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MODELOS DE ESTADO, MODELOS DE
ADMINISTRAO E REFORMA DA GESTO PBLICA NO
BRASIL
ESTCIO-CERS
PS-GRADUAO DIREITO ADMINISTRATIVO
Prof. Jorge Munhs
jorgemunhos@yahoo.com
Facebook: jorgemunhos
mailto:jorgemunhos@yahoo.com
LIVROS
PLANO DE AULA Modelos de Estado e modelos de Administrao Pblica. O Estado Absolutista e a Administrao Patrimonialista. O Estado Liberal e o nascimento do Direito Administrativo: vcio de
origem? A Administrao Burocrtica. A democratizao do Estado Liberal e o surgimento do Estado Social. A crise do Estado Social, surgimento do Estado Regulador e a
reforma gerencial do Estado. Peculiaridades do contexto brasileiro. Repercusses nos paradigmas tradicionais do Direito Administrativo.
Modelos de Estado e modelos de Administrao Pblica.
MODELO DE ESTADO MODELO DE ADMINISTRAO
Estado Absoluto Administrao Patrimonialista
Estado Liberal Administrao Burocrtica
Estado Social
Administrao GerencialEstado Regulador
O Estado Absolutista e a Administrao Patrimonialista
A este caso especial de estrutura de dominao patriarcal (o poder domsticodescentralizado mediante a cesso de terras e eventualmente de utenslios a filhosou outros dependentes da comunidade domstica), queremos chamar dominaopatrimonial. (WEBER, Max. Economia e Sociedade. Fundamentos da sociologiacompreensiva. V. 2.)
O Estado Liberale
o nascimento do Direito Administrativo: vcio de origem?
A Administrao Burocrtica Carter legal das normas e consequente formalidade de comunicaes,
gerando previsibilidade do funcionamento; Organizao piramidal da Administrao (hierarquia); Carter racional e diviso do trabalho e padronizao de procedimentos; Impessoalidade nas relaes; Profissionalizao dos funcionrios (carreira, meritocracia, vedao de
nepotismo); Controle rgido dos processos a priori (ex. admisso de pessoal e
contrataes); Reduo da discricionariedade;
A democratizao do Estado Liberal e o surgimento do Estado Social
A crise do Estado Social, surgimento do Estado Regulador e a reforma gerencial do Estado
Se as configuraes estatais divergiram profundamente ao longo do sculoXX, existe, no entanto, um ponto em comum: por toda a parte, assiste-se aum movimento contnuo de expanso pelo qual o estado veio a estabeleceruma rede cada vez mais fechada de coeres e controles sobre asociedade; enquanto no modelo liberal clssico ele era entendido comoocupando um espao limitado, assistiu-se, a partir da Primeira GuerraMundial, a uma ampliao contnua de sua esfera de interveno, que sedilatou at recobrir completamente a sociedade. (CHEVALLIER, Jaques. Oestado ps-moderno. Belo Horizonte: Editora Frum, 2009, p. 28)
A crise do Estado Social
A administrao pblica burocrtica, que tinha se mostrado eficaz nocombate corrupo e ao nepotismo no pequeno estado liberal, revelava-se agora altamente ineficiente em fornecer diretamente os principaisservios sociais e cientficos. (BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Construindoo Estado Republicano. Democracia e Reforma da Gesto Pblica. Rio deJaneiro: FGV Editora, 2009)
Surgimento do Estado Regulador e a reforma gerencial
Redefinio da forma das misses e da forma de interveno na economia; Orientao por valores da eficincia e qualidade na prestao de servios
pblicos; Desenvolvimento de cultura gerencial; Orientao da ao para o cidado-cliente ou cidado-cliente; nfase no controle de resultados e flexibilizao dos procedimentos;
Peculiaridades do contexto brasileiro
A economia, por uma ou outra forma, obedece a regncia material dosoberano e seu estamento, em intensidade que ultrapassa os modosmodernos de interveno do Estado ou as interferncias limitadas daconcepo liberal. Tudo parte das origens; o Rei e o Senhor das terras, dasminas e do comrcio, no crculo patrimonialista em que se consolidou e seexpandiu o Reino. O pacto colonial no e mais que a expresso global do tipode Estado dominante em Portugal. O comrcio, direito do soberano, se faz pormeio dos monoplios pau-brasil, pesca de baleia, tabaco, sal e diamantes. ACoroa delega a explorao do negcio aos contratadores que o gerem porconta do poder pblico (FAORO, Raymundo. Os donos do poder, 3a ed., Ed.Globo, Sao Paulo, 2001, p. 259).
Peculiaridades do contexto brasileiro
Reforma burocrtica da dcada de 30;
Decreto Lei 200/67;
Constituio de 1988;
Reforma da gesto pblica brasileira de 1995-1998
Reforma do aparelho estatal: objetivos Objetivo global: Limitar a ao do Estado quelas funes que lhe so
prprias, reservando, em princpio, os servios no-exclusivos para apropriedade pblica no-estatal, e a produo de bens e servios para omercado para a iniciativa privada.
Objetivo para as Atividades Exclusivas: Transformar as autarquias efundaes que possuem poder de Estado em agncias autnomas,administradas segundo um contrato de gesto (autonomia x controle deresultados)
Objetivos para os Servios No-exclusivos: Transferir para o setor publicono-estatal atravs de um programa de publicizao (organizaes sociais);
Objetivos para a Produo para o Mercado: Dar continuidade ao processode privatizao e reorganizar e fortalecer os rgos de regulao dos setoresprivatizados.
REPERCUSSES NOS PARADIGMAS TRADICIONAIS DO DIREITO ADMINISTRATIVO.Repercusses nos paradigmas tradicionais do direito
administrativo.
Valorizao do princpio da eficincia Releitura do princpio da legalidade e a ideia de juridicidade Questionamentos sobre o princpio da supremacia do interesse
pblico como pedra de toque do regime administrativista Tendncia de ampliao do controle judicial da atividade
administrativa Agencificao da estrutura administrativa
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Construindo o Estado Republicano. Democracia e Reforma daGesto Pblica. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2009. Conferir tambm: www.bresserpereira.org.brCHEVALLIER, Jaques. O estado ps-moderno. Belo Horizonte: Editora Frum, 2009.FAORO, Raymundo. Os donos do Poder. Formao do patronato poltico brasileiro. 5 ed. SoPaulo: Globo, 2012.MAJONE, Giandomenico. Do estado Positivo ao Estado Regulador: causas e consequncias damudana no modelo de governana. In. (Org.) MATTOS, Paulo Todescan. Regulao Econmica eDemocracia: O Debate Europeu. So Paulo: Editora Singular, 2006.MATTOS, Paulo Todescan Lessa. O novo estado regulador no Brasil. Eficincia e legitimidade. SoPaulo: Editora Singular, 2006.SUSTEIN, Cass. O constitucionalismo aps o New Deal. In. (Org.) MATTOS, Paulo Todescan.Regulao Econmica e Democracia: O Debate Norte-Americano. So Paulo: Editora 34, 2004.SOTELO, Ignacio. El Estado Social. Antecedentes, origen, desarrollo y declive. Madrid: EditoraTrotta, 2010.WEBER, Max. Economia e Sociedade. Fundamentos da sociologia compreensiva. V. 2. So Paulo:UNB, 2004.