modelo de implementação humanitude igm portugal
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METODOLOGIA GINESTE-MARESCOTTI:
CUIDAR EM HUMANITUDE
PROPOSTA DE IMPLEMENTAO
Institutos Gineste-Marescotti (IGM)
Site: www.humanitude.pt
Instituto Gineste-Marescotti Portugal (IGMP)
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METODOLOGIA GINESTE-MARESCOTTI:
CUIDAR EM HUMANITUDE
Institutos Gineste-Marescotti (IGM)
Site: www.humanitude.pt
Instituto Gineste-Marescotti Portugal (IGMP)
Proposta de implementao da Metodologia de
Cuidados Gineste-Marescotti e Filosofia de
Cuidados Humanitude.
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NDICE
INTRODUO 4
1 O PROJECTO 5
1.1 OBJECTIVOS 5
1.2 PR-REQUISITOS 5
2 PROCESSO DE IMPLEMENTAO 6
2.1 A FORMAO HUMANITUDE 7
2.1.1 Objectivos Gerais 7
2.1.2 Destinatrios, horas e local de Formao 7
2.1.3 Programa e Metodologia da Formao 8
2.1.4 Resultados expectveis 8
2.2 ACOMPANHAMENTO DA IMPLEMENTAO 9
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 10
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METODOLOGIA DE CUIDADOS GINESTE-MARESCOTTI
PROPOSTA DE IMPLEMENTAO
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INTRODUO
cada vez mais relevante a preocupao das instituies pela qualidade dos
servios prestados, sendo num futuro prximo uma imposio legal a implementao de
sistemas de gesto de qualidade nas instituies prestadoras de servios sociais. Esta
preocupao advm no s da necessidade de melhorar a eficincia e equidade dos
servios prestados, mas tambm de assegurar a satisfao dos clientes, cidados,
entidades financiadoras, assumindo a sua responsabilidade social. Citando Moniz
(2007) os cidados e a sociedade, em geral, esperam respostas sociais disponveis e
acessveis a todos os que delas carecem e que tenham capacidade para resolver os seus
problemas, isto , com qualidade.
A Metodologia de Cuidados Gineste-Marescotti, suportada pela filosofia
Humanitude, tem produzido mudanas assinalveis na cultura vigente nos
estabelecimentos de sade onde foi implantada (Pilette, Patenaude e Bruneau, 2004;
Luquel, 2008). Esta metodologia baseando-se em princpios filosficos antropolgicos e
humanistas promove o respeito pela pessoa cuidada e proscreve intervenes em fora
ou os cuidados ou intervenes no-consentidos. Como alternativa fornece tcnicas que
profissionalizam e facilitam a relao entre o cuidador e a pessoa cuidada, favorecendo
o estabelecimento de uma verdadeira relao de confiana (baseada em laos e afectos e
no no poder e autoridade), e assim promovendo o bem-estar da pessoa cuidada, por ser
bem tratada, e do cuidador, por estar a prestar um cuidado de excelncia. (Phaneuf,
2007; Gineste e Pellisier, 2007; Simes, Rodrigues e Salgueiro, 2008; Simes,
Rodrigues e Salgueiro, 2011).
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PROPOSTA DE IMPLEMENTAO
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1 O PROJECTO
Implementar a Metodologia de Cuidados Gineste-Marescotti e a filosofia de cuidados
Humanitude, tornando a sua instituio numa unidade Humanitude.
1.1 OBJECTIVOS
Ajudar a adoptar uma cultura baseada numa filosofia de cuidados de acordo com os
desejos dos clientes, as evolues dos papis dos cuidadores e as expectativas da
sociedade;
Ajudar os cuidadores a adquirir uma metodologia de cuidados que situa cada
interveno na linha filosfica da Humanitude;
Melhorar a relao cuidador pessoa cuidada;
Prevenir ou pacificar os Comportamentos de Agitao Patolgica (CAP) manifestados
pelos clientes.
1.2 PR-REQUISITOS
A implementao da Metodologia de Cuidados Gineste-Marescotti, pela mudana
cultural que implica, necessita de um acompanhamento activo e empenho da equipa de
gesto. Para o sucesso do projecto indispensvel que:
1) Pelo menos o responsvel do projecto frequente a primeira formao e esteja
presente na formao especfica ao grupo de apoio;
2) A direco esteja de acordo com o projecto e que apoie a gesto na persecuo
deste projecto;
3) 50% a 75% dos colaboradores que se relacionem com os clientes recebam
formao, para que esta metodologia de cuidados possa realmente ser
implantada nas prticas, e no seja somente apangio de alguns cuidadores. No
final deve atingir 100% do pessoal, seja por formao ou contaminao positiva.
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2 PROCESSO DE IMPLEMENTAO
A implementao da MGM: Cuidar em Humanitude, como todos os processo de
mudana, implica o envolvimento de todos os colaboradores e desenvolve-se numa base
temporal que poder durar meses ou alguns anos, consoante as caractersticas e
necessidades da instituio. Com vista a optimizar o processo de implementao desta
Metodologia, a IGM Portugal prope um programa de formao coerente e completo
que pode ser enriquecido por diferentes formaes especificas e/ou pontuais, intra ou
inter-estrutura.
O IGM Portugal prope que processo de implementao da Metodologia de Cuidados
Gineste-Marescotti decorra em 3 fases:
ACTIVIDADES DURAO
PR-ETAPA
Consonncia de expectativas e requisitos:
Reunio com administrao;
Nomeao de responsvel de projecto1;
Nomeao de grupo de apoio2;
2:00 horas
FASE I A Formao Humanitude 5 dias
Nvel 1 Aco de Sensibilizao sobre o projecto para
colaboradores no-formandos
Uma Manh
ou
Uma Tarde
Nvel 2 Sesses de formao de uma primeira equipa
de cuidadores grupo de 12
4 Dias
(seguidos ou em duas
sesses de dois dias)
FASE III A consolidao Humanitude
Nvel 1 Formao do Grupo de Apoio 1 Dia
Nvel 2 Formaes Especificas consoante necessidades
formativas identificadas. Varivel
FASE IV Acompanhamento da Implementao 3 Meses 1 A pessoa responsvel pelo projecto, nomeada pela instituio, coordenar a organizao da formao, definindo datas e mtodo de seleco de formandos Humanitude. 2 O grupo de apoio dever ser composto por uma equipa multidisciplinar que inclua membros da direco, enfermeira, mdico, uma AAM (Assistente operacional), fisioterapeuta, psiclogo, etc. com o limite mximo de 8
pessoas.
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2.1 A FORMAO HUMANITUDE
O IGM Portugal oferece um plano de formao, adaptado s especificidades de cada
instituio, para facilitar a implementao da Metodologia de Cuidados Gineste-
Marescotti: Cuidar em Humanitude.
2.1.1 Objectivos Gerais
Compreender o que a Filosofia de Humanitude (os seus quatro pilares
principais: olhar, palavra, o toque, a verticalidade), as suas implicaes ticas e
tcnicas na realizao dos cuidados em geral e em particular nos cuidados a
pessoas vulnerveis, idosas e com perdas cognitivas.
Prestar cuidados segundo os princpios da MGM, aplicando as suas tcnicas.
Adquirir e/ou desenvolver competncias (cognitivas, psico-afectivas, tcnico-
profissionais), que permitem aos profissionais cuidar em Humanitude,
melhorando ou mantendo a sade e qualidade de vida das pessoas cuidadas e
preservando a sua prpria sade e profissionalismo.
2.1.2 Destinatrios, horas e local de Formao
Uma sesso de formao-aco est planeada para uma equipa de 12
cuidadores, no mximo;
A formao dirigida a todos os profissionais, de todas as disciplinas, que
desempenhem funes que directa ou indirectamente se relacionem com os
clientes;
Uma sesso dura um total de 32 horas repartidas em 4 dias consecutivos;
A formao realizada na instituio requerente adaptada s condies e
recursos existentes.
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2.1.3 Programa e Metodologia da Formao
De Segunda a Quinta-Feira (9h 17h1):
organizada em grupos de 12 cuidadores, no mximo;
A formao associa a abordagem terica (Filosofia de Cuidados da Humanitude)
e aplicao em condies reais de cuidados (Metodologia de Cuidados Gineste-
Marescotti). Ela tem em conta os recursos humanos e materiais da estrutura,
ocupando-se das pessoas consideradas como as mais difceis de cuidar ou
relacionar.
Primeiro dia: Exposio de contedos, projeces de vdeos/filmes em sala de
formao.
Segundo dia e seguintes:
Manh: Os cuidados s pessoas mais dependentes so assegurados pelo grupo, i.e.
toilete, mobilizao, instalao, ajuda na marcha eventualmente, deitar.
Tarde: Alternncia entre teoria em contexto de sala e prtica em contexto de
laboratrio.
2.1.4 Resultados expectveis
Aps a formao de 24 horas, os cuidadores so capazes de prevenir ou pacificar os
comportamentos de agitao patolgica dos clientes, e executar um cuidado em
suavidade e no respeito pela pessoa.
Cada cuidador capaz de reconhecer uma pessoa e estabelecer uma relao de
confiana com ela.
1 Horrio ir ser discutido e adaptado ao funcionamento da instituio, mantendo no entanto a carga
horria.
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Contudo a formao por si no suficiente para uma verdadeira mudana na instituio,
ou seja a introduo da Filosofia de cuidados da Humanitude, para que tal acontea
indispensvel que no seu conjunto os dirigentes, com o apoio do IGM Portugal,
assegurem um verdadeiro acompanhamento no estabelecimento.
2.2 ACOMPANHAMENTO DA IMPLEMENTAO
A fase de acompanhamento est preconizada para um perodo de 3 meses com 5
deslocaes sua instituio com o objectivo de apoiar a implementao da
Metodologia Gineste-Marescotti na sua instituio. Em parceria com o responsvel de
projecto e com o grupo de acompanhamento o representante IGM Portugal ir facultar
sugestes e directrizes para garantir o sucesso da implementao.
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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
GINESTE. Y. e PELLISSIER J. (2007) Humanitude, Comprendre la vieillesse
prendre soin des Hommes vieux. Paris: Armand Colin;
LUQUEL, L. (2008) - La mthodologie de soin gineste-marescotti dite humanitude
exprience de son application au sein d'une unit spcifique Alzheimer. Grontologie et
socit. 126(3) p. 165 177; ISSN 0151-0193
Moniz, C. (2007) Manuais da Qualidade. Segurana Social. [internet]. [consult. 24 de
Mai. de 2012]. URL: http://www2.seg-social.pt/left.asp?05.18.08.02;
PHANEUF, M. (2007) le concept dhumanitude: une application aux soins infermiers
gnraux. [Internet]. [Consult. 30 Dez. 2011]. Dispinivel WWW: URL:
http://pagesperso-orange.fr/cec-formation.net/phaneuf.pdf;
PILETTE, G. ; PATENAUDE, E. ; BRUNEAU, N. (2004) - Impacts de l'implantation
de la mthodologie de soins Gineste-Marescotti au CLSC-CHSLD de la MRC
d'ACTON. [internet], consult. 19 de Out. de 2011. Url: www.cec-formation.net;
SIMES, M.; RODRIGUES, M.; SALGUEIRO, N. (2008) O significado da filosofia
da humanitude, no contexto dos cuidados de enfermagem pessoa dependente e
vulnervel. Revista de Enfermagem Referncia. 2(7). p. 97-105; ISSN 0874-0283
SIMES, M.; RODRIGUES, M.; SALGUEIRO, N. (2011) Importncia e
aplicabilidade aos cuidados de enfermagem do mtodo de Cuidados de Humanitude
Gineste - Marescotti. Revista de Enfermagem Referncia. 3(4). p. 69-79; ISSN 0874-
0283