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SumárioSumário..............................................................................................................................2

Eixo 1. Saúde Mental e Políticas de Estado: pactuar caminhos intersetoriais (Eixo da Política e da Pactuação)................................................................................................5

1.1Organização e consolidação da rede.............................................................................5Propostas Prioritárias para o âmbito nacional...................................................................5Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual...................................................................5Demais Propostas Aprovadas............................................................................................61.2 Financiamento.............................................................................................................8Propostas Prioritárias para o âmbito nacional...................................................................8Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual...................................................................9Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................101.3 Gestão do trabalho em Saúde Mental........................................................................11Propostas Prioritárias para o âmbito nacional e estadual................................................11Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................121.5 Política de Assistência Farmacêutica........................................................................13Propostas Prioritárias para o âmbito nacional e estadual................................................13Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................141.6 Participação social, formulação de políticas e Controle Social.................................14Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................14Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual.................................................................15Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................161.7 Gestão da informação, avaliação, monitoramento e planejamento da Saúde Mental..........................................................................................................................................16Propostas Prioritárias para o âmbito nacional e estadual................................................16Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................171.8 Políticas Sociais e Gestão intersetorial......................................................................17Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................18Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual.................................................................18Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................191.9 Formação, Educação Permanente..............................................................................20Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................20Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................201.9 Reforma Psiquiátrica, Reforma Sanitária e o SUS....................................................22Propostas Prioritárias para o âmbito e Nacional e Estadual...........................................22Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................22

Eixo 2 – Consolidar a rede de atenção psicossocial e fortalecer os movimentos sociais – Eixo do cuidado...........................................................................................24

2.1 O cotidiano dos serviços, trabalhadores usuários e familiares na produção do cuidado.............................................................................................................................24Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................24Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual.................................................................25Demais Propostas Aprovadas .........................................................................................262.2 – Práticas Clínicas no Território................................................................................26Propostas Prioritárias para o Âmbito Nacional e Estadual..............................................26Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................272.3 – Centros de Atenção Psicossocial como dispositivo estratégico da Reforma Psiquiátrica......................................................................................................................27

Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................27Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual.................................................................28Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................282.4 – Atenção às pessoas em crise...................................................................................29Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................29Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual.................................................................30Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................312.5 Desinstitucionalização, Inclusão e Proteção Social: Residências Terapêuticas, Programa de Volta para Casa e Articulação Intersetorial no Território..........................31Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................31Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual.................................................................32Demais Propostas Aprovadas:.........................................................................................322.6 – Saúde Mental Atenção Primária e Promoção da Saúde.........................................33Propostas Prioritárias para o âmbito nacional e estadual................................................33Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................342.7 – Álcool e outras drogas como desafio......................................................................35Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................35Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual.................................................................35Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................362.8 Saúde mental na infância, adolescência e juventude: uma agenda prioritária para a atenção integral e intersetorialidade................................................................................38Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................38Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual.................................................................39Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................392.9 Garantia do acesso universal em saúde mental: enfrentamento da desigualdade e iniqüidades em relação à raça/etnia, gênero, orientação sexual e identidade de gênero, grupos geracionais, população em situação de rua, em privação de liberdade e outras condicionantes sociais na determinação da saúde mental...............................................40Propostas Prioritárias para o âmbito nacional/estadual:..................................................40

Eixo 3 – Direitos Humanos e Cidadania como desafio ético e intersetorial – Eixo da Intersetorialidade.........................................................................................................42

3.1 Direitos Humanos e Cidadania..................................................................................42Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................42Propostas Prioritárias para o âmbito estadual..................................................................42Demais Propostas aprovadas...........................................................................................433.2 Trabalho, geração de renda e economia solidária......................................................44Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................44Propostas Prioritárias para o âmbito estadual..................................................................45Demais Propostas aprovadas...........................................................................................463.3 - Cultura/ Diversidade Cultural.................................................................................48Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................48Propostas Prioritárias para o âmbito estadual..................................................................48Demais Propostas aprovadas...........................................................................................493.4 Justiça e Sistema de Garantia de Direitos..................................................................50Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................50Propostas Prioritárias para o âmbito estadual..................................................................51Demais Propostas aprovadas...........................................................................................523.5 Educação, inclusão e cidadania.................................................................................52

Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................52Propostas Prioritárias para o âmbito estadual..................................................................53Demais Propostas aprovadas...........................................................................................533.6 Seguridade Social, Previdência, Assistência Social e Saúde.....................................54Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................54Propostas Prioritárias para o âmbito estadual..................................................................55Demais Propostas aprovadas...........................................................................................553.7 Organização e mobilização dos usuários e familiares de saúde mental....................56Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................56Propostas Prioritárias para o âmbito estadual..................................................................56Demais Propostas aprovadas...........................................................................................573.8 – Comunicação, informação e relação com a mídia..................................................57Propostas Prioritárias para o âmbito nacional e estadual................................................57Demais Propostas aprovadas...........................................................................................583.9 – Violência e Saúde Mental.......................................................................................58Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................58Propostas Prioritárias para o âmbito estadual..................................................................58Demais Propostas aprovadas...........................................................................................59Moções de Repúdio.........................................................................................................61Moções de Apoio.............................................................................................................69Moção de Recomendação................................................................................................72

Eixo 1. Saúde Mental e Políticas de Estado: pactuar caminhos

intersetoriais (Eixo da Política e da Pactuação)

1.1Organização e consolidação da rede

Propostas Prioritárias para o âmbito nacional

1. Consolidação efetiva da rede de serviços substitutivos em SM, em consonância

com os pressupostos da Reforma Psiquiátrica no SUS, conforme preconização da

Política Nacional de SM, Álcool e Outras Drogas, garantindo o cumprimento da

legislação do SUS vigente (leis 8.080/90, 8.142/90 e 10.216/2001), com acolhimento de

toda a população nas UBS/ESF, incluindo as necessidades dos usuários de álcool e

outras drogas, respeitando os princípios da universalidade, integralidade e equidade

aos usuários de ainda, a efetivação de leitos psiquiátricos e clínicos para

desintoxicação em HG (com atenção por equipe multidisciplinar), como a implantação

efetiva dos demais serviços necessários à rede de cuidados contínuos em SM (CAPS I,

SRT, CAPS III, NASF entre outros), incluindo a rede intersetorial, estimulando a

comunicação e participação dos diferentes setores e serviços, com reuniões intra e

intersetoriais sistemáticas e com sustentabilidade.

2. Fortalecer a política de saúde mental e ampliar a intersetorialidade na atenção,

promoção e prevenção nas áreas da saúde educação assistência social e justiça.

3. Implantação do plano nacional de cargos e salários para o SUS, respeitando as

realidades regionais.

4. Implementar matriciamento com equipes intersetoriais na atenção em saúde,

inclusive saúde mental, como diretriz da política municipal de saúde com financiamento

das diferentes políticas publicas (educação, saúde, assistência social e outras).

5. Trabalhando com a lógica do território, realizar o fortalecimento com ampliação

e avaliação constante dos EFS para atender o trabalho da saúde em caráter de

prevenção nos municípios. Sendo este o primeiro e o mais próximo do indivíduo,

facilitando o acesso.

Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual1. Garantir o planejamento das políticas públicas de forma participativa e

intersetorial, garantindo financiamento de programas, projetos e ações nas 3 esferas de

governo.

2. Formação e contratação de trabalhadores, através de concurso público

especifico para área da saúde e saúde mental afim de uma manutenção de equipe

interdisciplinar objetivando a integralidade das ações.

3. Reorganização da rede de atenção integral à saúde mental de forma que os

CAPS sejam efetivamente acessados por pessoas com transtornos severos e

persistentes; priorizando também o apoio matricial para atenção básica;

4. Criação e regulamentação do agente redutor de danos, fortalecendo o

reconhecimento deste profissional como elo importante de formação de vínculos, capaz

de favorecer possibilidades terapêuticas e resultados positivos, ligando sua

participação aos diferentes serviços de saúde pública, especialmente nos CAPS AD.

5. Ampliação dos serviços de saúde mental nos municípios.

Demais Propostas Aprovadas

1. Ampliação das equipes multidisciplinares de saúde em serviço de saúde mental

garantindo o cuidado especializado com integração de campos como:

nutrição,educação física,serviço social,terapia ocupacional,psiquiatria e

psicopedagogia,garantido a criação do cargo para atuação nas políticas publicas.

2. Fortalecer os serviços existentes nas diferentes políticas, ampliar a rede

municipal, a infra-estrutura, recursos humanos, materiais, financeiros, alem de

transporte adequado e alimentação nos serviços, qualificando assistência prestada

mantendo o compromisso da gestão em viabilizar condições para a realização do

trabalho em rede.

3. Ampliar as equipes para atendimento nos CAPS e nas outras unidades de

saúde, como por exemplo, psicólogas e assistentes sociais na ESF. Os municípios

precisam se organizar para tal proposta a partir do incentivo do Estado, cobrando

responsabilidades.

4. Garantir equipes interdisciplinares para atendimento dos pacientes, em

cumprimento da Lei Federal nº 10.216/2001.

5. Disponibilizar profissional de referência em psiquiatria para atender a demanda

nos municípios.

6. Inclusão do profissional psicólogo nos programas de atendimento na atenção

básica

7. Garantir a assistência odontológica aos portadores de transtornos mentais na

rede Pública.

8. Para consolidação da rede, fazer circular informações, em todos os serviços

envolvidos, promovendo encontro, seminários para criar estratégias de prevenção

conjunta.

9. Promover a articulação interna entre a rede de saúde: UBS, serviços

especializados, serviços de saúde mental e hospitais.

10. Trabalhando com a lógica do território, realizar o fortalecimento com ampliação

e avaliação constante dos EFS para atender o trabalho da saúde em caráter de

prevenção nos municípios. Sendo este o primeiro o mais próximo do indivíduo,

facilitando o acesso. Reavaliação dos critérios de implantação dos CAPS, não apenas

o número populacional, pois isso impede muito o acesso dos municípios menores. Que

os Municípios possam ter verbas proporcionais ao seu tamanho.

11. Usar melhor o sistema de referência e contra-referência, como instrumento

necessário para articular e consolidar o bom funcionamento da rede.

12. Implementação dos núcleos atenção a saúde da família.

13. Construir equipes matriciais para trabalhar saúde mental na rede básica

14. Reorganizar os serviços e programas de saúde mental, considerando o

território e as características sócio-demográficas e culturais, a organização urbana, o

perfil epidemiológico e as condições de acessibilidade como elemento fundamental

para a estruturação / formação da rede de atenção.

15. Oportunizar convênios do município com as universidades, promovendo a

interdisciplinaridade com cursos como: Educação Física, Artes, Enfermagem,

Psicologia, Pedagogia, Fisioterapia entre outros.

16. Fortalecer em parceria com a sociedade civil organizada, programas de

formação permanente, acompanhantes terapêuticos, para atuação nos serviços de

saúde mental organizando a rede com ênfase nos princípios da integralidade e

intersetorialidade qualificando e sensibilizando os trabalhadores.

17. Que o setor de saúde mental na coordenadoria regional de saúde seja

resolutivo e tenha comprometimento efetivo junto às ações e profissionais da saúde

mental, assessorando os municípios para implantação de políticas de matriciamento.

18. Integração regional entre municípios para a Atenção à Saúde e atendimento

aos direitos humanos garantindo a regionalização e integração dos serviços produzindo

acesso a todos.

19. Ampliação do quadro funcional das Coordenadorias Regionais de Saúde

através de concurso público; para assessoramento aos municípios inclusive em saúde

mental.

20. Regulação das vagas em Comunidades Terapêuticas e Unidades Psiquiátricas

em Hospital Geral pelo gestor estadual através da equipe de regulação.

21. Garantir o atendimento psiquiátrico pelo SISREG (Sistema de Regulação), ou

seja, que as consultas sejam pelo SUS e não por Consórcios ou pelo teto do município.

22. Fomentar a resolutividade da assistência em saúde mental em Hospital Geral,

garantindo a atenção integral, espaço físico e espaço de convivência, que minimize o

sofrimento psíquico fortalecendo a interação entre as equipes dos CAPS, da atenção

básica do hospital, através do sistema de referencia e contra-referencia.

23. Capacitação e sensibilização dos trabalhadores em saúde mental da rede,

inlcusive ESF a fim de acolher as pessoas com sofrimento psíquico de acordo com

suas especificidades, facilitando o acesso destes aos serviços e visando atenção

integral em saúde.

24. Realização de sensibilização e capacitações para educadores e funcionários

de escolas para que acolham as pessoas com sofrimento psíquico nos processos de

inclusão escolar.

25. Criar estratégias que atinjam toda a comunidade com apoio das esferas

governamentais, e parceria com ONG's com o Serviço de Saúde Mental do Município.

26. Ampliação da rede municipal com criação de departamento de projetos com

equipes capacitadas para buscar recursos para saúde mental e fortalecimento da rede

existente com disposição de recursos humanos e materiais e financeiros para a

resolutividade e construção de alternativas.

27. Para consolidação da rede, fazer circular informações, em todos os serviços

envolvidos, promovendo encontros, seminários sistemáticos para criar estratégias de

prevenção conjunta.

1.2 FinanciamentoPropostas Prioritárias para o âmbito nacional

1. Exigir o cumprimento da Emenda Constitucional 29 nas três esferas de governo

para garantir que, através do Pacto de Gestão, haja transferência de recurso fundo a

fundo das três esferas governamentais para subsidiar serviços substitutivos de modelo

de atenção não asilar, tais como moradia, geração de renda, CAPS, entre outros.

2. Incrementar a política de financiamento de assistência farmacêutica para

prescrição e administração de medicamentos, ampliando os casos, hoje contemplados

pela normatização do SUS, garantindo o recurso financeiro para aquisição através das

três esferas governamentais.

3. Assegurar rubrica orçamentária União, Estado, Município para aplicação em

saúde mental com autonomia dos serviços na elaboração e gestão do plano de ação

visando despesas com: transporte, estruturação dos serviços, capacitação dos

profissionais, materiais, alimentação, publicações e divulgação com fiscalização dos

conselhos de saúde.

4. Superar o pagamento por procedimento o qual tem por base a doença, e

estabelecer piso financeiro para todos os CAPS e reajuste do piso da Atenção Básica

para ações em Saúde Mental e utilização de um sistema de informações para subsidiar

o monitoramento da rede de saúde mental, enfatizando a vigilância.

5. Mudança de redação. Que o critério populacional não seja exclusivo para

receber incentivo para implantação de serviço de saúde mental, possibilitando que os

municípios abaixo de 20.000 possam implantar serviços de saúde mental, tais como

CAPS I, SRT, a partir de dados da realidade.

Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual

1. Exigir o cumprimento da Emenda Constitucional 29 nas 3 esferas de governo

para garantir que, através do Pacto de Gestão, haja transferência de recurso fundo a

fundo das três esferas governamentais para subsidiar serviços substitutivos de modelo

de atenção não asilar, tais como moradia, geração de renda, CAPS, entre outros;

2. Incrementar a política de financiamento de assistência farmacêutica para

prescrição e administração de medicamentos, ampliando os casos, hoje contemplados

pela normatização do SUS, garantindo o recurso financeiro para aquisição através das

três esferas governamentais;

3. Assegurar rubrica orçamentária União, Estado, Município para aplicação em

saúde mental com autonomia dos serviços na elaboração e gestão do plano de ação

visando despesas com: transporte, estruturação dos serviços, capacitação dos

profissionais, materiais, alimentação, publicações e divulgação com fiscalização dos

conselhos de saúde;

4. Superar o pagamento por procedimento o qual tem por base a doença, e

estabelecer piso financeiro para todos os CAPS e reajuste do piso da Atenção Básica

para ações em Saúde Mental e utilização de um sistema de informações para subsidiar

o monitoramento da rede de saúde mental, enfatizando a vigilância;

5. Que o critério populacional seja desconsiderado, possibilitando inclusive que os

municípios com população abaixo dos 20.000 (vinte mil) habitantes também possam

receber incentivos para implantação do seu próprio serviço de Saúde Mental e que haja

possibilidade de contemplação de CAPS (infância, residenciais terapêuticos e outros)

sempre quando houver necessidade.

Demais Propostas Aprovadas

1. Exigir o cumprimento da Emenda Constitucional 29 nas 3 esferas de governo

para garantir que, através do Pacto de Gestão, haja transferência de recurso fundo a

fundo das três esferas governamentais para subsidiar serviços substitutivos de modelo

de atenção não asilar, tais como moradia, geração de renda, CAPS, entre outros;

2. Ampliação dos serviços de saúde mental nos municípios;

3. Incrementar a política de financiamento de assistência farmacêutica para

prescrição e administração de medicamentos, ampliando os casos, hoje contemplados

pela normatização do SUS, garantindo o recurso financeiro para aquisição através das

três esferas governamentais;

4. Assegurar rubrica orçamentária União, Estado, Município para aplicação em

saúde mental com autonomia dos serviços na elaboração e gestão do plano de ação

visando despesas com: transporte, estruturação dos serviços, capacitação dos

profissionais, materiais, alimentação, publicações e divulgação com fiscalização dos

conselhos de saúde;

5. Assegurar que os recursos provenientes do fechamento de leitos hospitalares

psiquiátricos sejam repassados fundo a fundo aos serviços substituitivos, com sua

aplicação deliberada nos respectivos Conselhos de Saúde.

6. Superar o pagamento por procedimento o qual tem por base a doença, e

estabelecer piso financeiro para todos os CAPS e reajuste do piso da Atenção Básica

para ações em Saúde Mental e utilização de um sistema de informações para subsidiar

o monitoramento da rede de saúde mental, enfatizando a vigilância.

7. Maior investimento na efetiva implantação dos CAPS, em todas as

modalidades previstas, com funcionamento de portas abertas, com acolhimento,

garantindo o seu funcionamento integral (provendo adequação de recursos físicos,

materiais e humanos), de acordo com as diretrizes e normas do Ministério da Saúde.

8. Aumento do financiamento voltado a projetos culturais (cursos e incentivo a

descoberta de talentos), viabilizando acesso aos bairros.

9. Garantir e priorizar investimentos financeiros de políticas de saúde mental para

a promoção da saúde na atenção básica, reforçando a implantação dos NASF’s;

10. Garantir a isonomia salarial e o incentivo financeiro para a qualificação dos

trabalhadores de saúde e áreas afins com enfoque na área da saúde mental de acordo

com os pressupostos da educação permanente em saúde.

11. Garantir através das três esferas do governo financiamento para reorganizar,

ampliar e melhorar os serviços especializados no cuidado do uso, abuso, dependência

de álcool e outras drogas, investindo nos serviços da rede pública com enfoque na

redução de danos; bem como em projetos intersetoriais.

12. Garantir atendimento especializado em saúde mental pelo SUS e não por

consórcio ou serviços terceirizados.

1.3 Gestão do trabalho em Saúde MentalPropostas Prioritárias para o âmbito nacional e estadual

1. O suprimento dos cargos para a área da Saúde Mental deverá ser mediante

concurso público, como forma de desprecarização das condições de trabalho dos

profissionais de saúde, com regularização dos direitos dos trabalhadores no serviço

público, de modo a garantir que os processos seletivos dos profissionais dos serviços

de saúde mental sejam de acordo com os princípios e diretrizes da Reforma

Psiquiátrica, do SUS, da Política Nacional de Humanização e Redução de Danos,

incluindo prova de títulos direcionados ao cargo, para selecionar profissionais com

perfil, de modo a garantir junto com outras condições, uma maior qualidade no serviço

de saúde. E assim garantir uma política de Plano de Carreira, Cargos e Salários, que

viabilize isonomia salarial - incluindo profissões das diversas áreas ainda não

reconhecidas, tais como: Arte, Acompanhante Terapêutico, Redutor de Danos,

Educador Social, Oficineiros, entre outros.

2. Implementar uma Política de Plano de Carreira, cargos e salários que viabilize

isonomia salarial, incentivo salarial para aprimoramento através de cursos de pós-

graduação (especialização, mestrado, doutorado) e que inclua profissões de diversas

áreas, ainda não reconhecidas que contribuam com as ações em Saúde Mental e

garantir que o provimento dos cargos para a área da Saúde Mental seja através de

concurso público, como forma de despreconização das condições de trabalho dos

profissionais, com regularização dos direitos dos trabalhadores no serviço público,

garantindo que os processos seletivos para esses cargos estejam de acordo com os

princípios e diretrizes da Reforma Psiquiátrica, do SUS, da Politica Nacional de

Humanização e da Redução de Danos, incluindo prova de títulos que priorize

profissionais com formação em Saúde Mental, Saúde Coletiva e políticas Públicas.

3. Organizar reforma administrativa de modo que a gestão do processo de

trabalho nas políticas públicas inclua o pensar e fazer coletivo – planeja quem executa

e executa quem planeja, centrado no trabalho em equipe como forma de romper com a

fragmentação, alienação e patrimonialismo (a inversão do publico pelo privado cuja

expressão é o clientelismo e o assistencialismo) na execução dessas políticas,

conforme as diretrizes da Política Nacional de Humanização. Implantar conselhos de

gestão participativa, colegiado gestor, colegiado de processo de trabalho, colegiado

gestor da unidade de saúde e dos serviços de Saúde Mental, mesa de negociação

permanente, contrato de gestão em todos os serviços públicos de saúde e

conveniados, hospitais, distrito sanitário, secretarias de saúde e parceiros intersetoriais

implicados com as diretrizes da Reforma Psiquiátrica.

4. Garantir ações voltadas à Saúde dos Trabalhadores de Saúde Mental,

implementando projetos que contemplem o cuidado do cuidador disponibilizando

espaço de escuta e reflexão legitimado pelo gestor, articulando encontros sistemáticos

com profissional capacitado, como atividades planejadas de acordo com a demanda do

grupo.

5. Ampliar o quadro de profissionais da saúde na rede de saúde mental e incluir

através de concurso público, profissionais de diversas áreas capacitados em saúde

mental, com formação em instituições reconhecidas, nas equipes mínimas de ESF e

NASF, incentivando ações de matriciamento na atenção básica, descentralizando os

serviços de saúde mental e garantindo a cobertura da ESF 100% do território dos

municípios.

6. Estabelecer no organograma da Secretaria de Saúde a função de coordenador

de cada serviço de saúde mental com suas atribuições e funções definidas na

perspectiva da gestão participativa, com remuneração específica. Assegurar que o

coordenador em Saúde Mental tenha conhecimento técnico para garantir o

funcionamento do serviço como um todo, além de garantir que os coordenadores sejam

membros da equipe e eleitos pelos técnicos membros das equipes.

Demais Propostas Aprovadas

1. Organizar reforma administrativa, orientada pelo eixo da intersetorialidade,

incluindo diversas áreas profissionais para compor a equipe multiprofissional na

prestação de serviços em saúde mental.

2. Desprecarização das condições de trabalho dos profissionais de saúde, com

regularização de vínculo de todos os trabalhadores, incluindo os Agentes Comunitários

de Saúde, Redutores de Danos, Visitadores e Monitores do PIM, com implementação,

revisão e adequação do Difícil Acesso, considerando ser diferenciada entre os

profissionais, além da reposição de funcionários faltantes que geram sobrecarga às

equipes, envio de material de consumo sem as faltas frequentes, aquisição e

manutenção de equipamentos, com a regularidade necessária.

3. Estabelecer como um dos critérios para o conveniamento com o SUS, que os

Hospitais Gerais, na criação de leitos psiquiátricos e leitos clínicos para desintoxicação,

constituam equipes multiprofissionais, com o trabaho interdisciplinar, de acordo com a

PNH e dos princípios do SUS, com o devido acompanhamento e fiscalização dos

órgãos do controle social.

4. Instituir periodicidade na Supervisão por parte da Coordenadoria Regional no

que se refere ao cumprimento efetivo da Portaria 336 com relação ao funcionamento

dos CAPS, garantindo o disposto em lei relativa aos CAPS, nas três esferas de

governo.

5. Garantir a participação efetiva dos trabalhadores de Saúde Mental nas

reuniões das redes sócio-assistenciais dos municípios.

6. Participação permanente e efetiva das coordenações de SM nos espaços de

discussão e debate e promoção de saúde, principalmente em eventos específicos

relacionados aos serviços substitutivos na rede, e inclusão, nas reuniões de

coordenadores de CAPS, um representante dos usuários.

7. Implantar a política de humanização em todos os municípios.

8. Garantir a permanência do profissional designado para determinado setor

valorizando o conhecimento adquirido e a formação de vínculos entre profissional e

usuário, exceto quando o profissional solicitar ou quando a equipe técnica avaliar a

necessária mudança de local de trabalho.

1.5 Política de Assistência FarmacêuticaPropostas Prioritárias para o âmbito nacional e estadual

1. Garantir que a renovação de receitas de medicamentos esteja condicionada ao

atendimento médico direto.

2. Atualizar a listagem de medicações por parte da ANVISA, defasada há mais de

quatro anos, assim como reavaliar os protocolos dos medicamentos especiais e

excepcionais.

3. Organizar e prover o estoque de psicofármacos, visando garantir a

continuidade de fornecimento, de acordo com o perfil e necessidade dos usuários,

disponibilizando recursos por parte das três esferas de governo, e realizar a prestação

de contas de gastos com os mesmos.

4. Garantir a articulação entre a Política Farmacêutica e de Saúde Mental,

adequando a programação ao perfil epidemiológico regional, visando qualificar a oferta

do acesso integral a medicamentos de qualidade.

5. Estimular o uso racional de medicamentos garantindo a utilização de recursos

terapêuticos integrados, evitando o tratamento medicamentoso como principal

intervenção.

Demais Propostas Aprovadas

1. Efetivar encontros e fóruns de Educação Permanente em Assistência

Farmacêutica, enfatizando a prevenção.

2. Conscientizar a prática dos profissionais, a fim de evitar a influência da

indústria farmacêutica sobre políticas de saúde e prescrição de medicamentos.

3. Informatizar e descentralizar a rede farmacêutica de medicações controladas

garantindo o fornecimento sistemático, provendo verba para compra de medicações em

falta na rede ou em situações emergenciais de acordo com o que foi previsto em lei.

4. Garantir a presença de farmacêuticos nos dispensários públicos de

medicamentos.

5. Orientar familiares sobre a doença e tratamento, bem como os efeitos

colaterais da medicação.

6. Garantir a distribuição de psicotrópicos dos grupos especiais, essenciais e

excepcionais nos serviços da rede pública e encaminhar ao ministério da saúde a

quebra de patente para a produção de genéricos e sua distribuição na rede pública.

1.6 Participação social, formulação de políticas e Controle Social.Propostas Prioritárias para o âmbito nacional

1. Realizar a partir da organização do Governo Federal em parceira com estados

e municípios campanhas direcionadas especificamente a Saúde Mental – Usuário –

Família, possibilitando maior visibilidade ao segmento e a política pública.

2. Maior participação/ envolvimento da sociedade na formulação/ efetivação das

políticas de saúde mental, para dessa forma viabilizar a inclusão dos portadores de

sofrimento psíquico no convívio social, mercado de trabalho, e educação.

3. Os Planos de Saúde Mental, a nível municipal, estadual e federal, deverão ser

construídos a partir de debates nos diversos espaços de controle social.

4. Ampliar e divulgar a criação de fóruns de Saúde Mental em todas as regiões do

Brasil de forma permanente e mais freqüente, assegurando o direito à participação dos

trabalhadores, gestores, operadores do direito, ONGs, instituições, usuários e

familiares, para o encaminhamento de suas reivindicações aos órgãos competentes.

5. Implantar conselhos de gestão participativa, colegiado gestor, colegiado gestor

de unidade de saúde, mesa de negociação permanente, contrato de gestão em todos

os serviços públicos de saúde e conveniados.

Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual

1. Implementar ações que valorizem o saber popular junto às comunidades, e

aumentar o acesso às informações, a fim de capacitar os usuários, a família e a

comunidade para o exercício da participação na política de saúde mental e na

construção de estratégias de cuidado.

2. Incentivar usuários, familiares e trabalhadores a participarem de forma

organizada do controle social nas políticas de saúde dos municípios (CMS, Conselhos

Gestores, Associação de Usuários, entre outros), e fomentar a importância da

participação das famílias no processo de reabilitação e inclusão social do usuário em

sua comunidade, bem como a necessidade de combater veementemente toda a forma

de preconceito e discriminação, e que seja pleiteada, junto aos CMS, cadeira de

representação de organizações de usuários de SM.

3. Encaminhar todos os projetos e programas na área de saúde mental para

serem discutidos e aprovados pelos Conselhos de Saúde.

4. Criação de uma Comissão de Saúde Mental no Conselho de Saúde do

Município e de uma Assembléia Única da Rede de Saúde Mental com a participação de

usuários, gestores, trabalhadores de saúde mental e demais setores, Educação,

Cultura e Esporte, Cidadania e Assistência Social.

5. Cobrar a participação dos gestores, prefeitos e secretários em espaços de

discussão do trabalho e da política de saúde mental.

Demais Propostas Aprovadas

1. Criação de colegiados gestores nas unidades de saúde e no âmbito das

políticas públicas de saúde do município.

2. Apresentar os recursos de forma transparente e simplicada para a comunidade,

especificando os valores que são destinados a cada serviço.

3. Que os projetos de organizações da sociedade civil (OSC), relacionadas à

Saúde Mental e uso, abuso e dependência de drogas, sejam fiscalizados pelos

Conselhos de Políticas e de Direitos correspondentes, no que diz respeito a atuação e

ocupação dos recursos designados e utilizados nesses respectivos .

4. Garantir a efetivação dos Conselhos Distritais de Saúde nos municípios.

5. Organização de materiais informativos acerca dos Conselhos de Direitos

direcionados à população em geral.

6. Responsabilizar os gestores pelo não cumprimento da Emenda constitucional

29.

7. Que a Conferência Nacional e Estadual sejam articuladas com estrutura física

adequada e tempo suficiente para a articulação e realização de pré-conferências

preparatórias e conferências municipal.

1.7 Gestão da informação, avaliação, monitoramento e planejamento da Saúde Mental.

Propostas Prioritárias para o âmbito nacional e estadual

1. Sistemas de Informação em Saúde - Desenvolvimento e implantação de um

sistema de informação em saúde mental com infra estrutura que contemple a

transversalidade e a intersetorialidade. a) Cadastramento dos usuários com base no

cartão SUS com prontuário eletrônico que possibilite acompanhamento dos planos

terapêuticos e medicamentos; b) Acesso via web integrando as redes de atenção

(garantindo sigilo de informações de prontuários) de forma a viabilizar o planejamento,

monitoramento e avaliação da implementação da política de saúde mental, através dos

instrumentos de gestão previstos na legislação; c) Geração de indicadores de saúde

mental como subsidio para pesquisas, vigilância e planejamento de ações em todos os

níveis da atenção;

2. Criação de mecanismos online de transparência da utilização dos recursos

financeiros do município no que refere a Saúde Mental, para monitorar e avaliar os

serviços conforme previsto em lei, de forma transparente e simplificada para a

comunidade.

3. Criação de um comitê intersetorial municipal paritário (secretaria de saúde,

meio ambiente, agricultura, educação e outras) para planejamento, elaboração,

execução e avaliação das políticas públicas, potencializando e integrando os

programas e projetos já existentes, com relação de co-responsabilização,

estabelecendo redes de comunicação e fortalecendo a solução de problemas.

4. Mapear, articular e divulgar a rede de atenção psicossocial intersetorial em

saúde mental no território, afim de: a) conduzir e encaminhar os usuários aos serviços;

b) facilitar e promover o acesso aos serviços; c) promover o acesso às informações

sobre as ofertas de serviços e ações em saúde mental; d) fortalecer e esclarecer os

papéis dos serviços (SAMU, CAPS, UBS, Pronto Socorro Municipal, Hospital Geral,

entre outros);

5. Organizar, ampliar e fortalecer um sistema de referência e contra-referência

tanto no âmbito hospitalar, ambulatorial e parceiros intersetoriais, nos níveis municipal,

regional e estadual, através do mapeamento dos fluxos documentando e publicizando

estas informações.

Demais Propostas Aprovadas

1. Propiciar a democratização das informatizações em saúde dando visibilidade aos

indicadores, com a participação do controle social no processo de planejamento,

monitoramento e avaliação.

2. Implementar processos avaliativos de efetividade, qualidade de atendimento e grau de

satisfação em relação aos serviços de saúde junto a usuários e familiares.

3. Fortalecer e qualificar o processo de monitoramento e avaliação nos Colegiados de Gestão

Regional com a participação e fiscalização do Controle Social.

4. Realizar levantamento de dados da situação de vulnerabilidade habitacional dos usuários

do Serviço de Saúde Mental.

5. Organização de um site com informação sobre a rede pública de atenção em saúde mental

e divulgação de serviços e eventos.

1.8 Políticas Sociais e Gestão intersetorial

Propostas Prioritárias para o âmbito nacional

1. Estruturar atenção integral a saúde mental, em consonância com o SUS, através de lei

municipal, que contemple a criação e implementação de serviços, articulando a rede de saúde

mental com todas as áreas da administração pública, entidades civis e Ministério Público,

objetivando o fortalecimento, criação e expansão de serviços, de Geração de Trabalho e

Renda, Grupos/Centros de Convivência, Casas de Passagem, Albergues, entre outros espaços

na sociedade e na comunidade.

2. Estruturação de programas habitacionais incluindo, como prioridade, os usuários da rede

de saúde mental.

3. Incluir na Lei Federal de Passe livre a concessão para os usuários dos serviços de Saúde

Mental, garantindo o direito de acesso aos serviços, conforme previsto na portaria 336, para a

regulamentação em Lei Municipal.

4. Articulação co-responsável entre os diferentes setores públicos que compõe a rede

assistencial com a criação de espaço continuado para discussão de políticas de ações

conjuntas nestas áreas, possibilitando a elaboração de protocolos de fluxos para

encaminhamentos intersetoriais, o trabalho em rede, fomentando a discussão intersetorial nos

territórios a partir do conceito ampliado de saúde.

5. Promover a articulação das políticas Nacionais, Estaduais e Municipais de Saúde Mental

com as instituições de ensino superior (IES), ampliando os compromissos intersetoriais entre

os setores da educação e saúde, na promoção de atividades integradas junto aos usuários,

familiares e trabalhadores dos serviços de saúde mental, que incidam nos currículos dos

cursos de graduação de todas as profissões da área da saúde, garantindo ações de ensino,

pesquisa e extensão, com ênfase nas ações interdisciplinares, com participação dos serviços,

gestores e controle social na formulação e execução das ações das IES no âmbito da saúde

mental.

Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual

1. Estruturar atenção integral a saúde mental, em consonância com o SUS,

através de lei municipal, que contemple a criação e implementação de serviços,

articulando a rede de saúde mental com todas as áreas da administração pública,

entidades civis e Ministério Público, objetivando o fortalecimento, criação e expansão

de serviços, de Geração de Trabalho e Renda, Grupos/Centros de Convivência, Casas

de Passagem, Albergues, entre outros espaços na sociedade e na comunidade.

2. Articulação co-responsável entre os diferentes setores públicos que compõe a

rede assistencial com a criação de espaço continuado para discussão de políticas de

ações conjuntas nestas áreas, possibilitando a elaboração de protocolos de fluxos para

encaminhamentos intersetoriais, o trabalho em rede, fomentando a discussão

intersetorial nos territórios a partir do conceito ampliado de saúde.

3. Promover a articulação da política municipal de saúde mental com as

instituições de ensino superior, ampliando as atividades intersetoriais entre educação e

saúde, tendo em seu currículo disciplinas com o enfoque e ênfase nos cuidados com a

saúde pública, saúde mental e atenção especial ao portador de sofrimento psíquico.

4. Criar Fórum Permanente Intersetorial, com o objetivo de formular estratégias

que possibilitem a socialização dos usuários de forma a estimular que os demais

setores, não somente os ligados diretamente à saúde mental participem de eventos e

discussões de saúde mental, sensibilizando dos profissionais de outras áreas para o

atendimento de usuários com sofrimento psíquico.

5. Criação de uma equipe intersetorial para abordagem de moradores de rua.

Demais Propostas Aprovadas

1. Criar conselhos dos direitos das pessoas com deficiência.

2. Cobertura de 100% EACS/ESF no município, bem como ampliação do PIM.

3. Que sejam reconhecidas e incluídas, como doenças relacionadas ao trabalho,

pelo INSS, as doenças relativas à SM adquiridas e decorrentes dos locais e condições

de trabalho.

4. Incentivar e garantir a criação de programas articulando as redes públicas de

Saúde e Assistência Social, que trabalhem em equipes intersetoriais, para ações de

proteção dos direitos básicos e promoção de saúde com pessoas em situação de rua.

5. Trabalhar a lógica da corresponsabilização do cuidado em saúde mental com

os diversos Conselhos Intersetoriais.

6. Garantir a capacitação permanente para os Conselheiros de Saúde, para que

os mesmos possam efetivamente exercer o controle social e garantir que os serviços

funcionem.

7. Encaminhar todos os projetos e programas na área de saúde mental para

serem discutidos e aprovados pelos Conselhos de Saúde.

8. Intersetorialidade das ações em saúde mental no planejamento,

responsabilidades, ações compartilhadas e monitoramento das ações, visando a

integralidade do cuidado ao usuário.

9. Reconhecimento dos portadores de sofrimento mental como cidadãos,

independente da classificação da doença. O usuário deve ser tratado com humanidade

e respeito, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e

comunidade.

10. Garantir a efetivação da intersetorialidade na rede de saúde mental nas ações

de promoção, prevenção e reabilitação.

11. Realizar grupos de orientação e encaminhamento às famílias, que tenham

usuários na rede de saúde mental, em relação a habitação.

1.9 Formação, Educação Permanente.Propostas Prioritárias para o âmbito nacional

1. Que os currículos dos cursos de graduação estejam adequados às diretrizes da

política nacional de saúde mental de álcool e outras drogas do SUS da reforma

psiquiátrica anti-manicomial e política nacional de humanização e que as práticas de

estágio sejam desenvolvidas de forma interdisciplinar e realizadas em serviços públicos

da rede substitutiva.

2. Garantir pelo fomento direto a projetos de pesquisa ou pela ampliação da oferta

de cursos de pós-graduação sensos lato e estrito, a expansão da pesquisa em saúde

mental coletiva contemplando todas as etapas do ciclo de vida, os determinantes

sociais em saúde, indicadores de avaliação dos serviços e de efetividade terapêutica,

sempre respeitados os preceitos da ética em pesquisa.

3. Ampliação e qualificação dos programas de residência multiprofissional em

Saúde Mental Coletiva e Saúde coletiva, sendo preservadas as profissões de outras

áreas que não a saúde, inserir o núcleo da medicina nos programas e garantir que a

formação seja em serviços públicos da rede substituitiva, extinguindo os hospitais

psiquiátricos como cenário de prática dos programas de residência.

4. Implementar a Política de Educação Permanente em Saúde (EPS) em todos os

serviços de saúde nos diferentes níveis de atenção. Viabilizar ainda nesse contexto a

criação de núcleos de formação em saúde mental financiados pelas três esferas de

governo e considerando as diretrizes das CIES. Estando presentes os princípios da

Humanização, do acolhimento, da sensibilização e do comprometimento com as ações

de saúde da população, entre elas: saúde mental, redução de danos, álcool e outras

drogas, violência e outros relacionados aos riscos sociais, respeitando os princípios da

equidade, universalidade, e integralidade.

5. Implementar e garantir a Supervisão Clínico-Institucional dos serviços de saúde

mental com profissionais comprometidos com a reforma psiquiátrica e com o SUS.

Demais Propostas Aprovadas

1. Promover práticas e/ou estágios e/ou residências (reformulando currículo de

formação em medicina) vinculadas ao SUS para médicos, de acordo com as novas

políticas de saúde mental ex: CAPS, ESF, etc.

2. Capacitação dos profissionais para que estes possam estar preparados para

viabilizar e realizar ações voltadas à cultura, arte na Saúde Mental.

3. Promover espaço de gestão intersetorial para as ações de educação

permanente em saúde mental coletiva, visando o fortalecimento da rede de

psicossocial.

4. Ampliar a formação para acompanhantes terapêuticos, agentes comunitários

de saúde, redutores de danos, visitadores do PIM, trabalhadores dos CRAS e CREAS,

para intervir de forma interdisciplinar e intersetorial, com base na política nacional da

atenção integral ao usuário de álcool e outras drogas.

5. Promover e ampliar a articulação entre os serviços públicos de saúde, espaços

de gestão e controle social do SUS junto às instituições de ensino superior (IES) e

demais instituições formadoras (Ensino técnico e profissionalizante), promovendo

práticas de intercâmbio, estágios e vivências que utilizem metodologias ativas de

ensino-aprendizado com a imersão dos estudantes em serviços da rede SUS (nas

instâncias de atenção, gestão e controle social) a exemplo dos estágios de vivência do

SUS, como o VER-SUS, VEPOP, ERIP, ELV-SUS, vivências em saúde mental e outras

promovidas pelo movimento estudantil com apoio de gestores de saúde.

6. Garantir a devolução das pesquisas e trabalhos acadêmicos realizados para os

respectivos atores: serviços, serviços e sociedade em geral.

7. Implementar a política nacional de educação permanente em saúde em toda a

rede intersetorial, incluindo os gestores municipais.

8. Garantir a Liberação dos profissionais da rede de atenção para participar das

ações de educação permanente.

9. Possibilitar a formação e qualificação dos conselheiros de saúde, de direito e

tutelares, para ação intersetorial da saúde mental através de educação permanente

enfatizando a inclusão e cidadania, para que possam efetivamente exercer o Controle

Social.

10. Fortalecer as comissões para estudo das prioridades locais, nos vários setores

da saúde do CMS, saúde mental, crianças e adolescentes, DANTS.

11. Desenvolver trabalho de pesquisa para levantamento e mapeamento das

informações sobre a operacionalização da rede de políticas nos municípios, visando

verificar as necessidade e potencialidades da mesma, visando à articulação do trabalho

intersetorial.

1.9 Reforma Psiquiátrica, Reforma Sanitária e o SUSPropostas Prioritárias para o âmbito e Nacional e Estadual

1. Garantir as conquistas obtidas com a reforma psiquiátrica, em especial a

desinstitucionalização e a inclusão social.

2. Adotar a redução de danos nos serviços substitutivos da rede de Saúde Mental

como estratégia de cuidado.

3. Ampliar os dispositivos substitutivos da rede saúde mental.

4. Criar uma legislação que regularize e fiscalize o funcionamento e a estrutura

das pensões privadas, visando a desinstitucionalização como garantia de direitos.

5. Garantir o acesso dos usuários de saúde mental nos serviços de saúde e em

outros serviços e programas intersetoriais, visando a universalidade e a integralidade

no atendimento.

Demais Propostas Aprovadas 1. Promover debates sobre a reforma, visando uma maior conscientização sobre a luta

antimanicomial.

2. Implementar ações da Política Nacional de Humanização nos serviços ambulatoriais e

hospitalares de Saúde Mental (profissionais, trabalhadores, usuários e familiares).

3. Criar leitos clínicos para desintoxicação e ampliar os leitos psiquiátricos em hospitais

gerais.

4. Garantir que os Planos de Saúde Mental sigam os marcos legais da Reforma Psiquiátrica

Brasileira e as deliberações da IV Conferência Nacional de Saúde Mental.

5. Promover junto aos prestadores de serviço do SUS, formação e capacitação, para

assegurar na íntegra, a adequação às normativas estabelecidas nas leis e diretrizes da Saúde

Mental e nas Conferências.

6. Reafirmar as diretrizes da Reforma Psiquiátrica enquanto Política de Saúde Mental nos

diferentes níveis de governo, garantindo a consolidação dos princípios da universalidade,

equidade, integralidade, e dos Direitos Humanos.

7. Garantir a efetivação das diretrizes da Reforma Psiquiátrica nos Manicômios Judiciários,

que prevêem a sua substituição.

Eixo 2 – Consolidar a rede de atenção psicossocial e fortalecer

os movimentos sociais – Eixo do cuidado

2.1 O cotidiano dos serviços, trabalhadores usuários e familiares na produção do cuidado.

Propostas Prioritárias para o âmbito nacional

1. Fortalecer movimentos sociais, associações de familiares e usuários nos

serviços de saúde mental, em serviços da rede e na comunidade instituindo

movimentos para que o usuário possa se apoderar de seus direitos de cidadão para

vencer preconceitos e ser protagonista de seu próprio tratamento e que estes

movimentos possam ainda estabelecer interlocução com as políticas públicas,

utilizando espaços de participação dos usuários (assembleias, conselhos de saúde,

associação de usuários e familiares, seminários, conferências) garantindo a

responsabilidade social para com os portadores de sofrimento psíquico.

2. Fortalecer e promover uma melhor integração entre os CAPS e os demais

serviços que compõem a rede de SM dos municípios (Atenção Básica, Equipes de

ESF, Hospital Geral, ambulatórios, outros setores da vida cidadã como educação,

justiça, previdência, habitação, etc), objetivando a integralidade, a continuidade do

cuidado e evitando o “encapsulamento” dos serviços substitutivos e promovendo

qualidade de vida a fim de intensificar e qualificar os projetos de referência e contra

referência, na lógica da co-responsabilização; mantendo organizado os fluxos de

acolhimento, encaminhamento, bem como nos momentos de crise, desburocratizando

e democratizando as relações com os usuários, familiares que utilizam o serviço afim

de garantir o cuidado integral aos usuários, com diálogo, vínculo e respeito no processo

terapêutico.

3. Oportunizar cuidado integral por equipes capacitadas no cotidiano dos serviços

da rede intersetorial para atender pessoas em situação de rua, usuários de drogas,

profissionais do sexo, pessoas em situação de rua e outros cidadãos marginalizados,

observando as propostas oriundas da reforma psiquiátrica, evitando práticas

manicomiais nos serviços, incluindo o usuário no projeto terapêutico.

4. Que as esferas de governo comprometam-se com a criação de políticas

intersetoriais de atendimento e suporte às famílias/ cuidadores dos usuários,

envolvendo todos os atores no processo terapêutico, garantindo acolhimento na rede

de saúde mental, oferecendo capacitação, apoio, espaços terapêuticos, informando,

compartilhando e multiplicando o cuidado em saúde mental, fortalecendo a co-

responsabilidade e o compromisso com o tratamento e resgatando o protagonismo dos

mesmos.

5. Criar políticas de atenção à saúde do trabalhador de saúde mental, visando o

cuidado com o mesmo, bem como propiciar condições aos profissionais para que

possam atualizar saberes – possibilitar reuniões, seminários, grupos de estudo,

favorecendo a intersetorialidade.

Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual

1. Fortalecer movimentos sociais, associações de familiares e usuários nos

serviços de saúde mental, em serviços da rede e na comunidade instituindo

movimentos para que o usuário possa se apoderar de seus direitos de cidadão para

vencer preconceitos e ser protagonista de seu próprio tratamento e que estes

movimentos possam ainda estabelecer interlocução com as políticas públicas,

utilizando espaços de participação dos usuários (assembléias, conselhos de saúde,

associação de usuários e familiares, seminários, conferências) garantindo a

responsabilidade social para com as pessoas com sofrimento psíquico.

2. Fortalecer e promover uma melhor integração entre os CAPS e os demais

serviços que compõem a rede de SM dos municípios (Atenção Básica, Equipes de

ESF, Hospital Geral, ambulatórios, outros setores da vida cidadã como educação,

justiça, previdência, habitação, etc), objetivando a integralidade, a continuidade do

cuidado e evitando o “encapsulamento” dos serviços substitutivos e promovendo

qualidade de vida a fim de intensificar e qualificar os projetos de referência e contra

referência, na lógica da co-responsabilização; mantendo organizado os fluxos de

acolhimento, encaminhamento, bem como nos momentos de crise, desburocratizando

e democratizando as relações com os usuários, familiares que utilizam o serviço a fim

de garantir o cuidado integral aos usuários, com diálogo, vínculo e respeito no processo

terapêutico.

3. Oportunizar cuidado integral por equipes capacitadas no cotidiano dos serviços

da rede intersetorial para atender também usuários de drogas, profissionais do sexo,

moradores de rua e outros cidadãos marginalizados, observando as propostas oriundas

da reforma psiquiátrica, evitando práticas manicomiais nos serviços, incluindo o usuário

no projeto terapêutico.

4. Que as esferas de governo comprometam-se com a criação de políticas

intersetoriais de atendimento e suporte às famílias/ cuidadores dos usuários,

envolvendo todos os atores no processo terapêutico, garantindo acolhimento na rede

de saúde mental, oferecendo capacitação, apoio, espaços terapêuticos, informando,

compartilhando e multiplicando o cuidado em saúde mental, fortalecendo a co-

responsabilidade e o compromisso com o tratamento e resgatando o protagonismo dos

mesmos.

5. Criar políticas de atenção à saúde do trabalhador de saúde mental, visando o

cuidado com o mesmo, bem como propiciar condições aos profissionais para que

possam atualizar saberes – possibilitar reuniões, seminários, grupos de estudo,

favorecendo a intersetorialidade.

Demais Propostas Aprovadas

1. Identificar e valorizar o saber popular em nível regional e local para agregar na

direção do tratamento em saúde mental.

2. Envolver a família e a comunidade nas questões dos vínculos com os usuários

de serviços de saúde mental, em especial no momento da alta hospitalar, garantindo

um assessoramento aos familiares para um acolhimento digno e humano, sem

discriminação e exclusão do convívio em família.

3. Intensificar a discussão e a consolidação da Política Nacional de Humanização

e do cuidado e atenção à saúde mental dos trabalhadores do SUS nos municípios.

4. Incluir na ficha de acompanhamento de agravos do ACS um item que aborde a

questão da saúde mental aos integrantes do núcleo familiar.

2.2 – Práticas Clínicas no TerritórioPropostas Prioritárias para o Âmbito Nacional e Estadual

1. Incentivar e apoiar a efetivação da redução de danos como política nacional,

valorizando os recursos para o desenvolvimento de suas práticas tanto nos espaços do

território, quanto nos serviços de saúde.

2. Incluir a tecnologia de Acompanhamento Terapêutico nas políticas públicas,

incentivando ações de Acompanhamento Terapêutico nas práticas dos serviços de

saúde nos diferentes níveis de atenção.

3. Fortalecimento, ampliação e financiamento de ações no território como o

Acompanhamento Terapêutico, as ações/estratégias de Redução de Danos e

Atendimento domiciliar, viabilizando assim o acompanhamento do usuário de forma

itinerante, atendendo as suas particularidades e necessidades específicas.

4. Implantação e implementação da tecnologia de matriciamento da atenção em saúde

mental na rede de saúde e nos demais dispositivos intersetoriais.

5. Deverão ser criadas políticas públicas visando a cultura, lazer, educação, esportes e

geração de renda no município, que garantam a integração dos serviços públicos com

as organizações comunitárias de seus territórios, aproveitando os espaços públicos

existentes e apoiando a criação de novos espaços, como centros culturais e esportivos,

praças, parques e ginásios.

Demais Propostas Aprovadas

1. Garantir o caráter matricial na implementação dos NASFs.

2. Garantir recursos para a prática de visita domiciliar pelos serviços de saúde,

nos casos de maior vulnerabilidade de usuários e famílias.

3. Garantir que o cuidado e atenção no campo da saúde mental sejam

implementados sob a perspectiva da intersetorialidade e do trabalho realizado

em rede, com o objetivo de contemplar a integralidade do sujeito.

4. Apoiar o trabalho com oficinas terapêuticas na atenção em saúde mental,

visando a promoção, proteção, tratamento e reabilitação da saúde dos

usuários.

5. Incentivar e fomentar a implementação de oficinas terapêuticas e/ou outras

praticas de atenção em saúde mental em municípios que não tenham

população mínima para CAPS.

2.3 – Centros de Atenção Psicossocial como dispositivo estratégico da Reforma Psiquiátrica

Propostas Prioritárias para o âmbito nacional

1. Construir projetos em parceria com os diferentes segmentos, cultura, esporte,

educação, assistência social, cidadania, desenvolvimento econômico e outros

incentivando a intra e intersetorialidade.

2. Garantir atenção em saúde mental nos serviços de urgência e emergência,

com garantia de treinamento aos profissionais para prestar este atendimento.

3. Garantir as necessárias condições de trabalho para os CAPS que já existem,

bem como efetivar novos CAPS, (que por vezes são serviços já atuantes), apenas

quando houver a contratação de equipe necessária e infra-estrutura indispensável ao

seu pleno funcionamento tais como: imóvel e veículo próprio do município; área de

lazer com infra-estrutura necessária para as atividades externas e espaços “legais” de

convivência para os profissionais, usuários e familiares melhorando o apoio estrutural a

equipe que faz a busca ativa/paciente faltoso entre outras necessidades.

4. Maior investimento na efetiva implantação dos CAPS com funcionamento de

portas abertas, acolhimento, garantindo o seu funcionamento integral (provendo

adequação de recursos, físicos materiais e humanos), de acordo com as diretrizes e

normas do Ministério de Saúde.

Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual

1. Investir na criação de serviços, com especial atenção para atendimentos de

crianças e adolescentes, na média e alta complexidade, desafogando os CAPS,

criando ambulatórios especializados com garantia de financiamento para este fim.

2. Entender e garantir o processo de tratamento: acolhimento plano terapêutico

individualizado e a alta do CAPS como indicações terapêuticas, construídos e

acordados entre equipe, família e usuário, sendo a alta também construída com os

mais diversos segmentos da rede.

3. Alterar a legislação para que haja ampliação da equipe mínima dos CAPS.

4. Garantir a efetivação do atendimento dos CAPS (3° turno) seguindo a

legislação regente, conforme avaliação da equipe técnica dos serviços, com respaldo

dos gestores municipais, estaduais e controle social.

Demais Propostas Aprovadas

1. Estabelecer fluxograma de acolhimento e encaminhamento.

2. Incentivar atividades INTERCAPS, no que se refere ao lazer, recreação,

encontros culturais, esportivos e atividades físicas em âmbito geral.

3. Garantir atenção e avaliação à crise nas ações dos CAPS conforme as

condições técnicas estruturais com acolhimento imediato dos usuários (CAPS de porta

aberta).

4. Intensificar a comunicação entre os CAPS, rede de saúde mental e rede geral

de saúde, contemplando as dimensões intra e intersetoriais.

5. Ampliação de leitos psiquiátricos e leitos clínicos para desintoxicação em

hospitais gerais, com garantia de atenção integral.

6. Efetivar a busca ativa aos usuários como uma das estratégias para as equipes

dos CAPS, oferecendo condições adequadas para tal.

7. Garantir a participação dos usuários e trabalhadores na eleição dos

coordenadores dos CAPS.

8. Garantir a implantação imediata de CAPS III de acordo com as necessidades

epidemiológicas locais e a contratação e capacitação da equipe técnica adequada para

o mesmo.

9. Garantir a fiscalização das normas técnicas que regulamentam o

funcionamento das comunidades terapêuticas.

2.4 – Atenção às pessoas em crisePropostas Prioritárias para o âmbito nacional

1. Garantir a capacitação de todos os profissionais para atendimento e

acolhimento as pessoas em crise, nos diversos dispositivos da rede de atenção a

saúde, tais como: (ESF, SAMU, PS, PA, UBS, CAPS, RT, PIM, Hospitais Gerais) e

intersetoriais (Assistência Social, Conselho Tutelar, Bombeiros, Brigada Militar, Guarda

Municipal, Educação, Defesa Civil), respeitando a política de humanização.

2. Garantir a implantação e extensão da política de acolhimento nos serviços da

rede de saúde (ESF, SAMU, PS, PA, UBS, CAPS, RT, PIM, Hospitais Gerais) e

intersetorial (Assistência Social, Conselho Tutelar, Bombeiros, Brigada Militar, Guarda

Municipal, Educação, Defesa Civil), assegurando o acesso de todas as pessoas em

situação de crise.

3. Garantir e ampliar o atendimento das situações de crise em saúde mental 24

horas, no PS Geral em articulação com a rede SAMU e em municípios que não tenham

estes dispositivos garantir que os serviços de emergência atendam as situações de

crise em saúde mental facilitando o acesso aos demais serviços de saúde.

4. Criar, fiscalizar e expandir as unidades e/ou leitos psiquiátricos em Hospitais

Gerais, garantindo que em caso de necessidade de internação seja em hospitais

gerais da região com equipes capacitadas melhorando a qualidade da atenção técnica

evitando-se assim a descriminação e preconceito em relação as pessoas em

sofrimento psíquico, principalmente no que diz respeito à infância e adolescência.

Devendo ser garantido à continuidade do acompanhamento da equipe de saúde mental

que o assiste, bem como os familiares/responsáveis no período de internação, sendo

que estes deverão receber orientação e apoio quanto à situação de crise apresentada.

5. Garantir o acompanhamento do usuário e familiares após a situação de crise

e/ou internação, na rede de atenção psicossocial. Nos municípios onde não há CAPS,

garantir a contratação e a capacitação de profissionais para Atenção Básica a fim de

acompanhar os egressos de internação e os usuários após situação de crise.

Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual

1. Garantir a capacitação de todos os profissionais para atendimento e

acolhimento as pessoas em crise, nos diversos dispositivos da rede de atenção a

saúde, tais como: (ESF, SAMU, PS, PA, UBS, CAPS, RT, PIM, Hospitais Gerais) e

interssetoriais (Assistência Social, Conselho Tutelar, Bombeiros, Brigada Militar,

Guarda Municipal, Educação, Defesa Civil), respeitando a política de humanização.

2. Garantir a implantação e extensão da política de acolhimento nos serviços da

rede de saúde (ESF, SAMU, PS, PA, UBS, CAPS, RT, PIM, Hospitais Gerais) e

intersetorial (Assistência Social, Conselho Tutelar, Bombeiros, Brigada Militar, Guarda

Municipal, Educação, Defesa Civil), assegurando o acesso de todas as pessoas em

situação de crise.

3. Garantir e ampliar o atendimento das situações de crise em saúde mental 24

horas, no PS Geral em articulação com a rede SAMU e em municípios que não tenham

estes dispositivos garantir que os serviços de emergência atendam as situações de

crise em saúde mental facilitando o acesso aos demais serviços de saúde.

4. Criar, fiscalizar e expandir as unidades e/ou leitos psiquiátricos em Hospitais

Gerais, garantindo que em caso de necessidade de internação seja em hospitais gerais

da região com equipes capacitadas melhorando a qualidade da atenção técnica

evitando-se assim a descriminação e preconceito em relação as pessoas em

sofrimento psíquico, principalmente no que diz respeito à infância e adolescência.

Devendo ser garantido à continuidade do acompanhamento da equipe de saúde mental

que o assiste, bem como os familiares/responsáveis no período de internação, sendo

que estes deverão receber orientação e apoio quanto à situação de crise apresentada.

5. Garantir o acompanhamento do usuário e familiares após a situação de crise

e/ou internação, na rede de atenção psicossocial. Nos municípios onde não há CAPS,

garantir a contratação e a capacitação de profissionais para Atenção Básica a fim de

acompanhar os egressos de internação e os usuários após situação de crise.

Demais Propostas Aprovadas

1. Garantia de realização de atividades terapêuticas e/ou recreativas para os

usuários de saúde mental, que encontram -se hospitalizados em Hospitais Gerais.

2. Que a ausência de familiar e/ou responsável durante a situação de crise e/ou

internação psiquiátrica, em hospital geral, não seja impedimento para que aconteça e

se garanta o atendimento ao usuário, respeitando a singularidade de cada.

3. Estabelecer parceria entre os dispositivos da Saúde (SAMU, hospitais gerais,

etc.) e da Segurança Pública (Guarda Municipal, Brigada Militar, etc.) a fim de

fortalecer o fluxo de atendimento aos usuários em situação de crise.

4. Garantir o transporte adequado para usuários em crise e profissionais,

priorizando o atendimento destes usuários nos serviços de pronto-atendimento e

emergência.

5. Fortalecer a articulação da rede intersetorial para o atendimento dos usuários

que necessitam de atenção em saúde mental, garantindo a efetividade das políticas

públicas.

6. Garantir políticas públicas de acessibilidade às pessoas com necessidades

especiais.

2.5 Desinstitucionalização, Inclusão e Proteção Social: Residências Terapêuticas, Programa de Volta para Casa e Articulação Intersetorial no Território.

Propostas Prioritárias para o âmbito nacional

1. Garantir recursos das Políticas Habitacionais, nas três esferas de governo,

destinadas a pessoas com sofrimento psíquico, em atendimento na Rede Pública de

Saúde Mental; efetivando o direito à moradia com dignidade.

2. Reafirmar e desenvolver ações de desinstitucionalização nos territórios,

articuladas com diversos setores, como educação, cultura, esporte e lazer, trabalho e

geração de renda, entre outros.

3. Alterar a legislação do Programa de Volta Pra Casa quanto à exigência de dois

anos ou mais de institucionalização para concessão de benefícios, contemplando

usuários de CAPS e SRT’s, que apresentem a necessidade de auxilio financeiro para

inclusão aos serviços de saúde da rede pública.

4. Garantir a criação e a ampliação da oferta de Serviços Residenciais

Terapêuticos públicos, considerando a demanda das cidades como um todo,

articulando a intersetorialidade com a Política de Habitação e Geração de Renda.

5. Ampliar o trabalho em apoio matricial em Saúde Mental para INSS,

emergências, hospitais gerais, justiça e outros setores.

Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual

1. Realizar estudos no âmbito dos municípios e estado, acerca dos dispositivos

complementares de atendimentos pós-internação para usuários com dependência

química, para fins de regulação, respeitando a legislação vigente para o funcionamento

dos mesmos.

2. Exigir a obrigatoriedade dos municípios em aderir ao Programa de Volta para

Casa.

3. Criar uma legislação que regularize e fiscalize o funcionamento e a estrutura

das pensões e SRTs privados, visando a desinstitucionalização como garantia de

direitos.

4. Municipalizar os Serviços de Residenciais Terapêuticos, Morada São Pedro e

Morada Viamão, bem como outros Residenciais Terapêuticos do Estado, conforme a

necessidade dos municípios.

5. Implementar política estadual de desinstitucionalização de cidadãos com

medida de segurança em longa permanência no IPF - Instituto Psiquiátrico Forense do

Estado.

Demais Propostas Aprovadas:

1. Comprometer os Serviços de Internação a realizarem a articulação com os

Serviços de Saúde Mental do território, visando à reinserção do sujeito na comunidade.

2. Garantir que os usuários dos residenciais terapêuticos, públicos e privados,

tenham atendimento na Rede Pública de Saúde.

3. Criação de Centros Públicos de Convivência ou de Reabilitação, bem como a

realização de eventos, para que os usuários da Rede de Saúde Mental possam

começar a sua própria inclusão.

4. Criar uma diversidade maior de Serviços Públicos, que contemplem os

usuários de álcool e outras drogas após período de desintoxicação, articulando rede de

apoio com Atenção Básica, como estratégia prioritária de cuidado.

5. Reafirmar e desenvolver a inclusão social dos usuários que freqüentam os

serviços de saúde mental, com ações voltadas aos usuários e familiares, na

comunidade e em outros espaços de convivência com atividades de educação,

esporte, cultura e lazer, geração de trabalho e renda, e economia solidária.

2.6 – Saúde Mental Atenção Primária e Promoção da Saúde

Propostas Prioritárias para o âmbito nacional e estadual

1. Implantar/Implementar a educação permanente na rede de atenção básica para

o atendimento do usuário em sofrimento psíquico, considerando as diferentes

modalidades de intervenção: avaliação, prescrição de medicação e atendimento de

grupos.

2. Criação dos NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) em articulação com a

ampliação da cobertura da ESF e descentralização dos serviços de saúde mental, com

a formação de equipe matricial oferecendo suporte à rede básica, dando direito ao

usuário a ser cuidado no seu território, desenvolvendo habilidades em oficinas,

capacitando, sensibilizando e supervisionando as equipes de atenção básica.

3. Potencializar a atenção primária para atender casos de saúde mental,

garantindo o cumprimento das ações previstas para os profissionais, desenvolvendo

outra lógica de práticas de cuidado, dirimindo preconceitos na equipe de saúde,

tecendo a rede de atenção e fomentando a intersetorialidade.

4. Organizar os serviços locais com ênfase nas ações de educação, orientação,

reabilitação e promoção garantindo a transversalidade da saúde mental nas ações dos

profissionais da atenção básica em seus territórios incentivando a realização das

oficinas terapêuticas.

5. Incentivo inclusive financeiro por parte da gestão para o desenvolvimento de

ações de saúde, em nível primário, de forma intersetorial e interdisciplinar, em parceria

com os diferentes recursos da comunidade e com outras políticas (lazer, esporte,

cultura, Assistência Social, Conselho Tutelar, Ministério Público), com a ampliação da

ESF garantindo sua cobertura de 100% nos municípios contando com o suporte de

equipes matriciais.

Demais Propostas Aprovadas

1. Qualificação e responsabilização das Equipes de Atenção Básica para o

acompanhamento dos usuários pós-alta do CAPS na atenção básica.

2. Implementação e ampliação de ações de SM na AB, com implantação de

grupos de SM na UBS.

3. Ampliar as políticas públicas com Programas de parcerias de movimentos

sociais na atenção primária, suporte na qualificação profissional e geração de renda;

4. Fortalecimento da Estratégia de Saúde da Família, do Programa de Agentes

Comunitários de Saúde e da coletividade dos trabalhadores em saúde mental.

5. Cada UBS deve mapear seu território, identificando e especificando os

usuários pessoas com sofrimento psíquico, para se necessário, encaminhar os

usuários aos Serviços de Saúde Mental.

6. Revisão e reorganização da rotina de dispensação de medicamentos da rede

municipal, o qual deverá obedecer a norma estadual e nacional, visando o aumento do

acesso dos pacientes oriundos das UBS.

7. Ampliação das ações de saúde mental na atenção básica.

8. Potencializar a rede básica para atendimento de casos de saúde mental,

contemplado ações de saúde mental itinerantes.

9. Implantar/Implementar/Ampliar o Programa Saúde na Escola (PSE) e Projeto

Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE).

10. Organizar e dar visibilidade ao fluxo de referência e de contra-referência da

rede de serviço de atenção a saúde.

11. Implementar programas de formação em Atenção à Saúde Mental na Atenção

Básica, no formato de matriciamento.

12. Implantação e operacionalização de programa da atenção e saúde do

trabalhador.

13. Ampliação e intensificação do trabalho da política de humanização em saúde.

14. Integrar os campos de nutrição e educação física aos serviços de saúde

mental.

15. Implantar e fortalecer ações de saúde mental na atenção básica utilizando o

dispositivo de apoio matricial, conforme orientado pela legislação vigente.

16. Capacitar a atenção básica para o cuidado aos atendidos nos SRTs.

17. Possibilitar a inclusão de trabalhadores do campo da saúde coletiva nas

equipes de ESF, NASF e de Atenção Básica com base nas necessidades de saúde

compreendidas no território para articulação da rede e ampliação do cuidado.

2.7 – Álcool e outras drogas como desafio

Propostas Prioritárias para o âmbito nacional

1. Implementar apoio matricial e intersetorial para atenção à pessoa em

Instituições de Privação de Liberdade, como: CASE, FASE, Presídio etc.

2. Incentivo financeiro para municípios menores de 20 mil habitantes, para ações

de atenção integral de adultos, adolescentes e crianças que fazem uso de álcool e

outras drogas.

3. Realizar ações de cuidados de acordo com os pressupostos da Política do

Ministério da Saúde, para atenção ao público de gestantes em situação de risco, uso

nocivo e dependência de substâncias psicoativas.

4. Que estratégia de Redução de danos deixe de ser programa regulamentado

por portaria e passe a ser Lei Federal, passando a ser efetivamente uma política

pública da saúde (Saúde Mental e Saúde Geral) nos diversos serviços como: CAPS,

UBS/ESF, SAE, entre outros.

5. Elaboração de grupos de trabalho intersetorial consultivo sobre campanhas

institucionais que trabalhem na prevenção ou educação sobre drogas em veículos de

massa, visando sua adequação aos princípios da prevenção da Lei nº 11.343/06, bem

como as diretrizes do SUS, para pessoas que usam drogas.

Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual

1. Implantar, ampliar e qualificar uma diversidade de serviços, que contemplem usuários

de álcool e outras drogas, de acordo com os princípios do SUS.

2. Garantir o acolhimento, atendimento integral e humanizado em todos os dispositivos da

rede de saúde às pessoas que usam álcool e outras drogas e usuários de saúde

mental, desenvolvendo e implantando propostas de cuidados noturnos para usuários

de álcool e outras drogas.

3. Investir em insumos e qualificação para a atenção básica trabalhar com as pessoas

que usam drogas, em co-responsabilização com os serviços especializados, caso

estes existam reforçando-se o acolhimento.

4. Efetivar a diretriz da redução de danos para a atenção ao usuário de álcool e outras

drogas dentro da Política Estadual de Saúde Mental, com ampliação das ações de

redutores de danos nas equipes de matriciamento e CAPS AD, e melhoria das relações

trabalhistas.

5. Reafirmar o direito ao acolhimento de todo o usuário de substâncias psicoativas,

independente de sua decisão de interromper ou não o uso destas substâncias,

oferecendo-lhe a oportunidade de redução dos danos causados, incluindo no

tratamento questões para além da substância como: trabalho, família, cuidados

clínicos, auto-estima, lazer, educação, etc.

Demais Propostas Aprovadas

1. Que os recursos financeiros para atenção ao álcool e outras drogas sejam

alocados, prioritariamente, nos serviços substitutivos e, se necessário, nos hospitais

gerais e comunidades terapêuticas que atendam a RDC 101/ANVISA, que regulamenta

tais serviços, respeitando o perfil e opção do usuário. Garantindo, assim, o direito dos

usuários ao acesso aos diferentes modelos de tratamento.

2. Criação de Projetos de prevenção, educação, tratamento e reabilitação em

álcool e outras drogas dirigidas aos trabalhadores dentro das empresas de Âmbito

público e privado.

3. Ampliação e efetivação do uso de leitos em hospitais gerais para pessoas que

usam álcool e outras drogas, inclusive as pessoas em situação de rua, vinculando-as à

rede de atenção básica e assistência social.

4. Desenvolver ações que visem à prevenção do uso, abuso e dependência de

álcool e outras drogas, envolvendo todos os segmentos da sociedade.

5. Propiciar atenção integral e humanizada nas diferentes alternativas

terapêuticas, para pessoas que desenvolvem uso problemático de drogas.

6. Implantar e implementar nos âmbitos municipais Programas de Redução de

Danos, de acordo com os princípios e diretrizes do SUS, investindo em processos de

educação permanente dos profissionais.

7. Fortalecer o planejamento de atividades intersetoriais promovendo atividades

educativas, de prevenção , proteção, tratamento, reabilitação e acompanhamento ás

pessoas que usam drogas e seus familiares.

8. Mapear e ampliar as redes de proteção, prevenção e educação sobre drogas.

9. Capacitação de lideranças comunitárias, comunidade para atuar na prevenção

do uso indevido e abusivo de drogas, e promoção à saúde, tendo por diretriz a política

do Ministério da Saúde para atenção a usuários de álcool e outras drogas, privilegiando

a estratégia de Redução de Danos.

10. Capacitar pessoas na comunidade para atuar na estratégia de Redução de

Danos.

11. Assegurar ao usuário de álcool e/ou outras drogas o direito de decidir os rumos

de sua vida, com autonomia e protagonismo, oferecendo-lhe a possibilidade de

construir a forma de minimizar, tanto quanto possível as conseqüências dessa decisão.

Ou seja, garantir que a diretriz da redução de danos seja efetivamente implementada

nas políticas municipais de saúde mental.

12. Ampliar discussões acerca da saúde mental e uso de álcool e/ou outras

drogas, junto à comunidade buscando romper o estigma que acompanha o usuário de

saúde mental, entendendo-os como sujeitos de direitos e deveres.

13. Financiamento de campanhas para educação sobre drogas, em caráter

intersetorial, considerando-se o diálogo com os movimentos sociais das pessoas que

usam drogas.

14. Capacitação para os profissionais das UBS em atenção Integral a Saúde

Mental, dando ênfase ao uso, uso nocivo e dependência de álcool e outras drogas,

principalmente na zona rural.

15. Revisão da legislação federal, possibilitando a criação de CAPSad conforme

demandas e a realidade de cada município.

16. Fomentar pesquisas sobre o uso, abuso e dependência de álcool e outras

drogas e estratégias de intervenção terapêutica.

17. Sensibilizar e capacitar as equipes técnicas dos serviços de Pronto

Atendimento ou Emergências em Hospitais Gerais, para atenção qualificada para

pessoas usuárias de álcool e outras drogas.

18. Ampliação e inclusão do acesso ao tratamento do Tabagismo na rede de

atenção de saúde.

19. Em nível nacional criar e incluir o cargo de Agente Redutor de Danos na equipe

mínima dos CAPS AD e que estes sejam contratados por concurso público para

fortalecer a estratégia da redução de danos em todos serviços de saúde e demais

setores envolvidos.

20. Investir e implementar políticas municipais para prevenção do uso de álcool e

outras drogas que contemple a criação de dispositivos que possibilitem a ampliação do

cuidado às pessoas que usam álcool e outras drogas através de propostas intersetorias

e espaços de Educação Permanente junto as redes de saúde e intersetorial.

21. Criar e implementar coletivamente ações integradas entre os CAPS AD e as

equipes de atenção básica em todas as regiões da cidade priorizando a atenção às

necessidades e circunstâncias do momento, responsabilizando o acompanhamento e

tecendo cooperação entre unidades de saúde, órgãos de segurança e unidades de

internação.

22. Fomentar a criação de Fóruns que discutam a temática de álcool e outras

drogas.

23. Incentivo Financeiro para atenção básica e para práticas de ações visando a

promoção da saúde (lazer, esportes, leitura) para todos os municípios, respeitando a

cultura regional, como forma de prevenção do uso de álcool e outras drogas e

promoção de saúde.

24. Que os gestores de saúde e controle social exijam maior rigor do comércio com

o cumprimento da lei que proíbe comercialização de bebidas alcoólicas e cigarro para

crianças e adolescentes.

25. Criar e implementar ações e programas de formação permanente e continuada

aos profissionais de saúde e demais setores para qualificar a atenção e prevenção ao

uso problemático do álcool e outras drogas, consolidando, assim a política de saúde

mental – intersetorial.

26. Estimular nas redes de serviços da Saúde e Assistência Social a formação de

espaços de convivência entre pessoas que usam drogas com apoio de equipes

interdisciplinares.

27. Estimular a prática de diferentes estratégias no âmbito comunitário com ênfase

na prevenção e educação.

28. Ampliar o número de vagas em “casas de passagem” e “abrigagens noturnos”,

trabalhando a prevenção e reabilitação do usuário.

2.8 Saúde mental na infância, adolescência e juventude: uma agenda prioritária para a atenção integral e intersetorialidade

Propostas Prioritárias para o âmbito nacional

1. Garantir o financiamento e a criação de uma rede de atendimento e cuidado

em saúde mental infanto-juvenil nos diferentes níveis de atenção, considerando os

indicadores populacionais e as diretrizes da política nacional;

2. Fomentar Programas de Atenção Integral à Primeira Infância, garantindo sua

efetiva articulação com os demais dispositivos da rede de saúde e de saúde mental e,

para isso, seus trabalhadores devem integrar o quadro de servidores públicos

municipais, contratados por concurso público tanto nos Programas já implantados

quanto nos que vierem a ser implementados.

3. Garantir leitos de cuidado em saúde mental para crianças e adolescentes em

hospital geral, preferencialmente no seu território, bem como a contra-referencia

implicada como condição de alta.

4. Garantir a implantação de serviços de atenção a crise 24 horas para crianças e

adolescentes, respeitando princípios da Reforma Psiquiatrica e do ECA;

5. Investir em políticas de promoção, prevenção e reabilitação privilegiando a

criança e adolescente neste processo, focando o trabalho como intersetorial, sob

responsabilidade do setor público e de toda a sociedade. Que a rede de atenção,

somada às entidades de caráter social, esportivo, cultural e educacional fomentem e

fortaleçam a importância de uma rede intersetorial de proteção e cuidado à infância e

adolescência.

Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual

1. Implantação de fóruns permanentes intersetoriais de saúde mental infanto-

juvenil no Estado do Rio Grande SUL (a exemplo do fórum nacional de saúde mental

infanto-juvenil) nos 2 níveis da esfera de governo (Estado e Município), com a

responsabilidade de fomentar e estabelecer as diretrizes para a política de Saúde

Mental para Crianças e adolescentes;

Demais Propostas Aprovadas

1. Revisão da portaria 336 no sentido de que as equipes dos CAPS sejam

ampliadas e, sobretudo recebam capacitação especifica quanto às demandas infanto-

juvenis;

2. Qualificar e ampliar ações em saúde mental na atenção básica com foco na

infância, adolescência e nos grupos familiares, através de ações de apoio matricial,

priorizando o atendimento interdisciplinar e mobilizando escolas e população geral para

ultrapassar as barreiras impostas pelo preconceito;

3. Articulação de agenda permanente e continuada para operacionalização de

ações transversais de cuidados a crianças e adolescentes que fazem uso prejudicial de

álcool e drogas, respeitando a diretriz de redução de danos e os princípios da reforma

psiquiátrica;

4. Ampliar e promover a integração das equipes técnicas dos serviços de atenção

a criança e adolescentes do município no apoio ao trabalho de conselheiros tutelares,

profissionais de abrigos e das escolas fortalecendo a rede.

5. Garantir o acesso de crianças e adolescentes aos serviços de saúde

incentivando a articulação e ampliação com o PSE.

2.9 Garantia do acesso universal em saúde mental: enfrentamento da desigualdade e iniqüidades em relação à raça/etnia, gênero, orientação sexual e identidade de gênero, grupos geracionais, população em situação de rua, em privação de liberdade e outras condicionantes sociais na determinação da saúde mental.

Propostas Prioritárias para o âmbito nacional/estadual:

1. Implementar políticas de inclusão e acessibilidade à pessoas com

necessidades especiais físicas, psicossociais e imuno-adquiridas, junto aos serviços

da rede de saúde, com ênfase em saúde mental.

2. Que seja cumprida a Lei 10.639/2003 que prevê inclusão no currículo escolar

brasileiro, de temas como o Direito à diversidade, Étnico Racial, a Liberdade Religiosa

e a Cultura Indígena, e outras políticas públicas que incluam a prevenção ao uso de

álcool e outras drogas, prevenção às DST's, buscando assim, constituir uma cultura de

respeito às diferenças desde a infância; capacitando os profissionais e sensibilizando

para tal.

3. Acolher, nos diferentes dispositivos da rede de atenção a saúde, as pessoas

em situação de vulnerabilidade social profissionais do sexo, moradores de ruas,

usuários de álcool e drogas, usuários de saúde mental, portadores de doenças imuno-

adquiridas, entre outros, garantindo a desinstitucionalização, inclusão e proteção social

como enfrentamento da desigualdade e iniqüidade em relação a raça/etnia, gênero,

orientação sexual, identidade de gênero, grupos geracionais, população em situação

de rua, em privação de liberdade e outros condicionantes sociais na determinação da

saúde mental. Que essas ações sejam planejadas de forma intersetorial com equipes

interdisciplinares na perspectiva da luta anti-manicomial e política de redução de

danos.

4. Garantir o disposto em lei, no que se refere ao acesso a leitos psiquiátricos e

de desintoxicação para álcool e drogas em hospital geral, contrapondo o modelo de

internação na lógica axilar e manicomial que segrega e exclui. Para tal realizar

campanhas de informações e sensibilização junto aos gestores hospitalares,

garantindo assim, tratamento adequado as necessidades do usuário conforme projeto

terapêutico singular, construindo em equipe com a participação dos usuários e das

famílias.

5. Criar e implementar políticas de promoção de igualdade e superação de

preconceitos e estigmas, relacionados à raça/etnia, gênero, orientação sexual e

identidade de gênero, grupos geracionais, população de rua, em privação de liberdade

e outras condicionantes sociais, garantindo adequação dos serviços à rede de saúde,

informação, capacitação de equipes profissionais com a participação dos usuários e

dos saberes populares, e a realização de ações intersetoriais.

6. Definir responsabilidades e competências dos diversos setores para ações

necessárias no âmbito da população de rua, garantindo a implementação de equipes

interdisciplinares especificas para esta população.

7. Desenvolver projetos de intervenção junto a povos e comunidades tradicionais

(índio, quilombola, pescadores, assentados e outros), com vistas à capacitação e

qualificação ao tratamento em álcool e drogas e redutor de danos para estas

populações e equipes de saúde, considerando os saberes populares e o respeito às

diferenças, especificidades culturais de cada comunidade.

Eixo 3 – Direitos Humanos e Cidadania como desafio ético e

intersetorial – Eixo da Intersetorialidade

3.1 Direitos Humanos e Cidadania

Propostas Prioritárias para o âmbito nacional

1. Garantir direitos culturais na esfera social, política e econômica, qualificando a

assistência a saúde socioambiental, desde a infância ao idoso, promovendo a arte e o

lazer em parceria entre o legislativo, as três esferas de governo e a sociedade civil

organizada, ressaltando a educação enquanto articuladora e promotora dos processos

de direitos humanos e cidadania.

2. Garantir subsídio Federal para o transporte coletivo aos usuários da saúde

mental com baixa renda e que estejam em efetivo atendimento, viabilizando assim

acesso ao tratamento e a circulação pelo município, incluindo acompanhante, se

necessário.

3. Construir políticas públicas que garantam a reabilitação e a ressocialização do

paciente pós-alta, com o compromisso dos gestores e qualificação dos profissionais,

onde o paciente seja aceito sem preconceito e que a família participe desse processo

de reabilitação, garantindo em todos os níveis de atenção atendimento humanizado e

qualificado as pessoas com sofrimento mental, sem qualquer tipo de discriminação ou

desrespeito.

4. Garantir a acessibilidade ao tratamento nos serviços de saúde mental, a todos

os segmentos da população, incluindo as pessoas em situação de rua, através do

acolhimento permanente nos CAPS, com equipes habilitadas e qualificadas para o

atendimento das pessoas com transtornos mentais severos e persistentes, estimulando

a integração e convivência das pessoas com transtornos mentais no município com

outros cidadãos, em busca do bem comum, com direitos e deveres, promovendo a

cidadania e direitos a todos.

5. Aperfeiçoar o currículo de formação de forma continuada e permanente,

qualificando os profissionais, com ênfase nos direitos humanos e cidadania, com a

finalidade de aprimorar o atendimento as pessoas com sofrimentos mentais e

necessidades especiais.

Propostas Prioritárias para o âmbito estadual

1. Garantir direitos culturais na esfera social, política e econômica, qualificando a

assistência a saúde socioambiental, desde a infância ao idoso, promovendo a arte e o

lazer em parceria entre o legislativo, as três esferas de governo e a sociedade civil

organizada, ressaltando a educação enquanto articuladora e promotora dos processos

de direitos humanos e cidadania.

2. Garantir subsídio Federal para o transporte coletivo aos usuários da saúde

mental com baixa renda e que estejam em efetivo atendimento, viabilizando assim

acesso ao tratamento e a circulação pelo município, incluindo acompanhante, se

necessário.

3. Construir políticas públicas que garantam a reabilitação e a ressocialização do

paciente pós-alta, com o compromisso dos gestores e qualificação dos profissionais,

onde o paciente seja aceito sem preconceito e que a família participe desse processo

de reabilitação, garantindo em todos os níveis de atenção atendimento humanizado e

qualificado as pessoas com sofrimento mental, sem qualquer tipo de discriminação ou

desrespeito.

4. Garantir a acessibilidade ao tratamento nos serviços de saúde mental, a todos

os segmentos da população, incluindo as pessoas em situação de rua, através do

acolhimento permanente nos CAPS, com equipes habilitadas e qualificadas para o

atendimento das pessoas com transtornos mentais severos e persistentes, estimulando

a integração e convivência das pessoas com transtornos mentais no município com

outros cidadãos, em busca do bem comum, com direitos e deveres, promovendo a

cidadania e direitos a todos.

5. Aperfeiçoar o currículo de formação de forma continuada e permanente,

qualificando os profissionais, com ênfase nos direitos humanos e cidadania, com a

finalidade de aprimorar o atendimento as pessoas com sofrimentos mentais e

necessidades especiais.

Demais Propostas aprovadas

1. Garantia de condições dignas de trabalho, de atendimento qualificado e

respeito aos direitos dos usuários.

2. Organizar e construir Projetos sociais nos mais diferentes âmbitos e

diversidades, valorizando sempre os usuários e objetivando de forma ampla a

cidadania e a autoestima.

3. Desenvolvimento de trabalho intersetorial (Assistência Social, Poder Judiciário,

Ministério Publico, Saúde, Trabalho, Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia, etc) para

orientação e empoderamento do usuário para garantir o cumprimento dos direitos

trabalhistas previstos na Constituição, tais como afastamento do trabalho para

tratamento de saúde, inclusive saúde mental, demissões irregulares após realização de

tratamentos, discriminação e preconceito, assedio moral, entre outros problemas;

4. Promover e incentivar no usuário a capacidade de autoconfiança, esclarecendo

os mais diversos direitos ao qual este possui como cidadão.

5. Garantia do direito de atendimento na área habitacional, no que se refere às

demandas por moradia dos usuários da saúde mental, quando em vulnerabilidade

social, e articulando em ações conjuntas com as Secretarias de Cultura, na promoção

de espaços abertos de lazer e cultura nos bairros, em especial nos finais de semana,

visando possibilitar o acesso de todos à ações culturais e de lazer.

6. Garantir a Inclusão Digital, através de parcerias INTERSETORIAIS

(Universidades, Cursos de Informática, ONGs, SENAC, Redes de Comunicação, etc), e

inserir conteúdos sobre saúde mental e todas as necessidades especiais, desde o

Ensino Fundamental ao Médio, para a promoção do respeito a pessoa com sofrimento

psíquico, sua inclusão e como ação preventiva da descriminação.

7. Promover parcerias nas três esferas de governo com empresas

privadas/públicas visando a inclusão de usuários da rede de saúde mental no sistema

de trabalho estimulando autonomia e auto-estima destes cidadãos.

8. Redução da jornada de trabalho dos trabalhadores no Brasil visando viabilizar

condições e possibilidades de tempo físico para o lazer.

9. Intensificação do fomento às ações do PROERD (Programa de Erradicação

das Drogas) e da sociedade civil.

10. Garantir grupos de apoio aos familiares e usuários em todos os municípios,

bem como, a criação de grupos de auto-ajuda.

11. Priorizar a realização de oficinas de geração de trabalho e renda fora dos

CAPS, compreendendo a diferenciação do espaço que acolhe a crise e do espaço de

trabalho.

12. Fomentar o trabalho através de grupos com os usuários para que os mesmos

se apropriem de seus direitos nos diferentes âmbitos da rede de atenção de saúde

mental.

3.2 Trabalho, geração de renda e economia solidáriaPropostas Prioritárias para o âmbito nacional

1. Destinar vagas a pessoas em sofrimento psíquico para qualificação social e

profissional no plano nacional de qualificação profissional –PNQ do Ministério do

Trabalho e outros projetos de mesma natureza existentes no município.

2. Implantação de Cooperativas sociais (Lei 9.867/1999) e ampliação de

programas de geração de renda e trabalho.

3. Criar associações de usuários e familiares dos serviços de saúde mental para

propiciar a geração de renda e a capacitação desses usuários para confecção de

produtos, respeitando as habilidades individuais, possibilitando a sua atuação no

mercado de trabalho ou como autônomos e que essas associações sejam financiadas

no início por recursos oriundos das três esferas de governo, ou, em parceria com as

universidades da região.

4. Regulamentar na Política Nacional de saúde mental a implementação e

concretização dos projetos de geração de trabalho e renda, priorizando que as oficinas

se realizem em sedes próprias, compreendendo a diferença entre o espaço que acolhe

usuários em sofrimento psíquico (CAPS) e espaço de trabalho.

5. Desenvolver políticas de inclusão social, ampliando as leis que permitam as

cotas de trabalho em empresas públicas e privadas, para o portador de sofrimento

psíquico e que também incentivem a criação de cooperativas, oficinas de geração de

renda e entidades de economia solidária como forma de inclusão e geração de renda,

promovendo a autonomia e valorização pessoal.

Propostas Prioritárias para o âmbito estadual

1. Propiciar cursos e capacitações que facilitem a inserção de pessoas com

transtornos mentais no mercado de trabalho.

2. Que as empresas ofereçam programa de ginástica laboral e atendimento em

saúde do trabalhador, garantido processos ergonomicamente corretos para beneficiar a

saúde de seus funcionários.

3. Ampliar a oferta de ações de trabalho e geração de renda considerando a

demanda da cidade como um todo, investindo na constituição de parcerias

intersetoriais que promovam a capacitação e a inclusão no trabalho aos usuários da

saúde mental.

4. Garantir projetos sociais que empreguem as pessoas usuárias dos serviços de

saúde mental, possibilitando um espaço para cultivo de hortaliças, plantas medicinais,

aromáticas e condimentares, para o consumo e geração de renda;

5. Incentivo à participação por empresas publicas e privadas, dos usuários de

Saúde Mental para a qualificação profissional para o mercado de trabalho nos cursos

de EJA e Jovem aprendiz.

Demais Propostas aprovadas

1. Criar projetos autossustentáveis de geração de renda em parceria com a

comunidade, com eixos fundamentais de Saúde Mental, buscando reinserção no

mercado de trabalho.

2. Estimular as ONG's para desenvolverem projetos de geração de renda, através

de financiamentos e formação permanente.

3. Incentivo empresarial para formação e qualificação profissional de pessoas

com transtorno mental.

4. Estruturar nos municípios formas de trabalho que possibilitem a geração de

renda através do desenvolvimento de atividades produtivas.

5. Maior opção de oficinas para produção de renda;

6. Organização de oficinas de geração de renda para a preparação e inclusão do

usuário no mercado de trabalho.

7. Apoio aos projetos de economia solidária envolvendo usuários de serviços de

saúde mental .

8. Garantir em todos os níveis de Estado (municipal, estadual e federal), uma cota

das empresas publicas ou privadas de vagas em oficinas, cursos profissionalizantes,

emprego, oportunizando a inclusão dos usuários da rede de saúde mental,já a partir do

CAPS, no mundo do trabalho.

9. Implantação de ações de inclusão social pelo trabalho dos usuários de SM

através de programas específicos, estímulo à criação de convênios entre o poder

público e empresas e implantação de vagas dentro do setor público.

10. Incentivar e fomentar a criação de centros de convivência e oficinas de geração

de trabalho e renda nas comunidades, promovendo a criação e incentivando a

participação em iniciativas de economia solidária, garantindo a integração e articulação

entre as oficinas terapêuticas e estes programas.

11. Levantamento de locais públicos e de organizações da sociedade civil em

áreas que proporcionam a intersetorialidade, como cultura ,esporte , lazer, educação e

trabalho.

12. Comercialização: inserção de produções da rede de saúde mental em feiras,

grupos que já ocupam esses espaços na cidade.

13. Criação de projetos específicos para trabalho, Geração de Renda e Economia

Solidária.

14. Interlocução e aproximação da Rede de Saúde Mental com os demais

segmentos de saúde, e com outros setores do Poder Público e da Sociedade Civil,

através de discussões e pactuações entre os diferentes segmentos.

15. Sensibilização do empresariado quanto ao desenvolvimento de ações visando

a saúde dos trabalhadores.

16. Criação do Centro de Integração Social por meio de trabalho para os egressos

do serviços de saúde mental.

17. Incentivar o acesso à cultura, na perspectiva da intersetorialidade como forma

lúdica para a integralidade da atenção e de formação em artes plásticas e cênicas,

oportunizando a participação no mercado de trabalho com geração de trabalho e renda.

18. Potencializar e favorecer a integração social do usuário de saúde mental a

partir do trabalho, oficinas de geração de renda e a criação da economia solidária.

19. Abertura de chamadas de projeto para geração de emprego e renda dos

usuários de saúde mental, de acesso a municípios de pequeno porte.

20. Estimular parcerias junto ao CAPS para crescimento e trocas neste contexto,

geração de trabalho e renda realizando divulgação permanente do trabalho realizado

pelo CAPS;

21. Parcerias entre o setor privado e o público a fim de arrecadar recursos para a

construção de projetos de lazer, esporte, cultura, geração de renda para serviços de

saúde mental

22. Garantir atendimento na área de saúde mental ao trabalhador, em centros

especializados;

23. Implantar e fomentar a articulação de ações de reinserção social para usuários

de substâncias químicas em recuperação.

24. Desenvolver ações articuladas entre os setores de educação, saúde e

assistência social conjuntamente ao setor privado empresarial, objetivando a formação,

profissionalização e inserção do usuário no mercado de trabalho, e a promoção de

saúde e potencialização de resolutividade na área de atenção.

25. Articular e implantar espaços intersetoriais para o atendimento dos usuários de

serviços de saúde mental, integrando o trabalho com setores da sociedade, instituições

e secretarias, onde se oportunize espaços literários, culturais, esportivos, científicos,

profissionais, de lazer e de acesso a mídia.

26. Estimular as pessoas com sofrimento psíquico a expressar, por meio da arte,

da cultura e da escrita, suas convivências e histórias, contando com apoio e orientação

didática neste processo, além de divulgar tais produções para a comunidade como

forma de sensibilização, visando a superação de estigmas e à geração de renda,

garantindo-se espaços aos usuários dos serviços de saúde mental no calendário de

eventos dos municípios.

3.3 - Cultura/ Diversidade Cultural

Propostas Prioritárias para o âmbito nacional

1. Criar e manter espaços e centros de convivência comunitária intersetoriais,

regionalizadas, voltados para publico intergeracional, respeitando e contemplando a

diversidade cultural de índios, negros, ciganos e outros.

2. Propiciar através de recursos Municipais, Estaduais e Federais atividades

culturais diversificadas como: dança, teatro, entre outros, adequando o espaço físico

dos CAPS e nos demais espaços da cidade a realização desses eventos. Disponibilizar

espaços da rede social para desenvolver estas atividades de inserção.

3. Ampliar as relações entre os diversos setores da sociedade em prol da geração

do trabalho, renda, cultura e dignidade do sujeito, buscando o exercício da cidadania e

resgatando no usuário do serviço de saúde mental o sentimento de inclusão nos

diversos meios sociais.

4. Estimular o protagonismo, produção e potencialidade dos usuários dos serviços

através de oficinas de arte, arte terapia, teatro, musica, dança, salão de arte e outras

expressões culturais respeitando a cultura regional.

5. Fomentar e articular a participação em movimentos sociais, com vistas a

combater a discriminação, a exclusão a que o usuário está submetido, incrementando a

participação em rádios, jornais e em meios de comunicação.

Propostas Prioritárias para o âmbito estadual

1. Criar e manter espaços e centros de convivência comunitária intersetoriais,

regionalizadas, voltados para publico intergeracional, respeitando e contemplando a

diversidade cultural de índios, negros, ciganos e outros.

2. Propiciar através de recursos Municipais, Estaduais e Federais atividades

culturais diversificadas como: dança, teatro, entre outros, adequando o espaço físico

dos CAPS e nos demais espaços da cidade a realização desses eventos. Disponibilizar

espaços da rede social para desenvolver estas atividades de inserção.

3. Ampliar as relações entre os diversos setores da sociedade em prol da geração

do trabalho, renda, cultura e dignidade do sujeito, buscando o exercício da cidadania e

resgatando no usuário do serviço de saúde mental o sentimento de inclusão nos

diversos meios sociais.

4. Estimular o protagonismo, produção e potencialidade dos usuários dos serviços

através de oficinas de arte, arte terapia, teatro, musica , dança, salão de arte e outras

expressões culturais respeitando a cultura regional.

5. Fomentar e articular a participação em movimentos sociais, com vistas a

combater a discriminação, a exclusão a que o usuário está submetido, incrementando a

participação em rádios, jornais e em meios de comunicação.

Demais Propostas aprovadas

1. Propõe-se que sejam estimuladas atividades culturais fora das dependências

do CAPS, visando a ressocialização dos usuários à sociedade e também como

forma de mobilização desta, minimizando os preconceitos.

2. Investir no cuidado através de oficinas terapêuticas e ou de expressão,

trazendo para dentro da rede de saúde mental o foco na arte, cultura e em

áreas para além da saúde.

3. Fomentar e garantir a integração entre o CAPS e a comunidade através de

passeios, olimpíadas, apresentações musicais, exposição de trabalhos

artísticos, garantindo o direito e acesso a todas as formas de manifestação e

expressão artísticas.

4. Articular e garantir a integração com as Secretarias afins para promoção de

espaços abertos de lazer e cultura nos bairros, em especial nos fins de semana

visando possibilitar o acesso de todos a ações culturais e de lazer.

5. Revitalização dos espaços de lazer do município.

6. Integração dos serviços de saúde mental com as comunidades tradicionais,

diferentes matrizes religiosas e outras organizações da sociedade.

7. Incentivar a criação de oficinas terapêuticas sobre arte, cultura, agricultura e

indústria.

8. Estimular a criação de grupos de cultura, facilitando as estratégias da

economia solidária.

9. Incentivar a convivência em espaços de lazer e o resgate de valores em

espaços culturais tais como acervos e memoriais referentes a produções

artísticas dos usuários da saúde mental.

10. Parcerias entre o setor privado e o publico, a fim de arrecadar recursos para a

construção de projetos de lazer e geração de trabalho e renda.

11. Garantir espaços na mídia para divulgar e fomentar as atividades da saúde

mental. Garantir a divulgação e produção de materiais gráficos, educativos em

saúde mental: folders, revistas, além da inclusão e garantia da comunicação

visual (TV e Vídeo).

3.4 Justiça e Sistema de Garantia de DireitosPropostas Prioritárias para o âmbito nacional

1. Que a rede de saúde mental fomente uma articulação entre o Ministério

Público, Judiciário, Delegacias de Polícia para o entendimento das políticas de

saúde mental para reduzir o número de medidas de internações compulsórias

em Hospitais Psiquiátricos.

2. Propor junto ao legislativo a discussão e criação de leis que garantam a

inclusão de usuários de saúde mental no mercado de trabalho formal e

promover o fortalecimento e desenvolvimento de trabalho intersetorial

(Assistência Social, poder judiciário, ministério público, saúde, trabalho) para

orientação e empoderamento do usuário a fim de garantir o cumprimento dos

direitos trabalhistas previstos na constituição, tais como: afastamento do

trabalho para tratamento de saúde, inclusive saúde mental; impedir demissões

irregulares após realização de tratamento, impedir discriminação e preconceito,

impedir assédio moral, entre outros.

3. Exigir o cumprimento da legislação de SM e de outros dispositivos legais, nos

casos de violação dos direitos humanos, de liberdades básicas e negação de

direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais aos que sofrem de

transtornos mentais, garantindo a cidadania através do cumprimento das

políticas pública.

4. Assegurar o acesso, garantido por lei, do transporte de familiares e usuários

dos serviços em saúde mental, para fins de tratamento e estendendo este

direito para livre circulação na cidade.

5. Que o poder judiciário use sempre como base a avaliação da equipe

multiprofissional do serviço de Saúde Mental para as internações judiciais e

que o Estado garanta ações e serviços intersetoriais para a continuidade do

tratamento dos usuários.

Propostas Prioritárias para o âmbito estadual

1. Que a rede de saúde mental fomente uma articulação entre o Ministério

Público, Judiciário, Delegacias de Polícia para o entendimento das políticas de

saúde mental para reduzir o número de medidas de internações compulsórias

em Hospitais Psiquiátricos.

2. Propor junto ao legislativo a discussão e criação de leis que garantam a

inclusão de usuários de saúde mental no mercado de trabalho formal e

promover o fortalecimento e desenvolvimento de trabalho intersetorial

(Assistência Social, poder judiciário, ministério público, saúde, trabalho) para

orientação e empoderamento do usuário a fim de garantir o cumprimento dos

direitos trabalhistas previstos na Constituição, tais como: afastamento do

trabalho para tratamento de saúde, inclusive saúde mental; demissões

irregulares após realização de tratamentos; discriminação e preconceito;

assédio moral, entre outros.

3. Exigir o cumprimento da legislação de SM e de outros dispositivos legais, nos

casos de violação dos direitos humanos, de liberdades básicas e negação de

direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais aos que sofrem de

transtornos mentais, garantindo a cidadania através do cumprimento das

políticas pública.

4. Assegurar o acesso, garantido por lei, do transporte de familiares e usuários

dos serviços em saúde mental, para fins de tratamento e estendendo este

direito para livre circulação na cidade.

5. Quando houver o encaminhamento de paciente ao Serviço de Saúde Mental

pelo Poder Judiciário, Ministério Público ou Conselho Tutelar garanta se que

sejam acrescentados documentos e informações pertinentes ao caso, com o

fim de auxiliar o trabalho da Saúde Mental.

Demais Propostas aprovadas

1. Rigor no cumprimento das leis que limitam o acesso e o uso de álcool e outras

drogas, com ações conjuntas entre Justiça e órgãos de Segurança Pública,

principalmente no que se refere a crianças e adolescentes.

2. Fomentar a participação de usuários, familiares, trabalhadores e gestores da

saúde mental nos espaços de controle social, fortalecendo as entidades

representativas para a garantia de direitos.

3. Lutar para que as avaliações e encaminhamentos referentes às perícias

médicas previdenciárias sejam realizadas por equipe multiprofissional,

incluindo que as avaliações para passes rodoviários (passe livre) devam ser

realizadas pela equipe de SM responsável (de referência).

4. Efetuar, na prática, ações conjuntas com o Ministério Público, através de

encontros periódicos, com datas pré-estabelecidas, ampliando a garantia dos

direitos humanos dos usuários e efetivando o controle social.

5. Que os Conselhos de Saúde, Nacional, Estaduais e Municipais, encaminhem a

todos os órgãos do sistema de garantia de direitos (especialmente Conselhos

de Direitos, Ministério Público, Juizado) os relatórios finais das conferências de

saúde mental.

6. Revisão do Código Civil para priorizar as interdições parciais, pois é importante

que o interditado permaneça com certos direitos, ainda que não possa

administrar seu patrimônio.

7. Reafirmar as diretrizes do SUS e da Reforma Psiquiátrica Antimanicomial

3.5 Educação, inclusão e cidadania.

Propostas Prioritárias para o âmbito nacional

1. Criar e viabilizar canais de comunicação entre os CAPS e escolas,

intercambiando interesses e trabalhos realizados por ambos.

2. Garantir a existência de equipe multidisciplinar no município para atendimento

à comunidade e apoio a docentes que recebam alunos com necessidades

educacionais especiais.

3. Oportunizar a formação permanente dos profissionais de educação para que,

com maiores orientações, possam receber os alunos com necessidades

educacionais especiais (deficiências físicas, sensoriais, mentais, sofrimento

psíquico, drogadição, transtorno global de desenvolvimento e deficiências

múltiplas) proporcionando lhes a inserção necessária.

4. Realizar intercâmbio entre a área da educação e da saúde, adicionando aos

currículos escolares conteúdos sobre saúde mental e drogadição, com

professores, alunos e familiares, garantido através de projetos e propostas,

carga horária especifica em todos os níveis de ensino.

5. Propiciar a nível Municipal, Estadual e Federal, cursos profissionalizantes

adequados aos interesses dos usuários para que estes tenham a possibilidade

de inserção no mercado de trabalho.

Propostas Prioritárias para o âmbito estadual

1. Criar e viabilizar canais de comunicação entre os CAPS e escolas,

intercambiando interesses e trabalhos realizados por ambos.

2. Garantir a existência de equipe multidisciplinar no município para atendimento

à comunidade e apoio a docentes que recebam alunos com necessidades

educacionais especiais

3. Oportunizar a formação permanente dos profissionais de educação para que,

com maior orientação, possam receber os alunos com necessidades

educacionais especiais (deficiências físicas, sensoriais, mentais, sofrimento

psíquico, drogadição, transtorno global de desenvolvimento e deficiências

múltiplas) proporcionando lhes a inserção necessária.

4. Realizar intercâmbio entre a área da educação e da saúde, adicionando aos

currículos escolares conteúdos sobre saúde mental e drogadição, com

professores, alunos e familiares, garantido através de projetos e propostas,

carga horária especifica em todos os níveis de ensino.

Demais Propostas aprovadas

1. Desenvolvimento e/ou ampliação por parte das escolas com apoio da comunidade de alternativas sócio educativas, como o programa Escola Aberta e/ou turno integral.

2. Consolidação, expansão e monitoramento dos projetos de educação, saúde e cultura envolvendo e enfatizando a intersetorialidade com foco na saúde mental junto à comunidade escolar.

3. Garantir o cumprimento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação no que tange à inclusão dos portadores de transtornos mentais na rede pública e privada de ensino, com as devidas adequações estruturais e de pessoal, sem qualquer tipo de discriminação.

4. Propiciar a nível Municipal, Estadual e Federal, cursos profissionalizantes adequados aos interesses dos usuários para que estes tenham a possibilidade de inserção no mercado de trabalho.

5. Realizar rodas de conversa nas escolas, entidades comunitárias, apresentando o contexto histórico das políticas públicas no Brasil, dando ênfase ao SUS, aos direitos humanos e aos deveres do cidadão, ressaltando a importância da inclusão dos portadores de sofrimento psíquico como sujeitos de direitos.

6. Maior interação entre os setores da saúde, assistência social, educação e habitação, fortalecendo os vínculos intersetoriais (saúde, educação, assistência social e conselho tutelar).

7. Promover e ampliar ações de saúde e prevenção nas escolas como por exemplo o Programa de Saúde na Escola

8. Ampliar o trabalho de divulgação da saúde mental, promovendo ações educativas visando diminuir o preconceito na família, na comunidade e na escola.

9. Promover a inclusão digital para portadores de sofrimento psíquico.10. Fomentar a participação e o protagonismo dos usuários da política de

saúde mental para as próximas conferências.11. Ampliar campos de atuação para universitários nos serviços de saúde

mental.12. Criar mecanismos de corresponsabilizaçao da saúde, assistência social e

Ministério Público, de modo a evitar internações compulsórias e involuntárias.

13. Criar dispositivos para que as equipes dos serviços de saúde façam o atendimento no espaço da rua em conjunto com os serviços do território às pessoas em situação de rua com sofrimento psíquico, de modo a garantir seu acesso à saúde.

3.6 Seguridade Social, Previdência, Assistência Social e SaúdePropostas Prioritárias para o âmbito nacional

1. Garantir a reabilitação do trabalhador através da política da previdência social e

que as empresas se responsabilizem pelos trabalhadores adoecidos e

lesionados por elas (lesões relacionadas ao trabalho) reabilitando-os,

reintegrando-os e readaptando-os, até sua aposentadoria.

2. Revisão do critério de renda per capita do beneficio de prestação continuada

de ¼ para meio salário mínimo; avaliando a necessidade de portadores de

sofrimento psíquico grave que não tinham contribuição previdenciária ou

perderam o direito de segurado possam receber o beneficio.

3. Efetivar a execução do plano de expansão dos postos de atendimento do

INSS, facilitando assim o acesso aos usuários.

4. Garantir a transdisciplinariedade da equipe pericial do INSS na avaliação dos

portadores de transtorno mental considerando os laudos das equipes

interdisciplinares dos serviços de saúde e assistência social.

5. Revisões e reconsiderações de pericias sejam realizadas por profissionais

especialistas da área.

Propostas Prioritárias para o âmbito estadual1. Agilizar a marcação de exames fora de domicílio, bem como utilizar sempre o

documento de referencia e contra-referencia para proporcionar uma adequada

avaliação pelos profissionais.

2. Garantir o benefício de transporte gratuito aos usuários da saúde mental.

3. Viabilizar aos usuários o acesso do beneficio de prestação continuada através

da rede de proteção social básica da assistência social.

4. Acompanhamento sistemático dos beneficiários do BPC pelos profissionais da

política de assistência social com o objetivo de evitar que terceiros se apropriem

indevidamente de seus benefícios.

5. Ampliar os serviços de Assistência Social que oportunizam suporte à família

dos usuários de saúde mental como forma de contribuir no seu tratamento e na sua

recuperação, em especial àquelas que se encontram em situação de vulnerabilidade

social.

Demais Propostas aprovadas1. Sensibilização e capacitação permanente dos profissionais que atendem os

usuários da saúde mental, oportunizando o cuidado ao usuário e ao trabalhador.

2. Pensar a Assistência Social como forma de acesso a questões básicas como

saúde e educação, direitos humanos, justiça, habitação, trabalho, cultura, esporte e

lazer, etc.

3.7 Organização e mobilização dos usuários e familiares de saúde mental

Propostas Prioritárias para o âmbito nacional1. Investir no fortalecimento e garantir o investimento financeiro em projetos de

associações de usuários de saúde mental, promovendo a cidadania e sua integração à

sociedade.

2. Potencializar os movimentos sociais na perspectiva de assegurar o

cumprimento da legislação que protege as pessoas com deficiência e altas habilidades

e superdotação, bem como a ampla divulgação de seu conteúdo.

3. Mobilização e rearticulação de Associações de Usuários e Familiares e dos

Serviços de Saúde Mental, retomando os processos de ocupação dos espaços de

pactuação e consolidação das Políticas em Saúde e buscando a captação de recursos

humanos, financeiros e materiais voltados para saúde mental.

4. Garantir e estimular a participação dos usuários e familiares na formulação,

planejamento, fiscalização das políticas sociais, competindo esta função aos

trabalhadores e gestores dos serviços de saúde.

5. Fortalecimento dos movimentos sociais e criação de cooperativas visando a

ressocialização e o enfrentamento do desemprego para a inserção dos usuários de

serviços de saúde mental no mercado de trabalho conforme suas habilidades e

possibilidades a partir do estimulo a parcerias com empresas. Favorecendo o processo

contra o preconceito e conquista da cidadania, auxiliando na diminuição dos estigmas.

Propostas Prioritárias para o âmbito estadual

1. Realizar Encontros Estaduais e Regionais sobre Saúde Mental anualmente,

organizado por profissionais, usuários, familiares, gestores e entidades ligadas à área,

proporcionando a troca de experiências e capacitação continuada e garantindo o

diálogo efetivo entre os segmentos.

2. Propõe-se que a família seja incluída em todas as atividades realizadas nos

serviços de saúde mental, como meio de aproximação desta com o serviço, e do

usuário com a própria família e com a sociedade.

3. Estimular a formação de grupos comunitários intersetoriais, que envolvam as

escolas, os serviços de saúde, o poder judiciário, no sentido de promover uma rede de

ações solidárias como forma de prevenção as questões relativas ao sofrimento

psíquico e a dependência química.

4. Desenvolver ações que mobilizem os usuários do SUS na participação do

controle social e mecanismos que orientem familiares de usuários do serviço de saúde

mental, em relação à garantia de direitos, tendo como diretriz a luta antimanicomial.

5. Garantir que pessoas com sofrimento psíquico em tratamento em saúde mental

tenham resguardado o direito de guarda e cuidado de seus filhos, respeitando as

necessidades e as garantias do direito da criança e do adolescente.

Demais Propostas aprovadas

1. Realizar ações de educação permanente em saúde mental que estimulem a

organização e mobilização dos usuários e familiares, para os profissionais que atuam

com crianças, adolescentes e adultos.

3.8 – Comunicação, informação e relação com a mídia.

Propostas Prioritárias para o âmbito nacional e estadual

1. Garantia da divulgação das novas políticas de saúde mental,

informações sobre a Reforma Psiquiátrica e ações referentes aos diversos

serviços substitutivos (serviços terapêuticos, oficinas, projetos culturais e

outros). Esta divulgação deve ter caráter municipal, estadual e nacional, e deve

ser adequada e acessível aos diferentes seguimentos da sociedade; utilizando

diversas mídias, incluindo rádios comunitárias e outras mídias alternativas

(tendo como exemplo bem sucedido o COMUNICASUS).

2. Utilizar os instrumentos de comunicação como ferramentas para

agregar voluntariado na comunidade em geral e parcerias nas redes: municipal,

estadual e nacional (educação, assistência social, ministério público, judiciário,

ONGs, etc). Essas ações devem ter como objetivos romper preconceitos,

quebrar mitos, conhecer e compreender a realidade da saúde mental coletiva.

3. Criação de instâncias intersetoriais e participativas municipais,

estaduais e federais que permitam discutir e encaminhar propostas concretas e

legítimas sobre campanhas veiculadas na mídia no que se referem a

medicamentos e outras drogas (lícitas e ilícitas).

4. Implementar uma Política de Estado para apropriação da internet como

ferramenta terapêutica. (Como exemplo o projeto que está sendo

implementado no CAPS AD Renascer, de Canoas, que utiliza a internet para

socialização e recuperação de usuários)

5. Realizar um grande trabalho de mobilização social (na TV, em rádios

nacionais e locais e nas diferentes linguagens), enfatizando a importância do

papel da família.

Demais Propostas aprovadas

1. Criar políticas de comunicação social que garantam a divulgação das oficinas

de geração de renda, bem como seus projetos e produtos. Incluir essas

atividades nos calendários regionais e municipais e divulgá-las na mídia local.

3.9 – Violência e Saúde MentalPropostas Prioritárias para o âmbito nacional

1. Destinar verbas das esferas estadual e federal para acolhimento e proteção

das vitimas de violência aos municípios de pequeno porte.

2. Capacitação/orientação dos profissionais/trabalhadores da saúde e educação,

para a detecção de sinais de violência física e mental contra os portadores de

transtornos mentais, bem como quanto à forma de encaminhamento para

averiguação pelas autoridades competentes.

3. Incentivo ao preenchimento de RINAVs – Registro Nacional de Acidentes e

Violência- e remessa ao Ministério Público a partir da capacitação das equipes

de saúde para a observação e notificação compulsória das situações que

envolvem violência.

4. Desenvolver e implementar programas e ações efetivas de prevenção a

violência, uso abusivo, indevido e dependente de drogas, promoção da saúde

mental e da paz; com investimento das três esferas de governo (recursos

materiais e humanos).

5. Propor a formação de grupos de trabalho intersetoriais consultivos sobre

campanhas institucionais que trabalhem prevenção ou educação sobre drogas

em veículos de massa, visando sua adequação aos princípios do SUS.

Propostas Prioritárias para o âmbito estadual

1. Estruturação de rede de proteção e atendimento a situações que envolvam

violência e implantação de ações específicas de atendimento de vitima de

violência, de acordo com as necessidades locais.

2. Elaborar artigos sobre violência e saúde mental e garantir a sua divulgação.

3. Atenção para os índices de violência, principalmente suicídios, para o

desenvolvimento de pesquisas sobre os determinantes sociais ligados ao tema

e políticas publicas para o seu enfrentamento.

4. Criação de Centros de Referência intersetoriais integrados às redes locais para

atendimento de crianças e adolescentes vítimas de violência, que congreguem

no mesmo espaço ações de saúde, educação, assistência social e jurídica,

dentre outras.

5. Rever as modalidades do acolhimento nos serviços de saúde mental de modo

a garantir o acesso a todos os usuários, considerando as necessidades

específicas advindas do agravamento das vulnerabilidades sociais.

Demais Propostas aprovadas

1. Garantir o resguardo do profissional que encaminha as informações sobre

violações de direitos humanos ao Ministério Público.

2. Que as crianças e jovens vítimas de qualquer forma de maus tratos tenham

prioridade de acesso aos serviços de saúde no município, bem como a todas

as demais políticas públicas que se fizerem necessárias a proteção de sua

integridade física e mental.

3. Implantar no SUS a terapia comunitária e realizar grupos terapeuticos e

preventivos como estratégias de promoção da saúde mental e prevenção da

violência.

4. Garantia de atendimento em saúde mental às vitimas de violência.

5. Comunicar, informar e divulgar o funcionamento dos serviços especializados

para a população e para a rede.

6. Criar novas estratégias de resolução de conflito da população de forma

descentralizada e efetiva.

7. Garantir a realização de visitas domiciliares aos usuários com sofrimento

psíquico.

8. Todos devem se mobilizar para fazer cumprir as leis que regem nosso país.

9. Garantir a fiscalização aprovada visando à prevenção da exploração sexual de

crianças e adolescente, bem como, o uso indevido e o abusivo de álcool e

outras drogas.

Moções de Repúdio

1. Os participantes da III Conferência Estadual de Saúde Mental Intersetorial

repudiam o descumprimento da constituição federal Brasileira que coloca crianças e

adolescentes como prioridade absoluta na garantia de direitos. Os investimentos atuais

nas diferentes esferas de governo não contemplam as diversas necessidades desse

segmento.

2. Repúdio ao descumprimento do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente)

com ações de internação superior ao estabelecido (fase SP) mascaradas com a

justificativa de tratamento.

3. Repúdio ao parecer do supremo quanto a complementação financeira em

atendimento pelo SUS.

4. Os trabalhadores de saúde e usuários presentes na III Conferência Estadual de

Saúde Mental do RS vêm repudiar o CREMERS pelo desrespeito e completo

desinteresse pelo Sistema Único de Saúde (SUS) demonstrado através de ações no

Supremo Tribunal federal (STF), nas quais defendem o atendimento pelo SUS e, ao

mesmo tempo, pagando médicos de forma privada, gerando assim o desmonte do

SUS.

5. Ao Ministério Público Estadual, que tem desconsiderado a legislação do Saúde

Mental, da reforma psiquiátrica, permitindo a ampliação de leitos em hospital

Psiquiátrico.

6. A existência de hospitais psiquiátricos com pacientes ainda institucionalizados

no RS.

7. A tentativa de privatização dos CAPS, através de terceirização destes serviços.

8. Aos deputados que tem feito propostas de retrocesso da legislação de Reforma

Psiquiátrica no RS; desconsiderando o princípio da integralidade, querendo resgatar

leitos em hospitais psiquiátricos.

9. A todos os gestores municipais que não apoiaram a vinda de delegados eleitos

nas conferências municipais / regionais que não eram trabalhadores da saúde.

10. Nós, participantes da III Conferência Estadual de SM – Intersetorial,

repudiamos o baixo investimento na implementação da Rede Substitutiva,

considerando não somente a abertura dos serviços, mas também o efetivo acolhimento

de demandas relacionadas as acomobidades de sofrimento psíquico e usos

problemáticos de drogas de acordo com os princípios e diretrizes do SUS, sendo dever

de todos trabalhadores não segmentar as pessoas em partes trabalhando-se o todo

com a integralidade e a equidade.

11. Moção de repúdio ao Governo do Estado, Secretaria de Estado de Saúde e

Direção do Hospital Psiquiátrico São Pedro, pelo assédio moral aos trabalhadores e

pelo desserviço à Reforma Psiquiátrica no Estado. É público o desrespeito da direção

aos direitos humanos, quando as garantias básicas de cuidado aos usuários

institucionalizados não são respeitadas, bem como não há nenhum movimento da

direção para garantir o processo de desinstitucionalização e inclusão dos moradores do

São Pedro nas suas cidades de origem ou em Serviços Residenciais Terapêuticos,

diferentemente do que é divulgado pela mídia. Também é público que o Hospital

Psiquiátrico tem se colocado como referência no tratamento de pessoas com

problemas relacionados ao uso de álcool e outras drogas. Nosso repúdio também a

essa situação. Entendemos que a formação de trabalhadores do SUS deve acontecer

através dos preceitos da Reforma Psiquiátrica e de Redução de Danos.

12. Os participantes da II Conferência Estadual de Saúde Mental e Intersetorial

repudiam o encaminhamento das situações de crianças e adolescentes em conflito

com a Lei que utilizam dos dispositivos de abrigamento, internação e medicalização

como formas de punição e controle, violando assim duplamente os direitos previstos no

Estatuto da Criança e Adolescente. A exemplo da Fundação casa do Estado de São

Paulo que criou um serviço em meio fechado com características semelhantes a um

manicômio judiciário.

13. Aos municípios que não dispuseram recurso para mobilizar e garantir recursos

para a participação de delegados nesta conferência.

14. A decisão do STF que prevê o pagamento de diferença no atendimento médico

nas consultas do SUS.

15. Aos governantes de municípios que não apoiaram, ou dificultaram a vinda de

delegados a Conferência Estadual de Saúde Mental.

16. A Plenária da APAF- Assembléia das Políticas, da Administração e das

Finanças do Sistema Conselhos de Psicologia, reunida em Brasília nos dias 15 e 16 de

maio de 2010, com a presença do Conselho Federal de Psicologia e dos 17 Conselhos

Regionais de Psicologia de todo o Brasil, apresenta nesta Conferência Estadual de

Saúde Mental moção de repúdio ao PL do Ato Médico ( PL 268/2002, bem como o

substitutivo PL 7703-2006) que, a pretexto de regulamentar a profissão da medicina,

determina, como privativas dos médicos atividades que vem sendo exercidas por todos

os demais profissionais da saúde. Repudiamos qualquer ação que atrela o diagnóstico

nosológico e qualquer prescrição terapêutica somente à profissão médica, impedindo

que profissionais de outras áreas possam exercer livremente suas atividades conforme

orientações técnicas e cientifica de suas áreas, regulamentadas anteriormente.

Consideramos que este projeto de Lei prejudica a autonomia de cada profissão e fere

as diretrizes do SUS. O SUS – Sistema único de Saúde preconiza a integralidade do

cuidado, por meio de equipe multiprofissional, reconhecendo o valor de cada profissão

nas ações cotidianas dos serviços.

17. Repudiamos as entidades de ensino que utilizam, para a formação, espaços de

hospitais psiquiátricos e/ou com lógica manicomial.

18. Devido à precariedade das condições de veículo (ônibus), defeito mecânico,

documentação atrasada colocada à disposição pelo Governo do RS à delegação

gaúcha para deslocamento a Brasília para a 4ª Conferência Nacional de Mulheres

19. Repúdio aos municípios que não trouxeram delegados paritários – ou seja os

usuários, e que não deveria ser candidato a delegados na conferência para a nacional.

20. Às cidades que não trouxeram seus usuários eleitos delegados nas suas

conferências municipais de saúde mental.

21. Repudiar a não liberação de residentes e trabalhadores da saúde mental ou da

saúde para participar da III Conferência Municipal de Saúde Mental.

22. Repudiar o não incentivo à participação dos usuários em espaço do controle

social.

23. Repúdio aos atos de violência aos abrigados do Abrigo Bom Jesus em

08/04/2010 em Porto Alegre por integrantes da Guarda Municipal e Brigada Militar.

24. Repudiar a extinção de serviços existentes para a criação de novos, utilizando

a mesma equipe de RH e criando uma falácia de ampliação da rede.

25. Repúdio à prática de conveniamento massivo de internações psiquiátricas para

crianças e adolescentes junto à Clínica Gramado e São José.

26. Repúdio a não existência de serviços destinados à criança e adolescente no

acolhimento, estabilização e avaliação de crises.

27. Repúdio ao descumprimento sistemático das deliberações das instâncias de

controle social por parte do gestor.

28. Repudiar o projeto de lei do Ato Médico (PL 7703/06) atualmente no Senado

Federal, projeto que é claramente contrario a todos os esforços interdisciplinares e

intersetoriais que o SUS tem realizado para assegurar a atenção integral em saúde e

em saúde mental.

29. Repúdio à criminalização da pobreza e dos agentes que trabalham com as

parcelas excluídas e marginalizadas da população. Repudio pela repressão da polícia

e pelo incentivo da mídia a criminalização da pobreza, que fazem parte de uma

concepção higienista do governo municipal no tratamento à pobreza.

30. Repúdio ao modelo municipal de gestão da Secretaria da Saúde de POA, que

não age de forma transparente na informação à comunidade de usuários sobre os

recursos que são aplicados nos convênios para funcionamento da rede de saúde

mental.

31. A coordenação do fórum da população adulta em situação de rua apresenta

moção de repudio contra a não divulgação junto às lideranças e organizações que

trabalham com moradores de rua de POA, dos orçamentos alocados e metas atingidas

pelo conveniamento da SMS com a FASC, que desde 2006 encaminha moradores de

rua, usuários dos programas e serviços da FASC, para fazendas terapêuticas

localizadas na região metropolitana. Cremos que esta atitude é uma falta de respeito

não só com o controle social, mas, sobretudo com os usuários destes serviços.

32. Repúdio a atual gestão do executivo municipal que prioriza a abertura de

serviços substitutivos ao manicômio em parcerias público- privadas, estando desta

forma, dissonante com a política nacional de saúde mental, que atribui ao SUS essa

competência. Entendemos que neste momento, é imperativa a ampliação da rede de

atendimento em saúde mental em POA, cem por cento subsidiada pelo poder publico.

Sendo assim, a prestação e contratação desse serviço se faria de forma transparente e

consonante com lei 8080 (SUS).

33. Repúdio às campanhas de combate às drogas, especialmente contra o crack,

realizadas pelo Governo do Estado e pelo Ministério da Saúde que abordam o tema,

relacionando diretamente ao crime e violência, alimentando medos e preconceitos,

desrespeitando a singularidade do usuário de droga e indo contra a política de atenção

integral ao usuário de álcool e outras drogas.

34. Nós, participantes da III Conferência Municipal de Saúde Mental de POA,

viemos manifestar nosso repúdio pela forma com que o gestor municipal trata a

questão da saúde mental em Porto Alegre e o descaso como organizou a III CMSM

tratando o Controle Social, o Conselho Municipal de Saúde, a população desta cidade

e trabalhadores que buscaram auxiliar na realização da mesma com desrespeito,

realizando a conferência em lugar inapropriado e submetendo todos a uma situação de

constrangimento, desconforto e uma total falta de condições operacionais para a

realização da mesma.

35. Aos deputados estaduais pelo desinteresse de estar na III Conferência de

Saúde Mental, e que tem por missão votar projetos de lei a fim de implantar CAPS em

todos os municípios e a captação de recursos ao orçamento do estado para

implementação a nível estadual.

36. À prefeitura Municipal de Uruguaiana, que por ato de seu Secretário de Saúde

impossibilitou que a delegação de Uruguaiana (8 delegados, destes 4 usuários, 1

gestor, 1 prestador de serviço e 1 intersensorial, em suas representações) e usuários

do CAPS Asas da Liberdade, participassem da III CESM DORS, tendo cancelado o

ônibus e reservas de hospedagem as vésperas desta Conferência, casualmente no dia

18 de maio, Dia Nacional da Luta Anti manicomial, esta atitude demonstra total

desrespeito com o controle e a participação social, ferindo a Lei 8.142/90 na construção

de uma política pública que responda as necessidades de saúde da população. Este

município, da fronteira oeste do Estado do RS, prioritário para a política de álcool e

drogas, vem sendo boicotado na tentativa de participação social dos profissionais de

saúde na busca pela abertura do CAPS AD em Uruguaiana, na política nacional de

saúde mental.

37. Os integrantes da III Conferência Estadual de Saúde Mental Intersetorial

repudiam a insistente campanha publicitária contra o crack, por entender que,

subliminarmente, há a invocação de reabertura de leitos em hospitais psiquiátricos.

38. Repúdio a:

A privatização do SUS devido a compra de leitos e encaminhamento do recurso público para instituições privadas.

À gestão do Estado de São Paulo pela não realização da Conferência Estadual de Saúde Mental, uma vez que é o único estado do país que não está referendando o dispositivo democrático.

Ao Supremo Tribunal Federal pela postura inconstitucional e imoral de desmantelamento do SUS e privatização de um sistema público que garante em preceitos a universalidade, o qual foi construído através da democrática e de controle social e que o STF dê visibilidade ao equivoco realizado, demonstrando o desconhecimento da Constituição Federal, leis 8080/90 e 8142/90, gerando grande confusão para a população em geral a qual, pela mídia, acredita-se ser um avanço.

39. A delegação do município de Santa Maria repudia a gestão municipal em

específico o Secretário de Saúde, pelo descaso com a saúde mental do município e

com os delegados que devido a questões burocráticas e falta de vontade política quase

não chegam a cidade de São Lourenço necessitando ajuda da empresa para tal.

40. Faz-se necessário destacar a posição de alguns gestores em não facilitar e

apoiar seus delegados na sua representatividade a fazerem-se presentes na III

Conferência Estadual de Saúde Mental Intersensorial. Sendo que os mesmos foram

legitimados em todas as instâncias legais que participam.

41. Nesse momento importante em que discutimos a III Conferência Municipal de

Saúde Mental, etapa preparatória para as conferências estadual e nacional, nos

deparamos com condições e acolhimento completamente inadequados para a plena

realização do debate. São tantos pontos relevantes a serem discutidos e

encaminhados; como por exemplo, a grave situação do alto índice do uso de drogas

como o crack que dizima a juventude do nosso país, a falta de políticas públicas

adequadas e articuladas para tratar dessas e de outras questões relevantes nesse

âmbito. Mesmo assim, nos deparamos, mais uma vez, com o descaso ao espaço e às

condições oferecidas pelos governos Fogaça/Fortunati quando nos apresentam um

local que não comporta todo o público inscrito para a Conferência. Subestimam a

nossa capacidade de organização. Queremos deixar claro que entendemos ser esta a

intenção política de desvalorização da participação do coletivo. Também é uma

maneira de desarticular, inviabilizar o debate e a participação dos atores envolvidos no

processo pela busca da democracia. Exigimos mais comprometimento deste governo

com esses fóruns e com o SUS. Acreditamos que o empoderamento e a participação

dos usuários, trabalhadores e sociedade são as formas mais democráticas de controle

social, inclusive para coibir os desvios de recursos como os que acabamos de assistir

em relação a empresas terceirizadas como a SOLLUS, denunciada pelo desvio de

aproximadamente 10 milhões de reais dos cofres públicos do município. CONTRA AS

TERCEIRIZAÇÕES QUE PRECARIZAM O TRABALHO, OS(AS)

TRABALHADORES(AS) E O ATENDIMENTO, MAIS INVESTIMENTO NA SAÚDE

PÚBLICA E NA INTERSETORIALIDADE.

42. Exigimos o fortalecimento do SUS público. Somos contrários às terceirizações

que retiram dos gestores a responsabilidade e o compromisso com a prestação dos

serviços à população, transferindo-o à iniciativa privada. Temos o exemplo recente da

Empresa SOLLUS e da Reação que culminou em corrupção e assalto aos cofres

públicos, pois as terceirizações facilitam essas práticas de desvio do dinheiro público.

NÃO AO ESTADO MÍNIMO, SIM ÀS POLÍTICAS PPPs (Públicas, Públicas e Públicas)!

43. A Conferência Estadual de Saúde Mental do Estado do Rio Grande do Sul

realizada em São Lourenço do Sul de 20 a 22 de maio de 2010, em razão do manifesto

desconhecimento da constituição brasileira e do processo histórico da construção do

SUS no Brasil, vem a público repudiar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)

em favor da ação do CREMERS, que permite o atendimento pelo Sistema Único de

Saúde e, ao mesmo tempo, pagar médicos e hospitais de forma privada. E assim

manifesta seu integral apoio a manifestação do Conselho Estadual de Saúde CES/RS

e solicita que a mesma seja na íntegra, transcrita em moção.

44. Ao Estado do Rio Grande do Sul pelo descumprimento da EC 29 destinando o

mínimo de 12% de recurso próprio para o SUS em ações de saúde conforme prevê a

lei 8080/90.

45. Repudiar o projeto de lei do Ato Médico (PL 7703/06) atualmente no Senado

Federal, projeto que é claramente contrario a todos os esforços interdisciplinares e

intersetoriais que o SUS tem realizado para assegurar a atenção integral em saúde e

em saúde mental.

46. Moção de repúdio ao ato médico.

47. A não participação e a não tentativa de diversos atores sociais na III

Conferência Estadual, sendo um encontro que aborda a intersetorialidade, na qual a

mesa da mesma, assim como os demais participantes são essencialmente

representantes de saúde. Como pensar intersetorialidade o encontro com outros

setores, sem estarem presentes?

48. O grupo de saúde mental e cultura apresenta uma moção de indignação pelo

desinteresse de outras secretarias do município que não estão presentes em um

momento tão importante como esse da conferência, uma vez que estão sendo

debatidos questões que são diretamente influenciadas nesses diversos temas.

49. À Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo. Vimos por meio desta, manifestar

nosso repúdio ao não cumprimento integral do apoio prometido as pessoas que

sofreram avarias em suas moradias no bairro Canudos ocasionadas pela última

enchente no município em 2008/2009. À criação de direito privado de saúde no

município para a gestão dos trabalhadores de saúde, na medida em que não atende as

diretrizes do SUS no que diz respeito aos recursos humanos, significando a

precarização do trabalho e a desqualificação do atendimento prestado. Ao gestor

municipal por inaugurar um importante serviço como CAPS Canudos estando no bairro

mais populoso de Novo Hamburgo, sem infra-estrutura mínima, e mais com equipe

muito aquém da recomendada pela legislação. Ao Executivo e aos Gestores de Saúde

do município de NH pela implantação da Fundação de Saúde Pública de Direito

Privado, contrariando a Legislação Nacional do SUS, que preconiza a contratação de

servidores por concurso público com regime estatutário. O que seria possível se a

Fundação fosse de Direito Público. Com esta atitude NH passa por cima de

deliberações do Controle Social, a nível Estadual e Nacional.

50. Repúdio à ausência do Poder Judiciário, do Poder Legislativo e do Ministério

Público nesta conferência. Repúdio à ausência do poder executivo em toda a

conferência, estando o mesmo presente em sua abertura e se ausentando, nos

momentos de debates, de proposições e discussão das propostas na plenária final

51. Repúdio ao discurso de abertura realizado pelo Prefeito Sr. Sanchotene Feliche

na I Conferencia Municipal de Saúde Mental, onde o mesmo lamentou o fechamento

dos hospitais psiquiátricos.

52. A partir dos documentos “Inspeção Nacional ás Unidades de Internação de

Adolescentes em Conflito com a Lei”, elaborado pelo Conselho Nacional da OAB e pelo

Conselho Federal de Psicologia, datado em 2006; do Relatório confeccionados pela

Acessória de Saúde da Fundação de Atendimento Sócio-Educativa (FASE), de 2007;

das discussões do Seminário Mais Juventude, realizado pelo Ministério da Saúde, em

2009, e da contínua atuação dos profissionais de diferentes áreas junto á crianças e

adolescentes, tem-se conhecimento de que cerca de 80% dos adolescentes

cumprindo medida sócio educativa (MSE) em provação de liberdade fazem uso de

medicação psiquiátrica sem acompanhamento adequado na rede pública de saúde.

Manifestamos nosso repúdio á política de atenção destinada a estes adolescentes, que

se caracteriza mais pela contenção química, do que pela possibilidade de promoção

de saúde. Exigimos, conforme o artigo 227, combinado com o artigo 196 da

Constituição Federal; artigo 7º do Estatuto da Criança e do Adolescente ( ECA);

Portaria 647 do Ministério da Saúde e Portaria Interministerial n nº 1426, que seja

garantido o direito á saúde, através do acesso á rede pública de saúde, considerando

seus diferentes níveis de complexidade, visando o atendimento, visando a atenção

integral dos adolescentes em cumprimento de MSE, prioritariamente fora das unidades

de internação. O uso de medicação psiquiátrica, quando necessária, deve compor um

plano mais amplo de tratamento em saúde mental, não devendo ser o único recurso

terapêutico utilizado.

Moções de Apoio

1. Nós trabalhadores da saúde entendemos que a defesa intransigente do SUS é

uma construção coletiva que fizemos parte e defendemos equipes

multiprofissionais e com isonomia das categorias profissionais de saúde.

Somos trabalhadores de saúde e defendemos a saúde pública e não disputas

corporativas por categorias de profissão.

2. Apoiamos e reconhecemos como legítima e democrática as manifestações dos

coletivos de pessoas que usam drogas como a Marcha da Maconha que

dialogam com as diretrizes da promoção e prevenção da lei de drogas Lei

11343/06. As mesmas reforçam o exercício da cidadania e colocam o usuário

como protagonista do processo de construção da política pública de AD,

condizente com os princípios da luta anti manicomial e garantia de direitos e

combate ao combate ao estigma e segregação.

3. Apoiamos a proposta de convênio nº 003/07/07/GSIPR/SENAD/FUNAD que

aguarda assinatura da governadora na Casa Civil e que propõe a criação de

fundo estadual para a destinação de valores aprendidos em decorrência do

crime de tráfico e lícito de drogas. Estes valores deverão ser disponibilizados

para o Fundo Estadual de Entorpecentes ligado ao CONEN que se

responsabilizará pelo repasse do recurso através de edital público.

4. Reconhecimento ao trabalho de recepção, apoio, higienização composto por

trabalhadores de São Lourenço do Sul que acolheram as delegações com

respeito e hospitalidade.

5. As Universidades que fomentam os projetos de residência multiprofissional em

saúde (residência integrada) que desta forma contribuem para construção e

consolidação do SUS, bem como, para formação dos profissionais incentivando

assim a intersetorialidade, a interdisciplinaridade e multidisciplinaridade.

6. Aos municípios que, em seus concursos públicos, valorizam profissionais com

formação através da Residência Integrada em Saúde/Multiprofissional e

Médica, tendo em vista serem estas modalidades de formação em serviço, com

financiamento público, que tem por finalidade a atuação no Sistema Único de

Saúde.

7. Apoio a Escola de Formação de Supervisores de Saúde Mental, que visa

qualificar o trabalho profissional de Supervisão Clínico – Institucional, conforme

editais do Ministério da Saúde, na perspectiva da reforma psiquiátrica,

composta por várias instituições: Escola de Saúde Pública, Seção de Saúde

Mental da SES RS, Ministério da Saúde, Instituições de Ensino e Gestão

Municipais.

8. A Comissão Organizadora da I Conferência Regional de Saúde Mental

Intersensorial do Litoral Norte. Parabeniza os municípios que realizaram

conferências municipais e os que participaram da I Conferência Regional,

contribuindo para nossa representatividade nesta Conferência.

9. Apoio a escola de supervisores de CAPS da Escola Estadual de Saúde

Pública.

10. À Comissão Organizadora e colaboradores da I Conferência Municipal de

Saúde Mental por, em tempo muito reduzido, 30 dias, buscar condições para a

realização deste importante evento. Os profissionais, usuários e prestadores

aqui representados nesta Conferência Municipal de Saúde Mental vêm

manifestar o seu profundo reconhecimento aos profissionais da rede de Saúde

Mental que estão involuntariamente deixando os serviços devido à instalação

da Fundação de Saúde de Novo Hamburgo. Ressaltamos o papel

imprescindível de protagonismo destes profissionais na implementação,

sustentação e condução das políticas públicas em Saúde Mental na cidade de

Novo Hamburgo até o presente momento.

11. Parabenizar a SMS de São Lourenço pelas disponibilidade desse Evento e o

apoio tem dado aos aspectos de saúde mental, coisa que em outras cidades e

até mesmo Pelotas não tem dado

12. A Plenária da APAF- Assembléia das Políticas, da Administração e das

Finanças do Sistema Conselhos de Psicologia, reunida em Brasília nos dias 15

e 16 de maio de 2010, com a presença do Conselho Federal de Psicologia e

dos 17 Conselhos Regionais de Psicologia de todo o Brasil, referenda a esta

Conferência Estadual de Saúde Mental a moção de apoio a uma política

pública sobre Álcool e outras drogas que reafirme a Reforma Psiquiátrica e a

Redução de Danos como diretrizes das ações que norteiam o documento

proposto pelo grupo de trabalho: Cuidado das pessoas que fazem uso de

álcool e outras drogas em interface com a luta antimanicomial do Sistema de

Conselhos de Psicologia. Tal documento pauta o protagonismo dos sujeitos, a

autonomia, o respeito às diferenças, os direitos humanos, com direito de

acesso aos serviços e à participação social, oportunizando o aprofundamento

do debate com os usuários de drogas. A reforma Psiquiátrica, em curso no

país, é fruto da construção de um amplo processo democrático, de mudança no

cenário político-social brasileiro, que contou com a participação de diferentes

segmentos da sociedade, para um Sistema Único de Saúde integral, de caráter

universal. Defendemos uma política para esta área que priorize o

compartilhamento de responsabilidades entre os diferentes segmentos (gestor,

trabalhador, familiares, usuários, e sociedade) em ação conjunta baseada no

apoio mútuo, conhecimento e criatividade, formando uma rede de cuidados,

intersetorial e interinstitucional. Reafirmamos a necessidade de ampliação da

rede de cuidados, implementando equipamentos substitutivos preconizados em

lei, que tenham como referência o cuidado em liberdade, com diferentes

abordagens para o desenvolvimento de habilidades de enfrentamentos por

toda a família e do usuário, potencializando projetos coletivos e solidários que

possam dar conta desta problemática e jamais retroceder no processo de

reforma psiquiátrica em nome da desassistência aos usuários de drogas,

imprimindo uma lógica higienista, excludente e segregados nas práticas de

cuidado para a questão.

Moção de Recomendação

1. Que o Ministério da Saúde e as gestões estaduais trabalhem para modificar

artigos da Lei de Responsabilidade Fiscal que impõem limites de gastos com

recursos humanos. A mudança recomendada visa permitir a contratação

adequada de trabalhadores para investimento e implantação de políticas

públicas, inclusive na saúde.

2. Ao Estado do RS para seguir a Portaria 2867/08, a qual referenda o repasse

MAC, através da série histórica e não por produção.

3. Que os pequenos municípios com menos de 70 mil habitantes recebam

incentivos financeiros do Ministério da Saúde para implantar ambulatórios

especializados para os segmentos de atendimento a álcool e drogas e para o

atendimento de crianças e adolescentes; O objetivo é respeitar a singularidade

de cada uma destas clínicas e criar condições de dar um atendimento

adequado aos mesmos.

4. Ao Estado do Rio Grande do Sul pelo cumprimento da EC 29 destinando o

mínimo de 12% de recurso próprio para o SUS em ações de saúde conforme

prevê a lei 8080/90.

5. Recomendação:

Que o Estado e a União cumpram a PEC 29, sendo que os municípios

cumpram os percentuais exigidos.

Que sejam disponibilizados aos municípios pequenos recursos federais

ou estaduais a serem aplicados em oficinas terapêuticas, grupos operativos,

ambulatórios etc. Substituindo o CAPS quando a população não é a mínima

exigida.

Que o Estado e a União ampliem a sua participação (estrutura física,

manutenção dos serviços e recursos humanos) na rede de saúde mental não

se limitando somente na disponibilização de leitos psiquiátricos.

Agilizar a liberação dos medicamentos da saúde mental de

responsabilidade do estado.

6. Para além dos Manicômios Judiciários: A reforma psiquiátrica antimanicomial e sua implementação na execução das medidas de segurança! A IV Conferência Nacional de Saúde Mental, a ser realizada entre

os dias 27 e 30 de junho, em Brasília, precedida pelas etapas municipais e/ou

regionais, tem como tema principal “Saúde Mental direito e compromisso de todos: consolidar avanços e enfrentar desafios”. Considerando o caráter

intersetorial da IV Conferência, principalmente o foco do Eixo I: “Saúde Mental

e Políticas de Estado: pactuar caminhos intersetoriais”, abre-se caminho para

um debate profícuo, bem como a pactuação de diretrizes e ações no que diz

respeito à relação da Justiça com as políticas de Saúde Mental.

É fundamental que a IV Conferência Nacional de Saúde Mental aponte para

avanços no tocante à execução de medidas de segurança, inclusive discutindo

em profundidade as instituições manicomiais que em cada Estado recebe

denominações diferentes (hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico,

manicômios judiciários, casas de custódia, etc) que são destinadas para

confinarem vidas a partir da determinação de um “tratamento compulsório”. É

urgente a incorporação dessas questões na construção coletiva e intersetorial

de políticas públicas da Saúde Mental.

De acordo com os dados de 2009 do Departamento Penitenciário Nacional

(DEPEN), são aproximadamente 3.900 pessoas em cumprimento de medida de

segurança no Brasil, a esmagadora maioria confinada em instituições

manicomiais, sendo que os índices apontam para o crescimento dessa

população: em 4 anos houve um aumento de 40,93% (Dez. 2003 a Dez. 2007).

Defendemos que os dispositivos do Código Penal devem ser analisados sob a

luz da Lei Federal mais atual e que versa sobre a mesma matéria, ou seja,

analisado a partir da Lei 10.216/01 (Lei da Reforma Psiquiátrica), no que diz

respeito ao tratamento que será oferecido aos indivíduos submetidos à medida

de segurança.O Código Penal, no que se refere à aplicação das medidas de

segurança, dispõe que se o agente que infringiu a lei for considerado

inimputável, o juiz determinará sua internação (Artigo 26 do Código Penal).

Contudo, de acordo com a Lei 10.216/01, em seu Artigo 4º.: “a internação, em

qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-

hospitalares se mostrarem insuficientes”, dispondo, inclusive, que o tratamento

deverá ter como finalidade permanente a reinserção social do paciente (no § 1º

deste Artigo). Além disso, temos no § 3º que: “é vedada a internação de

pacientes portadores de transtornos mentais em instituições com

características asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos recursos

mencionados no § 2º e que não assegurem aos pacientes os direitos

enumerados no parágrafo único do art. 2º”.

Se a medida de segurança não tem caráter punitivo – e de direito não tem – a

sua feição terapêutica deve preponderar. Eis o argumento elementar levado à

mesa de discussões. Muda-se o paradigma. A questão deixa de ser focada

unicamente sob o prisma da segurança pública e é acolhida definitivamente

pelos serviços de saúde pública. Não será a cadeia, tampouco o manicômio, o

destino desses homens e dessas mulheres submetidos à internação

psiquiátrica compulsória. (SILVA, Haroldo Caetano, “Implementação da reforma

psiquiátrica na execução de medidas de segurança”, p. 11).

É fundamental que retomemos o disposto na 1ª. Conferência Nacional de

Saúde Mental, buscando efetivar avanços no que se refere à reforma

psiquiátrica na execução de medidas de segurança: “Que se aprofunde a

discussão sobre os manicômios judiciários, visando sua extinção ou profunda

transformação”; bem como as diretrizes da 2ª. Conferência Nacional de Saúde

Mental, que apontava para a extinção de “todos os dispositivos legais que

atribuem periculosidade ao doente mental” e colocava como proposta uma

articulação junto ao Ministério da Justiça,visando: “a extinção dos manicômios

judiciários (‘hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico’), de maneira lenta e

gradual, semelhante aquela proposta para os hospitais psiquiátricos, devendo

ser substituídos por modelos alternativos que possibilitem o cumprimento das

medidas de segurança impostas e o recebimento de um tratamento humano e

reabilitador”; e da 3ª. Conferência Nacional de Saúde Mental: “as condições de

funcionamento dos manicômios judiciários (chamados hospitais de custódia e

tratamento psiquiátrico), para onde são encaminhados os pacientes que

cometem delitos, constituem atentados aos direitos humanos, e precisam ser

profundamente reestruturadas”..... “No horizonte da reforma, deve estar

colocada a superação total desse tipo de estabelecimento.””

Vamos avançar na Reforma Psiquiátrica Antimanicomial ao abarcar a execução

de medidas de segurança, espaço em que viceja com maior força o ideário da

periculosidade das pessoas com transtornos psiquiátricos e a lógica de

“tratamento” pelo confinamento e punição! Precisamos, juntos, enfrentar

também este desafio que se coloca no horizonte de nossa luta coletiva!

7. A plenária recomenda e orienta, que o dia 18 de maio – dia nacional de luta

anti manicomial, esteja presente em todos os calendários municipais de

eventos, e que, cada município através da gestão intersetorial, providencie

subsídios financeiros para a realização do evento, bem como total

infraestrutura.

8. A plenária da III Conferência Municipal de Saúde Mental recomenda ao

Ministério Público e ao Poder Judiciário, de que, quando se tratar de solicitação

de medicamentos via judicial, os mesmos se detenham na lista de

medicamentos a quem compete: união, estados e municípios. Sendo que os

municípios encaminharão listas de medicamentos de sua competência,

conforme pactuação com o Ministério da Saúde e Secretaria Estadual da

Saúde, pois sabemos que os três entes são co-responsáveis pelo SUS.

9. A plenária orienta e recomenda, ainda, à Prefeitura Municipal de Alegrete, a

criação da CIPA (comissão interna de prevenção de acidentes).

10. Considerando a atual precariedade da rede substitutiva no município de São

Leopoldo, colocar a Saúde Mental como prioridade de investimento no âmbito

municipal, até a implantação de uma rede adequada às demandas do

município. Considerando a importância da participação de todos os segmentos

na formulação, implementação e monitoramento das políticas de saúde,

apontamos para a baixa representatividade dos gestores da política municipal

de saúde na Iª Conferência Intersetorial de Saúde Mental de São Leopoldo.

Considerando que a Redução de Danos é a diretriz apontada pela Política

Nacional de Atenção aos Usuários de Álcool e outras drogas, reforçamos a

necessidade de que o município implemente tal diretriz no Plano Municipal de

Saúde Municipal a ser elaborado.

11. Nós, participantes da III Conferência Estadual de Saúde Mental, reafirmamos o

caráter fundamental da participação das páreas de Artes, Pedagogia e

profissões afins das equipes de saúde mental e nas modalidades de formação,

destacando as residências integradas e multiprofissionais em saúde coletiva

12. Em razão das dificuldades apresentadas por vários municípios referente a

inexistência de marco legal que garanta o custeio do envio de delegados para

as Conferências Estaduais – principalmente de usuários e trabalhadores que

não possuem vínculo empregatício com o município, faz-se necessário a

criação e aprovação de legislação específica que ampare os municípios no uso

de se orçamento para tal fim.

13. Considerando a importância propositiva de todos os segmentos para a saúde

mental, recomendamos para que nas próximas conferências seja garantida ida

das delegações para as conferências estadual e nacional de saúde mental por

meio de recursos municipal e estadual.

14. O sub-eixo saúde mental, atenção básica e promoção de saúde recomenda a

inclusão de uma proposta de: revisão do atual financiamento destinado à saúde

mental na atenção básica, uma vez que o mesmo é insuficiente para atender

as necessidades do serviço.

15. Em defesa da participação dos movimentos sociais na formulação de políticas! A instituição das Residências em saúde tem enfrentado muitos

obstáculos, considerando as tensões corporativas, tecnoburocráticas e políticas

que marcam nosso presente. Depois de sancionada a Lei 11.129, de junho de

2005, foram necessários dois anos de intensa mobilização, com importante

participação no CNS, para que a Portaria interministral n° 45 finalmente

instituísse a Comissão Nacional de Residências Multiprofissional em Saúde

(CNRMS) que daria legitimidade e regulação participativa às residências em

saúde, passando a funcionar somente partir de setembro de 2007. Nestes dois

anos de funcionamento, apesar das dificuldades operacionais, por parte do

Ministério da Saúde (MS) e Ministério da Educação (MEC), que prejudicaram o

andamento dos trabalhos, vinha sendo possível manter o espírito democrático

de negociação e construção das residências, fortalecendo suas conexão com a

consolidação do SUS e a democratização da formação em saúde, bem como

mantendo permanente diálogo com os movimentos sociais e profissionais de

área da saúde por meio de seminário e Fóruns Nacionais. A partir de agosto de

2009, unilateralmente, o MS e o MEC deixaram de convocar as reuniões do

pleno da Comissão, suspendendo as negociações públicas e agravando as

tensões e dúvidas em relação à regulamentação, credenciamento e

financiamento de atuais e novos programas. Situação agora bastante

agravada, uma vez que, no dia 12/11/2009, sem qualquer debate público, os

citados Ministérios revogaram a Portaria n° 45, substituindo-a pela Portaria

Interministerial n° 1.077, que “dispõe sobre a Residência Multiprofissional e em

área Profissional da Saúde”, e, entre outras providências, altera a composição

e a dinâmica da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde

(CNRMS). Dentre as alterações promovidas pela Portaria, destacamos como

muito grave a mudança na composição da CNRMS, que amplia a

representação do governo, fragmenta a representação dos diversos segmentos

e deslegitima os fóruns que a compunham (Fórum Nacional de Residentes

Multiprofissionais em Saúde – FNRMS, Fórum Nacional de Tutores e

Preceptores das Residências Multiprofissional e em Área Profissional em

Saúde – FNTP, Fórum Nacional de Coordenadores de Residências

Multiprofissionais e em Área Profissional em Saúde, Fórum das entidades

Nacionais dos trabalhadores da Área da Saúde – Fentas e Fórum Nacional de

Educação das Profissões da Área da Saúde – Fnepas) e, mais grave ainda,

atribui ao governo o poder de designar os representantes dos movimentos, já

que a estes caberia apenas indicar listas tríplices, reacendendo práticas do

período autoritário, a partir das quais o governo definiria os componentes da

Comissão. A nova Portaria também institui um regime presidencialista na

CNRMS, contraindo a dinâmica colegiada até então existentes e bandeira

histórica das lutas pela reforma sanitária. Em descordo com o movimento

antidemocrático a unilateral da gestão do MEC e do MS, os fóruns buscaram

diálogo com o CNS, MAC e MS, onde estivemos presentes, no dia 10/12/2009,

na posse no CNS, em Brasília DF, para articular e informar os atores (usuários,

gestores e trabalhadores) do fato ocorrido. Foi marcada uma reunião para o dia

14/12/2009, com representantes do MEC, MS, CNS e Fóruns ( o relato dessa

reunião está na ata da reunião ordinária do CNS, do dia 13/01/2010). Na

ocasião foi acordado que, seguindo as orientações da portaria 45, os Fóruns

indicariam seus representantes (de residentes, de coordenadores, preceptores,

Trabalhadores de Saúde) e a tarefa prioritária da Comissão seria a organização

de Seminário Nacional para a discussão acerca da composição da comissão e

da política de formação para as Residências em Saúde. Espaço democrático e

de participação popular dos que pensam, vivem, estudam e trabalham a

formação das residências e dos residentes. Porém, fomos surpreendidos pela

publicação de nova portaria interministerial – MEC/MS n° 143 de 09/02/2010 –

nomeando e instituindo a comissão desrespeitando o acordo firmado com o

Conselho Nacional de Saúde e o movimento social. Em 02/032010, essa nova

CNRMS se reuniu pela primeira vez. Diante da atitude autoritária dos dois

Ministérios e entendo a importância estratégica da Residência Multiprofissional

e em Área Profissional em Saúde na aproximação da formação em saúde às

necessidades do SUS, reafirmamos e conclamamos a todos os representantes

nesta oficina a manisfestar-se pela Livre e Democrática participação dos

movimentos sociais na formulação e acompanhamento das políticas de

formação em saúde, modalidade de Residências em Saúde. Porto Alegre, 26

de Março de 2010.

16. Os participantes da III Conferência Estadual de Saúde Mental Intersetorial

reafirmam a função deliberativa do controle social e a necessidade de

retomada de conceitos e marcos normativos para o funcionamento da

Seguridade Social que articula saúde, assistência social, políticas não

contributivas, e previdência social, como única política contributiva, com vistas

à constituição de um sistema de garantia da proteção social. Apontam ainda a

função estratégica do Ministério Público como agente fiscalizador destas

legislações, expressamente indicado como responsável pelo acompanhamento

da implantação da rede substitutiva pela Lei de Reforma Psiquiátrica do Rio

Grande do Sul e não pela via da “Judicialização” desta Política de Estado.