modelagem da informaÇÃo da construÇÃo utilizada na...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
MODELAGEM DA INFORMAÇÃO DA CONSTRUÇÃO UTILIZADA NA
COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE EDIFICAÇÕES: ESTUDO DE CASO E OBRAS DE
REFORMA
Guilherme de Castro Queiroz
2019
MODELAGEM DA INFORMAÇÃO DA CONSTRUÇÃO UTILIZADA NA
COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE EDIFICAÇÕES: ESTUDO DE CASO E OBRAS DE
REFORMA
Guilherme de Castro Queiroz
Projeto de Graduação apresentado ao curso de
Engenharia Civil da Escola Politécnica,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte
dos requisitos necessários à obtenção do título de
Engenheiro.
Orientador: Prof. Assed Naked Haddad
RIO DE JANEIRO
AGOSTO de 2019
MODELAGEM DA INFORMAÇÃO DA CONSTRUÇÃO UTILIZADA NA
COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE EDIFICAÇÕES: ESTUDO DE CASO E OBRAS DE
REFORMA
Guilherme de Castro Queiroz
PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE
ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE
JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU
DE ENGENHEIRO CIVIL.
Examinado por:
________________________________________________
Prof. Assed Naked Haddad, DSc.
______________________________________________
Prof. Mohammad Najjar, DSc.
________________________________________________
Prof. Ana Carolina Souza Rosa, MSc.
RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL
AGOSTO de 2019
Queiroz, Guilherme de Castro
Modelagem da informação da construção utilizada na
coordenação de projetos de edificações: estudo de caso e obras
de reforma
vii, 58 p.:il.; 29,7 cm.
Orientador: Assed Naked Haddad
Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/ Curso de
Engenharia Civil, 2019.
Referências Bibliográficas: p. 57-58
1. Introdução 2. Contextualização: Obras de reformas e
edificações 3. Metodologia 4. Metodologia BIM 5.
Apresentação do estudo de caso 6. Estudo comparativo: Custo
e Prazo 7. Considerações Finais 8. Conclusão
I. Haddad, Assed Naked; II. Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia Civil. III.
Título
“It ain't about how hard you hit. It's about how hard you can get hit and keep moving
forward; how much you can take and keep moving forward. That's how winning is done! ”
Rocky Balboa
Dedico este trabalho aos meus pais,
Jose Ricardo Queiroz e Mariza de Castro.
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte dos
requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil.
MODELAGEM DA INFORMAÇÃO DA CONSTRUÇÃO UTILIZADA NA
COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE EDIFICAÇÕES: ESTUDO DE CASO E OBRAS DE
REFORMA
Guilherme de Castro Queiroz
Agosto de 2019
Orientador: Assed Naked Haddad
A modelagem em edificações, mais conhecida como “Building Information Modeling” (BIM)
é uma ferramenta valiosa que pode ser definida como uma representação digital das
características físicas e funcionais de uma construção. A utilização desta ferramenta nos permite
a identificação de inconsistências entre os diversos projetos além de atrelar elementos gráficos
da edificação ao cronograma da obra e, ainda, agregar a dimensão do custo da obra no modelo
tridimensional. Considerando que a norma da ABNT NBR 16280:2015 não define o fluxo de
trabalho necessário para elaboração do plano de reforma na execução de uma obra, o presente
projeto demonstrará a utilização de uma ferramenta de modelagem e informação de construção
durante o processo de projetos de edificações. O trabalho consiste em fazer a aplicação da
ferramenta Building information modeling (BIM) no processo de projetos de edificações em
obras de reforma, apoiado nos procedimentos exigidos pela ABNT NBR 16280:2015 - Reforma
em edificações - Sistema de gestão de reformas – Requisitos, afim de verificar possíveis ganhos
e a funcionalidade do software em obras de reforma.
Palavras-chave: Building information modeling, Plano de reforma, projetos de edificação,
BIM.
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Engineer.
MODELING CONSTRUCTION INFORMATION USED IN COORDINATING BUILDING
PROJECTS: CASE STUDY AND REFORM WORKS
Guilherme de Castro Queiroz
August 2019
Adviser: Assed Naked Haddad
Building modeling, better known as “Building Information Modeling” (BIM), is a valuable tool
that can be defined as a digital representation of the physical and functional characteristics of a
building. The use of this tool allows us to identify inconsistencies between the various projects
and to link graphics elements to the work schedule and to add the cost dimension of the work
in the three-dimensional model. Considering that the norm of ABNT NBR 16280: 2015 does
not define the workflow necessary for the elaboration of the reform plan in the execution of a
work, the present project will demonstrate the use of a modeling and construction information
tool during the construction project process buildings. The work consists of applying the
Building information modeling (BIM) tool in the process of building projects in renovation
works, supported by the procedures required by ABNT NBR 16280: 2015 - Renovation of
buildings - Reform management system - Requirements, in order to verify possible gains and
the functionality of the software in renovations works.
Keywords: Building information modeling, Renovation plan, building projects, BIM.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Cronograma BIM 5D .............................................................................................. 22
Figura 2 – Modelo Bim de representação x Modelo Autocad de apresentação ....................... 25
Figura 3 – Dimensoes do BIM ................................................................................................. 26
Figura 4 – Nível de importância das dimensões BIM em todas as fases do ciclo de vida ....... 28
Figura 5 – Top 10 vantagens do BIM ....................................................................................... 29
Figura 6 – Forma e concretagem da escada sem uma parte do escoramento. .......................... 33
Figura 7 – Escada finalizada com acabamento em madeira ..................................................... 33
Figura 8 – Reestruturação do telhado para recebimento de telhas portuguesas ....................... 34
Figura 9 – Finalizacao parcial do telha já com telhas portuguesas .......................................... 34
Figura 10 – Curva de esforço ................................................................................................... 40
Figura 11 – Planta baixa antes da reforma AutoCad ................................................................ 44
Figura 12 – Planta baixa depois da reforma AutoCad .............................................................. 44
Figura 13 – Planta baixa feita no Revit depois da reforma - primeiro pavimento ................... 45
Figura 14 – Planta baixa feita no Revit depois da reforma - segundo pavimento .................... 45
Figura 15 – Foto da cozinha antes da reforma.......................................................................... 46
Figura 16 – Foto da cozinha depois da reforma ....................................................................... 46
Figura 17 – Foto da cozinha depois da reforma 2 .................................................................... 47
Figura 18 – Foto da escada caracol antes da reforma ............................................................... 48
Figura 19 – Foto da escada plisada depois da reforma ............................................................. 48
Figura 20 – Foto da sala do primeiro andar antes da reforma ................................................. 49
Figura 21 – Foto da sala do primeiro andar depois da reforma ............................................... 49
Figura 22 – Foto da sala do segundo andar antes da reforma .................................................. 50
Figura 23 – Foto da sala do segundo andar depois da reforma ................................................ 50
Figura 24 – Foto da Suíte 1 antes da reforma ........................................................................... 51
Figura 25 – Foto da Suíte 1 depois da reforma ........................................................................ 51
Figura 26 – Foto da Suíte 2 antes da reforma ........................................................................... 52
Figura 27 – Foto da Suíte 2 depois da reforma ........................................................................ 52
Figura 28 – Fotos do banheiro 2 antes da reforma ................................................................... 53
Figura 29 – Fotos do banheiro 2 depois da reforma ................................................................. 53
Figura 30 – Fotos do banheiro 1 antes da reforma ................................................................... 54
Figura 31 – Fotos do banheiro 1 antes da reforma ................................................................... 54
Figura 32 – Renderização Revit fachada 1 .............................................................................. 55
Figura 33 – Renderização Revit fachada 2 .............................................................................. 55
Figura 34 – Renderização Revit Escada Plisada ...................................................................... 56
Figura 35 – Escada Plisada – PÓs reforma ................................................................................ 56
Figura 36 – Renderização Revit Sala tv 2º andar ..................................................................... 57
Figura 37 – Sala Tv 2º andar – PÓs reforma ............................................................................. 57
Figura 38 – Renderização Revit Suíte 1 ................................................................................... 58
Figura 39 – Suite 1 – Pós reforma ............................................................................................ 58
Figura 40 – Renderizacao Revit cozinha 1 ............................................................................... 59
Figura 41 – Foto da cozinha 1 .................................................................................................. 59
Figura 42 – Renderizacao cozinha 2......................................................................................... 60
Figura 43 – Foto cozinha 2 ....................................................................................................... 60
Figura 44 – Rendereizacao da sala primeiro andar................................................................... 61
Figura 45 – Foto da sala primeiro pavimento ........................................................................... 61
Figura 46 – Planta baixa realizada no Revit ............................................................................. 62
Figura 47 – Plantas de corte realizadas no Revit ...................................................................... 62
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Levantamento de custo de material de emboço, contrapiso, e alvenaria sem a
utilização da ferramenta BIM ................................................................................................... 36
Tabela 2 - Levantamento de custo de material de emboço, contrapiso, e alvenaria com auxílio
da ferramenta BIM.................................................................................................................... 36
Tabela 3 - Levantamento de custo de material de elétrica sem planejamento ......................... 37
Tabela 4 - Levantamento de custo de material de elétrica com planejamento ......................... 37
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
CAU – Conselho de Arquitetura e Urbanismo
ACV – Avaliação do Ciclo de Vida.
ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial
BIM – Building Information Modeling.
CAD – Computer Aided Design.
QDL – Quadro de Luz
IGEO – Inteligência Geográfica
SUMÁRIO
LISTA DE ILUSTRAÇÕES ................................................................................................................................... IX
LISTA DE TABELAS ........................................................................................................................................... XI
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ................................................................................................................. XII
SUMÁRIO ...................................................................................................................................................... XIII
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................15
CONTEXTO E MOTIVACAO ............................................................................................................................... 15
OBJETIVOS .................................................................................................................................................. 15
METODOLOGIA ........................................................................................................................................... 16
ESTRUTURACAO DA MONOGRAFIA ......................................................................................................... 16
2 CONTEXTUALIZACAO: OBRAS DE REFORMA E EDIFICACOES ..................................................................18
ASPECTOS HISTORICOS ................................................................................................................................... 19
ASPECTOS CULTURAIS DE REFORMA NO BRASIL ..................................................................................... 20
PARTICULARIDADE DE REFORMAS DE EDIFICACAO ................................................................................. 20
3 METODOLOGIA ......................................................................................................................................22
4 METODOLOGIA BIM ..............................................................................................................................24
CONHECENDO O BIM ..................................................................................................................................... 24
OS 3 PILARES ............................................................................................................................................... 25
4.2.1 modelagem multifuncional ................................................................................... 25
4.2.2 interoperabilidade ................................................................................................. 25
4.2.3 cadeia produtiva .................................................................................................... 26
VANTAGENS DA FERRAMENTA BIM ................................................................................................................... 28
BIM NO CANTEIRO DE OBRAS ........................................................................................................................... 29
5 APRESENTAÇÃO DO ESTUDO DE CASO:..................................................................................................30
CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ............................................................................................. 30
5.1.1 Complexidade do empreendimento ...................................................................... 30
5.1.2 Dificuldade de execução ....................................................................................... 32
6 ESTUDO DE COMPARATIVO: CUSTO E PRAZO ........................................................................................35
ESTUDO COMPARATIVO DE CUSTO ......................................................................................................... 35
ESTUDO COMPARATIVO DE PRAZO ......................................................................................................... 38
7 ESTUDO DE CASO: PROBLEMAS OBSERVADOS E CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................39
8 CONCLUSÕES .........................................................................................................................................41
APÊNDICE A – PLANTAS BAIXAS FEITAS EM AUTOCAD E REVIT .......................................................................44
APÊNDICE B – FOTOGRAFIAS DO ANTES E DEPOIS DA REFORMA ESTUDADA. .................................................46
APÊNDICE C – RENDERIZACOES FEITAS NO REVIT BASEADAS NA REFORMA REALIZADA .................................55
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................................................42
15
1 INTRODUÇÃO
CONTEXTO E MOTIVAÇÃO
As obras de reforma vêm tido uma significativa importância no mercado da construção
civil no Brasil e estão presentes no nosso cotidiano. Diversos são os motivos que as geram,
sejam elas por melhoria ou reabilitação de uma edificação, modificações advindas de novos
proprietários, estéticas ou até mesmo para a própria segurança das edificações.
Um problema muito comum que difere as obras de reformas de novos empreendimentos
é a carência de informação de instalações de sistemas elétricos, hidráulicos e estruturais e
mesmo com essa ausência a norma para realização de obras de reforma é recente ABNT (NBR
16.280:2015), ela é de 2014 com revisão feita em 2015. Com a crescente procura por obras de
reforma foi feita uma pesquisa pelo Instituto Datafolha e encomendada pelo Conselho de
Arquitetura e Urbanismo, CAU/BR (2015). 54% da população economicamente ativa já
construiu ou reformou algum imóvel residencial ou comercial. No total deste percentual, cerca
de 85% executaram o serviço por conta própria ou com auxílio de pedreiros e mestres de obras,
e apenas 14% contrataram um responsável técnico arquiteto ou engenheiro, para a execução da
obra.
Estas execuções de reforma sem a presença de um responsável técnico colocam em risco
a própria edificação como também pessoas em seu entorno. A norma por ser nova é bem falha
em alguns quesitos pois ela só define as condições essenciais para execução de obra de reforma
não indicando o processo que deverá ser realizado. É nesse momento que a ferramenta de
modelagem da informação da construção torna-se indispensável pois interliga todas as fases do
projeto gerando diagnostico positivo chamado plano de reforma.
OBJETIVOS
Uma melhor eficiência técnica visando obter não somente uma economia de materiais
e tempo como um melhor planejamento com a utilização da ferramenta de modelagem em 5D
gerando previamente a obra o cronograma e custo visando minimizar os erros que vem
ocorrendo como falta de planejamento e compatibilização de projetos.
16
METODOLOGIA
O trabalho será desenvolvido através de uma reforma residencial de dois pavimentos já
realizada na qual não foi utilizado a ferramenta de modelagem da informação da construção de
onde será extraído todas as informações realizadas durante o processo de reforma.
Será feito um estudo de caso entre a reforma já realizada sem a utilização da ferramenta
com a mesma sendo realizada com a utilização da ferramenta e verificar os possíveis ganhos
em todas as fases do projeto.
ESTRUTURAÇÃO DA MONOGRAFIA
Este trabalho é composto de oito capítulos desenvolvidos de forma a atender aos
objetivos propostos, conforme explicitado a seguir.
O primeiro capítulo trata da introdução, onde são feitas as considerações iniciais sobre
a importância do tema. Também se apresentam a justificativa, os objetivos da pesquisa, a
metodologia utilizada e a estruturação do trabalho.
O segundo capítulo contextualiza as obras de reforma e edificações, conceituando-a,
apresentando seus aspectos históricos, aspectos culturais no Brasil e suas particularidades
O terceiro capítulo discorre sobre a metodologia que irá ser proposta no trabalho,
passando por todas as etapas do BIM.
O quarto capítulo apresenta a ferramenta BIM onde iremos conhecer como ela chegou
ao Brasil, apresentar os 3 pilares fundamentais da ferramenta e falar sobre suas vantagens e
ganhos em obras.
O quinto capítulo aborda a caracterização do empreendimento, complexidade e
dificuldades ocorridas na execução do projeto realizado.
No sexto capítulo é exibido o estudo de caso, onde analisaremos custos e por não ser
parte do escopo do trabalho somente iremos apresentar ferramentas para retirarmos
cronogramas de tempo do empreendimento.
O sétimo capítulo expõe as considerações finais da monografia, o que foi possível
extrair a partir de sua elaboração e sugestões para trabalhos futuros. É feita, portanto, uma
análise final do atendimento aos objetivos.
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O oitavo e último capítulo e a conclusão que o autor vai avaliar o uso da ferramenta
BIM em obras de reforma sendo feita uma análise final do atendimento aos objetivos e em
seguida suas referências bibliográficas.
18
2 CONTEXTUALIZAÇÃO: OBRAS DE REFORMA E EDIFICAÇÕES
Existem três tipos de serviços de construção civil que se confundem causando dúvidas
quanto à sua conceituação:
a) Reforma: Segundo a NBR 16.280, a reforma de uma edificação se especifica pela
alteração da condição da edificação existente com mudança ou não de função, com intuito de
recupera, melhorar suas condições de habitualidade, usou ou segurança desde que não seja
manutenção
b) Manutenção: Segundo a NBR 5674, manutenção é o serviço realizado para
conservar/recuperar a funcionalidade da edifica o e das partes que a constitui, de forma a atender
à necessidade e segurança dos usuários.
c) Retrofit: é um termo utilizado principalmente em engenharia para designar o processo
de modernização de algum equipamento já considerado ultrapassado ou fora de norma ou com
a intenção de redução dos custos operacionais e de manutenção de uma edificação. O retrofit
feito em edificações muitas vezes se faz uma atualização arquitetônica da mesma.
Segundo a NBR 16280, edificação é um produto constituído de um conjunto de
sistemas, elementos e componentes estabelecidos e integrados em conformidade com os
princípios e técnicas da engenharia e da arquitetura.
Dentro do escopo de reformas, os tipos de edificações importantes são as edificações
residenciais e comerciais. As edificações comerciais são voltadas ao uso comercial, sendo mais
conhecidos as salas comerciais e lojas. As edificações residenciais são voltadas a edifícios,
condomínios de edifícios ou casas residenciais.
Toda obra a desde sua construção tem uma "vida útil" que ao decorrer do tempo está
sujeita ao "desgaste". Este desgaste pode vir a ocorrer devido à ação de cargas e sobrecargas,
dinâmicas, estáticas, impactos vibrações entre outros processos naturais da estrutura (Barbosa,
2016). Definindo assim "vida útil" como uma estimativa de quanto tempo a estrutura se
conserva sem perder suas características essenciais de funcionalidade e resistência. Conseguir
prolongar ao máximo este tempo é um dos desejos de quem trabalha com construções de
edificações (HELENE, 2011). Segundo a NBR 15575, vida útil é o período em que um edifício
e/ou seus sistemas se prestam às atividades para as quais foram projetados e construídos
considerando o período e a correta execução dos processos especificados de manutenção no
respectivo Manual de Uso, Manutenção e Operação.
Além disso, é importante conceituar o termo “durabilidade” que, segundo Helene
(2011), é o resultado da interação entre o ambiente, a estrutura de concreto e as condições de
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uso, de manutenção e de operação. Ou seja, uma mesma estrutura pode ter diferentes
comportamentos, diferentes funções de durabilidade no tempo, segundo suas diversas partes,
até dependente da forma de utilizá-la (Barbosa, 2016). Segundo a NBR 15575, durabilidade é
a capacidade da edificação ou de seus sistemas de desempenhar funções ao longo do tempo e
sob condições de uso e manutenção especificadas.
Também é necessário entender o conceito de desempenho de uma edificação. Segundo
Souza e Ripper (1998), por desempenho entende-se o comportamento em serviço de cada
produto, ao longo da vida útil, e a sua medida relativa espelhará, sempre, o resultado do trabalho
desenvolvido nas etapas de projeto, construção e manutenção. A NBR 15575 afirma que
desempenho é o comportamento em uso de uma edificação e de seus sistemas.
Quando, alguns destes três fatores acima, além do fator estético, que varia conforme o
gosto do cliente, uma reforma pode se tornar necessária, de forma a conferir estes aspectos de
volta à edificação.
ASPECTOS HISTÓRICOS
Podemos considerar que durante o governo de Getúlio Vargas na década de 40 foi
quando ocorreu um forte investimento estatal no desenvolvimento de estrutura para construção
civil e militar fazendo com que essa década fosse considerada o auge da construção civil no
Brasil. Nesta época o Brasil era um importante conhecedor de tecnologia de concreto para a
atividade militar e civil.
A partir da década de 50 viu-se um incentivo menor do Estado e um maior domínio das
empresas privadas. Já em 70 com a ditadura militar o Estado volta a investir com mais forca e
as construtoras passam a construir prédios e escritórios comerciais. Em 1980 há um retorno do
capital privado e toda essa oscilação e um reflexo da constante mudança de paradigmas que a
política do Brasil viveu do meio do século XX.
Apurado pela (CAU) em 2015 o segmento de reformas começa a tomar importância
com o grande número de reformas sendo executadas sem o acompanhamento de profissionais
especializados do ramo e ganha importância em 2012 com o desabamento do Edifício da
Liberdade no Rio de Janeiro e o desabamento parcial da varanda do Edifício Versailhes em
marco de 2015 em Fortaleza. Isso fez com que a ABNT gerasse em 19 de setembro de 2015 a
publicação da NBR 16280 – Reforma em edificações – Sistema de gestão de reformas –
Requisitos.
20
ASPECTOS CULTURAIS DE REFORMA NO BRASIL
Conforme pesquisa 85,4% das obras de reforma são realizadas sem a contratação de
arquiteto ou engenheiro (CAU-2015) notando uma informalidade alta referente a falta de
acompanhamento técnico de profissionais no ramo de reformas.
De acordo com esses dados, notamos a pequena presença de arquitetos e engenheiros
na execução de obras e muitas obras são realizadas sem supervisão, planejamento sendo
executas por pedreiro e seu ajudante.
Fazendo com que essas obras gerem patologias decorrentes a erros de execução gerando
prejuízos financeiros podendo causar até acidentes.
A NBR 16280 em conjunto com a Lei Estadual 6400 de 2013, Lei Complementar
126/2013, do município do Rio de Janeiro, Lei da Autovistoria, instituída no Estado do Rio de
Janeiro e o Decreto nº 37426/2013, visa mudar a cultura do brasileiro evitando que obras de
reforma sejam feitas sem o acompanhamento de um profissional.
PARTICULARIDADES DE REFORMAS DE EDIFICAÇÃO
As obras de reforma podem servir para modificar características mantendo sua área, ou
mesmo para ampliação da edificação com acréscimo de área e até mesmo de pavimentos. As
reformas podem visar, substituição de revestimento, alteração de layout, recuperação de
estrutura elétrica ou hidráulica, rebaixos de teto, modernização das instalações, restauração de
fachada entre outros. Comum a tudo isso, os segmentos de reformas possuem características
para execução totalmente diferentes umas das outras, impedindo uma padronização e produção
cronológica universal.
O grande problema em obras de reforma é o desconhecimento total da situação devido
a inexistência de projeto original. Essa inexistência de projeto se dá por não haver registro das
características prediais nas prefeituras ou se existe, por muitas vezes está desatualizado.
Algumas prefeituras se limitam a arquivar o projeto de arquitetura dos prédios nas quais
emitem o habite-se, porem desprezam o projeto de fundações, projetos estruturais e o de
instalações. Alguns proprietários ainda guardam os projetos de execução da obra porem devido
a alterações do decorrer da obra não são feitas as alterações tornando-os imprecisos e
praticamente desprezíveis.
21
Essa dificuldade de levantamento das características do prédio é um importante fator
pois fica difícil a identificação de elementos estruturais como vigas e pilares quando os mesmos
estão integrados a alvenaria. Já com relação as informações das instalações, na maioria das
vezes somente estão expostos os pontos de utilização fazendo com que se tenha um
desconhecimento total dos trajetos da instalação nas alvenarias e lajes, bem como seu estado de
conservação. Qualquer interferência dessa instalação embutida e que não está visível acarretam
em uma oneração no orçamento já que além da substituição do elemento fica afetado o
revestimento da parede, teto ou piso e pintura. Hoje já se vê muitas residências com rebaixos
de gesso para facilitar a manutenção futura tendo que ser feito somente uma visita para
localização do problema.
Sendo assim é comum em obras de reformas haver acréscimos durante a execução
contratual e devido a essas muitas particularidades em obras de reformas de edificações é que
a lei de licitações nº 8.666/93, em seu artigo 65, estende a 50% a possibilidade de alterações
contratuais quantitativas em obras de reformas, enquanto que em obras novas tal percentual fica
limitado a 25%.
As reformas vêm se mostrando uma alternativa para profissionais do ramo da construção
devido à diminuição da quantidade de novas obras, causada pela crise que atinge o setor nos
últimos anos. Devido à grande saturação dos centros urbanos vem havendo um crescimento nas
renovações de imóveis usados devido a poucas áreas livres para construções.
Segundo dados do Sistema de Inteligência Geográfica (IGEO) do Conselho de
Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), obras e projetos de novas construções tiveram
queda de 7% entre 2015 e 2017. No mesmo período, as renovações tiveram um incremento de
20%. Se considerarmos também os trabalhos de arquitetura interior, o crescimento chega a 43%
Muito conhecido na Europa e nos Estados Unidos o retrofit vem ganhando forca no
brasil devido ao aumento do número de reformas. O retrofit consiste em uma remodelação das
edificações existentes. Essa mudança tem sido muito observada em edifícios residenciais que
estão se tornando comerciais ou edifícios comerciais que tem se tornado residenciais, são
mudanças que vem ocorrendo com uma maior frequência no país.
Segundo Ricardo Yazbek (2018), os centros das metrópoles brasileiras são alvos
preponderantes do Retrofit pois são bairros onde as cidades se originaram e são locais onde os
prédios são antigos e existe uma grande dificuldade na utilização de novos terrenos. Dessa
forma, o rearranjo das edificações ajuda a suprir as necessidades. Yazbek (2018) salienta que
falta legislação no Brasil específica para isso, já que as alterações em prédios antigos exigem
cuidados específicos.
22
3 METODOLOGIA DO TRABALHO
O Trabalho apresentado consiste em uma modelagem arquitetônica no programa Revit
onde serão feitos, cortes e renderizações para extrair todas informações necessárias para realizar
levantamentos para verificação de possíveis ganhos do uso da tecnologia BIM em obras de
reforma. A figura 1 indica um fluxograma ideal para utilização do BIM que associado com os
programas indicados conseguiremos obter ótimos resultados.
Figura 1: Cronograma BIM 5D
O primeiro passo desse processo é o levantamento da planta baixa da nova reforma e
então começar a edição de famílias existentes na biblioteca do Autodesk ou baixar famílias das
empresas que estão fornecendo estes produtos Ex: Tigre está fornecendo luvas, joelhos entre
outros itens de instalações hidráulicas) temos também a possibilidade da criação de novas
famílias em casos específicos Ex: Criação de uma caixa d’água de concreto construída no local
para assim poder extrair todas informações do projeto. Como nessa reforma está sendo
substituído toda hidráulica e elétrica antiga por novas instalações conseguimos após definição
de todos os pontos das novas instalações fazer o uso de uma ferramenta bastante importante do
Revit, Section box. Com essa ferramenta você faz cortes em todas as direções que mostram
tudo desde a arquitetura, instalações elétricas, hidráulicas e o mais importante onde estão as
possíveis interferências, se uma tubulação hidráulica está interferindo com algo estrutural ou
elétrico entre outras opções.
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Após tudo dito acima estar pronto existe duas ferramentas de grande importância, tabela
de quantidades e o material “takeoff”, no primeiro conseguimos medir todas as quantidades do
projeto. Quantidade de pilares, vigas etc. Já na segunda ferramenta conseguimos extrair áreas
e volumes para fazer levantamento preciso de materiais e assim conseguir fazer orçamentos
assertivos.
Sendo assim a Metodologia do trabalho consiste em 5 passos:
1° Passo: Modelagem 3D no Revit – Inicialmente o tempo gasto para esse processo é
bem elevado devido ao fato da edição das famílias no software. Como exemplo da criação de
uma parede que irá levar cerâmicas. Alvenaria seguido do chapisco seguido do emboco em
sequência vem a argamassa e finalizando com o revestimento cerâmico.
2º Passo: Levantamento de materiais no Revit – Após o levantamento arquitetônico e a
criação das famílias e possível fazer o levantamento de materiais (material takeoff). Por
exemplo selecionando todas as paredes que foram construídas você consegue obter área/volume
e para saber a quantidade de blocos cerâmicos basta pegar a área total e dividir pela área de um
bloco. O programa é 100% assertivo.
3° Passo: Retirar as informações do Revit e Aplicar elas no Navisworks ou MsProject –
Nesse caso devemos inserir a duração das etapas que serão executas para assim conseguir um
planejamento de tempo e podermos acompanhar se estão batendo com o que esta sendo
executado na obra.
4º Passo: E possível nesse mesmo programa inserirmos o custo unitário e com isso
termos um balanço de custo do empreendimento.
24
4 METODOLOGIA BIM
CONHECENDO O BIM
Em meados dos anos 2000 a tecnologia BIM (Building Information Model) chegou ao
Brasil e da mesma forma que ocorreu no final de 1980 quando surgiu a ferramenta CAD
(Computer Aided Design) a transição não está sendo fácil. Porem hoje se vê a importância da
ferramenta CAD no mercado depois que profissionais da área de construção civil passaram por
capitação. Da mesma forma que naquela época o CAD não foi aceito o BIM também não vem
sendo pelo simples fato de profissionais mais velhos não aceitarem essa transição e somente se
tem observado um interesse na ferramenta por jovens que estão em início de carreira.
Observando essa lenta transição a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
em conjunto com a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) lançou um
catalogo de normas aplicáveis ao BIM proporcionando acesso as normas técnicas relacionadas
à tecnologia. Nesse mesmo ano foi publicado no Diário Oficial da União o decreto que institui
o Comitê Estratégico de Implantação do BIM. A proposta é que se tenha uma Estratégia
Nacional de divulgação da tecnologia.
A ferramenta BIM se trata de uma maneira eficaz de agrupar informações da construção
de forma integrada e organizada como podemos observar na figura 2. Com o recolhimento
desses dados da construção cria-se um modelo desde a edificação até o orçamento
acompanhando a obra em todas as etapas do seu ciclo de vida.
Com isso acaba gerando uma maior integração de dados em um único programa,
facilitando o compartilhamento do projeto com todos os profissionais durante as etapas de
construção fazendo com que todos possam trabalhar juntos no mesmo projeto e ao mesmo
tempo, sendo eles arquitetos, projetistas, fornecedores de materiais, entre outros. Gerando um
maior valor agregado e interação do projeto de um edifício.
25
Figura 2: Modelo Bim de representação x Modelo Autocad de apresentação. Fonte: GDP
OS 3 PILARES
4.2.1 MODELAGEM MULTIFUNCIONAL
Essa modelagem deve ser baseada para o processo referente à construção civil. A partir
de uma planilha eletrônica pode-se modelar definindo alguns elementos de maneira que cada
um vai sendo gerado através das relações entre eles ou por meio da modelagem gráfica
tridimensional com as medidas da estrutura, irá mostrar como vai ficar através de um gráfico
em 3D.
4.2.2 INTEROPERABILIDADE
Interoperabilidade é a capacidade de um sistema (informatizado ou não) de se
Interoperabilidade é a capacidade de um software se comunicar de forma transparente com
outro software de diferente fabricante usando uma linguagem comum e aberta. Mantendo a
analogia, é importante pensar que o nível da conversa entre os indivíduos fica nivelada pelo
falante mais iniciante do idioma.
Com o passar dos anos o BIM vem sendo mais utilizado fazendo com que a
interoperabilidade vem ganhando cada vez mais atenção no ramo da construção civil devido ao
26
compartilhamento de dados entre várias equipes diferentes envolvidas nesse processo da
construção e com a utilização de softwares e diversas plataformas.
Segundo a McGraw Hill Construction (2007) estima-se que 3,1% dos custos dos
projetos são relacionados apenas com problemas de interoperabilidade entre softwares.
Espera-se que em algum momento softwares possam trocar informações sem grandes
perdas de informação, evitando reentrada de dados todas as vezes que o modelo muda de mãos
tendo um modelo preciso e atualizado da edificação por longos períodos.
Além da troca de informações a interoperabilidade é uma das grandes vantagens da
ferramenta BIM. Segundo estudo feito em 2004 pela NIST (Instituto Nacional de Padrões e
Tecnologia) a falta de interoperabilidade em projetos de obras chegou a causar às empresas
americanas US$ 15,8 bilhões por ano de custo extra.
4.2.3 CADEIA PRODUTIVA
Figura 3: Dimensões do BIM. Fonte: Najjar et al. (2019)
O BIM 3D é a dimensão mais familiar adotada para o processo da criação gráfica e não
gráfica que são compartilhadas em um ambiente de dados comum. O nível de importância desta
dimensão atinge o pico na fase de planejamento e projeto de construção, depois, reduz
gradualmente até o final da fase de operação e manutenção, como visto na Figura 4.
Isso volta ao fato de que essa dimensão permite fornecer várias alternativas de design
nesta fase do ciclo de vida do projeto. A dimensão 4D é um processo de planejamento que
vincula o conjunto de dados na modelagem 3D com dados e programação de projetos que
acelera a análise da simulação das atividades de construção. Portanto, o importante papel dessa
dimensão começa em algum momento da fase de projeto, ocorre um pico durante a fase de
27
construção, antes de reduzir gradualmente durante as próximas fases do ciclo de vida dos
projetos de construção, como mostrado na Figura 4. Essa dimensão oferece uma oportunidade
para os participantes de um projeto de construção efetivamente visualizarem, analisarem e
comunicarem vários aspectos do progresso da construção durante toda a vida útil dos edifícios.
A dimensão 5D integra a dimensão 4D com dados de custo, como quantidades e preços facilita
a precisão da estimativa de quantidade e custo. O importante papel dessa dimensão cresce
gradualmente a partir do ponto inicial da fase de planejamento e projeto, os picos durante a fase
de construção, reduz-se durante as fases de operação e fim da vida útil, como mostra a Figura
4. Essa dimensão fornece uma oportunidade para os consultores de custo melhorarem o valor
dos projetos de construção.
A dimensão 6D estende o BIM para gerenciamento de instalações, que é considerado
uma abordagem para manter, melhorar e adaptar edifícios; essa dimensão representa o modelo
construído utilizado durante a fase operacional dos projetos de construção, oferecendo uma
oportunidade para uma descrição integrada de um edifício durante sua fase de uso. O importante
papel desta dimensão começa no final da fase de construção e dura toda a fase de operação e
manutenção de projetos de construção, como mostra a Figura 4. A dimensão 7D incorpora
componentes de sustentabilidade no BIM; as diferentes dimensões do BIM são armazenadas
em um “Repositório de conhecimento BIM”. Nesse nível de análise, as dimensões 3D, 4D e 5D
BIM permitem que os designers comparem diferentes alternativas, faça uma modificação rápida
na modelagem e gerenciamento de edifícios e validar a tomada de decisões para atender aos
requisitos sustentáveis da construção projetos. Tais requisitos podem ser alcançados durante as
fases de projeto e construção de projetos de construção, enquanto a chance de atender aos
requisitos de sustentabilidade reduz gradualmente a próxima fase do ciclo de vida até que ela
termine em algum ponto durante essa fase, conforme mostrado na Figura 4. A dimensão 8D
incorpora diferentes aspectos de segurança em projetos de construção durante o projeto e fases
de construção, como mostra a Figura 4. Em resumo, o BIM oferece uma oportunidade para
otimizar, simular e visualizar o projeto de construção e, portanto, fornece construção de alta
qualidade documentação. A Figura 4 ilustra o nível de importância das dimensões BIM durante
toda a vida útil dos projetos de construção
28
Figura 4: Nível de importância das dimensões BIM em todas as fases do ciclo de vida. Fonte: Najjar et
al. (2019)
VANTAGENS DA FERRAMENTA BIM
O BIM traz inúmeros benefícios para a construção civil. Podendo ser observado essas
vantagens independente da etapa que se encontra a obra. Dentre as principais vantagens
podemos citar:
Redução de erros nas etapas da obra.
Melhorar organização do tempo e cumprimento de prazos
Teste prévio de soluções.
Integração de diferentes profissionais no mesmo programa.
Facilidade da comunicação entre usuários.
Redução de descarte de materiais.
Unificação de dados de diferentes estruturas no mesmo programa.
29
Figura 5: top 10 vantagens BIM. Fonte: dortek
BIM NO CANTEIRO DE OBRAS
Além de todas as facilidades já mencionadas que a tecnologia BIM proporciona para a
construção, qualidade de informação, compatibilização de projetos, facilidades na gestão
podemos ainda citar algumas aplicações dessa ferramenta de forma direta no canteiro de obras.
Uma delas é a possibilidade de termos projetos multidisciplinares em obra com a
exportação das plantas baixas, elevações, geração de imagens em 3D e cortes não seria
necessário um projeto por disciplina de projeto. Seria possível a visualização do projeto
executivo que contempla todos os elementos da construção.
Com utilização de tablets e a tendência da diminuição do uso de papel o tablet pode ser
levado no canteiro de obra permitindo infinitas visualizações da estrutura real com a virtual.
30
5 APRESENTAÇÃO DO ESTUDO DE CASO
O seguinte empreendimento na qual vai ser apresentado se trata sobre uma reforma
residencial de dois andares de 50m² cada pavimento tipo situado em Vila Isabel na cidade do
Rio de Janeiro, RJ, para adequar o mesmo as necessidades estéticas e práticas do cliente.
CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
A contratação foi feita por empreitada com prazo limite de 3 meses e a mão de obra
utilizada foi de dois encarregados de obra e dois ajudantes com o acompanhamento do autor. O
contrato teve como objeto apenas a contratação de mão de obra, com fornecimento de material
pelo cliente. A fiscalização da obra era realizada pelo autor. A obra possuiu projeto de
arquitetura, elétrica e hidráulica realizado pelo autor. A descrição dos serviços a serem
executados. Visando uma modernização do empreendimento e a ideia de deixar o espaço
“clean” foi escolhido pelo cliente no primeiro andar: tornar o espaço bem amplo com demolição
total das paredes e a escolha de uma cozinha americana e sala de estar, eliminando um dos
quartos do andar inferior. Já no segundo andar: criação de uma sala de tv mais reservada, um
bar e manter as duas suítes alterando os layouts das mesmas.
5.1.1 COMPLEXIDADE DO EMPREENDIMENTO
A complexidade do empreendimento pode ser dividida em cinco etapas: demolição,
parte civil, instalação hidráulica, instalação elétrica rebaixo de teto em drywall e acabamento.
A seguir, será apresentada a complexidade de cada uma destas etapas.
a) Demolição.
Após todo projeto estabelecido a fase de demolição é a fase inicial da obra onde iremos
retirar tudo que não vai se encontrar mais na obra e descartar em local credenciados pela
prefeitura. Nessa reforma se enquadra na fase de demolição os seguintes itens:
- Demolição de 80m² de alvenaria.
- Retirada de 100m² de pisos antigos.
- Demolição de escada caracol.
- Remoção de telhas de amianto.
31
- Demolição de janela para criação de futura nova porta de entrada
b) Parte Civil
Após demolido e retirado todo entulho entramos na parte civil, onde vamos construir
seguindo o novo projeto de reforma toda nova estrutura do empreendimento. Nessa reforma
se enquadram na parte civil os seguintes itens:
- Levantamento de 45m² de alvenaria.
- Criação de escada plisada em concreto armado.
- Criação de novos 100m² de contrapiso.
- Substituição de telhas de amianto por telhas portuguesas.
- Fechamento de porta atual e criação de nova porta de entrada.
- Troca de estrutura do telhado.
c) Instalação Hidráulica
Devido as instalações hidráulicas serem antigas e serem de ferro foi escolhido retirada
de toda instalação hidráulica antiga e substituição por novas instalações. Nessa reforma se
enquadram na parte de instalações hidráulica os seguintes itens:
- Instalação de 2 novas caixas d’água de 1000L.
- Instalação de agua fria.
- Instalação de esgoto.
d) Instalação Elétrica
Devido as instalações elétricas serem antigas e os conduites estarem todos interditados
e com fios antigos foi escolhido retirada de toda instalação antiga e substituição por novas
instalações. Nessa reforma se enquadram na parte de instalação elétrica os seguintes itens:
- Instalação de 15 novos pontos de iluminação.
- Instalação de 44 novos pontos de tomada.
- Instalação de 4 ar condicionados tipo Split.
- Instalação de 2 chuveiros elétricos
- Montagem de 2 QDL (Quadro de Luz)
32
e) Acabamento e Rebaixo de teto em Drywall
Fase final da obra. Escolhido pelo cliente porcelanato nas paredes e pisos em quase todo
empreendimento e rebaixo total dos dois pavimentos em drywall devido a casa ter um pé
direito bem alto.
- Assentamento de 200m² de porcelanato.
- Instalação de esquadrias de alumínio.
- Rebaixo de 100m² de teto em drywall.
5.1.2 DIFICULDADE DE EXECUÇÃO
Pelo trabalho se tratar de uma reforma real as dificuldades encontradas são dificuldades
reais e muito comuns no dia a dia de obras de reforma.
a) Colocação de piso: Dificuldade na colocação de pisos nas paredes do primeiro andar
devido à falta de esquadro das paredes. Muitas vezes quando vamos fazer
orçamentos de assentamento de pisos em paredes não reparamos no prumo das
paredes e isso foi um grande aprendizado.
b) Mudança de projeto: Constantes alterações no projeto de arquitetura e na definição
de tomadas. Muito comum em obras de reforma, essa constante indefinição e
mudança sempre atrasa o cronograma da obra.
c) Troca de estrutura do telhado: Com a mudança de telhas de amianto para
portuguesas foi necessária nova estrutura, também não havia projeto existente.
d) Construção de escada plisada em concreto armado: O grande desafio da obra. Como
não havia projeto existente da escada foi realizado os cálculos de forma e armação
durante a obra. Execução feita em 9 dias
A seguir vamos observar umas fotos da etapa da construção da escada plisada em
concreto armado. Na figura 6 podemos observar a construção das formas em madeira e ela
escada já concretada e sem uma parte do escoramento e na figura 8 ela já finalizada com
acabamento em madeira. Em seguida vamos observar a alteração na estrutura do telhado. Como
foram substituídas telhas de amianto por telhas portuguesas foi necessário se adicionar caibros
como pode-se observar na figura 8 e mais ripas como se observa na figura 8. Já na figura 9
podemos visualizar uma parte do telhado finalizado com as telhas portuguesas.
33
Figura 6: Forma e concretagem da escada sem uma parte do escoramento. Fonte: o autor.
Figura 7: Escada finalizada com acabamento em madeira. Fonte: o autor.
34
Figura 8: Reestruturação do telhado para recebimento de telhas portuguesas. Fonte: o autor.
Figura 9: Termino parcial do telhado já com telhas portuguesas. Fonte: o autor
35
6 ESTUDO COMPARATIVO: CUSTO E PRAZO
ESTUDO COMPARATIVO DE CUSTO
Com auxílio do Revit, programa utilizado neste trabalho para desenho arquitetônico,
instalações hidráulicas, instalações elétricas e modelagem estrutural existem duas ferramentas
muito importantes que após o termino de todo o projeto arquitetônico, construção de todas as
famílias e camadas conseguimos fazer o levantamento de material através do programa. São
elas a tabela de quantidades e o material “takeoff”, no primeiro conseguimos medir todas as
quantidades do projeto. Quantidade de esquadrias, pilares, vigas etc. Já com relação a segunda
ferramenta conseguimos extrair áreas e volumes para fazer um levantamento mais preciso de
materiais e assim conseguir fazer orçamentos assertivos para materiais de grandes quantidades
como concreto, madeira ou cerâmica. Adicionalmente, com a utilização desta segunda
ferramenta conseguimos fazer a comparação da obra em dois casos, avaliando as diferenças
entre utilizar ou não esta ferramenta que pode ser observado na Tabela 1 e Tabela 2. Na primeira
tabela vemos todo material utilizado na reforma trabalhada na qual não se foi utilizado o auxílio
dessa ferramenta e na segunda tabela a economia que teríamos caso tivéssemos utilizado o Revit
como auxilio para essa reforma.
Observa-se na Tabela 1 uma maior quantidade de material. Isso ocorreu pela falta de
planejamento na obra e como precisamos de mais areia e cimento pegamos na loja de material
mais próxima, tornando nosso orçamento mais caro. Enquanto na Tabela 2 nota-se uma
quantidade menor de material já que com planejamento poderíamos pegar todo material na loja
mais distante, fazendo assim uma economia de material.
36
Tabela 1: Levantamento de custo de material de emboço, contrapiso, e alvenaria sem a utilização da
ferramenta BIM. Fonte: o autor.
Tabela 2: Levantamento de custo de material de emboço, contrapiso, e alvenaria com auxílio da
ferramenta BIM. Fonte: o autor.
Pode-se perceber uma economia de R$ 818,80 equivalente a 12,74%. Temos que pensar
que a economia é de 12,74% e não somente de R$ 818,80. Estamos nos baseando em uma
reforma considerada pequena. Se a utilização do programa for feita em cima de uma reforma
maior os mesmos 12,74% representariam uma quantia bastante significativa.
37
Referente ao levantamento da parte elétrica que podemos observar na Tabela 1 e Tabela
2. Porem essa comparação está sendo feita devido ao fato de o autor já ter efetuado a reforma e
ter armazenado a lista de todo material que foi utilizado na reforma. Essa comparação de valores
se dá pela falta de planejamento na hora das compras da reforma utilizada. Muitas coisas foram
compradas na C&C e Leroy Merlin porem faltaram muitas coisas que também foram compradas
na loja de material mais próxima.
Tabela 3: Levantamento de custo de material de elétrica sem planejamento. Fonte: o autor.
Tabela 4: Levantamento de custo de material de elétrica com planejamento. Fonte: o autor.
38
Pode-se perceber uma economia de R$ 590,20 equivalente a 25,33%. Similar a
comparação feita na Tabela 1 e Tabela 2, a lógica é a mesma. Sendo assim essa porcentagem
de 25% é bastante alta e significativa caso fossemos considerar essa porcentagem em uma
reforma maior. Nos deixando cientes que perder um tempo no início de cada obra e se planejar
é fundamental para uma economia do projeto nas etapas posteriores.
ESTUDO COMPARATIVO DE PRAZO
O escopo do nosso trabalho foi todo baseado em cima da ferramenta Revit, sendo assim
não conseguimos extrair nenhum estudo comparativo de prazo para realização de estudo de
caso. Para estudos futuros o autor aconselha associar a ferramenta Revit a ferramenta
Navisworks para realizar simulação do progresso da obra. Para isso e necessário inserir as
informações das atividades do tempo e do custo Ex: escavação 15 dias.
39
7 ESTUDO DE CASO: PROBLEMAS OBSERVADOS E CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observamos que foram analisados levantamentos de custo de material de emboço,
contrapiso e alvenaria (Tabela 1 e Tabela 2) e levantamento de custo de material elétrico,
(Tabela 3 e Tabela 4) e nota-se que foram realizadas de diferentes maneiras, a primeira retirando
os dados de uma ferramenta do Revit, material takeoff, e a segunda feita através de dados
obtidos após a execução da reforma ambas com o intuito de avaliar os ganhos possíveis com
utilização da ferramenta e planejamento. Associado a isso nota-se na figura 10 a utilização do
processo tradicional (Autocad) nos dá um custo/esforço bem pequeno no projeto básico
enquanto o processo BIM é bastante elevado, isso se dá devido ao fato de no início do projeto
do BIM ser necessário a edição das famílias existentes para diversas finalidades. Por exemplo:
Se pegarmos as paredes que levam revestimento cerâmico o processo de edição das famílias é
diferente do processo da parede que irá levar pintura. Na parede que irá levar revestimento
cerâmico temos que adicionar uma camada de tijolo, depois uma camada de chapisco, depois
uma camada de emboço, depois outra camada de argamassa e por fim uma camada de
revestimento cerâmico. Isso tudo foi para a edição de uma parede que irá levar revestimento
cerâmico. Devido a todo esse processo de criação de camadas e como pode ser observado na
Figura 10 o projeto básico e pré-executivo é muito lento na ferramenta BIM fazendo com que
para reformas pequenas e caso você não tenha o costume de trabalhar com a ferramenta e não
ter as famílias já criadas o autor não vê muita vantagem na utilização da mesma, mesmo que o
ganho final seja alto. Em reformas pequenas não é usual a utilização dessa ferramenta, porém
estudos da própria Autodesk já demonstraram que para grandes obras o ganho em projetos pode
ser de até 70%.
40
Figura 10: Curva de esforço – Fonte: Guia AsBEA
41
8 CONCLUSÕES
O Estudo mostrou a enorme quantidade de pessoas que realizam reformas sem auxílio
de mão de obra qualificados trazendo muitas patologias recorrentes a isso tornando a
necessidade da contratação de profissionais mais presente para realização dessas reformas.
Vimos também as enormes vantagens que a metodologia BIM trouxe para os dias atuais porem
a utilização da ferramenta na utilização de obras de pequeno porte não são interessantes, mas
para obras maiores, (citado no capitulo 7), sim. Essa diferença é muita perceptiva quando
compararmos a reforma estudada com a construção de um prédio de 10 pavimentos tipo, como
por exemplo se pegarmos a economia de 12,74% (Resultado da Tabela 1 e Tabela 2) que
tivemos economia de R$ 818,80 com 10 pavimentos tipo, se fizermos uma análise fria a
economia seria de R$ 8.188,00. Um valor bem expressivo em obras de reforma. Porém o estudo
não explou todas as capacidades do conceito BIM, para obras de pequeno porte ou projetos de
menor complexidade onde nesses casos a ferramenta CAD ainda será a mais utilizada, mas com
o tempo deixará de ser a principal ferramenta na elaboração e emissão de projetos na engenharia
civil sendo sucedidas pelo BIM.
42
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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construcao-civil-no-brasil/>. Acesso em: 22 ago. 2019.
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<https://brazil.businesschief.com/tecnologia/1320/A-evoluccedilatildeo-do-BIM-no-Brasil>.
Acesso em: 15 ago. 2019.
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edificações — Requisitos para o sistema de gestão de manutenção. Rio de Janeiro, 2012.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575 – Edificações
habitacionais — Desempenho. Rio de Janeiro, 2013.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16280 – Reforma em
edificações – Sistema de gestão de reformas – Requisitos. Rio de Janeiro, 2015.
Cardoso, Andreia; Maia, Bruno; Santos, Diogo; Neves, João; Martins, Margarida Cardoso,
BIM: O que é?. 2013. 27f. Dissertação de Mestrado – Universidade do Porto, Porto, 2013.
COM QUEDA EM NOVAS OBRAS, REFORMAS GANHAM ESPAÇO. Disponível em:
<https://g1.globo.com/especial-publicitario/em-movimento/noticia/com-queda-em-novas-
obras-reformas-ganham-espaco.ghtml>. Acesso em: 20 ago. 2019.
Croce, Júlio César Bastos; Mello, Sérgio Moura Costa Di Cavalcanti; De Azevedo, Walter
Augusto, Decisão por Empreitada Global ou Unitária em Obras Públicas de Reformas de
Edificações. 2008. 55f. Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização – Pontifícia
Universidade Católica, Rio de Janeiro, 2008.
NAJJAR, Mohammad K. et al. Integrating parametric analysis with building information
modeling to improve energy performance of construction projects. Energies. 2019.
43
O MELHOR CAMINHO PARA A BUSCA PELA OTIMIZAÇÃO DOS CUSTOS E DO TEMPO.
Disponível em: <https://www.abrafac.org.br/blog/o-melhor-caminho-para-a-busca-pela-
otimizacao-dos-custos-e-do-tempo/>. Acesso em: 15 de ago. 2019.
Pereira, Lucas Araújo, Aspectos Técnicos e Legais em Obras de Reforma em Edificações. 2017.
XXf. Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,
2017.
TECNOLOGIA BIM: GUIA COMPLETO. Disponível em: <https://www.buildin.com.br/guia-
completo-sobre-tecnologia-bim/>. Acesso em: 16 ago. 2019.
44
APÊNDICE A – PLANTAS BAIXAS FEITAS EM AUTOCAD E REVIT
Figura 11: Planta baixa antes da reforma AutoCad. Fonte: o autor.
Figura 12: Planta baixa depois da reforma AutoCad. Fonte: o autor.
45
Figura 13: Planta baixa feita no Revit depois da reforma - primeiro pavimento. Fonte: o autor.
Figura 14: Planta baixa feita no Revit depois da reforma - segundo pavimento. Fonte: o autor.
46
APÊNDICE B – FOTOGRAFIAS DO ANTES E DEPOIS DA REFORMA ESTUDADA.
Figura 15: Foto da cozinha antes da reforma. Fonte: o autor.
Figura 16: Foto da cozinha depois da reforma. Fonte: o autor.
47
Figura 17: Foto da cozinha depois da reforma 2. Fonte: o autor.
48
Figura 18: Foto da escada caracol antes da reforma. Fonte: o autor
Figura 19: Foto da escada plisada depois da reforma. Fonte: o autor.
49
Figura 20: Foto da sala do primeiro andar antes da reforma. Fonte: o autor.
Figura 21: Foto da sala do primeiro andar depois da reforma. Fonte: o autor.
50
Figura 22: Foto da sala do segundo andar antes da reforma. Fonte: o autor.
Figura 23: Foto da sala do segundo andar depois da reforma. Fonte: o autor.
51
Figura 24: Foto da Suíte 1 antes da reforma. Fonte: o autor.
Figura 25: Foto da Suíte 1 depois da reforma. Fonte: o autor.
52
Figura 26: Foto da Suíte 2 antes da reforma. Fonte: o autor.
Figura 27: Foto da Suíte 2 depois da reforma. Fonte: o autor.
53
Figura 28: Foto do banheiro 2 antes da reforma. Fonte: o autor.
Figura 29: Foto do banheiro 2 depois da reforma. Fonte: o autor.
54
Figura 30: Foto do banheiro 1 antes da reforma. Fonte: o autor.
Figura 31: Foto do banheiro 1 depois da reforma. Fonte: o autor.
55
APÊNDICE C – RENDERIZACOES FEITAS NO REVIT BASEADAS NA REFORMA
REALIZADA
Figura 32: Renderização Revit fachada 1. Fonte: o autor.
Figura 33: Renderização Revit fachada 2. Fonte: o autor.
56
Figura 34: Renderização Revit Escada Plisada. Fonte: o autor.
Figura 35: Escada Plisada pós reforma. Fonte: o autor.
57
Figura 36: Renderização Revit Sala tv 2º andar. Fonte: o autor
Figura 37: Sala Tv 2º andar – pós reforma. Fonte: o autor.
58
Figura 38: Renderização Revit Suíte 1. Fonte: o autor
Figura 39: Suíte 1 – pós reforma. Fonte: o autor.
59
Figura 40: Renderização Revit Cozinha 1. Fonte: o autor
Figura 41: Foto da cozinha 1. Fonte: o autor
60
Figura 42: Renderizacao cozinha 2. Fonte: o autor
Figura 43: Foto cozinha 2. Fonte: o autor
61
Figura 44: Renderização Revit Sala primeiro pavimento. Fonte: o autor
Figura 45: Foto sala primeiro pavimento. Fonte: o autor
62
Figura 44: Planta baixa realizada no Revit. Fonte: o autor
Figura 45: Plantas de corte realizada no Revit. Fonte: o autor