mit aterramento - ago13

COPEL DISTRIBUIO

SEE SUPERINTENDNCIA DE ENGENHARIA DE EXPANSO

DNGO DEPARTAMENTO DE NORMALIZAO, GEOPROCESSAMENTO E OBRAS

PASTA : Projetos e Fiscalizao de Obras de Distribuio TTULO : Fiscalizao de Obras de Distribuio MDULO : Aterramento de Redes de Distribuio

rgo emissor : SEE/DNGO Nmero: 163104

Data da ltima reviso: 30/08/2013

Data de publicao: 30/08/2013

MANUAL DE

INSTRUES

TCNICAS

MANUAL DE INSTRUES TCNICAS - MIT

Ttulo Mdulo Folha

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TTULO: Fiscalizao de Obras de Distribuio Verso Data

MDULO: Aterramento de Redes de Distribuio 2.0 30.08.2013

rgo Emissor: SEE / DNGO

INTRODUO

Este Manual de Instrues Tcnicas, em consonncia com os padres definidos

nas Normas Brasileiras Registradas - NBR, da Associao Brasileira de Normas

Tcnicas - ABNT e, das prticas da COPEL, estabelece procedimentos quanto ao

aterramento de equipamentos, redes e linhas de distribuio de energia eltrica

at 34,5 kV.


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NDICE

1 - FINALIDADE .............................................................................................................................................. 4

2 - CONSIDERAES GERAIS ......................................................................................................................... 4

3 - TIPOS DE ATERRAMENTO .................................................................................................................... 5

3.1 - Aterramento da Baixa Tenso ................................................................................................................ 5

3.1.1 - Aterramento do Neutro da Rede Urbana ............................................................................................. 5

3.1.2 - Aterramento do Neutro da Rede Rural ................................................................................................ 5

3.1.3 - Aterramento do Terminal de Ligao do Neutro do Transformador Urbano ......................................... 5

3.1.4 - Aterramento do Terminal de Ligao do Neutro do Transformador Rural ............................................ 6

3.1.5 - Aterramento do Terminal de Ligao do Neutro do Transformador em

Estrutura para Atendimento a Edifcio de Uso Coletivo ........................................................................ 6

3.2 - Aterramento das Massas dos Equipamentos ......................................................................................... 7

3.3 - Aterramento da Alta Tenso ................................................................................................................... 11

3.3.1 - Aterramento do Mensageiro da Rede Compacta Protegida .................................................................... 12

3.3.2 - Resistncia Mxima de Aterramento ................................................................................................... 12

3.4 - Aterramento de Consumidores ............................................................................................................... 13

3.4.1 - Consumidores Atendidos em Baixa Tenso ........................................................................................ 13

3.4.2 - Consumidores Atendidos em Alta Tenso .......................................................................................... 14

3.5 - Aterramento de Cercas ........................................................................................................................... 15

3.5.1 - Cercas Transversais Rede de Distribuio ....................................................................................... 15

3.5.2 - Cercas Paralelas Rede de Distribuio ............................................................................................ 17

3.5.3 - Porteiras Transversais ou Paralelas Rede de Distribuio ............................................................... 18

3.5.4 - Parreirais e Assemelhados sob a Rede de Distribuio ...................................................................... 20

3.6 - Aterramento de Estais ............................................................................................................................ 20

3.7 - Aterramento Temporrio ......................................................................................................................... 23

3.7.1 - Aterramento Temporrio para Rede Secundria Isolada .................................................................... 23

3.7.2 - Aterramento Temporrio para Rede Compacta Protegida .................................................................. 23

4 - EXECUO DE ATERRAMENTO ............................................................................................................ 24

4.1 - Materiais e Equipamentos Utilizados ...................................................................................................... 24

4.2 - Execuo da Conexo Fio/Fio ................................................................................................................ 26

4.3 - Execuo da Conexo Haste/Fio ............................................................................................................... 26

4.4 - Execuo da Conexo Haste/Haste ............................................................................................ ............... 27

4.4.1 - Recomendaes para Execuo da Soldagem ................................................................................... 28

4.5 - Execuo da Malha ................................................................................................................................. 29

4.5.1 - Primeira Haste ..................................................................................................................................... 29

4.5.2 - Haste Profunda .................................................................................................................................... 29

4.5.3 - Hastes Paralelas .................................................................................................................................. 31

4.5.4 - Aterramento Remoto ............................................................................................................................ 33

5 - MEDIO DA RESISTNCIA DE ATERRAMENTO ................................................................................. 34

5.1 - Instalao do Aparelho ............................................................................................................................ 35


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5.2 - Determinao do Valor da Resistncia de Terra .................................................................................... 35

5.3 - Precaues de Segurana ...................................................................................................................... 36

6 - QUADRO DE REVISES DO DOCUMENTO ........................................................................................... 37

7 - APROVAO ............................................................................................................................................ 37


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1 - FINALIDADE

Este manual tem a finalidade de uniformizar os procedimentos de execuo, medio e inspeo dos servios de

aterramento de redes areas de distribuio de energia eltrica, bem como padronizar os materiais e

equipamentos empregados na execuo dos aterramentos.

Aplicam-se estes procedimentos nas construes de Redes de Distribuio Urbana, Rural, Compacta Protegida,

Secundria Isolada, Linhas de Distribuio at 34,5 kV - NBI 170 kV e Estruturas de Redes para Atendimento a

Edifcios de Uso Coletivo.

2 - CONSIDERAES GERAIS

O sistema de aterramento um fator preponderante para o bom desempenho e segurana do sistema eltrico ao

qual est conectado, por isso deve ter confiabilidade e qualidade compatveis com o sistema eltrico.

Basicamente, o aterramento deve apresentar os seguintes requisitos:

a) Capacidade de conduo de corrente.

b) Valor de resistncia invarivel com as condies climticas.

c) Tempo de vida til compatvel com a vida do sistema a ser protegido.

d) Proporcionar segurana ao pessoal e aos equipamentos aos quais foi eletricamente conectado.

As instrues contidas neste Manual, referem-se a aterramentos executados pelo mtodo convencional

(tentativas), ou seja, a resistncia do aterramento medida a cada haste cravada ao solo, no sendo portanto

elaborado o projeto especfico para cada aterramento.

O aterramento da rede de distribuio deve estar em estrutura separada do aterramento da rede de

telecomunicao.

Na aplicao deste Manual devero ser observadas:

a) As Normas Tcnicas Copel - NTCs

NTC 856000/830 - Montagem de Redes de Distribuio Area

NTC 855000/190 - Montagem de Redes de Distribuio Compacta Protegida

NTC 855210/235 - Montagem de Redes de Distribuio Secundria Isolada

NTC 857000/094 - Estruturas de Redes para Atendimento a Edifcios de Uso Coletivo

NTC 901100 - Fornecimento em Tenso Secundria de Distribuio

NTC 903100 - Fornecimento em Tenso Primria de Distribuio

NTC 901110 - Atendimento a Edificaes de Uso Coletivo

NTC 841001 - Projeto de Redes de Distribuio Urbana

NTC 831001 - Projeto de Redes de Distribuio Rural

NTC 841100 - Projeto de Redes de Distribuio Compacta Protegida

NTC 841200 - Projeto de Redes de Distribuio Secundria Isolada


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b) Os Manuais de Instrues Tcnicas Copel - MITs

MIT 162401 - Proteo de Redes de Distribuio contra Sobretenso Aplicao de Para-raios MIT 163101 - Procedimentos para Execuo de Obras

c) As Circulares, Notificaes e Avisos COPEL que disciplinam a aplicao na rea de concesso da COPEL e

as demais NTCs e MITs que sirvam de complemento para a perfeita aplicao deste Manual.

3 - TIPOS DE ATERRAMENTO

3.1 - Aterramento da Baixa Tenso

3.1.1 - Aterramento do Neutro da Rede Urbana

O aterramento da baixa tenso nas redes de distribuio urbana, consiste basicamente no aterramento do neutro

da rede secundria com cabos nus e do neutro (mensageiro) da rede secundria isolada, e deve satisfazer os

seguintes requisitos:

a) O aterramento do neutro da baixa tenso deve ser contnuo e efetivado ao longo da rede (multi-aterramento) a

cada 150 m, com uma nica haste, de maneira slida e permanente.

b) O neutro da baixa tenso deve ser sempre aterrado em todo fim de rede secundria, desde que, o condutor

neutro no esteja aterrado no poste imediatamente anterior.

Nota: O neutro da rede secundria no deve ser interligado ao aterramento da cabina de edifcio de uso coletivo.

3.1.2 - Aterramento do Neutro da Rede Rural

O aterramento da baixa tenso nas redes de distribuio rural, consiste basicamente no aterramento do neutro da

rede secundria com cabos nus e do neutro (mensageiro) da rede secundria isolada, e deve satisfazer os

seguintes requisitos:

a) O aterramento do neutro da baixa tenso deve ser contnuo, separado e isolado do aterramento da alta

tenso. Neste caso, para garantir este isolamento, o aterramento do neutro deve ser feito em postes adjacentes

ao do transformador com uma nica haste de maneira slida e permanente e ficar a mais de 10 m da malha de

aterramento da alta tenso.

b) O neutro da baixa tenso deve ser sempre aterrado em todo fim de rede secundria, desde que, o condutor

neutro no esteja aterrado no poste imediatamente anterior.

3.1.3 - Aterramento do Terminal de Ligao do Neutro do Transformador Urbano

O aterramento do terminal de ligao do neutro da baixa tenso do transformador deve ser conectado ao

aterramento da alta tenso (para-raios, tanque do transformador, estai a ele interligado, mensageiro da rede

compacta) e ligado a uma nica haste, de maneira slida e permanente.


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3.1.4 - Aterramento do Terminal de Ligao do Neutro do Transformador Rural

O aterramento do terminal de ligao do neutro da baixa tenso do transformador deve ser separado e isolado do

aterramento da alta tenso (para-raios, tanque do transformador, estai a ele interligado, mensageiro da rede

compacta). No deve ser ligado na malha do transformador e sim no aterramento localizado, conforme segue:

a) Nas estruturas adjacentes e nas estruturas secundrias de fim de linha.

b) No ramal de entrada do(s) consumidor(es).

No caso do ramal de ligao ser fixado na estrutura que contm o aterramento da alta tenso, o aterramento do

neutro do ramal de entrada deve ficar afastado no mnimo 10 m de qualquer componente (haste de aterramento,

estai) interligado malha de aterramento da alta tenso.

No caso de no existir rede de baixa tenso, transformador exclusivo para o consumidor, o neutro aterrado

somente atravs da entrada de servio, com uma nica haste, de maneira slida e permanente, mantendo o

afastamento citado no pargrafo anterior.

3.1.5 - Aterramento do Terminal de Ligao do Neutro do Transformador em Estrutura para Atendimento a Edifcio de Uso Coletivo

a) Sem Rede Secundria:

O terminal neutro do transformador deve ser aterrado ao neutro da baixa tenso. Para isto necessrio estender

o neutro da rede secundria existente at o transformador.

A interligao do neutro da rede secundria ao neutro do transformador deve ser feita area e com cabo de

alumnio nu 2 AWG CA, que deve tambm ser interligado ao dispositivo de aterramento do transformador, ao

mensageiro da rede compacta se for o caso e a malha de terra dos para-raios.

b) Com Rede Secundria:

O terminal neutro do transformador deve ser aterrado ao neutro da baixa tenso com cabo de alumnio nu

2 AWG CA.

O dispositivo de aterramento do transformador deve ser aterrado a malha de terra dos para-raios e interligado ao

neutro da rede secundria e ao mensageiro da rede compacta se for o caso.

As ligaes e amarraes destes aterramentos devem ser executados de acordo com a NTC 857000/094 -

Estruturas de Redes para Atendimento a Edifcios de Uso Coletivo.


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3.2 - Aterramento das Massas dos Equipamentos

O objetivo do aterramento das massas dos equipamentos assegurar a operao rpida e efetiva dos

dispositivos de proteo, na ocorrncia de defeitos devido a rupturas no isolamento e, limitar a valores no

perigosos as tenses de toque e de passo.

Devero ser aterrados os para-raios, transformadores, religadores, reguladores de tenso, chaves tripolares,

capacitores, blindagem de cabos isolados, mensageiros de rede compacta, caixas de controle, etc.

Os seguintes procedimentos devem ser adotados:

a) Aterrar as carcaas e/ou ferragens de todos os equipamentos.

b) Executar esses aterramentos de forma a garantir as condies operacionais e de segurana

independentemente de sua interligao ao condutor neutro.

c) Em redes de 34,5 kV e 34,5/3 kV a estrutura com transformador deve ter duas descidas para terra

conectadas a haste ou malha de aterramento. Para as redes de 13,8 kV a estrutura com transformador deve ter

uma descida para terra conectada a haste ou malha de aterramento.

d) Equipamento com controle incorporado a carcaa (normalmente reguladores de tenso), a descida do

aterramento da carcaa, deve ser separada da descida do aterramento dos para-raios e interligadas na mesma

malha de terra.

e) Equipamento com caixa de controle separada do mesmo e em estruturas que contemplam para-raios

(normalmente religadores de trecho), a descida do aterramento da carcaa do equipamento e da caixa de

controle devem ser interligadas e separadas da descida dos para-raios. As duas descidas devem ser interligadas

na mesma malha de terra com conector cunha fio/fio. Caso a configurao da rede seja compacta, a cordoalha do

cabo mensageiro deve ser interligada descida dos para-raios.

f) Equipamento com caixa de controle separada do mesmo e em estruturas que no contemplam para-raios

(RAU- Religador em reas Urbana e Chave SF6), a descida do aterramento da carcaa do equipamento deve ser

separada da descida da caixa de controle. As duas descidas devem ser interligadas na mesma malha de terra

com conector cunha fio/fio. Caso a configurao da rede seja compacta, no aterrar a cordoalha do cabo

mensageiro nesta estrutura.

g) Nas estruturas que contemplam caixa de controle, o neutro da baixa tenso no deve ser interligado ao

aterramento.

h) Nas sadas subterrneas das subestaes, as terminaes (muflas) das estruturas de transio, fora da

subestao, devem ser aterradas interligando-as a haste ou malha de aterramento. As terminaes (muflas)

instaladas dentro da subestao no devem ser aterradas.


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Transformadores Monofsicos 34,5/3 kV e Trifsicos 34,5 kV em Rede Rural

Obs.: Observar que o fio para o para-raios conectado haste de aterramento, atravs do conector de cobre tipo

cunha ou tipo asa haste/fio para aterramento e o fio para o dispositivo de aterramento do transformador aps

este, na conexo fio-fio, por meio do conector de cobre tipo cunha fio/fio para aterramento.

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Transformadores Monofsicos e Trifsicos 13,8 kV em Rede Rural

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Transformadores Monofsicos e Trifsicos em Rede Urbana

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3.3 - Aterramento da Alta Tenso

No sistema de 13,8 kV o aterramento da alta tenso feito nas subestaes atravs do transformador de

aterramento.

No sistema de 34,5 kV o aterramento da alta tenso feito atravs da conexo do centro da estrela do

transformador de potncia terra.

Os sistemas de 13,8 kV e 34,5 kV so multi-aterrados atravs dos transformadores de distribuio.

A alta tenso do sistema de distribuio tambm aterrada atravs de para-raios que protegem os

equipamentos.

O procedimento utilizado para a aplicao de para-raios no sistema de distribuio da COPEL est contido no

MIT 162401 - Proteo de Redes de Distribuio contra Sobretenso Aplicao de Para-raios.

Com relao a montagem dos para-raios ao longo da rede e no tanque do transformador, dever ser consultado a

NTC 856000/830 - Montagem de Redes de Distribuio Area e a NTC 855000/190 - Montagem de Redes de

Distribuio Compacta Protegida.

Nos aterramentos de para-raios ao longo da rede, deve-se adotar sempre que possvel a geometria radial, com o

objetivo de reduzir danos em equipamentos e isoladores provocados por descargas atmosfricas, conforme

segue:


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Solo Arenoso Solo com Baixa Resistividade

601

2

3

45

6

7 8

901

2

34

56

5 a 10m

5 a 10m

3.3.1 - Aterramento do Mensageiro da Rede Compacta Protegida

O mensageiro (cordoalha de fios de ao zincado de sustentao) da rede compacta protegida, deve ser aterrado

em intervalos mximos de 300 m, com uma nica haste de aterramento e de maneira slida e permanente.

Sempre que houver o aterramento do mensageiro da rede compacta, este deve ser conectado ao neutro da rede

secundria urbana, tambm deve ser aterrado em todos os pontos onde tenha aterramento do neutro da baixa

tenso (exceto ao aterramento do neutro da rede rural) e na malha de aterramento dos equipamentos que no

contenham controle eletrnico.

3.3.2 - Resistncia Mxima de Aterramento

Os valores mximos de resistncia de terra previstos para a malha de aterramento dos equipamentos descritos

no item 3.2 so os seguintes:

13,8 kV 20

34,5 kV 10

Entretanto, para transformadores monofsicos nos sistemas 34,5/3 kV (MRT - Monofsico Retorno por Terra) e

13,8 kV, localizados na rea rural, se no forem obtidos os valores acima quando colocadas at trs hastes

profundas ou paralelas, recomenda-se por razes econmicas os seguintes valores mximos de resistncia de

terra:

TRANSFORMADORES RESISTNCIA

10 kVA 50

15 kVA 33

25 kVA 20

37,5 kVA 13

50 kVA 10

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Obs.: Nas reas de elevada resistividade do solo, onde a obteno da resistncia de terra desejada depende da

extenso do fio de ao-cobre enterrado, admite-se o afastamento entre hastes de at 10 m (a distncia padro

entre hastes paralelas de 5 m).

3.4 - Aterramento de Consumidores

de fundamental importncia o aterramento das instalaes consumidoras, principalmente em face de segurana

pessoal, razo pela qual, na ocasio da ligao de consumidores em alta ou baixa tenso deve ser feita inspeo

desses aterramentos.

Devero ser observados os procedimentos estabelecidos na NTC 901100 - Fornecimento em Tenso Secundria

de Distribuio e NTC 903100 - Fornecimento em Tenso Primria de Distribuio, conforme a seguir:

3.4.1 - Consumidores Atendidos em Baixa Tenso

Dever ser consultado a NTC 901100 - Fornecimento em Tenso Secundria de Distribuio.

a) O neutro da entrada de servio dever ser aterrado junto caixa de medio ou proteo geral, com condutor

de aterramento dimensionado conforme sua categoria de atendimento, empregando-se no mnimo um eletrodo de

aterramento.

b) As partes metlicas da entrada de servio sujeitas energizao acidental devero ser permanentemente

ligadas a terra.

c) O condutor de aterramento dever ser to curto e retilneo quanto possvel, sem emenda e no dever ter

dispositivo que possa causar sua interrupo.

d) O condutor de aterramento dever ser protegido mecanicamente por meio de eletroduto de PVC rgido ou

corrugado ou flexvel.

e) O eletroduto metlico de descida no poste deve ser aterrado atravs de condutor de cobre com seo

de 16 mm2 e conector tipo condutor/barra em eletrodo de aterramento instalado na caixa de passagem da base

do poste.

f) Os materiais e condutores aplicados em aterramento devero seguir as recomendaes da NBR 5410.

g) A conexo do condutor com a haste de aterramento da entrada de servio dever ser realizada com os

conectores tipo Cunha ou Asa (padro redes de distribuio) e, especificamente no aterramento da entrada de

servio poder ser utilizado os conectores tipo Parafuso.


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3.4.2 - Consumidores Atendidos em Alta Tenso

Dever ser consultado a NTC 903100 - Fornecimento em Tenso Primria de Distribuio.

a) Em qualquer poca do ano, a resistncia de aterramento no dever ser superior a:

- 10 nos atendimentos em 13,8 kV.

- 10 nos atendimentos em 34,5 kV e potncia de transformao at 75 kVA.

- 5 nos atendimentos em 34,5 kV e potncia de transformao superior a 75 kVA.

b) Se houver dificuldade em se obter os valores prescritos para a resistncia de aterramento, poder ser

apresentado projeto do sistema de aterramento atendendo aos valores de tenso de passo e de contato

conforme a NBR 14039.

c) A primeira haste de aterramento dever ser instalada em caixa para inspeo, aflorada aproximadamente

10 cm para as inspees e conexes dos equipamentos de teste.

d) Os tipos de conectores utilizados para conexes do sistema de aterramento so os do tipo Cunha e Asa

(padro redes de distribuio) e, especificamente no aterramento da entrada de servio poder ser utilizado os

conectores tipo Parafuso.

e) O condutor de aterramento dever ser to curto quanto possvel, sem emendas, no possuir nenhuma ligao

em srie com partes metlicas da instalao e no possuir dispositivos que possam causar sua interrupo.

f) As partes metlicas das instalaes da entrada de servio tais como: carcaas de transformadores, para-raios,

equipamentos, caixas de medio, portas, janelas e suportes metlicos, devero ser ligados diretamente ao

sistema de aterramento atravs de condutores de cobre ou de ao cobreado.

g) O condutor de aterramento, quando sujeito a eventuais contatos de pessoas, dever ser protegido por

eletroduto de PVC rgido. Caso seja utilizado eletroduto metlico, o mesmo dever ser aterrado e fixado ao poste

com fita inoxidvel ou arame de ao galvanizado.

h) Os para-raios da entrada de servio situados no poste da derivao da rede de distribuio podero ser

aterrados atravs do condutor interno do poste, ou atravs de cabo instalado externamente. Em qualquer das

condies, o condutor de aterramento no poder ser emendado e dever ser conectado haste de aterramento

localizada na caixa de passagem ao p do poste.

i) Nos postos de transformao, o aterramento da carcaa do transformador, dos para-raios e acessrios

podero ser conectados ao mesmo condutor de aterramento at a malha.

j) Todas as cercas sob as redes em alta tenso e em baixa tenso devero ser seccionadas e aterradas.


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3.5 - Aterramento de Cercas

A existncia de cercas de arames construdas ao longo ou cruzando as faixas de redes de distribuio, de alta e

de baixa tenso, fato bastante comum nos sistemas eltricos.

Devido a proximidade destas cercas ou contato acidental com as redes de distribuio, podem aparecer correntes

induzidas por efeito eletrosttico ou eletromagntico ou ainda ficarem energizadas pela rede de distribuio.

Quando a cerca est desaterrada, h um acmulo de cargas eltricas nos fios da mesma, devido ao campo

eletrosttico da rede de distribuio. No momento em que a cerca aterrada, estas cargas descarregam-se para

o solo.

Na falta de um aterramento seguro e confivel, a corrente de descarga pode circular atravs de pessoas, animais

e objetos que venham a fazer contato com a cerca.

Com a finalidade de se evitar acidentes, todas as cercas existentes sob as redes de alta e baixa tenso, devero

ser seccionadas e aterradas.

Nos seccionamentos devero ser utilizados seccionadores pr-formados, NTCs 814905 e 814907, tanto para

cercas de arame liso como para cercas de arame farpado.

Na aplicao dos seccionadores devem ser observados o seguinte:

a) Para cercas de arame farpado com dimetro de 3,26 mm a 4,11 mm, aplicar o seccionador pr-formado

NTC 814905 - 450 daN, cdigo de cor verde.

b) Para cercas de arame liso com dimetro de 2,60 mm a 3,00 mm, aplicar o seccionador pr-formado

NTC 814907 - 900 daN, cdigo de cor amarelo.

Nos aterramentos, devero ser utilizados uma haste zincada de 1,20 m de comprimento, NTC 812094, por ponto

aterrado, interligada aos fios da cerca atravs de arame de ao zincado, NTC 814903.

Obs.: No caso de alambrado, por no ser possvel o seu seccionamento, a orientao de somente realizar o

aterramento do mesmo (seja paralelo ou transversal). Na situao de existir arame farpado ou liso acima do

alambrado, estes (arame farpado ou liso) devero ser seccionados e aterrados.

3.5.1 - Cercas Transversais Rede de Distribuio

Sempre que existirem cercas transversais rede, as mesmas devero ser seccionadas e aterradas.

O seccionamento das cercas dever ser feito em todos os seus fios componentes, em ambos os lados da rede, a

30 m do seu eixo (NBR - 5433).

Os aterramentos devero ser realizados na parte da cerca situada dentro da faixa delimitada pelos

seccionamentos e serem executados pela interligao dos fios da cerca atravs de arame de ao zincado haste

zincada cravada no solo.

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As hastes zincadas devero estar localizadas nas extremidades dos seccionamentos, ou seja, nos moures de

madeira ou de concreto mais prximos dos seccionamentos, figura a seguir:


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3.5.2 - Cercas Paralelas Rede de Distribuio

Sempre que existirem cercas paralelas rede, dentro da faixa de 30 m em relao ao seu eixo, esta deve ser

seccionada e aterrada a cada 250 m.

O aterramento dever ser realizado na parte da cerca situada dentro da faixa delimitada pelos seccionamentos e

ser executado pela interligao dos fios da cerca uma haste zincada, cravada ao solo. A haste dever estar

localizada no ponto mdio entre os dois seccionamentos, figura a seguir:


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Obs.:

1. Aplica-se a todas as tenses primrias e secundrias conforme este MIT 163104 - Aterramento de Redes de

Distribuio.

2. Aterrar a cerca a cada 250 m no mximo ao longo de todo o trecho enquanto houver paralelismo situado

at 30 m do eixo da rede de distribuio e seccion-la no meio de cada dois aterramentos.

3. Seccionar e aterrar as cercas no limite de 30 m do eixo da rede de distribuio.

3.5.3. Porteiras Transversais ou Paralelas Rede de Distribuio

As porteiras de arame que cruzam ou so paralelas dentro de uma faixa de 30 m rede de distribuio, esto

sujeitas a ficarem energizadas em contato com um condutor quando este se rompe.

Para evitar acidentes, os fios das cercas adjacentes s porteiras devem ser seccionados e aterrados, figura a

seguir:


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Detalhe 1

Detalhe 2

Seccionamento e Aterramento de Cercas de Arame NTC Cdigo

Copel Descrio Quantidade na Tenso

13,8 kV Acima 13,8 kV

Arame Liso

Arame Farpado

Arame Liso

Arame Farpado

4905 814905-4 Seccionadores de cerca (farpado) 8 ou 10 16 ou 20

4907 734910-6 Seccionadores de cerca (liso) 8 ou 10 16 ou 20

2094 817295-1 Haste de aterramento zincada 2 ou 0 2 ou 0

4904 300849-5 Grampo U para cerca 0,1 kg 0,1 kg

4903 462013-5 Arame de ao zincado 12 AWG 0,5 ou 0 kg 0,5 ou 0 kg

Obs.: Em caso de cercas com mouro de concreto, excluir dos mdulos a NTC 4904 (Grampo U para cercas).


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3.5.4 - Parreirais e Assemelhados sob a Rede de Distribuio

Os caramanches ou similares destinados sustentao de parreirais e assemelhados, construdos sob as redes

de energia eltrica ou paralelo a estas a uma distncia inferior a 30 m, esto sujeitos a ficar em contato direto com

um condutor, quando este se rompe, ficando desta forma energizados.

A fim de evitar acidentes pela energizao acidental destas instalaes, e considerando que no existe alternativa

tcnica para a convivncia segura destas construes com as redes de energia eltrica, no deve ser permitido

em nenhuma hiptese, a construo destes caramanches na faixa da rede.

Como soluo ideal, deve-se fazer valer o contido na autorizao de passagem APE - COD - 118674-4, que no

permite nenhuma construo nesta faixa.

Na inexistncia desta autorizao e sempre que a COPEL constatar a existncia destas instalaes, deve

informar formalmente ao proprietrio dos riscos existentes, negociando a regularizao da autorizao de

passagem e consequentemente a remoo da referida cultura.

Havendo dificuldade nestes acertos, cada caso poder ter uma soluo judicial com apoio das unidades jurdicas

de cada regional de distribuio, no sentido de obter a remoo dos caramanches ou outro tipo de construo

que cause os mesmos problemas.

Nota: de responsabilidade da COPEL qualquer acidente provocado pela energizao das cercas e/ou outras

construes existentes dentro da faixa definida pelas Normas Brasileiras - NBRs.

Portanto, as reas de Construo e Manuteno tm a responsabilidade de manter esta faixa desimpedida,

executar e verificar se os seccionamentos e os aterramentos das cercas situadas nesta faixa, tanto sob redes de

alta tenso e/ou baixa tenso, foram realizadas corretamente.

3.6 - Aterramento de Estais

Os problemas apresentados pelos estais consistem na possibilidade do contato simultneo por pessoas ou

animais, no estai e no solo, quando da ocorrncia de contato acidental de um condutor energizado com o mesmo.

O aterramento do estai em reas urbanas deve-se preferencialmente interligar o estai ao neutro da BT

(multiaterrado). Em caso de inexistncia de BT, interligar o estai ao aterramento dos equipamentos de AT. Em

caso de inexistncia de BT ou aterramento de AT, proceder a isolao do estai em locais em que o rompimento

dos jampers de AT possibilite a energizao do estai.

No aterramento do estai em reas rurais no interligar o estai ao neutro da BT por questes de segurana (no

multiaterrado). Se houver aterramento de AT, interligar o estai ao aterramento dos equipamentos de AT, exceo

feita aos descarregadores de chifres, que devem ser substitudos por para-raios antes da interligao do estai ao

aterramento. Em caso de inexistncia de aterramento de AT, proceder a isolao do estai em locais em que o

rompimento dos jampers de AT possibilite a energizao do estai.

Observar a NTC 856009 - Estaiamento, a NTC 856010 - Estaiamento Sinalizao e Segurana de Estai de ncora e a NTC 856011 - Estaiamento Isolamento e Aterramento de Estai de ncora.


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Aterramento de Estai

URBANO

RURAL


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Aterramento de Estai

Obs.: Interligar o estai ao aterramento dos equipamentos de AT, se houver aterramento de AT.


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3.7 - Aterramento Temporrio

As redes areas de distribuio comprovadamente desligadas e, portanto, aparentemente segura s condies

de trabalho, podem ser indevidamente energizadas.

Vrios fatores podem ser responsveis pela energizao acidental da rede:

a) Descargas atmosfricas.

b) Induo eletrosttica.

c) Contato de condutores energizados na rede desenergizada.

d) Tenso induzida por linhas adjacentes.

e) Erros de manobra.

f) Fontes de alimentao de terceiros.

A fim de se evitar acidentes, quando da execuo dos servios nestas redes, as mesmas devem ser

convenientemente aterradas.

3.7.1 - Aterramento Temporrio para Rede Secundria Isolada

No desligamento total da rede secundria (nos dois ramos da BT), o conjunto de aterramento temporrio/curto

circuitador de baixa tenso, deve ser instalado na estrutura do transformador, curto circuitando as fases (A,B,C)

ao neutro (N).

No desligamento parcial da rede secundria (um dos ramos da BT), o conjunto de aterramento temporrio/curto

circuitador de baixa tenso, deve ser instalado na estrutura do transformador, curto circuitando os terminais fases

(A,B,C), que alimentam o lado do ramo a ser desenergizado, os quais foram previamente desconectados dos

bornes de sada do transformador e conectados ao neutro (N).

3.7.2 - Aterramento Temporrio para Rede Compacta Protegida

Nos circuitos primrios com cabos cobertos, em intervalos mximos de 300 m, prever a instalao de estribos

com conectores tipo cunha para conexo do conjunto de aterramento temporrio quando da execuo de

servios de manuteno com a rede desenergizada.

Os pontos de aterramento preferencialmente sero os estribos dos transformadores.

Nos trechos de rede compacta onde no existam transformadores instalados ao longo da faixa dos 300 m,

devero ser instalados estribos de espera para aterramentos, que sero retirados a medida que forem sendo

instalados transformadores intermedirios.

11.06.2014


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4 - EXECUO DE ATERRAMENTO

4.1 - Materiais e Equipamentos Utilizados

Basicamente so utilizados os seguintes materiais e equipamentos na execuo dos aterramentos:

a) Haste de aterramento de ao-cobre de 2,40 m de comprimento, NTC 812096.

b) Fio de ao-cobre recozido para aterramento de 16 mm2 , NTC 812090.

c) Conector de cobre tipo Cunha e tipo Asa haste/fio para aterramento, NTC 813185.

d) Conector de cobre tipo Cunha fio/fio para aterramento, NTC 813186.

e) Cartucho ou envelope de p para solda exotrmica n 150, NTC 814952 (para aplicao na emenda de hastes

profundas, conexo haste/haste).

f) Molde de grafite tipo GBC-15 da rico do Brasil ou similar, para solda exotrmica n 150 (conexo

haste/haste).

g) Dispositivo para cravao de hastes profundas, formando um conjunto bate-estaca com moto vibrador ou

manual. Bate-estaca manual conforme figura Batedor de Haste Manual.

h) Luva de cravamento tipo B-137-14 da Cadweld ou similar.

i) Grampo alinhador de haste B-120 da Cadweld ou similar.

j) Alicate de presso EZ - tipo L - 160 da Cadweld ou similar.

k) Alicate tipo bomba dgua (alicate prendedor com articulao deslizante), NTC 890045.

l) Liquinho com maarico.

m) Caixa com ferramentas, (T-315 da Cadweld ou similar), contendo: limpador de molde, acendedor, pedras de

reposio do acendedor, alicate universal, escova de ao plana, serra para metal, lima, luva de cravamento e

marreta.

n) Caixa de madeira com tampa mvel de dimenses aproximadas de 0,70x0,40x0,35 m, revestida internamente

com isopor e providas de alas laterais, para armazenamento no depsito do canteiro de obras e transporte dos

cartuchos e moldes para o campo.

o) Medidor de resistncia de terra (3 ou 4 terminais), com escala mnima de 1000 e com os respectivos acessrios.

p) Fio flexvel 12 AWG com terminais tipo jacar de 1/2" nas extremidades, 2x20 m.


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Batedor de Haste Manual


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4.2 - Execuo da Conexo Fio/Fio

A conexo fio/fio dever ser realizada atravs do conector de cobre tipo cunha para aterramento, o qual dever

ser aplicado com a utilizao do alicate do tipo bomba dgua (alicate prendedor com articulao deslizante).

Conector tipo Cunha

Alicate tipo Bomba Dgua

4.3 - Execuo da Conexo Haste/Fio

A conexo haste/fio dever ser realizada atravs do conector de cobre tipo cunha ou tipo asa para aterramento, o

qual dever ser aplicado com a utilizao do alicate do tipo bomba dgua (alicate prendedor com articulao deslizante).

Conector tipo Cunha Conector tipo Asa

Alicate tipo Bomba Dgua


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4.4 - Execuo da Conexo Haste/Haste

Para a execuo da conexo haste/haste ser necessrio a utilizao de solda exotrmica.

As hastes, para a conexo haste/haste tipo GBC, devem ser posicionadas ponta a topo, conforme ilustrado na

figura a seguir:

Deve ser utilizado o grampo alinhador para posicionar o molde, suportar e alinhar a haste superior.

As extremidades apontadas das hastes devem ser limpas com escova de ao antes da soldagem.

Toda ferrugem deve ser removida com auxlio de lima chata, a fim de evitar a porosidade da solda.

As pontas das hastes que forem achatadas pelo equipamento de cravao devem ser cortadas, uma vez que

podero manter o molde aberto, ocasionando vazamento.

Ao se fazer uma solda entre duas hastes, deve-se esperar no mnimo 10 minutos antes de comear a cravao,

para que a solda se esfrie evitando assim choque trmico e quebra da solda.


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4.4.1 - Recomendaes para Execuo da Soldagem

A conexo com solda exotrmica deve ser realizada por pessoas treinadas, utilizando ferramental adequado e em

bom estado de conservao. Cuidados especiais devem ser tomados, pois o lquido resultante da fuso alcana

temperatura superior a 1000 C, ocasionando graves queimaduras ao menor contato.

As seguintes recomendaes devem ser observadas:

a) Os moldes devem ser secos e limpos antes de se fazer a solda.

b) A secagem pode ser feita por aquecimento, com a utilizao de liquinho ou maarico.

c) A limpeza, para remover a escoria da solda do molde antes de fazer a prxima solda, pode ser feita utilizando-

se limpador de molde, uma folha de jornal ou pano seco.

d) O molde deve ser fechado utilizando-se o alicate de presso.

e) O disco metlico, que acompanha o p para solda, deve ser colocado no fundo do molde.

f) O p para solda, acondicionado em cartucho ou envelope, deve ser despejado dentro do molde, tomando-se o

cuidado de no deslocar o disco metlico.

g) Uma pequena quantidade de p de ignio, contido no fundo do cartucho ou envelope, deve ser colocada na

face superior do molde, abaixo da abertura da tampa, de modo a facilitar a ignio.

h) As embalagens de p para solda danificadas ou com perodo de validade vencido, no devem ser utilizadas.

i) Para manter a qualidade de fabricao, os cartuchos ou envelopes que contm o p de solda, devem ser

armazenados em caixas prprias em local seco e ventilado.

j) Proteger as mos com luvas de raspa, posicionando-se de modo a evitar aspirar a fumaa resultante da

combusto.

Obs.:

1. A solda deve ser executada com tempo bom.

2. A solda com porosidade atesta imperfeio e defeito de conexo, deve portanto ser refeita.


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4.5 - Execuo da Malha

A reduo da resistncia de aterramento pode ser obtida atravs de vrios mtodos, como aumentar o

comprimento das hastes (hastes profundas), interligar diversas hastes em paralelo (hastes em paralelo) ou tratar

quimicamente o solo (no utilizado pela COPEL em redes de distribuio).

A execuo da malha de aterramento deve ser desenvolvida observando-se os seguintes procedimentos:

4.5.1 - Primeira Haste

a) Abrir uma cava de 0,60x0,60x0,60 m de largura, comprimento e profundidade, distanciada de 0,80 a 1,0 m da

face lisa do poste, no mesmo lado da descida do fio de ao-cobre.

b) Cravar a haste de ao-cobre na cava aberta, deixando a ponta 0,40 m acima do fundo da cava, a fim de

permitir a instalao do grampo alinhador (no caso de ser necessrio a execuo da conexo haste/haste).

8 0 c m

a 1 m

1 a

F O N T E

c) Medir a resistncia de aterramento da haste cravada, desconectada do fio de descida.

d) Caso o valor de resistncia obtido seja inferior ou igual ao desejado, cravar a haste mais 0,30 m, deixando

uma distncia suficiente para a conexo haste/fio.

e) Fazer a conexo haste/fio atravs do conector de cobre do tipo cunha ou tipo asa para aterramento. Aps,

efetuar a cobertura e o apiloamento da cava.

f) Medir novamente a resistncia de terra, agora com o fio de descida j conectado haste, e anotar em planilha

prpria o valor final da resistncia de terra da instalao.

4.5.2 - Haste Profunda

Aumentando o comprimento das hastes efetivamente cravadas no solo, atinge-se camadas mais profundas que

normalmente apresentam resistividade menor que as camadas superficiais. Isto se verifica na maioria dos solos,

devido a maior porcentagem de umidade das camadas mais profundas.


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Este mtodo tecnicamente ideal, pois a variao da resistividade do solo nas camadas mais profundas

desprezvel, pois com as variaes sazonais, apenas as camadas superficiais sofrem variao de resistividade,

mantendo praticamente invarivel o valor da resistncia de aterramento.

A aplicao de haste profunda deve obedecer a seguinte sequncia:

a) Caso a resistncia de terra medida, quando da cravao da 1 haste, conforme item 4.5.1, for superior ao valor

desejado, faz-se a aplicao da 2 haste profunda, desde que as condies do solo em relao a resistncia de

cravao permita.

b) As condies do terreno sendo favorveis, procede-se a emenda da 2 haste, com a 1 haste j cravada ao

solo.

Para execuo da conexo das duas hastes deve ser observado os procedimentos descritos nos

itens 4.4 e 4.4.1.

c) Cravar a haste emendada com auxlio do dispositivo de cravao de hastes, mencionado no

item 4.1 subitem g.

d) Medir a resistncia de terra e, caso o valor obtido seja igual ou inferior ao desejado, proceder conforme

descrito no item 4.5.1, subitens d, e, f.

e) Quando da cravao da 2 haste, o valor da resistncia de terra medida for superior ao valor desejado,

entretanto inferior ao medido quando da cravao da 1 haste tenta-se a cravao da 3 haste ou mais hastes,

at atingir o valor de resistncia desejado, fazendo-se a medio parcial da resistncia a medida que cada haste

emendada cravada.

60 cm

1,00 m

Conexo Fio/Haste 32

Primeira Haste

Haste Profunda

Haste de ao-cobre

NTC 812096 Conexo Haste - Haste

150

Fio de ao-cobre

NTC 812090


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Salienta-se que a profundidade de cravao da haste ou das hastes emendadas (profundas) ser limitada quando

ocorrer uma das condies a seguir:

a) Atingir o valor da resistncia de terra desejado.

b) No haja reduo no valor da resistncia de terra em pelo menos 30%.

c) Existncia de obstculos, rocha por exemplo, que impeam a cravao da haste profunda.

Obs.: A quantidade de hastes emendadas (profundas), em um determinado ponto, no poder ser superior a do

ponto anterior.

4.5.3 - Hastes Paralelas

Quando o valor de resistncia de terra for superior ao desejado, com haste profunda atingindo o limite de

cravao, procede-se a interligao em paralelo das hastes.

O fato de aumentar o nmero de hastes interligadas em paralelo diminui o valor da resistncia equivalente, porm

a reduo no segue a equao simples de associao de resistncias em paralelo, apresentando uma

"saturao" quando se aumenta o nmero de hastes em paralelo, conforme demonstrado na figura a seguir:

No DE HASTES

Reduo do Valor da Resistncia em funo do N de Hastes

REDUO

% 0

40

55

67

1 2 3 4 5 6

d 1

Isto devido ao efeito da "mtua resistncia" que se verifica quando se cravam hastes no solo a uma

determinada distncia. Para uma separao maior entre hastes, tem-se uma reduo maior, porm tambm

existe a "saturao".


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V-se ento, que a partir de um certo nmero de hastes cravadas, a reduo se torna desprezvel e o processo

de colocao de hastes verticais interligadas em paralelo torna-se anti-econmico a partir desse ponto.

Basicamente, a distncia entre hastes paralelas de 5 m e a quantidade de hastes alinhadas de 5 unidades.

A malha de aterramento pode assumir vrias configuraes, porm a que apresenta menor resistncia

equivalente do conjunto a de hastes paralelas alinhadas.

Os desenhos a seguir ilustram a sequncia de cravao das hastes em paralelo alinhadas, at a obteno do

valor de resistncia de terra desejado:

a) Em dois pontos, com hastes interligadas.

F O N T E

2 a1 a

5 ,0 m

b) Em dois pontos, com trs hastes, sendo duas profundas e outra interligada.

F O N T E

3 a1 a

5 ,0 m

2 a

c) Em dois pontos, com quatro hastes, sendo duas profundas interligadas.

FONTE

3 a1 a

5,0 m

2 a 4 a


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d) Em trs pontos, com cinco hastes, sendo duas profundas junto ao poste onde est instalado o equipamento,

duas profundas para o lado da fonte e uma para o lado oposto da fonte e interligadas.

4a

5,0 m

FONTE

3a1a

5,0 m

2a 5a

e) Em quatro pontos, com cinco hastes, sendo duas profundas junto ao poste onde est instalado o

equipamento, duas para o lado da fonte e uma para o lado oposto da fonte e interligadas.

4a3a

1a

5,0 m

2a

5,0 m5,0 m

5a

FONTE

.

Obs.: A extenso total da malha de aterramento com hastes em paralelo, no dever ultrapassar a 50 m,

observando-se que a partir da 5 haste a reduo da resistncia de terra se torna desprezvel, conforme

demonstrado no grfico do item 4.5.3 .

4.5.4 - Aterramento Remoto

Em locais com laje aflorada ou a pequena profundidade, a malha de aterramento deve ser executada num ponto

remoto a uma distncia d do poste. Neste caso procede-se da seguinte forma:

a) A 1 haste deve ser cravada na prpria cava do poste, a qual deve ser fechada com terra.

b) A profundidade da valeta no trecho da rocha, no aflorada, para interligar a 1 haste com a haste do ponto

remoto, pode ser entre 0,30 m e 0,60 m.

c) No trecho da rocha aflorada, a interligao com o ponto remoto pode ser realizado atravs de condutor areo,

fixado em poste da rede.

d) O local do ponto remoto, onde ser construda a malha, deve ser o de menor distncia d at o poste onde est

instalado o equipamento.


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4 a 5 a 3 a

2 a

1 a

d

Valeta e interligao

Local remoto e com condies

de execuo da malha

FONTE

5 - MEDIO DA RESISTNCIA DE ATERRAMENTO

Para efetuar uma medio de resistncia de aterramento, necessrio que se tenha um ponto onde se injeta

uma corrente e um ponto onde se retira esta corrente.

A corrente injetada atravs do sistema de aterramento a ser medido e retirado atravs de um aterramento ou

terra auxiliar que poder ser composto de uma ou mais hastes interligadas.

Pela Lei de Ohms, a corrente injetada circular pela terra e provocar na superfcie da mesma uma tenso

resultante do produto desta corrente pela resistncia da terra at o ponto a ser medido.

Existem vrios mtodos para se efetuar uma medida de resistncia de terra, porm o mais prtico e mais utilizado

o da medida atravs do aparelho "MEGGER" ou similar.

As conexes do aparelho e eletrodos devem estar firmes e limpos, de modo a no produzirem resistncias nos

contatos dos bornes.


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5.1 - Instalao do Aparelho

O aparelho poder ser de 3 ou 4 terminais.

Quando for de 4 terminais, C1 e P1 devero ser interligados, conforme figura a seguir:

MEGGER

C1 P1 P2 C2

X

D

ELETRODO DE TENSO

OU DE POTENCIAL

(MVEL)

TERRA A SER MEDIDO OU

ELETRODO SOB ENSAIO TERRA AUXILIAR

OU ELETRODO DE

CORRENTE (FIXO)

Para que se tenha resultados confiveis, necessrio que o aparelho utilizado seja de corrente alternada e que

possua filtro para eliminao de interferncias.

A localizao do eletrodo de tenso com relao ao terra auxiliar muito importante na determinao do valor

real da resistncia a ser medida. A resistncia real do aterramento se dar quando a distncia entre o terra a ser

medido e o eletrodo de tenso for de aproximadamente 60% da distncia entre o terra a ser medido e o terra

auxiliar, ou seja:

X = 60% D

5.2 - Determinao do Valor da Resistncia de Terra

O valor da resistncia de terra ser obtido atravs dos seguintes procedimentos:

a) Cravar os eletrodos de tenso e corrente a 24 m (dist. X) e 40 m (dist. D) respectivamente, do terra a ser

medido.

b) Escolher a escala apropriada, ou seja, aquela que corresponda a indicao mais prxima do final da escala

do aparelho.

c) Operar a chave do aparelho e anotar a 1 leitura.


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d) A 2 leitura ser obtida com o eletrodo de tenso deslocado de 3 m em relao a posio da 1 leitura e no

sentido do eletrodo sob ensaio (21 m do terra a ser medido).

e) A 3 leitura dever ser obtida com o eletrodo de tenso deslocado 3 m em relao a posio da 1 leitura e no

sentido do eletrodo de corrente (27 m do terra a ser medido).

f) Se a diferena entre as duas ltimas leituras for inferior ou igual a 10% da 1 leitura, o valor da resistncia de

terra a mdia aritmtica das trs leituras.

Exemplo:

1 leitura: 125 2 leitura: 90 3 leitura: 80

(90 - 80) / 125 = 0,08 = 8 % 10 %

Valor da resistncia = (125 + 90 + 80) / 3 = 98

g) Se a diferena entre as duas ltimas leituras for superior a 10% da 1 leitura, ser necessrio deslocar os

eletrodos de potencial e de corrente, afastando-os aproximadamente 3 m do eletrodo sob ensaio, efetuando

novas leituras.

O eletrodo de potencial dever ficar sempre a 40% da distncia do eletrodo de corrente.

O valor da resistncia de terra ser sempre a mdia aritmtica das trs leituras.

Obs.: Para cada malha de aterramento deve ser preenchido o formulrio Malha de Aterramento de

Transformadores - MAT, conforme o Anexo 03 do MIT 163101 - Procedimentos para Execuo de Obras.

5.3 - Precaues de Segurana

A fim de se evitar acidentes durante a execuo do aterramento, os seguintes procedimentos devem ser

adotados:

a) As pessoas envolvidas na execuo do aterramento, devem utilizar equipamentos de proteo individual

(EPIs), como luva e bota de couro isolada.

b) A chave corta-circuito do equipamento ou da rede de alta tenso, deve estar desligada (aberta).

c) Durante a medida de resistncia do aterramento, o condutor de descida do poste (fio de ao-cobre), deve

estar desconectado da haste ou malha de terra a ser medida.

d) No realizar a medio quando o solo estiver mido e/ou chovendo, bem como, quando estiver muito seco.

e) No tocar nos eletrodos e/ou na fiao durante a medio.

f) Evitar que pessoas estranhas e/ou animais se aproximem da rea.


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6 - QUADRO DE REVISES DO DOCUMENTO

Verso Incio de

vigncia rea

responsvel Descrio

2.0 30/08/2013 SEE/DNGO Atualizao no formato do documento e reviso de critrios relacionados aos seguintes itens:

Item 1, reviso e ajuste do texto referente a finalidade deste manual. Item 2, reviso e incluso de normas, manuais e docs Copel. Itens 3.1.1, 3.1.2, 3.1.4 e 3.1.5, atualizao de procedimentos referente ao item

aterramento da BT.

Item 3.1.6, excluso de item que descrevia procedimentos de interligao do neutro da rede secundria ao aterramento da cabina do ediffio de uso coletivo

em estruturas com terminais polimricos.

Item 3.2, incluso de novos procedimentos referente ao item aterramento das massas dos equipamentos.

Itens 3.3 e 3.3.1, reviso dos procedimentos do item aterramento da AT e mensageiro da RDC.

Item 3.3.2, incluso de observao no item resistncia mxima de aterramento. Itens 3.4.1 e 3.4.2, reviso e atualizao dos procedimentos referentes aos

itens cosumidores atendidos em BT e AT.

Item 3.5.4, adequao de texto do item parreirais e assemelhados sob RD. Itens 3.7 e 3.7.2, reviso e excluso de procedimentos dos itens aterramento

temporrio e aterramento temporrio para RDC.

Item 3.7.1, incluso do item aterramento temporrio para RSI. Item 4.1, reviso dos procedimentos do item materiais e equipamentos

utilizados.

Itens 4.2 e 4.3, incluso dos itens execuo da conexo fio/fio e haste/fio. Item 4.4, alterao de ttulo de item para execuo da conexo haste/haste e

reviso de procedimentos.

Item 4.4.1, reviso dos procedimentos do item recomendaes para execuo da soldagem.

Itens 4.5, 4.5.1, 4.5.2, 4.5.3 e 4.5.4, incluso, excluso e alterao de procedimentos referentes a execuo da malha.

Item 5 (na verso 1), excluso do item tratamento qumico do solo. Itens 5.2 e 5.3, atualizao de procedimentos referente aos itens determinao

do valor da resistncia de terra e precaues de segurana.

7 - APROVAO

Esta verso do Manual entra em vigor em 30 de Agosto de 2013.

Visto SEE/DNGO: _________________________________

Fernando Antonio Gruppelli Jr. Gerente do Departamento de Normalizao, Geoprocessamento e Obras

Aprovao: _________________________________

Jacir Carlos Paris Superintendente de Engenharia de Expanso

mit aterramento - ago13

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