisso de jornalista.

    Determinaro essas evolues e tendncias a morte do jornalismo enquanto pilar da democracia, e tambm como atividade econmica geradora de emprego e lucros?

    Em 2012, Chris W. Anderson, Emily Bell e Clay Shirky, investigadores do Tow Center for Digital Journalism da Universidade de Columbia, publicavam um manifesto, Post Industrial Journalism: Adapting to the Present e nele advertiam para o facto de a indstria das notcias, tal como dela continuamos a falar e a idealizar, j no existir.

    Na viso desses autores, no h nada que se possa reparar ou reconstruir, dado que a indstria das notcias, tal como foi concebida no passado, j nem sequer existe. Resta apenas a aceitao geral de que a mudana est em curso.

    Da o alerta deixado: o futuro dos media j se vive no presente, e isso exige que os players e stakeholders se adaptem s novas realidades (e rapidamente).

    PORQU E PARA QU FAZER ESTA ANLISE?

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    O saber ser digital j atingiu um nvel mainstream, determinando a sua presena a vrios nveis. No entanto, h uma enorme diferena entre ser-se digital e produzir jornalismo para uma sociedade digital de massas e produzir jornalismo em rede para uma sociedade em rede.

    Em suma, os media evidenciam hoje um cariz ubquo, o qual, no actual contexto de evoluo electrnica, s possvel atravs de uma ligao permanente via Internet.

    Onde estamos ento nessa cronologia da evoluo da comunicao social? Estamos num ponto onde falta somente a definio de um modelo econmico consentneo que possa suportar o novo ambiente social de produo e consumos mediticos.

    A situao atrs descrita justifica este estudo para mapear tendncias previstas quanto evoluo dos media, para reflectir em torno de dados efectivos sobre o actual estado da comunicao social em Portugal, para alm da ponderao com maior conhecimento de causa de quais os riscos empresariais em jogo.

    Atravs deste projecto pretende-se apontar caminhos para a anlise econmica dos media em Portugal, perspectivando as prticas que se venham a identificar na paisagem mais ampla das tendncias globais, tanto no que tenham de comum como de singular.

    A realizao desta anlise num pas como Portugal ainda mais urgente do que noutros contextos. O Portugal de hoje configura uma sociedade em transio, misturando traos prospectivos com outros nunca ultrapassados, encerrando em si contradies entre um modelo industrial do passado e um modelo informacional de desenvolvimento econmico do incio do sculo XXI.

    Este relatrio assenta, assim, numa hiptese inicial de trabalho: a de que as formas de comunicar contemporneas desempenham um papel de base para a construo de projectos econmicos, capazes de reformar e impulsionar mudanas profundas no tecido social dos dias de hoje, tanto no domnio social como econmico.

    Embora a Internet surja como ponto de partida nesta construo, a adopo de uma comunicao em rede que importa considerar, pelo seu poder de capacitar a agncia de indivduos e organizaes na construo de projectos individuais e colectivos.

    Da que a Comunicao em Rede, no mbito deste trabalho, represente a base analtica para o estudo da transio da sociedade portuguesa nas suas diferentes formas de transformao econmica no sector da comunicao social.

  • A FO

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    A FORA ESTRATGICA DOS WEAK SIGNALS

    Todos os estudos que pretendam mapear o futuro, ou seja, fazer prospectiva e construir cenrios, tm de assumir uma metodologia, uma forma de mapear, que lhes permita fazer mais do que uma simples anlise informada.

    A informao acerca do futuro um recurso-chave para criar trajectrias estratgicas robustas para empresas, regies, naes e grupos de pases.

    A prospectiva uma tecnologia social que permite aos actores (stakeholders) mobilizarem recursos em torno de vises de longo prazo.

    No campo da prospectiva, o pequeno pormenor to precioso quanto a tendncia por todos referida. Assume-se que as grandes mudanas so sempre anunciadas por pequenos eventos que assumem o papel de indicaes de alerta prvio.

    Neste trabalho, a ateno centrou-se na busca e anlise de Weak Signals (Sinais Fracos) no quadro da comunicao social. Iniciou-se essa procura a nvel global e depois aproximando-se da realidade portuguesa, para poder mapear os cenrios em formao no desenho dos modelos de negcio futuros.

    Mas o que um Weak Signal? Um sinal fraco consiste em sintomas imprecisos e fora de tempo que indiciam, de forma latente, futuros problemas ou futuras solues.

    Tal como os fenmenos de mudana so diversos, tambm os sinais o so. A anlise aqui proposta basia-se no trabalho de Mendona, Cardoso e Caraa (2011) que identifica um tipo ideal de sinais fracos (representados na tabela 1). Os fenmenos de mudana devem ser identificados a partir de um ideal-tipo distribudo em duas dimenses.

    A primeira dimenso depende da natureza da mudana, distinguindo-se entre (i) um nico evento ou conjunto de eventos discretos e os (ii) fluxos de mudana. A mudana pode tambm ser caracterizada em termos da intensidade dos dados.

    No entanto, devemos tambm considerar o caso especial de fenmenos de mudana nos quais no existe sinal prvio, ou seja, em que o fenmeno discreto, silencioso, invisvel. Em que simplesmente no h sinais fracos prvios.

    Se essa invisibilidade se traduz numa materializao instantnea, ento o fenmeno de mudana deve ser pensado enquanto representando um facto que atinge o sistema como um evento nico vindo do nada, uma wild card. Por sua vez, se a mudana invisvel, gradual e persistente, ento transformar o sistema a partir de uma lgica de chama invisvel. Pelo contrrio, se o fenmeno emite vibraes subtis, ento esse o campo no qual a metodologia dos sinais fracos nos til.

    Esses fenmenos de mudana geram ecos no radar que podem ser, em principio, identificados ou percebidos enquanto um aumentar constante da temperatura (sndroma do sapo em lume brando), o que direcionar uma mudana incremental.

    Os Weak Signals so designados como fracos, no pela sua falta de importncia mas porque so facilmente ofuscados por outros factores, como o rudo, ou seja, a enorme massa de factos esprios e irrelevantes que apontam em direces inconsistentes.

    Em ltima anlise, um sinal fraco uma inferncia criativa a partir de um pedao de dados, a partir do qual se assume a existncia de uma qualquer ligao, uma potencial relao com sentido entre ideias emergentes.

    discretos contnuo

    Subtis Eco no radar Lume brandoInvisveis Vindo do nada Chama invisvel

    TABELA 1 TIPOS DE FENMENOS DE MUDANA

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    O Jornalismofaz falta s

    sociedades democrticas

    O Jornalismosempre foi subsidiado

    e nunca foidirectamente pago

    pelosutilizadores

    Logo, a reestruturao

    do Jornalismo uma imposio

    Mas h inmerasoportunidades

    para o fazerno quadro

    da Sociedadeem Rede

    COMP

    REENDER

    A prospectiva enquanto enquadramento;

    A diversidade de quadros mentais;

    A monotorizao de tendncias emergentes;

    Reconhecer sinais fortes;

    Filtragem de rudo;

    Reenquadrar.

    AGIR S

    OBRE

    SINAIS FRACOS

    Como obter o mximo a partir de sinais fracos

    representao dos passos seguidos na pesquisa que informa este relatrio.

    IDENTIFICAO DE TPICOS

    FACTORES DE INFLUNCIA

    PROJECO DE FACTORES

    ESTRATGIASE POLTICAS

    ANLISE DE SINAIS FRACOS

    CENRIOSDE TENDNCIAS

    INTERDEPENDNCIADOS FACTORES

    Figura 3: Foras em aco no ambiente digital

    Evitar a paralisia por anlise;

    Evitar a aco precipitada;

    Interaco face-a-face e annima;

    Decises adaptativas mas simultaneamente

    imediatas.

    METADADOS

    Dados acerca dos dados

    Registados peloscomputadores

    Manuais ou automticos

    Pelo autor ou pelos utilizadores

    Big data

    Gesto de dados

    Algortmos de tratamento de dados

    Inteligncia articial (informao)

    CONVERGNCIA

    Texto, imagem, som, vdeo = bits

    Todos os contedos num aparelho

    Um contedo em vrios aparelho

    Top down e Bottom up

    Dominncia dos ecrs

    Novos canais de distribuio

    Ferramentas de criao diversicadas

    ALCANCE GLOBAL

    Digital = lngua comum computadores

    A nuvem est em todo o lado

    Efeito cruzado com a banda larga

    Digital refora Globalizao

    Abolio fronteiras = Alcance global

    INTERACTIVIDADE

    Consumo desfasado no tempo

    Consumo desfasado no espao

    Consumidor/produtorde informao

    FLEXIBILIDADE

    Remistura/recomposio

    Facilidade de copiar e partilhar

    Facilidade de remisturar e reutilizar

    Consumo setectivo de informao

    Empoderamentodos utilizadores

    Prosumer / Produser

    Desaos ao direito de autor

    O QUE ? O QUE

    SIGNIFICA?

    Figura 4

    COMO SE CARACTERIZARO OS MODELOS DE NEGCIO

    FACE SUA RELAO COM CRIAO

    DE VALOR ECONMICO E SOCIAL

    DA INFORMAO?

    Permitem a associao entre a procura de lucro

    e criao de riqueza e criao de valor social.

    Necessitam de se concentrar

    apenas na dimenso econmica ou na dimenso social,

    pois as estratgias seguidas no permitem assegurar

    a sua sobrevivncia organizacional se optarem por suster

    as duas formas de criao de valor.

    A CRIAO DE VALOR ECONMICO E SOCIAL

    DA INFORMAO ATINGIDA ATRAVS

    DE MODELOS DE NEGCIO QUE:

    1

    OS MODELOSDE NEGCIO

    PRIVILEGIARO QUE MODELOS

    DE JORNALISMO?

    O AMBIENTE DE NEGCIOS DIGITAL EVOLUIU

    NO SENTIDO DE VALORIZAR:

    Um Jornalismo em Rede para uma Sociedade em Rede.

    Um Jornalismo Digital para uma Sociedade em Rede.

    2

    AUMENTO DO VALOR

    SOCIAL DA INFORMAO

    AUMENTO DO VALOR

    SOCIAL DA INFORMAO

    REDUO DO VALOR

    ECONMICO DA INFORMAO

    REDUO DO VALOR

    ECONMICO DA INFORMAO

    ABUNDNCIA

    VALOR DE TROCADIMINUI

    VALOR DE USOAUMENTA

    INFORMAODIGITAL

    NOVO PARADIGMA DE INFORMAO E COMUNICAO

    ARQUITECTURA EM REDE

    MIGRAOPARA

    O DIGITAL

    INDIVDUOSPRODUTORES

    NOVOS MEDIA

    Figura 5

    Figura 6

    NO

    VO E

    COSS

    ISTEM

    A INFORMATIVO

    Jornalistas Indivduos Multides

    Computadores

    Nova produoJornalstica+ =

    NOVO PARADIGMA DE INFORMAO E COMUNICAO

    JORNALISMO

    EM REDE

    O QUE MUDA NO JORNALISMO?

    Figura 7

    ACESS

    O/NOVOS ACTORES

    Crowdsourcing

    User generated content

    Jornalismo independente

    Jornalismo de proximidade

    CONV

    ERG

    NCIA/NOVAS FERRAMENTAS

    Live blogging

    Jornalismo visual

    Jornalismo de ponto de vista

    Jornalismo virtual/imersivo

    COMPUTADORES

    Jornalismo de dados

    Jornalismo de agregao/curadoria

    Jornalismo automtico

    ALCANCE

    Jornalismo global

    NOVAS A

    BORDAGENS

    Jornalismo de actualidade

    Jornalismo de formato longo

    Jornalismo explicativo

    INOVAO

    NO JORNALISMO

    EM REDE

    Figura 8

    Pa

    rntesi

    s de Gutenberg

    Oralidade

    Sistemas abertos

    Conectividade

    Oralidade

    Sistemas abertos

    Conectividade

    Cultura literria

    Sistemas fechados

    Compartimentao

    OU

    NOVAS INSTITUIES

    SOCIAIS(EM CONSTRUO)

    FIM DO JORNALISMO TAL COMO

    O CONHECEMOS

    UM JORNALISMODIFERENTE

    NOVA REALIDADE SOCIAL

    PRESSUPOSTOS

    A Internet destruiuo modelo

    de subsidiaodo Jornalismo

    atravs dapublicidade

    A crise dosmass media

    um problema econmico

    A crise doJornalismo

    um problema social e poltico

    gura 9

    gura 10

    ADIAR O PROBLEMAINSTITUIR

    ARTIFICIALMENTEA ESCASSEZ

    Novas formas de Jornalismo Novas formas

    de monetizaodo Jornalismo

    Fuses de empresas como forma

    de criar escala

    Fim da Net Neutrality

    Aproveitaras oportunidades

    de desenvolvimentodo Jornalismo

    Comprar concorrentes digitais

    como forma de: eliminar concorrncia

    adquirir competncias

    Cobrana de licenasaos agregadores

    de contedos[Google]

    Subsdios do Estado

    Crowdfunding Donativos Patrocnios

    JORNALISMOEM REDE

    FUSES E AQUISIES

    (CONSOLIDAO)

    COBRANADE CONTEDOS

    (PAYWALLS + APPS)

    SEPARARA FUNO SOCIALDO JORNALISMODA SUA FUNO

    ECONMICA

    PROBLEMA ECONMICO

    DO JORNALISMO

    +

    +

    1 2 3 4

    Regulamentao Polticas

    Modelos de negcio

    Metadados, Interactividade

    FlexibilidadeConvergnciaAlcance global

    TECNOLOGIASCAMADAS

    DE TECNOLOGIA

    QUESTES

    Usos sociaisUsabilidadeLiteracia

    DemograaIncluso digitalDigital divide

    Produtos e servios de informao

    (gesto de media)

    COMPUTADORES

    HUMANOS

    Plataformasde programao

    (desktop, web apps,apps nativas, widgets, etc.)

    Programas e aplicaes

    (Facebook, Google,Spotify, Yelp, etc.)

    Cdigo digital

    Sistemas operativos[Windows, Linux, iOS, Android, etc]

    Figura 1X: Camadas de tecnologias digitais

    Figura 1X Check list da Empresa para Technology Trends Management (T2M)

    Contedos de alta qualidade?

    Prossionalismo (gesto e equipas)?

    Marcas de media fortes?

    Relevncia social e institucional?

    FRAQUEZASS/N?

    Fracas competncias no uso de novas tecnologias?

    Dependncia de receitas publicitrias?

    Resistncia inovao?

    FORASS/N?

    Capacidade capturar os contedos gerados pelos utilizadores?

    Reutilizar produtos de informao?

    Colocar o big data e os metadados ao servio da empresa?

    Curadoria e ltragem da abundncia de informao?

    Migrar para a cloud para facilitar a gesto de informao?

    Distribuir informao por vrios canais e aparelhos?

    Criar efeitos de escala e de rede

    Potenciar as redes sociais?

    Aproveitar o alcance global?

    OPORTUNIDADESS/N?

    Diculdade de controlo dos direitos de autor?

    Descida generalizada das receitas?

    Reduo das tarifas de publicidade?

    Concorrncia dos agregadores de contedos?

    Reduo de audincias nos produtos e servios tradicionais?

    Barreira etria nas audincias

    Crescimento do mobile (difcil de monetizar)

    AMEAASS/N?

    1 2 3

    4

    7 6 5

    O que aqui apresentado no uma soluo tecnolgica para a tomada de decises, mas sim uma tecnologia de racionalidade, ou seja, um conjunto integrado de modelos conceptuais, procedimentos analticos e tcnicas conversacionais que podem ajudar empresas e organizaes na compreenso do ambiente onde actuam. Neste relatrio iremos referir-nos ao conceito de Weak Signals como informao prematura e imperfeita (dados no estruturados e no processados), normalmente ofuscados por factores indutores de leituras confusas, os quais indicam o surgimento de choques discretos ou o desenvolvimento de potentes tendncias.

    Por definio, o conhecimento sobre o futuro limitado. O desafio deste relatrio (assim como o de todos aqueles que decidem usar esta metodologia de Weak Signals) advm do facto de as fontes, natureza e consequncias dos sinais fracos desafiarem os modelos cognitivos dominantes ou se preferirmos, a forma de pensar partilhada pela maioria dos stakeholders num determinado momento, sejam eles, neste caso, jornalistas, gestores, financiadores ou acionistas.

    Os decisores vivem no presente e, portanto, necessitam de tomar melhores decises no seu quotidiano. Esta constatao verdadeira para todos os sectores e em particular para o da comunicao social, pelo que ferramentas que melhorem a qualidade da deciso constituem um activo de valor elevado para as organizaes.

    FIGURA 1 A METODOLOGIA

    DOS WEAK SIGNALS

  • A FO

    RA

    ESTRATGIC

    A D

    OS W

    EAk SIG

    NA

    LSM

    OD

    ELOS D

    E NEG

    CIO

    E COM

    UN

    ICA

    O SO

    CIAL

    11

    O que se apresenta de seguida uma lista, no exaustiva, que permite distinguir evidncias de mudana de outros factores, e que constituiu um ponto de partida para a identificao de sinais fracos indutores de mudana: Uma dada tendncia atinge um dado

    patamar; Uma dada tendncia amadurece muito mais

    cedo do que o expectvel; Especialistas esto fortemente em desacordo

    acerca de um dado tpico; No-especialistas discordam insistentemente

    do optimismo/ pessimismo dos especialistas; Uma dada tecnologia ou sistema promissor

    falha inexplicavelmente; Existe uma acumulao de outliers, ou seja,

    de acontecimentos ou opinies fora do padro.

    Este relatrio no pretende apresentar-se como um trabalho de consultoria que se substitua s necessrias anlises e discusses que permitam a cada empresa (e cada redaco) do sector da comunicao social em Portugal tomar as decises que entender serem as mais adequadas sua estratgia individual ou de grupo.

    No entanto, em funo do trabalho aqui apresentado e das metodologias postas em prtica, entendemos que, para alm das recomendaes finais deste relatrio, h tambm lugar sugesto de que as empresas devero considerar a possibilidade de implementar estratgias internas que permitam incorporar exerccios prospectivos regulares e o seu uso para a correco de trajetrias de gesto e de redao.

    Nesse sentido, decidimos apresentar a seguinte lista de condies-chave para a implementao de estruturas de governana internas s empresas e que se assumam como Weak Signals friendly: Certificar-se de que um grupo de indivduos

    diferentes est mandatado para tentar identificar sinais fracos;

    Incremento da tolerncia face a opinies marginais ou outliers que ponham em causa crenas actuais;

    Capacidade de coligir os argumentos qualitativos por trs dessas afirmaes;

    Utilizao de um processo annimo de argumentao sempre que for importante decidir novas opes;

    Identificar e reduzir barreiras de comunicao entre diferentes sectores, departamentos e comunidades de especialistas;

    Criar espao para que decisores possam afirmar-se enquanto campees de hipotticos sinais fracos e que possam amplificar a sua dimenso estratgica;

    Promover o uso de informao proveniente de diferentes fontes.

    Os Weak Signals so indicadores de fenmenos de mudana. No entanto, eles no induzem necessariamente, junto do observador interessado, essa percepo de que fazem parte de uma qualquer mudana que se poder avizinhar.

    Pelo contrrio, os Weak Signals so construdos a partir de dados crus, no previamente relacionveis pelos observadores.

    A metodologia de Weak Signals busca, entre os estmulos sensoriais presentes num universo de rudo informativo, aquele material informacional de cariz prematuro, no estruturado e fragmentado que possa apontar para o emergir de transformaes desafiantes do actual status quo.

    Por sua vez, esses processos de transformao e mudana possuem caractersticas de elevada incerteza e so desencadeados por pequenas mudanas (seeds of change) que se desenrolam nos complexos ecossistemas sociais e ambientais.

    Noutras palavras, exactamente porque os Weak Signals so fracos, eles necessitam de ser amplificados. Ou seja, a sua qualidade tem de ser aumentada, a sua veracidade sistematizada e verificada, cruzando diferentes fontes, e a sua amplitude desenvolvida analiticamente.

    E como os Weak Signals so sinais, no podem ser obtidos meramente pela observao directa da mudana. Pelo contrrio, so essencialmente provenientes de um exerccio de apuramento do potencial estratgico futuro de informao no processada.

    O poder dos sinais fracos resulta do seu potencial de estabelecerem ligaes com outros sinais fracos o que, por sua vez, leva a novas interpretaes da estrutura evolutiva de variveis crticas para um dado sector de actividade econmica e social, como o caso da comunicao social.

    Uma caracterstica central dos Weak Signals o seu carcter estranho. Normalmente, aps a sua identificao e integrao num modelo prospectivo de evoluo de cenrios, eles so primeiro ignorados, depois violentamente contestados e, por fim, postos de lado como sendo j conhecidos.

  • A F

    OR

    A E

    STRA

    TG

    ICA

    DO

    S W

    EAk

    SIG

    NA

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    E C

    OM

    UN

    ICA

    O S

    OCI

    AL

    12

    Porque so percebidos como anomalias, ou descobertas incompatveis com paradigmas ou modelos mentais existentes, normalmente, tendem a no ser levados seriamente pelos stakeholders, porque a sua aceitao implicaria o alterar da sua bagagem interpretativa actual.

    Uma metodologia de varrimento de Weak Signals uma metodologia que desafia rotinas, e que pode tambm colocar em causa crenas fortemente enraizadas quanto aos processos de deciso actualmente implementados.

    Na figura 2 apresenta-se uma representao dos passos seguidos na pesquisa que enforma este relatrio.

    O ciclo inicia-se com a preocupao que nos convoca para este exerccio, ou seja, a evoluo futura do modelo de negcio da comunicao social, a sua relao com a evoluo das prticas de jornalismo e a busca de identificao de factores causais (passo 1).

    Uma vez esses factores identificados, descritos e o seu peso relativo de importncia avaliado, ento foram reduzidos no seu nmero, agrupados e realizada a sua projeco para o futuro (passos 2 e 3).

    Os factores foram depois combinados, e os seus impactos cruzados estudados de modo a compreender mais interdependncias e dinmicas co-evolucionrias (passo 4).

    Com base nesses passos, imagens consistentes do futuro podem ser geradas e, posteriormente, apresentadas como um pequeno nmero de cenrios de tendncias diversificados e internamente coerentes (passo 5).

    Por fim, a anlise de cenrios e tendncias dar origem a um conjunto de recomendaes e propostas, ao nvel das lgicas e prticas de gesto empresarial da comunicao social e de produo jornalstica (passo 6).

    FIGURA 2 WEAK SIGNALS

    ANLISE E PERSPETIVA

    O Jornalismofaz falta s

    sociedades democrticas

    O Jornalismosempre foi subsidiado

    e nunca foidirectamente pago

    pelosutilizadores

    Logo, a reestruturao

    do Jornalismo uma imposio

    Mas h inmerasoportunidades

    para o fazerno quadro

    da Sociedadeem Rede

    COMP

    REENDER

    A prospectiva enquanto enquadramento;

    A diversidade de quadros mentais;

    A monotorizao de tendncias emergentes;

    Reconhecer sinais fortes;

    Filtragem de rudo;

    Reenquadrar.

    AGIR S

    OBRE

    SINAIS FRACOS

    Como obter o mximo a partir de sinais fracos

    representao dos passos seguidos na pesquisa que informa este relatrio.

    IDENTIFICAO DE TPICOS

    FACTORES DE INFLUNCIA

    PROJECO DE FACTORES

    ESTRATGIASE POLTICAS

    ANLISE DE SINAIS FRACOS

    CENRIOSDE TENDNCIAS

    INTERDEPENDNCIADOS FACTORES

    Figura 3: Foras em aco no ambiente digital

    Evitar a paralisia por anlise;

    Evitar a aco precipitada;

    Interaco face-a-face e annima;

    Decises adaptativas mas simultaneamente

    imediatas.

    METADADOS

    Dados acerca dos dados

    Registados peloscomputadores

    Manuais ou automticos

    Pelo autor ou pelos utilizadores

    Big data

    Gesto de dados

    Algortmos de tratamento de dados

    Inteligncia articial (informao)

    CONVERGNCIA

    Texto, imagem, som, vdeo = bits

    Todos os contedos num aparelho

    Um contedo em vrios aparelho

    Top down e Bottom up

    Dominncia dos ecrs

    Novos canais de distribuio

    Ferramentas de criao diversicadas

    ALCANCE GLOBAL

    Digital = lngua comum computadores

    A nuvem est em todo o lado

    Efeito cruzado com a banda larga

    Digital refora Globalizao

    Abolio fronteiras = Alcance global

    INTERACTIVIDADE

    Consumo desfasado no tempo

    Consumo desfasado no espao

    Consumidor/produtorde informao

    FLEXIBILIDADE

    Remistura/recomposio

    Facilidade de copiar e partilhar

    Facilidade de remisturar e reutilizar

    Consumo setectivo de informao

    Empoderamentodos utilizadores

    Prosumer / Produser

    Desaos ao direito de autor

    O QUE ? O QUE

    SIGNIFICA?

    Figura 4

    COMO SE CARACTERIZARO OS MODELOS DE NEGCIO

    FACE SUA RELAO COM CRIAO

    DE VALOR ECONMICO E SOCIAL

    DA INFORMAO?

    Permitem a associao entre a procura de lucro

    e criao de riqueza e criao de valor social.

    Necessitam de se concentrar

    apenas na dimenso econmica ou na dimenso social,

    pois as estratgias seguidas no permitem assegurar

    a sua sobrevivncia organizacional se optarem por suster

    as duas formas de criao de valor.

    A CRIAO DE VALOR ECONMICO E SOCIAL

    DA INFORMAO ATINGIDA ATRAVS

    DE MODELOS DE NEGCIO QUE:

    1

    OS MODELOSDE NEGCIO

    PRIVILEGIARO QUE MODELOS

    DE JORNALISMO?

    O AMBIENTE DE NEGCIOS DIGITAL EVOLUIU

    NO SENTIDO DE VALORIZAR:

    Um Jornalismo em Rede para uma Sociedade em Rede.

    Um Jornalismo Digital para uma Sociedade em Rede.

    2

    AUMENTO DO VALOR

    SOCIAL DA INFORMAO

    AUMENTO DO VALOR

    SOCIAL DA INFORMAO

    REDUO DO VALOR

    ECONMICO DA INFORMAO

    REDUO DO VALOR

    ECONMICO DA INFORMAO

    ABUNDNCIA

    VALOR DE TROCADIMINUI

    VALOR DE USOAUMENTA

    INFORMAODIGITAL

    NOVO PARADIGMA DE INFORMAO E COMUNICAO

    ARQUITECTURA EM REDE

    MIGRAOPARA

    O DIGITAL

    INDIVDUOSPRODUTORES

    NOVOS MEDIA

    Figura 5

    Figura 6

    NO

    VO E

    COSS

    ISTEM

    A INFORMATIVO

    Jornalistas Indivduos Multides

    Computadores

    Nova produoJornalstica+ =

    NOVO PARADIGMA DE INFORMAO E COMUNICAO

    JORNALISMO

    EM REDE

    O QUE MUDA NO JORNALISMO?

    Figura 7

    ACESS

    O/NOVOS ACTORES

    Crowdsourcing

    User generated content

    Jornalismo independente

    Jornalismo de proximidade

    CONV

    ERG

    NCIA/NOVAS FERRAMENTAS

    Live blogging

    Jornalismo visual

    Jornalismo de ponto de vista

    Jornalismo virtual/imersivo

    COMPUTADORES

    Jornalismo de dados

    Jornalismo de agregao/curadoria

    Jornalismo automtico

    ALCANCE

    Jornalismo global

    NOVAS A

    BORDAGENS

    Jornalismo de actualidade

    Jornalismo de formato longo

    Jornalismo explicativo

    INOVAO

    NO JORNALISMO

    EM REDE

    Figura 8

    Pa

    rntesi

    s de Gutenberg

    Oralidade

    Sistemas abertos

    Conectividade

    Oralidade

    Sistemas abertos

    Conectividade

    Cultura literria

    Sistemas fechados

    Compartimentao

    OU

    NOVAS INSTITUIES

    SOCIAIS(EM CONSTRUO)

    FIM DO JORNALISMO TAL COMO

    O CONHECEMOS

    UM JORNALISMODIFERENTE

    NOVA REALIDADE SOCIAL

    PRESSUPOSTOS

    A Internet destruiuo modelo

    de subsidiaodo Jornalismo

    atravs dapublicidade

    A crise dosmass media

    um problema econmico

    A crise doJornalismo

    um problema social e poltico

    gura 9

    gura 10

    ADIAR O PROBLEMAINSTITUIR

    ARTIFICIALMENTEA ESCASSEZ

    Novas formas de Jornalismo Novas formas

    de monetizaodo Jornalismo

    Fuses de empresas como forma

    de criar escala

    Fim da Net Neutrality

    Aproveitaras oportunidades

    de desenvolvimentodo Jornalismo

    Comprar concorrentes digitais

    como forma de: eliminar concorrncia

    adquirir competncias

    Cobrana de licenasaos agregadores

    de contedos[Google]

    Subsdios do Estado

    Crowdfunding Donativos Patrocnios

    JORNALISMOEM REDE

    FUSES E AQUISIES

    (CONSOLIDAO)

    COBRANADE CONTEDOS

    (PAYWALLS + APPS)

    SEPARARA FUNO SOCIALDO JORNALISMODA SUA FUNO

    ECONMICA

    PROBLEMA ECONMICO

    DO JORNALISMO

    +

    +

    1 2 3 4

    Regulamentao Polticas

    Modelos de negcio

    Metadados, Interactividade

    FlexibilidadeConvergnciaAlcance global

    TECNOLOGIASCAMADAS

    DE TECNOLOGIA

    QUESTES

    Usos sociaisUsabilidadeLiteracia

    DemograaIncluso digitalDigital divide

    Produtos e servios de informao

    (gesto de media)

    COMPUTADORES

    HUMANOS

    Plataformasde programao

    (desktop, web apps,apps nativas, widgets, etc.)

    Programas e aplicaes

    (Facebook, Google,Spotify, Yelp, etc.)

    Cdigo digital

    Sistemas operativos[Windows, Linux, iOS, Android, etc]

    Figura 1X: Camadas de tecnologias digitais

    Figura 1X Check list da Empresa para Technology Trends Management (T2M)

    Contedos de alta qualidade?

    Prossionalismo (gesto e equipas)?

    Marcas de media fortes?

    Relevncia social e institucional?

    FRAQUEZASS/N?

    Fracas competncias no uso de novas tecnologias?

    Dependncia de receitas publicitrias?

    Resistncia inovao?

    FORASS/N?

    Capacidade capturar os contedos gerados pelos utilizadores?

    Reutilizar produtos de informao?

    Colocar o big data e os metadados ao servio da empresa?

    Curadoria e ltragem da abundncia de informao?

    Migrar para a cloud para facilitar a gesto de informao?

    Distribuir informao por vrios canais e aparelhos?

    Criar efeitos de escala e de rede

    Potenciar as redes sociais?

    Aproveitar o alcance global?

    OPORTUNIDADESS/N?

    Diculdade de controlo dos direitos de autor?

    Descida generalizada das receitas?

    Reduo das tarifas de publicidade?

    Concorrncia dos agregadores de contedos?

    Reduo de audincias nos produtos e servios tradicionais?

    Barreira etria nas audincias

    Crescimento do mobile (difcil de monetizar)

    AMEAASS/N?

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    4

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  • A ESTRU

    TURA

    DO

    ESTUD

    OM

    OD

    ELOS D

    E NEG

    CIO

    E COM

    UN

    ICA

    O SO

    CIAL

    13

    A ESTRUTURA DO ESTUDO

    O estudo que d origem a este sumrio executivo encontra-se dividido em V partes, correspondendo cada uma a uma dimenso analtica que contribui para a concluso do relatrio, a Parte V, onde so abordados os cenrios propostos para a leitura da evoluo dos possveis cenrios de modelos de negcio para a comunicao social em Portugal.

    A Introduo do relatrio consiste no sumrio executivo e centra-se essencialmente nas inovaes introduzidas pela anlise, nomeadamente as opes metodolgicas e analticas, a par das motivaes para a realizao deste estudo e da novidade proposta pela cenarizao das opes de negcio de comunicao social e da prtica do jornalismo em Portugal.

    A primeira metade da Parte I do relatrio centra-se na produo de um diagnstico, assente em mais de quatro dezenas de relatrios de empresas de consultoria globais, no qual se procura identificar quais so os sinais que se podem configurar enquanto tendncias da indstria da comunicao social a nvel mundial. A segunda metade centra-se, por sua vez, no diagnstico e identificao de sinais fracos que permitam antecipar tendncias ao nvel da prtica jornalstica emergente ou, se preferirmos, configuradoras de um jornalismo em rede.

    A Parte II lida com os pblicos de comunicao social, nas suas duplas personalidades de cidados e consumidores. So aqui explorados dados contemporneos e da dcada passada numa busca de identificao de sinais fracos quer no campo da diferenciao geracional quer na oposio/ complementaridade de usos e opes, envolvendo ou no a Internet. Nesta parte analisa-se o que a sociedade em rede, em termos da formatao que lhe est a ser dada pela autonomia dos cidados e consumidores.

    A Parte III centra-se nos stakeholders da comunicao social ao nvel da gesto empresarial e de redaco. A partir das entrevistas a mais de 20 stakeholders dos Legacy Media, Telcos e Novos Media, realizadas durante 2014, e das respostas aos inquritos do Barmetro da Comunicao, tentou-se identificar, tipificar e estruturar a rede de sinais fracos e eventuais Wild Cards, que podem expressar mais fielmente o desenho de tendncias de modelos de negcio existentes, e a existir, no sector da comunicao social em Portugal.

    Na Parte IV do relatrio so apresentadas anlises combinadas da evoluo dos sectores da Rdio, Televiso e Imprensa em Portugal, bem como das tendncias evolutivas internacionais. A Parte IV constituda por trs captulos dedicados aos sectores tradicionais da comunicao social e um captulo transversal s matrias da publicidade enquanto recurso financeiro central para o sector. Os quatro captulos so abordados em termos de sries evolutivas, procurando dar a conhecer a evoluo de cada sub-sector, sendo dadas pistas sobre quais so os sinais fracos internacionais e como aqueles podem condicionar a interpretao da evoluo nacional. No que respeita ao captulo da publicidade so analisadas tendncias e comparados os contributos das receitas de publicidade para a dimenso financeira dos diferentes grupos nacionais.

    A Parte V incorpora todos os sinais e factores identificados e descritos no relatrio, bem como os seus impactos cruzados, interdependncias e dinmicas evolutivas. Dessa compilao e anlise de sinais fracos surgem trs anlises aprofundadas:

    A tipificao de tendncias de prticas jornalsticas em rede e sugestes para a transformao da prtica jornalstica;

    A tipificao e estruturao das diferentes possibilidades de monetizao da comunicao social;

    E, por fim, uma anlise e proposta de mudana organizacional na forma como a relao entre gesto e tecnologia ocorre nas empresas de Legacy Media.

    O relatrio termina com a proposta de quatro cenrios de tendncias de modelos de negcios, incorporando as dimenses econmicas e sociais da comunicao social.

    1

    2

    3

  • TELCOS, LEG

    AC

    y MED

    IA E N

    OVO

    S MED

    IA EM

    NAVEG

    A

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    DIG

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    MO

    DELO

    S DE N

    EG

    CIO E CO

    MU

    NIC

    A

    O

    SOCIA

    L

    15

    A utilizao neste relatrio da metodologia de sinais fracos na anlise das tendncias de mudana no contexto dos modelos de negcio da comunicao social produziu um vasto nmero de dados e informao.

    O sumrio executivo que aqui se publica deriva das anlises realizadas durante os anos de 2013, 2014 e primeiro trimestre de 2015, e pretende caracterizar as tendncias evolutivas para o perodo 2015-2020 no contexto global e, em particular, em Portugal.

    Para compreender como os ventos e mars digitais se iro configurar de modo a dar forma aos oceanos digitais que as Telcos, os Legacy Media e os Novos Media iro navegar nos prximos cinco anos, fundamental centrar a nossa ateno nas incertezas crticas e nos factores centrais em actuao.

    Para tal, recolhemos mais de duas dezenas de opinies expressas em entrevistas realizadas a gestores de Telcos, Legacy Media e Novos Media com actuao no mercado portugus, realizmos conversas informais com responsveis de publicaes, televises e rdios nacionais, procedemos anlise de dados secundrios oriundos do sector, e recorremos aplicao de inquritos populao portuguesa e outros instrumentos de anlise a que tivemos acesso durante um perodo de cerca de dois anos.

    Como referido atrs, neste trabalho de prospectiva a ateno centrou-se na busca e anlise de Weak Signals (Sinais Fracos) no quadro da comunicao social. Primeiro, realizando essa procura a nvel global, e depois aproximando-se da realidade portuguesa para podermos mapear os cenrios em formao no desenho dos modelos de negcio para o prximo quinqunio.

    TELCOS, LEGACY MEDIA E NOVOS MEDIA EM NAVEGAO DIGITAL

    NOTCIAS

    LEGACY MEDIA

    ST

    ART-U

    PS JORNALSTICAS

    NOVOS MEDIA

    TELCOS

    NOTCIAS

    LEGACY MEDIA

    ST

    ART-U

    PS JORNALSTICAS

    NOVOS MEDIA

    TELCOSNOTCIAS

    LEGACY MEDIA

    ST

    ART-U

    PS JORNALSTICAS

    NOVOS MEDIA

    TELCOS

    NOTCIAS

    LEGACY MEDIA

    ST

    ART-U

    PS JORNALSTICAS

    NOVOS MEDIA

    TELCOS

  • VENTO

    S E MA

    RS DIG

    ITAIS Q

    UE M

    OLD

    AM

    O O

    CEAN

    O D

    IGITA

    L DE 2020

    MO

    DELO

    S DE N

    EG

    CIO E CO

    MU

    NIC

    A

    O

    SOCIA

    L

    17

    Partindo de uma meta-anlise de 1518 pginas de relatrios de prospectiva realizados nos ltimos anos pelas empresas Accenture, Arthur D. Little, A.T.Kearney, Bain & Company, The Boston Consulting Group, Booz & Company, Deloitte, Deutsche Bank Research, Ernst & Young, IBM Global Business Services, Insead, KPMG, McKinsey & Company, Oliver Wyman, PWC (PriceWaterhouseCoopers), Roland Berger Strategy Consultants e World Economic Forum, em conjugao com um leque alargado de entrevistas e anlises, possvel traar uma primeira representao das 18 grandes linhas que moldam a evoluo em curso no sector da comunicao.

    Escolhemos apresentar simbolicamente 18 grandes linhas porque, tal como os 18 anos refletem o atingir da maioridade, tambm no sector da comunicao social se atingiu uma maioridade digital, que se reflecte numa enorme estabilidade, quer quanto ao tipo de ameaas, quer quanto ao tipo de oportunidades.

    1. Vivemos tempos de transio tecnolgica que so tambm tempo de novos padres de criao de valor. O tema dominante das preocupaes de todas as anlises a busca de novos e economicamente sustentveis modelos de negcio. 2. A fase inicial da transio digital chegou ao fim, e entrmos numa nova normalidade digital. Neste contexto, o elemento digital no pode ser uma parte isolada da organizao, necessrio um mainstreaming digital, isto , uma transio autntica e multi-dimensional nos processos e nos produtos da organizao. Saber fazer digital j no basta, preciso saber ser-se digital.

    3. fundamental a criao de um espao empresarial assente no digital e pensado como um ambiente media alargado. Os vrios media vo-se adaptando a um contexto electrnico ubquo, em ligao permanente via Internet, e essa adaptao tem de ter um reflexo na lgica de gesto organizacional, na dimenso produtiva, na cultura organizacional da redaco e de leitura dos pblicos.

    4. No pode haver novas formas de criao de valor sem o recurso, pelas empresas, a um novo quadro mental que se movimente no mesmo espao dos seus destinatrios. As empresas tm de adoptar uma linguagem interactiva em que o consumidor tem a possibilidade de decidir usar (ou no) o meio especfico de consumo (crescentemente mvel e multimdia) e os tempos de consumo (em directo/ streaming, online/ offline, em diferido/ podcast).

    5. Se a primeira dcada do sculo XXI foi marcada por uma convergncia tecnolgica, a segunda dcada est a ser marcada por uma cada vez menor distino entre canais de distribuio. O desafio de reconfigurao de ofertas transversal, mas no sentido com a mesma intensidade em todo o sector de media.

    6. O controlo sobre os contedos tem de estar assente na fidelizao da relao entre produtor e consumidor. No possvel controlar a rede sem um desgaste de recursos desproporcional aos ganhos. As empresas e os produtores tm de ganhar o corao dos seus pblicos para depois poderem ganhar a remunerao justa pelo seu investimento.

    VENTOS E MARS DIGITAIS QUE MOLDAM O OCEANO DIGITAL DE 2020

  • VEN

    TOS

    E M

    AR

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    IGIT

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    7. Enquanto, por um lado, os bastidores tecnolgicos do sistema digital se tornam distantes e intangveis, definidos por C. W. Anderson, Emily Bell e Clay Shirky como uma nuvem imanente (infra-estruturas de cloud computing remotas em relao ao utilizador), por outro o interface do sistema torna-se psicologicamente mais prximo e fisicamente mais tangvel devido a uma multiplicao de ecrs sensveis ao toque e ao gesto (a perda de protagonismo do PC face aos smartphones/ tablets est tambm ligada perda da relevncia das teclas e rato face a outros modos de navegao mais orgnicos).

    8. A passagem para o paradigma digital faz-se atravs da produo de contedos de raiz digital, e no pela digitalizao dos contedos analgicos, ditos tradicionais. H, alm do mais, uma srie crescente de experincias que indicam que a mera adaptao de produtos analgicos e estticos conduz a experincias falhadas e a investimento sem retorno. A experincia digital em plataformas mveis a forma de consumo que deve ser tida como a experincia-default do consumidor, mas no experincia nica.

    9. Ao nvel do marketing possvel dizer que as lgicas de evoluo se encaminham para um marketing dialogante e inclusivo. Um marketing que coloca o utilizador no centro da estratgia de mercado das marcas (ideia muito forte no seio do marketing social digital). Ao mesmo tempo cada vez mais possvel utilizar marketing baseado em data-mining, uma tendncia que orienta a gesto para a hper-segmentao e para decises com fundamentao hper-analtica.

    10. A importncia da distribuio sublinhada, na medida em que cada vez mais os donos das redes e agregadores de contedos se afirmam como actores-chave em termos de poder negocial e capacidade de influenciar os comportamentos de consumo e navegao. Um dos temas cuja ausncia se faz sentir no trabalho das consultoras , precisamente, a questo dos direitos de autor, e da regulao dos direitos conexos, etc. A evoluo digital poder animar, tambm, o papel dos produtores e pequenos distribuidores de contedos.

    11. A crescente tendncia para a afirmao da lgica de aplicaes (ou apps). Muitas so as formas e os enquadramentos que os utilizadores encontram para consumir e utilizar as suas aplicaes, e o mesmo registo diz respeito aos contedos, cada vez mais disponveis e nas mais diferentes formas.

    12. A arquitectura de-muitos-para-muitos que caracteriza as redes sociais online, e a facilidade com que os utilizadores podem partilhar contedos online, uma oportunidade para as empresas de media expandirem significativamente o alcance das suas marcas de informao. O vdeo, por exemplo, um tipo de contedo cada vez mais importante nas redes sociais online. E muitas empresas de media esto a tirar benefcios do seu potencial, mesmo aquelas que no trabalhavam tradicionalmente no sector audiovisual.

    13. Os contedos gerados pelos utilizadores vo continuar a crescer. Tirando partido das ferramentas de produo e edio que lhes so disponibilizadas, as pessoas tendero a procurar e encontrar novas formas de criar e reutilizar contedos. E f-lo-o tanto mais medida que foram aprendendo a usar essas ferramentas, ou medida que novas ferramentas que lhes permitam faz-lo forem sendo criadas. As empresas online que tm sido economicamente mais bem-sucedidas na era digital no so aquelas que produzem contedos, mas sim aquelas que proporcionam as plataformas para os indivduos criarem, alojarem e distriburem os seus prprios contedos, sejam eles originais ou adaptados: YouTube, Blogger, Facebook, Twitter, Instagram, etc.

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    14. A superabundncia de informao tambm cada vez mais um problema e portanto tambm uma oportunidade. O facto de a informao digital poder ser facilmente produzida e partilhada, combinado com o efeito de rede que resulta de existir sempre vrios canais de comunicao em aberto, provoca que exista sempre uma grande quantidade de informao a circular na rede. Neste contexto, o problema no a escassez de informao, mas a sua abundncia. Os utilizadores tendem a valorizar menos a informao, que abundante, do que os modos de gerir essa abundncia, que tanto podem ser ferramentas especficas ou formas de curadoria profissionais.

    15. O big data, associado computao em nuvem, nomeadamente nas plataformas de contedos gerados pelos utilizadores, um sector com alto potencial de receita. Mas a verdade que continua a ser quase totalmente ignorado pelas empresas de media, ficando merc das empresas nativas da Internet, que neste contexto no podem deixar de ser consideradas como concorrentes directas no negcio da distribuio de informao.

    16. O papel cada vez mais importante desempenhado pelos equipamentos mveis na computao e na paisagem meditica um efeito da miniaturizao da electrnica e da convergncia dos vrios tipos de informao digital num nico aparelho. Essa tendncia continuar a evoluir no sentido dos equipamentos que podem ser usados pelos utilizadores e no sentido da chamada Internet das coisas (Internet of things). Cada um desses desenvolvimentos ir provavelmente converter-se em tendncias separadas (os relgios de fitness, os sistemas de monitorizao domstica, etc.), mas colocam ameaas srias s empresas de media, uma vez que a adaptao dos seus produtos e servios de informao a estes aparelhos (nos quais se faz cada vez mais, tambm, o consumo de informao) no uma tarefa fcil.

    17. A convergncia dos media e a consequente abolio da tradicional separao entre tipos de media ir em breve afectar a televiso. Embora os actuais operadores de TV por cabo estejam a adaptar a sua tecnologia no sentido de permitir a visualizao em qualquer altura (tal como o digital permite e os consumidores pretendem), a convergncia com a Internet e com as empresas de tecnologia vai continuar. As empresas de tecnologia (como a Samsung ou a Apple) tentaro tambm ocupar esse espao, vindas de outro lado. E as empresas nativas da Internet, como a Google, a Netflix ou a Hulu, faro movimentaes para ocupar esse mesmo territrio vindo de ainda um terceiro lado.

    18. O empoderamento das antigas audincias, que potenciado pelas tecnologias de informao e comunicao digitais, tambm afecta a forma como as estratgias de marketing as impactam. E isso relevante para as empresas de media por duas razes: primeiro, porque essas tecnologias do poder s audincias face s prprias empresas de media; e, segundo, porque do mais poder s audincias que as empresas de media vo querer vender aos anunciantes. Num contexto digital em que os indivduos ganham controlo sobre a produo, distribuio e consumo da sua informao, o marketing tem que se tornar relacional.

    Esta lista no esgota todas as tendncias que as empresas do sector da comunicao social podem vislumbrar no horizonte. No entanto, estas so aquelas linhas que melhor enquadram o campo onde germinam as ameaas aos seus modelos de negcio, mas tambm as maiores oportunidades para os expandir, ou mesmo para criar novas abordagens para o negcio da comunicao social.

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    PORTULANO DIGITAL 2020 PARA O DESENHO DE MODELOS DE NEGCIO

    A definio de Portulano diz-nos que se trata de uma coleco de instrues para navegar. Poderamos acrescentar que os Portulanos so os antepassados dos mapas que conhecemos hoje.

    Da mesma forma que os portulanos originais eram representaes aproximadas da realidade, tambm o Portulano digital, que se apresenta nas prximas pginas, corresponde a uma interpretao prospectiva de uma srie de sinais fracos e fortes que do origem cenarizao de modelos de negcio proposta para os prximos anos da indstria de media, que ser apresentada no final desta introduo.

    No possvel ainda traar um mapa digital dos modelos de negcio, precisamente porque desconhecemos ainda a totalidade dos factores e a sua evoluo, e quais, futuramente, nos daro um mapa claro e fivel da actuao no sector.

    No entanto, podemos j desenhar um Portulano digital, construdo com base nos sinais fracos recolhidos, que nos apresente as tendncias-chave para a evoluo dos modelos de negcio nos prximos cinco anos.

    Um Portulano que nos permita fazer uso, ao nvel da gesto empresarial, das dimenses analticas-chave obtidas por via de uma metodologia de varrimento de sinais fracos pode, num primeiro momento, ser transposto para uma ferramenta que combina anlise ambiental e interna.

    Pode-se, assim, fazer recurso a uma matriz SWOT centrada nas foras e fraquezas do sector dos media (as suas capacidades internas) e das oportunidades e ameaas que sobre ele incidem (as tendncias externas com capacidade de influncia).

    TABELA 2 ANLISE SWOT DO SECTOR DOS MEDIA

    Quanto s OPORTUNIDADES do sector da comunicao social, as quais podem actuar positivamente sobre as estratgias das empresas do sector da comunicao social no perodo 2015-2020, podemos apontar:1_ Actualmente o consumo de tecnologia contnuo.2_ Toque e ecrs (e no as teclas e o rato) so o design de interaco dominante.3_ O quotidiano vive-se cada vez mais em mltiplos ecrs.4_ Os Legacy Media (marcas e vias de distribuio tradicionais) esto fortemente implantados na vida

    meditica dos cidados e consumidores, e continuam a produzir efeitos de arrasto para novas marcas e tecnologias.

    5_ As novas tecnologias no actuam maioritariamente de forma substitutiva mas de forma complementar (ex: TV na televiso e na Internet; jornais em digital e papel; ouvintes em diferentes suportes).

    6_ Publicidade e Legacy Media (marcas e vias de distribuio tradicionais) esto ainda fortemente dependentes um do outro para atingir os seus objectivos.

    Quanto s AMEAAS ao sector da comunicao social, as quais podem actuar negativamente sobre as estratgias das empresas do sector da comunicao social no perodo 2015-2020, podemos apontar:1_ A pouca integrao entre modelos de gesto da propriedade intelectual e dos direitos dos contedos

    em estratgias integradas de modelos de negcio.2_ H riscos na gesto de modelos abertos de produo de contedos. A acentuao das lgicas de

    partilha pode pr em causa o actual modelo de relao entre propriedade intelectual e a sua gesto de valor.

    3_ A privacidade representa um valor para o consumidor e cidado e tambm para as empresas (pelo potencial dos dados da utilizao). Os equilbrios actuais podero alterar-se deixando as empresas de deter a actual posio de controlo sobre os dados.

    4_ H uma tendncia de desequilbrio das receitas para o lado da distribuio das Telcos, penalizando criadores e marcas Legacy agregadoras de contedos.

    5_ H uma prtica generalizada de canibalizao de contedos por parte dos Novos Media (gigantes globais de Internet mas tambm pequenos novos actores do sector).

    6_ O sector tradicional, os Legacy Media, esto propensos a menores lucros durante as fases de transio e, portanto, mais vulnerveis crise.

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    Entre os PONTOS FORTES que se configuram como factores potenciadores da capacidade de resposta das empresas do sector da comunicao social no perodo 2015-2020, destacam-se: 1_ A potencial maior criatividade disponvel na organizao do trabalho e na produo das empresas.2_ A experincia acumulada feita na passagem do paradigma analgico para a capitalizao do digital,

    com complementaridade entre ambos (ex. imprensa e rdio).3_ A lenta, mas sustentada, migrao para uma convergncia da envolvncia de toda a esfera humana da

    indstria na definio do modelo de negcio (consumidores, advertisers, key-agents, etc.).

    4_ O data-mining e big-data como ferramentas cada vez mais centrais no desenho de estratgias exploratrias do mercado e principal eixo da publicidade.

    5_ A tendncia de produo de contedos transmedia destinados a todas as plataformas e hardware.6_ O consumo de TV em crescimento, combinando hbitos de consumo tradicionais, lineares (browsing),

    com hbitos no-lineares (searching).7_ A integrao do recurso s redes sociais no kernel dos modelos de negcio (crowdsourcing, discusso,

    partilha de experincias, internacionalizao mais fcil, etc.).8_ Experincias de colaborao inter-indstria e inter-marca para segmentos especficos de produtos ou

    audincias.9_ A convergncia deixou de ser entendida como apenas tecnolgica, para ser tambm centrada nos

    contedos.10_ Na imprensa a viso dominante a da complementaridade impresso+digital, e tal representa uma

    diminuio da ameaa ao sector.11_ Assiste-se massificao do modelo on demand, em todos os sectores.12_ A ideia de nuvem (Cloud) vista transversalmente como uma oportunidade semelhante do

    surgimento da Internet nos anos 90.13_ App Business Model vista como a lgica futura de desenvolvimento dos media.14_ Maior liberdade de experimentao e menores custos de entrada no sector podem promover maior

    nmero de start-ups e de novos modelos de negcio.

    Quanto aos PONTOS FRACOS que se configuram como factores limitadores da capacidade de resposta das empresas do sector da comunicao social, destacam-se: 1_ O no acompanhamento em velocidade simultnea, por parte das empresas, da experimentao e das

    exigncias das audincias de consumidores e cidados.2_ O eventual travo continuidade da digitalizao dos contedos analgicos pode limitar a

    criatividade de novos modelos all-digital.3_ Os modelos de acesso digital baseados em trfego ilimitado, modelo all-you-can-eat, pode no ser

    sustentvel tecnologicamente e em termos de modelo de negcio, comprometendo as margens de lucro (por via de um consumo excessivo, a muito baixo preo).

    4_ As rotinas de produo para TV, demasiado centradas numa nica ideia de ecr, podem barrar uma evoluo para uma lgica de TV em mltiplos ecrs.

    5_ A transformao de hbitos e rotinas de consumo podem levar a alteraes de consumos face aos Legacy Media, fazendo valer uma lgica de menores consumos associados s actuais fontes centrais de rendimento: publicidade e valor acrescentado por via telefnica.

    6_ Manuteno dos formatos tradicionais/ lineares, fora da lgica do complemento digital. 7_ A previsibilidade de menores lucros durante as fases de transio, sem experimentao simultnea de

    novos canais de monetizao, pode tornar o sector de Legacy Media mais vulnervel.8_ Uma percepo de que a tolerncia e rotina face publicidade se encontram em perda, porque o

    mercado e utilizadores esto saturados face aos actuais modelos publicitrios.9_ O surgimento de Novos Media globais e locais promove a desintermediao das fontes originais na

    distribuio e produo de notcias. 10_ Maior liberdade de experimentao e menores custos de entrada no sector podem promover maior

    nmero de start-ups e de novos modelos de negcio.

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    AS QUESTES-CHAVE PARA OS CENRIOS 2020H um novo Oceano Digital a tomar forma no horizonte dos prximos cinco anos. Tal deve-se ao atingir da maturidade de algumas transformaes no sector da comunicao social, mas tambm eroso de recursos disponveis, nomeadamente financeiros e, por fim, a alteraes produto da experimentao tecnolgica, de consumo, da prpria envolvente social e ambiental e, tambm, da aprendizagem realizada pelas empresas do sector da comunicao social.

    Neste relatrio identificmos trs tipos de empresas que pretendem captar a diversidade de papis existente.

    Por um lado temos as empresas disruptivas de equilbrios, as empresas de Novos Media, que tanto se referem ao Google e ao Facebook que colocam em causa os modelos de distribuio de notcias e remunerao dos media tradicionais, como se referem s start-ups que procuram mudar a forma de produzir e distribuir notcias, mas tambm inovar a forma de monetizar a funo econmica do jornalismo.

    Por outro lado, temos os Legacy Media, ou seja, as marcas e empresas que ocupam a paisagem meditica h mais ou menos tempo, mas que so reconhecidas como fazendo parte do sector da comunicao social, porque produzem televiso, rdio ou jornais em formato maioritariamente digital, mas tambm analgico, seja no papel ou nas ondas de transmisso.

    Por ltimo, temos as Telcos ou, se preferirmos, as empresas de telecomunicaes que se hibridizaram. Esse hibridismo coloca-as na fronteira entre a mera distribuio e a produo de comunicao social.

    A evoluo decorre da transformao tecnolgica e social que, por sua vez, tem implicaes no seu modelo de negcio tradicional. Maioritariamente, as Telcos no produzem contedos, mas criam as condies financeiras para que outros possam produzir contedos que possam fornecer aos seus clientes e que se adequam sua prpria estratgia de negcio.

    Todos estes actores, ou stakeholders, questionam-se sobre que forma o futuro ir tomar, que tamanho o mercado ir ter, que papel cada um ir ter nesse oceano da comunicao social e o tempo que demorar at termos maior estabilidade no sector e nos modelos de negcio.

    De algum modo, podemos afirmar que todos pressentem que est a terminar o interregno, ou seja, o tempo em que o velho morreu e o novo ainda no nasceu, e que teremos proximamente um novo modelo, que dar origem a um novo sistema dos media, sempre em movimento, mas dentro de um quadro de maior estabilidade.

    Os trs grupos de empresas aqui identificados (Legacy Media, Novos Media e Telcos), aos quais podemos associar ainda as start-ups jornalsticas, esto conscientes das suas interdependncias e das suas necessidades, de modo a permitir que o Oceano Digital evolua para um espao de navegao saudvel, que tanto crie valor econmico como acrescente bem-estar para a sociedade. Ou seja, um cenrio que tenha presente o valor econmico e o valor social do jornalismo.

    O jornalismo constitu a base da indstria dos media e ele que legitima, tambm, a presena dos formatos de entretenimento. Sem jornalismo no h notcias, sem notcias no h justificao para o seu complemento (que o entretenimento), nem para a monetizao nem para os projectos de marca e segmentao de diferentes produtos, sejam eles exclusivamente de informao, entretenimento, ou remix de ambos em formato digital.

    O entretenimento justifica o seu posicionamento, por oposio s notcias e vice-versa, dando origem tambm aos formatos hbridos que hoje conhecemos.

    O nosso ponto de partida para a anlise centra-se na constatao de que, antes do incio da disrupo causada pelo aparecimento da Internet, o modelo de negcio da televiso, jornais e rdios assentava numa lgica que poderia ser descrita como: o lucro e o sucesso do negcio advm da capacidade da comunicao social de cumprir a sua funo social.

    No entanto, esse equilbrio foi quebrado e hoje o teste das diferentes experimentaes feitas, em termos de modelos de negcio, mostra-nos cenrios onde se procura recriar um equilbrio perdido ou se opta apenas por tentar associar ao modelo de negcio a dimenso econmica ou apenas a dimenso social.

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    O Jornalismofaz falta s

    sociedades democrticas

    O Jornalismosempre foi subsidiado

    e nunca foidirectamente pago

    pelosutilizadores

    Logo, a reestruturao

    do Jornalismo uma imposio

    Mas h inmerasoportunidades

    para o fazerno quadro

    da Sociedadeem Rede

    COMP

    REENDER

    A prospectiva enquanto enquadramento;

    A diversidade de quadros mentais;

    A monotorizao de tendncias emergentes;

    Reconhecer sinais fortes;

    Filtragem de rudo;

    Reenquadrar.

    AGIR S

    OBRE

    SINAIS FRACOS

    Como obter o mximo a partir de sinais fracos

    representao dos passos seguidos na pesquisa que informa este relatrio.

    IDENTIFICAO DE TPICOS

    FACTORES DE INFLUNCIA

    PROJECO DE FACTORES

    ESTRATGIASE POLTICAS

    ANLISE DE SINAIS FRACOS

    CENRIOSDE TENDNCIAS

    INTERDEPENDNCIADOS FACTORES

    Figura 3: Foras em aco no ambiente digital

    Evitar a paralisia por anlise;

    Evitar a aco precipitada;

    Interaco face-a-face e annima;

    Decises adaptativas mas simultaneamente

    imediatas.

    METADADOS

    Dados acerca dos dados

    Registados peloscomputadores

    Manuais ou automticos

    Pelo autor ou pelos utilizadores

    Big data

    Gesto de dados

    Algortmos de tratamento de dados

    Inteligncia articial (informao)

    CONVERGNCIA

    Texto, imagem, som, vdeo = bits

    Todos os contedos num aparelho

    Um contedo em vrios aparelho

    Top down e Bottom up

    Dominncia dos ecrs

    Novos canais de distribuio

    Ferramentas de criao diversicadas

    ALCANCE GLOBAL

    Digital = lngua comum computadores

    A nuvem est em todo o lado

    Efeito cruzado com a banda larga

    Digital refora Globalizao

    Abolio fronteiras = Alcance global

    INTERACTIVIDADE

    Consumo desfasado no tempo

    Consumo desfasado no espao

    Consumidor/produtorde informao

    FLEXIBILIDADE

    Remistura/recomposio

    Facilidade de copiar e partilhar

    Facilidade de remisturar e reutilizar

    Consumo setectivo de informao

    Empoderamentodos utilizadores

    Prosumer / Produser

    Desaos ao direito de autor

    O QUE ? O QUE

    SIGNIFICA?

    Figura 4

    COMO SE CARACTERIZARO OS MODELOS DE NEGCIO

    FACE SUA RELAO COM CRIAO

    DE VALOR ECONMICO E SOCIAL

    DA INFORMAO?

    Permitem a associao entre a procura de lucro

    e criao de riqueza e criao de valor social.

    Necessitam de se concentrar

    apenas na dimenso econmica ou na dimenso social,

    pois as estratgias seguidas no permitem assegurar

    a sua sobrevivncia organizacional se optarem por suster

    as duas formas de criao de valor.

    A CRIAO DE VALOR ECONMICO E SOCIAL

    DA INFORMAO ATINGIDA ATRAVS

    DE MODELOS DE NEGCIO QUE:

    1

    OS MODELOSDE NEGCIO

    PRIVILEGIARO QUE MODELOS

    DE JORNALISMO?

    O AMBIENTE DE NEGCIOS DIGITAL EVOLUIU

    NO SENTIDO DE VALORIZAR:

    Um Jornalismo em Rede para uma Sociedade em Rede.

    Um Jornalismo Digital para uma Sociedade em Rede.

    2

    AUMENTO DO VALOR

    SOCIAL DA INFORMAO

    AUMENTO DO VALOR

    SOCIAL DA INFORMAO

    REDUO DO VALOR

    ECONMICO DA INFORMAO

    REDUO DO VALOR

    ECONMICO DA INFORMAO

    ABUNDNCIA

    VALOR DE TROCADIMINUI

    VALOR DE USOAUMENTA

    INFORMAODIGITAL

    NOVO PARADIGMA DE INFORMAO E COMUNICAO

    ARQUITECTURA EM REDE

    MIGRAOPARA

    O DIGITAL

    INDIVDUOSPRODUTORES

    NOVOS MEDIA

    Figura 5

    Figura 6

    NO

    VO E

    COSS

    ISTEM

    A INFORMATIVO

    Jornalistas Indivduos Multides

    Computadores

    Nova produoJornalstica+ =

    NOVO PARADIGMA DE INFORMAO E COMUNICAO

    JORNALISMO

    EM REDE

    O QUE MUDA NO JORNALISMO?

    Figura 7

    ACESS

    O/NOVOS ACTORES

    Crowdsourcing

    User generated content

    Jornalismo independente

    Jornalismo de proximidade

    CONV

    ERG

    NCIA/NOVAS FERRAMENTAS

    Live blogging

    Jornalismo visual

    Jornalismo de ponto de vista

    Jornalismo virtual/imersivo

    COMPUTADORES

    Jornalismo de dados

    Jornalismo de agregao/curadoria

    Jornalismo automtico

    ALCANCE

    Jornalismo global

    NOVAS A

    BORDAGENS

    Jornalismo de actualidade

    Jornalismo de formato longo

    Jornalismo explicativo

    INOVAO

    NO JORNALISMO

    EM REDE

    Figura 8

    Pa

    rntesi

    s de Gutenberg

    Oralidade

    Sistemas abertos

    Conectividade

    Oralidade

    Sistemas abertos

    Conectividade

    Cultura literria

    Sistemas fechados

    Compartimentao

    OU

    NOVAS INSTITUIES

    SOCIAIS(EM CONSTRUO)

    FIM DO JORNALISMO TAL COMO

    O CONHECEMOS

    UM JORNALISMODIFERENTE

    NOVA REALIDADE SOCIAL

    PRESSUPOSTOS

    A Internet destruiuo modelo

    de subsidiaodo Jornalismo

    atravs dapublicidade

    A crise dosmass media

    um problema econmico

    A crise doJornalismo

    um problema social e poltico

    gura 9

    gura 10

    ADIAR O PROBLEMAINSTITUIR

    ARTIFICIALMENTEA ESCASSEZ

    Novas formas de Jornalismo Novas formas

    de monetizaodo Jornalismo

    Fuses de empresas como forma

    de criar escala

    Fim da Net Neutrality

    Aproveitaras oportunidades

    de desenvolvimentodo Jornalismo

    Comprar concorrentes digitais

    como forma de: eliminar concorrncia

    adquirir competncias

    Cobrana de licenasaos agregadores

    de contedos[Google]

    Subsdios do Estado

    Crowdfunding Donativos Patrocnios

    JORNALISMOEM REDE

    FUSES E AQUISIES

    (CONSOLIDAO)

    COBRANADE CONTEDOS

    (PAYWALLS + APPS)

    SEPARARA FUNO SOCIALDO JORNALISMODA SUA FUNO

    ECONMICA

    PROBLEMA ECONMICO

    DO JORNALISMO

    +

    +

    1 2 3 4

    Regulamentao Polticas

    Modelos de negcio

    Metadados, Interactividade

    FlexibilidadeConvergnciaAlcance global

    TECNOLOGIASCAMADAS

    DE TECNOLOGIA

    QUESTES

    Usos sociaisUsabilidadeLiteracia

    DemograaIncluso digitalDigital divide

    Produtos e servios de informao

    (gesto de media)

    COMPUTADORES

    HUMANOS

    Plataformasde programao

    (desktop, web apps,apps nativas, widgets, etc.)

    Programas e aplicaes

    (Facebook, Google,Spotify, Yelp, etc.)

    Cdigo digital

    Sistemas operativos[Windows, Linux, iOS, Android, etc]

    Figura 1X: Camadas de tecnologias digitais

    Figura 1X Check list da Empresa para Technology Trends Management (T2M)

    Contedos de alta qualidade?

    Prossionalismo (gesto e equipas)?

    Marcas de media fortes?

    Relevncia social e institucional?

    FRAQUEZASS/N?

    Fracas competncias no uso de novas tecnologias?

    Dependncia de receitas publicitrias?

    Resistncia inovao?

    FORASS/N?

    Capacidade capturar os contedos gerados pelos utilizadores?

    Reutilizar produtos de informao?

    Colocar o big data e os metadados ao servio da empresa?

    Curadoria e ltragem da abundncia de informao?

    Migrar para a cloud para facilitar a gesto de informao?

    Distribuir informao por vrios canais e aparelhos?

    Criar efeitos de escala e de rede

    Potenciar as redes sociais?

    Aproveitar o alcance global?

    OPORTUNIDADESS/N?

    Diculdade de controlo dos direitos de autor?

    Descida generalizada das receitas?

    Reduo das tarifas de publicidade?

    Concorrncia dos agregadores de contedos?

    Reduo de audincias nos produtos e servios tradicionais?

    Barreira etria nas audincias

    Crescimento do mobile (difcil de monetizar)

    AMEAASS/N?

    1 2 3

    4

    7 6 5

    FIGURA 3 FORAS EM ACO NO AMBIENTE

    DIGITAL

  • AS Q

    UEST

    ES-CHAVE PA

    RA O

    S CEN

    RIOS 2020

    MO

    DELO

    S DE N

    EG

    CIO E CO

    MU

    NIC

    A

    O

    SOCIA

    L

    25

    FIGURA 4 MODELOS DE NEGCIO E VALOR ECONMICO E SOCIAL DA INFORMAO

    O Jornalismofaz falta s

    sociedades democrticas

    O Jornalismosempre foi subsidiado

    e nunca foidirectamente pago

    pelosutilizadores

    Logo, a reestruturao

    do Jornalismo uma imposio

    Mas h inmerasoportunidades

    para o fazerno quadro

    da Sociedadeem Rede

    COMP

    REENDER

    A prospectiva enquanto enquadramento;

    A diversidade de quadros mentais;

    A monotorizao de tendncias emergentes;

    Reconhecer sinais fortes;

    Filtragem de rudo;

    Reenquadrar.

    AGIR S

    OBRE

    SINAIS FRACOS

    Como obter o mximo a partir de sinais fracos

    representao dos passos seguidos na pesquisa que informa este relatrio.

    IDENTIFICAO DE TPICOS

    FACTORES DE INFLUNCIA

    PROJECO DE FACTORES

    ESTRATGIASE POLTICAS

    ANLISE DE SINAIS FRACOS

    CENRIOSDE TENDNCIAS

    INTERDEPENDNCIADOS FACTORES

    Figura 3: Foras em aco no ambiente digital

    Evitar a paralisia por anlise;

    Evitar a aco precipitada;

    Interaco face-a-face e annima;

    Decises adaptativas mas simultaneamente

    imediatas.

    METADADOS

    Dados acerca dos dados

    Registados peloscomputadores

    Manuais ou automticos

    Pelo autor ou pelos utilizadores

    Big data

    Gesto de dados

    Algortmos de tratamento de dados

    Inteligncia articial (informao)

    CONVERGNCIA

    Texto, imagem, som, vdeo = bits

    Todos os contedos num aparelho

    Um contedo em vrios aparelho

    Top down e Bottom up

    Dominncia dos ecrs

    Novos canais de distribuio

    Ferramentas de criao diversicadas

    ALCANCE GLOBAL

    Digital = lngua comum computadores

    A nuvem est em todo o lado

    Efeito cruzado com a banda larga

    Digital refora Globalizao

    Abolio fronteiras = Alcance global

    INTERACTIVIDADE

    Consumo desfasado no tempo

    Consumo desfasado no espao

    Consumidor/produtorde informao

    FLEXIBILIDADE

    Remistura/recomposio

    Facilidade de copiar e partilhar

    Facilidade de remisturar e reutilizar

    Consumo setectivo de informao

    Empoderamentodos utilizadores

    Prosumer / Produser

    Desaos ao direito de autor

    O QUE ? O QUE

    SIGNIFICA?

    Figura 4

    COMO SE CARACTERIZARO OS MODELOS DE NEGCIO

    FACE SUA RELAO COM CRIAO

    DE VALOR ECONMICO E SOCIAL

    DA INFORMAO?

    Permitem a associao entre a procura de lucro

    e criao de riqueza e criao de valor social.

    Necessitam de se concentrar

    apenas na dimenso econmica ou na dimenso social,

    pois as estratgias seguidas no permitem assegurar

    a sua sobrevivncia organizacional se optarem por suster

    as duas formas de criao de valor.

    A CRIAO DE VALOR ECONMICO E SOCIAL

    DA INFORMAO ATINGIDA ATRAVS

    DE MODELOS DE NEGCIO QUE:

    1

    OS MODELOSDE NEGCIO

    PRIVILEGIARO QUE MODELOS

    DE JORNALISMO?

    O AMBIENTE DE NEGCIOS DIGITAL EVOLUIU

    NO SENTIDO DE VALORIZAR:

    Um Jornalismo em Rede para uma Sociedade em Rede.

    Um Jornalismo Digital para uma Sociedade em Rede.

    2

    AUMENTO DO VALOR

    SOCIAL DA INFORMAO

    AUMENTO DO VALOR

    SOCIAL DA INFORMAO

    REDUO DO VALOR

    ECONMICO DA INFORMAO

    REDUO DO VALOR

    ECONMICO DA INFORMAO

    ABUNDNCIA

    VALOR DE TROCADIMINUI

    VALOR DE USOAUMENTA

    INFORMAODIGITAL

    NOVO PARADIGMA DE INFORMAO E COMUNICAO

    ARQUITECTURA EM REDE

    MIGRAOPARA

    O DIGITAL

    INDIVDUOSPRODUTORES

    NOVOS MEDIA

    Figura 5

    Figura 6

    NO

    VO E

    COSS

    ISTEM

    A INFORMATIVO

    Jornalistas Indivduos Multides

    Computadores

    Nova produoJornalstica+ =

    NOVO PARADIGMA DE INFORMAO E COMUNICAO

    JORNALISMO

    EM REDE

    O QUE MUDA NO JORNALISMO?

    Figura 7

    ACESS

    O/NOVOS ACTORES

    Crowdsourcing

    User generated content

    Jornalismo independente

    Jornalismo de proximidade

    CONV

    ERG

    NCIA/NOVAS FERRAMENTAS

    Live blogging

    Jornalismo visual

    Jornalismo de ponto de vista

    Jornalismo virtual/imersivo

    COMPUTADORES

    Jornalismo de dados

    Jornalismo de agregao/curadoria

    Jornalismo automtico

    ALCANCE

    Jornalismo global

    NOVAS A

    BORDAGENS

    Jornalismo de actualidade

    Jornalismo de formato longo

    Jornalismo explicativo

    INOVAO

    NO JORNALISMO

    EM REDE

    Figura 8

    Pa

    rntesi

    s de Gutenberg

    Oralidade

    Sistemas abertos

    Conectividade

    Oralidade

    Sistemas abertos

    Conectividade

    Cultura literria

    Sistemas fechados

    Compartimentao

    OU

    NOVAS INSTITUIES

    SOCIAIS(EM CONSTRUO)

    FIM DO JORNALISMO TAL COMO

    O CONHECEMOS

    UM JORNALISMODIFERENTE

    NOVA REALIDADE SOCIAL

    PRESSUPOSTOS

    A Internet destruiuo modelo

    de subsidiaodo Jornalismo

    atravs dapublicidade

    A crise dosmass media

    um problema econmico

    A crise doJornalismo

    um problema social e poltico

    gura 9

    gura 10

    ADIAR O PROBLEMAINSTITUIR

    ARTIFICIALMENTEA ESCASSEZ

    Novas formas de Jornalismo Novas formas

    de monetizaodo Jornalismo

    Fuses de empresas como forma

    de criar escala

    Fim da Net Neutrality

    Aproveitaras oportunidades

    de desenvolvimentodo Jornalismo

    Comprar concorrentes digitais

    como forma de: eliminar concorrncia

    adquirir competncias

    Cobrana de licenasaos agregadores

    de contedos[Google]

    Subsdios do Estado

    Crowdfunding Donativos Patrocnios

    JORNALISMOEM REDE

    FUSES E AQUISIES

    (CONSOLIDAO)

    COBRANADE CONTEDOS

    (PAYWALLS + APPS)

    SEPARARA FUNO SOCIALDO JORNALISMODA SUA FUNO

    ECONMICA

    PROBLEMA ECONMICO

    DO JORNALISMO

    +

    +

    1 2 3 4

    Regulamentao Polticas

    Modelos de negcio

    Metadados, Interactividade

    FlexibilidadeConvergnciaAlcance global

    TECNOLOGIASCAMADAS

    DE TECNOLOGIA

    QUESTES

    Usos sociaisUsabilidadeLiteracia

    DemograaIncluso digitalDigital divide

    Produtos e servios de informao

    (gesto de media)

    COMPUTADORES

    HUMANOS

    Plataformasde programao

    (desktop, web apps,apps nativas, widgets, etc.)

    Programas e aplicaes

    (Facebook, Google,Spotify, Yelp, etc.)

    Cdigo digital

    Sistemas operativos[Windows, Linux, iOS, Android, etc]

    Figura 1X: Camadas de tecnologias digitais

    Figura 1X Check list da Empresa para Technology Trends Management (T2M)

    Contedos de alta qualidade?

    Prossionalismo (gesto e equipas)?

    Marcas de media fortes?

    Relevncia social e institucional?

    FRAQUEZASS/N?

    Fracas competncias no uso de novas tecnologias?

    Dependncia de receitas publicitrias?

    Resistncia inovao?

    FORASS/N?

    Capacidade capturar os contedos gerados pelos utilizadores?

    Reutilizar produtos de informao?

    Colocar o big data e os metadados ao servio da empresa?

    Curadoria e ltragem da abundncia de informao?

    Migrar para a cloud para facilitar a gesto de informao?

    Distribuir informao por vrios canais e aparelhos?

    Criar efeitos de escala e de rede

    Potenciar as redes sociais?

    Aproveitar o alcance global?

    OPORTUNIDADESS/N?

    Diculdade de controlo dos direitos de autor?

    Descida generalizada das receitas?

    Reduo das tarifas de publicidade?

    Concorrncia dos agregadores de contedos?

    Reduo de audincias nos produtos e servios tradicionais?

    Barreira etria nas audincias

    Crescimento do mobile (difcil de monetizar)

    AMEAASS/N?

    1 2 3

    4

    7 6 5

    Ao reflectir sobre o futuro da navegao digital e dos modelos de negcio associados ao mesmo, h duas questes crticas que se destacam:

    1. Como se caracterizaro os modelos de negcio face sua relao com criao de valor econmico e social da informao?

    A criao de valor econmico e social da informao atingido atravs de modelos de negcio que: Permitem a associao entre a procura de

    lucro e criao de riqueza e de valor social. Necessitam de se concentrar apenas na

    dimenso econmica ou na dimenso social, pois as estratgias seguidas no permitem assegurar a sua sobrevivncia organizacional se optarem por suster as duas formas de criao de valor.

    2. Os modelos de negcio privilegiaro que modelos de jornalismo?

    O ambiente de negcios digital evoluiu no sentido de valorizar: Um Jornalismo em Rede para uma Sociedade

    em Rede. Um Jornalismo Digital para uma Sociedade

    em Rede.

  • AS

    QU

    EST

    ES-C

    HAV

    E PA

    RA O

    S CE

    N

    RIO

    S 20

    20M

    OD

    ELO

    S D

    E N

    EG

    CIO

    E C

    OM

    UN

    ICA

    O S

    OCI

    AL

    26

    A criao de valor econmicoe social da informao, os modelos de negcio a experimentar e a evoluo do ambiente de negcios digital, no sentido de valorizar diferentes abordagens do jornalismo, esto dependentes de uma envolvente decorrente de quatro dimenses: o surgimento da sociedade em rede; o final da migrao dos cdigos comunicativos para o digital; uma maior autonomia comunicacional dos indivduos; e o surgimento de novos media globais a par de start-ups lo