modelo de prova 2

6
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - USP Av. Prof. Lineu Prestes, 159 (Casa de Cultura Japonesa) - Sala 05 Cidade Universitária – São Paulo-SP CEP: 05508-000 EXAME DE PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA FRANCESA Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - USP Departamentos de: (DL) Lingüística; (DLCV) Letras Clássicas e Vernáculas; (DLO) Letras Orientais; (DTLLC) Teoria Literária e Literatura Comparada São Paulo, 17 de abril de 2009 Nome:_________________________________________________ PROVA A Mestrado Doutorado Instruções Só é permitido o uso de dicionários-livros monolíngues. A prova tem 2 (duas) horas de duração. Ao final da prova, os candidatos devem entregar aos examinadores todas as folhas do exame com as respostas transcritas à tinta nesta folha de gabarito. Os resultados serão enviados pelo Centro de Línguas às secretarias de Pós-Graduação dos respecti- vos Departamentos da Faculdade de Letras - USP. QUESTÃO Nº RESPOSTA 01 02 03 04 05 06 07 08 Questão 01: No trecho abaixo, como são consideradas as autografias:

Upload: tiago-barcelos

Post on 06-Nov-2015

4 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Modelo de Prova 2

TRANSCRIPT

  • Faculdade de Filosofia, Letras e Cincias Humanas - USPAv. Prof. Lineu Prestes, 159 (Casa de Cultura Japonesa) - Sala 05

    Cidade Universitria So Paulo-SPCEP: 05508-000

    EXAME DE PROFICINCIA EM LNGUA FRANCESA

    Faculdade de Filosofia, Letras e Cincias Humanas - USP

    Departamentos de:

    (DL) Lingstica;

    (DLCV) Letras Clssicas e Vernculas;

    (DLO) Letras Orientais;

    (DTLLC) Teoria Literria e Literatura Comparada

    So Paulo, 17 de abril de 2009

    Nome:_________________________________________________ PROVA A

    Mestrado Doutorado

    Instrues

    S permitido o uso de dicionrios-livros monolngues.

    A prova tem 2 (duas) horas de durao.

    Ao final da prova, os candidatos devem entregar aos examinadores todas as folhas do exame com

    as respostas transcritas tinta nesta folha de gabarito.

    Os resultados sero enviados pelo Centro de Lnguas s secretarias de Ps-Graduao dos respecti-

    vos Departamentos da Faculdade de Letras - USP.

    QUESTO N RESPOSTA0102030405060708

    Questo 01: No trecho abaixo, como so consideradas as autografias:

  • La notion dethos telle que la conoit lanalyse de discours permet daborder sous un angle nouveau lacatgorie discursive de l autographie (ce nologisme renvoie lide dune criture qui met en scnele moi sans recruter forcment du bio ). Lautographie gagne tre considre comme le lieu privilgide llaboration dune image de soi et de ce fait comme lexpression dun positionnement dans unecommunaut.

    (a) como apenas uma categoria discursiva biogrfica que implica na noo de ethos;(b) como apenas um neologismo que coloca em jogo a biografia atravs da elaborao das imagens de

    si e do outro;(c) como apenas uma forma de escritura que focaliza a categoria discursiva do outro atravs de seu

    ethos;(d) como uma categoria discursiva, lugar privilegiado da elaborao de uma imagem de si e assim

    como a expresso de um posicionamento em uma comunidade;(e) como apenas um neologismo que implica a noo de ethos para a comunidade discursiva.

    Questo 02: No trecho abaixo, y refere-se:

    Nous prendrons lexemple de discours autographiques considrs par la tradition comme canoniques pourexaminer lethos qui sy construit : les Confessions, les Dialogues, Rousseau juge de Jean-Jacques et lesRveries de Rousseau.

    (a) obra completa de Rousseau;(b) aos textos citados;(c) aos discursos autogrficos;(d) tradio;(e) ao ethos.

    Questo 03: No trecho abaixo podemos dizer que :

    Ainsi, lauteur Rousseau est confront la ncessit de tenir compte dun ethos pralable pour viterdtre discrdit : limage quil dploie de lui-mme dans ses autographies soppose la ralit dunhomme parfaitement accultur, habitu des cercles mondains car, dans une perspective ditoriale, il doitmettre en avant une figure de philosophe , indpendant des salons et des circonstances.

    (a) a necessidade de um ethos prvio evita que Rousseau seja desacreditado numa perspectiva editorial,pois a imagem de filsofo que ele prprio faz de si contrria de um homem perfeitamenteaculturado que freqenta o mundo dos sales e no pensa nas circunstncias;

    (b) a presena de um ethos necessria para evitar que Rousseau seja descredenciado como filsofoaculturado nos crculos mundanos e nos sales, pois independentemente das circunstncias, numaperspectiva editorial, ele faz de si uma imagem despojada;

    (c) para o autor, Rousseau no um filsofo aculturado e habituado aos crculos mundanos e isso odesacreditaria, numa perspectiva editorial, diante de um ethos prvio independente dos sales e dascircunstncias;

    (d) enquanto filsofo, o ethos anterior de Rousseau perfeitamente aculturado e habituado aoscircuitos mundiais e por isso no pode ser desacreditado numa perspectiva editorial, nem mesmonos sales, nem em quaisquer circunstncias;

    (e) Rousseau numa perspectiva editorial deve ressaltar a figura do filsofo, independente dos sales edas circunstncias a fim de evitar que ele prprio seja desacreditado; em sua obra a imagem que fazde si contrria de um homem perfeitamente aculturado e habituado aos crculos mundanos.

  • Questo 04: No trecho abaixo celle na expresso celle de la psychologie e celui nasexpresses celui dun fou e celui du rhteur habile referem-se respecticvamente:

    Dans les Confessions, les Dialogues et les Rveries, Rousseau rpte sa revendication dfendre uneimage de sa personne si bien que le lecteur y voit soit un acharnement pathologique - la perspectiveadopte est alors celle de la psychologie - soit des variations rhtoriques sur un mme thme. Dans cesecond cas, lethos montr nest pas celui dun fou mais celui du rhteur habile.

    (a) perspectiva adotada e ao ethos; (b) imagem e ao louco;(c) variao retrica e a Rousseau;(d) a sua pessoa e ao reitor;(e) reivindicao e ao leitor.

    Questo 05: No trecho abaixo:

    Que la trompette du jugement dernier sonne quand elle voudra, je viendrai, ce livre la main, meprsenter devant le souverain juge. Je dirai hautement : Voil ce que jai fait, ce que jai pens, ce que jefus. Jai dit le bien et le mal avec la mme franchise. Je nai rien tu de mauvais, rien ajout de bon ; et silmest arriv demployer quelque ornement indiffrent, ce na jamais t que pour remplir un videoccasionn par mon dfaut de mmoire. Jai pu supposer vrai ce que je savais avoir pu ltre, jamais ceque je savais tre faux. Je me suis montr tel que je fus : mprisable et vil quand je lai t ; bon,gnreux, sublime, quand je lai t : jai dvoil mon intrieur tel que tu las vu toi-mme. tre ternel,rassemble autour de moi linnombrable foule de mes semblables ; quils coutent mes confessions, quilsgmissent de mes indignits, quils rougissent de mes misres. Que chacun deux dcouvre son tour soncur au pied de ton trne avec la mme sincrit, et puis quun seul te dise, sil lose : je fus meilleur quecet homme-l. (Rousseau 1959 : 5)

    (a) Rousseau afirma que no julgamento final entregar ao Ser supremo sua obra Confessions a fim deLhe mostrar exatamente quem foi, visto que nela declara de forma franca o que fez, o que pensou,sem nada omitir e sem nada acrescentar. Ao final do trecho citado, roga que seja reunido a seussemelhantes para que eles entreguem seus coraes com a mesma sinceridade e julguem, seousarem, que foram melhores que ele;

    (b) Rousseau pede que ao soar a trombeta divina do julgamento final, ele seja enaltecido por sua obraConfessions, pois foi um homem bom, generoso e sublime, s vezes louco, mas que ousou seconfessar entre gemidos diante de todos, tornando-se por isso um homem melhor;

    (c) Rousseau diz que quando se apresentar diante de seu Soberano com o livro Confessions entre asmos, ser franco e dir o que tem que ser dito, de bem e de mal. Rogar que o renam a homenscomo ele: bons, generosos e sublimes para que todos possam ouvi-lo confessar, entre gemidos, suasmisrias e se envergonhem de sua sinceridade;

    (d) Rousseau afirma que se apresentar ao Soberano quando bem lhe aprouver, para dizer o que fez, oque pensou e quem foi na obra Confessions. Que no fez nada de mal, nem foi falso, arrogante ouindiferente. Pelo contrrio, foi generoso, bom e sublime quando pde diante do trono, sendo sinceroe um homem melhor ao reconhecer a misria alheia;

    (e) Rousseau afirma que quando soar a trombeta do juiz ser sincero ao declarar sua inocncia.Justifica-se dizendo que no tem culpa de ser indiferente e de no ter boa memria, mas que no falso ou desprezvel. Acredita que aos ps da tribuna ser visto como : generoso e bom com seussemelhantes; diante dela confessar suas misrias para que ao menos um de seus semelhantes possadizer, se ousar, que foi melhor que aquele homem.

  • Questo 06: No trecho abaixo, o autor do texto afirma que:

    Dans les Dialogues, le paratexte montre un auteur qui se plaint de ntre lu que comme homme de lettresalors quil chercherait entrer en relation avec un lecteur pour le convaincre de son innocence.

    (a) nos Dialogues, o paratexto mostra um autor que se lamenta de no ser lido como um homem deletras e que tentaria ento entrar em relao com o leitor para convenc-lo de sua inocncia;

    (b) nos Dialogues, o paratexto mostra um autor que no se lamenta reivindicando ser um homem deletras e que tentaria ento entrar em contato com o leitor a fim de convenc-lo de sua inocncia;

    (c) Para o texto dos Dialogues, o autor no lamenta se tornar um homem de letras enquanto tentaentrar em contato com o leitor para convenc-lo de sua inocncia;

    (d) nos Dialogues, o paratexto mostra que para um autor lamentar que seu ethos diferente daquele deum homem de letras, ele no deveria por conseguinte entrar em relao com o leitor paraconvenc-lo de sua inocncia;

    (e) nos Dialogues, o paratexto mostra um autor que lamenta ser lido apenas como um homem de letrasembora tivesse procurado estabelecer uma relao com o leitor para convenc-lo de sua inocncia.

    Questo 07: No trecho abaixo dont, lui, lui e dont referem-se respectivamente :

    Rousseau attend de son ami une raction sur la chose mme dont il est question dans les Dialogues : il luidemande de participer au procs qui lui serait fait dans la ralit et dont son ouvrage, en prsentant savraie nature, donnerait le tmoignage.

    (a) mesma, a Rousseau, ao amigo, a Rousseau;(b) coisa, a Rousseau, ao amigo, natureza;(c) reao, ao amigo, a Rousseau, realidade;(d) reao , ao amigo, ao processo, ao testemunho de Rousseau;(e) coisa, ao amigo, a Rousseau, a Rousseau .

    Questo 08: De acordo com este trecho:

    Dans les Rveries, un ethos montr et un ethos thmatis se superposent pour donner corps auphilosophe. Cette dernire autographie parat reflter une volution historique qui a conduit intrioriser la controverse pour conduire la forme de la mditation (Declercq 1999). La distinctionentre ethos montr et ethos thmatis nest pas trs nette dans une criture la premire personne dansla mesure o locuteur et nonciateur figur sont superposables.

    (a) Em Revries existe um ethos mostrado e um tematizado que se sobrepem ao corpo do filsofo naltima das autografias, na qual a escritura em primeira pessoa conduz separao do locutor e doenunciador figurado;

    (b) Em Revries, a escritura em primeira pessoa na qual locutor e enunciador figurado sosobreponveis no permite evidenciar nitidamente um ethos mostrado e um ethos tematizado; estesse sobrepem para compor o filsofo;

    (c) Em Revries, um ethos mostrado e um tematizado se colocam de forma superior para dar corpo aofilsofo a fim de possibilitar uma escritura em primeira pessoa que leve o enunciador e o locutor ameditar de forma controvertida;

    (d) Em Revries, um ethos mostrado e um ethos tematizado se interpem para encorpar o filsofo quenecessita paradoxalmente - da distino destes entes sobrepostos e da composio do enunciadorcom o locutor na escritura em primeira pessoa para figurar a controvrsia;

    (e) Em Revries um ethos mostrado e um ethos tematizado se opem ao locutor e ao enunciador queno permitem que o filsofo aparea na escritura em primeira pessoa, visto que se sobrepem aosdemais ethos.

  • Questo 09 : Traduza o seguinte trecho:

    La distinction entre ethos montr et ethos thmatis permet de faire apparatre que les autographies deRousseau ne relvent ni dune quelconque tentative de dire sa vrit , ni de la mobilisation mondainede schmes rhtoriques prouvs, mais participent de ldification de la postrit du grand auteur. A lathmatisation dun ethos de philosophe dans les deux premires autographies succde, commelaboutissement dune patiente construction, la monstration du philosophe dans les Rveries. Cettedernire autographie est celle qui, travers la convergence du dit et du dire, parvient le mieux faireuvre.

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________

  • GABARITO DO EXAME DE PROFICINCIA EM LNGUA FRANCESA

    FACULDADE DE LETRAS17 DE ABRIL DE 2009

    EXAME A01. D02. C03. E04. A05. A06. E07. C08. B