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RESOLUÇÃO Nº 4206 DE 26 DE AGOSTO DE 2011. O CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE – CEPRAM, no uso de suas atribuições e, tendo em vista o que consta do Processo nº 2010-016834/TEC/LL-0039, RESOLVE: Art. 1º - Aprovar o TERMO DE REFERÊNCIA para elaboração de Estudo de Impacto Ambiental – EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA à EMPA S.A SERVIÇOS DE ENGENHARIA, inscrita no CNPJ sob nº 17.159.856/0001-07, com sede na Rua Major Lopes, nº 800, bairro São Pedro, no município de Belo Horizonte - MG, para a atividade Geração de Energia Elétrica, através Pequena Central Hidrelétrica – PCH Gongoji Montante, com capacidade de 13,50 MW, no Rio Gongogi, localizado a 7 km à montante da sede do município de Gongogi, e Aprovar Autorização para Levantamento de Faunas terrestre e aquático, conforme plano apresentado ao IMA, segundo análise contida no Parecer Técnico PT- 0555/2011-0888, sendo o Responsável Técnico o senhor Wilian Vaz Silva – CRBIO – 034688/04-D e ART 2010/03528, nos municípios de Aurelino Leal e Gongogi. Art. 2º - A autorização para levantamento de fauna não contempla o sacrifício de espécimes, exceto por óbito acidental ou no caso de espécies potencialmente novas e de interesse científico. Art. 3º - Todo o material biológico coletado deverá ser depositado em Instituições Acadêmicas do Estado da Bahia que detenha corpo técnico especializado capaz de confirmar as identificações realizadas durante o diagnóstico. Art. 4º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação. EUGÊNIO SPENGLER – PRESIDENTE. TERMO DE REFERÊNCIA PARA ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL E RELATÓRIO DE IMPACTO SOBRE O MEIO AMBIENTE DA EMPA S.A SERVIÇOS DE ENGENHARIA – PEQUENA CENTRAL HIDRELÉTRICA – PCH GONGOJI MONTANTE APRESENTAÇÃO Este Termo de Referência (TR) tem como objetivo fornecer as diretrizes e critérios gerais para orientar a equipe interdisciplinar quanto aos procedimentos a serem seguidos para a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto no Meio Ambiente (RIMA) para os empreendimentos de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH ´s) , com potência instalada acima de 10 MW, conforme estabelecido no inciso VII, do Art. da Resolução CONAMA 001/86, ou considerados de significativo impacto ambiental, propondo os requisitos mínimos para o levantamento e análise dos componentes socioambientais existentes na área de influência do projeto, tornando-se assim, um instrumento orientador, o qual a equipe executora deverá tomar como base para a realização dos estudos, sem, contudo, excluir a sua capacidade de inovação, tendo por referência a legislação ambiental vigente. Os trabalhos a serem elaborados pelas equipes, conforme especificações propostas neste Termo de Referência - TR têm por finalidade o diagnóstico ambiental da área de influência, 1

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Page 1: Modelo Termo Referencia

RESOLUÇÃO Nº 4206 DE 26 DE AGOSTO DE 2011. O CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE – CEPRAM, no uso de suas atribuições e, tendo em vista o que consta do Processo nº 2010-016834/TEC/LL-0039, RESOLVE: Art. 1º - Aprovar o TERMO DE REFERÊNCIA para elaboração de Estudo de Impacto Ambiental – EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA à EMPA S.A SERVIÇOS DE ENGENHARIA, inscrita no CNPJ sob nº 17.159.856/0001-07, com sede na Rua Major Lopes, nº 800, bairro São Pedro, no município de Belo Horizonte - MG, para a atividade Geração de Energia Elétrica, através Pequena Central Hidrelétrica – PCH Gongoji Montante, com capacidade de 13,50 MW, no Rio Gongogi, localizado a 7 km à montante da sede do município de Gongogi, e Aprovar Autorização para Levantamento de Faunas terrestre e aquático, conforme plano apresentado ao IMA, segundo análise contida no Parecer Técnico PT-0555/2011-0888, sendo o Responsável Técnico o senhor Wilian Vaz Silva – CRBIO – 034688/04-D e ART 2010/03528, nos municípios de Aurelino Leal e Gongogi. Art. 2º - A autorização para levantamento de fauna não contempla o sacrifício de espécimes, exceto por óbito acidental ou no caso de espécies potencialmente novas e de interesse científico. Art. 3º - Todo o material biológico coletado deverá ser depositado em Instituições Acadêmicas do Estado da Bahia que detenha corpo técnico especializado capaz de confirmar as identificações realizadas durante o diagnóstico. Art. 4º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação. EUGÊNIO SPENGLER – PRESIDENTE.

TERMO DE REFERÊNCIA PARA ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL E RELATÓRIO DE IMPACTO SOBRE O MEIO AMBIENTE DA EMPA S.A SERVIÇOS DE ENGENHARIA

– PEQUENA CENTRAL HIDRELÉTRICA – PCH GONGOJI MONTANTE

APRESENTAÇÃO

Este Termo de Referência (TR) tem como objetivo fornecer as diretrizes e critérios gerais para orientar a equipe interdisciplinar quanto aos procedimentos a serem seguidos para a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto no Meio Ambiente (RIMA) para os empreendimentos de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH´s) , com potência instalada acima de 10 MW, conforme estabelecido no inciso VII, do Art. 2º da Resolução CONAMA 001/86, ou considerados de significativo impacto ambiental, propondo os requisitos mínimos para o levantamento e análise dos componentes socioambientais existentes na área de influência do projeto, tornando-se assim, um instrumento orientador, o qual a equipe executora deverá tomar como base para a realização dos estudos, sem, contudo, excluir a sua capacidade de inovação, tendo por referência a legislação ambiental vigente.

Os trabalhos a serem elaborados pelas equipes, conforme especificações propostas neste Termo de Referência - TR têm por finalidade o diagnóstico ambiental da área de influência,

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onde serão implantados os empreendimentos, a análise dos impactos passíveis de ocorrer, a análise de alternativas locacionais e de projetos, a proposição de medidas mitigadoras e de planos e programas complementares, a elaboração dos planos de acompanhamento e monitoramento dos impactos e da qualidade ambiental.

Os estudos devem contemplar de forma integrada e sistemática as variáveis físico-químicas, biológicas e sócio-econômicas da Bacia Hidrográfica do rio de Contas bem como da Sub-bacia do rio Gongogi onde se insere o empreendimento, apresentando uma abordagem clara, concentrada e com fundamentação teórica, nas questões ambientais relevantes, com nível de detalhamento compatível com a complexidade dos impactos previstos.

JUSTIFICATIVA

O ato administrativo para conceder o licenciamento ambiental de empreendimentos potencialmente poluidores ou degradadores do meio ambiente foi instituído como instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente na Lei Federal 6938/81. A referida lei institui ainda o SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente), atribuindo competências concorrentes entre os diversos entes da Federação (União, Estados e Municípios) para a implementação dessa Política. O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA) é o órgão licenciador em nível estadual.A Constituição Federal, no seu art. 225, inciso IV, determina que, para as atividades ou obras potencialmente causadoras de significativa degradação do meio ambiente, é exigível o estudo prévio de impacto ambiental, ao qual se dará publicidade.

A Resolução da ANEEL 652, de 09/12/2003, estabelece que será considerado com características de PCH o aproveitamento hidrelétrico com potência superior a 1.000 kW (1MW) e igual ou inferior a 30.000 kW 30 MW), destinado a produção independente, autoprodução ou produção independente autônoma, com área do reservatório inferior a 3,0 km2.

A Resolução CONAMA nº 237/97 define as competências para proceder ao licenciamento e indica as fases a serem contempladas. Assim, a viabilidade ambiental deve ser atestada após a análise do EIA/RIMA, e a realização das Audiências Públicas, culminando com a expedição da Licença de Localização. A Licença de Implantação deverá ser obtida antes do início de quaisquer obras ou atividades relativas à implantação do empreendimento, nesse momento também deverá ser emitida uma Autorização de Supressão de Vegetação (ASV) para a área do canteiro de obras e para a área de formação do reservatório. A Licença de Operação deverá ser obtida antes do fechamento da barragem.

A solicitação do EIA/RIMA justifica-se também, por constituir um instrumento importante no planejamento das ações e utilização racional dos recursos ambientais, a Lei Estadual de Meio Ambiente nº 10.431 de 20 de dezembro de 2006, corrobora as considerações acima explicitadas.

Deste modo, reforça-se a exigência de EIA/RIMA para o empreendimento da Pequena 2

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Central Hidrelétrica - PCH Gongoji Montante, de acordo a Lei Estadual de Meio Ambiente 10.431/06.

Diante do exposto, fica a cargo do requerente, a apresentação do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto no Meio Ambiente (EIA/RIMA), a ser elaborado de acordo com o seguinte roteiro:

ATENÇÃO: O EIA DEVERÁ SER APRESENTADO DE ACORDO COM A NUMERAÇÃO ORIGINAL E NA SEQÜÊNCIA PROPOSTA ABAIXO. A NÃO APRESENTAÇÃO DE QUALQUER ITEM DEVERÁ VIR ACOMPANHADA DE JUSTIFICATIVA TÉCNICA.

I. DISPOSIÇÕES GERAIS

a) FORMA DE APRESENTAÇÃO E ENTREGA DOS ESTUDOS

Este item deverá contemplar os principais aspectos do projeto a ser implantado, fornecendo as informações necessárias ao processo de análise por parte dos órgãos competentes, devendo todos os mapas temáticos serem apresentados georreferenciados, em meio digital, no formato shape, compatível com o software Arcview.

• O EIA e o RIMA deverão ser apresentados em volumes separados, em folhas de tamanho A4 (210 x297 mm);

• As fotografias, quando apresentadas, devem mencionar sua respectiva localização e ano;

• Os mapas temáticos terão de ser legíveis, com escalas, informação das origens, datas e demais detalhes, respeitando as normas cartográficas vigentes e a norma técnica NT 03 Resolução CEPRAM 3688/2006;

• Os dados apresentados em forma de tabela ou quadros devem ter título e ano, caso seja utilizado dados de origens diversas deve-se informar a fonte;

• Pelo menos uma das cópias do EIA/RIMA deverá ser apresentado em meio magnético, elaborado em formato PDF gerado com baixa resolução, priorizando a performance para visualização e não para impressão, em um único arquivo (contendo capa, índice, texto tabelas, mapas e figuras), para serem disponibilizadas na internet;

• A bibliografia citada e consultada para a confecção do EIA/RIMA deverão ser especificadas e referenciadas segundo as normas de publicação de trabalhos da ABNT;

• O EIA/RIMA deverá conter uma listagem dos termos técnicos utilizados no estudo.

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A apresentação do EIA/RIMA deverá obedecer a três etapas distintas, conforme determina o artigo 172 do Decreto Nº. 11.235/2008.

Etapa/Relatório I – Compreende a Caracterização do Empreendimento, as Alternativas Locacionais, Tecnológicas e de Projetos, as Áreas de Intervenção ou Diretamente Afetada, de Influência Direta e Indireta e aspectos jurídicos e institucionais, cujo prazo máximo de análise será de 45 dias do recebimento do relatório. O INEMA analisará o relatório e convocará, se necessário, reuniões com a equipe responsável pela elaboração do EIA/RIMA, mais inspeções técnicas conjuntas, deliberando em caráter preliminar sobre as alternativas propostas para o empreendimento e para a (s) qual (is) será desenvolvido diagnóstico detalhado (relatório II) e avaliação de impactos (etapa III

Etapa/Relatório II – Diagnóstico Ambiental: o empreendedor apresentará ao INEMA o Diagnóstico Ambiental com ênfase à alternativa preferencial indicada na Etapa I. No entanto, caso necessário, será exigido detalhamento de alguns aspectos das demais alternativas, cuja análise será no prazo máximo de 90 (noventa) dias, podendo requerer, se for o caso, complementações e ajustes necessários. Este Diagnóstico deverá conter os estudos que irão servir de subsídios à avaliação e mitigação dos impactos nos meios físico, biótico e socioeconômico, bem como a proposição de programas de controle ambiental.Etapa III/Relatório III e RIMA – Avaliação dos Impactos Ambientais e a conclusão do EIA e RIMA, com prazo de análise de 45 dias.

A forma de entrega dos Relatórios do EIA, a partir de combinação prévia do INEMA com o empreendedor, poderá se dá separadamente ou de forma conjunta, com possibilidade de entrega combinada dos relatórios 1 e 2 e 3 em um só produto, na forma a ser definida pelo órgão ambiental.

Nestas etapas, a critério do INEMA, poderão ser realizadas reuniões técnicas e Oficinas Preparatórias para Reuniões e Audiências Públicas, tendo como foco a discussão dos Relatórios do Estudo de Impacto Ambiental.

Após elaboração do RIMA pelo empreendedor e aprovação do órgão ambiental será aberto prazo de 45 dias para disponibilização do documento à consulta pública.

b) ELABORAÇÃO

Os estudos deverão ser realizados por equipe multidisciplinar habilitada a qual será responsável tecnicamente pelos resultados apresentados, com informação do registro do conselho de classe, com as devidas anotações de responsabilidade técnicas - ART e visto do CREA-BA e/ou CRBio-BA quando os profissionais forem de outros estados.

II. PRIMEIRO RELATÓRIO

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1. INFORMAÇÕES GERAIS DO EMPREENDIMENTO

a) Nome ou razão social;

b) CNPJ ou CIC;

c) Endereço da sede do empreendimento, fax, telefone e e-mail;

d) Inscrição Estadual, Cadastro Técnico Federal;

e) Localização (distrito, município e Unidade de Conservação - UC ou seu entorno);

f) Nome(s) do(s) responsável (eis) por cada unidade do projeto, formação profissional, função, registro profissional, endereço para correspondência, telefone, fax e e-mail;

g) Nome(s) do(s) componentes da equipe multidisciplinar responsável (is) pelo estudo ambiental de cada unidade do projeto, formação e registro profissional, endereço, telefone, fax e e-mail,

h) Histórico do grupo empreendedor, composição acionária;

i) Nacionalidade de origem das tecnologias a serem empregadas.

j) Licença ambiental pretendida;

k) Apresentar um histórico das licenças anteriores obtidas pela empresa e ou associadas, informando, tipo de licença(s), n° da(s) Portaria(s), Resoluções, validade, objeto da(s) licenças;

l) Autuações/Notificações, relacionar os Autos de Infrações (Advertências e Multas) e Notificações emitidas pelo IMA, contra a empresa nos últimos 3 (três) anos, indicando os motivos da aplicação das penalidades e as ações corretivas adotadas pela empresa para a correção das irregularidades;

m) Situação Legal - Descrever a situação da empresa quanto ao atendimento às exigências ambientais, se a empresa é responsável por algum passivo ambiental;

n) Relacionar os órgãos da administração direta ou indireta federal, estadual ou municipal, bem como as instituições interessadas, que deverão licenciar ou manifestar-se sobre o empreendimento, em qualquer fase;

o) Descrição do contexto político, jurídico e administrativo em que se insere o empreendimento e o processo de avaliação ambiental, as responsabilidades e interveniências das instituições envolvidas com ênfase nas diretrizes de tecnologias limpas da Lei Estadual nº. 10.431/06;

p) Identificar e comentar suscintamente a legislação no âmbito federal, estadual e municipal inerente à atividade, enfocando sua compatibilização com o empreendimento proposto;

q) Levantar planos e programas públicos, de iniciativa privada e mista, inclusive Plano Diretor Urbano, propostos, implantados ou em implantação com incidência na área de influência que possam interferir positivo ou negativamente com a proposta do empreendimento, e potencias medidas para compatibilizá-los, a fim de evitar a superposição de ações;

2. CARACTERIZAÇÃO DAS UNIDADES E FASES DO EMPREENDIMENTO

Deverá ser apresentada a caracterização do empreendimento nas fases de planejamento, 5

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de implantação, de operação e desativação. Quando a implantação for por etapas, ou quando forem previstas expansões, as informações deverão ser detalhadas para cada uma delas, com cronogramas detalhados da implantação do empreendimento.

Inicialmente deve-se inventariar e avaliar os estudos existentes e os preliminarmente realizados, buscando o aproveitamento dos levantamentos e análises que apresentarem consistência técnica, objetivando o planejamento dos levantamentos de campo visando à obtenção de subsídios relevantes à elaboração do EIA/RIMA.

2.1. Dados Gerais

a) Síntese dos objetivos do empreendimento, justificativa com foco nos aspectos técnicos locacionais, econômicos, sociais e bióticos, ressaltando a sua importância no contexto sócio-econômico da região e dos municípios e análise de custo-benefício;

b) Apresentar cronograma de implantação do empreendimento, detalhando suas fases de construção.

c) Empreendimento(s) associado(s) e decorrente(s);d) Empreendimento(s) similar (es) em outra(s) localidade(s);

2.2. Caracterização da PCH

Localização do projeto (imagem de satélite - escala 1:25.000) em relação ao município de Itabela, situação do terreno e destinação das áreas e construções, inclusive pátios de obras. Deverá ser apresentado um mapeamento das vias de acesso existentes e projetadas utilizando imagem de satélite com escala 1:25.000 para melhor visualização dos recursos disponíveis na região. A apresentação das ações a serem executadas e de dados técnicos devem ser descritos e ilustrados por mapas, plantas, diagramas e quadros.

α) Caracterização do processo de geração de energia, com os equipamentos utilizados e etc.;

β) Análise integrada de Bacia Hidrográfica;

χ) Tomada d’água: considerações sobre o tipo e pré-dimensionamento;

δ) Características técnicas do empreendimento, determinando o material a ser utilizado na

construção das barragens, a estrutura dos vertedouros, a vazão máxima, vazão regularizada, vazão de restituição, altura da barragem, cota operacional de inundação; áreas da bacia hidráulica, da bacia hidrográfica e infra-estrutura operacional necessária, detalhando-se:

ε) Desvio do rio: tipo e critérios de escolha da estrutura para desviar o rio, localização, descarga do desvio;

φ) Sistema de drenagem pluvial: traçado e rede de drenagem e pontos de lançamento;

γ) Modelagem de Dam - Break (ruptura do eixo), com seus possíveis impactos sobre o

meio físico, bióticos e socioeconômicos;

η) Barragem: layout em escala adequada, considerações sobre o tipo, adequabilidade do local, pré-dimensionamento, altura máxima da barragem;

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2.2.1. Na construção da PCH

a) Apresentar as atividades principais, secundárias e associadas, contemplando as etapas de planejamento, implantação e operação;

b) Limpeza e preparação do terreno, remoção da vegetação, terraplanagem, movimentos de terra;

c) Canteiro de obras previsto: planta de localização, (descrição, layout, localização, infra-estrutura, pré-dimensionamento, cronograma de desativação); e estimativa da área a ser desmatada;

d) Mão de obra utilizada na fase de construção; e) Previsão de tráfego de veículos; f) Memorial descritivo, justificativas e critérios de dimensionamento das construções,g) Sistemas de infra-estrutura de saneamento;

h) Sistema de abastecimento de água;

i) Fonte de energia;j) Plano de sinalização para o tráfego nos acessos;

k) Estudo de Tráfego contendo: capacidade das vias em absorver a frota adicionada pela

implantação e operação do empreendimento, viabilidade de trafegabilidade dos veículos pelas vias existentes, pontos críticos, propostas de melhoria das vias de acesso e das projetadas, e impactos gerados sobre a população, o trânsito, qualidade do ar;

l) Traçados, equipamentos e técnicas construtivas para o sistema viário previsto; m) Armazenamento de óleo e combustível (quantidade e local de estocagem);n) Cronograma de obras e de investimentos,

o) Alternativas disponíveis de abastecimento de água para a PCH e uso doméstico com os estudos necessários;

p) Sistema de controle de efluentes oleosos;

q) Sistema de gerenciamento de resíduos de acordo com a Resolução CONAMA Nº. 307,

de 05/07/02, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil;

r) Apresentar possíveis áreas de empréstimo (pedra, areia, argila e cascalho) e bota-fora, definindo as formas de extração, transporte do material de empréstimo.

s) Área a ser desmatada para Implantação do lago;

t) Identificação qualitativa dos ruídos decorrentes da implantação do empreendimento, listando-se as principais fontes de emissão;

2.2.2. Na operação da Usina

a) Descrição das etapas do processo geração de energia, definindo os mecanismos e/ou equipamentos utilizados em cada etapa;

b) Mão de obra utilizada na fase de operação;

c) Descrição das tecnologias de processo e de controle ambiental disponíveis no mercado nacional e internacional, para as instalações;

d) Esgoto Sanitário:

Descrição das vazões, composições e cargas; 7

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Descrição do sistema de tratamento de esgotos sanitários e águas residuais de refeitório e de cozinha, de forma a atender os Padrões para Lançamento de Efluentes Líquidos, apresentando as respectivas eficiências e concentrações finais.

e) Apresentar as fontes de águas pluviais contaminadas, com respectivas vazões e possíveis contaminantes;

f) Proposta de Gestão de Resíduos, priorizando a não geração e, secundariamente, as alternativas de redução, reutilização, reciclagem, tratamento e, em último caso, a destinação final;

g) Identificação qualitativa dos ruídos decorrentes da operação do empreendimento, listando-se as principais fontes de emissão;

h) Apresentação conceitual dos sistemas de controle e dos procedimentos associados a cada uma das fontes identificadas, caracterizando o funcionamento básico dos mesmos e justificando a escolha técnica ou tecnológica;

2.1.3. Documentação Cartográfica Georreferenciada

Os documentos e informações georreferenciadas (coordenadas, plantas, imagens de satélite e fotografias aéreas verticais), devem ser apresentadas de acordo com a PORTARIA Nº 13.950/2010.

a) Reservatório de acumulação: planta planialtimétrica em escala adequada, características físicas (área do lago; capacidade de armazenamento, níveis de operação, capacidade de atenuação de cheias), estimativa da área a ser desmatada para a formação do lago, dentre outros;

b) Apresentar mapas georreferenciados (escala 1:2.000) possíveis áreas de empréstimo e bota-fora;

c) Apresentar mapas georreferenciados (escala 1:2.000) e áreas a serem desmatada e sua quantificação;

d) Apresentar mapas das áreas de usos restritos e APP;

a) Mapa de situação georreferenciada, sobre imagens de satélites, da PCH, indicando no mapa a bacia hidrográfica; as vias de acesso existentes e projetadas; linhas de transmissão e de distribuição de energia, unidades de conservação e seu entorno e à divisão político-administrativa, núcleos urbanos, povoados, marcos geográficos e a outros pontos de referência relevantes;

b) Mapas e Perfis geológicos da área de influência direta da PCH;

c) Apresentar documentação fotográfica atualizada contendo datas, incluindo imagens de satélites, das áreas onde será implantada a PCH.

d) Apresentar Imagem de Satélite em escala de detalhe com os elementos do projeto sobrepostos.

Equipamentos de infra-estrutura do canteiro de obras e do projeto; Infra-estrutura de abastecimento (ramais de distribuição); Áreas de domínio público e ecossistemas de preservação; Corpos d’água, inclusive áreas de inundação;

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Vias de circulação;

e) Mapa de localização, arranjo geral, área total construída, características do projeto hidrelétrico contemplando a PCH Gongogi Montante, infra-estrutura, concepção geral do canteiro de obras e apresentação de dados relativos à mão-de-obra operante do empreendimento, alojamento, insumos e equipamentos necessários;

f) Localização do empreendimento; com delimitação da bacia hidrográfica, em escala de 1:50.000, planta da bacia hidráulica, da área de preservação permanente e arranjo geral do projeto em escala adequada;

g) Localização, em escala adequada, das interferências das obras em qualquer infra-estrutura existente ou projetada (ferrovias, linhas de transmissão de energia, gasodutos, vias, cemitérios, áreas agrícolas, servidões de passagem, entre outras) ou localidades existentes;

3. ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS E LOCACIONAIS

Neste item, serão apresentadas e discutidas as alternativas tecnológicas e locacionais para as atividades de produção de energia elétrica por meio da instalação da Pequena Central Hidrelétrica de Gongogi Montante, bem como a hipótese de não instalação das mesmas. Deverão constar elementos referentes à partição do eixo na sub-bacia hidrográfica do rio Gongogi, considerando os Estudos Inventariados, o que determinaram ser os arranjos dos eixos preferenciais como melhor alternativa ambiental e, aspectos que espera-se otimizar o empreendimento proposto, buscando a minimização de impactos. Esta caracterização permite contextualizar a fundamentação das alternativas tecnológicas e locacionais frente ao projeto de forma integrada.

Apresentar mapa na escala 1:50.000 com indicação da localização de cada uma das alternativas da PCH.

Nesta análise, dentre outros elementos deve constar:

a) Descrição e análise das alternativas locacionais estudadas, com aprofundamento da alternativa preferencial proposta, com avaliação dos aspectos técnicos, econômicos, legais e ambientais envolvidos, incluindo mapa topográfico em escala compatível com a análise ambiental que será feita pelo IMA com indicação da localização de cada uma das alternativas;

b) Justificativa de escolha da alternativa preferencial , com foco nos fatores físicos, bióticos e socioeconômicos, levando em conta entre outras variantes, os seguintes aspectos:

I. Zonas de instabilidade a fatores abióticos;

II. Zonas de importância biológica considerando-se os seus atributos ecológicos e fragilidades ambientais;

III. Zonas de pressão antrópica e presença de comunidades tradicionais;

IV. Afetação de áreas de vegetação nativa, avaliando em cada alternativa o percentual a ser desmatado, o estágio sucessional, a diversidade florística;

V. Avaliação de áreas críticas para a reprodução, deslocamento, refúgio,

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nidificação e dessendentação da fauna nativa, com ênfase para as espécies de piracema ;

VI. Afetação de áreas úmidas, inclusive as associadas às nascentes, córregos e lagoas;

VII. Alterações previsíveis nas atividades econômica da população da área de influência do empreendimento;

VIII. Potencial para o turismo e capacidade de absorção de equipamentos de lazer baseada em parâmetros de uso na região de interesse;

IX. Alterações na estrutura social e econômica local em função da população flutuante a ser empregada como mão-de-obra na construção do empreendimento;

X. Áreas de servidão;

XI. Interferência na infra-estrutura existente, como: estradas, cemitérios, gasodutos, linha de transmissão, equipamentos sociais;

XII. Modificação na estrutura fundiária.

XIII. Áreas de conflitos tendo como foco os diversos tipos de uso da água;

Na análise das alternativas locacionais deverá considerar os planos e programas de desenvolvimento, propostos e em implantação, com incidência na área de influência, que possam interferir, positiva ou negativamente, nos projetos. De forma recíproca, também deverão ser analisadas as influências do projeto nesses planos e programas, para identificação das medidas de compatibilização que se fizerem necessários.

Em relação às alternativas tecnológicas, deverão ser contemplados mecanismos de transposição de peixes com atividade de piracema, considerando, dentre outros: Adequabilidade do desenho da obra, viabilidade e eficiência na transposição, continuidade da migração reprodutiva após transposição da barragem e migração descendente através do reservatório e subsequente transposição à jusante.

4. DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO

A delimitação das Áreas de Influência de um determinado projeto é um dos requisitos legais (Resolução CONAMA 01/86) para avaliação de impactos ambientais e se constitui de grande importância para o direcionamento da coleta de dados, voltada para o diagnóstico ambiental.

As Áreas de Influência são aquelas afetadas direta ou indiretamente pelos impactos decorrentes do empreendimento, durante as suas fases de planejamento, construção e operação. Estas áreas assumem tamanhos diferenciados dependendo da variável ambiental considerada nos meios físico, biótico e antrópico.

Definição e justificativa dos limites geográficos e sociais da área de influência do projeto, a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos, com mapeamento em escala adequada dos sítios de localização do projeto e de incidência direta dos impactos, considerando a

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proximidade com as áreas protegidas por legislação específica e comunidades. Não se deve prescindir de uma fundamentação metodológica e científica para a definição de cada uma dessas áreas. Dentre os vários elementos a serem considerados na definição da Área de Influência, recomenda-se:

a) Meio Físico

i. Ocorrência e extensão de processos erosivos e de assoreamento e conseqüente mudança da qualidade das águas superficiais;

ii. Interferência dos recursos hídricos, principalmente alterações de vazão à jusante do reservatório, avaliando-se a extensão de processos de alteração de qualidade de água;

iii. Contaminação dos recursos hídricos superficiais por sedimentos;

b) Meio Biótico

I. Ecossistema Terrestre:

• Extensão da vegetação nativa a ser afetada;• Afetação de áreas de reprodução, deslocamento, refúgio e

dessedentação da fauna.• Ocorrência das espécies vegetais, inclusive as endêmicas, da Mata

Atlântica associadas à fauna local;• Ocorrência da fauna local, listando as espécies que constem da Lista das

Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção (INSTRUÇÃO NORMATIVA MMA N° 3, DE 27 DE MAIO DE 2003);

II. Ecossistema Aquático

• Afetação de características físico-química e liminológicas dos principais rios, açudes, lagos e lagoas, com ênfase para a provável adução no Rio Gongogi.

• Afetação de atividade de piracema• Afetação na composição qualiquantitativa e distribuição espacial das

espécies planctônicas, bentônicas e ictiofauna, sobretudo em face da alteração do regime hídrico e vazões de jusante

c) Meio Socioeconômico

• Interferência em vias de acesso, em áreas de lazer e turismo;• Demandas que dependem da infra-estrutura social urbana e rural;• Absorção de mão- de-obra etc.;• Alterações na vida do cotidiano das populações relacionadas com o

empreendimento e os possíveis efeitos/alterações produzidas por sua localização naquela área;

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• Afetação de bens e equipamentos de valor histórico, cultural, arqueológico, lazer e turismo;

• Proximidade de ocorrência de sítios de natureza arqueológica, indígena, quilombolas ou de outras comunidades tradicionais;

• Interferência nos usos sociais e na ocupação do solo;• Afetação em áreas produtivas utilizadas por comunidades tradicionais, e

outros;• Capacidade do território na absorção dos fluxos migratórios;• Modificação fundiária;• Existência de conflitos pelos diversos usos da água e ocupação do solo;• Conflitos pela proximidade de moradia e/ou outros equipamentos

coletivos com a PCH;• Afetação da pesca e a relação das comunidades pesqueiras com estes;

Deste modo, serão identificadas e delimitadas cartograficamente, em escala adequada ao detalhamento necessário à análise da questão, as Áreas de intervenção ou diretamente afetada ( escala de 1:25:000) , Influência Direta ( escala 1:50:000) e Indireta do empreendimento (1:100:000). Essa área deverá ser estabelecida no Estudo de Impacto Ambiental a partir dos dados preliminares colhidos, enfocando a bacia hidrográfica na qual o empreendimento será inserido, contemplando empreendimentos associados, tanto aqueles inventariados e propostos como aqueles em implantação e operação, considerando os aspectos de sinergia e cumulativos dos impactos de empreendimentos contíguos.III. SEGUNDO RELATÓRIO

5. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

Neste tópico, será realizada uma completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações na área de influência dos projetos, de modo a caracterizar a situação ambiental da área, levando em consideração as suas peculiaridades e especificidades dos diversos fatores que compõem o sistema ambiental, de forma a permitir o entendimento da dinâmica e das interações existentes entre os meios físicos, bióticos e socioeconômicos. O diagnóstico englobará os fatores susceptíveis de sofrer, direta ou indiretamente, efeitos significativos das ações, nas fases de implantação e operação do empreendimento.

Para realização do diagnostico ambiental é exigido a sazonalidade para os estudos do meio físico, biótico e social.

Os dados necessários serão obtidos principalmente junto às instituições governamentais e privadas, levantamentos bibliográficos e complementados por levantamentos expeditos de campo.

No EIA deverá ser apresentada uma completa descrição e análise dos fatores ambientais e suas interações, para as áreas de influência indireta, direta e diretamente afetada, com os seus devidos graus de aprofundamento necessários a análise, antes da execução do projeto, considerando:

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5.1. Meio Físico

Apresentar os principais dados do meio-físico da área de influência do empreendimento, com elaboração de textos descritivos, representações tabulares e gráficas.

a) Geologia e Geomorfologia:

• Elaborar mapas geológicos das áreas de influência do empreendimento com base nos estudos já executados e em interpretação de imagens de satélite e radar e em levantamento de campo, com obtenção de dados primários;

• Relatar a ocorrência das unidades geológicas, com indicação das características físico-químicas e mineralógicas das rochas, suas principais feições estruturais, contendo representação de acamamentos, foliação, fraturamento e estimativa de espessura de solos identificando possíveis áreas de risco (deslizamento e/ou desmoronamento). Além disto, acrescenta-se a necessidade de uma caracterização estrutural das áreas de influência, contemplando os principais sistemas de falhas e lineamentos;

• Ressaltar a permeabilidade das fissuras na unidade geológica em relação à circulação

das águas subterrâneas, diante do fato em tela sugerimos que sejam, também, realizados estudos geofísicos atestando a viabilidade da construção da barragem. Identificar a possível ocorrência de cavernas (inclusive as subterrâneas) nas áreas da bacia hidráulica e de influência direta, descrevendo seus aspectos estruturais e funcionais;

• Reconstituir o histórico de sismicidade natural com caracterização de zonas sismogênicas para definição de possibilidade de sismicidade induzida e identificação por mapas das intensidades contemplando a evolução tectônica da região;

• Os estudos devem contemplar também o grau de estabilidade do leito do rio e de suas margens a jusante do barramento, observando que haverá uma redução do transporte de sedimentos. Indicadores geológicos, tal como a erosão, deve ser avaliado na caracterização das encostas e vertentes, principalmente quanto a ocorrência tipo voçorocas;

• Identificar o potencial mineral da área de influência, localizando geograficamente, na área de inundação, as jazidas minerais de interesse econômico e avaliando as condições atuais de exploração, bem como contemplar os aspectos legais perante o DNPM. Considerar inclusive as áreas já explotadas com indicação dos locais de deposição dos respectivos rejeitos;

• Os aspectos referentes à hidrogeologia e unidade geológica também deverão ser

contemplados através da compartimentação hidrogeológica, considerando as feições da unidade geológica se existentes, bem como o contexto geo-estrutural e morfológico da área;

• Quando a espeleologia deverão ser considerados além da caracterização geral dos

domínios onde situam as feições da unidade geológica da área do empreendimento, sua distribuição espacial e posicionamento altimétrico com relação ao futuro nível do reservatório;

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• Caracterização geológica da área, incluindo avaliação litoestratigráfica, esboço estrutural e condições geotécnicas gerais dos solos e rochas;

• Apresentar Mapa Geológico acompanhado de perfil geológico em escala de 1:25:000 ou maior;

• Caracterização das jazidas minerais presentes e mapa geológico contendo as drenagens da sub-bacia do rio Gongogi que será represado;

• Indicação das áreas com presença de erosão linear e laminar para determinação da taxa de sedimentação no talvegue do rio.

• Identificação e caracterização de feições naturais que possam ocasionar fugas d'àgua do futuro reservatório e demais estruturas do empreendimento;

b) Caracterização dos solos (Pedologia) da região na área em que os mesmos são potencialmente atingidos pelo empreendimento deve incluir:

• Analisar a suscetibilidade natural dos solos à erosão, bem como aptidão agrícola, e

uso atual dos mesmos, considerando a caracterização e descrição das classes dos solos, sua gênese e distribuição espacial na área de influência direta do empreendimento.

• Elaborar mapas de solos em interpretação de imagens de satélite, fotografias aéreas e em levantamento de campo, com obtenção de dados primários.

c) Recursos hídricos:

• Caracterizar e avaliar o regime hidrológico dos cursos d’água da área de influência direta, a partir da análise das séries históricas de descargas líquidas. Essa avaliação deverá contemplar a estimativa de vazões de referência (Qmáx, Qmín, Qméd, Q7,10, Q90% e outras), variação dos níveis d’água e estudos sobre transporte de sedimentos nas calhas fluviais, identificando suas fontes e os locais de deposição. Essa avaliação deverá resultar na análise do balanço hídrico, tendo em vista os usos atuais e futuros desse recurso, bem como as exigências quantitativas e qualitativas desses usos;

• Avaliar o comportamento hidrológico do curso d’água considerando a intervenção do empreendimento nesse regime, bem como sua influência nos demais usos desse recurso. Nesse item deverá ser apresentada a regra de operação do empreendimento e suas alterações nos níveis d’água na barragem e a jusante dessa, observando as variações diárias e sazonais;

• Cálculo da vida útil do reservatório avaliando a sua viabilidade ambiental. · Determinação da curva cota x volume e área inundada;

• Avaliar a potencialidade dos aqüíferos existentes na área de influência do empreendimento, estudando, entre outros: localização, natureza, litologia e estruturas geológicas; condicionantes; alimentação (inclusive recarga artificial, se houver), fluxo e descarga (natural e artificial), zona de recarga;

• Apresentar profundidade dos níveis das águas subterrâneas, dando enfoque ao lençol freático; às relações com águas superficiais e com outros aqüíferos;

• Indicar as possíveis interferências do enchimento do reservatório sobre o nível do lençol freático, a partir do cadastramento de poços existentes e da rede de

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perfurações e sondagens;

• Avaliar a qualidade das águas superficiais e subterrâneas, a partir de um refinamento

dos dados obtidos no âmbito da bacia hidrográfica. Esse estudo deverá contar com análises de parâmetros físicos, químicos, incluindo metais pesados, bacteriológicos e hidrobiológicos, com a identificação das principais fontes de poluição. As estações, parâmetros, freqüência e metodologias utilizadas deverão ser apresentadas e justificados, considerando a sazonalidade da região estudada;

• Avaliar a qualidade de água futura do reservatório e a jusante desse, considerando as fases de implantação e operação. Essa atividade deverá ser realizada a partir do uso de modelos matemáticos específicos. Essa previsão da qualidade de água deverá abordar também a possível dinâmica de eutrofização do reservatório relacionada à biomassa inundada e a carga potencial de nutrientes;

• Avaliação sedimentológica das medições de descarga sólida realizada no local do

aproveitamento deverá ser objeto de uma criteriosa análise, a fim de que seja possível a caracterização do comportamento hidráulico e sedimentológico do curso d’água;

• Apresentar cadastro atualizado de usuários de água da ADA, com representação em mapas;

• Apresentar mapa contendo a localização e características dos pontos de coleta utilizados pelas entidades oficiais e novos pontos de coleta;

• Justificativa a escolha dos diferentes pontos de coleta para as amostragens dos meios

abióticos e bióticos do ecossistema aquático;

• Indicação e justificativa dos parâmetros selecionados para a avaliação da qualidade da água, contemplando a dinâmica sazonal destes, a influência de atividades agrícolas e dos aglomerados urbanos nas características da água, entre outros fatores, e especial ênfase ao aspecto referente às áreas de rejeito de mineração com análises de metais pesados;

• Apresentar características físico-químicas e bacteriológicas, de referência dos recursos hídricos interiores, superficiais e subterrâneos (se houver esse tipo de captação na área de influência) e identificação das principais fontes poluidoras;

• Apresentar demandas atuais e futuras dos usos múltiplos das águas (abastecimento público, irrigação, industrial, outros usos);

• Descrever a possibilidade de proliferação de macrófitas aquáticas e métodos de controle;

• Apresentar características físicas da bacia, incluindo corpos d´água na área de influência dos projetos, tais como: rios, riachos, olhos d´água, nascentes etc., de caráter permanente ou intermitente, profundidade de lençol freático e relação com as águas superficiais;

• Apresentar a área a ser inundada, devidamente georreferenciada;

• Descrever as condições atuais de proteção aos corpos d’água, especialmente aqueles utilizados como mananciais de abastecimento e que poderão ser afetados direta e indiretamente pelas atividades relacionadas ao projeto nas fases de implantação e operação;

• Apresentar Parâmetros hidrológicos (vazões máximas, médias e mínimas);

• Informar a classe de enquadramento do manancial (Resolução CONAMA 357/05);

• Apresentar caracterização da qualidade dos corpos d’água que serão utilizados e/ou 15

Page 16: Modelo Termo Referencia

afetados pelo empreendimento através de análise físico-química e bacteriológica, considerando, no mínimo, os seguintes parâmetros: alcalinização total, pH, dureza total, turbidez, cor real, condutividade, cloreto, DQO, sólidos totais em suspensão e dissolvidos, OD, nitrogênio, nitrato, nitrogênio/nitrato, nitrogênio amoniacal, fósforo total, DBO, coliformes termotolerantes, ferro total, N total (Kjeldahl), temperatura, metais pesados, organoclorados e organofosforados, apresentando os respectivos laudos técnicos;

• Apresentar caracterização do aqüífero contemplando as áreas de recarga e os

exultórios, pontos d’água (poços tubulares, cisternas, cacimbas, lagoas, etc.)e tanques presentes na área de influência direta, com elaboração do mapa potenciométrico para determinação de áreas vulneráveis a contaminação por plumas resultantes de fossas sanitárias, lixões e áreas agricultáveis com percolação de pesticidas e herbicidas;

• As vazões na região dos eixos dos barramentos propostos (Gongogi montante e

Gongogi jusante – constante nos Estudos de Inventário da bacia hidrográfica do rio de Contas ANEEL conforme despacho n° 275/2002) deverão ser quantificadas ao nível de vazões média, máxima e mínima. As informações deverão incluir As condições atuais de proteção aos corpos d´água, especialmente aqueles utilizados como mananciais de abastecimento e que poderão ser influenciados direta e indiretamente pelas atividades relacionadas ao projeto nas fases de instalação e operação;

• O mapa da área diretamente afetada contendo as características físicas da bacia, a localização de medição e controle e as estruturas hidráulicas existentes.

e) Caracterização climatológica contendo a análise dos seguintes parâmetros: pressão atmosférica, precipitação pluviométrica (valores mensais e anuais, delimitação dos períodos secos e chuvosos), temperatura do ar (máxima, média e mínima), umidade relativa do ar, evaporação, e vento (direção e velocidade), Balanço hídrico, incluindo comentários, gráficos, resultados, etc., de cada parâmetro considerado;

f) Caracterização meteorológica da área de influência do empreendimento considerando os dados gerados pelas estações meteorológicas instaladas na região, com ênfase nos aspectos relacionados à pluviosidade;

5.2. Meio Biótico

Neste item, serão apresentados os dados e principais características da fauna e flora regional, de tal forma que, permita-se uma análise adequada da estrutura e função ecológica dos elementos vivos predominantes na área de influência do projeto.

Deverão ser caracterizados os ecossistemas terrestres e aquáticos da bacia hidrográfica.No tocante ao meio biótico, o empreendedor deverá executar o levantamento de fauna de acordo com a metodologia apresentada na Autorização para Captura, Resgate ou Transporte de Animais Silvestres – ARTA, conforme apresentada ao IMA. Considerando que o empreendimento será implantado no Estado da Bahia, deverá ser apresentada carta de interesse para recebimento de material biológico (Fauna e Flora) de Instituições Acadêmicas do Estado da Bahia, como Universidade Federal da Bahia –

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UFBA, Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS ou qualquer outra que detenha, no seu quadro técnico, especialistas e corpo técnico especializado capaz de confirmar as identificações realizadas durante o diagnóstico.

Todas as fontes de informação devem ser identificadas, assim como as principais publicações relativas à ecologia da região. Para o diagnóstico da fauna e flora, deverá ser indicada claramente à origem dos dados, a saber: dados primários, secundários ou fontes informais, incluindo a descrição da metodologia utilizada, com justificativas.

Levantamento da Flora e Fauna, Indicando endemismos, espécies de valor comercial, bioindicadoras e ameaçadas de extinção;

Identificação das unidades de conservação de proteção integral, se existirem, e suas respectivas zonas de amortecimento: localizá-las em planta georreferenciados.

a) Vegetação

• Realizar a caracterização e a elaboração de mapa das fitofisionomias da área da

influência direta (1:25.000), contemplando as áreas de preservação permanente e reserva legal, o grau de conservação, os diferentes estratos vegetais, os corredores e as conexões existentes com outros fragmentos, destacando as espécies protegidas, raras, endêmicas e ameaçadas de extinção atingidas, além daquelas de valor ecológico significativo, econômico, medicinal, faunístico e ornamental;

• Elaborar estudos qualitativos e quantitativos da flora na área de influência direta, incluindo a composição florística dos diferentes estratos, inclusive espécies epífitas, e estudos fitossociológicos. Deverão ser contemplados os principais estádios de regeneração das formações vegetais.

• Apresentação das relações ecológicas flora/flora, flora/fauna e fauna/fauna

consideradas relevantes para a manutenção do ecossistema presente na área de influência direta e indireta;

• Identificação das espécies vegetais existentes incluindo listagem taxonômica, especificando os diferentes estratos vegetais, usos, habitat;

• Diagnóstico do estado de conservação da vegetação nativa, destacando a pressão antrópica a que está sujeita, bem como sua utilização;

• Perfil esquemático da vegetação, contemplando as diferentes tipologias vegetacionais;

• Avaliar áreas potenciais para fins de relocação da fauna que será resgatada, quando do desmatamento, avaliando sua capacidade de adaptação à nova área, definindo as áreas destino, justificando previamente tais locais.

• A vegetação que for submetida ao Inventário Florestal, deverá contemplar os

seguintes parâmetros: aspectos fitossociológicos do fragmento, abrangendo estrutura vertical e horizontal, contendo perfil esquemático, freqüência de espécies Abundância, Dominância, Índice de Valor de Importância (IVI) de cada espécie existente no fragmento, estágio sucessional e de regeneração natural na qual se encontra o fragmento, quantitativos de volume da biomassa vegetal na área por hectare;

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b) Fauna

• Identificação qualitativa da fauna da área de influência direta do empreendimento, incluindo listagem taxonômica com ênfase para as espécies endêmicas, raras, ameaçadas de extinção, indicadoras da qualidade ambiental e de interesse econômico e científico;

• Identificação e mapeamento em escala compatível dos sítios de reprodução,

nidificação, deslocamento, áreas de dessedentação, incluindo áreas de pousio de aves migratórias;

• Identificação de espécies vetores e/ou reservatórios de doenças;

• Identificação do habitat e nicho ecológico das espécies;

• Descrição geral das inter-relações fauna-fauna e fauna-flora consideradas relevantes;

• Diagnóstico da situação geral da fauna e da ação antrópica sobre ela exercida;

• Identificação das espécies da fauna e flora que poderão ser objeto de resgate, para fins de elaboração de projetos específicos para conservação in situ e ex situ e preservação;

• Avaliar e selecionar bioindicadores ambientais para fins de monitoramento.

c) Ecossistema Aquático

• Apresentar e justificar os parâmetros selecionados que serão posteriormente utilizados para monitorar as comunidades por meio de bioindicadores de alterações ambientais;

• Apresentar a composição da ictiofauna local, incluindo a distribuição e diversidade das espécies, destacando as de interesse comercial, reofílicas, endêmicas e ameaçadas de extinção, considerando a interferência do empreendimento;

• Abordar a perda das fontes de alimentação, locais de desova, rotas migratórias, reprodução e de criadouros, bem como a alteração na produção pesqueira e o esforço de pesca;

• Destacar as espécies introduzidas e de uso antrópico;

• Avaliar a interferência do empreendimento nas comunidades aquáticas considerando preliminarmente o levantamento do fito e zooplâncton, e nécton. Deverão ser abordadas a riqueza, diversidade e similaridade;

• Contemplar densidade populacional das espécies identificadas e a sua diversidade, identificação e localização de lagoas marginais, naturais ou artificiais, relacionando-as aos sítios de alimentação e de reprodução ou pontos de introdução de espécies exóticas;

• Os pontos amostrais deverão coincidir com aqueles previstos para monitorar a qualidade de água;

• Identificar as plantas aquáticas existentes no rio, lagoas marginais (caso haja) e

tributários, avaliando sua importância nesses locais e a necessidade de futuro monitoramento e controle;

• Avaliar a permanência de espécies migratórias da ictiofauna, por meio de estudos nos

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tributários, bem como de medidas de proteção (motivações da migração, período migratório, estratégias reprodutivas, áreas e rotas de deslocamento em função do barramento, identificação e mapeamento dos hábitos usados para atividades de reprodução, crescimento e alimentação, ambiente de desova, mecanismos de transposição, etc);

• Avaliação das condições atuais da fauna aquática a jusante da barragem na área de influência direta do empreendimento contemplando a Ictiofauna por meio do: inventário taxionômico, freqüência de ocorrência por grupo taxonômico e pontos amostrais, levantamento do ictioplâncton, distribuição espaço-temporal, riqueza de espécies/índice de diversidade. Identificação a ocorrência de espécies que realizam piracema e caracterizar seu comportamento (período de reprodução, ambiente de desova, migração dentre outros) com relação ao regime do rio.

d) Ecossistemas de Transição

• Caracterizar os ecossistemas de transição, aquáticos e terrestres, devidamente identificados na carta de vegetação.

5.3. Meio Sócio-Econômico

Para efeito dos estudos socioeconômicos, serão efetuadas análises, em níveis diferenciados de agregação e detalhamento, no que concernem as suas diferentes áreas de influência. A saber: a Área Diretamente Afetada (ADA), Área de Influência Direta (AID) e Área de Influência Indireta (AII) do empreendimento. Estas duas últimas áreas a serem definidas com base em parâmetros específicos dos domínios sociocultural, socioambiental e socioeconômico.

A análise relativa a estas diferentes áreas de influência se baseará em: dados secundários disponíveis a nível municipal, estadual e federal, observação de campo e entrevistas qualificadas principalmente com moradores da ADA e AID, atores sociais e econômicos da região, dentre outros utilizando metodologia adequada.

Todas estas fontes de informação e dados/estimativas deverão ser devidamente identificadas. A caracterização do meio socioeconômico deverá abranger as áreas de influência direta e indireta de forma a demonstrar os efeitos sociais e econômicos advindos da implantação, operação e descomissionamento do empreendimento e as interrelações próprias do meio antrópico regional, passíveis de alterações relevantes pelos efeitos diretos e indiretos do projeto.

Realizar o levantamento dos principais aspectos do meio antrópico na área de influência do empreendimento, considerando:

a) Ocupação e uso do solo: processo de ocupação, distribuição das atividades, densidade, sistema viário, valor da terra, estrutura fundiária, evolução do uso (áreas de conflito e grandes áreas institucionais);

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b) População: Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), densidade demográfica, dinâmica populacional, escolaridade, saúde, segurança, inserção produtiva, evolução da população, fluxos migratórios, população segundo sexo, idade, residência urbana/rural, estatísticas vitais, rendimento da população, miséria e indigência, distribuição espacial, perfil cultural;

c) Equipamentos urbanos e comunitários – logradouros, abastecimento de água para suprimento local e regional, coleta e disposição de esgotos, coleta e disposição de lixo, equipamentos e indicadores de saúde, educação, comércio, segurança, lazer, sítios e monumentos arqueológicos, culturais, cênicos e históricos, estrutura e meios de transporte, sistema de telecomunicações e de energia elétrica;

d) Organização social: forças e tensões sociais, grupos e movimentos comunitários, lideranças, forças políticas e sindicais, associações civis, organizações não governamentais, percepção social dos problemas locais, percepção ambiental;

e) Atividades tradicionais, agricultura, extrativismo, pecuária; f) Projetos co-localizados – projetos existentes ou em andamento de ação federal,

estadual e municipais, ou da iniciativa privada na área de influência do empreendimento;

g) Estrutura produtiva – análise dos fatores de produção, modificação da composição da produção local, contribuição de cada setor, geração de emprego e nível tecnológico por setor; relações de troca entre a economia local e micro-regional, regional e nacional, incluindo destinação da produção local e importância relativa;

h) Mão de obra nas áreas de influência direta e indireta e sua qualificação (por setor e faixa de renda), estimativa de importância/tamanho do mercado de trabalho informal;

i) Atividades industriais e não industriais – tipologia e principais fontes de poluição e de degradação ambiental, dependência local dos recursos naturais;

j) Cenário sócio econômico – análise dos cenários sócio econômico para horizontes de 5 anos (curto prazo), 10 anos (médio prazo) e 20 anos (longo prazo), englobando análise de alternativas do crescimento demográfico, de evolução das atividades produtivas e de modificações dos padrões de ocupação do solo, assim como tendências futuras das atividades econômicas, em especial daquelas que demandam água, com base nos planos, programas e projetos em curso;

k) Dimensionar e caracterizar a população a ser afetada pelo empreendimento, com cadastramento de proprietários e propriedades a serem desapropriadas levando-se em consideração:

Analise do conjunto das propriedades nas comunidades urbanas e rurais afetadas, definindo os padrões da ocupação, por meio de levantamentos quali-quantitativos em amostras representativas desse universo;

Avaliar as condições de habitação, a dimensão das propriedades, o regime de posse e uso da terra, inclusive dos proprietários não-residentes, meeiros, posseiros e outros, o nível tecnológico da exploração, as construções, benfeitorias e equipamentos;

Principais atividades desenvolvidas e áreas envolvidas, a estrutura da renda familiar e resultados da exploração econômica, o preço de terras e de benfeitorias e a participação das comunidades em atividades

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comunitárias e de associativismo; Caracterizar a estrutura de assentamento para as famílias,

equipamentos sociais a serem remanejados, se couber; O regime de posse e uso da terra, o nível tecnológico da exploração, as

construções, benfeitorias e equipamentos,as principais atividades desenvolvidas e áreas envolvidas, a estrutura da renda familiar e resultados da exploração econômica, o preço de terras e de benfeitorias e a participação das comunidades em atividades comunitárias e de associativismo.

l) Identificar as comunidades ribeirinhas, eventuais comunidades quilombolas, grupos e aldeias existentes na área de influência do empreendimento, apresentando sua localização geográfica e vias de acesso, caracterizando a população atual, avaliando os fatos históricos e atuais relacionados à sua presença, descrevendo a vulnerabilidade atual a partir do planejamento, construção e operação do empreendimento, considerando todas as possíveis pressões sobre o território e as comunidades.

m) Estudo específico de avaliação e incidência de doenças respiratórias na população da AID. Devem ser consultados dados oficiais do município e/ou Estado. Complementarmente, deve ser feito um diagnóstico com levantamento primário através de consulta domiciliar e questionário sobre as doenças respiratórias endêmicas. O levantamento deve englobar uma amostra representativa da população impactada para ter validade científica bem como apresentar lista das famílias contatadas e local de residência;

n) Levantamento arqueológico prévio de empreendimentos geradores de impacto

ambiental está previsto na Resolução CONAMA Nº 001, de 23/01/1986. A proteção aos sítios arqueológicos está estabelecida na Lei Nº 3924, de 26/07/1961. A Constituição Federal de 1988, em seu Capítulo II, dispõe sobre a proteção aos sítios arqueológicos, e o papel de Estados e Municípios em sua conservação. A Lei Nº 9605, de 30/03/1998, Seção IV dispõe sobre os crimes contra o patrimônio cultural. A Portaria IPHAN nº 28, de 31/01/2003, trata especificamente da necessidade de serem realizados levantamentos arqueológicos em áreas afetadas por empreendimentos hidrelétricos. A necessidade de obtenção de autorização prévia para realização de pesquisas arqueológicas é regulamentada nas portarias do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Nº 07, de 01/12/1988 e Nº 230, de 17/12/2002. O relatório com os resultados do levantamento arqueológico deve ser encaminhando também para o INEMA.

5.4. Análise Integrada

Após o diagnóstico de cada meio, deverá ser elaborada uma síntese que caracterize a área de influência do empreendimento de forma global. Esta deverá conter a interação dos diversos itens do diagnóstico, de maneira a caracterizar as principais inter-relações e sinergias dos meios físico, biótico e socioeconômico.

Poderá ser apresentado um Mapa Síntese do diagnóstico ambiental, ilustrando as relações e sobreposição de suas diversas variáveis físicas, bióticas e antrópicas.

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IV. TERCEIRO RELATÓRIO

6. Avaliação dos Impactos Ambientais

Será efetuada comparação sistemática das alternativas do empreendimento proposto, com foco para a alternativa preferencial, considerando os principais impactos relacionados: (i) concepção, localização, tecnologia adotada e operação; (ii) custos envolvidos; (iii) adequação às condições locais; (iv) requisitos institucionais exigidos para a implantação e operação, bem como a alternativa da não realização.

Para a alternativa preferencial, deverão ser identificadas as ações impactantes, e em seguida descritos, interpretados e valorados, os impactos ambientais potenciais, nos meios físico, biótico e socioeconômico, relativos às fases de projeto, implantação e operação do empreendimento, identificando-se as medidas, equipamentos e procedimentos a serem implementados para evitar ou reduzir os efeitos adversos do empreendimento, bem como aquelas que poderão valorizar os seus efeitos benéficos.

Será estimado o alcance espacial e temporal dos impactos e quantificada a extensão e/ou intensidade dos mesmos, informando-se a fonte dos dados disponíveis e as incertezas associadas às previsões.

A avaliação dos impactos deverá considerar as possíveis interferências do projeto com outros da mesma natureza dentro da sua bacia hidrográfica. Os métodos, técnicas e critérios adotados para avaliação dos impactos ambientais deverão contemplar;

a) A identificação e análise integrada dos impactos;b) A classificação dos impactos;c) Ponderação dos impactos com e sem as medidas mitigadoras e

maximizadoras;d) Medidas compensatórias para os impactos não mitigáveis.

A avaliação dos potenciais impactos cumulativos ou efeitos sinérgicos do empreendimento, se aplicável, deverá atender à metodologia exposta na Norma Técnica 03/2010, aprovada pela Resolução CEPRAM Nº 4.145, de 26 DE NOVEMBRO DE 2010

6.1. Previsão, descrição e Análise dos Impactos

Para análise dos potenciais impactos do empreendimento, deverá ser detalhada a cadeia de efeitos que lhes dá origem. Os impactos serão então classificados considerando-se:

• Natureza – característica do impacto quanto ao seu resultado benéfico (+) ou adverso (-) para um ou mais fatores ambientais;• Importância – característica do impacto que traduz o significado ecológico ou

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socioeconômico do ambiente a ser atingido;• Magnitude – característica do impacto relacionada ao porte ou grandeza da intervenção no ambiente;• Duração – característica do impacto que traduz a sua temporalidade no ambiente, podendo ser temporário, cíclico ou permanente;• Reversibilidade – traduz a capacidade do ambiente de retornar ou não à sua condição original depois de cessada a ação impactante, no curto, médio ou longo prazo;• Abrangência – traduz a extensão de ocorrência do impacto levando em consideração a área de influência direta e indireta;

Os impactos serão analisados de acordo com as fases do empreendimento, considerando-se, dentre outros:

6.2. Fase de Projeto

Corresponde aos impactos originários da concepção e desenho do empreendimento, que deverá considerar a otimização de sua ocupação em face da menor intervenção e impacto possíveis no ambiente local.

Deverão ser descritos os critérios e diretrizes que nortearam a concepção e elaboração do projeto básico do empreendimento, levando-se em conta as diversas variáveis ambientais de sua área de influência direta, considerando-se, dentre outros:

I. Meio Físico:

a) Alterações no regime Aqüífero;b) Alterações no microclima;c) Alteração na dinâmica de sedimentos da bacia hidrográfica;

d) Alteração da qualidade da água do futuro reservatório em função dos principais usos a montante da barragem (aglomerados urbanos, áreas agrícolas, atividades minerarias, dentre outros);

e) Alteração da paisagem regional;f) Interferências em outros barramentos;g) Riscos de eutrofização da água.h) Alteração do regime de recarga do Aqüífero subterrâneo pelo Aqüífero superficial.

II. Meio Biótico:

a) Perda de área vegetada e da biodiversidade associada;b) Alteração nas características limnológicas da água;c) Afetação de áreas de refúgio, reprodução e deslocamento da fauna;

d) Interferências nas áreas protegidas por lei: reserva legal, área de preservação

permanente e unidades de conservação;e) Transformação de ambiente lótico em lêntico;f) Afetação do fenômeno de piracema.

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III. Meio Socioeconômico:

a) Expectativas da população em relação ao empreendimento;b) Reassentamento involuntário da população;c) Interferências em outros usos da água;d) Interferências em áreas de interesse ecológico e em unidades de conservação;e) Áreas de valor histórico, cultural, espeleológico ou arqueológico;f) Áreas de comunidades tradicionais;g) Conflitos fundiários;h) Existência de sítios arqueológicos e espeleológicos;i) Perda de meios de sobrevivência;j) Interferência em infra-estrutura e equipamentos públicos e comunitários, ou relocação;k) Doenças de veiculação hídrica;

l) Interferências nas atividades econômicas: agricultura, mineração, pecuária, dentre outros;

m) Aumento da arrecadação de impostos;n) Contribuição do empreendimento como indutor do desenvolvimento sustentável da

região.

6.3. Fase de Implantação

Corresponde ao período de execução das obras civis: construção da barragem, tráfego, exploração de jazidas, instalação de população de trabalhadores.

I. Meio Físico:

Identificação, medição e valoração dos impactos ambientais positivos e negativos, quanto às alterações nos seguintes aspectos:

a) Alterações de caráter temporário ou permanente no uso do solo;b) Intensificação dos processos erosivos;c) Sismicidade induzida;d) Poluição: ruídos, poeiras, resíduos sólidos e efluentes líquidos;

e) Início e/ou aceleração de processos erosivos, Instabilidade de encostas, Assoreamento

das drenagens;

f) Mudanças hidrológicas, Consumo de água, Desvio de drenagens;

g) Transporte de sedimento e assoreamento de cursos d’água;h) Alteração nas características limnológicas.

II. Meio Biótico:

a) Captura de animais silvestres;b) Alteração ou supressão da vegetação existente;c) Alteração na paisagem;

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d) Mudanças nos habitats e hábitos da fauna;

e) Alterações na diversidade e composição da fauna aquática e terrestre, com destaque para as espécies protegidas por lei.

III. Meio Socioeconômico:

a) Mudança na vida diária da população residente próxima da obra, considerando aspectos sociais, culturais das populações a serem afetadas diretamente com o empreendimento;

b) Exposição da população aos riscos de acidentes;c) Alterações na estrutura social e econômica local em função da população flutuante a

ser empregada como mão-de-obra no empreendimento, considerando-se inclusive a desmobilização com a conclusão da obra;

d) Perdas de áreas de agricultura, silvicultura e pastagens;e) Aumento na demanda de bens e serviços com conseqüente elevação dos preços;f) Relocação de comunidades;g) Aumento no tráfego de veículos;h) Mudanças no quadro de saúde com a incidência de novas doenças;i) Interferência na infra-estrutura viária, linhas de transmissão e outras;j) Interferência no patrimônio histórico, cultural, espeleológico e arqueológico;

k) Interferências e/ou conflitos nos usos da água;

l) Interferências nas áreas protegidas por lei como: reserva legal, área de preservação permanente e categorias de unidades de conservação;

m) Valorização das terras;

n) Aumento da arrecadação de impostos, elevação do nível de emprego regional;

o) Qualificação da mão-de-obra local e regional;

p) Disseminação de serviços marginais: Prostituição, drogas e violência;q) Aumento da arrecadação de impostos;

6.4. Fase de Operação;

Corresponde ao período de funcionamento do empreendimento, a partir do enchimento do reservatório.

I. Meio Físico:

α) Solo;

β) Qualidade do ar;

χ) Níveis de Ruído;

δ) Níveis de Vibração;

ε) Recursos hídricos;

φ) Interferência em estradas e linha de transmissão;

γ) Instabilidade das encostas marginais do reservatório;

η) Deplecionamento do reservatório;

ι) Quantidade de água disponível para os diversos usos (doméstico, industrial, agrícola) e

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sua distribuição temporal, considerando os períodos críticos de operação;

ϕ) Instabilidade das encostas marginais do reservatório;

κ) Elevação do nível do lençol freático.

II. Meio Biótico:

a) Afogamento, colonização e evasão da fauna silvestre;b) Interrupção de rotas de migração de animais;

c) Alterações sobre o comportamento do meio biótico, (composição qualiquantitativa e distribuição espacial das espécies planctônicas, bentônicas e ictiofauna, atividade de piracema, nichos ecológicos) no trecho a jusante em função das variações do regime de vazões.

III. Meio Socioeconômico:

a) Conflitos de uso, considerando os já existentes e aqueles que poderão surgir em decorrência das novas demandas viabilizadas com a regularização da vazão;

b) Conflitos de uso das águas a montante e a jusante da barragem (irrigação, abastecimento humano, diluição de efluentes, dentre outros) que afetem a qualidade das águas a jusante;

c) Alteração nas estruturas social, econômica, cultural, relações de vizinhança e práticas cotidianas;

d) Crescimento demográfico;

e) Disponibilização potencial de infra-estrutura, a exemplo energia elétrica, abastecimento de água, acessos para escoamento da produção local e instalação de novos equipamentos;

f) Proliferação de doenças endêmicas de veiculação hídrica, por emissão de gazes e poeira, doenças transmissíveis;

g) Alteração no cotidiano das famílias sujeitas a relocação;

h) Alterações sobre as atividades dos setores econômicos primário, secundário e terciário;

i) Crescimento demográfico;

j) Aumento da arrecadação de impostos;

k) Interferência sobre possíveis sítios com importância histórica, cultural, arqueológica, espeleológica, paisagística e de lazer, existentes nas áreas de influência;

7. Prognóstico Ambiental

O prognóstico ambiental (meios físico, biótico e socioeconômico) deverá ser elaborado considerando-se as alternativas de execução e de não execução do empreendimento, sendo esta última baseada na identificação e avaliação dos impactos ambientais. Este prognóstico deverá considerar, também, a proposição e a existência de outros empreendimentos inventariados na bacia hidrográfica de localização, contemplando os efeitos sinérgicos entre o empreendimento proposto ou que já operam na respectiva bacia hidrográfica.

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A partir da análise integrada, principalmente do diagnóstico da qualidade ambiental, devem ser elaborados quadros prospectivos, tendências para a região, considerando um horizonte temporal com o empreendimento e outro considerando a sua não-implantação. Comparar esses dois quadros prospectivos entre si e também com um quadro de diagnóstico de qualidade ambiental atual.

Uma vez considerada a implantação do projeto e a execução das medidas de controle da qualidade ambiental que serão propostas, bem como o desenvolvimento dos programas ambientais, deverá ser feita uma nova avaliação do impacto global do projeto na sua área de inserção, considerando-se sempre a perspectiva de efeitos cumulativos sinérgicos da implantação de empreendimentos que constituem o empreendimento a fim a se aferir a viabilidade ambiental dos projetos propostos.

Apresentar um quadro regional, contemplando a possibilidade da não implantação do empreendimento. Portanto, o prognóstico deverá apresentar cenários futuros, considerando:

a) Sem empreendimentoa.1) Vantagensa.2) Desvantagens

b) Com o empreendimentob.1) Vantagensb.2) Desvantagens

8. Medidas Controle, Mitigação e compensação dos Impactos ambientais previstos

Com base na avaliação de impacto ambiental procedida e no prognóstico ambiental realizado, deverão ser identificadas as medidas de controle e os programas ambientais que possam minimizar, compensar e, eventualmente, eliminar os impactos negativos da implementação do empreendimento, bem como as medidas que possam maximizar os impactos benéficos do projeto.

Essas medidas devem ser implantadas visando tanto a recuperação quanto a conservação do meio ambiente, bem como o maior aproveitamento das novas condições a serem criadas pelo empreendimento, devendo ser consubstanciadas em programas.

As medidas mitigadoras e compensatórias deverão ser consideradas quanto:

Ao componente ambiental afetado; A fase do empreendimento em que deverão ser implementadas; Ao caráter preventivo ou corretivo de sua eficácia; Ao agente executor, com definição de responsabilidades;

Especialmente em relação aos potenciais impactos sobre atividade de piracema, deverá 27

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avaliar a pertinência ou não da implantação de mecanismos de transposição de peixes, com devidas justificativas técnicas.

9. Programas Ambientais:

Programas de Acompanhamento e Monitoramento dos Impactos Ambientais:

Neste item deverão ser apresentadas, de forma sucinta, as propostas de programas de acompanhamento da evolução dos impactos ambientais positivos e negativos, ocasionados pelo empreendimento, considerando as fases de implantação e operação, incluindo, conforme o caso:

• Objetivos de cada programa; • Indicação e justificativa dos parâmetros selecionados para avaliação do comportamento dos impactos sobre cada um dos fatores ambientais considerados;• Indicação e justificativa da rede de amostragem, incluindo seu dimensionamento e distribuição espacial; • Indicação e justificativa dos métodos de coleta e análise de amostras;• Indicação e justificativa da periodicidade de amostragem para cada parâmetro, segundo os diversos fatores ambientais;• Indicação da adoção de princípios de tecnologia mais limpa, como: melhoria de processo, aproveitamento de subprodutos, escórias e rejeitos, medidas de redução do uso dos recursos naturais como água e adoção de fonte de energia limpa, dentre outros;

O detalhamento dos programas deverá se feito quando do requerimento da Licença de Implantação. Assim, deverão ser apresentados os escopos dos seguintes planos e programas:

a) Plano de Desapropriação – indenização;

b) Programa de Educação Ambiental: (i) comunidade local e (ii) trabalhadores do empreendimento;

c) Programa de Comunicação Social - Visa garantir o direito da sociedade à informação clara e acessível sobre o empreendimento já na fase de viabilidade ambiental;

d) Programa de Controle dos Processos Erosivos e Assoreamento;

e) Plano de Desmatamento e Limpeza da Bacia Hidráulica;

f) Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), incluindo o paisagismo;

g) Plano de Resgate e Monitoramento de Flora e Fauna;

h) Programa de Manejo e Monitoramento dos Ecossistemas Aquáticos;

i) Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos - PGRS;

j) Programa de Monitoramento da Qualidade da Água;

k) Programa de Salvamento do Patrimônio Arqueológico;

l) Programa de Controle de Ruídos e Emissão de Material Particulado;

m) Programa de desativação do canteiro de obras, obras complementares, áreas de

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empréstimos, jazidas e bota-fora;

n) Plano de Ação Emergencial (PAE), conforme diretrizes do Manual de Segurança e Inspeção de Barragens, publicado pelo Ministério da Integração Nacional.

o) Programa de Gerenciamento de Risco;

p) Programa de Capacitação e Treinamento da mão de obra, com ênfase na população local;

q) Plano de Criação da Comissão de Acompanhamento, a ser formada por moradores das áreas afetadas pelo empreendimento, representação da Área de Influência, Órgãos Ambientais, dentre outros;

r) Plano de apoio a Conservação do Entorno do Reservatório contendo no mínimo: (i)Definição da entidade gestora do reservatório e suas atribuições; (ii) Ações para conscientização dos usuários da água; (iii) Indicação das restrições quanto ao uso das águas do reservatório e do seu entorno; (iv) Projeto de gestão da Área de Preservação Permanente (APP) e conservação das águas do reservatório, contemplando a recuperação, uso e preservação de acordo com as diretrizes do CONAMA, com incentivo à gestão participativa; (v)Regras de operação do reservatório;Programa de estímulo à aplicação de tecnologias limpas e construção sustentável, com participação dos núcleos de pesquisa e extensão universitários.

10. Relatório de Impacto no Meio Ambiente (RIMA)

Após a conclusão do EIA será preparada a sua versão síntese, acessível ao público, denominada de Relatório de Impacto no Meio Ambiente (RIMA). O RIMA refletirá as conclusões do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) desenvolvido para o presente projeto, conforme diretrizes do Art. 9, da CONAMA 001/86. As informações técnicas serão nele expressas em forma sintética, em linguagem acessível ao público em geral, devendo ser ilustrado por mapas com escalas adequadas, quadros, gráficos ou outras técnicas de comunicação visual, de forma que se possam entender claramente as possíveis conseqüências ambientais de implementação do projeto. O RIMA obrigatoriamente conterá:

• Objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as políticas setoriais, planos e programas governamentais;• A descrição do projeto especificando, nas fases de implantação e operação, as fontes de energia, as emissões atmosféricas, os efluentes líquidos e os resíduos sólidos, os empregos diretos e indiretos a serem gerados;• A síntese dos resultados dos estudos de diagnóstico ambiental da área de influência do empreendimento;• A descrição dos impactos ambientais analisados, considerando o projeto, os horizontes de tempo de incidência dos impactos e indicando os métodos e técnicas adotadas para sua identificação e interpretação;• A descrição das medidas mitigadoras previstas, em relação aos impactos negativos;• Apresentação dos programas de acompanhamento e monitoramento dos impactos ambientais.

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11. BIBLIOGRAFIA

Deverá constar toda a bibliografia consultada e citada para os estudos, especificada por área de abrangência do conhecimento.

12. APÊNDICES E ANEXOS

O EIA deverá conter a documentação utilizada como suporte das informações apresentadas como cadastros, planos de emergência, etc.

Deverá ser apresentado como anexo ao documento, as ART’s dos profissionais envolvidos, a Certidão de Uso Solo e o documento de manifestação do órgão ambiental Municipal.

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