modelo resumo informativo

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APRENDENDO A SER PESQUISADOR Acadêmico: Roberto Carlos Braga Disciplina: Metodologia Científica Curso de Ciências Contábeis 2º Semestre Noturno Turma B A postura de pesquisador somente se obtém se houver disponibilidade e dedicação de tempo, para que se exerça com autonomia o ato de aprender. Decorre disso a importância da leitura. Para se afeiçoar à ciência, a ação individual é imprescindível, pois ela permite a descoberta para os estudos, e esta leva à vontade de conhecer. Entretanto, as instituições educacionais ignoram esses pressupostos, retirando a oportunidade dos estudantes construírem seus próprios conhecimentos, haja vista que as práticas pedagógicas os conduzem a uma aprendizagem mecânica, passiva. Para que o conhecimento passe a ser conduzido a uma prática autônoma o aluno tem de ser responsável por sua aprendizagem, procurando, entre outros fatores, analisar o contexto histórico dos acontecimentos. Para isso, devemos considerar três questionamentos: 1. o que é aprendizagem autônoma? De acordo com Riviére (1987) deve se aprender a pensar, o que significa a transformação de “um pensamento linear, lógico, formal, em um pensamento dialético...”; 2. Para que serve a aprendizagem autônoma? No dizer de Haidt (1994, p. 61), o professor muda a sua relação pedagógica ao conceber o aluno como “um ser ativo, que formula idéias, desenvolve conceitos e resolve problemas de vida prática através de sua atividade mental, construindo assim, o seu próprio conhecimento”. Destaque-se que uma das vantagens da aprendizagem autônoma é a de que contribui para enriquecer os conhecimentos dos alunos; e, 3. Em que situação é desejável e necessária? Para que essas formas básicas sejam caracterizadas requer do aluno capacidade em estabelecer contatos por si próprios; compreender fenômenos e textos, usando-os espontaneamente; planejar por iniciativa própria; aprender a manejar as informações de forma independente. Como componentes para a aprendizagem autônoma temos o saber; o saber fazer e o querer. O saber revela a situação em que o pesquisador se encontra numa situação de pesquisador e pesquisado, tendo a necessidade de dimensionar com clareza o conhecimento adquirido durante toda a vida. Por outro lado,

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Page 1: Modelo Resumo Informativo

APRENDENDO A SER PESQUISADOR

Acadêmico: Roberto Carlos Braga Disciplina: Metodologia Científica

Curso de Ciências Contábeis 2º Semestre Noturno

Turma B

A postura de pesquisador somente se obtém se houver disponibilidade e dedicação de

tempo, para que se exerça com autonomia o ato de aprender. Decorre disso a

importância da leitura. Para se afeiçoar à ciência, a ação individual é imprescindível, pois

ela permite a descoberta para os estudos, e esta leva à vontade de conhecer. Entretanto,

as instituições educacionais ignoram esses pressupostos, retirando a oportunidade dos

estudantes construírem seus próprios conhecimentos, haja vista que as práticas

pedagógicas os conduzem a uma aprendizagem mecânica, passiva. Para que o

conhecimento passe a ser conduzido a uma prática autônoma o aluno tem de ser

responsável por sua aprendizagem, procurando, entre outros fatores, analisar o contexto

histórico dos acontecimentos. Para isso, devemos considerar três questionamentos: 1. o

que é aprendizagem autônoma? De acordo com Riviére (1987) deve se aprender a

pensar, o que significa a transformação de “um pensamento linear, lógico, formal, em um

pensamento dialético...”; 2. Para que serve a aprendizagem autônoma? No dizer de Haidt

(1994, p. 61), o professor muda a sua relação pedagógica ao conceber o aluno como “um

ser ativo, que formula idéias, desenvolve conceitos e resolve problemas de vida prática

através de sua atividade mental, construindo assim, o seu próprio conhecimento”.

Destaque-se que uma das vantagens da aprendizagem autônoma é a de que contribui

para enriquecer os conhecimentos dos alunos; e, 3. Em que situação é desejável e

necessária? Para que essas formas básicas sejam caracterizadas requer do aluno

capacidade em estabelecer contatos por si próprios; compreender fenômenos e textos,

usando-os espontaneamente; planejar por iniciativa própria; aprender a manejar as

informações de forma independente. Como componentes para a aprendizagem autônoma

temos o saber; o saber fazer e o querer. O saber revela a situação em que o pesquisador

se encontra numa situação de pesquisador e pesquisado, tendo a necessidade de

dimensionar com clareza o conhecimento adquirido durante toda a vida. Por outro lado,

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quando todo o conhecimento do processo de aprendizagem está naturalmente à

disposição de uma aplicação prática, então dizemos que esse processo fora convertido

num saber fazer. Já o querer é simplesmente a vontade que o estudante precisa possuir

para poder aplicar esses conhecimentos. É certo que a falta do hábito de leitura agrava as

dificuldades, principalmente para os estudantes da área contábil. Paulo Freire (2000, p.

20) assim se referia ao pensar em leitura: “refiro-me a que a leitura do mundo precede

sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade daquele”. Logo, para

que o estudante compreenda uma leitura precisa decodificar a mensagem, interpretar,

para depois, aplicá-la, pois se faz necessário o comprometimento com o texto para que se

possa apropriar do conhecimento, pois, fora isso, apenas se memoriza a palavra escrita.

Existem diversas dicas para que se realize uma leitura eficaz, como por exemplo, a de

que se devem analisar as partes do texto, fazendo a junção delas. Como tipos de leitura,

destacam-se: a Análise Textual, cujo objetivo é obter uma visão global do texto lido,

percebendo o estilo, o vocabulário utilizado; a Análise Temática, que pretende entender

do que fala o texto, sua problematização, tipo de abordagem e; a Análise Interpretativa, a

qual tem a missão de ler nas entrelinhas do texto, ou seja, a compreensão objetiva da

mensagem do autor. Ao selecionar o material para leitura devemos observar alguns

detalhes, como: o nome do autor e seu currículo, verificar bibliografia, editora, data e

edição, e ainda, se o livro traz alguma mensagem do autor na orelha. O dicionário de

língua portuguesa, o computador, rede de internet, CD-ROMs, blocos de anotações são

outros componentes de um bom material de estudo. Para se organizar os estudos, o

estudante precisa verificar o seu tempo disponível, roteirizar suas tarefas, mantendo um

ritmo que permita estudar sempre, não deixando para a última hora; em atividades em

grupos, todos devem realizar as leituras para que, quando se reunirem, todos estão a par

do assunto. É importante estabelecer os objetivos, saber da capacidade de sua memória

e da reflexão. Desejar aprender se associa à seleção do que estudar e, para isso, não se

deve medir esforços em visitas às bibliotecas, pesquisas na Internet, leituras de teses,

dissertações, revistas, etc.

Palavras-chave: Metodologia Científica; aprendendo a ser pesquisador, aprendizagem

autônoma

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BIBLIOGRAFIA

SILVA, Antonio Carlos Ribeiro da. Metodologia da Pesquisa Científica Aplicada à Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2003.