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Modelo metodológico para Avaliação Ambiental Integrada e as suas potencialidades para a conservação de peixes em Minas Gerais Paulo dos Santos Pompeu [email protected] www.dbi.ufla.br/ecopeixes

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Modelo metodológico para Avaliação Ambiental Integrada e as suas potencialidades para a conservação de peixes em Minas Gerais

Paulo dos Santos Pompeu [email protected] www.dbi.ufla.br/ecopeixes

Impactos sobre a comunidade de peixes não são triviais

Não envolvem apenas as espécies migradoras........

....mas também inúmeras espécies que dependem do sistema lótico.

Nossas ações para a conservação da ictiofauna tem se baseado em peixamentos, regulamentação da pesca e construção de passagens para peixes.

Mas o declínio dos estoques e o estado precário de conservação de várias espécies tem indicado que estas estratégias não tem sido satisfatórias.

Na raiz do problema, está o licenciamento e análise de empreendimentos individualmente, sem se considerar a situação dos demais empreendimentos localizados na bacia e o status de conservação da bacia como um todo.

AAI

Instrumento

de Avaliação Integrada

AAE

Instrumento de Planejamento e de Avaliação

ZEE

Base de Dados do Macrodiagnóstico

Neste contexto, a Avaliação Ambiental Integrada (AAI) tem muito a contribuir.....

Mas o que é AAI?

Objetivo Geral

Contribuir para a definição de áreas estratégicas para o desenvolvimento

sustentável de Minas Gerais e para a orientação dos investimentos do

Governo e da sociedade civil segundo as particularidades regionais.

Zoneamento Ecológico Econômico MG

Componentes da Carta de Vulnerabilidade Natural

• Vulnerabilidade a erosão;

• Vulnerabilidade do Solo;

• Vulnerabilidade da água;

• Vulnerabilidade do clima;

• Vulnerabilidade da Flora;

• Vulnerabilidade da Fauna;

Zoneamento Ecológico Econômico MG

Carta de Vulnerabilidade Natural

Zoneamento Ecológico Econômico MG

Componentes da Carta de Potencialidade Social

• Potencialidade Produtiva;

• Potencialidade Humana;

• Potencialidade Natural;

• Potencialidade Institucional.

Zoneamento Ecológico Econômico MG

Carta de Potencialidade Social

Zoneamento Ecológico Econômico MG

Índice Ecológico Econômico

ZEE = potencialidade social x vulnerabilidade natural

Descrição ZONAS

Terras de baixa vulnerabilidade em locais de alto potencial social ZEE 1

Terras de alta vulnerabilidade em locais de alto potencial social ZEE 2

Terras de baixa vulnerabilidade em locais de médio potencial social ZEE 3

Terras de alta vulnerabilidade em locais de médio potencial social ZEE 4

Terras de baixa vulnerabilidade em locais de baixo potencial social ZEE 5

Terras de alta vulnerabilidade em locais de baixo potencial social ZEE 6

Zoneamento Ecológico Econômico MG

Índice Ecológico Econômico

Zoneamento Ecológico Econômico MG

Objetivo Geral

Apoiar as decisões que visam à expansão da geração de energia

hidrelétrica em Minas Gerais com sustentabilidade ambiental e social.

Avaliação Ambiental Estratégica

Aspectos

IA

IBSE

IA - Índice Ambiental IBE – Índice de Beneficio Energético IBSE - Índice de Benefício Socioeconômico

máximo de geração hidrelétrica X

mínimo de efeitos negativos ao meio ambiente e a sociedade.

•Impactos ambientais •benefícios econômicos •potência elétrica

Crescimento sustentável.

Avaliação Ambiental Estratégica

Avaliação Ambiental Integrada

O que é Avaliação Ambiental Integrada (AAI)?

É uma ferramenta para subsidiar a definição de diretrizes e orientações para

o planejamento e a implementação de ações para uma determinada

região.

POMPEU, P. S. ; AGOSTINHO, A. A. ; PELICICE, F. M. . Existing and future challenges: the concept of successful fish passage in South America. Rivers Research and Applications (Print), v. 28, p. 504-512, 2012.

Objetivo Geral

Identificar e avaliar os efeitos sinérgicos e cumulativos resultantes dos

impactos ambientais e socioeconômicos ocasionados pelo conjunto de

empreendimentos em planejamento, construção e operação em uma bacia

hidrográfica.

Avaliação Ambiental Integrada

Critérios de avaliação dos efeitos Cumulativos e Sinérgicos

• Alteração no transporte de sedimentos nos cursos d'água;

• Alteração da qualidade de água dos corpos hídricos;

• Alteração da diversidade e abundancia da biota aquática;

• Interferência sobre a fauna de peixes migradores;

• Interferências com Áreas Protegidas (UCs);

• Perda de Cobertura Vegetal (carbono, controle de erosão, microclima);

• Risco de Desestruturação de redes comunitárias de agricultura familiar;

• Perda de Terras para Agropecuária;

• Potencialização dos conflitos sociais;

• Desarticulação da Base Territorial;

• Alteração da Arrecadação Tributária;

• Melhoria do Sistema de Controle de Cheias.

Avaliação Ambiental Integrada

Metodologia de Integração

Componente Solo

Componente Recursos Hídricos

Componente Sócio Econômico

Componente Biodiversidade

Sistema de Informação Geográfico

Componente da Biodiversidade

O que é Componente da Biodiversidade?

Os impactos potenciais sobre a biodiversidade aquática e terrestre foram

abordados na integração do Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado e a

Avaliação Ambiental Estratégica como um dos fatores condicionantes dos

impactos sobre a biodiversidade que podem advir do estabelecimento de

empreendimentos hidrelétricos em MG. Para caracterizar este fator foram

considerados aspectos relativos à biota terrestre e a biota aquática,

principalmente a ictiofauna, existentes na área a ser afetada diretamente pelo

empreendimento hidroelétrico.

Mapa de impactos potenciais sobre biodiversidade

Componente da Biodiversidade

Cenário do rio Tijuco - Barragem Mosquito

• Município de Ituitaba;

• Área do município de 2.596 (ha);

• População de 96.122 Habitantes;

• Bacia do rio Paranaíba;

• UPGRH PN3;

• Simulação com barragem de 20 metros;

• Área do Lago estimada de 5,360 Km²;

O que é feito para cada barragem?

Cenário do rio Tijuco - Barragem Mosquito

Cenário do rio Tijuco - Barragem Mosquito

Cenário do rio Tijuco - Barragem Mosquito

Cenário do rio Tijuco - Barragem Mosquito

Cenário do rio Tijuco - Barragem Mosquito

Interseção do lago com a camada de Unidade de Conservação

Cenário do rio Tijuco - Barragem Mosquito

Interseção do lago com a camada de Vulnerabilidade da Ictiofauna

Cenário do rio Tijuco - Barragem Mosquito

Interseção do lago com a camada de Vulnerabilidade Natural

Cenário do rio Tijuco - Barragem Mosquito

Interseção do lago com a camada de DNPM

Possíveis impactos em DNPM

Cenário do rio Tijuco - Barragem Mosquito

Interseção do lago com a camada de Mapeamento da Cobertura Vegetal

Possíveis impactos na Cobertura Vegetal

Possíveis impactos na Cobertura Vegetal

Avaliação Ambiental Integrada

Avaliação Ambiental Integrada

Avaliação Ambiental Integrada

Avaliação Ambiental Integrada

Bacia do rio Santo Antônio

Mapa da Biodiversas de proteção da Ictiofauna

17 – Lagoas do Parque do rio Doce; 16 – Manhuaçu; 15 – Baixo rio Doce; 14 – Suaçui-Grande; 13 – Santo Antônio a montante de Salto Grande;

Mapa da Biodiversas de proteção da Ictiofauna

UHE – Salto Grande

Dourado - Salminus maxillosus

Exemplares da ictiofauna ameaçadas de extinção

Surubim do Doce - S.doceanum

Andirá – Henochilus wheatlandi

Pirapetinga – Brycon opalinus

Áreas Prioritarias para conservação da Ictiofauna na bacia do rio Santo Antônio

Áreas selecionadas por Vieira (2006) como prioritárias para a conservação na bacia do Santo Antônio.

Potencial Energético da Bacia do Rio Doce 100,00

85,58

14,42

5,05

100

72,11

27,88 27,88

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

90,00

100,00

Bacia do Rio Doce Bacia do Rio Doce sem SantoAntonio

Bacia do Rio Santo Antônio Bacia do Rio Santo Antônio amontante de Salto Grande

Potencial Energético

Potencial Energético com Conflito

Comparativo do potencial energético

Será que perdendo uma pequena parte da geração potencial poderíamos garantir a

preservação de boa parte das espécies nas bacias de Minas?

Ainda é possível, no futuro......

Obrigado!

Paulo Pompeu [email protected] www.dbi.ufla.br/ecopeixes