modelo-pedido de revogação de prisão.docx

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EXCELENTSSIMO SENHOR DR. JUIZ DE DIREITO DA 2 VARA CRIMINAL DA COMARCA DE DUQUE DE CAXIAS.

MARILENE SANTANA DE SOUZA, j devidamente qualificada nos autos, atravs de seus procuradores ao final subscritos, vem respeitosamente presena de V. Exa., requererREVOGAO DA PRISO PREVENTIVACom fulcro no art. 316 do Cdigo deProcesso Penal, pelas razes de fato e de direito a seguir expostas.

FATOSA Delegacia de Polcia do 1 Distrito Policial da cidade de Duque de Caxias instaurou inqurito policial contra a requerente, imputando a mesma o crime de tentativa de homicdio, onde, segundo acusao, ela desferiu golpes de arma branca contra a sua cunhada, ferindo o seu corpo e lbios.Diante desta situao, a polcia foi comunicada e efetuou a priso da requerente em situao de flagrncia, permanecendo presa desde ento.A requerente, importante salientar, em nenhum momento omitiu a verdade, inclusive, em sede policial, confessou as agresses em face de sua cunhada com o intuito de apenas se defender.Diante da desnecessidade de sua manuteno na priso, a revogao dapriso preventiva medida que se pede.Em sntese, so os fatos.

DIREITOPara a decretao da priso preventiva necessrio que haja os pressupostos proibitrios, a saber prova de materialidade do delito e indcios suficientes da autoria fumis commisi delicti assim como os pressupostos cautelares o periculum libertatis, cujas finalidades esto expostas no art. 312 do Cdigo de Processo Penal.Para que tal medida coativa seja decretada necessrio que no caso concreto uma das trs finalidades esteja presentes: a convenincia da instruo criminal, o asseguramento da aplicao da lei penal e a garantia da ordem pblica.Em relao convenincia da instruo criminal, a requerente foi encontrada em flagrncia e, desde ento, ela encontra-se presa. Contudo, cabe ressaltar, que a mesma sempre contribui no decurso das investigaes, nunca faltando com a verdade.No tocante o asseguramento da aplicao da lei penal, no h razes para a mesma continuar presa, haja vista que j ocorreram diversas produes de provas, inclusive a apreenso da prova objeto do crime.No que tange a ordem pblica, a requerente nunca teve passagem pela polcia, no sendo possvel vislumbrar a periculosidade da mesma, sendo o seu ato anti-social praticado unicamente e de forma isolada. Apriso cautelar medida excepcional, haja vista que o nosso ordenamento jurdico prima pela liberdade, outrossim o princpio da necessidade que restringe o estado de liberdade de uma pessoa, que ainda no foi julgada e tem a seu favor a presuno constitucional da inocncia, nos termos do art. 5 da Constituio Federal.

Nesse sentido o professor Luiz Flvio Gomes:

A priso preventiva no apenas aultima ratio.Ela aextremaratiodaultima ratio.A regra a liberdade; a exceo so as cautelares restritivas da liberdade (art. 319, CPP); dentre elas, vempor ltimo, a priso, por expressa previso legal.g. n.

A manuteno da priso do acusado no merece prosperar, uma vez que este no preenche os requisitos da priso preventiva elencados no artigo 312 do CPP, como foi possvel verificar anteriormente.A acusada possui residncia fixa, trabalha em atividade lcita e, no obstante, sempre colaborou com o andamento das investigaes. A mesma no oferece nenhum risco instruo criminal.Nesse mesmo sentido, podemos verificar com a deciso do Tribunal que assim explana:

HABEAS CORPUS - TENTATIVA DE HOMICDIO - REVOGAO DE PRISO PREVENTIVA - DEMONSTRAO DE CIRCUNSTNCIAS PESSOAIS FAVORVEIS -PRIMRIO,RESIDNCIAFIXAETRABALHOLCITO- AUSNCIA DOS REQUISITOS DO ART. 312 DO CPP - ORDEM CONCEDIDA. TJ-MS - Habeas Corpus HC 6684 MS 2010.006684-1 (TJ-MS), 27/04/2010.

PEDIDOAnte o exposto, requer-se a revogao da priso preventiva, por ausncia de requisitos para sua manuteno e a expedio do respectivo alvar de soltura.

Termos em quePede e aguarda DeferimentoDuque de Caxias, 10 de maro de 2014

Adriana Batista da Silva Rafael de Paula Souza OAB/........... OAB/201.283