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INSTITUTO DE ESTUDOS SUPERIORES DA AMAZÔNIA ADMINISTRAÇÃO - GESTÃO AMBIENTAL VIVIANNE GODINHO BERNARDES Diagnóstico do Clima Organizacional da Gráfica Gabriela em Belém/Pa

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Page 1: Modelo Para PI

INSTITUTO DE ESTUDOS SUPERIORES DA AMAZÔNIA

ADMINISTRAÇÃO - GESTÃO AMBIENTAL

VIVIANNE GODINHO BERNARDES

Diagnóstico do Clima Organizacional da

Gráfica Gabriela em Belém/Pa

Belém - Pará

2005

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INSTITUTO DE ESTUDOS SUPERIORES DA AMAZÔNIA

ADMINISTRAÇÃO- GESTÃO AMBIENTAL

VIVIANNE GODINHO BERNARDES

Diagnóstico do Clima Organizacional da Gráfica Gabriela

em Belém/Pa

Trabalho submetido ao Instituto de Estudos

Superiores da Amazônia - IESAM, Curso de

Administração - Gestão Ambiental, para

obtenção do título de Bacharel em

administração.

Orientadora: Profª. Drª. Rosa de Fátima

Pereira de Carvalho.

Belém

Dezembro/2005

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INSTITUTO DE ESTUDOS SUPERIORES DA AMAZÔNIA

ADMINISTRAÇÃO- GESTÃO AMBIENTAL

VIVIANNE GODINHO BERNARDES

Diagnóstico do Clima Organizacional da Gráfica Gabriela

em Belém/Pa

Esta Monografia foi julgada adequada para obtenção do título de Bacharel em

Administração e aprovada na sua forma final pelo Instituto de Estudos Superiores

da Amazônia

Data: _____ / ______ / ______

Conceito: _________________

Banca Examinadora:

_______________________________________________

Profª Drª. Rosa de Fátima Pereira de Carvalho

Orientadora

________________________________________________

Profª M.Sc. Jane Simone Moraes de Melo

Avaliadora

Belém

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Dezembro/2005

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Para minha mãe, que sempre esteve ao

meu lado, ajudando-me a superar os percalços

da vida. Te Amo.

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus e a Nossa Senhora de Nazaré, por tanta luz e

força, quando ameacei desistir...

Aos meus familiares, pela oportunidade de estar aqui e por tudo o que tenho em

minha vida. Em especial minha MÂE.

Agradeço a uma “pessoinha” que me fez perceber a graça de estar viva, nos

últimos seis anos se tornou o meu raio de luz, minha filha Gabriela.

Agradeço a amizade e compreensão ao longo desses dois anos de caminhadas

juntas para a conclusão desta Graduação, a Kethele Hanna e a Michely Emika Koyama.

Agradeço especialmente à minha orientadora Rosa Carvalho, pela força, atenção,

carinho, compreensão, pessoa que mereceu minha grande admiração, nos últimos dois

anos de curso.

E por fim, gostaria de agradecer a todas aquelas pessoas que de forma direta ou

indireta contribuíram para a realização desta análise.

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RESUMO

Atualmente, as empresas estão preocupadas em obter maior competitividade e produtividade, neste contexto, com o intuito de melhorar o clima organizacional da Gráfica Gabriela, pois se observou que alguns funcionários demonstravam comportamentos de insatisfação perante a organização, avaliou-se como pertinente realizar um diagnóstico sobre o clima ou moral dos funcionários na organização, propondo estratégias com vistas à elevação da produtividade e qualidade nos processos empresariais. A análise foi realizada com todos os funcionários, totalizando onze indivíduos, através da aplicação de questionário composto de perguntas fechadas, apresentadas em forma de uma escala nominal, estruturados em treze blocos com múltiplas variáveis. Destacando os principais resultados obtidos, conclui-se que o clima da organização é satisfatório, apesar da presença de algumas variáveis que, todavia não chegam a interferir diretamente no desenvolvimento profissional dos avaliados.

Palavras-chave: Clima organizacional, liderança, motivação e relações internas

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ABSTRACT

Nowadays, the companies are concerned in obtaining larger competitiveness and productivity, in this context, with the intention of improving Gráfica Gabriela's organizational climate, because it was observed that some employees demonstrated dissatisfaction behaviors before the organization, it was evaluated as pertinent to accomplish a diagnosis on the climate or moral of the employees in the organization, proposing strategies with views to the elevation of the productivity and quality in the business processes. The analysis was accomplished with all of the employees, totaling eleven individuals, through the questionnaire application composed of closed questions, presented in form of a nominal scale, structured in thirteen blocks with multiple variables. Detaching the main obtained results, it is ended that the climate of the organization is satisfactory, in spite of the presence of some varied that, though they don't get to interfere directly in the professional development of the appraised ones.

Key word: Organizational climate, leadership, motivation and internal

relationships.

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ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1- Idade dos Funcionários

Quadro 2- Tempo de Empresa

Quadro 3- Faixa Salarial

Quadro 4- Qualidade de Vida no Trabalho

Quadro 5- Motivação

Quadro 6- Comunicação

Quadro 7- Liderança

Quadro 8- Imagem da Empresa

Quadro 9- Reconhecimento

Quadro 10- Remuneração / Benefício

Quadro 11- Relações Internas

Quadro 12- Qualificação Profissional

Quadro 13 – Participações em Decisões

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LISTA DE ANEXOS

ANEXO A – Questionário utilizado na pesquisa.............................................................

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SUMÁRIO

.INTRODUÇÃO................................................................................................................

2 - REFERENCIAL TEORICO.....................................................................................

2.1 CLIMA ORGANIZACIONAL...................................................................................

2.2 CULTURA ORGANIZACIONAL .............................................................................

2.3 DIAGNÓSTICO DE CLIMA ORGANIZACIONAL .................................................

2.4 VARIÁVEIS COMPONENTES DE CLIMA .............................................................

2.4.1 LIDERANÇA ...........................................................................................................

2.4.2 COMUNICAÇÃO ....................................................................................................

2.4.3 MOTIVAÇÃO ..........................................................................................................

2.4.4 REMUNERAÇÃO / BENEFÍCIOS .........................................................................

2.4.5 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO ............................................................

2.4.6 QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL .......................................................................

3 – METODOLOGIA ......................................................................................................

3.1 UNIVERSO .................................................................................................................

3.2 DELINEAMENTO DO ESTUDO ..............................................................................

3.3 LIMITAÇÕES DO ESTUDO ......................................................................................

3.4 FASES DO ESTUDO ..................................................................................................

3.5 INSTRUMENTOS .......................................................................................................

3.6 PROCEDIMENTOS ....................................................................................................

3.7 RESUMO ....................................................................................................................

4 – ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS ...............................................................

5 – CONCLUSÃO E SUGESTÃO .................................................................................

6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ....................................................................

ANEXO

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1- APRESENTAÇÃO

Clima organizacional pode ser definido como um conjunto de propriedades

mensuráveis do ambiente de trabalho percebido, direta ou indiretamente, pelas pessoas

que vivem e trabalham num determinado ambiente organizacional e que influencia a

motivação e o comportamento destas. O estudo do clima permite a identificação de

indicadores precisos capazes de subsidiar ações de intervenção, monitoramento e

acompanhamento de melhorias que necessitam ser efetivadas com vistas à promoção do

equilíbrio entre a realização profissional e o desempenho organizacional.

A gestão do clima leva em conta o fato de que canais de comunicação devem ser

ressaltados e valorizados com o intuito de gerar as mudanças necessárias e vencer

resistências para a implementação dos padrões de desempenho esperados para os

funcionários.

Desta forma, esta análise se propôs a realizar um diagnóstico do clima

organizacional da Gráfica Gabriela, com o intuito de identificar as variáveis que

interferem negativamente na percepção do clima da empresa, definindo estratégias que

em seu escopo elevarão a produtividade e qualidade das tarefas executadas e

consequentemente o nível de satisfação dos funcionários em relação ao ambiente

organizacional.

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2 - REFERENCIAL TEORICO

2.1- Clima organizacional – Algumas definições

A gestão de recursos humanos assume papel de fundamental importância para a

promoção da satisfação e comprometimento das pessoas no seu ambiente de trabalho.

Um dos maiores desafios que o administrador deverá enfrentar em seu desempenho

profissional, está em identificar as principais variáveis intervenientes neste processo,

com vistas à implementação de estratégias que objetivem a redução da insatisfação dos

funcionários para com o ambiente organizacional.

Luz (1995, p. 10), citando Barçante e Castro, define clima organizacional como

a atmosfera resultante das percepções que os funcionários têm dos diferentes aspectos

que influenciam seu bem-estar e sua satisfação no dia-a-dia de trabalho. Para Coda

(1993, p.03), clima organizacional é um indicador do grau de satisfação dos membros

de uma empresa, em relação a diferentes aspectos da cultura ou realidade aparente da

organização, tais como, política de RH, modelo de gestão, missão da empresa, processo

de comunicação, valorização profissional e a identificação com a empresa. Chiavenato

(1988) caracteriza-o como o ambiente interno existente entre as pessoas que convivem

no meio organizacional e está relacionado com o grau de motivação de seus

participantes.

Para Souza (1978, p. 37), clima é um fenômeno resultante da interação dos

elementos da cultura organizacional; é uma conseqüência do peso de cada um dos

elementos culturais e seus efeitos sobre os outros dois. Uma excessiva importância dada

à tecnologia, leva a um clima desumano; a pressão das normas cria tensão; a aceitação

dos afeitos, sem descuidar os preceitos e o trabalho, leva ao clima de tranqüilidade e

confiança. Entretanto, Sorio, (2005) descreve clima como a “percepção coletiva que as

pessoas têm da empresa, através da experimentação de práticas, políticas, estrutura,

processos e sistemas e a conseqüente reação a esta percepção”. Ainda segundo este

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autor, o clima é um instrumento voltado para análise do ambiente interno a partir do

levantamento de sua necessidade, objetiva mapear ou retratar os aspectos críticos que

configuram o momento motivacional dos funcionários da empresa através da apuração

de seus pontos fortes, deficiências, expectativas e aspirações. Criando uma base de

informações, identifica e compreende os aspectos positivos e negativos que impactam

no clima e orienta a definição de planos de ação para melhoria do clima organizacional

e, conseqüentemente, da produtividade da empresa.

2.2- Cultura Organizacional

De acordo com Lacombe (2003, p. 354), cultura organizacional é “o conjunto de

valores em vigor numa empresa, suas relações e sua hierarquia, definindo os padrões de

comportamento e de atitudes que governam as ações e decisões mais importantes da

administração”.

Segundo Shate, citado por Bateman e Snell, (1998, p. 258), cultura “é o conjunto

de suposições importantes partilhadas pelos membros da empresa a respeito da

organização, suas metas e práticas. È um sistema de valores partilhados a respeito do

que é importante e de crenças sobre como o mundo funciona”. A cultura de uma

empresa fornece um quadro que organiza e dirige o comportamento das pessoas no

trabalho.

De acordo com Harrison, citado por Chiavenato (1999, p. 138), a cultura

organizacional ou cultura corporativa é “o conjunto de hábitos e crenças estabelecidos

através de normas, valores, atitudes e expectativas compartilhadas por todos os

membros da organização”. Para Schein (1992), seria um padrão de assuntos básicos

compartilhados que um grupo aprendeu como maneira de resolver seus problemas de

adaptação externa e integração interna e, que funciona bem a ponto de ser considerado

válido e desejável para ser transmitida aos novos membros como a maneira correta de

perceber, pensar e sentir em relação àqueles problemas.

Chiavenato (1999, p. 139), destaca que a cultura pode ser “forte ou fraca”;

podendo ser diagnosticada por meio de investigação das declarações de missão, das

práticas empresariais, dos símbolos, dos ritos, cerimônias e histórias. Mas uma cultura

forte é uma grande vantagem competitiva para a organização que encoraja e facilita

forem os apropriados. Ressalta ainda, que a cultura representa o universo simbólico da

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organização e proporciona um referencial de padrões e desempenho entre funcionários,

influenciando a pontualidade, a produtividade e a preocupação com a qualidade e o

serviço ao cliente; em resumo, ela exprime a identidade da organização, as normas

informais e não-escritas que orientam o comportamento das pessoas envolvidas na

organização do dia-a-dia que direcionam suas ações e decisões como planejamento,

organização, direção e controle para que se possa conhecer melhor a organização.

As culturas podem ser adaptativas e não-adaptativas:

Adaptativas: caracterizam-se pela criatividade, inovação e mudança de idéias,

valores, costumes e que podem perder as suas características próprias que as

definem como instituições sociais se não mantiver alguma ligação com o

passado.

Não-adaptativas: caracterizadas pela rigidez, voltadas para a manutenção do

status quo e o conservantismo que permanecem enraizados e que não mudam ao

longo do tempo.

Uma organização altamente mutável e pouco estável tem a mesma

probabilidade de ser extinta, quanto uma organização pouco adaptativa, com

características rígidas e imutáveis.

2.3 – Diagnóstico do clima organizacional

Segundo Litwin e Stinger (1968) a pesquisa de clima é uma valiosa ferramenta

de gestão estratégica, pois além de permitir a análise interna e externa, também

acompanha o estado de satisfação e comprometimento dos colaboradores com a

organização, proporcionando, através de estratégias e ações, o crescimento e

desenvolvimento das pessoas e a máxima produtividade e qualidade, visando à

consecução e a superação dos resultados pré-estabelecidos pela direção. Tem por

objetivo, definir o clima através da medição do grau de motivação dos membros da

mesma organização, ou seja, analisa-se o “estado de saúde” da organização com o

diagnóstico fornecido pela análise de clima, para saber onde é necessário existirem

mudanças.

Para se ter este diagnóstico, é preciso recorrer a um conjunto de técnicas de

investigação para medir as seguintes dimensões de clima:

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a. Estrutura da organização: é o sentimento dos elementos da organização sobre

as restrições da sua situação, regulamentos, regras e formas administrativas;

b. Responsabilidade: é o sentimento de ser o seu próprio patrão e de não ter

dependências quando desempenha as suas funções;

c. Recompensa: é o sentimento de ser recompensado por um trabalho bem feito;

ênfase em incentivos positivos e não em punições; sentimento sobre a justiça da

política de promoção e remuneração;

d. Risco: é o sentimento de risco na tomada de decisões e no desempenho das suas

funções;

e. Calor e apoio: sentimento de camaradagem no grupo;

f. Suporte: é a percepção de suporte vindo de cima (gestores) e de baixo

(subordinados);

g. Stanford: é o grau de importância dada aos objetivos e standard de performance

h. Conflito: é o sentimento de pertença a uma dada organização, uma vez definida

as dimensões que se julgam indispensáveis para medir o clima.

2.3.1 – Variáveis componentes do clima organizacional.

Várias variáveis compõem a estrutura do clima organizacional em uma empresa,

entre elas destacamos:

Liderança

Maximiano (1995), afirma que a liderança é apenas a capacidade de um

indivíduo obedecer outrem, através da influência ou de orientação ao comportamento

alheio. Para Karlof (1994), liderança é um tipo de guia prático, que mostra os pontos a

serem seguidos pelos liderados. Para ser um líder é necessário dar diretrizes, haver

cooperação e que seja fornecida energia necessária para se chegar às metas fixadas. A

liderança parece um guia pelo fato de que existem alguns tipos de passos a serem

seguidos, bastando apenas, cumprir com alguns afazeres dentro do grupo. Ou seja, a

pessoa pode aprender a ser líder e não, necessariamente, ser um líder nato.

Arthur Jago (1982) define liderança como o uso de influências simbólicas e não

coercitivas para dirigir e coordenar as atividades dos membros de um grupo organizado

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para a realização de objetivos do grupo. De acordo com Mintzberg (1973), liderança diz

respeito explicitamente à orientação e à motivação dos funcionários.

Para Lacombe (2003, p. 348), “liderar é conduzir um grupo de pessoas,

influenciando seus comportamentos e ações, para atingir objetivos e metas de interesse

comum ao grupo, de acordo com uma visão do futuro baseada num conjunto coerente

de idéias e princípios”. A importância de uma boa liderança não pode ser subestimada.

Cumpre salientar que o “líder é muito mais necessário nas situações instáveis, pois são

agentes de mudanças”. Influenciam as pessoas por meio do poder que dispõem.

Distinguem-se: o poder legítimo; o poder referente e o poder do saber.

Para Chiavenato (2000, p. 314), liderança é a influência interpessoal exercida em

uma determinada situação e dirigida por meio do processo da comunicação humana à

consecução de um ou mais objetivos específicos. É um fenômeno social que ocorre

exclusivamente em grupos sociais, exercendo algum tipo de influência. Por isso,

conceitua liderança como “a capacidade de influenciar pessoas a fazerem aquilo que

deve ser feito”.

Contudo, convém distinguir liderança como uma qualidade pessoal, combinação

especial de características pessoais que fazem de um indivíduo um líder e, liderança

como função, decorrente da distribuição da autoridade de tomar decisões dentro de uma

empresa. O grau em que o indivíduo demonstra qualidade de liderança depende não

somente de suas próprias características, mas também das características da situação na

qual se encontra.

De acordo com Chiavenato (2000, p. 315) os líderes em geral apresentam os

seguintes estilos:

a. Liderança centrada na tarefa (job centered): liderança preocupada

exclusivamente com o trabalho e em conseguir as coisas sejam feitas de

acordo com os métodos preestabelecidos e com os recursos disponíveis.

È um tipo de liderança autocrática que ao longo do tempo, provoca

insatisfação, redução do ritmo de trabalho, desperdício, rotatividade de

pessoal.

b. Liderança centrada nas pessoas (employee - centered): liderança que

se preocupa com os aspectos humanos, às pessoas, do que o trabalho em

si. Procura a compreensão dos subordinados, tentando manter uma

equipe de trabalho voltada para as metas do que para os métodos, sem

descuidar-se do desempenho esperado. È um tipo de liderança em curto

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prazo que pode promover resultados melhores de eficiência e

produtividade.

Blake e Mouton, citados por Chiavenato (2000, p. 319), elaboraram uma

abordagem sobre liderança, denominada de Grade Gerencial, que mede a preocupação

do administrador com relação às pessoas e com a produção, para que compare a maneira

como está liderando seus subordinados e/ ou como deveria administrá-los.

A abordagem situacional da liderança varia de uma situação para outra, quer

dizer, o líder deve primeiro analisar a situação e depois decidir o que fazer. Para isso,

devem-se considerar três fatores antes de decidir:

a. Forças que atuam no administrador incluem seus valores pessoais, suas

convicções e a confiança nos subordinados;

b. Forças que atuam nos subordinados, referem-se às experiências e ao

conhecimento do emprego, a disposição de realizar uma tarefa e/ ou

assumir responsabilidades ao tomar decisões e aceitação das metas nas

organizações;

c. Forças que atuam na situação, incluem o estilo de liderança valorizado

pela organização, à medida que o grupo trabalha de maneira eficaz, o

tempo em si e a transformação para resolvê-lo.

Comunicação

Davis (1972, p. 317), define comunicação como o “processo de passar

informação e compreensão de uma pessoa para outra”. Bateman e Snell (1998, p.

402) dizem que a comunicação é a “transmissão de informação e significado de uma

parte para outra através da utilização de símbolos partilhados”.

Lacombe e Heilborn (2003, p. 209), ressaltam que a “coordenação deve ser

conseguida pela comunicação, especialmente das relações interpessoais, pois a

comunicação é o principal instrumento da coordenação”. O processo de

comunicação envolve frequentemente a transmissão de conteúdos emocionais ou

intelectuais, sendo que na maioria dos casos ambos estão presentes. Deve envolver

um fluxo de mão dupla, com um emissor e um receptor, em que um recebe a

informação e responde a ela de imediato.

De acordo com Shannon (1949, p. 05) o processo de comunicação é composto

por cinco elementos:

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1- Emissor ou fonte: é a pessoa, coisa ou processo que emite a mensagem para

alguém;

2- Transmissor ou codificador: é o equipamento que liga a fonte ao canal, isto

é, que codifica a mensagem emitida pela fonte para torná-la adequada ao canal;

3 - Canal: é a parte do sistema referente ao transporte de alguma forma de

mensagem entre pontos fisicamente distantes;

4 - Receptor ou decodificador: é o equipamento situado entre o canal e o

destino, isto é, que decodifica a mensagem para o destino, tenta interpretar o

significado;

5- Destino: é a pessoa, coisa para a qual a mensagem é enviada.

A interferência no processo de comunicação é chamada de Ruído ou

interferência; distúrbio que interrompe e interfere na transferência de mensagens.

Uma das formas de se procurar obter a comunicação correta é inserir no processo a

retroinformação, isto é, introduzir o mecanismo de feedback.

A retroinformação (retroação) constitui um elemento importante no sistema de

comunicação, tornando-se bilateral. Quando não há retroinformação, a comunicação

é feita em um só sentido, não havendo retorno para que a fonte possa conhecer o

resultado. Esse processo não garante a eficácia da comunicação.

Barreiras à comunicação: de acordo com Chiavenato (2000), são limitações e

restrições que ocorrem dentro ou entre os processos de comunicação. As

barreiras fazem com que a mensagem enviada e a mensagem recebida e

interpretadas sejam diferentes entre si, como exemplo:

a. Fonte: codificação ineficaz, significados adversos;

b. Transmissão: canal sobrecarregado, prioridades conflitantes;

c. Receptor: má interpretação, desatenção.

Motivação

Para Bateman e Snell (1998) e Schermerhorn (1999), motivação humana refere-

se a forças que energizam, dirigem e sustentam os esforços de uma pessoa. Chiavenato

(1999, p. 88) motivo é “tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada

forma, isto é, que dá origem a um comportamento específico”. Motivação é dada em

Page 19: Modelo Para PI

termos de forças ativas e impulsionadoras traduzidas em palavras como “desejo” e

“receio”; o indivíduo deseja poder, status; receia o ostracismo social, receia mudanças à

sua auto-estima.

O comportamento humano pode ser explicado através do ciclo motivacional,

onde o processo pelo qual as necessidades condicionam o comportamento humano,

levando-o a algum estado de resolução. As necessidades e os motivos não são

estatísticos; pelo contrário, são forças dinâmicas e persistentes que provocam o

comportamento. A necessidade pode ser satisfeita, frustrada ou compensada, porém a

satisfação de alguma necessidade é temporal e passageira, ou seja, a motivação humana

é cíclica e orientada por diferentes necessidades.

Hierarquia das necessidades de Maslow

Maslow (1943) desenvolveu uma teoria da motivação fundamentada numa

hierarquia das necessidades. Segundo ele, a cada momento existe uma necessidade

predominante nos indivíduos, que motiva seu comportamento. Neste caso, os incentivos

por parte da gerência devem, de alguma forma, procurar compatibilidades entre a

satisfação e a necessidade predominante, para que o indivíduo caminhe na direção

desejada pela organização. Uma vez satisfeita aquela necessidade, cessa o potencial

motivador. As necessidades são: fisiológicas, segurança, sociais, estima e auto-

realização.

As necessidades fisiológicas aparecem na base da pirâmide. São as necessidades

básicas para a sobrevivência humana, ou seja, alimento, roupa, repouso, moradia. A

satisfação destas necessidades acontece quando há a integração biopsocossocial do

indivíduo.

A partir do momento em que estas necessidades estiverem satisfeitas, passa a

predominar a de segurança. São as necessidades relacionadas à autopreservação, como

a necessidade de proteção contra o perigo físico e contra a privação dos fatores básicos

de sobrevivência.

Em seguida, passamos a ter a necessidade social. Neste estágio, torna-se

importante a participação e aceitação do indivíduo em grupos sociais, círculos de

amizade. Após a inclusão e aceitação em grupos, passa a ser dominante a necessidade

de estima, que inclui a auto-estima e o reconhecimento por parte dos outros. As pessoas

precisam sentir-se confiantes em si mesmas, capazes de criar novos métodos e técnicas

de sugerir novas formas de ação.

Page 20: Modelo Para PI

Por fim, estando satisfeita a necessidade de estima, começa a predominar a

necessidade de auto-realização. Neste degrau da pirâmide, as pessoas sentem o anseio

de consolidar seus próprios potenciais, sejam quais forem, podendo decorrer ao longo

de sua vida.

Para Maslow as necessidades dos seres humanos obedecem a uma escala de

valores a serem transpostos. Isto significa que no momento em que o indivíduo realiza

uma necessidade, surge outra em seu lugar, exigindo sempre que as pessoas busquem

meios para satisfazê-las.

Teoria dos dois fatores de Herzberg

Herberg (1968) desenvolveu a teoria motivação-higiene, através da qual procurou

demonstrar que a motivação se dá apenas nos últimos degraus da hierarquia das

necessidades humanas. Realizou pesquisas, onde pudesse identificar os fatores que

geravam satisfação e os fatores que geravam insatisfação no trabalho. Com o resultado,

concluiu que os fatores de insatisfação ao trabalho normalmente estavam relacionados

ao ambiente de trabalho, e os fatores de satisfação ao trabalho em si. Então, chamou os

fatores que geravam satisfação de fatores motivadores e aqueles que apenas preveniam a

insatisfação de fatores higiênicos, procurando evidenciar que, no comportamento

humano, o contrário de insatisfação não é necessariamente a satisfação. O contrário de

insatisfação seria nenhuma insatisfação e o contrário de satisfação nenhuma satisfação.

Remuneração

Para Lacombe (2003, p. 275), remuneração é a “soma de tudo o que é

periodicamente pago aos empregados por serviços prestados”. Dessler (1997, p.

421), remuneração é o “processo que envolve todas as formas de pagamento ou de

recompensas dadas aos funcionários e decorrentes do seu emprego”. Para Shermerhorn

(1999) a recompensa é um aspecto importante da administração de Rh e envolve a

criação e a implementação de resultados positivamente valorizados no trabalho.

Para Milkovich (1994, p. 541), a remuneração inclui “retornos financeiros e

serviços tangíveis, além de benefícios aos empregados como parte das relações de

emprego”. Bateman e Snell (1998, p. 292), afirma que para uma empresa conquistar

vantagem competitiva sobre os concorrentes, deve “ter um propósito estratégico de

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atrair, motivar e reter as pessoas. Além das leis que regulam a compensação, várias

decisões devem ser tomadas na escolha do plano de pagamento adequado”. Três tipos

de decisões são cruciais pra um plano de salário eficaz:

a. O nível de salário: refere-se à escolha em ser uma empresa que remunera com

base em salários altos, médios ou baixos;

b. A estrutura do salário: é a escolha de como estabelecer preços para diferentes

funções da organização. Funções similares em valor geralmente são agrupadas

em famílias de funções.

c. O salário individual: refere-se a diferentes taxas de pagamentos para funções de

valor similar dentro da mesma família.

Dentre dessas decisões, Bateman (1998) definiu algumas bases para a remuneração,

onde as empresas privadas, públicas e sem fins lucrativos, remuneram seus funcionários

por hora, o chamado pagamento por trabalho horista. Esses funcionários cuja

remuneração é calculada com base semanal, quinzenal ou mensal, sendo classificados

como assalariados. Os horistas normalmente são pagos apenas pelo número de horas

trabalhadas. Os mensalistas, ao contrário, em geral recebem o mesmo salário pelo

período de pagamento, podendo às vezes trabalhar um pouco mais em um dado período.

Benefícios

Segundo Milkovich (2000, p. 439), benefícios são os “aspectos indiretos da

remuneração total dos empregados”. Eles incluem remuneração fora do trabalho,

pagamento de seguro e assistência médica, serviços aos empregados e renda de

aposentadoria.

Para Bohlander e Snell (2003, p. 310) os benefícios constituem uma forma indireta

de remuneração destinada a aprimorar a qualidade de vida profissional e pessoal dos

funcionários. Estes representam 40% dos custos totais com a folha de pagamento das

empresas, pois são considerados direitos reivindicados por todos os funcionários,

tornando uma das áreas da legislação trabalhista e de litígio que mais crescem.

O benefício obrigatório por lei, encarado como encargo social, dentre os quais, 13°

salário; férias remuneradas; abono de férias; repouso semanal remunerado; contribuição

para instituições ou associações; salário-família; salário-maternidade; vale-transporte,

entre outros. Se o benefício não é obrigatório, é concessão da empresa ou acordo

sindical. Nesses casos incluem as gratificações de vários tipos, seguro de vida em grupo,

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seguro saúde, licença remunerada em caso de doença, cesta básica, bolsa de estudo entre

outros. A cultura da empresa e a competitividade do mercado de trabalho determinam,

em grande parte, os benefícios a serem oferecidos. Estes são indispensáveis para manter

os empregados satisfeitos com a organização. (Lacombe, 2003, p. 276)

Qualidade de Vida no Trabalho

Surgiu com a preocupação voltada para a organização do trabalho, agregando

princípios da Administração Científica, onde empresas se preocupam com a satisfação

do trabalhador na execução de suas tarefas, como requisito para atingirem altos índices

de produtividade. Pois o conceito engloba, além dos atos legislativos que protegem o

trabalhador, o atendimento a necessidades e aspirações humanas, calcado na idéia de

humanização do trabalho e na responsabilidade social da empresa. (Fernandes, 1996, p.

40).

Cleo Carneiro, citado por Fernandes, (1996, p. 38) afirma que:

A qualidade de vida no trabalho é ouvir as pessoas e utilizar ao máximo sua potencialidade. Ouvir é procurar saber o que as pessoas sentem, o que as pessoas querem, o que as pessoas pensam...e utilizar ao máximo sua potencialidade é desenvolver as pessoas, e procurar criar condições para que as pessoas, em se desenvolvendo, consigam desenvolver a empresa.

Para Bergeron, também citado por Fernandes, (1996, p. 43),

A qualidade de vida no trabalho consiste na aplicação concreta de uma filosofia humanista pela introdução de métodos participativos, visando modificar um ou vários aspectos do meio ambiente de trabalho, a fim de criar uma nova situação mais favorável à satisfação dos empregados e à produtividade da empresa.

Fernandes (1990, p. 45) a QVT seria a gestão dinâmica e contingencial de fatores

físicos, tecnológicos e sócio-psicológicos que afetam a cultura e renovam o clima

organizacional, refletindo-se no bem-estar do trabalhador e na produtividade das

empresas. Veio apenas sistematizar e enfatizar pesquisas e estudos sobre a satisfação e a

motivação no trabalho.

Em síntese, a QVT como linha de pesquisa, orienta-se em direção a melhorias na

eficácia organizacional, tendo como pré-requisito a satisfação do indivíduo através da

participação nas decisões, bem como de condições favoráveis em seu trabalho.

Page 23: Modelo Para PI

Qualificação Profissional

Segundo Bohlander e Snell (2003) o termo treinamento muitas vezes é usado de

forma casual para descrever praticamente qualquer esforço da empresa para estimular o

aprendizado de seus membros. O objetivo deste é contribuir para a realização das metas

gerais da empresa. Luz (1995) avalia as oportunidades que os trabalhadores têm de se

qualificar, se atualizar, se desenvolver profissionalmente.

Para Milkovich (2000, p. 338) “Treinamento é um processo sistemático para

promover a aquisição de habilidades, regras, conceitos ou atitudes que resultem em uma

melhoria da adequação entre as características dos empregados e as exigências dos

papéis funcional”.

Lacombe (2003, p. 270) define treinamento como “qualquer atividade que

contribua para tornar uma pessoa apta a exercer sua função ou atividade, aumentar sua

capacidade para suas funções atuais ou prepará-la para novas funções”. Não é algo que

se faça uma vez para novos empregados: é usado continuamente nas organizações bem

administradas. Cada vez que você mostra uma pessoa como ela deve fazer o trabalho, dá

uma orientação ou discute um procedimento, você está treinando.

A razão pelas quais as empresas treinam é para proporcionar ao empregadas

novas habilitações ou melhorar as que ele já possui. Ele deve, portanto, produzir mais e

melhor para a empresa, proporcionando um retorno ao investimento que a empresa fez o

treinamento. Podem-se avaliar os tipos de treinamento quanto à forma de execução e

quanto ao público-alvo.

Quanto à forma de execução:

a. Treinamento no trabalho (on-the-job): é aquele que ocorre no dia-a-dia da

pessoa;

b. Orientação da chefia: treinamento que ocorre cada vez que o chefe orienta

seu subordinado;

c. Administração por metas: estabelecimento de metas periódicas, seu

acompanhamento e possíveis revisões em reuniões programadas com a

chefia;

d. Rotação de funções (job rotation): transferência de pessoal de uma função

para outra.

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Quanto ao público-alvo:

O treinamento pode ser dividido em integração de novos empregados; formação

de traineers; capacitação técnico-profissional e desenvolvimento de executivos.

2.4 - Resumo

Este capítulo explorou o referencial teórico concernente ao tema proposto nesse

estudo, objetivando subsidiar não só a construção de instrumento de coleta de campo,

bem como as análises relativas aos resultados obtidos.

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3- METODOLOGIA

Este capítulo tem por objetivo detalhar a metodologia utilizada para este

estudo, seguindo a orientação de bibliografia relativa à metodologia científica, tal como

Babbi (1999), entre outros, objetivando deste modo, delinear a sua proposta de

execução.

3.1. Universo

A pesquisa foi realizada com os funcionários da Gráfica Gabriela,

abrangendo a totalidade de seus funcionários, ou seja, os onze funcionários da mesma,

representando todos os seus níveis hierárquicos.

3.2 Delineamento do Estudo

De acordo com Cervo (1983), a estrutura metodológica de um trabalho

científico pode ser norteada de diversas formas, quando se opta pelo uso de

metodologias que requeiram o desenvolvimento de estudos baseados em informações a

serem obtidas por intermédio do levantamento de campo. Deste modo, neste estudo

serão utilizados:

* Pesquisa indireta/ bibliográfica: Realizada mediante a análise de livros, periódicos e

outros, essenciais para amparar o referencial teórico do estudo.

* Pesquisa Survey (levantamento de dados): De acordo com (Babbie, 1999, P. 85) um

survey (levantamento de dados) pode ser executado quando se pretende descrever,

explicar e explorar dados com a finalidade de tornarem-se fontes permanentes de

informações.

Avaliou-se que tal método seria apropriado para a realização dessa

análise, por oferecer alguns benefícios, entre as quais destacamos: maior taxa de

respostas, redução da quantidade de respostas do gênero “não sei” e “sem resposta”,

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maior compreensão dos itens presentes no questionário, além permitir observar as

reações dos respondentes enquanto o entrevistador efetua as perguntas (Silva, 2004)

3.3. Limitações do estudo

Esta análise restringiu-se em executar um estudo de caso na referida gráfica, na

cidade de Belém-Pa.

3.3.1 - Generalização: Conforme a literatura referente à metodologia de pesquisa (Gil,

1996, p. 121) em estudos deste porte, as generalizações a serem realizadas devem

observar a pouca expressão da amostra analisada.

3.4 - Fases do estudo

Este análise obedeceu às seguintes fases relatadas a seguir:

a)- Levantamento bibliográfico: Nesta etapa coletou-se os dados que auxiliaram a

construção dos instrumentos de campo e subsidiaram a análise e discussão dos

resultados obtidos.

b)- Coleta de dados: Realizada através da aplicação de questionários, composto de

questões fechadas, apresentados em forma de escala nominal, do tipo likert. Este

processo foi executado de uma única vez, conforme acordo pré-estabelecido com os

respondentes em consonância com sua disponibilidade de tempo. Realizou-se um

estudo-piloto, com o objetivo de exercitar os procedimentos relacionados ao trabalho de

coleta de campo, permitindo localizar e discutir quaisquer entraves que pudessem

influenciar os resultados.

c)- Organização, tratamento, análise e apresentação dos dados: As informações

coletadas em campo foram digitadas e analisadas através do Programa Excel , que

viabilizaram o processo de análise estatística, permitindo subseqüentemente trabalhar as

prováveis relações entre as variáveis presentes no instrumento. Empregaram-se os

recursos de estatística descritiva e análise inferência.

3.5. Instrumentos

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O questionário empregado neste estudo baseou-se em instrumento desenvolvido

por Luz (1999) e que compreende um conjunto de treze blocos que se subdividem em

grupos de múltiplas variáveis, tendo por objetivo captar a percepção dos envolvidos em

relação ao processo motivacional no trabalho. Empregou-se uma escala do tipo Likert,

ordenando as variáveis predeterminadas de acordo com certas características.

3.5 Detalhamento do instrumento de coleta de campo

O instrumento empregado nesta análise encontra-se constituído de um

questionário a fim de subsidiar a entrevista aplicada, estruturado em dois níveis, a saber:

o primeiro objetivou mapear o perfil dos funcionários da Gráfica Gabriela, levantando

dados relativos ao cargo ocupado, tempo de serviço na empresa, idade, estado civil,

grau de instrução entre outros. O segundo, investigou a percepção dos funcionários em

relação ao clima organizacional da empresa em análise. O questionário apresenta-se

dividido em treze blocos, a saber:

BLOCO I – Condições /Ambiente de Trabalho: averigua a percepção dos

funcionários em relação às condições físicas, aos instrumentos e equipamentos e a todo

o suporte necessário para a realização dos trabalhos. Busca-se também conhecer a

satisfação do funcionário em seu setor atual e a pretensão de trabalhar em outro setor.

BLOCO II – Qualidade de vida no trabalho: investiga a percepção dos respondentes

relativos aos aspectos ligados à saúde ocupacional e bem estar dos funcionários.

BLOCO III – Motivação: investiga-se a satisfação, o empenho do superior em

melhorar a motivação dos funcionários, o bem-estar dos funcionários.

BLOCO I V – Comunicação: verifica o grau de satisfação quanto à forma e os canais

de comunicação utilizados pela empresa.

BLOCO V - Liderança: verifica o grau de satisfação dos funcionários quanto à

capacidade técnica, humana e administrativa dos gestores da empresa.

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BLOCO VI – Imagem da empresa: avalia a opinião dos funcionários sobre como a

empresa é vista pelo mercado.

BLOCO VII – Valorização / Reconhecimento: procura identificar se os funcionários

possuem oportunidades de crescimento profissional, se existe reconhecimento pelos

trabalhos bem executados e, se vêem probabilidade de crescimento profissional.

BLOCO VIII – Remuneração / Benefício: analisa o grau de satisfação dos

funcionários em relação a práticas de trabalho e política de remuneração, incluindo os

benefícios oferecidos pela empresa.

BLOCO IX – Relacionamento interpessoal: verifica o grau de confiança entre o

funcionário e seu superior.

BLOCO X – Qualificação profissional: avalia o estilo de treinamento utilizado para o

aperfeiçoamento dos funcionários da empresa

3.6. Procedimentos

Após contato com a administração da empresa, onde se esclareceu o objetivo da

análise, destacando sua importância para a melhoria da gestão de recursos humanos,

assim como para a promoção da satisfação e comprometimento das pessoas com o

trabalho, foi dado inicio ao processo de coleta de dados, ocorrendo da seguinte forma:

a. Os funcionários foram abordados no seu turno de trabalho (manhã e tarde);

b. Realizou-se uma pequena explicação do que consistia o conteúdo do

questionário e qual seria o destino das informações obtidas. Imediatamente

distribuíram-se os questionários que após o preenchimento, foram recolhidos

para posterior análise.

3.7. Resumo

Apresentaram-se neste capítulo aspectos metodológicos que nortearam este

exame, além de relatar os procedimentos adotados para o tratamento e análise dos dados

obtidos.