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Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento Acadêmico de Mecânica Coordenação de Estágio Relatório Final de Estágio Engenharia Mecânica GESTÃO DE MANUTENÇÃO AGRÍCOLA Banca: Prof. Davi Fusão Prof. Luciano Augusto Lourençato Prof. Felipe Barreto Campelo Cruz Realizado por: Klaus Kreusch 915416 Ponta Grossa, 22 de maio de 2013

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Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Departamento Acadêmico de Mecânica

Coordenação de Estágio

Relatório Final de Estágio – Engenharia Mecânica

GESTÃO DE MANUTENÇÃO AGRÍCOLA

Banca: Prof. Davi Fusão

Prof. Luciano Augusto Lourençato

Prof. Felipe Barreto Campelo Cruz

Realizado por:

Klaus Kreusch

915416

Ponta Grossa, 22 de maio de 2013

TERMO DE APROVAÇÃO

do

ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO

por

Klaus Kreusch

A Defesa Final desse Estágio Curricular Obrigatório foi realizada 10 de junho de

2013 como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia

Mecânica. O candidato foi arguido pela Banca Examinadora composta pelos

professores abaixo assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou o

estágio aprovado.

__________________________________ ____________________________________ Prof. Dr. Eng. Davi Fusão Prof. Dr. Luciano Augusto Lourençato

Prof. Orientador Membro Titular

____________________________________ ____________________________________

Prof. Dr. Eng. Felipe Barreto Campelo Cruz Prof. Dr. Thiago Antonini Alves Coordenador de Estágios dos Cursos de Coordenador do Curso de Engenharia Mecânica Engenharia Mecânica e de Engenharia de UTFPR/Campus Ponta Grossa

Produção Mecânica

- O Termo de Aprovação assinado encontra-se na Coordenação do Curso -

Ministério da Educação

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Ponta Grossa

Coordenação de Engenharia Mecânica

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Tratorcase ............................................................................................. 05 Figura 2 – Oficina. .................................................................................................. 06 Figura 3– Oficina. ................................................................................................. 06 Figura 4 – Oficina. .................................................................................................. 07 Figura 5 – Trator Farmall. ...................................................................................... 08 Figura 6 – Trator Maxxum 125. .............................................................................. 09 Figura 7– Trator Maxxum 165. .............................................................................. 10 Figura 8 – Trator Puma 225 ................................................................................... 10 Figura 9 – Trator Magnum. ................................................................................... 11 Figura 10 – Plantadeira. ......................................................................................... 12 Figura 11– Colheitadeira 2688 . ............................................................................. 12 Figura 12 – Colheitadeira 7120. ............................................................................. 13 Figura 13 – Plataforma 3020.................................................................................. 14 Figura 14 – Patriot 250. ......................................................................................... 15 Figura 15– Patriot 350 . ......................................................................................... 15 Figura 16 – Fluxograma de manutenção ............................................................... 16 Figura 17 – Instalação da turbina. .......................................................................... 17 Figura 18 – Manômetro. ......................................................................................... 18 Figura 19– Fluxômetro .......................................................................................... 19 Figura 20– Ferramenta de regulagem de válvulas . ............................................... 20 Figura 21 – Válvulas do motor. .............................................................................. 21

SUMÁRIO 1. IDENTIFICAÇÃO................................................................................01 2. RESPONSABILIDADE PELAS INFORMAÇÕES..............................02 3. INTRODUÇÃO....................................................................................03 4. DESCRIÇÃO DA EMPRESA.............................................................04 4.1 EQUIPAMENTOS E MÁQUINAS COMPERCIALIZADOS PELA

TRATORCASE .................................................................................07 4.1.1 Trator Farmall.................................................................................07 4.1.2 Trator Maxxum...............................................................................08 4.1.3 Trator Puma...................................................................................10 4.1.4 Trator Magnum...............................................................................11 4.1.5 Plantadeiras...................................................................................11 4.1.6 Colheitadeiras................................................................................12 4.1.7 Plataformas....................................................................................13 4.1.8 Pulverizadores...............................................................................14 5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS.......................................................16 5.1 MANUTENÇÃO DE TRATORES E COLHEITADEIRAS...................16 6. ÁREA DE IDENTIFICAÇÃO COM O CURSO...................................33 7. RESULTADOS...................................................................................35 8. CONCLUSÃO.....................................................................................36 9. REFERÊNCIAS..................................................................................37

1

1. IDENTIFICAÇÃO

Nome do estagiário: Klaus Kreusch R.A: 915416 Instituição de Ensino: Universidade Tecnológica Federal Do Paraná Curso: Engenharia Mecânica Período: 10 Email estagiário: [email protected]

Título do relatório: Manutenção Agrícola Local de realização do estágio: Tratorcase máquinas agrícolas S/A Nome supervisor: Walter Marcio de Andrade Cargo supervisor: Coordenador Manutenção Email supervisor: [email protected] Período do estágio: 14 de janeiro de 2013 a 24 de maio 2013 Duração total do período: 4 meses.

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2. RESPONSABILIDADE PELAS INFORMAÇÕES

ALUNO:

Eu, Klaus Kreusch, estudante do Curso Superior de Engenharia Mecânica na

Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Ponta Grossa, sob número de

matrícula 915416, portador do RG nº. 97909440 declaro estar ciente da veracidade das

informações contidas neste relatório referente às atividades de estágio desenvolvidas

na empresa Tratorcase máquinas agrícolas S/A.

________________________________

Klaus Kreusch

SUPERVISOR:

Eu, Walter Marcio de Andrade, gestor de projetos, onde ocupo o cargo de

Coordenador de Manutenção do setor de manutenção agrícola, supervisor do estagiário

de Klaus Kreusch, afirmo que todas as informações contidas neste relatório são

verdadeiras e responsabilizo-me pelas mesmas.

____________________________

Walter Marcio de Andrade

Coordenador de Manutenção

3

3. INTRODUÇÃO

As atividades de estágio foram desenvolvidas na área de manutenção corretiva

e preventiva. Onde foram realizadas atividade de manutenção de equipamentos

agrícolas.

As máquinas agrícolas são responsáveis pelo plantio e colheita da safra de

grãos. Para isto, a máquina deve sempre estar em manutenção contínua.

Em qualquer caso, a manutenção tem como finalidade precípua conservar o equipamento, maquinário, instrumento e eventualmente prédios e fornecimento de utilidades em condições satisfatórias, para permitir a fabricação de artigos ou produtos cujo resultado final nada mais é que o lucro proveniente do trabalho executado. (NEPOMUCENO, 1999, p.14).

As ferramentas utilizadas para a manutenção são de diversos tipos com

diversas aplicações, todas fornecidas pela Tratorcase.

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4. DESCRIÇÃO DA EMPRESA

A Tratorcase Máquinas Agrícolas S/A é uma concessionária autorizada de

compra, venda e manutenção de máquinas e equipamentos agrícolas. Nesta estão

incluídas colheitadeiras, tratores, plantadeiras, pulverizadores e outros equipamentos.

As máquinas ou equipamentos são fabricados na CNH, Case New Holand, em Curitiba

e em São Paulo.

Quando uma máquina quebra ou estraga em período de safra, o dono da

máquina tem enorme pressa para concertar a mesma, pois a demora de concerto da

máquina acarreta um grande tempo de máquina parada.

Enquanto a máquina está parada, a colheita também esta parada. Os grãos já

estão maduros para serem colhidos, e com uma chuva neste intervalo de máquina

parada o produtor pode perder grande parte desses grãos, e com isso muito dinheiro.

A Tratorcase faz a venda destas máquinas, e com isso também, por um ano

oferece a garantia das mesmas. Qualquer problema que aparecer na máquina, no

período de garantia, a Tratorcase faz o concerto sem custo. Após este primeiro ano é

de escolha do cliente o local onde é feito a manutenção da máquina.

A manutenção da Tratorcase é bem ágil e de boa qualidade. Quando acontece

uma falha ou quebra da máquina, a tratorcase quando responsável pelo concerto da

máquina se compromete em deixar a máquina pronta para trabalhar novamente em

um tempo máximo de 24 horas, com isto conquista a confiança dos clientes, dando

uma maior segurança aos mesmos.

A Tratorcase tem 5 concessionárias distribuídas no Paraná, localizadas em Ponta

Grossa, Lapa, Arapoti, Mauá da Serra e Guarapuava. A unidade de Ponta Grossa está

representada na Fig. 1 a seguir.

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Figura 1. Tratorcase

Fonte: Tratorcase Máquinas Agrícolas

O estágio foi realizado no setor de manutenção agrícola, que é realizado na

oficina mecânica em Ponta Grossa ou no campo onde a máquina ou equipamento está

trabalhando. Isto ocorre quando a máquina ou equipamento esta sendo utilizado no

pico de produção, na época de colheita ou na época de plantio. Uma parte da oficina

está mostrada nas Fig. 2, 3 e 4.

6

Figura 2. Oficina Fonte: Tratorcase Máquinas Agrícolas

Figura 3. Oficina Fonte: Tratorcase Máquinas Agrícolas

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Figura 4. Oficina Fonte: Tratorcase Máquinas Agrícolas

4.1 EQUIPAMENTOS E MÁQUINAS COMERCIALIZADOS PELA TRATORCASE.

A tratorcase trabalha com venda e manutenção de diversos tratores. Dentre os

quais:

4.1.1 Trator Farmall

O modelo Farmall é um trator pequeno que pode ser utilizado para diversos

serviços leves, seus modelos são: Farmall 60 com potência nominal de 58 cv (cavalo

vapor), Farmall 80 com potência nominal de 80 cv e Farmall 95 com potência nominal

de 95 cv. O trator Farmall é mostrado na Fig. 5 a seguir.

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Figura 5. Trator Farmall

Fonte: Tratorcase Máquinas Agrícolas

4.1.2 Trator Maxxum

O trator Maxxum é um trator para serviços leves e moderados. Seus modelos são:

Maxxum 110, com 110 cv (81 kW) de potência nominal, Maxxum 125 com 125 cv (92

kW) de potência nominal. Um trator Maxxum 125 é mostrado na Fig. 6 a seguir:

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Figura 6. Trator Maxxum 125 Fonte: Tratorcase Máquinas Agrícolas

Maxxum 135 com 141 cv (104 kW) de potência nominal, Maxxum 150 com 149

cv (110 kW) de potência nominal, Maxxum 165 com 168 cv (123 kW) de potência

nominal, Maxxum 180 com 180 cv (132 kW) de potência nominal. O Maxxum 165 está

mostrado na Fig 7 a seguir:

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Figura 7. Trator Maxxum 165

Fonte: Tratorcase Máquinas Agrícolas

4.1.3 Trator Puma

O trator Puma é um trator para serviços moderados ou pesados. Os modelos do

Puma são: Puma 205 com 197 cv de potência nominal, o Puma 225 com 235 cv de

potência nominal. O modelo 225 é mostrado na Fig. 8 a seguir.

Figura 8. Trator Puma 225

Fonte: Tratorcase Máquinas Agrícolas

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4.1.4 Trator Magnum

O trator Magnum é um trator destinado a serviços pesados. Os modelos do

Magnum são: Magnum 235 com 235 cv de potência nominal, Magnum 260 com 260 cv

de potência nominal, Magnum 290 com 290 cv de potência nominal, Magnum 315 com

315 cv de potência nominal, Magnum 340 com 340 cv de potência nominal. O trator

Magnum é mostrado na Fig. 9 a seguir.

Figura 9. Trator Magnum Fonte: Tratorcase Máquinas Agrícolas

4.1.5 Plantadeiras

A Tratorcase trabalha com venda e manutenção de plantadeiras de diversos tipos

e tamanhos. A Fig. 10 mostra um tipo de plantadeira.

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Figura 10. Plantadeira Fonte: Tratorcase Máquinas Agrícolas

4.1.6 Colheitadeiras

A Tratorcase trabalha com colheitadeiras de grãos de varios tamanhos, são eles:

Modelo 2566 com 260 cv de potência, modelo 2688 com 284 cv de potência, modelo

2799 com 330 cv de potência. Uma colheitadeira do modelo 2688 é mostrada na Fig.

11 a seguir.

Figura 11. Colheitadeira 2688 Fonte: Tratorcase Máquinas Agrícolas

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Colheitadeira modelo 7120 com 388 cv de potência, modelo 8120 com 426 cv de

potência. Uma colheitadeira do modelo 7120 é mostrada na Fig. 12 a seguir.

Figura 12. Colheitadeira 7120

Fonte: Tratorcase Máquinas Agrícolas

4.1.7 Plataformas

A Tratorcase trabalha com plataformas para colheita de milho, soja, feijão, trigo e

aveia. Os modelos são: plataforma flexível 3020 com larguras de 20, 25, 30 ou 35 pés

(1 pé equivale a 0.3048 metros), modelo 2162 Draper de largura de 35 ou 40 pés. Uma

plataforma flexível 3020 é mostrada na Fig. 13 a seguir.

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Figura 13. Plataforma 3020. Fonte: Tratorcase Máquinas Agrícolas

4.1.8 Pulverizadores

A tratorcase trabalha com pulverizadores do tipo Patriot. Os modelos são Patriot

250 com 158 cv de potência, tanque com capacidade de 2500 litros, comprimento de

barra de 24 e 27 m mostrado na Fig. 14. Modelo Patriot 350 com 200 cv de potência,

tanque com capacidade de 3500 litros, comprimento de barra de 30 m mostrado na Fig.

15.

15

Figura 14. Patriot 250 Fonte: Tratorcase Máquinas Agrícolas

Figura 15. Patriot 350

Fonte: Tratorcase Máquinas Agrícolas

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5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

5.1 MAUTENÇÃO DE TRATORES E COLHEITADEIRAS

Foi realizada a manutenção corretiva e preventiva de várias máquinas e

equipamentos. Um fluxograma resumido está demonstrado na Fig. 1 a seguir.

Figura 16. Fluxograma de manutenção Fonte: Autoria própria

- Instalação de turbinas em tratores Farmall 80.

O trator Farmall 80 não vem com o turbocompressor instalado no motor,

diferentemente dos tratores de maior potência. Como o trator Farmall 80 é um trator

com somente 80 cv de potência nominal, muitos clientes que possuem este trator

sentem a necessidade de um trator com uma maior potência. Por isso eles

encaminham o trator para a Tratorcase para instalação do turbocompressor, que

aumenta a potência do motor do mesmo, mantendo uma melhor rotação quando o

trator está submetido a grandes forças.

O Turbocompressor já vem com todas as partes necessárias para instalação da

turbina, algumas delas são: Mangueiras de passagem de ar, tubo silencioso,

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embraçadeiras, juntas, parafusos, porcas, mangueira de retorno de óleo, entre outros.

Um turbocompressor é demonstrado na Fig. 17 abaixo.

Figura 17. Instalação da turbina. Fonte: Autoria própria.

- Medição de Pressão do óleo

É feita a medição da pressão de óleo do sistema hidráulico dos tratores em caso

de algum problema hidráulico, quando o braço hidráulico do trator está fraco, lento,

muito rápido, ou com mau funcionamento. A medida é feita colocando um manômetro

adequado na linha do fluxo de óleo do trator. O trator deve estar ligado e com o fluxo

de óleo ativado para que ocorra a circulação do óleo. Cada linha de pressão exige um

determinado manômetro, pois há diferentes pressões no sistema do trator, e um

manômetro muito fraco se colocado num fluxo de óleo com uma maior pressão ele

pode ser danificado. A medição é demonstrada na Fig. 18 a seguir.

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Figura 18. Manômetro

Fonte: Autoria própria.

Para verificação de algum vazamento de óleo e para medir a vazão do fluxo de

óleo é utilizado o fluxômetro. Esse fluxômetro é conectado nas tomadas do óleo

hidráulico e o trator então é ligado e o fluxo é acionado. O óleo passa pelo fluxômetro

que mede o seu fluxo e retorna novamente para o trator. Com esse fluxo contínuo, o

óleo vai aquecendo e com isso mudando sua viscosidade, ficando mais fácil de vazar,

pode se então verificar se o sistema apresenta vazamentos. O fluxômetro é mostrado

na Fig. 19 abaixo.

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Figura 19. Fluxômetro Fonte: Autoria própria.

- Regulagem de Válvulas

É realizada a regulagem das válvulas do trator, de admissão e exaustão. Cada

motor tem um modo de regulagem das válvulas, que depende do número de cilindros

que o motor possui. Na Tratorcase se trabalha com motores de 3, 4 e 6 pistões. A

regulagem é feita com uma ferramenta com várias espessuras de lâminas, de 0,05,

0,10, 0,15, 0,20, 0,25, 0,30, 0,35, 0,40, 0,45, 0,50, 0,55, 0,60, 0,65, 0,70, 0,75, 0,80,

0,85, 0,90, 0,95 e 1,0 mm para vários tipos de motores. Esse instrumento é mostrado

na Fig. 20 abaixo.

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Figura 20. Calibrador de lâminas Fonte: Autoria própria.

A regulagem é bem complexa e difícil de ser realizada. De forma resumida a

regulagem de válvulas consiste em abrir a tampa do cabeçote do motor para que se

possa trabalhar com as válvulas, passar a ferramenta de regulagem de válvulas nas

válvulas, e se tiver a ferramenta tiver passando com folga ou muito apertada deve se

fazer o ajuste no parafuso que fixa a válvula.

Deve se fazer este procedimento com todas as válvulas, mas cada motor tem a

sua própria ordem de válvulas, e deve se virar o motor algumas vezes durante o

processo de regulagem, para mudança de posição das válvulas. A Fig. 21 abaixo

mostra um processo de regulagem de válvulas.

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Figura 21. Válvulas do motor Fonte: Autoria própria.

- Troca do pacote de discos da embreagem

É realizada a troca dos discos do pacote da embreagem. Os discos da

embreagem se desgastam com o mau uso da embreagem ou com o uso muito

frequênte da mesma. Com isto as marchas engatam com dificuldade, ou a embreagem

fica pesada. A troca é complexa e demorada. Deve-se abir o trator ao meio, desmontar

várias partes, para poder tirar o pacote da embreagem para a troca. A Fig. 22 mostra a

troca de embreagem de um trator.

22

Figura 22. Troca do pacote de embreagem.

Fonte: Autoria própria.

- Tomada de força

É realizada a manutenção da tomada de força do trator. Essa manutenção é

realizada quando o trator apresenta algum ruído indesejável. Para se fazer o

diagnóstico do problema deve-se desmontar o trator até encontrar o problema. A Fig.

23 mostra uma tomada de força de um trator.

23

Figura 23. Tomada de Força.

Fonte: Autoria própria.

- Troca de motor

Quando uma máquina, trator ou colheitadeira apresenta alguma falha no motor é

realizada a retirada do motor para a manutenção. Quando o cliente está trabalhando

com a máquina, e tem pressa do concerto do motor para voltar a trabalhar o motor com

defeito é substituído por outro motor, enquanto o primeiro é reparado. A Fig. 24 mostra

um motor novo que será instalado em uma máquina.

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Figura 24. Motor de colheitadeira

Fonte: Autoria própria.

- Medição da compressão do bico injetor

Quando o motor da máquina está muito fraco, perde potência, não apresenta bom

desempenho, faz-se a medição de compressão em todos os bicos injetores do motor.

O processo ocorre retirando um bico de cada vez e colocando um bico especial

conectado a um medidor com uma mangueira. É dada a partida do motor e é medida a

taxa de compressão do motor nesse bico injetor.

- Bomba hidráulica (Bomba Hidro)

A bomba hidráulica é responsável por toda parte hidráulica da colheitadeira. Ela

que alimenta todo o sistema hidráulico da colheitadeira. Na Tratorcase é realizada a

manutenção da bomba hidráulica que é demonstrada na Fig. 25.

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Figura 25. Bomba Hidro Fonte: Autoria própria.

- Caixa de câmbio

A caixa de câmbio da colheitadeira é um conjunto mecânico responsável pela

transmissão do motor para as rodas. Ela é responsável por fazer as marchas da

colheitadeira, e nela também estão contidos os freios. A manutenção ocorre quando

acontece alguma quebra de engrenagem da caixa, ou algum vazamento no freio, ou

ruído indevido na caixa. Uma caixa de engrenagens é demonstrada na Fig. 26 a seguir.

26

Figura 26. Caixa de câmbio

Fonte: Autoria própria.

A desmontagem da caixa cosiste na remoção da tampa, remoção dos pacotes de

engrenagens, e em seguida a remoção e abertura do diferencial. Mesmo que já tenha

se encontrado alguma engrenagem danificada fora do diferencial, é recomendável que

se abra o diferencial para ter certeza de que ele esteja em ordem. Para se montar a

caixa de câmbio deve se realizar a pré-carga em cada pacote de engrenagens, para

ver quantos calços serão necessários em cada pacote.

Os freios antes de serem desmontados são testados com ar comprimido para

verificar se estão com vazamento, devido algum corte do anel de vedação pela limalha

resultante da quebra do dente da engrenagem que pode estar no freio. Se não houver

vazamento, não há necessidade de se desmontar os freios. A Fig. 27, 28 e 29 mostram

as partes de uma caixa de engrenagens.

27

Figura 27. Remoção dos pacotes de engrenagens

Fonte: Autoria própria.

Figura 28. Abertura do diferencial

Fonte: Autoria própria.

28

Figura 29. Diferencial aberto

Fonte: Autoria própria.

- Caixa do rotor

É realizada também a manutenção da caixa do rotor da colheitadeira. A caixa do

rotor é responsável por rodar o rotor que faz a função de debulha na colheitadeira. Nela

que se comanda a velocidade do rotor. A caixa do rotor é demonstrada na Fig. 30 a

seguir.

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Figura 30. Caixa do rotor

Fonte: Autoria própria.

- Diferencial do Trator

É feita a manutenção do diferencial do trator. Deve se desmontar o diferencial do

trator e ver o que necessita ser reparado. Na hora de remontar o diferencial, deve se

usar um relógio comparador para medir a folga entre os dentes das engrenagens. Um

diferencial de um trator é demonstrado na Fig. 31 a seguir.

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Figura 31. Diferencial do trator

Fonte: Autoria própria.

- Cárter

É realizada a manutenção do cárter do trator. Trocando a junta quando há

vazamento, ou o retentor que pode estar provocando vazamento. O cárter é

demonstrado na Fig. 32 a seguir.

31

Figura 32. Cárter

Fonte: Autoria própria.

- Disco de freio

É realizada a troca do disco de freio do trator. O problema é identificado quando o

óleo do trator começa a apresentar limalha. Isto pode ser um sinal de disco de freio

gasto. O disco de freio é demonstrado na Fig. 33 a seguir.

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Figura 33. Disco de freio Fonte: Autoria própria.

Foram realizadas também outras atividades, como revisões, onde se realiza a

troca de óleos, filtros, regulagem de válvulas; retrabalhos; reforços de plataforma;

entregas técnicas; relatórios técnicos; revisão pré entrega; entre outros serviços.

33

6. ÁREA DE IDENTIFICAÇÃO COM O CURSO

O estágio se identificou muito com o curso de Engenharia Mecânica, várias

disciplinas estudadas foram envolvidas na realização do estágio, são elas:

Hidráulica e pneumática, medindo pressão do óleo, usando pneumática

para aperto de parafusos, calibração de pneus, estudando o

funcionamento do sistema hidráulico, etc.

Soldagem; o processo de soldagem é bastante utilizado na oficina, para

soldar chapas, fazer reforços, arrumar ferramentas, arrumar peças, entre

outras coisas. A oficina possui aparelho de solda com eletrodo revestido e

aparelho de solda MIG.

Mecânica dos fluidos; utilizado no estágio quando se trata de densidade

dos fluidos, como óleo, aditivos, combustíveis, etc.

Máquinas Térmicas; utilizado no estágio quando se trata de motores a

diesel, como funcionam na prática, regulagem de válvulas, etc.

Máquinas de fluxo; utilizado no estágio quando se trata de instalação de

turbina no motor, efeito que causa no trator, como se instala, as suas

funções no motor, etc.

Transferência de calor; quando se trata da transferência de calor que

acontece nos motores, através de aletas.

Refrigeração; quando se trata do ar condicionado utilizado nas cabines

dos tratores e colheitadeiras, evaporador, condensador, válvula

termostática.

Gestão da manutenção; quando se trata da importância de se fazer a

manutenção nos equipamentos, como fazer e as vantagens em se fazer a

manutenção.

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Termodinâmica; quando se trata do comportamento dos fluidos quando

submetidos a certa temperatura, motor de combustão interna.

Computação; quando se trata da calibração do painel do trator ou

colheitadeira, calibração das marchas, velocidade do braço hidráulico.

Mecanismos; quando se trata do funcionamento dos mecanismos, graus

de liberdade, limites.

Segurança no trabalho: quando se trata da importância do uso dos EPI’s,

cuidado redobrado com a segurança na hora de realizar as tarefas, na

realização do estágio.

Elementos de máquinas 1 e 2; quando se trata de transmissão de

engrenagens, correntes, correias, parafusos, porcas, rolamentos, etc.

Metrologia; quando se trata de medir peças com paquímetro, micrômetro,

relógio de precisão.

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7. RESULTADOS

Conseguiu-se bastante conhecimento prático com a realização da

manutenção dos equipamentos. Com os equipamentos montados, fechados, não tem

como visualizar seu funcionamento. Já com o equipamento desmontado, fica bem mais

fácil visualizar seu princípio de funcionamento.

Teve-se um melhor conhecimento da ferramentaria utilizada na reparação ou

manutenção dos equipamentos. A empresa utiliza ferramentas bem práticas com

grande aplicação.

Outro aspecto positivo do estágio foi a equipe de mecânicos que auxiliou na

manutenção compartilhando o conhecimento e experiência. Foi importante também

conhecer os equipamentos agrícolas, suas funções.

O estágio contribuiu para o entendimento do funcionamento e finalidade dos

equipamentos agrícolas.

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8. CONCLUSÃO

O presente estágio foi desenvolvido em uma concessionária de máquinas

agrícolas, com diversos modelos e equipamentos agrícolas.

É importante realizar a manutenção, pois se ela não for realizada o

equipamento pode parar de funcionar. A manutenção preventiva, ou seja, troca do óleo

do motor, óleo hidráulico, filtros de óleo, combustível, filtro de ar, troca de óleo dos

cubos das rodas, regulagem das válvulas, é importante ser feita no primeiro ano depois

da compra, pois nesse primeiro ano o equipamento ainda esta na garantia.

As atividades de manutenção realizadas desenvolveram o conhecimento prático

do que foi estudado em sala de aula. Com o estágio tem se um aprofundamento nas

disciplinas estudadas de forma prática.

Com as atividades realizadas pode se ver que tanto a prática quanto a teoria são

essenciais para a formação profissional, visto que ambas se complementam. Na prática

é possível visualizar de fato como acontece algum problema e como funcionam os

componentes. Nesses momentos, a teoria estudada é importante para fundamentar as

ações realizadas na prática. Sendo assim, considero o estágio fundamental para

aproximar teoria e prática.

A prática completa a teoria e vice versa. Muita coisa que foi vista no estágio não

foi analisada na teoria, como também muito coisa que foi estudada na teoria completou

o que foi visto no estágio, e deu maior facilidade para o entendimento de alguns casos.

37

9. REFERÊNCIAS

TRATORCASE (Org). Máquinas Agrícolas. Disponível em: http://www.tratorcase.com.br/ Acesso em 15 maio 2013. NEPOMUCENO, L, X. Técnicas de manutenção preditiva. São Paulo: Edgard Blücher LTDA, 1999.