mobilidade retomadas obras de duplicação da...

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Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected]Telefone: (62) 3226-4600 Ao externar a capacidade de trabalho do pré-candidato à Prefeitura de Goiânia, deputado federal Giuseppe Vecci (PSDB), durante evento no Parque de Exposições Agropecuárias da capital, o governador Marconi Perillo assegurou a parceria entre o governo estadual e municipal, caso o tucano ganhe as eleições deste ano. Página 3 Marconi prevê parceria em Goiânia com Vecci Idosos conquistam o sonhado diploma ANO 30 - Nº 1.542 tribunadoplanalto.com.br FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA GO I Â NIA, 17 A 23 DE JULHO DE 2016 R$ 2,00 DEPUTADO CARLOS ANTÔNIO “Estou pronto para ser prefeito de Anápolis” Página 7 Página 5 O sonho de fazer um curso superior, de explorar novas áreas de conhecimento ou de simplesmente continuar aprendendo são motivos que levam idosos a voltar para a sala de aula. Depois de ficar fora da sala de aula por mais de 22 anos, a aposentada Raimunda Alves (foto), de 73, anos está cursando o último período do curso de Ciências Sociais na UFG. Página 9 MOBILIDADE Retomadas obras de duplicação da GO-080 O Governo de Goiás retomou as obras de duplicação da rodovia GO-080 no trecho entre o município de Nerópolis o entroncamento com a BR-153. O governador Marconi Perillo determinou a liberação dos recursos e a Agetop já tem frentes de trabalho na execução de serviços de terraplanagem, construção de uma nova pista, na edificação de obras de arte, como ponte, bueiros e descidas d’água e posteriormente na restauração da pista existente. Página 4 “A Lava Jato é o grande fato político do Brasil” ENTREVISTAS/ ITAMI CAMPOS Ovacionado por correligionários e lideranças do PMDB, o ex-governador e ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende manteve sua decisão de encerrar a carreira política e não sair candidato a prefeito de Goiânia. “A minha decisão já foi tomada”, disse, aos prantos. Página 3 Iris resiste e reafirma que não sai candidato De 15 a 30 de julho, a vila de São Jorge, distrito de Alto Paraíso, recebe representantes de diferentes povos e comunidades de todo país para celebrar os saberes e fazeres da cultura tradicional, com a presença de remanescentes quilombolas, indígenas, artesãos, raizeiros, rezadeiras, parteiras. Página 10 Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros Raimunda Alves: “Agora estou realizada” ANNE VILELA Fotos Paulo José

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Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected] – Telefone: (62) 3226-4600

Ao externar a capacidade detrabalho do pré-candidato àPrefeitura de Goiânia, deputadofederal Giuseppe Vecci (PSDB),durante evento no Parque deExposições Agropecuárias dacapital, o governador MarconiPerillo assegurou a parceria entreo governo estadual e municipal,caso o tucano ganhe as eleiçõesdeste ano. Página 3

Marconi prevêparceriaem Goiânia com Vecci

Idososconquistamo sonhadodiploma

ANO 30 - Nº 1.542

tri bu na do pla nal to.com.brFUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA

GO I Â NIA, 17 A 23 DE JULHO DE 2016 R$ 2,00

DEPUTADO CARLOS ANTÔNIO

“Estou pronto para ser prefeito de Anápolis”

Página 7 Página 5

O sonho de fazer um cursosuperior, de explorar novas áreas deconhecimento ou de simplesmentecontinuar aprendendo são motivosque levam idosos a voltar para asala de aula. Depois de ficar fora dasala de aula por mais de 22 anos, aaposentada Raimunda Alves (foto),de 73, anos está cursando o últimoperíodo do curso de CiênciasSociais na UFG. Página 9

MOBILIDADE

Retomadas obras deduplicação da GO-080O Governo de Goiás retomou as obras de duplicação da rodovia GO-080 no trecho entre o município de Nerópolis oentroncamento com a BR-153. O governador Marconi Perillo determinou a liberação dos recursos e a Agetop já temfrentes de trabalho na execução de serviços de terraplanagem, construção de uma nova pista, na edificação de obrasde arte, como ponte, bueiros e descidas d’água e posteriormente na restauração da pista existente. Página 4

“A Lava Jato é o grande fato político do Brasil”

ENTREVISTAS/ ITAMI CAMPOS

Ovacionado porcorreligionários e liderançasdo PMDB, o ex-governadore ex-prefeito de Goiânia IrisRezende manteve suadecisão de encerrar acarreira política e não saircandidato a prefeito deGoiânia. “A minha decisão jáfoi tomada”, disse, aosprantos. Página 3

Iris resistee reafirmaque não saicandidato

De 15 a 30 de julho, a vila de São Jorge, distrito de Alto Paraíso, recebe representantes de diferentes povos e comunidades de todo país para celebrar ossaberes e fazeres da cultura tradicional, com a presença de remanescentes quilombolas, indígenas, artesãos, raizeiros, rezadeiras, parteiras. Página 10

Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros

Raimunda Alves: “Agora estourealizada”

ANNE VILELA

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Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

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Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Di re tor Ad mi nis tra ti vo e FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to r-Chefe

Edi to r-Executivo

Ronaldo Coelho

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

[email protected]@gmail.com

Manoel Messias [email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Daniela Martins

Fabiola Rodrigues [email protected]

[email protected]

RepórteresDiagramaçãoJosé Deusmar Rodrigues

[email protected]

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORPAULO JOSÉ

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Tenho um aluno com autismo, o que fazer?Ana Regina Caminha Braga

Aline é professora na escola “Lápis colo-rido”, onde leciona para uma turma do 2º anodo Ensino Fundamental, e pela primeira vez emseus anos de docência analisou profundamentea turma e percebeu que Antônio tem apresen-tado algumas características especificas de umpossível Autismo. Ela não teve clareza do diag-nóstico, pois não possui formação adequada para tal.Quais providências a professora Aline pode tomar paraauxiliar o processo e desenvolvimento de aprendizagemdo seu aluno?

A primeira instituição a perceber que a criança apre-senta uma especificidade na maioria dos casos é a famí-lia e em segunda instância, a escola; mas independentedo movimento é preciso compreender a importância deidentificar as situações e procurar as pessoas especialis-tas na área ou buscar aqueles que podem auxiliar a en-contrar um norte, como por exemplo, psicopedagogos,psicólogos, neuropediatras, psicomotricistas, dentre ou-tros.

O autismo, assim como todas as deficiências, dificul-dades e síndromes, possui suas características e é válidopontuar algumas, como a indiferença; a interação comseus pares diferenciada, onde só há interação caso umadulto esteja presente para auxiliar na comunicação; ainsistência no mesmo assunto; a falta de contato visualdurante a comunicação; a convivência com outras crian-ças é restrita; e a apresentação de resistência a mudan-ças.

No cerne da prática docente, é preciso explorar as

imitações sem modelo, as dramatizações, os de-senhos e pinturas, o “faz de conta”, a lingua-gem, permitindo a exploração do jogo simbólicoseja individualmente ou em relação com outrascrianças. Afinal, essas práticas são fundamen-tais para o desenvolvimento cognitivo e parasustentação emocional. É fundamental perce-ber que nessas crianças o jogo simbólico acon-tece de outra forma, é preciso incentivar e

promover práticas principalmente por meio da imitação,para que essa criança se desenvolva de forma harmo-niosa e completa.

No entanto, características podem variar em grau deintensidade e na forma de sistematizar os comportamen-tos. O relevante é atender esses alunos, oferecendo-lhesuma condição adequada para sua aprendizagem e queatendam suas necessidades, de acordo com a sua reali-dade cognitiva, afetiva, familiar e social.

A principal orientação é que independente do casoapresentado pelos alunos em suas especificidades é bus-car parceria com a equipe pedagógica na escola, na fa-mília para que eles também participem e compreendama importância de seguir as recomendações e de buscarpor outros profissionais para auxiliar no processo de in-vestigação. O grande desafio é possibilitar o acesso e apermanência, com qualidade, dos alunos com necessi-dades educacionais especiais na escola.

Ana Regina Caminha Braga([email protected]) é escritora,psicopedagoga e especialista em educação especiale em gestão escolar.

GO I Â NIA, 17 A 23 DE JULHO DE 2016

X

Jorge de Lima

Banho de chuva no calor, picolé na praça,banco de jardim, boa música, andar descalço,sonho de valsa ou prestígio, um solo de guitarrade BBKing, uma soneca após o almoço, dormirabraçadinho com o bem, uma gargalhada decriança, contemplar o trabalho de um trilheiro deformigas executando sua mais nova empreita emmeu jardim.

Reler Machado de Assis, Paulo Francis ou Nelson Ro-drigues, ouvir um sabiá ou um beija flor no quintal. Banhodemorado, e até mesmo o prazer de uma boa latrina noalívio matinal.

Café quentinho, respirar ar puro, fugir do trânsito, sen-tir o cheiro da terra molhada e a alegria dos papagaios gri-tando de manhã cedo. Ter calma apesar da agonia alheiae não se estressar. Assistir a uma boa comédia ou um di-vino desenho de Pernalonga ou Pica-pau.

Arregaçar as calças e brincar de carrinho de ferro, pega-pega, empinar pipa com uma criança e andar na enxur-rada. Roubar goiaba do vizinho e chupar jabuticaba no pé.

Aprendi o que era a simplicidade com as crianças ecom os matutos com quem convivi, gente muito simples,muitos que em nossa concepção urbana seriam vistoscomo indigentes ou como idiotas. Ficaria aqui meses lis-tando coisas simples que aprendi a curtir na vida.

Outro dia ouvia um conhecido gabando se de sua maisnova aquisição. Uma nova caminhonete importada um fo-guete ultra potente exclusiva uma verdadeira fortuna, tra-ção nas quatro rodas, dois sistemas de navegaçãosemelhante ao conforto de um hotel quatro estrelas. Orapaz a comprou para viajar mais confortável e poder pes-car com sua família. Mas assim que a tirou da concessio-nária se arrependeu, ficou com dó de seu mais novo beme resolveu guardar ela em sua garagem. Sequer saia comela na cidade por medo de assalto ou que batessem em seuprecioso bem. Assim tornou se escravo de sua própria vai-dade. Abandonou sua pescaria para não estragar seu carronovo. Sofisticou demais e perdeu sua alma e alegria deviver.

Semanas atrás entrei em uma loja de instrumentos mu-sicais. O vendedor resolveu me mostrar uma nova peda-

leira para guitarra com 600 tipos diferentes deefeitos. Um minicomputador com 100 tipos dife-rentes de função digital. Achei interessante, masuma genuína droga.Muita tecnologia para poucacoisa. Já tenho uma pedaleira boa analógica, an-tiga valvulada, e confesso que quando toco se usomuito são no máximo dois ou três efeitos.

Nosso mundo é assim muita oferta, muitatecnologia, muitas possibilidades, muita mania,

onipotência para pouca praticidade.Queria ver a pedaleira ou os teclados modernos trans-

formarem alguém em um músico genuíno. Queria ver aalegria do carro novo perdurar por toda vida.

O problema psíquico que vivemos liga se diretamentea necessidade de nossa sociedade de consumo. Queremosmuito para ter e não para usar bem o que temos. A vaidadeque se instala por que adquirimos um bem é patética. E oprincipal problema disto tudo é que a maior parte do queadquirimos não faz o menor sentido para nosso espírito.Não nutre nossa carência e assim a satisfação é momen-tânea.

Muitas pessoas que hoje tem uma vida sem sentidomergulham com intensidade nesta sofisticação visandoapenas agradar a sociedade.

Perdem suas metas e objetivos de vida e com isto ca-muflam sua insatisfação e os problemas de sua psiqueatrás de aparências, de uma casca que não se sustenta.Assim conhecem a fundo a literalidade da palavra vazio.Isto em médio prazo torna se uma melancolia intensa, umavida sem graça, superficial que só faz sentido em uma sa-cola de shopping center.

A burrice apostólica natural percebida no evangelhoquando os apóstolos proibiam crianças de se aproxima-rem de Jesus trazem a tona mais um ensinamento:"deixe vir a mim os pequeninos por que deles é o reinodos céus o adulto que quiser conhecer a morada demeu pai deve tornar se qual uma criança". E a palavrachave que resume isto tudo chama se simplicidade quepassa longe, bem longe de nossa sofisticação.

Jorge Antonio Monteiro de Lima é deficiente visual(cego), analista (C. G. Jung), psicólogo clínico,pesquisador em saúde mental, escritor, cronista e músico.

Não basta ser contrao aumento de impostos

Nada menos que 81% de brasileiros acham que o governo já arrecadamuito e não precisa aumentar impostos para melhorar os serviços públi-cos. A informação faz parte de uma pesquisa feita pela Confederação Na-cional da Indústria (CNI), em parceria com o Instituto Brasileiro deOpinião e Estatística (Ibope), divulgada no último dia 12. Foram entre-vistadas 2.002 pessoas em 143 municípios, entre os dias 17 e 20 de março.

De acordo com o levantamento, o percentual de brasileiros que consi-deram os impostos no Brasil muito elevados passou de 44% em 2010 para65% em 2016. Os que consideram que os impostos vêm aumentandomuito subiram de 43% em 2010 para 83% este ano. Além disso, 70% con-cordam que a baixa qualidade dos serviços públicos é mais consequênciada má utilização dos recursos do que da falta deles.

Para 84% dos entrevistados, os impostos no Brasil são elevados oumuito elevados e 73% são contra o retorno da Contribuição Provisóriasobre Movimentação Financeira (CPMF).

Para 80% dos entrevistados, o governo deve reduzir as despesas atuaispara diminuir os déficits orçamentários e 59% consideram que os gastospúblicos subiram muito nos últimos anos.

Entre os que recomendam o corte de gastos, a prioridade deve ser re-duzir o custeio da máquina pública e os salários dos funcionários públicos,na opinião de 32% e 22%, respectivamente.

Para os que acham que o governo deve manter os gastos, foram apre-sentadas três opções para estabilizar as contas. E 42% disseram que o go-verno deve vender ou conceder bens e estatais à iniciativa privada, 17%defenderam a criação de impostos e 12% acham que é melhor aumentara dívida pública. Outros 30% não souberam responder.

Quanto menor a instância de governo, maior a percepção da populaçãode que o dinheiro é bem utilizado. A pesquisa apurou que 83% consideramque os recursos federais são mal utilizados ou muito mal utilizados pelopresidente da República e seus ministros. O percentual cai para 73%quando se analisa o orçamento estadual e para 70% quanto se verifica omunicipal.

A sinalização de que, quanto mais elevada a instância de governo,maior a percepção de que os recursos são mal utilizados deve ser vistacomo um indicador de que precisamos de transparência no trato com odinheiro público. O Brasil ainda está engatinhando em termos de trans-parência, porque não basta disponibilizar dados sobre contas públicas,gastos, arrecadação. É fundamental a população, em maior número pos-sível, estar acompanhando, ter conhecimento da real situação financeirado poder público, para que possa fiscalizar, avaliar e sugerir melhorias noserviço público.

Não basta ser contra o aumento de impostos. Acima de tudo, épreciso exigir que os recursos públicos hoje existentes tenham des-tinação correta, sem desvios ou má utilização.

Finalmente, a Prefeitura de Goiânia está exigindo dos postos de combustível a pintura de faixa depedestre orientando o trânsito a pé em frente a esses estabelecimentos comerciais

Simplicidade

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

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Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

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Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Di re tor Ad mi nis tra ti vo e FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to r-Chefe

Edi to r-Executivo

Ronaldo Coelho

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

[email protected]@gmail.com

Manoel Messias [email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Daniela Martins

Fabiola Rodrigues [email protected]

[email protected]

RepórteresDiagramaçãoJosé Deusmar Rodrigues

[email protected]

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORPAULO JOSÉ

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Tenho um aluno com autismo, o que fazer?Ana Regina Caminha Braga

Aline é professora na escola “Lápis colo-rido”, onde leciona para uma turma do 2º anodo Ensino Fundamental, e pela primeira vez emseus anos de docência analisou profundamentea turma e percebeu que Antônio tem apresen-tado algumas características especificas de umpossível Autismo. Ela não teve clareza do diag-nóstico, pois não possui formação adequada para tal.Quais providências a professora Aline pode tomar paraauxiliar o processo e desenvolvimento de aprendizagemdo seu aluno?

A primeira instituição a perceber que a criança apre-senta uma especificidade na maioria dos casos é a famí-lia e em segunda instância, a escola; mas independentedo movimento é preciso compreender a importância deidentificar as situações e procurar as pessoas especialis-tas na área ou buscar aqueles que podem auxiliar a en-contrar um norte, como por exemplo, psicopedagogos,psicólogos, neuropediatras, psicomotricistas, dentre ou-tros.

O autismo, assim como todas as deficiências, dificul-dades e síndromes, possui suas características e é válidopontuar algumas, como a indiferença; a interação comseus pares diferenciada, onde só há interação caso umadulto esteja presente para auxiliar na comunicação; ainsistência no mesmo assunto; a falta de contato visualdurante a comunicação; a convivência com outras crian-ças é restrita; e a apresentação de resistência a mudan-ças.

No cerne da prática docente, é preciso explorar as

imitações sem modelo, as dramatizações, os de-senhos e pinturas, o “faz de conta”, a lingua-gem, permitindo a exploração do jogo simbólicoseja individualmente ou em relação com outrascrianças. Afinal, essas práticas são fundamen-tais para o desenvolvimento cognitivo e parasustentação emocional. É fundamental perce-ber que nessas crianças o jogo simbólico acon-tece de outra forma, é preciso incentivar e

promover práticas principalmente por meio da imitação,para que essa criança se desenvolva de forma harmo-niosa e completa.

No entanto, características podem variar em grau deintensidade e na forma de sistematizar os comportamen-tos. O relevante é atender esses alunos, oferecendo-lhesuma condição adequada para sua aprendizagem e queatendam suas necessidades, de acordo com a sua reali-dade cognitiva, afetiva, familiar e social.

A principal orientação é que independente do casoapresentado pelos alunos em suas especificidades é bus-car parceria com a equipe pedagógica na escola, na fa-mília para que eles também participem e compreendama importância de seguir as recomendações e de buscarpor outros profissionais para auxiliar no processo de in-vestigação. O grande desafio é possibilitar o acesso e apermanência, com qualidade, dos alunos com necessi-dades educacionais especiais na escola.

Ana Regina Caminha Braga([email protected]) é escritora,psicopedagoga e especialista em educação especiale em gestão escolar.

GO I Â NIA, 17 A 23 DE JULHO DE 2016

X

Jorge de Lima

Banho de chuva no calor, picolé na praça,banco de jardim, boa música, andar descalço,sonho de valsa ou prestígio, um solo de guitarrade BBKing, uma soneca após o almoço, dormirabraçadinho com o bem, uma gargalhada decriança, contemplar o trabalho de um trilheiro deformigas executando sua mais nova empreita emmeu jardim.

Reler Machado de Assis, Paulo Francis ou Nelson Ro-drigues, ouvir um sabiá ou um beija flor no quintal. Banhodemorado, e até mesmo o prazer de uma boa latrina noalívio matinal.

Café quentinho, respirar ar puro, fugir do trânsito, sen-tir o cheiro da terra molhada e a alegria dos papagaios gri-tando de manhã cedo. Ter calma apesar da agonia alheiae não se estressar. Assistir a uma boa comédia ou um di-vino desenho de Pernalonga ou Pica-pau.

Arregaçar as calças e brincar de carrinho de ferro, pega-pega, empinar pipa com uma criança e andar na enxur-rada. Roubar goiaba do vizinho e chupar jabuticaba no pé.

Aprendi o que era a simplicidade com as crianças ecom os matutos com quem convivi, gente muito simples,muitos que em nossa concepção urbana seriam vistoscomo indigentes ou como idiotas. Ficaria aqui meses lis-tando coisas simples que aprendi a curtir na vida.

Outro dia ouvia um conhecido gabando se de sua maisnova aquisição. Uma nova caminhonete importada um fo-guete ultra potente exclusiva uma verdadeira fortuna, tra-ção nas quatro rodas, dois sistemas de navegaçãosemelhante ao conforto de um hotel quatro estrelas. Orapaz a comprou para viajar mais confortável e poder pes-car com sua família. Mas assim que a tirou da concessio-nária se arrependeu, ficou com dó de seu mais novo beme resolveu guardar ela em sua garagem. Sequer saia comela na cidade por medo de assalto ou que batessem em seuprecioso bem. Assim tornou se escravo de sua própria vai-dade. Abandonou sua pescaria para não estragar seu carronovo. Sofisticou demais e perdeu sua alma e alegria deviver.

Semanas atrás entrei em uma loja de instrumentos mu-sicais. O vendedor resolveu me mostrar uma nova peda-

leira para guitarra com 600 tipos diferentes deefeitos. Um minicomputador com 100 tipos dife-rentes de função digital. Achei interessante, masuma genuína droga.Muita tecnologia para poucacoisa. Já tenho uma pedaleira boa analógica, an-tiga valvulada, e confesso que quando toco se usomuito são no máximo dois ou três efeitos.

Nosso mundo é assim muita oferta, muitatecnologia, muitas possibilidades, muita mania,

onipotência para pouca praticidade.Queria ver a pedaleira ou os teclados modernos trans-

formarem alguém em um músico genuíno. Queria ver aalegria do carro novo perdurar por toda vida.

O problema psíquico que vivemos liga se diretamentea necessidade de nossa sociedade de consumo. Queremosmuito para ter e não para usar bem o que temos. A vaidadeque se instala por que adquirimos um bem é patética. E oprincipal problema disto tudo é que a maior parte do queadquirimos não faz o menor sentido para nosso espírito.Não nutre nossa carência e assim a satisfação é momen-tânea.

Muitas pessoas que hoje tem uma vida sem sentidomergulham com intensidade nesta sofisticação visandoapenas agradar a sociedade.

Perdem suas metas e objetivos de vida e com isto ca-muflam sua insatisfação e os problemas de sua psiqueatrás de aparências, de uma casca que não se sustenta.Assim conhecem a fundo a literalidade da palavra vazio.Isto em médio prazo torna se uma melancolia intensa, umavida sem graça, superficial que só faz sentido em uma sa-cola de shopping center.

A burrice apostólica natural percebida no evangelhoquando os apóstolos proibiam crianças de se aproxima-rem de Jesus trazem a tona mais um ensinamento:"deixe vir a mim os pequeninos por que deles é o reinodos céus o adulto que quiser conhecer a morada demeu pai deve tornar se qual uma criança". E a palavrachave que resume isto tudo chama se simplicidade quepassa longe, bem longe de nossa sofisticação.

Jorge Antonio Monteiro de Lima é deficiente visual(cego), analista (C. G. Jung), psicólogo clínico,pesquisador em saúde mental, escritor, cronista e músico.

Não basta ser contrao aumento de impostos

Nada menos que 81% de brasileiros acham que o governo já arrecadamuito e não precisa aumentar impostos para melhorar os serviços públi-cos. A informação faz parte de uma pesquisa feita pela Confederação Na-cional da Indústria (CNI), em parceria com o Instituto Brasileiro deOpinião e Estatística (Ibope), divulgada no último dia 12. Foram entre-vistadas 2.002 pessoas em 143 municípios, entre os dias 17 e 20 de março.

De acordo com o levantamento, o percentual de brasileiros que consi-deram os impostos no Brasil muito elevados passou de 44% em 2010 para65% em 2016. Os que consideram que os impostos vêm aumentandomuito subiram de 43% em 2010 para 83% este ano. Além disso, 70% con-cordam que a baixa qualidade dos serviços públicos é mais consequênciada má utilização dos recursos do que da falta deles.

Para 84% dos entrevistados, os impostos no Brasil são elevados oumuito elevados e 73% são contra o retorno da Contribuição Provisóriasobre Movimentação Financeira (CPMF).

Para 80% dos entrevistados, o governo deve reduzir as despesas atuaispara diminuir os déficits orçamentários e 59% consideram que os gastospúblicos subiram muito nos últimos anos.

Entre os que recomendam o corte de gastos, a prioridade deve ser re-duzir o custeio da máquina pública e os salários dos funcionários públicos,na opinião de 32% e 22%, respectivamente.

Para os que acham que o governo deve manter os gastos, foram apre-sentadas três opções para estabilizar as contas. E 42% disseram que o go-verno deve vender ou conceder bens e estatais à iniciativa privada, 17%defenderam a criação de impostos e 12% acham que é melhor aumentara dívida pública. Outros 30% não souberam responder.

Quanto menor a instância de governo, maior a percepção da populaçãode que o dinheiro é bem utilizado. A pesquisa apurou que 83% consideramque os recursos federais são mal utilizados ou muito mal utilizados pelopresidente da República e seus ministros. O percentual cai para 73%quando se analisa o orçamento estadual e para 70% quanto se verifica omunicipal.

A sinalização de que, quanto mais elevada a instância de governo,maior a percepção de que os recursos são mal utilizados deve ser vistacomo um indicador de que precisamos de transparência no trato com odinheiro público. O Brasil ainda está engatinhando em termos de trans-parência, porque não basta disponibilizar dados sobre contas públicas,gastos, arrecadação. É fundamental a população, em maior número pos-sível, estar acompanhando, ter conhecimento da real situação financeirado poder público, para que possa fiscalizar, avaliar e sugerir melhorias noserviço público.

Não basta ser contra o aumento de impostos. Acima de tudo, épreciso exigir que os recursos públicos hoje existentes tenham des-tinação correta, sem desvios ou má utilização.

Finalmente, a Prefeitura de Goiânia está exigindo dos postos de combustível a pintura de faixa depedestre orientando o trânsito a pé em frente a esses estabelecimentos comerciais

Simplicidade

Da Redação

Ao externar a capacidade detrabalho do pré-candidato àPrefeitura de Goiânia, deputa-do federal Giuseppe Vecci(PSDB), durante evento reali-zado pelo PSDB no último dia5, no Parque de ExposiçõesAgropecuárias da capital, o go-vernador Marconi Perillo(PSDB) assegurou a parceriaentre o governo estadual e mu-nicipal, caso o tucano ganhe aseleições deste ano.

“No ano que vem, Vecci, vo-cê estando na prefeitura, você

vai contar com um governo queserá parceiro em tudo. Vamosinjetar recursos para melhorarcada vez mais a qualidade devida do goianiense. Pode con-tar conosco para o cumprimen-to do seu plano de governo.Nos preparamos para isso e te-

mos certeza que será capaz demontar uma excelente equipe,porque você tem excelentescompanheiros, tem grande pla-no de governo e nós estaremosjuntos para fazer a melhor ad-ministração de Goiânia”, enfa-tizou.

De acordo com o governa-dor, Vecci tem mostrado obsti-nação ao realizar centenas devisitas em todos os cantos deGoiânia para apresentar o me-lhor projeto de governo para apopulação.

Vecci agradeceu a unidade e

a lealdade exaltadas pelo gover-nador e declarou que é necessá-rio apontar os rumos do futuropara Goiânia, com um projetoresponsável que traga açõesplanejadas e uma forma de ges-tão diferente da que vem sendofeita, indo além do básico.

“O prefeito tem que ser osíndico, e o síndico faz o bási-co, que é limpeza, iluminação,tapar os buracos, cuidar dasaúde, da segurança etc. Esseprefeito atual nem isso faz. Es-tá aquém do básico” criticou.

Para o pré-candidato, oPSDB não está se apresentan-do nessas eleições para fazerapenas o básico.

“Isso é para prefeito peque-no. O PSDB pensa muito mais.Temos que gerar riqueza, temosresponsabilidade com a cons-trução de uma cidade melhor,com qualidade de vida, uma ci-dade contemporânea e compe-titiva”, observou.

No evento, lideranças doPSDB e também de outros par-tidos da base aliada pregaram aunião de forças para as eleiçõesmunicipais.

ELEIÇÕES 2016

POLÍTICA 3GO I Â NIA, 17 A 23 DE JULHO DE 2016

XManoel Messias

[email protected] DIRETA

“Ele confia a misericórdia de Deus àqueles queperderam a vida e se une fortemente à dor dasfamílias em luto. Expressa sua proximidade aosferidos, como a todos que contribuíram com o resgate,pedindo para o Senhor apoiá-los em toda prova"

Papa Francisco, em carta assinada pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, enviada ao bispo deNice, André Marceau, sobre o ataque terrorista na cidade francesa.

Prefeitos frustradosA reunião ocorrida na última quarta-feira

(13) entre o Conselho Político da Confedera-ção Nacional de Municípios (CNM) e os re-presentantes das entidades municipalistascom o presidente em exercício, Michel Temer,deixou os prefeitos que visitaram o Palácio doPlanalto frustrados. Isso porque os municipa-listas esperavam ouvir do Governo Federalcompromissos com a pauta apresentada pelogrupo, o que não ocorreu.

Municípios perdem R$ 29 milhõesDe acordo com a CNM, o valor do repasse

do Fundo de Participação de Municípios(FPM) anunciado (R$ 2,7 bilhões) é cerca deR$ 700 milhões a menos do que deveria rece-ber os municípios. Segundo projeção daCNM, os municípios goianos ainda deveriamreceber aproximadamente R$ 29 milhões. Emreunião realizada na semana passada, o mi-nistro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha,confirmou que seria pago a totalidade do re-passe. Entretanto, o valor depositado no últi-mo dia 8 corresponde a 0,75%.

RÁPIDASOs servidores públicos estaduais têm de 1º a

26 de agosto para se inscreverem na 7ª edição doProcesso de Seleção de Gerentes por Capacita-ção e Mérito, conhecido como meritocracia, doGoverno de Goiás.

As provas serão realizadas no dia 11 de se-tembro. As datas e normas do processo constamno edital publicado nesta sexta-feira, dia 15, pelaSecretaria de Gestão e Planejamento (Segplan).

Os servidores do governo estadual, efetivosou comissionados, com curso superior, poderãoconcorrer a 393 cargos de gerência da adminis-tração direta, autárquica e fundacional do PoderExecutivo, sem a interveniência política. O salá-rio previsto é de R$ 5 mil.

Para aperfeiçoar o acesso dos cidadãos à ta-rifa social do transporte no Eixo Anhanguera, oGoverno de Goiás começa a implantar nesta se-gunda-feira, dia 18, o Cartão Metrobus, que ga-rantirá o pleno acesso à meia tarifa em todo eixo.

Os usuários do Eixo terão mais de 60 dias,até o dia 23 de setembro, para fazer o cadastra-mento e receber gratuitamente o Cartão Metro-bus, que garantirá até 120 passagens por mêspara livre uso no sistema.

A partir do dia 23 de setembro, o uso do Car-tão Metrobus no Eixo Anhanguera será obriga-tório para o acesso à meia tarifa (R$ 1,85). Atélá, o benefício continuará sendo oferecido, si-multaneamente, pelo sistema atual.

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Construção de aliançasA lideranças políticas de quase 60 municí-

pios do Norte e do Vale do São Patrício deGoiás, o líder do Democratas no Senado, Ro-naldo Caiado, pediu humildade e harmonia naconstrução de alianças para as eleições de 2016.O parlamentar esteve na sexta-feira (15/07) emGoianésia para um encontro regional do Demo-cratas que reuniu mais de 1,5 mil pessoas. Oevento também lançou a pré-candidatura a pre-feito do presidente do Democratas local, CarlosVeículos.

Bom momentoO senador comemorou no evento o bom mo-

mento do partido, que acaba de ver eleito o depu-tado federal Rodrigo Maia para a presidência daCâmara. "O Democratas deu provas da sua capa-cidade de articulação. Depois de sofrermos perdasnos nossos quadros e de Lula dizer que ia extirpara sigla, agora elegemos o presidente da Câmara.Isso aconteceu porque a sigla nunca aderiu a umpartido populista, sempre nos propomos a mos-trar a farsa que é o PT", disse.

Maguito convoca concursadosA Secretaria Municipal de Educação (SME)

de Aparecida de Goiânia divulgou na edição doDiário Oficial Eletrônico de sexta-feira (15) a con-vocação de 304 aprovados em cadastro de reservano último concurso público da Educação, editalnº 001/2013. Foram convocados 150 pedagogos,150 agentes educativos e 4 intérpretes de libras. Aconvocação destes 304 cadastros possibilitará aabertura de dez novos Cmeis, que serão inaugura-dos nas próximas semanas e iniciarão as aulasainda no segundo semestre deste ano. “Para isso,após tomarem posse, os convocados serão modu-lados e passarão por um curso rápido de forma-ção”, informou o secretário Domingos Pereira.

Marconi Perillo discursa ao lado de Giuseppe Vecci (D) e vice-governador José Eliton: “Pode contar conosco para o cumprimento de seu plano de governo”

“Vecci contará com um governoparceiro em tudo”, diz Marconi

Pré-candidato a prefeito deGoiânia pelo PTB, o engenheiroLuiz Bittencourt aposta nas re-des sociais e visitas às diversasregiões da capital para levar seunome à população.

“Nosso projeto começou aser moldado já em 2015. Avança-mos e hoje estamos convictos deque nossas propostas encontramrespaldo na sociedade”, afirmaBittencourt, ex-deputado esta-dual, presidente da AssembleiaLegislativa e deputado federal.

O pré-candidato, que utilizadiariamente o Facebook, Twittere outras redes para falar com oeleitor da capital, garante que osrecentes acontecimentos na polí-tica goianiense não afetaram oprojeto do PTB de chegar ao Pa-ço Municipal.

“Continuamos firmes e deba-tendo o futuro de Goiânia”, des-taca.

“Na nossa concepção, a ges-tão pública precisa ouvir a popu-lação. A prefeitura de Goiânia sedistanciou da sociedade nos últi-mos anos”, diz.

Na manhã de sábado passa-do, dia 9, Luiz Bittencourt fezuma caminhada pela feira daAvenida T-1, no Setor Bueno,onde cumprimentou e conversoucom populares. Elea aproveitoupara comer um pastel.

(Manoel Messias)

Iris descarta candidatura

Esse filme já foi visto na política goiana: o velho cacique Iris Rezende diz que não vai mais saircandidato e, após o susto, todos os correligionários marcam um ato e, às súplicas, ele diz que, seé para unir o partido e para a alegria geral, “eu fico!” ou “eu serei o candidato”. Mas, desta vez,Iris disse não. A cena se repetiu até o último ato na tarde de sexta-feira, no escritório político deIris em Goiânia, mas a fala do ator principal foi esta: “A minha decisão já foi tomada”, encerrouIris, aos prantos. Assim, de nada adiantou, ao menos até agora, o “#volta-iris”, ato que reuniu al-gumas centenas de militantes peemedebistas. O ex-governador e ex-prefeito de Goiânia disse quepediria desculpas até de joelhos, mas não atenderá aos pedidos de retorno.

Durante ato comcorreligionários,governadorassegurou a parceriaentre o governoestadual e municipal,caso o tucano ganheas eleições deste anona capital

Luiz Bittencourtaposta no poderdas redes sociais

Senador Canedo As Ruas, Avenidas, Praças e demais logra-

douros de Senador Canedo receberam Códigosde Endereçamento Postal (CEP) específicos,concedidos pelos Correios com base nas leismunicipais. O objetivo de substituir o antigoCEP é facilitar, orientar e acelerar o encaminha-mento, tratamento e a distribuição de objetospostados nos Correios e de outros serviços deentrega. Os novos números dos logradouros es-tão codificados entre 75250-001 a 75264-999.

Redução da taxa de jurosEmpresários e trabalhadores se reuniram, na

última sexta-feira, 15/7, na Casa da Indústria,sede da Federação das Indústrias do Estado deGoiás (Fieg), em Goiânia, para discutir a ques-tão da taxa de juros no Brasil, que tem inviabili-zado as empresas e os empregos, prejudicandoa população. Na ocasião, expuseram um mani-festo e discutiram os próximos passos da cam-panha pela redução dos juros, que deverá se tor-nar nacional. Foram convidados os senadores edeputados federais, mas os parlamentares nãocompareceram.

Marconi reivindica verbas e obrasO governador Marconi Perillo e o ministro

das Cidades, Bruno Araújo, voltaram a se en-contrar na terça-feira (12), em Brasília, para tra-tar da liberação de recursos para o término devárias obras, a retomada das negociações para aviabilização de verbas para novos projetos e olançamento nacional do programa Cheque Mo-radia Reforma. Quando esteve em Goiás, hámenos de um mês, o ministro anunciou que oGoverno Federal, através do Ministério das Ci-dades, iria adotar o cheque reforma federal, nosmoldes do programa implantado em Goiás porMarconi Perillo durante o seu primeiro governo.

Gestão eficiente e menos onerosaDurante a segunda edição do ciclo de pales-

tras Caminhos para a Competitividade, realiza-da na manhã de terça-feira (13/7), em Goiânia,o secretário de Gestão e Planejamento de Goiás(Segplan), Joaquim Mesquita, defendeu que osgovernos devem ser mais eficientes e ter um cus-to menor para a sociedade. Mesquita, que repre-sentou o governador Marconi Perillo no eventoorganizado pelo Movimento Goiás Mais Com-petitivo (MGC), disse que a gestão pública pre-cisa se reinventar e citou o processo de Seleçãopor Mérito, idealizado pelo Governo de Goiás,como uma medida nesse sentido.

Rodrigo Maia participa do Roda VivaO novo presidente da Câmara dos Deputa-

dos,Rodrigo Maia (DEM-RJ), estará no centrodo Roda Viva nesta segunda-feira (18/7). O pro-grama, ao vivo, será exibido a partir das 22h, naTV Cultura. Na última quinta-feira (14), o depu-tado venceu a disputa pelo comando da Câmaraem segundo turno, após derrotar, por 285 votosa 170, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF).Maia irá suceder o deputado afastado EduardoCunha e comandará a Câmara dos Deputadosaté janeiro de 2017.

PAULO JOSÉ

POLÍTICA4 X

GO I Â NIA, 17 A 23 DE JULHO DE 2016

ANÁLISE Altair TavaresRádio 730

A nova legislação elei-toral que impede a doaçãode empresas para campa-nhas eleitorais já tem pro-vocado uma novarealidade nas estruturasdas candidaturas a pre-feito e vereador de todo opaís. A reclamação doscandidatos é generalizadaquanto à falta de recursosagora, na pré-campanha,e não será diferente du-rante a campanha pro-priamente dita, após oregistro das candidaturas.A pobre campanha exigirámuito dos candidatos noconvencimento, mas, efe-tivamente, vai acabar como poder econômico naseleições?Em diversas campa-

nhas, o site Às Claras evi-denciou uma realidadecontabilizada nas campa-nhas eleitorais passadas:Quem arrecadou mais, einvestiu mais, nas estru-turas candidaturas conse-guiu consolidar vitórias.Em síntese: Quem tinhadinheiro, ganhava a elei-ção. A análise das presta-ções de contas mostracom clareza – e semavançar em dados docaixa dois das campa-nhas – que a vitória elei-toral tinha relação diretacom a arrecadação e ogasto dos candidatos epartidos. Agora, os candidatos

não pedem recursos àsempresas, por que é proi-bido, mas podem pediraos “donos das empre-sas”, alertou o advogadoeleitoral Colemar Moura,

em recente entrevista. Adoação sai do CNPJ parao CPF. Como consequência,

quem tem mais amigoscom mais dinheiro tende ater mais recursos para acampanha eleitoral, ló-gico. Só a amizade bas-tará, então, para umacampanha eleitoral sermais irrigada? Mesmoassim, será preciso demuito convencimento. A política é território

que o eleitor médio criticacom acidez e os prováveisdoadores estão entre eles,inclusive quando levan-tam cartazes em manifes-tações. Agora, esse eleitoraprendeu a observar o ta-manho das campanhas etende a operar como fis-calizador dos candidatos.Uns vigiarão os outros eo promotores eleitoraisvigiarão todos os candi-datos.A nova legislação elei-

toral já diminuiu o tama-nho das campanhaseleitorais, mas não teráefeito tão relevante parareprimir o poder econô-mico na eleição de prefei-tos. Há uma tendência deeleição de candidatos commaior patrimônio e o fe-nômeno registrado peloÀs Claras tende a se repe-tir. Valerá o poder de queminveste mais na estruturapolítica permanente. A nova legislação fez

assim: quem não tinha re-cursos e partido capitali-zado, continuará a não ter.Quem tem o poder econô-mico, vai utilizá-lo.

Pobre campanha. Pobre?

A secretária de Educação,Cultura e Esporte de Goiás,Raquel Teixeira, apresentou aosprefeitos e secretários de Edu-cação dos municípios da regiãoSudoeste do Estado as duasações educacionais que inte-gram o programa Goiás MaisCompetitivo (GMC), quebusca transformar o Estado emum dos mais modernos e com-petitivos do país. O encontroaconteceu na tarde da últimaterça-feira, 14/7, no CentroCultural Rozenda CândidaGuimarães, na cidade de Caçu,e foi promovido pela Seduceem parceria com a Secretaria deGestão e Planejamento (Seg-plan), responsável pela coorde-nação do programa. As duasações da Seduce incluídas noGoiás Mais Competitivo sãoGoiás Parceiro da EducaçãoInfantil: Primeiros Passos eParceiro do Ensino em Goiás(PEG).Na abertura do encontro,

Raquel Teixeira lembrou a im-portância da parceria entre oEstado e os municípios para al-cançar os objetivos traçadospelo Goiás Mais Competitivo.Muito embora a Educação In-fantil seja de responsabilidadedos gestores municipais, eladestacou que a Seduce pode es-tender aos prefeitos o Sistemade Avaliação de Desempenho ea plataforma Goiás 360, ferra-menta de gestão educacionalque está se tornando uma refe-rência para os outros estados.

A secretária ressaltou aindaque a etapa mais importantepara a formação de umacriança está na Educação In-fantil, que é onde ela recebe di-ferentes estímulos para oconhecimento.“É isso que vai fazer dife-

rença no futuro. As criançastêm o direito de aprender ecabe ao poder público, e aí paraum pai de aluno não interessase é Estado ou município, ga-

rantir esse ensino de quali-dade”, disse Raquel Teixeira.

Instituto TecnológicoO outro projeto da Seduce

incluído no GMC é o Parceirodo Ensino em Goiás, que temcomo meta elevar a qualidadeda aprendizagem dos estudan-tes. Raquel lembrou que os ín-dices de evasão na rede públicaestadual são grandes e quemanter o aluno na escola

aprendendo é o principal desa-fio da Seduce hoje.De acordo com ela, apesar

dos avanços dos últimos anos,de cada 100 alunos que chegamao Ensino Médio somente 65concluem esse nível de ensino.Mas em termos de aprendiza-gem, esses estudantes terminamo 3º ano com apenas 8% dosconhecimentos exigidos emMatemática e Língua Portu-guesa.

“Se não garantirmos hojeuma boa qualificação às nossascrianças e jovens estaremoscomprometendo seriamente ofuturo do país, pois não tere-mos profissionais capacitadospara garantir o desenvolvi-mento regional e nacional”, ob-servou.Durante o encontro com os

prefeitos, a secretária RaquelTeixeira deu uma boa notíciaaos presentes, que é a seção de

uso do prédio do Colégio Esta-dual Dom Pedro II para o Insti-tuto Tecnológico de Goiás.Com isso, o município de Caçupoderá contar com um sistemaintegrado de educação, que vaida creche e pré-escola ao ensinosuperior.

Goiás Mais CompetitivoElaborado no final de 2015,

o Goiás Mais Competitivo(GMC) inclui uma série deações que tem como foco prin-cipal transformar Goiás em umdos estados mais modernos ecompetitivos do país. O pro-grama está fundamentado emdois eixos estratégicos, que sãoa Qualidade de Vida e a Com-petitividade Econômica.Para alcançar esses dois re-

sultados, o Governo de Goiásdefiniu 15 desafios a serem ven-cidos, sendo dois deles na áreaeducacional. São essas duasações que estão sendo apresen-tadas, a partir de agora, aosprefeitos goianos para criaçãode um pacto.O encontro em Caçu tam-

bém contou com as presençasdo secretário de Gestão e Pla-nejamento, Joaquim Mesquita;subsecretária regional de Jataí,Marina Silveira; ouvidor geralda Seduce e subsecretário inte-rino de Rio Verde, HonorivalFagundes; Gislainy Jorge Mes-quita, gerente de Desenvolvi-mento dos Profissionais daEducação da Seduce, entre ou-tras autoridades.

MOBILIDADE

Marconi autorizaretomada das obras deduplicação da GO-080

O Governo de Goiás reto-mou as obras de duplicação darodovia GO-080 no trecho entreo município de Nerópolis o en-troncamento com a BR-153. Ogovernador Marconi Perillo de-terminou a liberação dos recur-sos e a Agetop (Agência Goianade Transportes e Obras Públi-cas) já tem frentes de trabalhona execução de serviços de terra-planagem, construção de uma

nova pista, na edificação deobras de arte, como ponte, buei-ros e descidas d’água e poste-riormente na restauração dapista existente.A duplicação da rodovia vai

de Nerópolis ao entroncamentoda BR-153, passando pelos mu-nicípios de Petrolina de Goiás eSão Francisco de Goiás, que so-mados aos 30 quilômetros já du-plicados, totalizarão quase 100quilômetros de pista dupla. Asmáquinas que trabalham na du-plicação da rodovia estão con-centradas no segmento próximoa Nerópolis.O trecho é muito utilizado

por motoristas com destino aoNorte Goiano, que passam pelacapital, e encurta o percurso emmais de 20 quilômetros até a BR-153, entre Goiânia e Anápolis.

Conhecida como uma rodoviaperigosa, devido aos graves aci-dentes registrados, principal-mente no período noturno, aduplicação vai garantir maior se-gurança aos motoristas que tra-fegam pela GO-080.“O índice de acidentes nessa

rodovia é muito alto e, assimcomo nas outras rodovias dupli-cadas, a reconstrução da pistaatual e a construção de uma novapista vão aumentar sensivelmentea segurança para os usuários daGO-080”, afirmou o governadorMarconi Perillo. Os 36 quilôme-tros entre Goiânia e Nerópolis jáestão duplicados e iluminados.As obras na GO-080 inte-

gram o compromisso do Planode Governo de Marconi que esta-belece a duplicação de todas asrodovias estaduais que interligam

Goiânia ao interior do Estado. Anova rodovia vai aliviar o pesadotráfego no trecho, um dos maismovimentados de Goiás, comum papel fundamental no escoa-mento da produção.Além de agilidade e conforto,

a duplicação trará segurança acaminhoneiros, produtores ruraise empresários, pois a via serve deatalho para quem vem da RegiãoSul em direção à região Norte doPaís e quer evitar a BR-153. Tam-bém estão em duplicação, comobras em andamento, a GO-70,entre Goiânia e a cidade deGoiás. A duplicação da GO-020,entre a capital e Bela Vista, já foiconcluída. O governo estadualtambém já implantou segundapista na GO-060, entre Goiânia eTrindade, e na GO-403, entreGoiânia e Senador Canedo.

GOIÁS MAIS COMPETITIVO

Além de detalhar os projetos, secretária Raquel Teixeira anunciou a vinda do Instituto Tecnológico de Goiás para Caçu

Governador repassarecursos para Agetopretomar trabalhos notrecho entreNerópolis eentroncamento comBR-153

Trecho já duplicado da GO-080 entre Goiânia e Nerópolis: ao final, rodovia terá quase 100 quilômetros duplicados

Ações educacionais são apresentadas a prefeitosLEOIRAN

POLÍTICA 5

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GO I Â NIA, 17 A 23 DE JULHO DE 2016

“Estou pronto paraser prefeito de Anápolis”

“Vamos fazeruma campanha

propositiva e praisso é queestamos

preparados paraapontar soluções

Eleição para prefeito de Anápolis, maiormunicípio do interior de Goiás, atrás deGoiânia e Aparecida de Goiânia, costumaser imprevisível, principalmente peladificuldade que a base de apoio ao governoestadual costuma ter em emplacar umnome. O deputado estadual Carlos Antônioquer mudar essa escrita. Recém-filiado aoPSDB, ele chega trazendo a força doeleitorado das classes C e D,principalmente, onde tem grandepenetração. Espera, assim, vencerresistências e, com as bênçãos dogovernador Marconi Perillo, chegar àcadeira de prefeito. Eleito o vereador maisbem votado em 2008, ficou apenas doisanos na Câmara, indo para a AssembleiaLegislativa após ser eleito, em 2010,deputado estadual com 17 mil votos; em2014 foi reeleito com 28 mil votos. Naprimeira eleição de deputado, CarlosAntônio, que é radialista, oriundo doMaranhão, teve 95% dos votos em

Anápolis; na reeleição, dos 28 mil votos,teve 16 mil em Anápolis e 12 mil fora domunicípio. Mas em compensação, foi omais bem votado na cidade. No próximo

dia 3, ele deverá ter seu nome formalizadoem convenção como candidato do PSDB epartidos aliados. A partir daí, começa acampanha.

Ronaldo Coelhoe Manoel Messias

Tribuna do Planalto – O Sr. seelegeu vereador e, logo emseguida, deputado estadualduas vezes, sempre emvotações crescentes esurpreendentes. Agora chegaao PSDB e já sai candidatopela terceira maior cidade doestado. Chega na disputa pravaler?Carlos Antônio – Sem dú-

vida. Crescendo cada vez mais,até porque enquanto estava noSolidariedade, quando houve adecisão de meu retorno aoPSDB (onde comecei minhacarreira política como candi-dato a vereador em 2004), uni-mos o PSDB com o grupo

político que eu já pertencia e oPSDB já possui lideranças derenome na cidade e no estado,como o ex-prefeito AdhemarSantillo, Ridoval Chiareloto,Onaide Santillo e tantos outrosnomes importantes. Se vocêjunta duas forças, o resultadoé sempre positivo.

De qualquer forma, o Sr.chegou há poucos meses noPSDB. A base está unida emtorno de seu nome?A perspectiva de vitória

na eleição deste ano faz aunião. O PSDB, que tentoudiversas vezes ganhar a Pre-feitura de Anápolis, estávendo, na união dessas for-ças – as que já estavam nopartido e as que estamos tra-

zendo – uma grande possibi-lidade de vitória. E como éinteresse do governador ga-nhar a prefeitura em Anápo-lis, o PSDB comandar aprefeitura, isso faz com quea união da base se fortaleçaem torno do nosso nomepara a eleição deste ano.

Qual é o perfil de seu eleitor?Eu tenho uma penetração

muito forte principalmentenas classes C e D, que é opovo e onde se encontragrande parte do eleitorado, opovo que elege, como popu-larmente se diz.

O Sr. não teme resistência aoseu nome em outrossegmentos, nos formadores de

opinião, por exemplo,empresários, patronato,eleitores da classe A e B?Não, porque o PSDB acaba

sendo meu fiador nessa classe,porque é inquestionável a his-tória de um Adhemar Santillo,do Ridoval Chiareloto, ex-pre-sidente da Acia, secretário deEstado, do pastor Vitor Hugo.Então nessa soma de valores,nessa união é que está a grandeaposta da nossa vitória

O Sr. já tem um discursopronto pra campanha, que jáestá chegando?Tudo que é pré-fabricado

corre um risco muito grande. Épreciso sentir o que se vai dizer,à época e para quem. Em polí-tica, se você tiver um discurso

universal, se irá dizer coisaspara quem não precisa e trope-çar naquilo que não há neces-sidade. Então acredito queestou preparado, principal-mente devido às reuniões quetemos feito diariamente. Esta-mos preparados. Tirei o ano de2015 pra me preparar pra sercandidato a prefeito de Anápo-lis. Para se ter ideia: fiz cursode Gestão, visitei sete cidadesdo porte e vocação semelhantea Anápolis. Buscamos conheci-mento para estarmos com umdiscurso preparado, mas nãopré-fabricado.

Então o Sr. está pronto praser prefeito?Estou pronto pra ser pre-

feito de Anápolis.

A sua candidatura conta comapoio de vários partidos da basealiada do governo estadual. Ogovernador Marconi Perillo temdado suporte ao seu nome?Tem sido um companheiro

de primeira hora, até nos sur-preendendo, fazendo muito maisdo que a gente esperava, até por-que ele tem o estado todo paradar atenção. Mas Anápolis é amenina dos olhos do governador.Então ele tem dado a sustenta-ção, tem conversado com parti-dos da base, tem sido umconselheiro de primeira hora. Eunão tenho dúvidas da importân-cia e do envolvimento do gover-nador Marconi Perillo naseleições de Anápolis este ano.

Como candidato, Marconi émuito bem votado em Anápolis,mas esse sucesso não se repetequando ele pede voto paracandidato a prefeito. Como oSr. pretende enfrentar essasituação?O governador, como você

bem disse, é muito querido na ci-dade de Anápolis e ter o apoiodele, sem dúvida alguma, nosfortalece. Por alguma razão, nummomento do passado, candida-tos apoiados pelo governador

não ganharam, mas hoje existeuma aposta imensa de que esta-remos nessa condição de vitória,porque eu já trago comigo umasignificativa aceitação popular.Não é só a carga do PSDB emcima da nossa candidatura, eutrago um patrimônio eleitoral,que ajuda bastante. Aquilo que oPSDB tem somado com o que agente conquistou ao longo dotempo na militância políticaacaba dando uma perspectiva devitória muito grande.

O Sr. é oposição ao atualprefeito. A campanha será maispropositiva, o Sr. vai questionaros pontos negativos da gestãoatual?Numa disputa política, é pre-

ciso mostrar o que está erradopara apresentar a alternativa, asolução. Claro que não vamoster baixaria, não vamos para olado pessoal, vamos fazer umacampanha propositiva e pra issoé que estamos preparados paraapontar soluções e alternativasnovas para aquilo que não deucerto.

O cenário político nacional,com manifestações contra acorrupção, impeachment da

presidente, operação Lava-Jato,prisões de políticos,potencializado pelamassificação das redes sociais,tudo isso terá influência nacampanha deste ano?Sem dúvida. O problema

será municipalizado. Em Anápo-lis, que é administrada pelo PT,não dá pra se fugir do que estáocorrendo em nível nacional, quede alguma forma reflete no mu-nicípio. Isso será trazido à tona,não tenho dúvida, e tem reflexo,tanto que qualquer pesquisaaponta uma rejeição enorme aoPartido dos Trabalhadores.

E esse cenário também exigeum maior preparo doscandidatos…Se você não tiver zelo pela

sua postura política, pelos seusatos, certamente será julgado porisso.

A chapa majoritária já estáfechada?Sim. O indicado para candi-

dato a vice é o pastor ElismarVeiga, do PHS, testado em urna,que era o perfil que a gente que-ria. Além da bagagem eleitoral,que é importante, ele traz con-sigo o segmento evangélico.

Uma pesquisa recente apontou oatual prefeito de Anápolis emprimeiro lugar em intenção devoto e o Sr. na segundacolocação. Esse é o quadro real?Não. Há muito questiona-

mento – não da minha parte,porque estar em segundo emtoda pesquisa que o PT realizame dá uma expectativa de estarno segundo turno, que é umanova eleição. Mas a cidade deAnápolis questiona essesnúmeros, porque nenhumaoutra pesquisa apresenta esseresultado, especialmente quan-do a única pesquisa destoantedas demais é aquela contrata-da pelo partido que apareceem primeiro lugar. Queremosentão a realização de uma pes-quisa neutra, para que sedivulgue um resultado verda-deiro.

Nas pesquisas internas do PSDB,o Sr. está na frente?Não só nas pesquisas do

PSDB, mas também nas deoutros candidatos.

Sua carreira tem sido meteóricae sempre com votaçãocrescente. Essa é sua credencialpara chegar no PSDB e já saircandidato a prefeito?Eu costumo dizer que o

passado serve pra nos trazeraté aqui, até o momento atual.O que me credencia a ter aindicação do PSDB é a prefe-rência popular. Hoje temosuma indicação popular e foiexatamente isso que me fezcandidato, a indicação de quea população anapolina mequeria candidato a prefeitonesse momento. Essa forçaque vem da opinião popularme credencia a concorrer, medeixa tranquilo a entrar na dis-puta.

“A força daopinião popularme credencia aconcorrer”

O projeto “Eu quero opinar”busca justamente potencializaresse lado de contato com opovo e as demandaspopulares?Estamos levando esse pro-

jeto em 45 edições em todas asregiões de Anápolis (já realiza-mos 28 reuniões), pedindo aopinião da população, daquiloque ela quer ver incluído nonosso programa de governo.Estamos ouvindo a população,buscando na população aquiloque vamos colocar no nossoprograma de governo. E já deupra detectar que temos doisgargalos em Anápolis: saúde esegurança. Ou seja, sabemosque qualquer administração apartir de 2017 terá que focarmuito para resolver os proble-mas de saúde e segurança emAnápolis.

E o Sr. já tem alguma açãodelineada pra melhorar asaúde?Temos. Contamos com téc-

nicos na área da saúde e segu-rança que estão nosmuniciando com informaçõespara preparação do programade governo. Vamos apresentaralternativas para a populaçãode solução de problemas etenho certeza que a populaçãovai abraçá-las.

Na área de saúde, por ondepassa a solução dosproblemas?Em Anápolis, temos proble-

mas na marcação de consulta ena marcação de exames, atendi-mento, oferta abaixo da de-manda. Todos esses pontosserão atacados. Vou dar umexemplo: um médico plantonistaem Anápolis recebe R$ 527,00;Goiânia paga o dobro disso;Brasília, quatro vezes. Ou se me-lhora essa remuneração ou nãoteremos médicos trabalhandoem Anápolis. Hoje falta médicoem Anápolis porque esse profis-sional é mal remunerado. Issovamos resolver. Falta recursos?Sim. Mas também há despesas egastos desnecessários. Então ire-mos cortar o que for desnecessá-rio para fortalecer e atender anecessidade de contratação demédicos e outros pontos que aárea de saúde está requerendo.

O que o Sr. como prefeitopretende fazer na área desegurança pública?Cumprir a frase completa

“Segurança pública é dever do es-tado e responsabilidade detodos”. Então, vamos proporparcerias nesse sentido. Já esta-mos na pré-campanha comuni-cando à população que vamos

implantar a Guarda Civil emAnápolis, que, aliás, já funcionamuito bem em municípios comoSenador Canedo e Aparecida deGoiânia, como uma sustentaçãodo sistema oficial já existente.Com isso, vamos possibilitar queos policiais que estão em prédiospúblicos possam ir pra rua e aprópria Guarda Civil, que podeandar armada, pode exercer emmuitos casos o papel de polícia.Então o primeiro ato para melho-rar a segurança pública em Aná-polis é implantar a Guarda Civil.

O Sr., como presidente daComissão da Criança e doAdolescente da AssembleiaLegislativa de Goiás, temprojeto para esta área emAnápolis?Sim. Entendemos que aten-

der a criança e o adolescentepassa pelo fortalecimento daeducação, por isso queremosmelhorar a qualidade do ensino.Para tanto, vamos reeditar pro-gramas importantes que fizeramhistória em Anápolis, como oPrograma Dom Bosco, para ab-sorver o tempo ocioso do ado-lescente. Vamos desenvolverações, como o combate às dro-gas, para que a criança e o ado-lescente se desenvolvam em umambiente saudável e propíciopara que se tornem cidadãos.

“Já detectamos dois gargalos:saúde e segurança pública”

“Marconi tem sidoum companheirode primeira ordem”

ENTREVISTA/ CARLOS ANTÔNIO

Deputado estadualCarlos Antônio: “Apopulação anapoliname quer candidato”

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“Estou pronto paraser prefeito de Anápolis”

“Vamos fazeruma campanha

propositiva e praisso é queestamos

preparados paraapontar soluções

Eleição para prefeito de Anápolis, maiormunicípio do interior de Goiás, atrás deGoiânia e Aparecida de Goiânia, costumaser imprevisível, principalmente peladificuldade que a base de apoio ao governoestadual costuma ter em emplacar umnome. O deputado estadual Carlos Antônioquer mudar essa escrita. Recém-filiado aoPSDB, ele chega trazendo a força doeleitorado das classes C e D,principalmente, onde tem grandepenetração. Espera, assim, vencerresistências e, com as bênçãos dogovernador Marconi Perillo, chegar àcadeira de prefeito. Eleito o vereador maisbem votado em 2008, ficou apenas doisanos na Câmara, indo para a AssembleiaLegislativa após ser eleito, em 2010,deputado estadual com 17 mil votos; em2014 foi reeleito com 28 mil votos. Naprimeira eleição de deputado, CarlosAntônio, que é radialista, oriundo doMaranhão, teve 95% dos votos em

Anápolis; na reeleição, dos 28 mil votos,teve 16 mil em Anápolis e 12 mil fora domunicípio. Mas em compensação, foi omais bem votado na cidade. No próximo

dia 3, ele deverá ter seu nome formalizadoem convenção como candidato do PSDB epartidos aliados. A partir daí, começa acampanha.

Ronaldo Coelhoe Manoel Messias

Tribuna do Planalto – O Sr. seelegeu vereador e, logo emseguida, deputado estadualduas vezes, sempre emvotações crescentes esurpreendentes. Agora chegaao PSDB e já sai candidatopela terceira maior cidade doestado. Chega na disputa pravaler?Carlos Antônio – Sem dú-

vida. Crescendo cada vez mais,até porque enquanto estava noSolidariedade, quando houve adecisão de meu retorno aoPSDB (onde comecei minhacarreira política como candi-dato a vereador em 2004), uni-mos o PSDB com o grupo

político que eu já pertencia e oPSDB já possui lideranças derenome na cidade e no estado,como o ex-prefeito AdhemarSantillo, Ridoval Chiareloto,Onaide Santillo e tantos outrosnomes importantes. Se vocêjunta duas forças, o resultadoé sempre positivo.

De qualquer forma, o Sr.chegou há poucos meses noPSDB. A base está unida emtorno de seu nome?A perspectiva de vitória

na eleição deste ano faz aunião. O PSDB, que tentoudiversas vezes ganhar a Pre-feitura de Anápolis, estávendo, na união dessas for-ças – as que já estavam nopartido e as que estamos tra-

zendo – uma grande possibi-lidade de vitória. E como éinteresse do governador ga-nhar a prefeitura em Anápo-lis, o PSDB comandar aprefeitura, isso faz com quea união da base se fortaleçaem torno do nosso nomepara a eleição deste ano.

Qual é o perfil de seu eleitor?Eu tenho uma penetração

muito forte principalmentenas classes C e D, que é opovo e onde se encontragrande parte do eleitorado, opovo que elege, como popu-larmente se diz.

O Sr. não teme resistência aoseu nome em outrossegmentos, nos formadores de

opinião, por exemplo,empresários, patronato,eleitores da classe A e B?Não, porque o PSDB acaba

sendo meu fiador nessa classe,porque é inquestionável a his-tória de um Adhemar Santillo,do Ridoval Chiareloto, ex-pre-sidente da Acia, secretário deEstado, do pastor Vitor Hugo.Então nessa soma de valores,nessa união é que está a grandeaposta da nossa vitória

O Sr. já tem um discursopronto pra campanha, que jáestá chegando?Tudo que é pré-fabricado

corre um risco muito grande. Épreciso sentir o que se vai dizer,à época e para quem. Em polí-tica, se você tiver um discurso

universal, se irá dizer coisaspara quem não precisa e trope-çar naquilo que não há neces-sidade. Então acredito queestou preparado, principal-mente devido às reuniões quetemos feito diariamente. Esta-mos preparados. Tirei o ano de2015 pra me preparar pra sercandidato a prefeito de Anápo-lis. Para se ter ideia: fiz cursode Gestão, visitei sete cidadesdo porte e vocação semelhantea Anápolis. Buscamos conheci-mento para estarmos com umdiscurso preparado, mas nãopré-fabricado.

Então o Sr. está pronto praser prefeito?Estou pronto pra ser pre-

feito de Anápolis.

A sua candidatura conta comapoio de vários partidos da basealiada do governo estadual. Ogovernador Marconi Perillo temdado suporte ao seu nome?Tem sido um companheiro

de primeira hora, até nos sur-preendendo, fazendo muito maisdo que a gente esperava, até por-que ele tem o estado todo paradar atenção. Mas Anápolis é amenina dos olhos do governador.Então ele tem dado a sustenta-ção, tem conversado com parti-dos da base, tem sido umconselheiro de primeira hora. Eunão tenho dúvidas da importân-cia e do envolvimento do gover-nador Marconi Perillo naseleições de Anápolis este ano.

Como candidato, Marconi émuito bem votado em Anápolis,mas esse sucesso não se repetequando ele pede voto paracandidato a prefeito. Como oSr. pretende enfrentar essasituação?O governador, como você

bem disse, é muito querido na ci-dade de Anápolis e ter o apoiodele, sem dúvida alguma, nosfortalece. Por alguma razão, nummomento do passado, candida-tos apoiados pelo governador

não ganharam, mas hoje existeuma aposta imensa de que esta-remos nessa condição de vitória,porque eu já trago comigo umasignificativa aceitação popular.Não é só a carga do PSDB emcima da nossa candidatura, eutrago um patrimônio eleitoral,que ajuda bastante. Aquilo que oPSDB tem somado com o que agente conquistou ao longo dotempo na militância políticaacaba dando uma perspectiva devitória muito grande.

O Sr. é oposição ao atualprefeito. A campanha será maispropositiva, o Sr. vai questionaros pontos negativos da gestãoatual?Numa disputa política, é pre-

ciso mostrar o que está erradopara apresentar a alternativa, asolução. Claro que não vamoster baixaria, não vamos para olado pessoal, vamos fazer umacampanha propositiva e pra issoé que estamos preparados paraapontar soluções e alternativasnovas para aquilo que não deucerto.

O cenário político nacional,com manifestações contra acorrupção, impeachment da

presidente, operação Lava-Jato,prisões de políticos,potencializado pelamassificação das redes sociais,tudo isso terá influência nacampanha deste ano?Sem dúvida. O problema

será municipalizado. Em Anápo-lis, que é administrada pelo PT,não dá pra se fugir do que estáocorrendo em nível nacional, quede alguma forma reflete no mu-nicípio. Isso será trazido à tona,não tenho dúvida, e tem reflexo,tanto que qualquer pesquisaaponta uma rejeição enorme aoPartido dos Trabalhadores.

E esse cenário também exigeum maior preparo doscandidatos…Se você não tiver zelo pela

sua postura política, pelos seusatos, certamente será julgado porisso.

A chapa majoritária já estáfechada?Sim. O indicado para candi-

dato a vice é o pastor ElismarVeiga, do PHS, testado em urna,que era o perfil que a gente que-ria. Além da bagagem eleitoral,que é importante, ele traz con-sigo o segmento evangélico.

Uma pesquisa recente apontou oatual prefeito de Anápolis emprimeiro lugar em intenção devoto e o Sr. na segundacolocação. Esse é o quadro real?Não. Há muito questiona-

mento – não da minha parte,porque estar em segundo emtoda pesquisa que o PT realizame dá uma expectativa de estarno segundo turno, que é umanova eleição. Mas a cidade deAnápolis questiona essesnúmeros, porque nenhumaoutra pesquisa apresenta esseresultado, especialmente quan-do a única pesquisa destoantedas demais é aquela contrata-da pelo partido que apareceem primeiro lugar. Queremosentão a realização de uma pes-quisa neutra, para que sedivulgue um resultado verda-deiro.

Nas pesquisas internas do PSDB,o Sr. está na frente?Não só nas pesquisas do

PSDB, mas também nas deoutros candidatos.

Sua carreira tem sido meteóricae sempre com votaçãocrescente. Essa é sua credencialpara chegar no PSDB e já saircandidato a prefeito?Eu costumo dizer que o

passado serve pra nos trazeraté aqui, até o momento atual.O que me credencia a ter aindicação do PSDB é a prefe-rência popular. Hoje temosuma indicação popular e foiexatamente isso que me fezcandidato, a indicação de quea população anapolina mequeria candidato a prefeitonesse momento. Essa forçaque vem da opinião popularme credencia a concorrer, medeixa tranquilo a entrar na dis-puta.

“A força daopinião popularme credencia aconcorrer”

O projeto “Eu quero opinar”busca justamente potencializaresse lado de contato com opovo e as demandaspopulares?Estamos levando esse pro-

jeto em 45 edições em todas asregiões de Anápolis (já realiza-mos 28 reuniões), pedindo aopinião da população, daquiloque ela quer ver incluído nonosso programa de governo.Estamos ouvindo a população,buscando na população aquiloque vamos colocar no nossoprograma de governo. E já deupra detectar que temos doisgargalos em Anápolis: saúde esegurança. Ou seja, sabemosque qualquer administração apartir de 2017 terá que focarmuito para resolver os proble-mas de saúde e segurança emAnápolis.

E o Sr. já tem alguma açãodelineada pra melhorar asaúde?Temos. Contamos com téc-

nicos na área da saúde e segu-rança que estão nosmuniciando com informaçõespara preparação do programade governo. Vamos apresentaralternativas para a populaçãode solução de problemas etenho certeza que a populaçãovai abraçá-las.

Na área de saúde, por ondepassa a solução dosproblemas?Em Anápolis, temos proble-

mas na marcação de consulta ena marcação de exames, atendi-mento, oferta abaixo da de-manda. Todos esses pontosserão atacados. Vou dar umexemplo: um médico plantonistaem Anápolis recebe R$ 527,00;Goiânia paga o dobro disso;Brasília, quatro vezes. Ou se me-lhora essa remuneração ou nãoteremos médicos trabalhandoem Anápolis. Hoje falta médicoem Anápolis porque esse profis-sional é mal remunerado. Issovamos resolver. Falta recursos?Sim. Mas também há despesas egastos desnecessários. Então ire-mos cortar o que for desnecessá-rio para fortalecer e atender anecessidade de contratação demédicos e outros pontos que aárea de saúde está requerendo.

O que o Sr. como prefeitopretende fazer na área desegurança pública?Cumprir a frase completa

“Segurança pública é dever do es-tado e responsabilidade detodos”. Então, vamos proporparcerias nesse sentido. Já esta-mos na pré-campanha comuni-cando à população que vamos

implantar a Guarda Civil emAnápolis, que, aliás, já funcionamuito bem em municípios comoSenador Canedo e Aparecida deGoiânia, como uma sustentaçãodo sistema oficial já existente.Com isso, vamos possibilitar queos policiais que estão em prédiospúblicos possam ir pra rua e aprópria Guarda Civil, que podeandar armada, pode exercer emmuitos casos o papel de polícia.Então o primeiro ato para melho-rar a segurança pública em Aná-polis é implantar a Guarda Civil.

O Sr., como presidente daComissão da Criança e doAdolescente da AssembleiaLegislativa de Goiás, temprojeto para esta área emAnápolis?Sim. Entendemos que aten-

der a criança e o adolescentepassa pelo fortalecimento daeducação, por isso queremosmelhorar a qualidade do ensino.Para tanto, vamos reeditar pro-gramas importantes que fizeramhistória em Anápolis, como oPrograma Dom Bosco, para ab-sorver o tempo ocioso do ado-lescente. Vamos desenvolverações, como o combate às dro-gas, para que a criança e o ado-lescente se desenvolvam em umambiente saudável e propíciopara que se tornem cidadãos.

“Já detectamos dois gargalos:saúde e segurança pública”

“Marconi tem sidoum companheirode primeira ordem”

ENTREVISTA/ CARLOS ANTÔNIO

Deputado estadualCarlos Antônio: “Apopulação anapoliname quer candidato”

TOCANTINS6 PALMAS, 17 A 23 DE JULHO DE 2016

X

PESCA

ALDEMAR RIBEIRO

Mais oportunidade de investimentosEmpresa do RioGrande do Sulconhece potencial dapiscicultura parainstalação de fábricade ração no Tocantins

Governo do Estado, pormeio da Secretaria de Estadodo DesenvolvimentoEconômico, Ciência,Tecnologia, Turismo e Cultura(Seden), apresentou o potencialdo Tocantins para investimen-tos na área de rações para pei-xes criados em cativeiro àrepresentante da Cepal Rações,empresa do Rio Grande do Sul(RS), especializada na produ-ção de ração animal, que buscaoportunidade de negócio noTocantins. O gerente de Arranjos

Produtivos Locais da Seden,Marcondes Martins, explicouque, dentre as vantagens que oEstado oferece, estão a facilida-de de linha de financiamentocom juros abaixo da inflação,em programas voltados paraempreendimentos localizados

na região Norte do País; o pro-grama de incentivos fiscais queo Estado possui e a demandaexistente por esse tipo de pro-duto. Atualmente, o Tocantins

não possui uma fábrica espe-cializada em ração para peixesque atenda a demanda do mer-

cado do Estado. A fábricamais próxima de Palmas está a800 km de distância. E a raçãorepresenta o item de maiorimpacto nos custos de produ-ção da piscicultura, chegando a70%, por isso, um empreendi-mento na área beneficiaria acadeia da piscicultura no

Estado. “Na falta da ração, oprodutor, muitas vezes, se utili-za de alimentos alternativos oque compromete o desenvolvi-mento produtivo”, explicouMarcondes.Para o subsecretário da

Seden, Frederico Oliveira, afacilidade de acesso a insumos,

como a ração, é um dos ele-mentos indispensáveis para oEstado alcançar todo o seupotencial no setor. “OTocantins tem oferta de água eambiente favorável para desen-volver a piscicultura”, pontuou.Representando a Empresa

Brasileira de PesquisaAgropecuária (Embrapa), ochefe-geral do Setor de Pesca eAquicultura, Carlos Magno daRocha, disse que a instalaçãode uma empresa desse ramo vaiatender não só as demandaslocais, como também a de esta-dos vizinhos. “O Tocantins temuma posição geográfica privile-giada, no centro do País. Alogística é muito boa com osmodais e o Governo do Estadotem investido em infraestrutu-ra”, destacou.A empresa Cepal Rações

produz em média oito mil tone-ladas/mês de ração. Visitando oTocantins pela primeira vez, odiretor executivo da empresa,Luiz Pagmussat explica que oEstado tem grande potencialpara o setor tanto pela falta deconcorrentes como pela maté-ria-prima para produção daração: milho e soja, ambosproduzidos no Tocantins.

Artesanatoem capimdourado nasOlimpíadasTocantins tem uma posição geográfica privilegiada, no centro do País para investimentos

na área de rações para peixes criados em cativeiro

A produção de maracujá,fruta nativa do Brasil, pode sercultivada em quase todo territó-rio nacional. Por ocuparempequenas áreas e pela disponi-bilidade de mão de obra, o cul-tivo do maracujá é defendidopela Secretaria de Estado doDesenvolvimento daAgricultura e Pecuária (Seagro)como excelente opção paramelhorar a renda da agriculturafamiliar. As variedades maiscultivadas são: FB 200, FB 300e Gigante amarelo. Os maioresprodutores do Estado sãoMiracema do Tocantins eBernardo Sayão.Bastante requisitado pelas

indústrias de sucos prontos,polpa de fruta e consumo fami-liar produtores do Tocantinsresolveram apostar no cultivoda fruta. Em 2013, que foi oúltimo censo divulgado peloInstituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE),a colheita foi de 943 toneladas,em uma área de 90 hectares.No Estado, o maracujá é culti-vado em todas as regiões,sendo a maioria dos cultivosem pequenas propriedades deagricultura familiar. Nos proje-

tos hidroagrícolas, ManuelAlves (Dianópolis) e São João(Porto Nacional), alguns irri-gantes também apostam e jácultivam a fruta.Para muitos produtores, a

fruta tem sido a principal fontede renda de suas famílias, comoé o exemplo do agricultor fami-liar do município de Miracema

do Tocantins, região central doEstado, José Rezende.Inicialmente, ele plantava ape-nas banana, depois decidiudiversificar a produção e inves-tiu no cultivo de maracujá, utili-zando uma pequena área dedois hectares da chácara. “Hoje,vivo basicamente da renda domaracujá”, afirmou.

MercadoDe acordo com José

Resende, o preço da fruta já este-ve melhor, mas ainda dá lucro.“O quilo varia entre R$ 3 e R$ 4,aqui na região”, disse. A comer-cialização também é garantida.A produção da propriedade écomercializada no próprio muni-cípio, mas também tem compra-dores nos municípios de Palmas,Paraíso do Tocantins, Miranorte,Guaraí e Tocantínia, e aindaatravessa a fronteira comerciali-zando a fruta no estado do Pará.Na Fazenda Macedônia,

município de Bernardo Sayão, ocultivo do maracujá tambémtem garantido a renda de algu-mas famílias, como é o caso dafamília do agricultor ReinaldoTeles Filho, que cultiva maracu-

já em cinco hectares produzin-do, em média, sete toneladas aomês. “Vendo toda produçãoaqui mesmo, no município, oque me garante uma rendamensal de aproximadamente R$20 mil”, contou o produtor.Esse ano, o agricultor fez

um replantio e pretende fazeroutro, ainda este mês, pois sualavoura de maracujazeiro estácom dois anos, tempo máximoda vida produtiva da cultura.Outra vantagem no cultivo dafruta é que, além de melhorar arenda dos produtores, a culturado maracujá também geraempregos. “Na época doreplantio, os serviços com ostratos culturais da lavourageram até seis empregos porhectare”, afirmou ReinaldoTeles Filho.

Apoio à produçãoPara apoiar os produtores

na escolha do que plantar paradiversificar a produção a fimde garantir mais alimentos emelhorar a renda das famílias,o engenheiro agrônomo e dire-tor de Políticas para aAgricultura e Agronegócio da

Seagro, José AméricoVasconcelos, indica o cultivo demaracujá como uma excelentealternativa.José Américo Vasconcelos

afirma que, no Tocantins, acultura tem uma ótima produ-tividade e dá uma boa renda aoprodutor, além de gerar empre-gos. “As condições edofoclimá-ticas [solo e clima] do Estadosão altamente favoráveis aodesenvolvimento do maracujá”,disse.O diretor reforça ainda que

a Seagro, em parceria comMinistério de Agricultura,Pecuária e Abastecimento(Mapa), Embrapa Mandioca eFruticultura, Instituto doDesenvolvimento Rural(Ruraltins) e Agência de DefesaAgropecuária (Adapec), vemrealizando um trabalho deincentivo à produção, por meiodo Programa de ProduçãoIntegrada de Frutas (PIF).

ProdutividadeA produtividade do mara-

cujá varia em função do nívelda tecnologia empregada peloprodutor, tais como adubaçãoe os tratos culturais e fitossani-tários. No Tocantins, a médiade produtividade da fruta é de30 toneladas por hectare, oque é considerada boa, segun-do José Américo Vasconcelos.“Para alcançar o pico máximode produtividade, é necessárioque o produtor tenha um altoinvestimento em tecnologia eassistência técnica”, esclare-ceu.José Américo Vasconcelos

explica que o ciclo do maracujáé de 14 meses, do plantio até aprimeira colheita e que, depoisda indução dos frutos, a pri-meira produção deve acontecerem 60 dias. “O produtor deveorganizar sua produção emescala para ter frutas todos osmeses, obtendo bons preços egarantindo renda mensal”,orientou.

Cultivo do maracujá é alternativa de aumentode renda para a agricultura familiar

ESTADO DO TOCANTINS. PODER JUDICIÁRIO. COMARCA DE PALMAS

3ª VARA CÍVEL. EDITAL DE CITAÇÃO — PRAZO DE 30 DIAS.

O Doutor PEDRO NELSON DE MIRANDA COUTINHO, Meritíssimo Juizde Direito, no uso de suas atribuições legais e na forma da Lei, etc. DoutorPEDRO NELSON DE MIRANDA COUTINHO — Juiz de Direito, respon-dendo pela 3ª Vara Cível da Comarca de Palmas, Estado do Tocantins, naforma da lei etc. FAZ SABER a todos quantos o presente edital virem oudele conhecimento tiverem, que por este Juízo e 3a Vara Chiei tramitam aAção de COBRANÇA n° 5001989-07.2011.827.2729, proposta BV FINAN-CEIRA S/A CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO, em desfavorde ADRIANA ARAÚJO NETO. FICA(M) CITADA(S) a(s) parte(s) re-querida(s), ADRIANA ARAÚJO NETO (CPF N° 040.476.626-90) resi-dente(s) em lugar incerto ou não sabido, para que tome(m) conhecimentoda presente ação e, querendo, apresente(m) defesa no prazo de 15(quinze) dias úteis, sob pena de se presumirem aceitos, como verdadeiros,os fatos alegados pelo autor na inicial. Para que não possa alegar ignorân-cia, expediu-se o presente edital com o prazo de 30 (trinta) dias, que seráafixado no placard do Fórum local, bem como será publicado no Diário daJustiça. DADO E PA SADO nesta cidade e Comarca de Palmas, Estado doTocantins, vinte e sete do mês de ¡unho de dois mil e dezesseis(27.06.2016). Eu, Karla Francischini, Escrivã Judicial da 3ª Vara Cível, o fizdigitar e subscrevo.

NELSON DE MIRANDA COUTINHO. Juiz de Direito

O uso de tecnologia somado aos tratos culturais e fitossanitários garantem altaprodutividade do maracujá

JULIANO RIBEIRO / GOVERNO DO TOCANTINS

Peças de artesanato emcapim dourado confeccionadaspela Associação dos ArtesãosExtrativistas do povoado Mum-buca, localizado no municípiode Mateiros, a 342 km de Pal-mas, comporão os catálogosvirtual e físico e serão expostasem showroom, no Rio de Ja-neiro, durante a realização dasOlimpíadas Rio 2016. A açãofaz parte do projeto ChamaEmpreendedora, promovidopela Associação Comercial doRio de Janeiro (ACRio), emparceria com o Ministério daIndústria, Comércio Exterior eServiços (MDIC), Governo doTocantins e outras instituições.As mandalas e os suportes

para pratos feitos em capimdourado foram as peças sele-cionadas no Estado. De acordocom a gerente de Capacitaçãode Empreendedores e à Expor-tação da Secretaria de Estadodo Desenvolvimento Econô-mico, Ciência, Tecnologia, Tu-rismo e Cultura (Seden), An-dréia Teles, essas peças atende-ram a uma série de critérios exi-gidos para compor o catálogo ea exposição. “Os objetivos sãopromover o Estado e suas po-tencialidades, criar acessos amercados internacionais, dar vi-sibilidade a produtos tipica-mente regionais que tenhamapelo cultural e fortalecer a cul-tura exportadora no Tocantins”,observou a gerente, informandoainda que todo o processo teveinício em março deste ano.Para a assessora voluntária

da Associação do PovoadoMumbuca, Ilana Ribeiro Car-doso, a aprovação dos produtospelo ministério é uma oportuni-dade de divulgar os produtos econquistar novas fronteiras.“Para nós, é uma grande con-quista depois de muitos anos detrabalho e aperfeiçoamento donosso artesanato, que agoratem sua qualidade reconhecida.Estar em um evento dessa natu-reza, mostrando nosso produtopara pessoas do mundo inteiro,é um privilégio que vai abrirpara nós as portas do comérciointernacional”, afirmou.Durante a exposição no Rio,

os produtos não serão comer-cializados, mas haverá uma in-tensa divulgação do artesanatoem capim dourado, além dapromoção das potencialidadesdo Estado com foco na amplia-ção da exportação e na atraçãode investidores ao Tocantins.

As Mandalas e os suportespara pratos foram as peçasselecionadas para seremexpostas

MARADONA / GOVERNO TOCANTINS

POLÍTICA 7X

GOIÂNIA, 17 A 23 DE JULHO DE 2016

ENTREVISTA/ ITAMI CAMPOS

Daniela Martins, Manoel Messiase Ronaldo Coelho

Tribuna do Planalto – O Brasilhoje passa por uma turbulên-cia política, econômica, muitacorrupção. Isso é herança dacultura patrimonialista dosportugueses?Itami Campos – O estado

português é corporativo e, se vocêpegar a história do Brasil, toda acolonização foi corporativa. Sevocê tinha condições de desen-volver determinada região, entãoaquela região era sua. As capita-nias hereditárias são isso. Vocêpegava uma grande faixa de terra,e o estado português não tinhacondições de gerir, porque era eaté hoje é pequeno, limitado, e,portanto, transferia para uma fa-mília, desde que essa família sub-sidiasse o estado português. Estáaí a questão do patrimonialismo.Você tinha as grandes famíliascuidando. E foi assim no ciclo doouro, que se exauriu logo, e nosciclos maiores, do açúcar e docafé. No Império, o estado brasi-leiro não tem condições de admi-nistrar o país, não tem estrutura.Então vendem títulos para os co-

ronéis. O Estado não tinha comoadministrar, aí transferia paraquem tinha interesse. E quemtinha o interesse de manter aordem na cidade? Os mais ricos,mais importantes, que compra-vam um título e pagavam ao Es-tado brasileiro. Tem-se aí umaassociação do estado com o pri-vado. O Estado transferia toda aquestão da ordem pública paraos coronéis. Assim, os coronéisvão ser os chefes do país inteiro.Esse casamento do público e doprivado é quase indissolúvel, ben-zido pela igreja Católica. Temtodo um processo de junção, queestá aí e se arrasta até hoje nasprefeituras, Estados, Nação, quevivem em função disso. A ordempública brasileira está sempre jo-gando com interesses múltiplos.

A junção do público com o pri-vado é o foco ou a questão dacorrupção é cultural?Quando você pensa na ques-

tão cultural tem um fundamento,uma raiz, numa lógica de funcio-namento das coisas. Virou umaquestão cultural. Hoje você temtoda uma encenação da malan-dragem, bandidagem, como algolouvável. Quem é o malandro?Aquele cara que vive na zona

boêmia, que se dá bem, passa aperna nos outros, joga baralho,não trabalha. O cara que viveuma vida boa. Isso cria, além detoda uma fundamentação logís-tica-administrativa do Brasil, criauma ideia de que é possível viverpassando a perna nos outros. Napolítica, com um mandato já sequer sair com uma fazenda cheiade cabeças de gado e carros im-portados. E isso tem acontecidomuito em Goiás. O cara tem ummandato e já se torna milionário.

E por que isso continua a acon-tecer até hoje?Aí entra a outra perna: a Jus-

tiça. Voltando a esse tempo, o juizé um coronel designado para a ci-dade. Ele é alguém da cidade, oué mandado para a cidade, e está

junto dos coronéis. Aí toda a jus-tiça da cidade, delegados etc. ser-vem ao prefeito e dirigenteslocais.

Temos aí a origem desse Ju-diciário submisso, até um certoponto, ao poder econômico...Quem indica ministro para o

Superior Tribunal Federal é o pre-sidente da República e é o gover-nador de Estado que escolhe ochefe do Ministério Público emlista tríplice. No Supremo Tribu-nal Federal, estão indicados peloFHC, pelo Lula e Dilma. Não háum critério de conhecimento, aforma do vínculo se mantém. Eute indico e você tem uma dívidacomigo.

Mas depois da Constituição de

1988, isso não mudou?Mudou com o Ministério Pú-

blico. O grande inimigo do cor-rupto hoje é o Ministério Público,que aciona, e a Polícia Federal,que tem um Estatuto de funcio-nário público independente. Elessão os braços novos da Justiça.

É possível imaginar condiçõespráticas que levariam à rupturadessa situação? O Brasil precisade um “salvador da pátria”?Temos o caso do Moro (juiz

federal Sérgio Moro)... Alguns

dizem que “a pior ditadura é a di-tadura da Justiça”. Nesse caso,um grupo corportativo (JustiçaFederal, Ministério Público, Polí-cia Federal), composto por idea-listas, assumiu um papel eresolveu implementar a Justiça. Eparte da opinião pública tem res-paldado e fez com que esse pro-cesso caminhasse. O interessanteé que, como processo, seja feitodessa forma, não seja só o Moro,só um caso específico. Seja algoque se irradie em termos de pro-cesso.

A Lava Jato é o grande fato po-lítico do Brasil nos últimosanos?É o grande fato político do

Brasil recente. A Lava Jato estámudando o cenário brasileiro.Quando e onde já tínhamos vistona história brasileira um grandeempresário ser preso? Em lugarnenhum do Brasil.

Hoje está se mostrando mais acorrupção?Tem um fator de opinião pú-

blica, de rede social, de democra-tização da informação, que nãotinha. A própria imprensa noBrasil alimentava a corrupção.

Não se sabe exatamente ondevai dar a Lava Jato e há o temorde que seja podada. Ao mesmotempo, tem aquela proposta dos“10 projetos contra corrupção”.O Brasil precisaria instituciona-lizar o combate à corrupção?Seria o momento de se pensarnisso?Veja, já houve o Ministério da

Desburocratização, que é, decerto modo, correlato. De certomodo, a burocratização faz partedo processo corrupto. Você difi-culta as coisas exatamente paradar um jeito, quando tem cama-

radagem as coisas funcionam. Jáexistem algumas leis e normasque vão dificultando um poucoessa questão. Uma coisa quecondeno é essa história de ter umsalvador da pátria, porque namedida em que você tem um sal-vador da pátria, esse cara ter-mina se transformando de heróinum ditador. A pátria não pre-cisa ser salva, nós que temos detrabalhar para mudar a articula-ção da pátria. Aí entram as redessociais, o processo de democra-tização da informação.

Em determinados momentos,como nas manifestações de2013, 2014, as redes sociaisforam cruciais para a mobiliza-ção da opinião pública...Você tem, institucionalmente,

um processo de mudança do Mi-nistério Público, que sai de umorganismo para uma função pú-blica, ligado à sociedade.Quando você tem essa mudançae isso cola com os organismossociais. Quando estas institui-ções são permeadas pela socie-dade civil organizada, quandovocê tem esses cruzamentos, ascoisas terminam caminhando deuma forma diferente daquelanorma anterior.

“O inimigo do corruptohoje é o Ministério Público”Autor do livro “Coronelismo em Goiás”, o professor,cientista político e historiador Itami Campos fala sobre oatual momento por que passa o Brasil, revisita asorigens do país para explicar a corrupção desenfreadaque povoa as classes política e empresarial e diz que aOperação Lava Jato é o grande fato político brasileironos últimos anos. Itami Campos analisa ainda a política

de Goiás, que considera coronelista. Ele lembra que acentralização de poder em determinadas pessoas, comoo ex-governador Iris Rezende, ao longo do tempo temimpedido o afloramento de novas lideranças políticas.No campo eleitoral, prevê uma redução significativa nosvotos dos candidatos do Partido dos Trabalhadores,legenda que está no centro da operação Lava Jato.

“A junção do público e privado searrasta até hoje nas prefeituras,Estados e Nação. A ordem públicajoga com interesses múltiplos

“Faltaqualificação ao

eleitorbrasileiro.

Vivemos numpaís de baixaleitura, baixoconhecimento

e baixaformação

“A Lava Jato é o grandefato político do Brasil”

O que representa o fim da EraIris para a política de Goiás?Olha, acho assim, o pessoal

precisa trabalhar bem a questãoda oxigenação da política emGoiás. Porque a política emGoiás ainda é muito coronelista.O governo ainda tem uma centra-lidade excepcional em Goiás. Issofaz parte até da história do Es-tado, como a sociedade goiana é

dirigida pelo governo e o governopontua de forma a controlar oEstado, controla tudo. Uma re-forma fiscal, uma mudança emtermo de federalismo, podia tal-vez alterar isso. Mas, por contadisso, você tem que o Iris pratica-mente fechou toda a possiblidadede renovação dentro do PMDB,principal partido e que tem raízesem todos os municípios. O

PMDB estava praticamente indopara o brejo, mas quando o Iris seelege prefeito de Goiânia, oPMDB reacendeu, se rearticulouno estado inteiro. Sempre a histó-ria de Goiás é assim: situação eoposição. Não tem dinâmicamaior, não tem um quadro dife-rente, mais amplo de negociaçãopolítica, de intermediários políti-cos, que democratize de certo

modo o processo político.

Isso impede o surgimento denovas de lideranças?Exatamente. Isso faz uma

certa castração de lideranças. Vocêtem determinados indivíduos quesão expoentes, que têm uma pre-sença significativa dentro de umapossível formação e termina cas-trado no processo político.

Vivemos nos últimos anos mo-mentos cruciais, megamanifesta-ções, a queda de uma presidente.Até que ponto isso terá reflexonas eleições municipais de 2016?Vai ser um desastre para o PT.

O PT já perdeu mais de 30% dosseus prefeitos e acredito que nãoelege um terço do que elegeu naeleição passada. Está sendo pena-lizado, não é só o PT, mas foi oPT que liderou o movimento enão fez o “mea-culpa”. Se o PTassumisse, fizesse o “mea-culpa”

e resolvesse realmente, ao invés deconfrontar o quadro, tivesse assu-mido, talvez ajudassse.

Todos políticos precisam dovoto, e aí entra esse elementodo povo. Vamos ter de esperarmuito tempo para ter a qualifi-cação do eleitor?Neste processo temos um

outro ponto: a educação brasi-leira. Você tem, aqui, uma edu-cação capenga, desqualificada.A forma de qualificação da edu-

cação brasilera e hoje, mais doque nunca, é uma corrida deobstáculos. O cara quer o di-ploma, a qualquer custo, para irpara o mercado. Não há aquelabase de formação, leitura é umnegócio secundário no Brasil.Vivemos num país de baixa lei-tura, baixo conhecimento e baixaformação. E isso é um processode desqualificação que houve. Aeducação e saúde pública noBrasil foram totalmente desqua-lificadas.

A corrupção no processo eleito-ral ainda é um grande pro-blema?No caso das eleições, a Jus-

tiça eleitoral complicou demaisas coisas e não tem mecanismode intervir de fato na corrupção.Agora, com a proibição de doa-ção feita por empresa, vai mexerum pouco nisso aí. Eu defendoo financiamento público de cam-panha exatamente para conter acorrupção e sou contra a reelei-ção.

“A política em Goiás ainda é muito coronelista”

“Eleições deste ano serão um desastre para o PT”

COMUNIDADES8 GO I Â NIA, 17 A 23 DE JULHO DE 2016

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BazarDaniela Martins - [email protected]

En tre em con ta to com es ta co lu na tam bém pe lo email: [email protected] ou car ta - Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, St. Castelo Branco, Go i â nia-Go i ás - CEP: 74.403-070

Exposição Mulheres no Sertão Goiano:Violências, Educação, Ofícios e DireitosA exposição Mulheres no Sertão Goiano: Violên-

cias, Educação, Ofícios e Direitos aborda temas dodia-a-dia de mulheres que vivem e modificam o ser-tão goiano. Além de serem chefes de família, elas fo-ram garimpeiras, parteiras, benzedeiras,cozinheiras, quitandeiras, lavadeiras, professoras,entre outros ofícios. A produção de tecidos de modoartesanal, realizado por fiandeiras no interior do ser-tão goiano, compreende saberes que fortalecem la-ços e garantem a sustentabilidade e a autonomia da mulher de Goiás.Por outro lado, as violências cometidas pelo machismo, sexismo e racismo afirmam a vulnera-

bilidade da mulher goiana. Assim, ao problematizar essa realidade, a exposição pretende provocaruma reflexão sobre o lugar da mulher no sertão goiano. O período de visitação vai até 29 de julho,às terças-feiras, das 10h às 21h; de quarta a sexta, das 10h às 17h. A exposição é realizada no Mu-seu Antropológico da UFG (Praça Universitária).

HGG recebe exposição de arte contemporâneaMarcada por expressões artísticas originais e técnicas inovadoras, a arte contemporânea é, so-

bretudo, questionadora e polêmica. Com diversidade de inspirações e temáticas, três artistas desteuniverso moderno apresentam a exposição “Vozes”, no Hospital Alberto Rassi (HGG). A exposiçãoreúne cerca de cem obras que retratam de forma crítica questões sociais da atualidade, além de pro-porcionar um refresco com os personagens da fauna e flora do Cerrado. A mostra permanece emexibição até o dia 30 de setembro. Iniciativa do Idtech, o Arte no HGG nasceu da ideia de promover a inclusão cultural de pacien-

tes, familiares e colaboradores, além de humanizar o ambiente hospitalar e usar a arte como terapiaalternativa. De forma voluntária, os artistas expõem seus acervos nos corredores, o que torna o hos-pital mais alegre, colorido e interessante. O HGG fica na Avenida Anhanguera, 6.479, Setor Oeste

Consulta gratuita ao SerasaA Serasa Experian lançou um serviço gratuito

na internet para você consultar se está entre os 60milhões de brasileiros inadimplentes. Pelo site oupelo aplicativo Serasa Consumidor, dispoinível pa-ra Android, é possível conferir se você está com onome sujo por causa de uma pendência financeira.No mesmo canal, também dá para renegociar

dívidas atrasadas diretamente com o credor, se aempresa participar do programa Limpa NomeOnline. A ferramenta também reúne informaçõescomo telefones, endereço e e-mail dos credores. Site: www.serasaconsumidor.com.br/

Coca-Cola lança versões Cherry e VanillaSabores de grande sucesso no portfólio global,a Coca-Cola Vanilla (sabor baunilha) e Coca-Cola Cherry (sabor cereja) tem sido distribuí-das pelo Brasi. Em ediçãolimitada, com formato dife-renciado e sofisticado, as la-tas sleekde 310 ml podem serencontradas na versão regu-lar com o valor sugerido en-tre R$ 3,49 e R$ 4,85.Outros lançamentos de sa-

bores sazonais e novas embala-gens estão previstos ainda paraeste ano, como parte da estra-tégia da companhia de ampliaro portfólio e oferecer mais op-ções aos consumidores.

Sessão especial de cinema para autistasGoiânia terá uma nova sessão especial de ci-

nema para pessoas com autismo em shoppingsda capital. Desta vez, a iniciativa é fruto de umaparceria entre o projeto carioca Sessão Azul, quepercorre várias cidades brasileiras, o site goianoInfância e Comportamento, a Associação dosAmigos do Autista (AMA) de Goiânia, o Institu-to Suassuna e a Associação das Famílias e Ami-gos dos Autistas de Goiás (Afaag).O evento será no dia 30 de julho, às 10h30, no

Kinoplex Goiânia.

Shopping Cerrado lança Vila do HumorAs quartas-feiras do mês de julho terão diver-

são garantida para os visitantes do ShoppingCerrado, com a Vila do Humor. O espaço fica naentrada principal, em frente ao restaurante De-troit, e contará com shows semanais da Cia deComédia Sete Belos.As apresentações são no estilo stand-up, ex-

clusivas para clientes do Shopping e fazem refe-rência a temas do nosso cotidiano, como arelação entre mães e filhos, namoradas, times defutebol e a própria vida dos humoristas. Cada R$50 em compras dá direito à retirada de dois in-gressos para as sessões.

Série incentiva preservação ambientalCom as cartilhas O Tucano e A Raposa, o es-

critor Pedro Ivo completa a oitava e nona ediçõesda série O Cerrado na Escola, dirigida à Educa-ção Infantil. A obra busca despertar nas criançaso amor à natureza. A coleção completa consta decartilhas sobre 14 animais ameaçados de extin-ção, seis frutas e mais cinco histórias do cerrado.Empresário em Goiânia, Pedro Ivo decidiu lançaressa obra para que crianças conheçam melhor osanimais do nosso Cerrado e, assim, possam con-tribuir na sua urgente e necessária preservação. Ainiciativa tem patrocínio da Agroquima.

Fisco intensifica cobrança de IPVAA Sefaz vai intensificar, em agosto, as opera-

ções para cobrar IPVA dos motoristas que estãoinadimplentes. Até agora, o foco era a cobrançado imposto dos anos anteriores, mas como o pra-zo de pagamento do tributo referente a 2016 ter-mina neste mês, a estratégia será ampliada.Veículos e motocicletas com placas de finais zeropodem pagar a parcela única ou a terceira parcelanos dias 25 e 27 próximos.

TEMPO DE ESTUDAR

Secretaria Municipal de Educação e Esporte

EDUCAÇÃO 9GO I Â NIA, 17 A 23 DE JULHO DE 2016

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Roseneide Ramalho

Histórias que encantam ascrianças, somadas ao figurinocolorido, à animação das músi-cas e às brincadeiras cantadas.Assim é o projeto “Contaçãode Histórias e BrinquedosCantados” realizado pelaPrefeitura de Goiânia com pro-posta da Secretaria Municipal

de Educação e Esporte (SME).A cada apresentação, escolas ecentros municipais de educa-ção infantil (Cmei) recebemmomentos de diversão e apren-dizado com canções, histórias e

coreografias pedagógicas.Em 2016, a ação já atendeu

30 instituições, além de realizarum cronograma de apresenta-ções em eventos. De acordocom dados da Gerência de

Projetos Educacionais a esti-mativa de alcance foi de 4.650alunos somente no primeirosemestre.

A atividade tem duração deuma hora, em que o professor

Alexandre Sales e a duplaChiquelete e Omelete - inter-pretadas por Valquíria Nassar eIvone Cruz – apresentam duashistórias e brinquedos canta-dos. “Com os brinquedos can-tados fazemos a preparaçãopara a apresentação. Cada his-tória tem a parte de músicas e,ao final, tem também o resumomusical de nossa composição”,explica Sales.

Na primeira etapa do anoletivo, o repertório foi compos-to pelas narrativas “Julinho, osapo”, texto com autoria deFlávia Muniz, e “A FazendaCapão do Mato”, um contopopular da cidade dePirenópolis que narra a expe-riência sobrenatural do perso-nagem Sô Menino em umafazenda abandonada.“Sãomúsicas infantis do repertóriopopular e que remetem à temá-tica apresentada no dia”,

comenta Valquíria Nassar.

NOVO REPERTÓRIOO projeto Contação de

Histórias e BrinquedosCantados promete novidadespara o segundo semestre com areformulação do repertório. Aequipe artística do projetocompôs novas canções eensaiou as apresentações.“Estávamos com o mesmo for-mato há um ano e fizemos areformulação para o segundosemestre”, comentou Valquíria.

As instituições agendadas apartir de agosto vão conferiruma obra do sociólogo Hebertde Souza: “A Zeropeia”, narra-tiva que fala sobre autoestima etolerância. A segunda históriaescolhida é “O Piquenique deCatapimba”, da autora RuthRocha. A expectativa da equipedo projeto é atender mais 30instituições até o final do ano.

Neste ano, maisde 4500 alunosforam atendidosem projetovoltado paraapresentações decontos populares,narrativas emúsica

Nova roupagem estreia no próximo semestre

Idosos encaram desafioda formação superior

Equipe artística do projeto compõe músicas e interpretam as histórias Apresentações já atingiram público de 4650 alunos neste ano

Histórias e brinquedoscantados fascinam crianças

BRUNO CORREIA BRUNO CORREIA

EULICES MARIA

Fabiola Rodrigues

O sonho de fazer um cursosuperior, de explorar novasáreas de conhecimento ou desimplesmente continuar apren-dendo são motivos que levamidosos a voltar para a sala deaula. Atualmente aUniversidade Federal de Goiás(UFG) tem 38 estudantes comidade acima de 60 anos, emdiferentes cursos de gradua-ção. O longo período longe dasala de aula é um desafio a sersuperado.

Professor do Curso dePedagogia da UFG, CarlosCardoso diz que os idososestão buscando novas perspec-tivas de vida relacionadas àaposentadoria. Eles queremrecuperar o tempo perdido einvestir nos estudos.

“A busca para realizar ossonhos que ficaram para trás

está levando pessoas comidade mais avançada a procu-rar as universidades. Existemtambém aqueles que já sãoformados em outras gradua-ções e aproveitam o tempo dis-ponível para se formar emoutros cursos”, diz CarlosCardoso.

O professor avalia que ainserção de idosos no meioacadêmico, além de promoverparticipação social, escolariza-ção e profissionalização,representa a realização e valo-rização pessoal, ainda que elesnão queiram atuar no merca-do de trabalho. As experiên-cias levadas para a sala deaula são um diferencial paraas turmas.

“A convivência com eles émuito significativa no sentidohumano, pois são pessoas quetêm muita experiência e enri-quecem o grupo. É preciso tra-balhar metodologias que valo-rizem essas histórias para aju-dar eles a superar as dificulda-des cognitivas”, comenta.

Doutor em Educação,Carlos Cardoso observa que aquantidade de estudantes ido-sos nas universidades tende aaumentar significativamentenos próximos anos, contri-buindo para uma maior hete-rogeneidade no perfil dos aca-dêmicos em sala de aula. Noúltimo Exame Nacional do

Ensino Médio (Enem) mais de400 pessoas com mais de 60anos fizeram a prova com odesejo de conquistar uma vagana universidade.

“São pessoas fáceis de tra-

balhar. Além de serem muitoesforçados, gostam de partici-par de tudo nas aulas. A uni-versidade está de portas aber-tas para recebê-los”, comen-ta, animado o professor.

Com mais de 60anos, elesrecuperam o tempoperdido e, comdedicaçªo nosestudos, buscam oaprimoramentopessoal fazendo umcurso superior

Aposentada Raimunda Alves: “Estou chegando no final de umajornada estudantil que me mudou para melhor sem dúvida”

Sonho realizadoaos 73 anos de idadeRaimunda Alves Rocha,

de 73, anos está cursando oúltimo período do curso deCiências Sociais na UFG.Depois de ficar fora da salade aula por mais de 22 anos,em 2005 ela concluiu o ensi-no médio por meio de suple-tivo. Quando se sentiu seguraem 2009 após estudarsomente em casa, foi aprova-da no vestibular e no ano de2010 ingressou na universi-dade.

“Queria testar minhacapacidade. E conseguimesmo depois de longasparadas na carreira estudan-til. Mesmo na faculdade,parei por um tempo, masagora estou chegando ao fimde uma jornada que memudou para melhor semdúvida”, diz, emocionada.

A estudante relata queprogrediu bastante em todosos sentidos de sua vida. A

rotina de levantar cedo epegar o ônibus que sai dacidade de Nerópolis rumo àuniversidade não é sacrifício,pois o desejo de conquistar odiploma aumenta a cada dia.

“Estou formando nessemês de julho. Já apresenteitodos os trabalhos, falta bempouco para eu encerrar estafase da minha vida. No pas-sado não tive tempo porquetive que criar meus três filhossozinha, cuidar da casa e dotrabalho, mas agora estourealizada”, comemora.

Mesmo aposentada,Raimunda Alves precisouabrir mão do trabalho comomassoterapeuta, para sededicar aos estudos, mas,prestes a realizar o grandesonho, ela não tem dúvidasde que o esforço valeu apena. Ela agora já pretendefazer outro curso superior, naárea de artes.

ESPECIAL10 GOIÂNIA, 17 A 23 DE JULHO DE 2016

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CHAPADA DOS VEADEIROS

Da Redação

Há 16 anos, na segundaquinzena de julho, o Brasil seencontra na Chapada dos Vea-deiros. A vila de São Jorge, dis-trito de Alto Paraíso, Goiás,recebe representantes de dife-rentes povos e comunidades detodo país para celebrar os sabe-res e fazeres da cultura tradicio-nal. De 15 a 30 de julho, osolhares se voltam aos interiores,às roças, às aldeias indígenas,aos remanescentes quilombolas,aos pequenos produtores, arte-

sãos, raizeiros, rezadeiras, par-teiras, batuqueiros, aos artistaspopulares.Para se garantir como um

evento transformador, anoapós ano, o Encontro de Cul-turas Tradicionais da Chapadados Veadeiros aprende a lidarcom as tecnologias sociais dosgrupos tradicionais que pas-sam por São Jorge e com elesbusca construir diferentes es-paços de conhecimento e for-mulação de estratégias quecompreendam suas necessida-des, demandas e dinâmicas. Foi assim que as comunida-

des tradicionais da Chapadados Veadeiros e povos indíge-nas de diferentes partes do paístomaram para si esse projeto,que já faz parte da agenda co-letiva, apesar das dificuldadesfinanceiras.

PROGRAMAÇÃOAs atividades do 16º Encon-

tro de Culturas Tradicionais daChapada dos Veadeiros começa-

ram na sexta-feira, 15 de julho,com a décima edição da AldeiaMultiétnica, que este ano apre-senta o tema “Comunicação,Saberes Tradicionais e NovasLinguagens”. Serão sete dias deconvivência com diferentes et-nias indígenas, como Fulni-ô -os grandes anfitriões do encon-tro deste ano, Krahô, povos doAlto Xingu, Xavante, Kayapó,Guarani Mbya, Desana.Pacotes incluindo alimenta-

ção, camping e vivência são co-mercializados pelo sitewww.aldeiamultietnica.com.br.A proposta é que, iniciada a ex-periência, todos os participantesincorporem-se ao cotidiano deuma aldeia. Em 10 anos de existência,

mais de 20 etnias diferentes jápassaram pela Aldeia, localizadaa cerca de 10 km da Vila de SãoJorge, em uma Reserva Particu-lar do Patrimônio Natural, àsmargens do rio São Miguel e en-trecortada pelas serras da Cha-pada dos Veadeiros.

A vivência possibilita oaprendizado sobre os funda-mentos da organização social in-dígena, além de rudimentos doidioma, do artesanato, da gas-tronomia, das pinturas corpo-rais, dos cantos, das danças e deoutras manifestações culturaisdesses povos. É a oportunidadede conviver com líderes, xamãs,artesãos, agricultores. Uma di-nâmica que oferece conhecimen-tos históricos, culturais e sociaisdas etnias participantes e dospovos indígenas em geral.No dia 22 de julho, como

manda a tradição, ao final da vi-vência na Aldeia os indígenas sedirecionam à Vila de São Jorge epassam o “comando” da festaaos remanescentes quilombolasda Comunidade Kalunga e aospovos e comunidades tradicio-nais convidados. Até o dia 30, avila será tomada por atividades,como shows, apresentações dos

grupos de cultura tradicional,oficinas, rodas de prosa, inter-venções artísticas e teatros. Este ano, pela primeira vez,

o evento recebe o I Encontro deRaizeiros e Pajés na Chapadados Veadeiros, de 20 a 22 dejulho, na Aldeia Multiétnica, e oEncontro de Lideranças Negras,que será de 23 a 25 de julho, emSão Jorge. A Feira de Experiên-cias Sustentáveis do Cerrado,montada pelo terceiro ano con-secutivo com o patrocínio do Se-brae, é um dos destaques destaedição e contará com estandesque terão como foco a economiacriativa do Nordeste Goiano.A programação cultural con-

tará com a participação das qua-tro comunidades precursoras doevento, representantes da regiãoda Chapada dos Veadeiros: aCaçada da Rainha de Colinasdo Sul, a Comunidade do SítioHistórico Kalunga, o Congo de

Niquelândia e a Folia de Crixás. Além destes grupos, a 16ª

edição contará com atrações se-lecionadas mediante edital lan-çado no site do evento. Foram177 propostas, enviadas dascinco regiões do país, das quaisa curadoria selecionou 24 paraa composição da programaçãoartística e de parte das oficinasem 2016. Já está confirmada aparticipação de artistas comoMariana Aydar, Mestrinho,grupo Berimbrown, GabrielLevy, Tambores do Tocantins eo grupo mexicano Danza DelVenado. Esta edição tambémcontará com o Dia da Lava-deira, realizado em 26 de julho,uma releitura da tradicionalFesta da Lavadeira, permeadapelas cores do maracatu e dococo, marcantes na cultura per-nambucana.Saiba mais sobre o Encontro

no: encontrodeculturas.com.br

Uma opção para asférias de julho éconhecer a cultura einteragir com ospovos indígenas, nointerior de Goiás

A vivência, durante oEncontro, possibilita oaprendizado sobre aorganização socialindígena

Encontrode CulturasTradicionais

ECONOMIAX

GOIÂNIA, 13 A 19 DE DEZEMBRO DE 2015

En tre em con ta to com es ta co lu na tam bém pe lo fax (62) 3292-3256 ou car ta - Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Vi la Au ro ra, Go i â nia-Go i ás - CEP: 74403-060

Almoço com a imprensa

O Sebrae Goiás ofereceuna quinta-feira passada, dia10, seu tradicional almoçode confraternização anualpara a imprensa e convida-dos. O evento, realizado noauditório da Casa em Goiâ-nia, no Setor Bueno, reuniujornalistas, assessores e a di-retoria do Sebrae Goiás. Aequipe da Tribuna do Planal-to esteve representada pelosjornalistas Fabiola Rodri-gues, Manoel Messias ePaulo José (repórter-foto-gráfico). Já na segunda-feira

o deputado federal GiuseppeVechi também reuniu a im-prensa, no salão de festas dafaculdade Cambury. Nesta

ocasião a Tribuna foi repre-sentada pelos repórteresMarcione Barreira e PauloJosé.

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Papai Noel dos Correios entrega presentesOs Correios de Goiás já iniciaram a operação especial

para a distribuição dos presentes recebidos na CampanhaPapai Noel dos Correios. Nesta fase, a maior parte do tra-balho se concentra no auditório da empresa, na AgênciaCentral da Praça Cívica, onde é realizada a triagem dos ob-jetos para encaminhamento às unidades de distribuição decada região. A meta é concluir o trabalho antes do Natal.Muitas crianças receberão os presentes em casa, por meiodos carteiros. Mas, em alguns casos, o Papai Noel irá fazerpessoalmente a entrega.

Natal dos SonhosFoi aberta na noite da última quinta-feira, 10, a progra-

mação oficial do “Natal Mundo dos Sonhos”, da Prefeiturade Aparecida de Goiânia. A abertura contou com a presençado prefeito Maguito Vilela, contou com a chegada da Cara-vana da Coca-Cola no Parque da Família na Avenida Inde-pendência, onde foi montado o presépio do Cerrado com40 peças artesanais, Casa do Papai Noel e a Feira de Arte-sanato. A programação segue até o dia 21 de dezembro.

Operação Papai NoelO Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecno-

logia (Inmetro) realizou, entre os dias 07 e 11 de dezembro,a Operação Especial Papai Noel. Durante a ação, agentesfiscais dos Institutos de Pesos e Medidas Estaduais (órgãosdelegados do Inmetro) percorreram, em todos os estados doBrasil, o comércio varejista e atacadista para examinar se osbrinquedos, as bicicletas de uso infantil, as luminárias na-talinas tipo mangueira e as luminárias natalinas tipo pisca-pisca atendem aos regulamentos estabelecidos pelo Inmetro.A iniciativa tem como objetivo verificar se o mercado estácomercializando apenas produtos certificados ou em con-formidade com os regulamentos.

Encontro de CineclubismoDe 14 a 16 de dezembro, cinéfilos, amantes de cinema,

cineclubistas, realizadores e produtores independentes deaudiovisual, servidores e alunos do Instituto Federal deGoiás (IFG) e a comunidade em geral estarão reunidos no1º Encontro de Cineclubismo realizado pelo IFG. O even-to terá atividades em dois locais, no Espaço Sonhus (den-tro do Colégio Lyceu) e no Cine Ouro, ambos localizadosno Centro de Goiânia, e realizará oficinas de capacitaçãode projetos audiovisuais, seminários, mesa-redonda, mos-tra de curtas e exposição. As inscrições para as atividadesjá estão abertas. Os interessados devem se inscrever paratoda a programação. As inscrições serão realizadas até oinício do evento e haverá certificação. A participação égratuita.

Secretária esclarece onovo modelo de gestão

Além de reuniões, secretária Raquel Teixeira determininou criação de fanpage no Facebook para continuar e ampliar o debate

Coral infantil do Gustav Ritter é recebido no PalácioA presidente de honra da Organização das

Voluntárias de Goiás, Valéria Perillo, recebeu natardae daea sexta-feira, dia 11, no Palácio dasEsmeraldas, em Goiânia, os integrantes do Co-ral Infanto-Juvenil do Centro Cultural GustavRitter. As crianças participaram de um lanche noSalão Dona Gercina. Durante o encontro, quejá se tornou uma tradição, os integrantes do co-ral foram presenteados com brinquedos (carri-nhos, bolas e bonecas) da Campanha Show deNatal da OVG e, já à noite, fariam uma Cantatade Natal na marquise do Palácio. O Coral doCentro Cultural Gustav Ritter é formado por110 crianças, com idade de 9 a 13 anos.

R$ 4,4 milhõespara municípios

Após quatro meses do inícioda arrecadação do pedágio pelaVia 040, foram repassados R$4,478 milhões em Imposto So-bre Serviços (ISS) aos 35 muni-cípios diretamente atendidospela rodovia, o que representamais de R$ 1 milhão por mês. Omontante representa um impor-tante reforço de caixa para oscofres de dezenas de prefeitu-ras. O recurso, disponibilizadoa partir da operação das 11 pra-ças de pedágio distribuídas aolongo dos 936,8 km de conces-são, entre Brasília (DF) e Juizde Fora (MG), entra no caixaúnico dos municípios. Isso per-mite que sua aplicação siga asprioridades de cada localidade,como saúde, educação, infraes-trutura e segurança.

Bazar beneficienteA fashionista goiana Pricylla

Pedrosa realiza neste domingo(13), em parceria com a EBMDesenvolvimento Imobiliário, aprimeira edição do Bazar doBazar Beneficente da Pri, quevai disponibilizar para o públicomais de mil peças tanto doguarda-roupa da blogueira co-mo de doações de parceiros. Oobjetivo da ação é angariar fun-dos para o Hospital Araújo Jor-ge e para a Total Educação eCultura, organização social semfins lucrativos que cria, implan-ta e gerencia programas educa-cionais. O bazar poderá servisitado das 10h às 16h, no malldo Metropolitan Business & Li-feStyle, no cruzamento das ave-nidas E e Jamel Cecílio, noJardim Goiás, em Goiânia.

Com o objetivo de esclare-cer dúvidas sobre o processo deimplantação das OrganizaçõesSociais (OSs) na rede estadualde Educação, a secretária deEducação, Cultura e Esporte(Seduce) Raquel Teixeira, este-ve na tarde da última quinta-feira, 10/12, no auditório daUniversidade Estadual deGoiás de Pirenópolis, quandoconversou com professores e

diretores da subsecretaria re-gional de Anápolis.

Desde o início do ano a se-cretária tem conversado sobre aproposta com os setores orga-nizados da sociedade. Raqueljá se reuniu com os 40 subse-cretários regionais de educa-ção, cuja tarefa é difundir asinformações entre os professo-res e gestores, também já se en-controu com parlamentares,tem conversado com a impren-sa e vai continuar os encontroscom os professores. A secreta-ria criou uma fanpage no Face-book para continuar e ampliaro debate.

Em Pirenópolis foi o pri-meiro encontro nesse formato.A secretária respondeu pergun-tas dos professores e reafirmoua abertura da secretaria para oconstante diálogo.

Ela ressaltou que a modela-gem das OSs em Goiás é intei-

ramente pautada na legislaçãobrasileira, seguindo a Lei deDiretrizes e Bases (LDB), Pla-no Nacional de Educação e de-mais artigos a ConstituiçãoFederal.

"Como um processo novo, énormal que surja o medo e a in-segurança no primeiro momen-to.", disse Raquel.

Para a professora SonjaMaria Lacerda, subsecretáriade Educação da regional deAnápolis, foi extremamente im-portante a professora Raquelconversar com os professores etirar as angústias desse primei-ro momento.

"Acredito que, agora, o pro-fessor vai se sentir acolhido e vaientender que esse é um processoque vai fazer diferença na edu-cação em Goiás", disse Sonja.

Presente no debate, JucéliaSilva disse que saiu tranquilaapós saber que os conselhos es-

colares mantém a autonomia."Como professora efetiva,

saio daqui sem nenhum temor.Como mãe, saio convicta deque o conhecimento vai chegarde maneira plena aos nossos fi-lhos", disse a professora.

A macrorregião de Anápo-lis, que inclui Pirenópolis, foiescolhida para receber o proje-to piloto de implantação dasOSs por razões técnicas, comogeografia, número de alunos enível de organização. Ao finaldo debate, muitos professoresagradeceram a presença da se-cretária e se disseram ansiosospara ver os primeiros resulta-dos da implantação das OSs.

"A educação pública dequalidade é aquela que preparao aluno e o jovem para ter su-cesso na escola e na vida, paraser feliz e para ser inserido nasociedade como cidadão", fina-lizou Raquel.

Desde o início do ano a secretária já se reuniu com os 40 subsecretáriosregionais deeducação, cuja tarefa é difundir asinformações entre os professores e gestores

FOTOS: DIVULGAÇÃO

ESCOLAS ESTADUAIS

FOTOS: PAULO JOSÉ

MÔNICA SALVADOR

Seduce divulganota sobreocupação deescolas

Estudantes estão ocupando também o tradicional ColégioLyceu de Goiânia, localizado no Setor Central

A Secretaria de Educação,Cultura e Esporte divulgou, nasexta-feira, dia 11, uma notasobre o movimento de ocupa-ção de escolas da rede estadual.Veja a seguir a íntegra da nota:

“A Secretaria de Educação,Cultura e Esporte reafirma quesempre esteve aberta ao diálo-go, por isso entende que essemovimento de ocupação de es-colas da rede é extemporâneo,injustificável e desnecessário.

Nosso projeto de gestãocompartilhada é único, e vai ga-rantir que professores e direto-res se dediquem exclusivamenteao ensino e aos alunos. As es-colas vão permanecer 100% pú-blicas e gratuitas, os professoresefetivos terão todos os diretosassegurados e os recursos apli-cados serão os mesmos.

A Secretaria tem a convic-ção de que este modelo seráuma iniciativa inovadora, tor-nará o sistema mais ágil, maiseficiente e fará avançar a quali-dade da educação pública emGoiás.”

Na quarta-feira (9), o Colé-

gio Estadual Professor JoséCarlos de Almeida, no SetorCentral, já havia sido ocupadopor estudantes, que defendem amedida como um protesto con-tra o projeto do Governo deGoiás de terceirizar a gestão departe da rede de ensino pormeio de Organizações Sociais(OSs).

O local está fechado fecha-do desde o ano passado sob aalegação de que não havia de-manda de estudantes para aquantidade de vagas ali existen-tes.

No dia seguinte, na quinta-feira (10), cerca de 20 alunosocuparam o Colégio EstadualRobinho Martins de Azevedo,localizado no Setor Jardim No-va Esperança, na região No-roeste da Capital. Elesacamparam no local e tambémdizem que pretendem ali per-manecer por tempo indetermi-nado.

Na sexta-feira, dia 11, foi avez do tradicional Colégio Es-tadual Lyceu de Goiânia, tercei-ra unidade a ser ocupada.