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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO AFONSO PALMIERI ALI TERMOS CLEBER LUPIANHEZ MARIO SILVA RODOLFO BARION MISTURADOR AUTOMÁTICO DE CORANTES SÃO PAULO 2014

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA

ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO

AFONSO PALMIERI

ALI TERMOS

CLEBER LUPIANHEZ

MARIO SILVA

RODOLFO BARION

MISTURADOR AUTOMÁTICO DE CORANTES

SÃO PAULO

2014

Page 2: Misturador de Tintas_m Copy

2

AFONSO PALMIERI

ALI TERMOS

CLEBER LUPIANHEZ

MARIO SILVA

RODOLFO BARION

MISTURADOR AUTOMÁTICO DE CORANTES

SÃO PAULO

2014

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como

parte das atividades para obtenção do título de

Engenheiro de Controle e Automação, do curso de

Engenharia de Controle e Automação da

Universidade Paulista – UNIP.

Orientação: Prof. Dr. José Carlos Morilla

Prof. Esp. Silas Alexandre Gonçalves

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3

DEDICATÓRIA

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4

AGRADECIMENTOS

Page 5: Misturador de Tintas_m Copy

5

EPÍGRAFE

“No que diz respeito ao

empenho, ao compromisso, ao

esforço, à dedicação, não existe

meio termo. Ou se faz uma

coisa bem feita ou não se faz”

Ayrton Senna

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6

RESUMO

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7

ABSTRACT

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8

LISTA DE FIGURAS Figura 1: Volume de Tintas em 2013 ........................................................................ 16

Figura 2: Faturamento de Tintas em 2013 ................................................................ 17

Figura 3: Máquina Tintométrica Corob da Coral........................................................ 18

Figura 4: Dosadora Tintométrica Canister FX 02P .................................................... 18

Figura 5: Componentes básicos das Tintas .............................................................. 21

Figura 6: Esquema de reflexão de cores ................................................................... 23

Figura 7: Mistura Subtrativa - Círculo Cromático CMY .............................................. 24

Figura 8: Círculo Cromático RYB .............................................................................. 25

Figura 9: Limitações Técnicas de Impressão ............................................................ 26

Figura 10: Relação de Impressão do Real e Virtual .................................................. 26

Figura 11: Funcionamento dos olhos ........................................................................ 27

Figura 12: Arquitetura Básica Hardware ................................................................... 30

Figura 13: Arquitetura Básica Software ..................................................................... 30

Figura 14: Estrutura Interna....................................................................................... 32

Figura 15: Diagrama de Blocos Funcionais ............................................................... 36

Figura 16: Texto Estruturado ..................................................................................... 37

Figura 17: Lista de Instruções ................................................................................... 38

Figura 18: Diagrama Ladder...................................................................................... 39

Figura 19: Sequenciamento Gráfico de Funções ...................................................... 41

Figura 20: Exemplo de Arquitetura de uma Rede Industrial ...................................... 44

Figura 21: Componentes de um Sistema SCADA ..................................................... 47

Figura 22: Medição de nível por Ultrassom ............................................................... 50

Figura 23: Funcionamento do Motor CC ................................................................... 51

Figura 24: Bomba Peristáltica ................................................................................... 53

Figura 25: Tanque Misturador ................................................................................... 55

Figura 26: Fluxos ....................................................................................................... 56

Figura 27: Tanque Padrão ........................................................................................ 58

Figura 28: Gráfico de Viscosidade X Volume ............................................................ 59

Figura 29: Gráfico de Medições ................................................................................ 61

Figura 30: Escoamento em Regime Laminar ............................................................ 64

Figura 31: Escoamento em Regime Turbulento ........................................................ 65

Figura 32: Classificação de Medidores de Vazão ..................................................... 65

Page 9: Misturador de Tintas_m Copy

9

Figura 33: Tubo de Venturi ........................................................................................ 66

Page 10: Misturador de Tintas_m Copy

10

LISTA DE TABELAS Tabela 1: Classificação das Medidas de Nível .......................................................... 48

MORILLA
Highlight
Faça lista se o número for mairo que três.
MORILLA
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Page 11: Misturador de Tintas_m Copy

11

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

Abrafati Associação Brasileira de Fabricantes de Tintas

CA Corrente Alternada

CC Corrente Continua

CLP Controlador Lógico Programável

CMY Cyan, Magenta and Yellow

CMYK Cyan, Magenta, Yellow and Black

CPU Central Processing Unit

EPROM Erasable Programmable Read Only Memory

EPS Enterprise Production Systems

ERP Enterprise Resource Planning

FBD Function Block Diagram

I/O Input/Output

IEC International Electrotechnical Commission

IHM Interface homem máquina

IL Instruction List

ISA International Society of Automation

ISO International Organization for Standardization

LD Ladder Diagram

PWM Pulse-width Modulated

RAM Random Access Memory

RGB Red, Green and Blue

ROM Read Only Memory

RTU Remote Terminal Unit

RYB Red, Yellow and Blue

SCADA Supervisory Control and Data Acquisition

SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas

SFC System Function. Chart

ST Structured Text

VCC Tensão Corrente Continua

Page 12: Misturador de Tintas_m Copy

12

LISTA DE SÍMBOLOS B Modulo Volumétrico de Elasticidade

cm Centímetros

cP Centipoise

d Diâmetro

GPM Galões por Minuto

h Hora

Kg Quilograma

L Comprimento

m³ Metros Cúbicos

mm Milímetros

P Pressão

Pa Pascal

Q Vazão

𝑄𝑚 Vazão Mássica

𝑄𝑣 Vazão Volumétrca

Re Numero de Reynolds

s Segundo

T Período

t Tempo

V Velocidade

V Volts

V Volume

μ Microns

ρ Massa Específica

𝑍 Altura Manométrica

𝑔 Aceleração da Gravidade

𝛾 Peso Específico

𝜇 Viscosidade Absoluta

𝜐 Viscosidade Cinemática

Page 13: Misturador de Tintas_m Copy

13

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 16

1. HISTÓRIA DA TINTA ................................................................................... 19

1.1. QUE SÃO TINTAS? ..................................................................................... 21

2. PRINCIPAIS SISTEMAS DE CORES .......................................................... 22

2.1. SISTEMAS DE CORES RGB ....................................................................... 22

2.2. SISTEMA DE CORES CMY E CMYK .......................................................... 24

2.3. SISTEMA DE CORES RYB ......................................................................... 25

3. FUNCIONAMENTO DOS OLHOS ............................................................... 27

4. CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL .............................................. 28

4.1. DIVISÃO HISTÓRICA .................................................................................. 28

4.2. ARQUITETURA BÁSICA ............................................................................. 29

4.3. INICIALIZAÇÃO ........................................................................................... 31

4.3.1. LEITURA DAS ENTRADAS ......................................................................... 31

4.3.2. EXECUÇÃO DO PROGRAMA ..................................................................... 31

4.3.3. ATUALIZAÇÃO DAS SAÍDAS ...................................................................... 31

4.3.4. CONTROLES INTERNOS ........................................................................... 31

4.4. ESTRUTURA INTERNA DO CLP ................................................................ 32

4.4.1. FONTE DE ALIMENTAÇÃO ........................................................................ 32

4.4.2. UNIDADE DE PROCESSAMENTO ............................................................. 32

4.4.3. BATERIA ...................................................................................................... 33

4.4.4. MEMÓRIA DO PROGRAMA MONITOR ...................................................... 33

4.4.5. MEMÓRIA DO USUÁRIO ............................................................................ 33

4.4.6. MEMÓRIA DE DADOS ................................................................................ 33

4.4.7. MEMÓRIA IMAGEM DAS ENTRADAS / SAÍDAS ........................................ 34

4.4.8. PROGRAMAÇÃO DO CLP .......................................................................... 34

4.5. A NORMA IEC 61131 ................................................................................... 34

4.5.1. PROPÓSITO DA NORMA IEC 61131-3 ....................................................... 34

4.6. LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO ............................................................ 36

4.6.1. DIAGRAMA DE BLOCOS FUNCIONAIS (FDB) ........................................... 36

4.6.2. TEXTO ESTRUTURADO (ST) ..................................................................... 37

4.6.3. LISTA DE INSTRUÇÕES ............................................................................. 38

Page 14: Misturador de Tintas_m Copy

14

4.6.4. DIAGRAMA LADDER (LD) ........................................................................... 39

4.6.5. SEQUENCIAMENTO GRÁFICO DE FUNÇÕES (SFC) ............................... 40

4.7. ARQUITETURAS DE REDES INDUSTRIAIS .............................................. 41

4.8. REDE DE CONTROLE INDUSTRIAL .......................................................... 43

4.9. REDE DE CAMPO ....................................................................................... 43

4.10. EXEMPLO DE ARQUITETURA PARA REDE INDUSTRIAL ....................... 43

4.11. SISTEMAS SCADA ...................................................................................... 44

5. MEDIÇÃO DE NÍVEL ................................................................................... 48

5.1. MEDIÇÃO DE NÍVEL POR ULTRASSOM ................................................... 49

6. MOTOR CC .................................................................................................. 50

6.1. CARACTERÍSTICAS .................................................................................... 51

7. BOMBA PERISTÁLTICA .............................................................................. 52

8. MISTURADORES ........................................................................................ 54

8.1. FUNCIONAMENTO ...................................................................................... 54

8.2. VÓRTICE ..................................................................................................... 56

8.3. TIPOS DE AGITADORES OU IMPULSORES ............................................. 57

8.3.1. HÉLICES ...................................................................................................... 57

8.3.2. TURBINAS ................................................................................................... 57

8.3.3. PÁS .............................................................................................................. 57

8.4. DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AGITAÇÃO ........................... 57

8.5. VAZÃO ......................................................................................................... 60

8.6. VAZÃO VOLUMÉTRICA .............................................................................. 62

8.7. VAZÃO MÁSSICA ........................................................................................ 62

8.8. CONCEITOS FÍSICOS PARA MEDIÇÃO DE VAZÃO ................................. 62

8.8.1. MASSA ESPECÍFICA .................................................................................. 62

8.8.2. PESO ESPECÍFICO ..................................................................................... 63

8.8.3. VISCOSIDADE CINEMÁTICA ...................................................................... 63

8.8.4. NÚMERO DE REYNOLDS ........................................................................... 63

8.8.5. DISTRIBUIÇÃO DE VELOCIDADE EM UM DUTO ...................................... 64

8.8.6. REGIME LAMINAR ...................................................................................... 64

8.8.7. REGIME TURBULENTO .............................................................................. 64

8.9. TIPOS DOS MEDIDORES DE VAZÃO ........................................................ 65

8.10. EQUAÇÕES PARA O CÁLCULO DA VAZÃO ............................................. 66

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 69

Page 15: Misturador de Tintas_m Copy

15

Page 16: Misturador de Tintas_m Copy

16

INTRODUÇÃO

Os misturadores são utilizados em indústrias alimentícias, químicas,

farmacêuticas e de cosméticos, para dissolver, agitar, misturar ou homogeneizar.

Dependendo da necessidade os misturadores têm funções diferenciadas, e isso

envolve o volume de produção, o tipo de produto que será misturado e condições

operacionais do maquinário.

Segundo a Abrafati (Associação Brasileira de Fabricantes de Tintas), o Brasil

é um dos cinco maiores mercados mundiais para tintas, fabricam-se no país tintas

destinadas a todas as aplicações, com tecnologia de ponta e grau de competência

técnica comparável à dos mais avançados centros mundiais de produção. (ABRAFATI,

2013)

O segmento de tintas no Brasil divide-se em tinta imobiliária que representa

cerca de 80% do volume total, tinta automotiva (montadoras), 4% do volume, tinta

para repintura automotiva, 4% do volume, tinta para indústria em geral

(eletrodomésticos, móveis, autopeças, naval, aeronáutica, tintas de manutenção etc.),

12% do volume, conforme a Figura 1: Volume de Tintas em 2013. (ABRAFATI, 2013)

Figura 1: Volume de Tintas em 2013

(Fonte: ABRAFATI 2013, Indicadores de Mercado)

Este cenário representa 65% de faturamento para o setor imobiliário, 6,5%

para tinta automotiva, 8,5% para repintura automotiva e 21% para tinta para indústria

em geral, indicada na Figura 2: Faturamento de Tintas em 2013. Ainda, segundo a

Abrafati, para o ano de 2014 o mercado de tinta no Brasil tem uma previsão de

crescimento entre 2 a 3%. (ABRAFATI, 2013)

Mario
Nota
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Page 17: Misturador de Tintas_m Copy

17

Figura 2: Faturamento de Tintas em 2013

(Fonte: ABRAFATI 2013, Indicadores de Mercado)

Em 2010, de acordo com pesquisa de mercado do SEBRAE Nacional, existem

no Brasil 138 mil Lojas de Material de Construção, das quais 56% estão localizadas

no Estado de São Paulo, 10% em Minas Gerais, 6% no Rio de Janeiro, 4,5% no Rio

Grande do Sul e 24% espalhadas nos demais estados do Brasil. (SEBRAE Nacional,

Mercado de Tintas 2010)

A indústria de material de construção é responsável por 4,1% do PIB brasileiro.

Deste percentual, 72% devem-se às lojas de material de construção de pequeno e

médio porte. (SEBRAE Nacional, Mercado de Tintas 2010)

Até 2014 no mercado existem diversos tipos de equipamento que variam de

manuais a automáticos, normalmente são divididos em duas partes, uma o dosador

de corante e outra o misturador para a realização da mistura entre corante e tinta base,

outros disponibilizam uma IHM (Interface Homem Máquina) e/ou sistema supervisório.

A máquina Tintométrica Corob da Coral indicada na Figura 3, é automática,

com sistema supervisório, e misturador e dosador separados, computador, no break,

o custo do equipamento completo gira em torno de R$ 25 a 35 mil. (Mercado Livre,

OLX)

MORILLA
Highlight
ano?
Page 18: Misturador de Tintas_m Copy

18

Figura 3: Máquina Tintométrica Corob da Coral

(Fonte: Abrafati, 2014)

Um exemplo de máquina manual, conforme a Figura 4, é a Dosadora

Tintométrica Canister FX 02P, com aplicação para corantes a base de água ou

solventes, possui apenas dosadores manuais e estrutura mecânica, custa cerca de 7

e 9 mil.

Figura 4: Dosadora Tintométrica Canister FX 02P

(Fonte: Tintas Fenix, 2013)

Com base neste cenário, o objetivo deste trabalho é apresentar um

equipamento destinado a comércios com poucos recursos industriais para venda de

tintas personalizadas, obtendo a partir da dosagem e mistura automática das cores

primárias, uma maior gama de cores. De maneira a integrar além de um sistema

supervisório, os processos de dosagem e mistura em um único equipamento.

A proposta deste trabalho é utilizar tinta látex a base de água misturando o

corante adequado ao tipo de tinta, sendo assim suas características físico-químicas

não serão alteradas. Indicaremos apenas os tipos de tintas do mercado e não daremos

ênfase nas características de seus componentes.

Page 19: Misturador de Tintas_m Copy

19

Para realização deste projeto daremos ênfase ao estudo das cores, círculo

cromático, linguagem de programação de CLP (Ladder e diagrama de blocos),

software supervisório, comunicação serial, circuitos eletrônicos e elétricos, mecânica

dos fluidos, equipamentos mecânicos como bombas, válvulas, agitadores e

instrumentação, que serão apresentados nos capítulos a seguir.

1. HISTÓRIA DA TINTA

As tintas surgem na pré-história com função decorativa. Em praticamente

todos os lugares onde ocorreram ocupações humanas é possível encontrar pinturas

rupestres, que nem sempre estão em boas condições de preservação. (As

Formulações de Tintas Expressivas Através da História, 2012)

Nas pinturas mais antigas são representados animais e hábitos corriqueiros,

tais como cenas de caça, de pesca, de guerra e de sexo. Em pinturas mais recentes,

posteriores há 10 mil anos atrás, as pinturas começam a conter desenhos geométricos

e de maior complexidade. No Brasil é possível encontrar arte rupestre de norte a sul

do país, sendo as mais antigas, tombadas pela UNESCO como patrimônio histórico

da humanidade, encontradas no Parque Nacional da Serra da Capivara, datadas em

até 11.000 anos. (As Formulações de Tintas Expressivas Através da História, 2012)

Acredita-se que os nossos antepassados usassem como pigmentos partículas

inorgânicas minerais finamente moídas. Para conseguir cores intermediárias, muitas

vezes eram usadas misturas desses minerais, como a hematita e o caulim para atingir

a cor cinza. Foram também encontradas pinturas que utilizavam pigmentos orgânicos

para a coloração preta, tais como carvão vegetal ou mineral, mas os pesquisadores

não descartam o uso de corantes e que possam ter sido utilizadas seivas ou resinas

de árvores ou arbustos, ceras, óleos ou gorduras de animais ou vegetais, gemas e/ou

clara de ovos, ou até mesmo sangue, fezes ou urina de animais para preservar as

pinturas. (As Formulações de Tintas Expressivas Através da História, 2012)

Somente após o estabelecimento de centros urbanos e o desenvolvimento

das culturas antigas foi que as tintas sofreram novas modificações. Dentre as

civilizações da antiguidade que mais contribuíram para o desenvolvimento das tintas

podemos destacar a cultura Egípcia e a Chinesa e Arábica. A mistura de pigmentos

com goma arábica é conhecida como aquarela ou guache outro exemplo do

desenvolvimento tecnológico que ocorreu nas culturas egípcia e chinesa foi a

MORILLA
Highlight
Faça a s correções apontada na introdução e não altere mais. Todo capítulo se inicia em uma nova página.
MORILLA
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coloque o autor e não o título
Page 20: Misturador de Tintas_m Copy

20

obtenção do que hoje chamamos tinta nanquim. (Cor Luz, Cor Pigmento e os sistemas

RGB e CMY, 2010)

Os gregos e romanos herdaram as tradições de produção de tintas através da

técnica de misturar pigmento com proteínas, principalmente derivadas de ovos

desenvolvidas pelos egípcios, permitindo a estes povos desenvolverem técnicas

artísticas inovadoras, como a noção de perspectiva e a técnicas de tingir tecidos. (As

Formulações de Tintas Expressivas Através da História, 2012)

No início do Renascimento, a primeira inovação na área de tintas surge com

os primeiros relatos da utilização de óleos vegetais na produção de vernizes e tintas,

os quais substituíam as proteínas como veículo, esta descoberta é geralmente

atribuída aos irmãos Hubert (1366-1426) e a Jan Van Eyck (1390-1441). As

qualidades superiores da tinta a óleo fizeram com que se estabelecesse como o

principal veículo para a produção de tintas no Renascimento europeu, como na obra

de Leonardo da Vinci, pois proporcionou uma excelente estabilidade química frente à

umidade e demais intempéries, e melhorou a qualidade das pinturas obtidas. (As

Formulações de Tintas Expressivas Através da História, 2012)

No Século XIX, a revolução industrial ocorrida trouxe consigo um gradual

abandono do uso de derivados da biomassa em todas as áreas, havendo uma

substituição por insumos fósseis de carbono (carvão mineral, petróleo e gás natural).

Baseadas no florescimento das áreas de química, física e engenharias, novos

materiais com propriedades superiores as já existentes começaram a ser sintetizados

e produzidos utilizando carbono fóssil, com a virada para o Século XX a indústria do

petróleo e a petroquímica se difundiram rapidamente. (As Formulações de Tintas

Expressivas Através da História, 2012)

Derivados do petróleo começam a ser desenvolvidos com características

únicas e preços baixos, assim rapidamente substituem os derivados de biomassa,

levando a uma expressiva invasão no mercado de tintas que utilizam como veículos

novas resinas sintéticas e como solventes compostos derivados de petróleo. (As

Formulações de Tintas Expressivas Através da História, 2012)

Durante a primeira e a segunda guerra mundial, período considerado pelos

historiadores bastante fértil para ciência, químicos desenvolveram novos pigmentos e

resinas sintéticas, esses pigmentos e veículos substituíram ingredientes das tintas.

(As Formulações de Tintas Expressivas Através da História, 2012)

Page 21: Misturador de Tintas_m Copy

21

Pesquisas desenvolvidas por químicos e engenheiros tornaram-se atividade

importante na fabricação de tinta. No final da década de 50, químicos criaram tintas

especiais para pintura de exteriores, novos tipos de esmaltes para acabamento de

automóveis e tintas à prova de gotejamento para superfícies externas e internas. (As

Formulações de Tintas Expressivas Através da História, 2012)

Nos anos 60, a pesquisa continuada com resinas sintéticas conferiu às tintas

maior resistência contra substâncias químicas e gases foram nessa época, que as

tintas fluorescentes se popularizaram. (Cor Luz, Cor Pigmento e os sistemas RGB e

CMY, 2010)

1.1. QUE SÃO TINTAS?

De acordo com a ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, em sua

NBR 11702, tintas são produtos compostos de veículo, pigmentos, aditivos e

solventes que, quando aplicados sobre um substrato, se convertem em película sólida,

dada a evaporação do solvente e/ou reação química, com a finalidade de decoração,

proteção e outras. Em outras palavras, a tinta é uma composição, normalmente líquida

que, depois de aplicada sobre a superfície, passa por um processo de secagem

transformando-se em filme sólido. (NBR 11702, 1991)

Pode-se dizer que a tinta é composta basicamente por quatro elementos,

pigmentos, resinas, solventes e aditivos. Os pigmentos concedem o poder da cor e

cobertura, os ligantes ou resinas aderem e dão liga aos pigmentos, os solventes são

capazes de dar a consistência desejada, os aditivos são responsáveis por aperfeiçoar

uma série de características e tipos específicos de tintas, sejam os solventes à base

de água ou orgânicos (ABRAFATI, 2013).

A Figura 5 apresenta o esquema dos componentes básicos das tintas.

Figura 5: Componentes básicos das Tintas

(Fonte: Sistema de Pinturas Imobiliárias, USP,2013)

MORILLA
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Não faça um título como uma pergunta. Sibstitua, por exemplo, por TINTAS ou TINTAS E SUAS COMPOSIÇÕES.
MORILLA
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Page 22: Misturador de Tintas_m Copy

22

1.2. TIPOS DE TINTAS

Existem no mercado diferentes tipos de tintas, cada uma com características

próprias e com funções diferentes, as mais comuns são as tintas epóxi, acrílica,

esmalte, verniz e látex. (ABRAFATI, 2013).

As tintas epóxi são utilizadas em altas resistências à umidade, a produtos

químicos e à abrasão, aderem bem em diversas superfícies, como pisos de cimento

queimado, azulejos, ferro e aço. Suas características impermeabilizantes a fazem ser

usada até mesmo em áreas inundadas, como Box, piscinas e caixas-d´água

(ABRAFATI, 2013).

As tintas acrílicas na verdade, é um modelo de tinta látex, mas que contém

resinas acrílicas em sua composição. Entre suas características, a mais importante é

ser impermeável, por isso ela é ideal para pintar áreas externas, podendo também ser

usadas em áreas molhadas, como banheiros e cozinhas (ABRAFATI, 2013).

As tintas esmalte substituem as tintas à base de óleo, que são tóxicas e, hoje,

muito pouco utilizadas, pode ser aplicada na madeira ou em materiais ferrosos. O

acabamento é acetinado e dá a sensação de que há uma película sobre a superfície.

Não é recomendável usá-la em parede, pois pode acabar formando bolhas e tem custo

mais alto do que o normal, pois sua aplicação é muito específica (ABRAFATI, 2013).

As tintas verniz são uma composição líquida que se converte em um filme

sólido e transparente depois de aplicada em uma fina camada protetora é usada

principalmente em madeiras de ambientes externos (ABRAFATI, 2013).

As tintas látex são as mais comuns, são feitas à base de água e seca

rapidamente. Entre os vários tipos existentes, o PVA é o mais indicado para as áreas

internas, pois pode ser limpo apenas com um pano úmido (ABRAFATI, 2013).

2. PRINCIPAIS SISTEMAS DE CORES

2.1. SISTEMAS DE CORES RGB

O sistema que regula as cores dos corpos que emitem luz é conhecido como

RGB (Red, Green and Blue – Vermelho Verde e Azul) também conhecido como

sistema de Cor Luz, trabalha por adição, ou seja, se somarmos as três cores básicas,

nas proporções corretas, obteremos a cor branca. Utilizado em fotografia, cinema,

vídeo, televisão, fotografia digital e na tela dos computadores (Artigo Cor Luz, Cor

Pigmento e os Sistemas RGB e CMY, 2010).

MORILLA
Highlight
COLOQUE NO SINGULAR
MORILLA
Highlight
As tintas do tipo
MORILLA
Highlight
Entre o título e o sub-título, coloque um texto. Por exemplo: vários são os sis temas de cores que são encontrados. Os mais usados são o RGB (Red, Green and Blue), o .......... e o ...... Depois você coloque o item 2.1
Page 23: Misturador de Tintas_m Copy

23

Imagine acender sobre uma parede branca, por exemplo, duas lâmpadas,

uma de 100W de potência e outra de 50W, o resultado não será a média das duas (75

W), mas a soma (150 W), portanto, houve uma adição (Artigo Cor Luz, Cor Pigmento

e os Sistemas RGB e CMY, 2010).

A luz refletida pela superfície de um corpo colorido somente emite a cor

específica daquele corpo. Conforme o esquema da Figura 6, que mostra uma

superfície vermelha que ao ser iluminada com luz branca, refletirá e mostrará somente

a cor vermelha, absorvendo o verde e azul que não veremos, e desta forma

enxergaremos “menos” informação luminosa, pois parte da luz não será vista (Artigo

Cor Luz, Cor Pigmento e os Sistemas RGB e CMY,2010).

Figura 6: Esquema de reflexão de cores

(fonte: Artigo Cor Luz, Cor Pigmento e os Sistemas RGB e CMY, 2010)

MORILLA
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MORILLA
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Page 24: Misturador de Tintas_m Copy

24

2.2. SISTEMA DE CORES CMY E CMYK

O sistema CMY (Cyan, Magenta and Yellow - Ciano, Magenta e Amarelo) é

conhecido o sistema de Cor Pigmento, é o sistema que regula as cores de corpos

opacos e trabalha por subtração, ou seja, se somarmos as três cores nas proporções

corretas obteremos preto (desde que sejam utilizados pigmentos apropriados e de boa

qualidade). Empregado para impressão em baixa escala, ou seja, nas impressoras

domésticas e também nas artes plásticas este sistema é demonstrado na Figura 7:

Mistura Subtrativa - Círculo Cromático CMY. (Artigo Cor Luz, Cor Pigmento e os

Sistemas RGB e CMY, 2010)

Figura 7: Mistura Subtrativa - Círculo Cromático CMY

(Fonte: Mundo Cor, 2010)

Existe também o sistema CMKY que foi criado do CMY, é uma “versão”

industrial, uma opção mais barata, pois não necessita de pigmentos puros e mais

caros, sendo usado para impressões em larga escala, no qual o preto é adicionado e

não obtido por meio de mistura. Assim, o CMYK é baseado em quatro cores e a letra

K, significa preto (Black), ou chave (Key), pois a cor preta é usada para interferir nos

detalhes na impressão (Fonte: Artigo Cor Luz, Cor Pigmento e os Sistemas RGB e

CMY, 2010).

MORILLA
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Page 25: Misturador de Tintas_m Copy

25

2.3. SISTEMA DE CORES RYB

O sistema RYB (Red, Yellow and Blue – Vermelho, Amarelo e Azul) conforme

Figura 8, que apesar de não corresponder matematicamente a nenhum outro sistema,

pode ser usado em artes plásticas, e na fabricação de tintas que não exijam pigmentos

como, por exemplo, tintas de uso doméstico, automotivas, tecelagem e até na

fabricação de papeis. (Fonte: Artigo Cor Luz, Cor Pigmento e os Sistemas RGB e CMY,

2010).

Este sistema necessita do uso combinado da cor branca para clarear uma cor,

bem como do preto para escurecer uma cor, e por não possuir outro sistema

equivalente, não é possível realizar uma conversão adequada para nenhum outro

sistema, somente por aproximação, conforme Figura 8. (Fonte: Artigo Cor Luz, Cor

Pigmento e os Sistemas RGB e CMY, 2010)

Figura 8: Círculo Cromático RYB

(Fonte: Mundo de cores, 2010)

Importante dizer que as limitações técnicas em imprimir um catálogo de cores

de tintas de parede, que foi elaborado em RYB, em papel, que é produzido através do

sistema CMYK, conforme Figura 9: Limitações Técnicas de Impressão.

Page 26: Misturador de Tintas_m Copy

26

Figura 9: Limitações Técnicas de Impressão

(Fonte: Mundo das Cores, 2010)

Este é o motivo pelo qual muitas vezes a tinta na parede fica diferente do

equivalente que está impresso no catalogo do fabricante. Os sistemas RGB e CMY

não são perfeitos, mas de todos os existentes são os dois que permitem a melhor

correlação entre a tinta e a luz, o pigmento e a cor “pura”, o real e o virtual, conforme

Figura 10: Relação de Impressão do Real e Virtual. (Fonte: Artigo Cor Luz, Cor

Pigmento e os Sistemas RGB e CMY, 2010)

Figura 10: Relação de Impressão do Real e Virtual

(Fonte: Inkscape Brasil, 2010)

Page 27: Misturador de Tintas_m Copy

27

3. FUNCIONAMENTO DOS OLHOS

Neste processo, o nosso cérebro pinta dinamicamente a cena que estamos

vendo com base nas frequências presentes nos feixes de luz recebidos pela retina.

Pode-se observar o Funcionamento na Figura 11. (Fonte: Artigo Iluminação, o truque

das cores, 2011)

A retina dos olhos filtram as variações dos feixes de luz provocadas pela

pigmentação dos objetos e devolve para a retina com as frequências da cor, este filtro

é conhecido como sistema subtrativo ou CMY e converte para o sistema RGB. (Fonte:

Artigo Iluminação, o truque das cores, 2011)

Figura 11: Funcionamento dos olhos

(Fonte: Artigo Iluminação o Truque das cores, 2011)

MORILLA
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Qual processo?
MORILLA
Highlight
use a figura para explicar.
MORILLA
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Não justifica um capítulo. Acho que podemos retirar.
MORILLA
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Page 28: Misturador de Tintas_m Copy

28

4. CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL

O Controlador Lógico Programável (CLP) nasceu praticamente dentro da

indústria automobilística americana, especificamente na Hydronic Division da General

Motors, em 1968, devido a grande dificuldade de mudar a lógica de controla de painéis

de comando a cada mudança na linha de montagem, tais mudanças implicavam em

altos gastos de tempo e dinheiro. (Oliveira, 1993)

Sob a liderança do engenheiro Richard Morley, foi preparada uma

especificação que refletia as necessidades de muitos usuários de circuitos à reles,

não só da indústria automobilística, como de toda a indústria manufatureira. Nascia

assim, um equipamento bastante versátil e de fácil utilização, que vem se aprimorando

constantemente, diversificando cada vez mais os setores industriais e suas aplicações.

(Oliveira, 1993)

Desde o seu aparecimento, até hoje, muita coisa evoluiu nos controladores

lógicos, como a variedade de tipos de entradas e saídas, o aumento da velocidade de

processamento, a inclusão de blocos lógicos complexos para tratamento das entradas

e saídas e principalmente o modo de programação e a interface com o usuário.

(Oliveira, 1993)

4.1. DIVISÃO HISTÓRICA

Podemos didaticamente dividir o controladores historicamente de acordo com

o sistema de programação por ele utilizado:

1a. Geração: Se caracterizam pela programação intimamente ligada ao

hardware do equipamento. A linguagem utilizada era o Assembly que variava de

acordo com o processador utilizado no projeto do CLP, ou seja, para poder programar

era necessário conhecer a eletrônica do projeto do CLP. Assim a tarefa de

programação era desenvolvida por uma equipe técnica altamente qualificada,

gravando - se o programa em memória EPROM (Erasable Programmable Read-Only

Memory), sendo realizada normalmente no laboratório junto com a construção do CLP.

(Oliveira, 1993)

MORILLA
Highlight
Não se faz um texto tão grande de uma única referência.
Page 29: Misturador de Tintas_m Copy

29

2a. Geração: Aparecem as primeiras “Linguagens de Programação” não tão

dependentes do hardware do equipamento, possíveis pela inclusão de um “Programa

Monitor” no CLP, o qual converte as instruções do programa, verifica o estado das

entradas, compara com as instruções do programa do usuário e altera o estado das

saídas. Os terminais de programação eram na verdade programadores de memória

EPROM. As memórias depois de programadas eram colocadas no CLP para que o

programa do usuário fosse executado. (Oliveira, 1993)

3a. Geração: passam a ter uma entrada de programação, onde um teclado ou

programador portátil é conectado, podendo alterar, apagar, gravar o programa do

usuário, além de realizar testes no equipamento e no programa. A estrutura física

também sofre alterações sendo a tendência para os sistemas modulares com

bastidores ou racks. (Oliveira, 1993)

4a. Geração: Com a popularização e a diminuição dos preços dos

microcomputadores, os controladores passaram a incluir uma entrada para a

comunicação serial. Com o auxílio dos microcomputadores a tarefa de programação

passou a ser realizada nestes. As vantagens eram a utilização de várias

representações das linguagens, possibilidade de simulações e testes treinamento e

ajuda por parte do software de programação, possibilidade de armazenamento de

vários programas no micro, etc. (Oliveira, 1993)

5a. Geração: Atualmente existe uma preocupação em padronizar protocolos

de comunicação para os controladores, de modo a proporcionar que o equipamento

de um fabricante se comunique com o equipamento de outro fabricante,

proporcionando uma integração a fim de facilitar a automação, gerenciamento e

desenvolvimento de plantas industriais mais flexíveis e normalizadas, fruto da

chamada Globalização. (Oliveira, 1993)

4.2. ARQUITETURA BÁSICA

O CLP pode executar operações lógicas, aritméticas e comutar dados em

rede, está classificado em quatro partes, conforme Figura 12, CPU (Central

Processing Unit) responsável pelo o processamento dos dados dos dispositivos de

entrada, circuitos de entradas e saídas que podem ser discretos ou analógicos, fonte

de alimentação que fornece a energia e o rack que faz a plataforma de comunicação

dos dados com a CPU. (NATALE, 2002)

MORILLA
Highlight
Page 30: Misturador de Tintas_m Copy

30

Figura 12: Arquitetura Básica Hardware

(fonte: Centro de formação Schneider, 2008)

O CLP tem seu funcionamento baseado em cinco etapas, inicialização, leitura

das entradas, execução do programa, atualização das saídas e controles internos,

conforme Figura 13. (Jack 2005)

Figura 13: Arquitetura Básica Software

(Fonte: Centro de formação Schneider, 2008)

MORILLA
Highlight
indique na figura as quatro partes que diz o texto.
MORILLA
Highlight
veja a referência
Page 31: Misturador de Tintas_m Copy

31

4.3. INICIALIZAÇÃO

No momento em que é ligado o CLP executa uma série de operações pré -

programadas, gravadas em sua EPROM, verifica o funcionamento da CPU, memórias

e circuitos auxiliares, verifica a configuração interna e compara com os circuitos

instalados, verifica o estado das chaves principais (RUN / STOP, PROG, etc.),

desativa todas as saídas, verifica a existência de um programa de usuário e emite um

aviso de erro caso algum dos itens acima falhe. (Jack 2005)

4.3.1. LEITURA DAS ENTRADAS

O CLP lê o estado de cada uma das entradas, verificando se alguma foi

acionada. O processo de leitura recebe o nome de “Ciclo de Varredura” e normalmente

é de alguns microssegundos. Após o ciclo de varredura, o CLP armazena os

resultados obtidos em uma região de memória chamada de memória imagem das

entradas e saídas. Ela recebe este nome por ser um espelho do estado das entradas

e saídas. Esta memória será consultada pelo CLP no decorrer do processamento do

programa do usuário. (Jack 2005)

4.3.2. EXECUÇÃO DO PROGRAMA

O CLP executa o programa do usuário após consultar a memória imagem das

entradas, e atualiza a memória imagem das saídas de acordo com as definições do

usuário em seu programa. (Jack 2005)

4.3.3. ATUALIZAÇÃO DAS SAÍDAS

O CLP escreve o valor contido na Memória das Saídas, atualizando as

interfaces ou módulos de saída. (Jack 2005)

4.3.4. CONTROLES INTERNOS

Esta etapa inclui as comunicações E diagnósticos Internos, todas as etapas

são continuamente processadas (Schneider 2008).

MORILLA
Highlight
Acredito ser melhor não indicar como subtítulos até o item 4.3.4
Page 32: Misturador de Tintas_m Copy

32

4.4. ESTRUTURA INTERNA DO CLP

O CLP é constituído por um processador, um programa monitor, uma

memória de programa, uma memória de dados, uma ou mais Interfaces de entrada,

uma ou mais Interfaces de saída e circuitos auxiliares (Jack 2005), conforme Figura

14.

Figura 14: Estrutura Interna

(fonte: Centro de formação Schneider, 2008)

4.4.1. FONTE DE ALIMENTAÇÃO

A fonte de alimentação tem as seguintes funções básicas que são, converter

a tensão da rede elétrica para a tensão de alimentação dos circuitos eletrônicos, 5

VCC (Tensão Corrente Contínua) para o microprocessador, memórias e circuitos

auxiliares e 12 VCC para a comunicação com o programador ou computador), manter

a carga da bateria, nos sistemas que utilizam relógio em tempo real e memória do tipo

RAM (Random Access Memory) e fornecer tensão para alimentação das entradas e

saídas. (Jack 2005)

4.4.2. UNIDADE DE PROCESSAMENTO

A CPU é responsável pelo funcionamento lógico de todos os circuitos. Nos

controladores modulares a CPU está em uma placa ou módulo, separada das demais.

Nos controladores de menor porte a CPU e os demais circuitos estão todos em único

módulo. As características mais comuns são, microprocessadores ou micro

controladores de 8,16 ou 32 bits, endereçamento de memória de até 1 Mega Byte,

MORILLA
Highlight
MORILLA
Sticky Note
está faltando indicar a bateria
MORILLA
Highlight
não precisamos colocar como itens até o item 4.4.7
MORILLA
Sticky Note
Marked set by MORILLA
Page 33: Misturador de Tintas_m Copy

33

velocidades de CLOCK variando de 4 a 30 MHZ e manipulação de dados decimais,

octais e hexadecimais (Jack 2005).

4.4.3. BATERIA

As baterias são usadas nos controladores para manter o circuito do Relógio

em Tempo Real, reter parâmetros ou programas (em memórias do tipo RAM), mesmo

em caso de corte de energia, guardar configurações de equipamentos (Jack 2005).

4.4.4. MEMÓRIA DO PROGRAMA MONITOR

O programa monitor é o responsável pelo funcionamento geral do CLP. Ele é

o responsável pelo gerenciamento de todas as atividades do CLP. Não pode ser

alterado pelo usuário e fica armazenado em memórias do tipo EPROM. Ele funciona

de maneira similar ao sistema operacional dos microcomputadores. É o programa

monitor que permite a transferência de programas entre um microcomputador ou

terminal de programação ao CLP, gerenciar o estado da bateria do sistema, controlar

os diversos opcionais. (Jack 2005)

4.4.5. MEMÓRIA DO USUÁRIO

É onde se armazena o programa da aplicação desenvolvido pelo usuário.

Pode ser alterada pelo usuário, já que uma das vantagens do uso do CLP é a

flexibilidade de programação. Inicialmente era constituída de memórias do tipo

EPROM, sendo hoje utilizadas memórias do tipo RAM. A capacidade desta memória

varia bastante de acordo com o marca/modelo do CLP, sendo normalmente

dimensionadas em Passos de Programa. (Jack 2005)

4.4.6. MEMÓRIA DE DADOS

É a região de memória destinada a armazenar os dados do programa do

usuário. Estes dados são valores de temporizadores, valores de contadores, códigos

de erro, senhas de acesso, etc. São normalmente partes da memória RAM do CLP.

São valores armazenados que serão consultados e ou alterados durante a execução

do programa do usuário. Em alguns controladores, utiliza - se a bateria para reter os

valores desta memória no caso de uma queda de energia. (Jack 2005)

Page 34: Misturador de Tintas_m Copy

34

4.4.7. MEMÓRIA IMAGEM DAS ENTRADAS / SAÍDAS

Sempre que a CPU executa um ciclo de leitura das entradas ou executa uma

modificação nas saídas, ela armazena o estado de cada uma das entradas ou saídas

em uma região de memória denominada memória imagem das entradas / saídas.

Essa região de memória funciona como uma espécie de “tabela” onde a CPU irá obter

informações das entradas ou saídas para tomar as decisões durante o processamento

do programa do usuário. (Jack 2005)

4.4.8. PROGRAMAÇÃO DO CLP

Dependendo do CLP e do software utilizado, podemos escolher uma das 5

linguagens normalizadas pela norma IEC (International Electrotechnical Commission)

61131 são, diagrama de blocos funcionais FBD (Function block diagram), texto

estruturado ST (Structured text), lista de instruções IL (Instruction list), diagrama

ladder LD (Ladder diagram), sequenciamento gráfico de funções SFC (Sequential

function chart). (Lewis 1995).

Antes de explanarmos cada linguagem, se faz necessário um breve resumo

da norma IEC 61131.

4.5. A NORMA IEC 61131

4.5.1. PROPÓSITO DA NORMA IEC 61131-3

Durante os últimos dez a quinze anos uma escala larga de diferentes técnicas

de programação foi utilizada para escrever programas para aplicações de controle

industriais e para Controladores Lógicos Programáveis. (Lewis 1995)

As aplicações de controle foram desenvolvidas em linguagem BASIC, FORTH,

em C, no Inglês Estruturado, na Lista de Instruções e em outras numerosas outras

linguagens proprietárias incluindo vários dialetos da programação LADDER. (Lewis

1995)

Infelizmente, a única coisa que pode ser dita de todas estas linguagens de

programação é que são todas diferentes. (Lewis 1995)

Para as pessoas envolvidas com tais sistemas desde técnicos, o pessoal da

manutenção, projetistas de sistemas aos gerentes de planta, isso resulta no uso

ineficiente do tempo e do dinheiro. (Lewis 1995)

MORILLA
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passe para 4.5
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retire
Page 35: Misturador de Tintas_m Copy

35

Há claramente um desperdício dos recursos humanos envolvidos no

treinamento da equipe de funcionários para habilitação em muitas linguagens de

controle. (Lewis 1995)

Felizmente a comunidade industrial internacional reconheceu que um novo

padrão para controladores lógicos programáveis foi requerido. Uma comissão

eletrotécnica internacional foi organizado em 1979 para estudar e avaliar o projeto

completo dos controladores lógico programáveis, incluindo o projeto do hardware, a

instalação, os testes, a documentação, a programação e as comunicações. (Lewis

1995)

O IEC como uma Organização irmã da ISO (International Organization for

Standardization) fundada em Genebra na Suíça tem comitês e grupos de trabalho

formado a partir de representantes da maioria de países industriais do mundo que

põem a frente procedimentos de padronização. (Lewis 1995)

Durante os anos 1990, O IEC publicou várias partes do padrão IEC 61131 que

cobre o ciclo completo dos CLP s, que são:

Parte 1 - Definição da informação geral, da terminologia básica e dos

conceitos; Publicado em 1992.

Parte 2 - Exigências de equipamento e testes eletrônicos e testes mecânicos

de construção e verificação; Publicado em 1992.

Parte 3 - Estrutura do Software do CLP, execução do programa e linguagens

de programação; Publicado em 1993.

Parte 4 – Guia de orientação ao usuário na seleção, instalação e manutenção

de CLP s; Publicado em 1995.

Parte 5 - Facilidade do Software em especificação de mensagens de serviços

a comunicar-se com outros dispositivos usando as comunicações baseadas em MAP

(Manufacturing Messaging Services); Publicado em 1998.

Parte 6 - Comunicação via facilidade do Software fieldbus para comunicação

de PLC s utilizando IEC fieldbus.

Parte 7 - Programação utilizando Lógica Nebulosa (Fuzzy); Publicada em

1997.

Parte 8 - Guia para implantação das linguagens; (Lewis 1995)

Page 36: Misturador de Tintas_m Copy

36

4.6. LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO

4.6.1. DIAGRAMA DE BLOCOS FUNCIONAIS (FDB)

É uma linguagem gráfica baseada nos diagramas de circuitos, que representa

blocos interconectados destacando o fluxo de sinais entre os elementos, conforme,

Figura 15.

É usada para descrever o comportamento de funções, blocos funcionais,

programas, passos, ações e transições da linguagem SFC.

Cada função também tem uma saída digital extra, que é definida verdadeira

quando a execução da função é completada com sucesso. (Lewis 1995)

Assim é comum se encadear a saída de uma função com a entrada da outra

para garantir que a cadeia só produzirá um resultado correto quando todas as etapas

estiverem corretas. (Lewis 1995)

Figura 15: Diagrama de Blocos Funcionais

(fonte: Centro de formação Schneider, 2008)

MORILLA
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antes escreva quais os tipos de linguagem que existem
MORILLA
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A llinguagem de blocos funcionais é uma linguagem gráfica...........
MORILLA
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explique a figura 15
Page 37: Misturador de Tintas_m Copy

37

4.6.2. TEXTO ESTRUTURADO (ST)

É uma linguagem de alto nível com sintaxe similar ao Pascal desenvolvida

especificamente para controle industrial, conforme Figura 16, usada para descrever o

comportamento de funções, blocos funcionais, programas, passos, ações e transições

da linguagem SFC. (Lewis 1995)

É uma linguagem de fácil assimilação para os desenvolvedores de programas,

pois permite uma fácil interpretação pelo uso de identificadores de fácil entendimento,

associados a comentários. É muito útil para o desenvolvimento de cálculos aritméticos

complexos, pois é só digitar a fórmula em questão. (Lewis 1995)

Figura 16: Texto Estruturado

(fonte: Centro de formação Schneider, 2008)

MORILLA
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julgamento
MORILLA
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Não entendi o que esta figura faz aqui.
Page 38: Misturador de Tintas_m Copy

38

4.6.3. LISTA DE INSTRUÇÕES

A Lista de Instruções (IL) é uma linguagem textual, de baixo nível, com

estrutura semelhante ao Assembler, conforme Figura 17, usada para descrever o

comportamento de funções, blocos funcionais, programas, passos, ações e transições

em SFC. A linguagem é ideal para resolver problemas simples e pequenos, onde

existem poucas quebras no fluxo de execução do programa. (Lewis 1995)

Pela norma, IL é uma linguagem adicional, menos amigável e flexível e que

pode ser usada para produzir código otimizado para trechos de desempenho crítico

em um programa. (Lewis 1995)

Figura 17: Lista de Instruções

(fonte: Centro de formação Schneider, 2008)

MORILLA
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o mesmo da figura anterior
Page 39: Misturador de Tintas_m Copy

39

4.6.4. DIAGRAMA LADDER (LD)

É uma linguagem gráfica baseada nos diagramas elétricos, que representa

contatos e bobinas interconectados destacando a energização entre os elementos,

conforme Figura 18. É usada para descrever o comportamento de funções, blocos

funcionais, programas, passos, ações e transições em SFC. ) (Lewis 1995)

Uma linha vertical à esquerda representa um barramento energizado e à

direita uma barra de terra, com o fluxo de potência sempre da esquerda para a direita.

A função de controle é definida pela forma como os contatos (abertos ou

fechados) são associados para comandar a bobina do relé (serial ou paralelo). (Lewis

1995)

Figura 18: Diagrama Ladder

(fonte: Centro de formação Schneider, 2008)

MORILLA
Highlight
o mesmo das duas anteriores
Page 40: Misturador de Tintas_m Copy

40

4.6.5. SEQUENCIAMENTO GRÁFICO DE FUNÇÕES (SFC)

A linguagem Sequenciamento Gráfico de Funções é baseada nas técnicas

correntes para descrever o comportamento sequencial, conforme Figura 19, sendo

usada para, descrever o comportamento sequencial de um sistema, como linguagem

de estruturação de ações de um programa segundo um modelo top-down, para

descrever o comportamento de baixo nível de um processo sequencial (ex.: Partida,

Bombeando, Esvaziando, etc) e para representar as fases de um processo por

batelada.

Universidades francesas desenvolveram uma linguagem de representação de

processos sequenciais baseada nas Redes de Petri, o Grafcet (Graphe Fonctionnel

de Command Etape-Transition). Grafcet se tornou um padrão europeu com a

introdução do padrão IEC 848: Preparation of function charts for control system.

Muitos fabricantes europeus de CLP oferecem Grafcet como uma linguagem gráfica.

A norma IEC 61131-3 introduziu algumas modificações no padrão IEC848

visando integrar esta quinta linguagem às demais linguagens da norma. O SFC é

adotado pela ISA (International society of automation) SP 88 para programação de

sistemas para controle de bateladas (batch).

São mostrados todos os estados de um sistema, todas as possíveis

mudanças de estado e as respectivas causas. Particionando um problema de controle

de forma que todos os aspectos relevantes sejam considerados e executados (Lewis

1995).

MORILLA
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Quais?
MORILLA
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referências nos próximos parágrafos
Page 41: Misturador de Tintas_m Copy

41

Figura 19: Sequenciamento Gráfico de Funções

(fonte: Centro de formação Schneider, 2008)

4.7. ARQUITETURAS DE REDES INDUSTRIAIS

Nos processos produtivos, vem-se verificando uma tendência em substituir

sistemas com processamento centralizado, geralmente baseado em equipamentos de

grande porte, por sistemas distribuídos, compostos por diversos similares de menor

porte. Porém, o controle distribuído somente será viável se todos os integrantes do

sistema puderem trocar informações entre si de modo rápido e confiável. Para atender

a essa necessidade, surgiram diversos tipos, padrões, protocolos em redes de

comunicação industrial. (PEREIRA & LAGES, 2004)

Rede de comunicação industrial é o conjunto de equipamentos e softwares

utilizados para propiciar o trânsito de informações da produção, entre os diversos

níveis hierárquicos de um processo industrial. As informações são transmitidas em

quadros ou pacotes, que são uma sequência de bytes definida por um protocolo de

rede. Os dados podem compor um conjunto maior chamado de mensagem. Se a

mensagem tiver um tamanho maior que um quadro, necessita ser fragmentada. Nas

MORILLA
Highlight
o mesmo das anteriores
MORILLA
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Dentro do capítulo de CLP?
Page 42: Misturador de Tintas_m Copy

42

redes industriais, como se trata de informação de sensores na maioria das vezes, a

quantidade de bytes a transmitir em cada mensagem é pequena (em média, na ordem

de algumas dezenas de bytes). Assim, um quadro pode transportar uma mensagem

inteira. Diferentemente das redes locais de escritório, em que as redes estão

instaladas em ambientes limpos e normalmente com temperaturas controladas, no

caso de redes industriais, o ambiente nos quais as redes são instaladas é usualmente

hostil, uma vez que ruídos eletromagnéticos de grande intensidade podem estar

presentes. Por exemplo, no acionamento de motores elétricos, em função das altas

correntes envolvidas, radiações eletromagnéticas são geradas, podendo induzir

ruídos nos equipamentos eletrônicos nas proximidades. Além disso, ambientes

industriais podem apresentar temperaturas e umidades elevadas, dois aspectos

prejudicais aos componentes utilizados em sistemas computacionais e de

comunicação. Desta forma, equipamentos para redes industriais são, em geral,

especialmente construídos para trabalhar nessas condições adversas e os protocolos

de comunicação adotados também devem considerar aspectos de segurança e

disponibilidade do sistema desenvolvido. (PEREIRA & LAGES, 2004)

Para se conceber uma solução na área de automação, o primeiro passo é

projetar a arquitetura do sistema, organizando seus elementos vitais, remotas de

aquisição de dados, CLP, instrumentos, sistema de supervisão, em torno de redes de

comunicação de dados apropriadas. A escolha da arquitetura determinará o sucesso

de um sistema em termos de alcançar os seus objetivos de desempenho,

modularidade, expansibilidade, etc. (SEIXAS, 2004)

Para esse mesmo autor, uma das arquiteturas mais praticadas é a que define

hierarquias de redes independentes: rede de informação, rede de controle e rede de

campo.

Page 43: Misturador de Tintas_m Copy

43

4.8. REDE DE CONTROLE INDUSTRIAL

Interliga os sistemas industriais de nível 2 ou servidor SCADA aos sistemas

de nível 1 representados por CLPs ou remotas de aquisição de dados.

O tráfego é baseado em dados em que a criticidade temporal pode ou não ser

essencial, normalmente com volume médio de dados e frequência de transmissão em

função de eventos do sistema.

Nessa rede, os aspectos mais importantes são a disponibilidade e a

imunidade a falhas. (SEIXAS, 2004)

4.9. REDE DE CAMPO

A rede de campo permite a interação dos diversos dispositivos de monitoração

e controle presentes em uma planta de produção, através de aquisição de variáveis e

atuação sobre equipamentos. Por meio dela esses dispositivos trocam informações e

coordenam o controle dessa planta. (SEIXAS, 2004)

O tráfego é baseado em dados na maior parte com criticidade temporal,

caracterizada pelo pequeno volume de dados entre dispositivos, mas com frequência

de transmissão elevada. Exemplo clássico é o envio de temperatura de um dispositivo

de campo (sensor) para o CLP, onde o valor será utilizado no controle de temperatura

de determinada área (atuador). (SEIXAS, 2004)

Nessa rede, a latência entre o envio do pacote e o recebimento do mesmo

obedece a valores máximos bem definidos. (SEIXAS, 2004)

4.10. EXEMPLO DE ARQUITETURA PARA REDE INDUSTRIAL

Com base nas definições de Seixas (2004), uma configuração de arquitetura

para rede industrial com essas características pode ser vista na Figura 20. Nessa

figura, observa-se que as estações clientes SCADA se comunicam com seus

servidores SCADA e com cliente e servidores ERP (Enterprise Resource Planning)

através da rede de informação. A estação servidora SCADA se comunica com os

CLPs através da rede de controle. Os CLPs se comunicam com os sensores e

atuadores através da rede de campo. Do ponto de vista de segurança, é favorável

isolar o tráfego de controle do tráfego de informação através de equipamentos

roteadores de rede.

As redes de controle e informação também podem estar fundidas em uma

rede única, rede ethernet, por exemplo. Porém, como o tráfego na rede de controle é

MORILLA
Highlight
da página-----
Page 44: Misturador de Tintas_m Copy

44

caracterizado por mensagens curtas e muito frequentes e é de natureza diversa do

tráfego na rede de informação, em geral representada por arquivos maiores

transmitidos com baixa frequência, tornando os requisitos de desempenho e

segurança das duas redes diferentes, Seixas (2004), não recomenda esta fusão.

(fonte: Siemens, 2008)

4.11. SISTEMAS SCADA

Os sistemas SCADA (Supervisory Control and Acquisition Data System) são

aplicativos que permitem que sejam monitoradas e rastreadas informações do

processo produtivo, as informações podem ser visualizadas por intermédio de

quadros sinóticos animados com indicações instantâneas das variáveis de processo

(vazão, temperatura, pressão, volume, etc).

Os dados são provenientes do controle do CLP, podendo os softwares

supervisórios gerenciar processos de qualquer tamanho ou natureza. Estes auxiliam

no processo de implantação da qualidade e de movimentação de informações para

gerenciamento e diretrizes. Desta forma, a escolha do software de supervisão é muito

importante na estratégia de automação de uma empresa.

Figura 20: Exemplo de Arquitetura de uma Rede Industrial

Page 45: Misturador de Tintas_m Copy

45

Segundo Boyer (1993), um sistema SCADA permite a um operador, em uma

localização central, controlar um processo distribuído em lugares distantes, como,

óleo ou gás natural, sistemas de saneamento, ou complexos hidroelétricos, fazer set-

point ou controlar processos distantes, abrir ou fechar válvulas ou chaves, monitorar

alarmes, e armazenar informações de processo.

De acordo com esse mesmo autor, quando as dimensões do processo

tornam-se muito grandes, os benefícios, em termos de redução de custos de visitas

rotineiras, podem ser verificados, porque torna desnecessária a presença do operador

ou a visita em operação normal.

Hoje, os sistemas SCADA podem ter uma arquitetura aberta, ligada em rede,

de forma a permitir que o fluxo de dados do processo ultrapasse o limite das paredes

da empresa e percorra o mundo através dos meios de comunicação existentes.

Num ambiente industrial, esses sistemas auxiliam na gestão da produção,

porque possibilitam comunicações significativamente melhores entre todas as áreas

da operação, um melhor planejamento da produção, um melhor rastreamento das

ordens de produção, incluindo listas de materiais, além de uma melhor administração

do plano de produção, um acompanhamento mais preciso dos níveis de estoque

alocado e real de matérias-primas e produtos acabados, uma melhor administração e

manutenção dos equipamentos da planta incluindo o acompanhamento de defeitos e

a programação de ordens de trabalho para manutenção.

Segundo Rodrigues & Coelho (2000), os sistemas SCADA podem ser

subdivididos em:

a) Sensores e Atuadores: são dispositivos conectados aos equipamentos

controlados e monitorizados pelos sistemas SCADA.

Os sensores convertem parâmetros físicos, tais como velocidade, níveis de

água e temperatura, para sinais analógicos e digitais legíveis pela estação remota.

Os atuadores são usados para atuar sobre o sistema, ligando e desligando

determinados equipamentos.

b) Estações remotas: O processo de controle e aquisição de dados inicia-se

nas estações remotas, CLPs (Controlador Lógico Programável) e RTUs (Remote

Terminal Units), com a leitura dos valores atuais dos dispositivos a que estão

associados e o respectivo controle.

Os CLPs apresentam como principal vantagem a facilidade de programação

e controle de I/O. Por outro lado, os RTUs possuem boas capacidades de

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coloque aqui os tipos e depois os descreva
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46

comunicação, incluindo comunicação via rádio, estando especialmente indicados para

situações adversas onde a comunicação é difícil.

Atualmente, nota-se uma convergência no sentido de reunir as melhores

características desses dois equipamentos: a facilidade de programação e controle dos

CLPs e as capacidades de comunicação dos RTUs.

c) Redes de comunicações: A rede de comunicação é a plataforma através

da qual a informação de um sistema SCADA é transferida. Tendo em consideração

os requisitos do sistema e as distâncias a cobrir, as redes de comunicação podem ser

implementadas, entre outros, através dos seguintes meios físicos:

Cabos - Os cabos estão indicados para a cobertura de pequenas distâncias,

normalmente em fábricas, não sendo adequados para grandes distâncias devido ao

elevado custo da cablagem, instalação e manutenção;

Linhas Discadas - As linhas discadas podem ser usadas em sistemas com

atualizações periódicas, que não justifiquem conexão permanente. Quando for

necessário comunicar com uma estação remota é efetuada uma ligação para o

respectivo número;

Linhas Dedicadas - As linhas dedicadas são usadas em sistemas que

necessitam de conexão permanente. Essa conexão, no entanto, é uma solução cara,

pois é necessário o aluguel permanente de uma linha de dados ligada a cada estação

remota;

Rede Wireless - Esses dispositivos são usados em locais onde não estão

acessíveis linhas discadas ou dedicadas. Por vezes, em situações onde uma ligação

direta via rádio não pode ser estabelecida devido à distância, sendo necessária a

instalação de dispositivos repetidores.

d) Estações de monitoração central

As estações de monitoração central (servidor SCADA) são as unidades

principais dos sistemas SCADA, responsáveis por recolher a informação gerada pelas

estações remotas e agir em conformidade com os eventos detectados. Podem estar

centralizadas num único computador, ou distribuídas por uma rede de computadores

de modo a permitir a partilha de informação proveniente do servidor SCADA.

A interação entre os operadores e as estações de monitoração central

(servidor SCADA) é efetuada através de uma Interface Homem-Máquina, em que é

comum a visualização de um diagrama representativo da instalação fabril, a

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47

representação gráfica das estações remotas, os valores atuais dos instrumentos fabris

e a apresentação dos alarmes ativos.

Sob esta perspectiva a Figura 21 mostra todos os componentes básicos de

um sistema SCADA, desde a estação de monitoração central, onde está o software

de supervisão, passando pela rede de comunicação, CLP, sensores e atuadores até

as máquinas e equipamentos (processo).

(Fonte: Siemens, 2008)

CLP

ESTAÇÃO DE MONITORAÇÃO

REDE DE COMUNICAÇÃO

SENSORES E

ATUADORES

Figura 21: Componentes de um Sistema SCADA

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48

5. MEDIÇÃO DE NÍVEL

A medição de nível, apesar de muito simples em seus conceitos, requer na

prática artifícios e técnicas avançadas, principalmente para fins operacionais e de

custos. É uma medição amplamente utilizada nas mais diversas aplicações industriais.

(CASSIOLATO 2010)

Medir a variação de níveis é quantificar referenciais por meio de

monitoramento contínuo ou discreto com o objetivo de avaliar e controlar o volume de

tanques ou recipientes de armazenamento. São chamados de contínuos quando

fornecem uma saída proporcional ao nível que se deseja medir, e discretos quando

tem-se no máximo uma indicação de uma faixa de presença do material armazenado,

conforme ilustra a Tabela 1. (FIALHO 2004)

Tecnologia Aplicada para

Medição Líquidos Sólidos

Me

diç

ão

Dire

ta

Visores de nível X X

Bóias e Flutuadores X

Contatos de Eletrodos X

Sensores de Contato X

Unidade de Grade X

Me

diç

ão

In

dire

ta

Capacitância X X

Empuxo X

Pressão Hidrostática X

Caixa de Diafragma X

Tudo em U X

Borbulhamento X

Radioatividade X X

Ultra-som X X

Vibração X X

Pesagem X X

Tabela 1: Classificação das Medidas de Nível

(Fonte: Instrumentação Industrial, 2004)

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tabela é na parte de cima. Isto não é uma tabela é um quadro. Depois fale algo sobre o que você irá usar.
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49

5.1. MEDIÇÃO DE NÍVEL POR ULTRASSOM

O ultrassom é uma onda sonora de altíssima frequência que não pode ser

percebida pelo ouvido humano. Essa frequência pode variar de 20kHz até valores em

GHz. Sua velocidade é uma função do módulo volumétrico de elasticidade e da

densidade do meio no qual se propaga. (FIALHO 2004)

Os produtos ultra-sônicos são economicamente a escolha mais interessante

para monitoração e controle em aplicações de curto e longo alcance para líquidos,

lamas e sólidos, em uma ampla variedade de indústrias. (SIEMENS 2007)

Na medição de nível sua aplicação se dá pela medição do tempo em que ela

é emitida e recebida, quando a partir da emissão por uma fonte de ultrassom propaga-

se até refletir devido à colisão com um meio de densidade diferente do qual está se

propagando. (FIALHO 2004)

Pode-se calcular a altura do nível através da seguinte fórmula:

ℎ = 𝐿 − 𝑡 × √𝐵

𝜌

Onde:

L = Altura da fonte emissora – receptora no tanque – ( m );

t = Tempo total de propagação da onda – ( s );

B = Módulo volumétrico de Elasticidade – ( Pa );

ρ = Densidade do meio de Propagação – ( Kg/m³ ).

Durante a operação, o transdutor ultrassônico emite um pulso acústico em um

feixe estreito perpendicular à face do transdutor. O transceptor de nível mede o tempo

de propagação entre a emissão do pulso e a recepção do eco para calcular a distância

entre o transdutor e o material. As variações na velocidade do som devido à mudanças

de temperatura são automaticamente pelo sensor de temperatura integrado.

(SIEMENS 2009)

Toda onda, depois de refletida, retorna a origem, estará retornando com uma

leve variação de frequência. Da superposição das ondas emitidas às refletivas se

originam modulações de batimentos oscilantes, que serão proporcionais às variações

no tempo dos deslocamentos das duas ondas. Esses batimentos são processados e

analisados, permitindo assim o conhecimento do nível da substância armazenada no

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50

tanque, não sofrendo assim a influência da temperatura, conforme Figura 22. (FIALHO

2004)

Figura 22: Medição de nível por Ultrassom

(Fonte: PLC Max, 2013)

6. MOTOR CC

Os motores de corrente contínua, também conhecidos como motores DC, são

dispositivos que operam aproveitando as forças de atração e repulsão geradas por

eletroímãs e imãs permanentes. Ao passar uma corrente elétrica por um condutor, são

gerados campos magnéticos e, tais campos poderão fazer com que surjam forças de

atração e de repulsão. (BRAGA 2014)

A principal aplicação do Motor CC está relacionada ao controle de velocidades

com necessidades crítica de torque, ou seja, motores CC são excelentes escolhas

quando necessitamos manter o torque, mesmo alterando a velocidade. (CARVALHO

2012)

A ideia básica de um motor é montar uma bobina entre os pólos de um imã

permanente ou então de uma bobina fixa que funcione como tal. (BRAGA 2014)

Partindo da posição inicial, em que os pólos da bobina móvel, ao ser percorrida por

uma corrente, estão alinhados com o imã permanente temos a manifestação de uma

força de repulsão. Esta força de repulsão faz o conjunto móvel mudar de posição. No

entanto, no eixo do rotor, por onde passa a corrente que circula pela bobina, existe

um comutador. A finalidade deste comutador é inverter o sentido da circulação da

corrente na bobina, fazendo com que os pólos mudem, conforme ilustra a Figura 23.

(BRAGA 2014)

MORILLA
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como seleciona?
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51

Figura 23: Funcionamento do Motor CC

(Fonte: Instituto N. C. Braga, 2014)

6.1. CARACTERÍSTICAS DOS MOTORES CC

Os motores CC, em termos de manutenção e peças, são bastante complexos.

Eles exigem conhecimento, habilidade e um programa de manutenção eficiente. Sua

aplicação em sistemas de controle de velocidade em que o torque é um item

importante, em alguns casos, ainda não se encontra um substituto tão eficiente, como

o caso de pontes rolantes em indústrias siderúrgicas. A eficiência tem um preço. Os

sistemas eletrônicos de controle e velocidade o próprio motor CC devem ter um plano

de manutenção específico pois, o desgaste de algumas peças pertencentes ao motor

e a saturação de alguns componentes eletrônicos são evidentes e proporcionais à

utilização dos sistemas.

Dado o princípio de funcionamento, as características dos pequenos motores

admitem certo grau de flexibilidade.

Desta forma, a força que um pequeno motor pode fazer depende da tensão

aplicada à sua bobina a qual vai determinar a corrente circulante e portanto a

intensidade do campo magnético criado.

Pequenos motores são especificados não propriamente para uma

determinada tensão, mas sim para uma certa faixa de tensões, normalmente dando-

se o valor médio. Assim, um motor indicado para funcionar com 3V pode, na realidade

operar com tensões na faixa de 1,5 a 4,5 V, dependendo da força desejada.

Da mesma forma, a velocidade depende da força que ele vai fazer e os

fabricantes indicam faixas de rotação ou então uma certa rotação associada a uma

tensão e a uma corrente que, por sua vez, vai determinar a força que ele pode fazer.

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52

Nas aplicações mais críticas, como por exemplo dispositivos que devem ser

mantidos numa velocidade constante (toca-fitas, videocassetes, etc.) os motores

devem ter recursos que permitam fazer uma regulagem.

7. BOMBA PERISTÁLTICA

Similar a como o corpo humano bombeia o sangue, alimentos e oxigênio, uma

bomba peristáltica funciona utilizando o peristáltico para bombear produtos através da

mangueira, conforme Figura 24. A mangueira localiza-se ao rotor do rotor, que ao

rodar, comprime a seção da mangueira até quase plana. Quando o rotor libera a

compressão, a mangueira retorna a seu formato redondo, criando consequentemente

um vácuo parcial enchendo a mangueira. Esta compressão cria uma vedação, e,

conforme o rotor gira, qualquer produto no lado de descarga do rotor é impelido para

frente e deslocado da bomba. A combinação da sucção e ação de descarga resulta

em uma bomba de descolamento positivo autoescorvante.

Um cabeçote de bomba peristáltica consiste de apenas duas partes: o rotor e

o alojamento. A tubulação peristáltica é colocada no leito da tubulação – entre o rotor

e o alojamento, onde fica ocluso (espremido).

Os roletes no motor movem-se pela tubulação, empurrando o fluído. A

tubulação atrás dos roletes recupera o seu formato, cria um vácuo e extrai o fluido da

parte de trás.

Uma ‘bolsa’ de fluído é formada entre os roletes. É específico do ID da

tubulação e a geometria do rotor. A taxa de vazão é determinada multiplicando-se a

velocidade pelo tamanho da bolsa. Esta bolsa permanece constante exceto com

fluídos muito viscosos.

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como dimensiona?
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53

Figura 24: Bomba Peristáltica

(Fonte: Zeroday, 2013)

A bomba peristáltica é um projeto inspirado na “peristalsis”, movimento natural

do sistema digestivo, responsável pelo deslocamento do alimento dentro do intestino.

É um princípio extremamente simples: um mangote posicionado no curso do rotor é

alternadamente comprimido e aliviado por sapatas nas extremidades pela rotação do

mesmo, o que gera uma sucção negativa e consequente transferência de fluido dentro

desse mangote.

Tal princípio de bombeamento confere grande força de sucção, vencendo

resistências, eliminando risco de “slip” de produto. Assim, as bombas peristálticas

apresentam funcionamento superior na transferência de fluidos viscosos, com alto teor

de fibras e sólidos, e abrasivos, sendo largamente utilizada em diversos setores da

indústria. Como a quantidade de fluido bombeado por rotação da bomba é constante,

também funcionam como excelentes bombas dosadoras.

Outro ponto importante é a ausência de contaminação, pois o projeto dessas

bombas implica que apenas o material da mangueira ou mangote entra em contato

com o fluido bombeado. Desse modo, difundiu-se o uso de bomba peristáltica de

mangueira em aplicações de laboratório.

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54

8. MISTURADORES

Os Agitadores ou Misturadores são indicados para operações onde é

necessário misturar, dissolver, agitar ou homogeneizar qualquer tipo de solução

líquida, com ou sem a presença de sólidos.

Segundo o Pesquisador Carlos Fernandes Joaquim Junior “Com aplicações nos mais

variados ramos, como alimentício, químico, farmacêutico, de bebidas e de toucador,

entre outros, a operação unitária de agitação ou mistura de fluidos desempenha

importante papel nos processos industriais, podendo ser empregada com diversas

finalidades, entre as quais: na mistura de líquidos miscíveis ou imiscíveis; na

aceleração de trocas térmicas; para promover a incorporação de sólidos em meios

líquidos; para catalisar reações químicas; na formação de soluções ou suspensões.

Muitos conceitos de impelidores têm sido criados e estudados, sob uma ampla

variedade de parâmetros, visando, em sua maioria, atender a requisitos processuais

específicos.” (Carlos Fernandes Joaquim Junior, 2008)

Estes misturadores são desenvolvidos especificamente para cada aplicação,

podendo ser fornecido com várias faixas de potência, rotação, comprimento de haste

e tipos e diâmetro de hélices, sendo estas configurações especificadas dependendo

das características do produto a ser agitado. (BOMAX DO BRASIL, 2008)

A densidade e a viscosidade do produto que será agitado, além do fator de

tipo de agitação (homogeneização, dissolução, suspensão de sólidos, etc.)

influenciam diretamente no dimensionamento do equipamento, sendo imprescindíveis

estas informações para um bom e eficiente dimensionamento do equipamento.

(BOMAX DO BRASIL, 2008)

8.1. FUNCIONAMENTO

O funcionamento dos misturadores depende do tipo de matéria prima em que

vai ser aplicado. Para líquidos utilizam-se pás, turbinas ou hélices para aplicar energia

mecânica aos líquidos esses dispositivos são ligados a um eixo que gira dentro de um

reservatório. A ação da mistura ocorre pela criação de correntes geradas por esses

dispositivos que atingem todos os pontos dos reservatórios com turbulência. (Prof. Dr.

Félix Monteiro Pereira, 2008). A Figura 25 mostra um tanque para misturar líquidos:

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55

Figura 25: Tanque Misturador

(Fonte: ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 2008, Agitação e Mistura)

A Figura 25 apresenta um tanque misturador com os componentes básicos

para a mistura de líquidos, onde pode-se ver o reservatório geralmente com o fundo

arredondado para facilitar a mistura; motor; redutor de velocidade; haste ou impulsor;

placas defletoras (opcional); placas defletoras (opcional); termômetro (opcional) e

ponto de amostragem. (Prof. Dr. Félix Monteiro Pereira, 2008)

Existem três tipos de fluxo que são gerados pela mistura, Radial, Longitudinal

e Tangencial ou Rotacional como é apresentado na figura 27.

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56

Figura 26: Fluxos

(Fonte: ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 2008, Agitação e Mistura)

Como visto na Figura 26 o fluxo Radial são aqueles que geram linhas de fluxo

perpendiculares ao eixo do agitador, ou seja, impulsiona a grande massa liquida

contra as paredes do tanque, já o fluxo Longitudinal são aqueles que geram linhas de

fluxo paralelas ao eixo do agitador, ou seja, impulsiona a grande massa liquida contra

o fundo do tanque e o fluxo Tangencial são aqueles que geram linhas de fluxo

circulares e em regime de fluxo laminar, destinados a misturar produtos de alta

viscosidade (acima de 50000 centipoise (cP)), impulsiona a grande massa liquida ao

redor da parede do tanque (Prof. Dr. Félix Monteiro Pereira, 2008).

8.2. VÓRTICE

Um dos problemas na ação de misturar líquidos é a vórtice que é produzida

pela ação da força centrífuga que age no líquido em rotação, devido à componente

tangencial da velocidade do fluido. Geralmente ocorre para líquidos de baixa

viscosidade (com agitação central). (Prof. Dr. Félix Monteiro Pereira, 2008)

Existem algumas maneiras de evitar o vórtice, descentralizar o agitador,

inclinar o agitador de 15° em relação ao centro do tanque, colocar o agitador na

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57

horizontal ou ainda usar dificultores (refletores ou chicanas). (Prof. Dr. Félix Monteiro

Pereira, 2008)

8.3. TIPOS DE AGITADORES OU IMPULSORES

8.3.1. HÉLICES

Utilizada geralmente para agitação de fluidos de baixa viscosidade (μ < 50 cP)

e tem maior circulação que uma turbina. Seu uso é recomendado para suspensão de

sólidos, mistura de fluidos miscíveis e também utilizada para transferência de calor

um dos seus pontos negativos é de não fornecer tensão de cisalhamento. (Prof. Dr.

Félix Monteiro Pereira, 2008)

8.3.2. TURBINAS

Podem apresentar escoamento radial e possui alta tensão de cisalhamento

nas pontas do impulsor ou escoamento axial (pás inclinadas): úteis para suspensão

de sólidos, e como as de pás planas são úteis para agitação de fluidos viscosos,

fluidos poucos viscosos, dispersão de gases em líquidos, mistura de fluidos imiscíveis

e dispersão de gases e transferência de calor. E sua velocidade de rotação é alta.

(Prof. Dr. Félix Monteiro Pereira, 2008)

8.3.3. PÁS

Sua velocidade de rotação é baixa e são utilizada para mistura de fluidos muito

consistentes. Agitador relativamente largo e achatado (placa plana) preso a uma

haste mais longa. Em geral são colocadas no centro do tanque e produzem mistura

suave. (Prof. Dr. Félix Monteiro Pereira, 2008)

8.4. DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AGITAÇÃO

O conjunto conhecido como tanque agitador normalmente consiste em um

tanque cilíndrico, um ou mais impedidores, um motor e, usualmente, chicanas.

Alguns tanques são providos de serpentinas ou camisas para promover a

troca térmica.

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58

A Figura 27 apresenta as nomenclaturas de variáveis para determinar o

dimensionamento de um tanque padrão.

Figura 27: Tanque Padrão

(Fonte: ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 2008, Agitação e Mistura)

Sendo: Da = Diâmetro do agitador; Dt = Diâmetro do tanque;

H = Nível de Liquido; E = Distância da lamina ao fundo; J = Largura do Refletor;

L = Comprimento da lamina; W = Altura da lamina.

Segundo Holland o tanque padrão como visto na figura xxx deve atender os

seguintes requisitos: o impulsor deve ser uma turbina de 6 laminas planas; o número

de dificultores é igual a 4 montados verticalmente na parede do tanque do fundo até

acima do nível de liquido e;

𝐷𝑎 =1

3. 𝐷𝑡 𝐸 = 𝐷𝑎 [(

𝜀

𝐷𝑎) = 1] 𝑊 = (

1

5) . 𝐷𝑎

𝐿 = (1

4) . 𝐷𝑎 𝐻 = 𝐷𝑡 𝐽 = (

1

10) . 𝐷𝑡

(Prof. Regina de Fátima Peralta Muniz Moreira)

Já para McCabe o tanque padrão como visto na figura 28 deve ter: turbina de

4 a 16 laminas (geralmente de 6 – 8); o número de dificultores deve ser igual a 4; se

o 𝐻 = 1,25. 𝐷𝑡 usar mais diversos impulsores a melhor distância dos impulsores deve

ser = 1 − 1,5(𝐷𝑎) e ;

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59

𝐷𝑎

𝐷𝑡=

1

3

𝐻

𝐷𝑡=

1

10 𝑎

1

2

𝐽

𝐷𝑡=

1

12

𝐸

𝐷𝑎= 1

𝑊

𝐷𝑎=

1

5

𝐿

𝐷𝑎=

1

4

(Prof. Regina de Fátima Peralta Muniz Moreira)

Para o Prof. Dr. Félix Monteiro Pereira “o processo de escolha do agitador

apropriado é considerado uma arte”, devido a vários tipos de variáveis que envolvem

a escolha certa do agitador. A Figura 28 apresenta um gráfico de variação de

viscosidade por volume em litros. (Prof. Dr. Félix Monteiro Pereira, 2008)

Figura 28: Gráfico de Viscosidade X Volume

(Fonte: ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 2008, Agitação e Mistura)

Essa Figura 28 é muito utilizada para a determinação do tipo de agitador a ser

utilizado no processo. Com ela pode-se saber qual seria o melhor tipo de agitador para

seu processo a partir do Volume (em Litros ou metros cúbicos) e da viscosidade

(centipoise cP ou Pascal segundo Pa.s).

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60

8.5. VAZÃO

Define-se vazão como sendo o volume de fluido que atravessa uma certa

seção do escoamento por unidade de tempo. (Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J.

Rodrigues, 2008) Como representado na equação a seguir:

𝑄 =𝑉

𝑇

Onde Q = vazão, V = volume e T = tempo

A vazão pode ser determinada a partir do escoamento de um fluido através

de determinada seção transversal de um conduto livre (canal, rio ou tubulação aberta)

ou de um conduto forçado (tubulação com pressão positiva ou negativa). Sendo assim

podemos afirmar que Isto significa a vazão representa a rapidez com a qual um

volume escoa. (Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues, 2008)

São muitas as aplicações, desde simples como a medição de vazão de água

em estações de tratamento e residências, até medição de gases industriais e

combustíveis, passando por medições mais complexas. A escolha correta de um

determinado instrumento para medição de vazão depende de vários fatores. Dentre

estes, pode-se destacar: exatidão desejada para a medição, tipo de fluido: líquido ou

gás, limpo ou sujo, número de fases, condutividade elétrica, transparência, níveis de

pressão e temperatura nos quais o medidor deve atuar, espaço físico disponível e etc.

(Eng.º César Cassiolato e Eng.º Evaristo O. Alves, 2008)

A Figura 29 mostra como como a vazão e muito aplicada nos processos

industriais.

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61

Figura 29: Gráfico de Medições

(Fonte: Revista Control Engineering, 2002)

A Figura 29 mostra o gráfico das grandezas mais medidas dentre os

processos industriais, a grandeza de vazão se destaca como sendo a terceira mais

medida dentro de processos industriais por ter um amplo campo de aplicação.

A medição de vazão de fluidos sempre esteve presente em nosso dia-a-dia.

Por exemplo. o hidrômetro de uma residência, o marcador de uma bomba de

combustível nos veículos, etc. Na História, grandes nomes marcaram suas

contribuições. Em 1502 Leonardo da Vinci observou que a quantidade de água por

unidade de tempo que escoava em um rio era a mesma em qualquer parte,

independente da largura, profundidade, inclinação e outros. Mas o desenvolvimento

de dispositivos práticos só foi possível com o surgimento da era industrial e o trabalho

de pesquisadores como Bernoulli, Pitot e outros. (Eng.º César Cassiolato e Eng.º

Evaristo O. Alves, 2008)

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62

8.6. VAZÃO VOLUMÉTRICA

É definida como sendo a quantidade de fluído medida em volume que

atravessa uma certa secção dividido por um intervalo de tempo. (Prof. Eng.º Dr. Paulo

Sérgio, 2008)

Conforme a equação:

𝑄𝑣 =∀

𝑡

Onde 𝑄𝑣 = vazão volumetrica, ∀ = volume, t = tempo

As unidades volumétricas mais comuns são: m³/s, m³/h, l/h, l/min, GPM

(galões por minuto), Nm³/h (normal metro cúbico por hora), SCFH (normal pé cúbico

por hora), entre outras.

8.7. VAZÃO MÁSSICA

É definida como sendo a quantidade de fluido medido em peso que atravessa

uma certa secção dividido por um intervalo de tempo. (Prof. Eng.º Dr. Paulo Sérgio)

Conforme a equação:

𝑄𝑚 =𝑚

𝑡

Onde 𝑄𝑚 = vazão mássica, 𝑚 = massa e t = tempo

As unidades de vazão mássica mais utilizadas são: kg/s, kg/h, t/h, lb/h.

8.8. CONCEITOS FÍSICOS PARA MEDIÇÃO DE VAZÃO

Para medição de vazão se faz necessário rever alguns conceitos relativos a

fluidos, pois os mesmos influenciam na vazão de modo geral. (Eng.º César Cassiolato

e Eng.º Evaristo O. Alves, 2008)

A seguir, os principais deles:

8.8.1. MASSA ESPECÍFICA

É conhecida também como densidade, é definida como sendo a média contida

num certo volume de fluido. A massa específica pode variar muito pouco em função

da pressão e da temperatura para fluidos incompressíveis. Para fluidos compressíveis

Page 63: Misturador de Tintas_m Copy

63

a variação é bem maior sendo considerada nas soluções de problemas reais. (Prof.

Eng.º Dr. Paulo Sérgio, 2008)

A seguir a equação que define a massa específica:

𝜌 =𝑚

Onde 𝜌 = massa específica, 𝑚 = massa e ∀ = volume

8.8.2. PESO ESPECÍFICO

Define-se peso especifico como sendo o peso da unidade volumétrica, isto é, peso

de fluido divido pelo volume de fluido. (Prof. Eng.º Dr. Paulo Sérgio, 2008)

Como pode ser visto na equação a seguir:

𝛾 =𝐺

Onde 𝛾 = peso específico, G = peso e ∀ = volume

8.8.3. VISCOSIDADE CINEMÁTICA

É definida como sendo a resistência ao escoamento de um fluido em um duto

qualquer. Esta resistência provocará uma perda de carga adicional que deverá ser

considerada na medição de vazão. (Eng.º César Cassiolato e Eng.º Evaristo O. Alves,

2008)

A equação da viscosidade pode ser definida como:

𝜐 =𝜇

𝜌

Onde: 𝜐 = viscosidade cinemática; 𝜇 = viscosidade absoluta ; 𝜌 = massa específica

8.8.4. NÚMERO DE REYNOLDS

Número adimensional utilizado para determinar se o escoamento se processa

em regime laminar ou turbulento. Sua determinação é importante como parâmetro

modificador do coeficiente de descarga. (Eng.º César Cassiolato e Eng.º Evaristo O.

Alves, 2008)

Segue abaixo a equação do número de Reynolds.

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64

𝑅𝑒 = 𝑉. 𝑑

𝜐

Onde: Re = Número de Reynolds, V = velocidade (m/s), d = diâmetro do tubo

(m); 𝜐= viscosidade cinemática (m²/s)

Na prática, se Re > 2.320, o fluxo é turbulento, caso contrário é sempre

laminar e nas medições de vazão na indústria, o regime de escoamento é na maioria

dos casos turbulento com Re > 5.000. (Eng.º César Cassiolato e Eng.º Evaristo O.

Alves, 2008)

8.8.5. DISTRIBUIÇÃO DE VELOCIDADE EM UM DUTO

Em regime de escoamento no interior de um duto, a velocidade não será a

mesma em todos os pontos. Será máxima no ponto central do duto e mínima na

parede do duto. (Eng.º César Cassiolato e Eng.º Evaristo O. Alves, 2008)

8.8.6. REGIME LAMINAR

É aquele em que as partículas se deslocam em laminas individualizadas, sem

trocas de massa entre elas. É caracterizado por um perfil de velocidade mais

acentuado, onde as diferenças de velocidades são maiores. (Franco Brunetti, 2008)

Como apresentado na Figura 30:

Figura 30: Escoamento em Regime Laminar

(Fonte: SMAR EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS 2008, Medição de Vazão)

Como já foi dito anteriormente a Figura 30 mostra que a velocidade do centro

do tubo é máxima e próximas as paredes é mais baixa.

8.8.7. REGIME TURBULENTO

É aquele em que as partículas apresentam um movimento aleatório

macroscópico, isto é, a velocidade apresenta componentes transversais. É

Page 65: Misturador de Tintas_m Copy

65

caracterizado por um perfil de velocidade mais uniforme que o perfil laminar. Suas

diferenças de velocidade são menores. (Franco Brunetti, 2008)

Figura 31: Escoamento em Regime Turbulento

(Fonte: SMAR EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS 2008, Medição de Vazão)

A Figura 31 mostra como ocorre a distribuição de velocidades no regime

turbulento onde pode-se observar um perfil de velocidades mais linear e diferenças

menores de velocidades.

8.9. TIPOS DOS MEDIDORES DE VAZÃO

Resumidamente, podemos classificar os medidores de vazão, segundo a

Figura 32.

Figura 32: Classificação de Medidores de Vazão

(Fonte: SMAR EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS 2008, Medição de Vazão)

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66

A Figura 32 mostra como ocorre a classificação dos medidores de pressão,

havendo três níveis de classificação.

8.10. EQUAÇÕES PARA O CÁLCULO DA VAZÃO

As equações para o cálculo da vazão podem ser obtidas genericamente para

os três tipos de medidores apresentados. Aplica-se a Equação da Conservação da

Massa, bem como a Equação da Conservação da Energia, sendo esta última na sua

forma simplificada, que é a Equação de Bernoulli. (Eng.º César Cassiolato e Eng.º

Evaristo O. Alves, 2008)

Para mostrar as equações para o cálculo da vazão usaremos como exemplo

o tubo de Venturi com água que escoe em regime permanente conforme apresentado

na Figura 33.

Figura 33: Tubo de Venturi

(Fonte: Livro Mecânica dos Fluidos 2ª edição revisada 2008)

A equação de Bernoulli aplicada ao escoamento ideal, entre os pontos 1 e 2

da Figura 33.

𝑃1

𝜌+

𝑉12

2+ 𝑔𝑍1 =

𝑃2

𝜌+

𝑉22

2+ 𝑔𝑍2

Onde o primeiro termo da equação representa a energia cinética, o segundo

a energia de pressão, proveniente do trabalho de escoamento, enquanto o terceiro

termo representa a energia potencial. Idênticas parcelas existem do lado direito, para

o ponto 2. Esta igualdade significa que a soma das três parcelas é uma constante ao

longo de uma linha de corrente, não havendo perdas por atrito. Para o escoamento

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na posição horizontal, não há variação de energia potencial, sendo z1 = z2. (Eng.º

César Cassiolato e Eng.º Evaristo O. Alves, 2008)

Dessa forma pode-se escrever:

𝑉22 − 𝑉1

2

2𝑔=

𝑃1 − 𝑃2

𝛾 (2)

O segundo membro da equação (2) pode ser determinado pelo manômetro

diferencial instalado, mas antes disso é interessante notar que, pela equação da

continuidade, sendo 𝐴2 < 𝐴1,tem-se 𝑉2 > 𝑉1,e como a energia cinética aumenta de 1

para 2 no trecho considerado, a energia de pressão deverá diminuir para que a soma

seja constante. Essa observação explica o porquê de o manômetro estar desnivelado

da esquerda para a direita, já que 𝑃1 > 𝑃2. Partindo do centro geométrico da seção 1,

desprezando os trechos comuns aos dois ramos do manômetro e considerando 𝛾𝐻𝑔 =

136000 𝑁/𝑚3 e 𝛾𝐻2𝑂 = 10000 𝑁/𝑚3 e 𝑔 = 10 𝑚/𝑠2 , a equação manométrica ficará:

(Franco Brunetti, 2008)

𝑃1 + 𝛾𝐻2𝑂 . ℎ − 𝛾𝐻𝑔. ℎ = 𝑃2

𝑃1 − 𝑃2 = (𝛾𝐻𝑔 − 𝛾𝐻2𝑂). ℎ

Logo:

𝑃1 − 𝑃2 = 12.600 𝑁/𝑚2 (3)

Aplicando a equação (3) na equação (2) tem-se:

𝑉22 − 𝑉1

2

2𝑔=

12.600

10.000

Logo:

𝑉22 − 𝑉1

2 = 25,2𝑚2

𝑠2 (4)

Sendo A a área da seção transversal, 𝐴1 = 20𝑐𝑚2e 𝐴2 = 10𝑐𝑚2 e usando a

equação da conservação da massa entre as seções 1 e 2 obtém-se:

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𝑉1𝐴1 = 𝑉2𝐴2

Logo:

𝑉1 =𝑉2𝐴2

𝐴1

𝑉1 = 0,5. 𝑉2 (5)

Aplicando a equação (5) na equação (4) obtendo-se a equação seguinte:

𝑉2 = √(25,2

0,75) = 5,8 𝑚/𝑠

A vazão pode ser então obtida, multiplicando-se esta velocidade pela sua

respectiva área.

𝑄 = 𝑉2. 𝐴2

𝑄 = 5,8 𝑥 (10 𝑥 10−4)

𝑄 = 5,8 𝐿/𝑠

Conforme previsto inicialmente foi calculada a vazão a partir do tubo de

Venturi e usando a equação de Bernoulli, equação manométrica e a equação da

conservação da massa.

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69

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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