modelo de fichamento cap .20

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Universidade Estadual de Maring Centro de Cincias Sociais Aplicadas Departamento de Economia Disciplina de Metodologia da Economia Prof: Joo Batista Aluna:Cristiane Vanessa C.Borges RA: 67288 Fichamento do Cap.20 Histria do pensamento econmico A ECONOMIA DO BEM-ESTAR A economia do bem-estar se trata do ramo da anlise econmica que se preocupa com a descoberta de princpios para maximizar o bem-estar social. Foram os economistas do bem-estar que trataram de tpicos heterogneos como, por exemplo, regras para se obter bem-estar mximo, problemas dos custos e benefcios externos, diferena de renda, possibilidade de se alcanar o bemestar mximo no socialismo, dificuldades associadas ao voto majoritrio e processo de tomada de deciso no setor pblico.

VILFREDO PARETO Ele considerado como o criador da nova economia do bem-estar. Vilfredo Pareto queria evitar os problemas relacionados a medio e comparao entre indivduos, construindo mapas de indiferena que mostram vrios nveis de satisfao. Segundo Pareto o bem-estar mximo ocorre quando j no h mudanas capazes de deixar uma pessoa em melhor situao, sem deixar outras em pior. Isso implica que a sociedade no pode reorganizar a alocao de recursos ou a distribuio de bens e servios de modo a ajudar uma pessoa sem prejudicar outra. Assim o estado timo de Pareto implica (1) uma distribuio ideal de bens entre os consumidores, (2) uma alocao tcnica ideal de recursos e (3) quantidades ideais de produo. Podemos demonstrar essas condies supondo a existncia de uma economia simples que contenha dois consumidores (Smith e Green), dois produtos (hambrguer e batatas) e dois recursos (trabalho e capital). Distribuio ideal de bens: a distribuio que maximizar o bem-estar do consumidor ocorre quando Smith e Green tm cada um, taxas marginais de substituio idnticas entre dois bens. A distribuio tima de Pareto dos bens entre os consumidores ocorre quando as taxas marginais de substituio dos consumidores so iguais. Alocao tcnica ideal de recursos: em determinado ponto, a reorganizao de entradas de fatores cessaria, porque os rendimentos decrescentes em cada uso fariam com que o produto marginal do recurso adicionado casse e o produto marginal do recurso removido aumentasse. Quando as taxas marginais de substituio tcnica na produo de dois bens se tornassem iguais, nenhuma outra alocao de recursos ajudaria uma pessoa sem prejudicar outra. Quantidades ideais de produo: os nveis ideais de produo sero atingidos quando a taxa marginal de substituio de hambrguer por batata a taxa em que cada um dos dois consumidores est disposto a abrir mo de batatas para obter hambrgueres for igual a taxa marginal de transformao de batatas por hambrgueres.

Alm da teoria do bem-estar de Pareto ter sido uma grande contribuio para a economia ele tambm ajudou os economistas a entenderem melhor as condies para a eficincia da economia e para seu significado de bem-estar.

ARTHUR CECIL PIGOU Assim como marshall, Arthur cecil pigou expressou impulsos humanitrios em relao aos pobres, esperando que a cincia econmica levasse a uma melhoria social. Ele esperava fornecer a base terica para o governo decretar medidas que promovessem o bem-estar. Suas contribuies para a economia do bem-estar incluem suas observaes sobre a redistribuio da renda e a divergncia entre custos privados e custos sociais.

Redistribuio de renda Segundo Pigou uma maior igualdade de rendas em certas condies poderia aumentar o bem-estar econmico. Pigou insistia que as comparaes interpessoais de satisfao podem ser feitas de forma adequada quando se lida com pessoas do mesmo nvel, que cresceram no mesmo ambiente.

Divergncias entre custos e benefcios privados e sociais As diferenas so significativas porque os atos de produo e consumo podem impor custos ou benefcios em partes diferentes do produtor e do consumidor. Pigou afirmava que h casos opostos em que alguns benefcios de aes privadas passam para o beneficio da sociedade, mas para os quais a pessoa que concede o benefcio no compensada. Ele deduziu uma importante implicao sobre o bem-estar com base em sua anlise. De acordo com Pigou a tarefa do governo em relao ao bem-estar social igualar os custos marginais privados e sociais e os benefcios marginais privados e sociais. Isso pode ser feito com o uso de impostos, subsdios ou controle legal. Pigou afirmava que h uma funo maior do governo do que aquela prevista pelos defensores do laissez-faire.

Outras contribuies Varias outras teorias apresentadas por Pigou tiveram importncia duradoura. Pigou defendia que as pessoas preferem a satisfao presente satisfao futura de igual magnitude, porque a faculdade telescpica humana limitada. Pigou concluiu que o bem-estar econmico diminudo pela interveno do governo que refora a tendncia das pessoas em destinar muitos de seus recursos ao uso presente e to poucos ao uso futuro. O desejo de Pigou de aumentar a poupana nacional para promover o crescimento econmico baseou-se em sua ideia ortodoxa de que as economias tendem ao emprego total. A analise de pigou sobre diferenciao de preos ampliou a teoria de preos monopolistas para alm daquela apresentada por cournot e outros.

LUDWING VON MISES Clculo econmico no socialismo

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Ludwing von Mises defendia que os mesmo tipos de clculos devem ser feitos pelo planejador socialista que deseja maximizar o bem-estar do consumidor. Sem a posse privada de recursos, mercado livre e empresrio impossvel fazer esses clculos. Ele mostrou que, apesar das esperanas de alguns socialistas, os mercados e os preos dos bens de consumo eram inevitveis no socialismo, uma vez que os bens eram privados. Segundo Von Mises, a mudana a realidade central com a qual o sistema econmico deve competir, pois as condies sob as quais a atividade econmica ocorre esto sujeitas as alteraes constantes,, que esto alm da capacidade de limitao humana. Assim o problema do calculo econmico e a dinmica econmica e no a esttica econmica. Os lucros e as perdas desempenham duas funes importantes que no podem ser reproduzidas no socialismo. A concorrncia entre os empresrios garante que os benefcios de suas aes sejam amplamente compartilhados por consumidores, trabalhadores e aqueles que detem a posse dos fatores de produo. O socialismo afirmou von Mises , no pode produzir as funes de alocao de capital e de empreendedorismo exigidas para canalizar os recursos com eficincia em uma definio dinmica.

OSCAR LANGE Teoria econmica do socialismo Lange definiu uma espcie de socialismo de mercado, em que dizia que se administrada de acordo com um conjunto de regras estabelecidas, essas forma de socialismo resultaria com eficincia econmica e bem-estar social mximo. Mas um preo, dizia Lange, pode assumir uma forma diferente de um preo de mercado, ele pode tambm ser um preo imaginrio ou um ndice dos termos de troca entre dois itens. Um controle de planejamento central, por meio de um processo de tentativa e erro, pode definir os preos de bens de capital, ajustando esses preos para eliminar escassez e excedentes. Esse conselho paga a todos os trabalhadores o salario de mercado mais uma parcela do dividendo social determinada pela produo total de bens de capital e recursos naturais. O conselho de planejamento central instrui os gerentes de empresas estatais a agir como se todos os preos fossem constantes e a seguir duas regras. Segundo Lange, se a contabilidade for feita considerando que os preos sejam constantes, isto , como se no dependessem das decises tomadas, a adeso a essas regras significar que dos preos definidos de forma incorreta sob o ponto de vista do equilbrio criaro escassez ou excesso das mercadorias envolvidas.

Embora na teoria possa ser possvel obter eficincia econmica com planejamento em uma grande economia, realizar isso na pratica outra questo. O planejamento central da variedade defendido por Lange ter o conselho de planejamento servindo como leiloeiro para resolver as questes de Walras, exige uma grande quantidade de informaes. O segundo contra-argumento que o mtodo de Lange no considera a necessidade de dar aos participantes da economia incentivos suficientes para alocar recursos de forma eficiente e de buscar oportunidades de aumentar a produo. A eficincia dinmica do tipo previsto pelos austracos exibe a funo empresarial por meio da qual as informaes sejam contnua e rapidamente descobertas e utilizadas. Faltam esses

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incentivos em uma economia socialista, diziam esses crticos, e eles no podem ser incorporados de forma a manter o sistema.

KENNETH ARROW Segundo Kenneth Arrow para garantir a relao entre preferencias individuais e escolhas sociais deve atender para que reflitam de forma precisa as preferencias dos eleitores individuais: as escolhas sociais devem ser transitivas, isto , devem ser consistentes de modo que, se A prefervel em relao a B e B prefervel em relao a C, ento C no pode ser prefervel em A. Arrow, ento, verificou os esquemas de voto majoritrio para ver se o processo de tomada de decises democrticas poderia fazer escolhas entre todos os conjuntos de alternativas disponveis sem violar uma dessas condies. Aps investigao ele chegou a uma concluso, que nenhum esquema de voto majoritrio simultaneamente respeita as preferencias pessoais dos eleitores, garante o bemestar mximo e no depende da ordem em que os assuntos so votados. A analise de Arrow mostrou que precisamos estabelecer nosso processo de tomada de deciso de uma maneira que impea uma armadilha bvia. A democracia perfeita impossvel, e temos e tomar a deciso pelo segundo ou terceiro melhor. Alcanar o bem-estar econmico em uma economia que tem um grande setor publico no uma questo fcil. A principal contribuio de arrow foi desafiar as suposies sobre as quais se baseiam os sistemas de pensamento politico e econmico.

JAMES M. BUCHANAN Buchanan alm de fundador um dos principais colaboradores da teoria da escolha pblica e seu subconjunto, a economia constitucional. A perspectiva da vida pblica Buchanan defendia que somente as pessoas sabem o que lhes d satisfao ou lhes causa descontentamento, nenhuma outra pessoa ou nenhum outro grupo de pessoas pode determinar isso para elas. Essa perspectiva reflete a viso do homem econmico e da troca no mercado dos economistas clssicos e neoclssicos. De forma sucinta, ele estendeu a conveniente suposio de comportamento de interesse prprio e a ideia do processo de troca, ao comportamento das pessoas em seus papis e capacidade de escolha publica, seja como participantes do processo de eleio ou como agentes atuando no cenrio poltico. Essa teoria oferece critrios poderosos.

Crtica economia convencional do bem-estar Buchanan critica a economia e bem-estar por tentar comparar os resultados do mundo real do setor privado com as normas sociais tericas. Em alguns esquemas de bem-estar, os oficiais de governo so vistos como agentes que podem identificar a funo do bem-estar na sociedade, um conjunto de preferencias de utilidade das pessoas. As objees de Buchanan a essa linha de raciocnio que como a utilidade pode ser conhecida apenas individualmente, ningum pode discernir uma funo de bem-estar coletivo ou social. No adequado atribuir preferencias ou metas de utilidade a sociedade dessa forma. Em vez de tentar medir e pesar os resultados de utilidade, a economia do bem-estar deveria enfatizar e melhorar as regras polticas e institucionais.

Economia constitucional Embora Buchanan seja pr-individualista e desconfiado do governo, ele no um anarquista. Sem o governo para estabelecer e impingir regras, como os direitos e contratados de propriedade, a busca pelo interesse prprio vai se degenerar ate o estado hobessiano, em que a vida

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das pessoas solitria, insignificante, selvagem e curta. Ele salientava que embora as pessoas que buscam seus interesses entender que o estado necessrio para limitar o comportamento individual, os indivduos tambm reconhecem a necessidade de regras constitucionais, nenhum individuo pode ver com certeza coo as regras constitucionais vo afeta-lo. Essas vises polticas deram a Buchanan uma reputao de certa maneira controvertida, porque a grande maioria dos economistas contemporneos no compartilha delas.

REFERNCIA Brue, Stantey L, Histria do Pensamento Econmico. So Paulo, Cengage Learning, 2011

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