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Mitsuko Uchida

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21 JANEIRO 2018

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Duração total prevista: c. 2hIntervalo de 20 min.

Ciclo de Piano

Mitsuko Uchida Piano

21 JANEIRODOMINGO18:00 — Grande Auditório

Franz SchubertSonata para Piano em Dó menor, D. 958

AllegroAdagioMenuetto: AllegroAllegro

Sonata para Piano em Lá maior, D. 664

Allegro moderatoAndanteAllegro

intervalo

Sonata para Piano em Sol maior, D. 894

Molto moderato e cantabileAndanteMenuetto: Allegro moderatoAllegretto

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Sonata para Piano em Dó menor, D. 958composição: 1828duração: c. 28 min.

A obra para piano de Franz Schubert abarca todo o seu fecundo percurso criativo, contendo exemplos notáveis das influências que absorveu e das inovações que introduziu a vários níveis. Negligenciado durante muito tempo, este largo corpus é hoje em dia considerado como uma parte fundamental do repertório do instrumento.A Sonata para Piano em Dó menor, D. 958, insere-se no grupo das três últimas sonatas, compostas por Schubert, entre a primavera e o outono de 1828, pouco antes da sua morte. A dificuldade destas obras levou a que os editores adiassem a sua publicação, que ocorreria apenas dez anos após a morte do compositor, em 1838 ou 1839. Estilisticamente, destacam-se pela sua maturidade e individualidade, o que se manifesta em aspetos como a sua conceção formal e tonal, a sua elaboração textural e, sobretudo, pela sua singular profundidade emocional. As sonatas estão interligadas por todo um conjunto de elementos estruturais, harmónicos e melódicos – o que leva a que

frequentemente sejam tidas como uma trilogia –, destacando-se as alusões a outras obras do compositor (como é o caso do ciclo Winterreise), as quais sugerem interpretações autobiográficas. Avulta ainda a importância da referência beethoveniana, que é particularmente evidente no caso da Sonata em Dó menor.O primeiro andamento abre com um tema impetuoso e trágico, harmonicamente decalcado do tema das 32 Variações WoO 80 de Beethoven, ao qual se segue um segundo tema de caráter gracioso e sedutor, em Mi bemol maior. A secção de desenvolvimento foca-se sobretudo na inquieta ideia inicial, uma elaboração que é retomada na coda final. O Adagio apresenta uma plácida melodia em Lá bemol maior, também ela reminiscente de uma obra beethoveniana (agora o Adagio molto da Sonata op. 10 n.º 1). A sua atmosfera de serenidade é apenas interrompida por dois episódios perturbados. Já o Menuetto retoma a tonalidade principal de Dó menor, decorrendo num ambiente sombrio, algo insólito em andamentos de dança. O Trio central, tipicamente schubertiano, evoca o Ländler, uma dança rústica austríaca, e o regresso da secção principal cria uma atmosfera ainda

Franz SchubertViena, 31 de janeiro de 1797Viena, 19 de novembro de 1828

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mais misteriosa. Por fim, o Allegro conclusivo é marcado pelo seu caráter demoníaco, potenciado pela omnipresença do padrão rítmico da tarantella, galopando inexoravelmente para um final dramático.

Sonata para Piano em Lá maior, D. 664composição: 1819duração: c. 21 min.

A Sonata em Lá maior, D. 664, terá sido composta provavelmente no verão de 1819, numa localidade nos arredores de Viena, tendo sido publicada postumamente em 1829. Caracterizada pela sua alegria juvenil, esta obra constitui um exemplo notável do estilo cantabile tão praticado por Schubert. De facto, desde o início, assumiu-se como uma das suas sonatas mais populares, não pouco devido a essa mesma natureza melódica. O primeiro andamento abre com um tema melodioso e envolto em harmonias ricas, decorrendo numa atmosfera de serenidade que o desenvolvimento interrompe apenas por momentos. Segue-se um Andante marcado pelo recurso insistente e quase obsessivo a um determinado padrão rítmico. Para o efeito emocional singular produzido pelo andamento contribui igualmente a ambiguidade harmónica contida no seu tema principal, que é transversal a todo o Andante, bem como o caráter melancólico da sua dimensão melódica. A sonata termina com um Allegro em forma sonata, despreocupado e pleno de humor, o qual, sem colocar em causa o espírito geral de jovialidade, encerra a obra com algum brilhantismo.

Sonata para Piano em Sol maior, D. 894Composição: 1826Duração: c. 38 min.

A Sonata em Sol maior, D. 894, composta no outono de 1826, foi uma das únicas três publicadas ainda durante a vida de Schubert. Tendo em conta o caráter geral do andamento inaugural, bem como a sua duração extraordinariamente longa, o editor Tobias

Haslinger optou por chamar-lhe “fantasia”, publicando-a enquanto um conjunto de quatro peças, no sentido de promover o seu potencial comercial. Devido a isso, ainda hoje esta obra é por vezes apelidada de “Sonata-Fantasia”. O primeiro andamento não se afasta, na sua dimensão formal, dos princípios da forma sonata estatuída. Abre com um tema profundamente calmo, em pianissimo, constituído por uma série de serenos acordes que remetem para o introvertido início do Concerto n.º 4 de Beethoven. Desse tema deriva grande parte do material musical do andamento, que raras vezes se afasta da atmosfera tranquila estabelecida nos compassos iniciais. A secção de desenvolvimento parte de Sol menor e é então que a dinâmica se eleva a fff, mas a tensão criada distende-se quase de imediato, mergulhando a música de novo no ambiente do início. O segundo andamento, concebido em forma de rondó, abre com uma melodia de grande simplicidade, quase schumanniana, que alterna com episódios contrastantes, de caráter violento, até que o ambiente inicial é inteiramente restabelecido. Já o terceiro andamento é marcado pela sua simplicidade, iniciando-se com um tema resoluto e de caráter rústico – constituído por uma série de acordes em stacatto – que depois se torna mais elegante e aristocrático. Gracioso e ornamentado, o Trio surge como um episódio bastante contrastante. O Allegretto final está também concebido em forma de rondó. Neste andamento o compositor abdica de um final brilhante e virtuosístico, optando antes por uma atmosfera bucólica. Isso é tornado claro logo desde a primeira apresentação do sereno tema principal, que o compositor elabora em sucessivas e imaginativas comutações, um pouco por todo o registo do instrumento. Entre as ideias contrastantes contam-se uma alegre dança camponesa, bem como um expressivo episódio em Dó menor, que rapidamente se desvanece. À última apresentação do tema do rondó advém uma coda espirituosa, encerrando o andamento com uma delicada reiteração dos compassos de abertura.

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Naturalizada inglesa, Mitsuko Uchida nasceu em Atami, perto de Tóquio, mas viveu a sua juventude na Áustria, tendo estudado na Academia de Música de Viena. Depois de vencer o Concurso Beethoven (Viena, 1969) e de receber o 2.º prémio no Concurso de Piano de Leeds (1975), seria sucessivamente aclamada e premiada pelas suas interpretações de Mozart, Schubert, Schumann e Beethoven. Ao longo da sua carreira, estenderia o seu repertório às obras de Schönberg, Berg, Webern, ou Boulez, contribuindo para a valorização da música destes compositores. Desde 2016, é Artista Associada da Mahler Chamber Orchestra, tendo iniciado um série de digressões na Europa e no Japão, dirigindo os Concertos para Piano de Mozart a partir do piano.Na temporada 2017/18, Mitsuko Uchida inicia um projeto de dois anos que inclui a apresentação de doze Sonatas para Piano de Schubert, as quais interpretará em digressões na Europa e na América do Norte. Para além do Grande Auditório Gulbenkian, onde atuou a última vez em 2017, os seus compromissos incluem também o Royal Festival Hall (Londres), o Carnegie Hall (Nova Ioque), a

MitsukoUchida

Philharmonie Berlin e o Musikverein (Viena). Ao longo da presente temporada, colabora com a Filarmónica de Berlim e o maestro Simon Rattle, a Sinfónica de Chicago e Esa-Pekka Salonen, e a Filarmónica de Los Angeles e Gustavo Dudamel, entre outras importantes orquestras e maestros.Mitsuko Uchida grava em exclusivo para a Decca, incluindo a sua extensa discografia os ciclos integrais das Sonatas de Mozart e de Schubert. Destaque-se ainda a gravação ao vivo dos Concertos para Piano de Mozart, com a Orquestra de Cleveland, uma série que mereceu a atribuição de um Grammy em 2011. Em 2017 ganhou um segundo Grammy, com a soprano Dorothea Röschmann, pela gravação do álbum dedicado aos Lieder de R. Schumann e A. Berg.Mitsuko Uchida é diretora do Festival de Música Marlboro e uma das promotoras do Borletti-Buitoni Trust. Em 2009 recebeu o título de Comendadora da Ordem do Império Britânico. Em 2012 recebeu a Medalha de Ouro da Royal Philharmonic Society e em 2014 foi-lhe conferido um doutoramento honorário pela Universidade de Cambridge. Em 2015 recebeu a Medalha Mozart de Ouro, em Salzburgo, e o Premium Imperiale da Associação das Artes do Japão.

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Orquestra Gulbenkian


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1 + 2 Fevereiro

Requiemde Brahms

Coro e Orquestra Gulbenkian

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O BPI obteveo índicede Satisfaçãodo Clientemais elevado,de acordocom o ECSI Portugal 2017.

Este estudo utiliza uma escala de satisfação de 1 a 10 e é realizado com recurso a 250 entrevistas telefónicas a Clientes de cada Banco/Marca estudado, com base numa amostra seleccionada de modo aleatório e extraída da população portuguesa.

Este prémio é da exclusiva responsabilidade da entidade que o atribuiu.

Este índice, baseado numa metodologia internacional comum, permite avaliar a qualidade dos bens e serviços disponíveis no mercado nacional, em vários sectores de actividade, com base em 8 dimensões: imagem, expectativas dos Clientes, qualidade apercebida, valor apercebido (relação preço/qualidade), satisfação, reclamações, confiança e lealdade. O ECSI Portugal é um estudo independente, desenvolvido anualmente pelo Instituto Português da Qualidade, pela Associação Portuguesa para a Qualidade e pela NOVA Information Management School da Universidade Nova de Lisboa.

O BPI é líder pelo 2º ano consecutivo na Satisfação dos Clientes, de acordo com o Índice Nacional de Satisfação do Cliente - ECSI Portugal 2017.

na Satisfação dos Clientes.No1

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O BPI obteveo índicede Satisfaçãodo Clientemais elevado,de acordocom o ECSI Portugal 2017.

Este estudo utiliza uma escala de satisfação de 1 a 10 e é realizado com recurso a 250 entrevistas telefónicas a Clientes de cada Banco/Marca estudado, com base numa amostra seleccionada de modo aleatório e extraída da população portuguesa.

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tiragem500

preço2€

Lisboa, Janeiro 2018

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