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Missões Nacionais Missões Mundiais Aluna do “Novos Sonhos” ganha festa de princesa na Cristolândia SP Página 07 JMM: 109 anos sendo a agência transcultural dos Batistas brasileiros Página 11 ISSN 1679-0189 Ano CXV Edição 28 Domingo, 10.07.2016 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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Page 1: Missões Nacionais Missões Mundiais Aluna do “Novos … que nós, os cristãos, não somos um povo de grande fé, mas um povo cuja a fé está baseada em um grande Deus, um Deus

o jornal batista – domingo, 10/07/16

Missões Nacionais Missões Mundiais

Aluna do “Novos Sonhos” ganha festa de princesa

na Cristolândia SPPágina 07

JMM: 109 anos sendo a agência transcultural

dos Batistas brasileirosPágina 11

ISSN 1679-0189

Ano CXVEdição 28Domingo, 10.07.2016R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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2 o jornal batista – domingo, 10/07/16 reflexão

E D I T O R I A L

Dizem que nós, os cristãos, não somos um povo de grande fé, mas um povo

cuja a fé está baseada em um grande Deus, um Deus com-passivo, misericordioso, zelo-so, que utiliza o Seu poder em nosso benefício.

Assim, os cristãos não estão automaticamente capacitados para enfrentar todas as situa-ções, mas sabem onde e em quem buscar ajuda - no Deus que tem capacidade para en-frentar todas as situações, o Deus do impossível. A Sua presença é a nossa coragem. Não podemos lutar sozinhos. Todos os esforços serão inú-teis se estivermos longe do Amor de Deus - revelado em Seu Filho Jesus - e da presença

orientadora do Seu Espirito Santo a cada instante. Ele estará conosco até o fim dos séculos, essa é a promessa: “E estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28.20).

Deus é a fonte da nossa fé, que não depende de atos ou atitude de outras pessoas, mas de uma experiência profunda e pessoal com Deus. Quando reconhecemos a necessidade que temos de Jesus e, quando, pela fé, agradecemos a Deus pelo fato de nos ter perdoado e purificado através do Seu sangue, então obteremos se-gurança. Muitas vezes usamos a expressão “É preciso ver para crer”. Fé, porém, é crer para ver as maravilhas que Deus deseja operar por nos-

sa instrumentalidade. Nossa esperança não é passageira, então, temos a responsabili-dade de transmitir esta mes-ma esperança aos que estão desesperados, aos que vivem nas trevas sem direção, aos que não descobriram que as misericórdias de Deus se re-novam a cada manhã.

Temos aprendido que so-mos pessoas especiais. Deus nos fez únicos e com um jeito único de ser. Fomos feitos para ser e servir a Deus de uma maneira especial. É isto que nos faz felizes e bem-sucedidos. Que a cada dia nós sejamos mais e mais capacitados como cristãos, no exercício da nossa fé.

E no sentido de buscar-mos capacitação, além de

exercitarmos a fé, também precisamos cuidar dos nossos dons, pois somos membros do Corpo de Cristo. E nesta edição temos um convite especial para os irmãos que são conselheiros e líderes de Embaixadores do Rei. Será uma oportunidade singular; além das atividades de capa-citação, também avaliaremos e apresentaremos sugestões de atualização dos atuais manuais. Será uma ótima oportunidade para todos os que amam e atuam neste mi-nistério de capacitação cristã.

Sócrates Oliveira de Souza, pastor,

diretor executivo da Convenção Batista

Brasileira

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Infoglobo

Capacitação do cristão no exercício da fé

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3o jornal batista – domingo, 10/07/16reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Essa frase é de autoria do apóstolo Paulo, quando escreveu a carta à Igreja em Co-

lossos (Colossenses 1.27). Uma carta que se aplica aos momentos atuais como aler-ta aos salvos. A cidade de Colossos estava em deca-dência, vindo a desaparecer oito séculos depois. A Igreja sofria com a ruína da cidade e com as muitas heresias que fervilhavam na região. Não era fácil aos cristãos novos na fé permanecerem firmes em Cristo.

O Evangelho chegou a Colossos durante o ministé-rio de Paulo em Éfeso (Atos 19.20). Epafras foi o planta-dor da Igreja (Colossenses 1.7), que floresceu para a Glória de Cristo. Epafras vai

Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

Vi v e m o s e m u m mundo materialis-ta, hedonista. O homem é o centro

de tudo. Buscam os valores aqui da terra e nem por um momento pensam no além.

A grande verdade é que nós estamos aqui de passa-gem, não moraremos para sempre na Terra. A duração da nossa vida é de 70 anos;

ao encontro de Paulo na prisão, é preso e passa a ser companheiro de Paulo no cárcere. Deveria ser ele o mensageiro a levar a carta. Impedido, a carta é levada por Tíquico (Colossenses 3.7), que, após ser lida em Colossos, deveria ser lida em Laodicéia (Colossenses 4.16). À Igreja em Laodicéia, Paulo endereça outra carta que, infelizmente, não che-gou aos dias atuais.

Do texto de Colossenses 1.27 é tirado o tema que ins-pira Missões Estaduais 2016: “Cristo em vós, esperança da glória”. A mensagem que o texto sugere é desafiadora. Vivemos momentos difíceis em nossa Convenção, que precisa voltar ao senhorio absoluto de Cristo. Parar

alguns chegam aos 80 anos, o que passa disso é canseira e enfado, diz as Escrituras.

A Bíblia apresenta dois lu-gares distintos na eternidade, ela fala de céu e do inferno. O céu é o lugar dos salvos, e o inferno será a habitação dos perdidos, ou seja, os que rejeitaram a Cristo como seu único e suficiente Salvador e Senhor.

Hoje, quero falar do céu, aliás, ele é apresentado como um lugar maravilhoso. Pense

de crer que recursos oriun-dos de fontes incrédulas são capazes de impulsionar a evangelização do Estado. Voltar à fonte cristalina do Evangelho é a solução. O texto revela qual é a fonte verdadeira. Cristo, em cada salvo, transmitindo espe-rança para a sociedade em crise, é o desafio. Não há outro recurso. Vivida essa verdade, ocorreria um ver-dadeiro avivamento bíblico.

A Igreja em Colossos en-frentava as mais variadas agressões contra a simplici-dade do Evangelho de Cristo. Religiões de mistérios, culto aos anjos, proibições quanto ao que se comer, orgulho religioso, que leva o salvo a se colocar como superior aos demais salvos. No dizer de

em um lugar aqui da Terra que você tem o desejo de morar. Por melhor que seja, não tem comparação com o céu. O apóstolo Paulo, em Filipenses 3.20, diz: “Pois a nossa pátria está nos céus, de onde tam-bém aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo”.

Como será o céu? Apo-calipse 21.12 diz: “Tinha grande e alta muralha, doze portas, e, junto as portas, doze anjos, e, sobre elas, nomes inscritos, que são os

Paulo, “Coisas que são sem valor algum, senão para a satisfação da carne” (Cl 2.23). O verdadeiro salvo não bus-ca satisfação própria, mas a Glória de Cristo.

A Igreja do Senhor Jesus passa por momentos cruciais. A decadência da sociedade exerce influência na vida e comportamento dos salvos. Tais fatos deveriam servir como desafios. Mas, atraído pelo triunfalismo, condicio-na-se o Evangelho ao sabor desejado pelo pecador, sem necessidade de morrer para que Cristo tenha a preemi-nência. A Igreja de Colossos, apesar das admoestações do apóstolo, não subsistiu à ruína da Cidade. Temo que a Igreja, hoje, não consiga sobreviver à decadência da

nomes das doze tribos dos filhos de Israel”. “A cidade é quadrangular, de compri-mento e largura iguais. E mediu a cidade com a vara até doze mil estádios. O seu comprimento, largura e al-tura são iguais” (Ap 21.16). “A estrutura da muralha é de jaspe; também a cidade é de ouro puro, semelhante a vidro límpido” (Ap 21.18).

O texto continua dizendo que as doze portas são doze pérolas. A praça da cidade

sociedade; com suas fontes corruptas, sua violência, sua imoralidade, seus misticis-mos e suas seitas demonía-cas.

O desafio permanece. Cada salvo revelando a cada dia a presença de Cristo em seu viver prático. Na família, na vizinhança, no trabalho, na sociedade, como bom cida-dão de Cristo. Os pecadores precisam ver em nós, servos de Jesus, a presença de Cris-to, esperança da glória. Só as-sim as crises serão superadas. A administração do sagrado será exercida com tremor e temor, pois servimos a Cristo, não aos homens. O aviva-mento desejado por todos os salvos tem início quando Cristo passa a ser Senhor ab-soluto dos nossos atos.

é de ouro puro, como vidro transparente, a cidade não precisa de sol, nem da lua, pois a Glória de Deus a ilu-minou, e o Cordeiro é a sua lâmpada.

Gosto da afirmação de Je-sus em João 14.2, que diz: “Na casa do meu Pai há mui-tas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar”. O céu é um lugar maravilhoso. Você já tem certeza que irá para lá?

“Cristo em vós, esperança da glória”

Céu, um lugar maravilhoso

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4 o jornal batista – domingo, 10/07/16 reflexão

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

O que fazer com as pernas curadas?“Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar peca-dos (disse então ao paralítico): Levanta-te, toma a tua cama, e vai para tua casa.” (Mt 9.6)

Jesus voltava para a Sua cidade. Ali chegando, de-frontou-se com um paralí-tico entrevado em seu lei-

to. Seus amigos o trouxeram para ser curado pelo Rabi. Nem o enfermo, nem seus amigos imaginavam as impli-cações que significava o ato de ser curado por Jesus. Tudo começou quando Cristo, em vez de simplesmente eliminar a doença do homem com pa-ralisia, resolveu complicar as coisas, dizendo: “Tenha bom ânimo, filho, os seus pecados estão perdoados” (Mt 9.26). Foi aí que os religiosos se enfureceram, cheios do “zelo amargo da doutrina”, como Paulo costumava dizer.

A pergunta feita por Jesus teve um certo tom de ironia: “Gente, se Eu tivesse apenas dito ao enfermo para se levan-tar e ir caminhando para casa,

isso não seria muito sério? Eu decidi perdoar os pecados dele – coisa que só Deus po-der fazer – e, ainda por cima, curei a paralisia dele. Mesmo assim, ao invés de vocês se alegrarem, dando graças ao bom Deus, a única coisa de que se ocuparam foi criticar--Me, por causa de problemas de doutrina!”. Puxa vida!

Ser curado por Jesus, minha gente, tem lá o seu preço, em termos de saúde espiritual. Mais do que andar com as próprias pernas, Jesus quer nos habilitar a caminhar cer-to, no Caminho dEle. O que devemos fazer com nossas pernas curadas? Gastar mal a graça divina, enveredando pelas obscuras alamedas do nosso pecado e das nossas próprias distorções da Graça de Deus? O denominador co-mum de todas as curas feitas por Cristo é o desafio. Agora, que você está andando, vem e segue-Me. “Seu negócio, agora que você está com as pernas boas, é ficar do Meu lado, no Meu processo de ajudar aos outros”. Só isso!

Celson Vargas, pastor, colaborador de OJB

“Nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem coisas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separa-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus.” (Rm 8.38-39)

Carregamos uma certeza, de certa forma inquietante, de que tudo que

temos nesta vida é passí-vel de perda, inclusive, a própria vida. Entretanto, ao analisar o texto bíblico em destaque, constatamos que Deus nos afirma que temos, da parte dEle, uma dádiva imperdível para nós, o Seu amor. Ele nos ama sempre, merecendo ou não. Veremos alguns fatos em que estamos envolvidos, que bem funda-mentam isso:

1 - Nós O deixamos, Ele continua nos buscando: Esse deixar aconteceu quando nos-sos antepassados decidiram, espontaneamente, deixar o convívio com o Criador no Jardim do Éden, em busca de aventuras extras por um mundo sem a presença de Deus. Nisso, estamos todos, seus descendentes, até ao final da nossa história. A busca, no ministério de Jesus, consiste do nascimento à ressurreição e, neste tempo, pelo seu Espírito Santo, para salvar nossas almas da morte espiritual, nos resga-tando deste mundo. “Porque o filho do homem veio buscar e salvar o perdido” (Lc 19.10).

2 - Nós O ofendemos, Ele continua nos amando: O pe-cado que tão comumente co-metemos fere diretamente o coração de Deus. Mas, nem por isso, Ele deixa ou deixará de nos amar. Claro que Ele desaprova os nossos atos pe-caminosos, mas continua com

braços abertos para nos rece-ber e perdoar, mediante ao nosso arrependimento. “Mas Deus prova o seu amor para conosco, pelo fato de ter Jesus morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8).

3 - Nós conquistamos a mor-te, Ele nos devolve a vida: A Bíblia diz que a morte entrou no mundo através do pecado, como também diz que o pe-cado entrou através de nós, de onde se deduz que a morte é uma conquista nossa; Deus não a tinha para nós, criados à Sua imagem. O seu amor O leva a nos devolver a vida, por meio de Jesus: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também por um só ato de jus-tiça veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida” (Rm 5.12;18). Decida reconhecer o amor de Deus por você. Permita ser achado e salvo por Jesus.

Uma dádiva

perpétua

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5o jornal batista – domingo, 10/07/16reflexão

Vilmar Paulichen, pastor, colaborador de OJB

“Todo lugar onde vocês pu-serem os pés será de vocês.” (Dt 11.24a)

Canaã estava lá, es-perando para ser ocupada pelo povo de Israel. Era uma

herança excelente; o próprio Deus cuidava continuamente daquela terra (Deuteronômio 11.12). Mas, entrar e viver lá, não era tão simples assim. Eles tinham obstáculos para vencer. Os habitantes que se-riam expulsos de Canaã eram fortes e altos, chamados ena-quins. Havia até um ditado sobre eles: “Quem é capaz de resistir aos enaquins?” (Deuteronômio 9.2).

Mas havia também a lem-

Edvar Gimenes de Oliveira, pastor, colaborador de OJB

Sua Igreja escolheu ser fiel? A escolha não poderia ser ou-tra. Seria contrário à

sua natureza alicerçada na Pessoa de Jesus Cristo. Seria incoerente declarar-se família de Deus, cooperadora de Deus, mensageira da Palavra de Deus, e ser infiel, pois Deus afirma-se como sendo fiel. Por isso, Sua Igreja agiu corretamente ao escolher empenhar-se em cumprir aquilo que promete.

A Igreja contrata pessoas para trabalhar nas áreas em que o trabalho voluntário inviabiliza a realização dos seus projetos. Se o trabalho envolve atividades rotineiras, com prazos estabelecidos, cujo descumprimento preju-dicaria suas metas e não há

brança do passado. O fra-casso que foi a primeira ten-tativa de ocupação estava na memória, mesmo tendo ocorrido há 40 anos. Não conseguiram ocupar a terra porque não confiaram e não obedeceram ao Senhor (Deu-teronômio 9.23).

Tanto a ameaça de gigan-tes, quanto a triste memória do fracasso tem relação com o que temos que viver hoje na vida de fé. As promessas que Deus fez a eles são as mesmas que Ele faz a nós, pois a Bíblia não muda. A Palavra de Deus nunca mu-dará. Tudo o que está escrito na Bíblia se cumprirá, inde-pendentemente se cremos ou não.

No passo a passo da vida com Deus, se valorizamos as promessas dEle, temos

pessoas que possam realizá--los como servos voluntários, ela decide, pelo voto dos seus membros em Assem-bleia, contratar pessoas.

As pessoas contratadas ge-ralmente são divididas em dois grupos: um regido pela CLT (porteiros, zeladores, secretários, operadores finan-ceiro-contábeis); e o outro por autônomos na forma da lei (ministros e pastores). A Igreja os contrata e com-promete-se a remunerá-los com salário ou prebenda. Esse compromisso é men-sal, como predomina em nossa cultura econômica. A Igreja sabe que, se não for fiel com essas pessoas, elas não poderão ser fiéis com os compromissos assumidos com terceiros.

A Igreja contrata serviços de água, luz, telefone, internet, manutenções diversas, conta-

que vencer “gigantes” que atrapalham a fé. Não é difícil se surpreender com “gigan-tes adormecidos”. Quem caminha passo a passo com Deus sabe da ameaça e do estrago que a culpa, o medo, a desobediência, a amargura, a cobiça, a vaidade são capa-zes de provocar na relação com Deus.

É fundamental vencer es-ses gigantes para tomar pos-se do que Deus prometeu. Os passos que damos com Deus rumo à vida eterna, devem ser acompanhados de transformação. A conquis-ta das bênçãos do Senhor estão intimamente ligadas a mudança de caráter. O que é inaceitável é querer o benefício da promessa e viver pecando de propósito, após a benção (Deuteronô-

bilidade, assessoria jurídica, etc., e compromete-se a pagar por esses contratos, mensal-mente. Se ela não for fiel, terá que pagar multas, além de parar suas atividades.

A Igreja compromete-se com a manutenção de Con-gregações, missionários e despesas; compromete-se a ajudar no sustento de missio-nários da JME, JMN e JMM; compromete-se a cooperar com o trabalho que os Ba-tistas realizam no mundo, enviando 10% de suas re-ceitas oriundas de dízimos; compromete-se a levantar ofertas quadrimestralmente para sustentar milhares de missionários em seu Estado, no Brasil e no mundo. Se a Igreja não for fiel, isto é, se não cumprir o que promete, terá sérios prejuízos opera-cionais, de imagem, jurídicos e ainda provocará problemas

mio 12.8). Assim como a nova maneira de agir deveria acompanhar o povo de Israel em Canaã, também deve nos acompanhar hoje.

No passo a passo com Deus, eles deveriam destruir toda a idolatria (Deuteronô-mio 12.2.3). Essa condição é imprescindível aos que amam a Deus sobre tudo (Deuteronômio 12.4). O mandamento valeu para eles, e vale para nós. O idólatra usa o ídolo como meio de se aproximar de Deus, mas o salvo sabe que só Jesus Cristo conduz a Deus (João 14.6).

No passo a passo da obe-diência na terra prometida, o povo deveria adorar a Deus no lugar certo. O lugar certo era o lugar escolhido por Deus. Naquele tempo, o lugar de adoração era a

com aqueles que também assumiram compromissos contando com sua fidelidade.

A Igreja compromete-se a desenvolver ministérios visando abençoar pessoas nas áreas de administração, adoração, atuação social, comunhão, ensino, pastoral e proclamação. Há pessoas que se dispuseram a atuar nelas, mas, para isso, preci-sam que os espaços estejam limpos, materiais próprios estejam disponíveis e, as-sim, elas possam realizar o que se propuseram. A Igreja compromete-se a oferecer as condições necessárias ao desenvolvimento desses mi-nistérios. Se não cumprir, tudo para.

Imagine a decepção das centenas de crianças e suas famílias hoje abençoadas pelo ministério desenvolvi-do por sua Igreja; imagine

Tenda Sagrada; mas, para nós, o lugar de adoração é o coração. Mas Deus nunca será adorado no coração de quem ainda não negou a si mesmo, pois é do coração que vem os maus pensa-mentos e todo tipo de peca-do (Marcos 7.21.22).

Mas como adorar a Deus no coração se ainda somos pecadores? O fato é que, pela Graça de Jesus Cristo, já nos arrependemos e con-tinuamos nos arrependendo (Atos 3.19). Adorar a Deus no coração é a consolidação das promessas (Colossesnses 2.6.7).

A promessa da eternidade é para todos, mas viver passo a passo com Deus, rumo à eter-nidade, é para os arrependi-dos, humildes e obedientes. Você é?

a decepção daqueles cujas vidas são edificadas, física, mental e espiritualmente. Imagine isso tudo parar se, por infidelidade da Igreja, os compromissos não forem cumpridos.

Nós somos e devemos nos empenhar em ser uma Igreja fiel. Mas, se você que é a Igreja não for fiel, isto é, não cumprir sua parte, a Igreja da qual você é parte não poderá ser fiel. E quando uma Igreja deixa de ser fiel, coopera com a destruição de uma das atitudes que é pilar da nossa vida e mensagem: a fidelidade.

Seja fiel. Seja uma pessoa que cumpre o que promete. Seja parte de uma Igreja fiel. Somos família de um Deus que é fiel, e nos espelhamos nEle. O mundo precisa de pessoas e instituições fiéis, que cumprem o que prometem.

Passo a passo

Uma Igreja fiel

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6 o jornal batista – domingo, 10/07/16 reflexão

Doronésio Pedro de Andrade, pastor da Primeira Igreja Batista em Guarapari - ES

Até quando dare-mos a Deus a sobra do nosso tempo, dinheiro e vidas?

Vivemos como se Deus fosse um serviçal ou, quem sabe, como aquele que tudo com-preende, recebendo de todos nós o descaso e o resto de tudo. Pensar que Ele nos criou na sublime condição de coroa da criação, enche--nos de um sentimento de valor sem igual. O que nos leva a conceder a Deus a sobra das coisas?

Vivemos profundamente apegados aos bens materiais, conferindo-lhes importância

Wanderson Miranda Almeida, colaborador de OJB

“Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou san-to.” (I Pe 1.15-16)

Sem desculpas, sem rodeios, sem fingi-mentos, Deus quer que sejamos santos.

Ser santo é ser separado do pecado e viver para agradar a Deus.

Infelizmente, os convites

acima do normal. Se o Se-nhor de todas as coisas não for buscado em primeiro lugar, erramos grandemente, trazendo sobre nossas vidas toda a sorte de destruição e maldição. Amar a Deus acima de tudo e todos é o segredo para a felicidade, paz e vitória. Quem procede de modo diferente nunca será bem-sucedido.

Perdemos a alegria de imi-tar Jesus Cristo, que entre-gou a Deus o Seu excelente, quando Sua presença entre nós, o Emanuel divino, viveu para a glória dAquele que está no controle de tudo, sem se desviar da morte prematu-ra na cruz do Calvário.

Jesus sabia que a vontade do Pai era boa, perfeita e agradável. Por que queremos

ao pecado estão por todo lado. As músicas, as novelas, os filmes, os programas de TV - quase em sua totalidade -, as revistas expostas nas bancas de jornais, a inter-net trazem convites e mais convites ao pecado. O pior é que as pessoas aceitam o convite e acham que está tudo bem, mas não está.

Quer exemplos? Vamos lá! A Bíbl ia, Palavra de Deus, condena a mentira, a fofoca, os “palavrões” (pa-lavras sujas e imorais), a maledicência, o sexo fora do casamento, a desonesti-dade, a impureza sexual de uma forma geral, a homos-

viver de modo diferente, imi-tando o mundo? Precisamos urgentemente resgatar a visão espiritual, entendendo que estamos no mundo de passa-gem. O céu nos espera.

Por mais que gostemos da vida no planeta Terra, o nosso destino final é a santa, imaculada e incomparável e nova cidade de Jerusa-lém, que foi preparada pelo Cordeiro Santo, para todos quantos O aceitam como Senhor e Salvador suficiente. Aleluias!

Lembremo-nos da volta iminente de Jesus Cristo, que julgará a todos. Prestaremos contas da vida e de tudo que fizemos, falamos e pensa-mos. Certamente, Ele vai querer saber dos motivos que nos levaram a outorgar

sexualidade, as inimizades, entre outras imoralidades. Eu lhe pergunto: “Você tem visto isso na sociedade da qual fazemos parte?”, “Você concorda que as pessoas praticam essas coisas de uma forma bem natural e ainda condenam aqueles que são contra?”. Se você está bem informado, con-cordará. Mensagens e fotos indecentes são passadas pelos celulares e as pessoas mostram umas às outras, com sorriso nos lábios, sem pensar em Deus. Pior: al-gumas pessoas são cristãs! Isso significa que Deus não está em primeiro lugar na

a Deus a sobra de tudo.Será que convenceremos

Jesus? Temos a oportunidade de mudarmos nosso procedi-mento, assumindo uma nova postura espiritual.

Entendamos que se Deus não for o primeiro em nossas vidas, vivemos na contramão divina, e isto nos acarretará grandes prejuízos. Vaticinam as Sagradas Escrituras que de Deus ninguém zomba, pois aquilo que plantarmos, co-lheremos. Sejamos sábios na maneira de viver. Mediante a escala de valores vivida, de-terminamos a excelência ou fracasso do nosso amanhã.

Sem dúvida, Deus merece o nosso excelente. Ele nos concedeu a excelência em tudo. Agradeçamos a vida, sem a qual jamais o conhe-

vida dessas pessoas e isso é lamentável! O prejuízo para uma vida assim pode ser o inferno. E eu tenho um lembrete para você: depois que você morrer, não tem como mudar o seu destino.

Deus quer santidade em todo nosso comportamento, em toda nossa maneira de viver, em tudo o que fizer-mos. Deus nos quer limpos. Deus quer que sejamos san-tos todos os dias, em todos os momentos. Não existe uma data específica para ser santo. Viver na prática do pecado e ter alguns dias para viver em santidade é ilusão. Deus não aceita

ceríamos. Agradeçamos a encarnação de Jesus Cris-to, sem o qual não teríamos nossos nomes escritos no Livro da Vida. Agradeçamos a família, benção divina e refúgio existencial no mundo em crise. Agradeçamos todas as bênçãos, que têm nos en-riquecido.

Assumamos com fé, deter-minação e visão celestial o compromisso de conceder a Deus a nossa excelência em todas as coisas, amando-O acima de tudo, crendo que não existe maneira melhor de viver. Temos a oportu-nidade de assim proceder, para que o Nome do Senhor seja exaltado, Seu Reino expandido e nossas vidas abençoadas. Que assim seja. Amém!

isso. Sei que não está na moda, mas fazer a vontade de Deus é, realmente, não estar na moda e “perturbar” pessoas que não O conhe-cem. O cristão não é aquele que vai à Igreja, seja ela qual for, mas é aquele que entregou sua vida a Cristo e busca uma vida santa, sem mancha, sem pecado. Se os outros não querem ser santos, que recebam a “recompensa” pelo seu erro, mas espero, de coração, que você viva uma vida limpa, santa e próxima de Deus. As pessoas sem Cristo não entenderão, porém, Deus vai te honrar. Seja santo!

Seja santo!

Deus merece o nosso excelente

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7o jornal batista – domingo, 10/07/16missões nacionais

No sábado, dia 25 de junho, uma grande festa en-cheu a unidade

Cristolândia de São Paulo de muita alegria. Raissa, uma das primeiras alunas do Pro-jeto Novos Sonhos, comple-tou 15 anos e ganhou uma festa de princesa, tudo que uma debutante sonha ter nesta data tão especial para as meninas.

Mas a vida nem sempre foi de sonhos para Raissa. Filha de pais alcoólatras, vi-via pelas ruas da cracolândia de São Paulo esperando por uma oportunidade para não

ter o mesmo fim que os seus pais. Como nas histórias in-fantis, Raissa foi encontrada pelo casal de missionários Lael Rodrigues e Joana Ma-chado, que a levou para fazer aulas de balé e participar do Projeto Novos Sonhos. “Ela já sofreu muito. Há três anos, a mãe dela desapareceu e ninguém mais teve notícias. A Raissa foi morar com uma outra família. Foi muito difícil tudo isso, mas ela sempre esteve no Projeto. Aceitou a Jesus no Novos Sonhos. Es-tamos preparando o batismo dela”, conta Joana, que não cabe em si de tanta alegria.

“Essa festa foi um marco na nossa história!”.

O pastor Humbero Macha-do, pai de Joana e coordena-dor da Cristolândia São Paulo, endossa as declarações da fi-lha, e acrescenta: “Essa menina perdeu o que é mais precioso para uma criança: a sua famí-lia. Não teve a presença da mãe nos momentos que mais precisava. Tudo direcionava para que ela convivesse na cracolândia. Mas Deus, pelo Seu infinito amor, trouxe para São Paulo Joana e Lael, para que eles pudessem fazer a diferença na vida de Raissa. A gratidão que eu tenho ao meu

bom Deus pela Junta de Mis-sões Nacionais e pela pessoa do pastor Fernando Brandão não se traduz em palavras, mas em reconhecimento. Isto é verdadeiramente prevenção, é VIVER”, ressalta o pastor Machado.

A gratidão também encheu o coração de Raissa que, ao final da festa, declarou a Jo-ana sua satisfação por fazer parte do Novos Sonhos e ter a missionária como líder. “Deus tem feito coisas tão maravilhosas em minha vida e uma das melhores coisas que ele fez foi você, uma mulher que me ensina o caminho em

que devo andar, uma mulher que desde os meus nove anos cuida de mim, como se fosse minha mãe, que fez de tua família a minha também e o mais importante, a mulher que me ensinou qual o sen-tido da vida, que Deus existe de verdade, que ele é real e que eu posso senti-lO e con-versar com Ele”, emociona-se Raissa.

Por causa do trabalho realiza-do através da vida dos nossos missionários, a menina que vivia sem rumo e sem esperan-ça passou a desejar viver com Cristo, a princesa Raissa faz par-te agora da corte do Rei Jesus.

Aluna do Projeto Novos Sonhos tem festa de princesa na sede da Cristolândia de São Paulo

Raíssa no Balé dos Novos Sonhos, no início da história

Raíssa no começo do trabalho no Novos Sonhos

Raíssa com o pai na festa de 15 anosRaíssa com Joana Machado e Lael Rodrigues na festa de 15 anos

Pastor Humberto e missionária Soraya Machado com a aniversariante

Meninas do Novos Sonhos se apresentam na festa de 15 anos de Raíssa

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8 o jornal batista – domingo, 10/07/16 notícias do brasil batista

NÍVEL MÉDIO

Curso de Educação Cristã para o ensino de crianças

GRADUAÇÃO 3 anos

PÓS-GRADUAÇÃO 2 a 3 anos

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9o jornal batista – domingo, 10/07/16notícias do brasil batista

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10 o jornal batista – domingo, 10/07/16 notícias do brasil batista

Acom CBPE

O Colégio America-no Batista (CAB) comemorou 110 anos de existên-

cia. Para celebrar a data, ações e festividades foram realizadas no dia 29 de mar-ço. Pela manhã, o Conselho deliberativo da Instituição se reuniu em assembleia para tratar de temas de interesse do Colégio e fazer um balan-ço das ações de sucesso.

Já, à noite, uma grande ce-lebração foi organizada. Uma exposição para contar a his-tória do CAB foi montada. Quem visitou, pôde conferir um ambiente retrô, com peças e fotografias das décadas de 20, 30 e 40, além do registro de turmas antigas mostrando os fardamentos da época, troféus esportivos, artigos de cursos profissionalizantes, como datilografia e educação doméstica, placas em reco-nhecimento ao trabalho da Instituição, livros de registros históricos e recordação dos alunos que passaram pelo Colégio; alguns deles famo-sos, como o escritor Gilberto

Raquel Maciel, presidente UFMB-MS

A U F M B - M S c o -memorou no dia 2 2 d e j u n h o o Mês da Educa -

ção Cr is tã Miss ionár ia . O evento aconteceu nas dependências da Igre ja Batista Guanandi, de Cam-po Grande - MS, e também foi realizado para levan-tamento de ofertas para o Centro Integrado de Edu-cação Missionária (CIEM), no Rio de Janeiro, e para o Seminário de Educação Cristã (SEC), em Recife - PE. Essas duas Instituições preparam obreiros para a seara e são sustentadas

Freyre, que iniciou como alu-no da Instituição em 1908.

Em seguida, um Culto de Gratidão foi celebrado na Igreja Batista da Capunga, e contou a presença da direto-ria do CAB, professores, alu-nos e ex-alunos, familiares, convidados e colaboradores.

Para representar a Convenção Batista de Pernambuco, esti-veram presentes o presidente, pastor Emanuel Alírio de Araújo; o vice-presidente, pastor Alberto Freitas; e o pastor João Marcos Florentino, secretário-geral.

Na ocasião, houve o lan-çamento de um selo come-

pela UFMB, e a UFMB-MS é parceira no projeto.

A mensageira da noite foi a irmã Jackeline Régis Soa-res, esposa de José Emídio Araújo Soares, pastor da Igreja Batista do Planal-to. Jaqueline foi aluna do

morativo pelos 110 anos do Colégio Americano Batista, uma homenagem liderada pelos Correios.

A reflexão foi trazida pelo pastor Ney Ladeia, ex-cape-lão do CAB.

A noite também foi de ho-menagem aos professores, entre eles, os que nos últimos cinco anos foram diplomados em cursos de pós-graduação, como também profissionais que completaram 25 anos de atuação no Colégio. A festa foi encerrada com alunos, professores e familiares em uma confraternização.

IBER, hoje CIEM. O casal já fez missões na África.

Simultaneamente, outros cultos foram realizados em prol da Educação Cristã Missionária também em outras Igrejas da capital e também em Corumbá, o

que muito nos alegra, pois juntas nos prostramos dian-te de Deus por esse projeto de preparo de obre i ros para a Obra do Senhor. Ficamos felizes em ver a mobilização das mulheres do Mato Grosso do Sul em

favor do mês de Educação Crista Missionária.

Esse mês é bastante sig-nif icat ivo também, pois a UFMBB completa 108 anos; somos uma Organi-zação centenária. Obriga-da, Deus!

Colégio Americano Batista, em Recife, completa 110 anos

UFMB-MS comemora Mês da Educação Cristã Missionária

Selo comemorativo foi lançado para celebrar a data

No final, houve um momento de confraternização com todos os participantes

Alunos, professores e familiares se fizeram presentes na comemoração

Irmãos que prestigiaram o eventoRaquel Maciel, presidente da UFMB-MS, e a executiva estatudal, pastora Maura Ramos

Fotos: Acom CBPE

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11o jornal batista – domingo, 10/07/16missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

O aniversário de 109 anos de Mis-sões Mundiais foi marcado por um

grande culto de gratidão a Deus realizado no dia 28 de junho no Seminário Teológi-co Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro. Com a pre-sença de vários missionários, líderes da JMM e até com a participação dos jovens da 10ª turma do Projeto Radical África, momentos especiais de louvor e comunhão mar-caram o culto, dirigido pelo pastor João Marcos Barreto Soares, diretor executivo de Missões Mundiais.

“Durante 109 anos, dia-riamente, minuto a minuto, Deus tem agido em nosso propósito, nos guardando. Quantas crises no mundo fo-ram superadas, quantas lutas foram vencidas. Tudo isso porque Deus está conosco e temos muito a agradecer”, disse o pastor João Marcos na abertura do culto.

Músicas de Campanhas an-teriores de Missões Mundiais, como “Um Chamado” e “Ide e Pregai”, foram entoadas pelo público, no qual esta-vam a diretora executiva da União Feminina Batista do Brasil, Lucia Margarida Perei-ra de Brito, e o pastor Edgard Barreto Antunes, da Primeira Igreja Batista em Nova Iguaçu - RJ e terceiro secretário da Convenção Batista Brasileira.

Durante a mensagem, o pastor João Marcos citou o texto bíblico da Grande Comissão, em Mateus 28, dizendo que “Participamos desse mandamento no qual os próprios integrantes da Trindade também agem, promovendo a realização da missão”. Com base nas palavras de Cristo citadas nos últimos versículos do ca-pítulo final do Evangelho de Mateus, pastor João Marcos destacou aspectos sobre o ato de fazer missões.

“Jesus é Senhor sobre tudo e sobre todos, só que bilhões de pessoas não sabem disso e, por não terem ciência disso, estão vivendo na escravidão,

no medo, no terror. É por causa da autoridade de Jesus que fazemos missões. Mas também é por essa autoridade que recebemos a ordem de ir e fazer discípulos”, declarou.

O diretor executivo da JMM também ressaltou que fazer missões é um processo, ou seja, deve ser realizado em etapas.

“Fazer discípulos faz par-te do processo de vida. É incompreensível a ideia de

que um cristão fique parado, pois quem é crente segue a Jesus, que nunca está parado, mas sempre em movimento. Em todas as ações desse pro-cesso nós estamos fazendo missões”, afirmou.

“Finalmente, quero dizer que fazemos missões por-que Jesus continua conosco. O texto diz: ‘E eu estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos’. Isso quer dizer que Cristo

não está distante, essa com-preensão é fundamental”, completou.

A história centenária da JMM também foi lembrada durante o culto com o pastor Antonio Galvão, nomeado em 1972, o que o credencia como o mais antigo mis-sionário em atividade. O pastor Galvão, que serviu em campos na África, na Europa e na América Lati-na, falou sobre a primeira

Assembleia da Convenção Batista Brasileira, realizada em 1907 em Salvador - BA, quando foi criada a então Junta de Missões Estrangeiras (o nome Missões Mundiais só foi adotado em 1980).

O pastor Galvão, que na década de 1980 foi o primei-ro missionário do Progra-ma de Adoção Missionária (PAM), contou, entre outras, a história do envio a Portugal, o primeiro campo, do casal João Jorge e Prelidiana de Oliveira em 1911. Ele citou também Antonio Maurício, português alcançado pelo Evangelho através do minis-tério do casal Oliveira e que, nas palavras do pastor Gal-vão, revolucionou o trabalho Batista em Portugal.

Mais um momento espe-cial aconteceu no culto de gratidão a Deus pelos 109 anos da JMM. Foi o retorno da décima turma do Radi-cal África, composto pelos jovens Asafe Cortez, Helen Cavalcante, Silvia Lima e Luisa Andrade. Eles cantaram músicas africanas, inclusive com a participação de ex--integrantes do Radical África que estavam presentes ao culto, e compartilharam tes-temunhos sobre sua atuação no campo, como em apoio a projetos socioeducativos, na área de ensino, música e também com alfabetização de surdos.

Para o pastor Edgard Bar-reto, foi uma bênção muito grande participar do culto, com momentos de bastante emoção.

“Não sei qual foi a melhor palavra, pois todas foram muito emocionantes, nos lembrando da bênção que tem sido a obra de Missões Mundiais”, disse. “Aproveito a oportunidade para reco-mendar a todos os pastores para levarem suas igrejas a se envolverem diretamente com a obra missionária, o carro-chefe dos Batistas bra-sileiros”, acrescentou.

“Estamos levando esperan-ça. Temos falado sobre isso este ano e vamos continuar falando, para levar esperança até que Ele venha”, conclui o pastor João Marcos.

JMM: 109 anos sendo a agência transcultural dos Batistas brasileiros

Público participou ativamente do culto pelos 109 anos da JMM

Pastor João Marcos e os jovens do Radical África

Pastor João Marcos dirigiu o culto de gratidão pelos 109 anos da JMM

Pastor Antonio Galvão contou histórias missionárias

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12 o jornal batista – domingo, 10/07/16 notícias do brasil batista

Mara Nascimento, jornalista da Convenção Batista de Tocantins

A Ordem dos Pastores Batistas do Tocan-tins, ligada à Con-venção Batista Brasi-

leira, homenageou no último dia 19 de junho os pastores e missionários aposentados que foram e continuam sendo bênção no campo missionário Tocantinense. A homenagem aconteceu na Primeira Igreja Batista na cidade de Gurupi--TO, com a participação dos pastores da região de Gurupi e também de Palmas. Os ho-menageados foram:

Pastor Raimundo Gonçalves de Lima, aposentado de Mis-sões Nacionais, plantador de Igrejas no Tocantins e Pará. “Foi o fundador da Igreja em Guaraí, Colmeia, Conceição do Araguaia, Redenção-PA, revitalizou Pedro Afonso, em Peixe fundou a Quarta Igreja de Gurupi, de Formoso do Araguaia e Figueirópolis, entre outras atividades. Foi o pastor Raimundo Gonçalves que

Carlos Silva, pastor, gerente de Desenvolvimento da Convenção Batista do Planalto Central

Aconteceu no dia 25 de junho, o Cul-to de Gratidão a Deus pela vida de

homens e mulheres que há muito tempo congregam nas Igrejas filiadas à Convenção Batista do Planalto Central (CBPC).

O mensageiro foi o pastor Ezequias Fragoso Vieira, que durante 16 anos exerceu o cargo de secretário-geral da CBPC. A celebração aconte-ceu na Segunda Igreja Batista do Plano Piloto e contou com irmãos de diversas Igrejas do campo.

O pastor Robério Soares, diretor executivo da CBPC, agradeceu a presença dos irmãos e falou do motivo da reunião, que é agradecer

ganhou para Cristo o pastor Batista e seus pais, e também quem o recomendou para o seminário com apenas quinze anos”, explica o pastor Nilton, presidente da OPBB-TO

Outro homenageado foi o pastor Ferreira, também apo-sentado de Missões Nacionais, com atuação no Tocantins e no Piauí, onde passou maior parte do ministério. Pastoreou a Primeira Igreja Batista de Gu-rupi e a Quinta Igreja Batista de Gurupi.

A missionária Elza de Sousa Marques Pereira Gomes foi obreira de Missões Nacio-nais, filha do renomado pastor José de Sousa Marques, do Rio de Janeiro, que chegou a ser deputado federal. Atuou no Maranhão e no Tocantins na década de 1960, quando mudou-se para Gurupi-TO e, lá, com o marido dela, pastor Patrício, fundaram o Colégio Positivo de Gurupi, que até hoje é referência na cidade. Atua na Primeira Igreja Batis-ta com a família desde essa época, quando tem sido ins-trumento de Deus.

a Deus e honrar os irmãos que trabalharam e susten-taram o avanço do trabalho Batista na região do Planalto Central.

A missionária Luzia Vieira Rocha, também obreira de Missões Nacionais, dedicou toda a sua vida ao trabalho missionário na região de Gu-rupi-TO, onde é referência na Educação Cristã. Atuou na fundação da Igreja Batista em Cariri do Tocantins. Com o pastor Raimundo Lima, fun-dou a Primeira Igreja Batista em Figueirópolis, a Quinta

Os Batistas são um povo que tem memória

e tem históriaO pastor Héber Aleixo, pre-

sidente da CBPC, citou a frase da historiadora Helena Pigna-

em Gurupi, e tem sido ins-trumento de Deus na Igreja Batista Peniel. Muitos líde-res do nosso campo foram orientados e educados pela missionária.

Segundo o presidente da Ordem de Pastores, está pre-vista para os próximos meses mais uma homenagem a outro grupo de obreiros aposentados na cidade de Palmas-TO.

tari: “Um povo sem memória é um povo sem história”. Em seguida, o pastor declarou que a celebração do Jubileu dos Pioneiros também mostra que o povo Batista tem memória e

e história. Falou da visão e da determinação dos pioneiros e deu testemunho que o templo da Igreja Batista Esperança em Taguatinga, com capacidade para quase mil pessoas, foi construído quando a referida Igreja tinha apenas 40 mem-bros, aproximadamente. Isso foi uma grande construção para um pequeno grupo.

Os mais antigos foram agra-ciados pela CBPC com uma medalha para registrar os agradecimentos e reconheci-mento do povo Batista.

Além do apoio musical da Associação dos Músicos Batistas do Planalto Central, teve também a participação do Coro de Homens Cantores do Planalto. Agradecemos a SIB do Plano Piloto que se-diou esse abençoado evento.

“Levantem-se na presença dos idosos, honrem os anci-ãos, temam o seu Deus. Eu sou o Senhor.” (Lv 19.32)

Convenção Batista do Planalto Central realiza Jubileu dos Pioneiros

Ordem dos Pastores do Tocantins homenageia pastores aposentados

Irmãos que há muito tempo congregam nas Igrejas filiadas à CBPC. Ao centro, pastor Heber Aleixo, presidente, e pastor Robério Soares, diretor executivo

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13o jornal batista – domingo, 10/07/16

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14 o jornal batista – domingo, 10/07/16 ponto de vista

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão saciados.” (Mt 5.6)

A fome e a sede são dois instintos vitais de sobrevivência do homem ou de qual-

quer animal nesta terra. Ter fome e sede são sintomas de saúde. Para o cristão genuíno, ter fome e sede de justiça é normal, pois ele possui a natureza divina que recebeu por ocasião da sua regene-ração. Somos filhos de um Deus justo, perfeito em todos os Seus caminhos e benigno em todas as Suas obras (Sal-mos 145.17). O Senhor Jesus Cristo é o meio pelo qual o Pai aplicou a Sua justiça. Pela obra de Cristo fomos tornados justos e, por isso, temos paz com Deus (Romanos 5.1). A presença de Cristo em nós é a garantia do desejo intenso de que a justiça de Deus seja vivenciada e proclamada.

Em um mundo injusto e corrupto, o cristão se levanta desejando ardentemente que a justiça de Deus seja viven-ciada por meio de Cristo.

Os profetas proclamaram a Justiça de Deus para os reis e súditos. Para príncipes e plebeus. Para ricos e pobres. Para cultos e incultos. Somos inconformados com a injusti-ça dos homens e conforma-dos com a justiça de Deus em Cristo Jesus. A nossa fome e a nossa sede de justiça devem nos levar a atitudes e atos de retidão, integridade, pureza, verdade e solidariedade. O justo - aquele que foi justifi-cado pelo Senhor através do Seu Filho Jesus Cristo - deve orar e trabalhar para a aplica-ção diária da justiça nos con-textos próximos e distantes.

O salmista Davi revela no Salmo 15 os traços de uma pessoa que tem fome e sede de justiça: aquela que vive com integridade, pratica a justiça, fala a verdade de co-ração, que não difama com a sua língua, nem faz o mal ao próximo, nem calunia o ami-go, honra e teme o Senhor, que honra a palavra que dá, que não recebe suborno con-tra o inocente. O Senhor, atra-vés do profeta Miquéias, faz uma pergunta a cada um de

nós: “Ó homem, ele te decla-rou o que é bom. Por acaso o Senhor exige de ti alguma coi-sa além disto: que pratiques a justiça, ames a misericórdia e andes em humildade com o teu Deus?” (Mq 6.8).

Sim, devemos ter fome e sede de justiça para comba-termos a corrupção, a crimi-nalidade, a fome, a imorali-dade, a religiosidade aparen-te, as injustiças das mais va-riadas, a mentira, a violência contra a mulher e a criança, a exploração de mulheres, de crianças; a pedofilia, etc. So-mos chamados por Deus para a proclamação e implantação do Seu Reino de justiça e ver-dade; amor e solidariedade; serviço e liberalidade; graça e perdão. Sim, mais que feli-zes, felicíssimos, os que têm fome e sede de justiça! A promessa do Senhor Jesus é que serão saciados, verão sua necessidade sendo suprida pela Obra de Cristo na cruz e na ressurreição.

Os que têm fome e sede de justiça a terão em abundân-cia. A promessa de Jesus, de que todo aquele que beber

da água que Ele dá ‘nunca mais terá sede’, só é cumpri-da se continuarmos bebendo (Stott). O Senhor é Aque-le que dessedenta a alma sequiosa e farta de bens a alma faminta (Salmos 107.9). Temos fome e sede de justi-ça. A justiça na Bíblia tem, pelos menos, três aspectos: o legal, o moral e o social. A justiça legal é a justificação, um relacionamento certo com Deus. A justiça moral é aquela justiça de caráter e conduta que agrada a Deus. E a justiça social, conforme aprendemos na lei e nos profetas, refere-se à busca pela libertação do homem da opressão, junto com a promoção dos direitos civis, da justiça nos tribunais, da integridade nos negócios e da honra no lar e nos relacio-namentos familiares (Stott).

Mais que felizes são aque-les que têm fome e sede de justiça, a justiça ampla – a legal, a moral e a social. Em Cristo temos a justiça ampla. Ela tem implicações em nossa vida pessoal com o Senhor e com a comuni-

dade, considerando as suas múltiplas necessidades. Que a nossa fome e sede de jus-tiça encontre em Cristo, em Sua suficiência, a nossa sa-tisfação. Que exerçamos os nossos ministérios com fome e sede de justiça. Que o Pai nos use para transformar este mundo que jaz no maligno (I João 5.19). Que combata-mos todo o mal. Como Jesus, andemos por toda a parte fazendo o bem, praticando a justiça, andando humilde-mente perante o Senhor e os homens. A Palavra de Jesus é sublime: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão saciados”. Vivamos com fome e sede de justiça para que Deus seja glorificado em nossos atos e em nossas atitudes neste mundo perdido.

*O artigo da série “O ca-ráter cristão - As bem-aven-turanças” não está na se-quência correta devido a um equívoco. O artigo IV ainda não havia sido publicado. Na próxima Coluna, a ordem dos textos voltará ao normal.

Série: o caráter do cristão – As bem-aventuranças (IV)*

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15o jornal batista – domingo, 10/07/16ponto de vista

OBSERVATÓRIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Ao longo do tempo tem sido possível descobrir que a vi-são que foi desen-

volvida sobre a Igreja é o seu deslocamento da pessoa, para ser um espaço, um local, apesar do Novo Testamento nos ensinar amplamente que a conexão da Igreja é com pessoas por quem Cristo morreu e ressuscitou. Esse deslocamento geográfico também tem traços na cone-xão do conceito de templo do Antigo Testamento com o conceito de Igreja no Novo Testamento.

O conceito de revelação progressiva dá ao Novo Tes-tamento um sentido muito mais elevado do que é ser Igreja. A sacralidade do tem-plo do Antigo Testamento dá lugar à sacralidade à pessoa no Novo Testamento ao se converter ao Evangelho (I Co-ríntios 6.19), até a adoração reconhecida por Deus passa também a ser deslocada de um espaço tido como sagra-do para o interior da pessoa (João 4.19ss). Mas o Novo Testamento não para por aqui, a Igreja é considerada o Corpo de Cristo e, cada

parte, isto é, seus membros, tem diversas funções que se completam em um ambiente de comunhão, compartilha-mento e serviço colaborativo (Romanos 12.4-8; Efésios 4.11-16; I Coríntios 12). Veja que o foco do Novo Testa-mento é direcionado não mais a um local ou espaço geográfico, mas ao espaço pessoal interior.

Aliado a tudo isso, ainda temos a redução do Cristia-nismo, como vida, ativida-des, eventos, programas e estruturas, que, provavelmen-te, ganhamos como herança do pragmatismo de nossos precursores e, mais, tudo isso concentrado em um dia da semana que, originalmente, foi dedicado para descanso e celebração, e tem se tornado em dia de cansaço e agitação, de modo a nos levar a viver em um dia a vida expressiva de sete dias. Costumo cha-mar isso de “Síndrome de Extrato de Tomate Elefante”, tudo concentrado em uma latinha, como que ser cristão seria concentrar tudo em apenas um dia só, em um lo-cal só. Como consequência, para muitos crentes viver

o Cristianismo passa a ser o estar envolvido no tem-plo, eventos, programas e estrutura da Igreja. Para essa maneira de ser, poderia haver um Cristianismo sem templo, púlpito e final de semana cheio de eventos e agitação? O que seria dos cristãos em países onde o Evangelho é proibido?

Mas, um detalhe. O foco da Grande Comissão no Ide e não no fazer discípulos e na inserção da salvação como o centro da mensagem bíblica, tornando-a em um fim em si mesma e a força centraliza-dora da Teologia, das práticas eclesiásticas, das prioridades de planejamento, de recursos da Igreja e mesmo da aten-ção pessoal de cada crente – levar pessoas a Cristo para serem salvas como seu papel central, senão único. Com o tempo, esse salvacionismo germinou “igrejas orfanatos”, onde a maturidade perde a sua prioridade, em que o ter vida exemplar e atrativa, pré-requisitos para fazer dis-cípulos - a verdadeira Grande Comissão - passa a não ter o devido valor, pois os critérios para a valorização e mensu-

ração da vida cristã passam a se centralizar no volume de participação em eventos, nas decisões que consegue entre os não convertidos, etc. A palavra principal passa a ser quanto, em vez do verbo viver, ter vida autêntica, ser modelo para ser mestre e discipulador. É isso que a Grande Comissão nos colo-ca como imperativo. Levar pessoas a Cristo para terem nova vida, vida transformada e transformadora.

Estes fatores podem estar impedindo a Igreja (que so-mos nós - pessoas recupe-radas por Cristo) a construir um ambiente fértil de con-vivência, um ambiente te-rapêutico, de acolhimento, etc. A Igreja, nos primeiros tempos, vivia como comu-nidade e tinha tudo em co-mum (Atos 2.42ss), situação que é demonstrada em geral no Novo Testamento onde temos uma Igreja que vivia tão intensamente o Evange-lho que, por onde passava, causava impacto (Atos 17.6), muito mais do que apenas uma agência de pregação da salvação e cheia de eventos e programas.

A Igreja do Novo Testa-mento é uma Igreja comu-nidade, uma Igreja em que cada um está ligado ao outro (I Coríntios 12.26), é uma Igreja viva, que prega, traba-lha, que influencia o mundo, com ambiente acolhedor e transformador de vidas, comunidade adoradora, sen-sível ao sofrimento dos de dentro e dos de fora (Gálatas 6.10), comunidade profética que demanda contra a in-justiça no mundo, enquanto nosso Mestre não vem para nos levar ao novo mundo.

Igrejas que conseguem agir assim, como comunidade, testemunham com resultados expressivos e construtores de vidas que vão além apenas de se garantir o futuro da Nova Jerusalém; vão além de agita-ção e transformação da Igreja em local de ponto de encon-tro de final de semana. Será necessário redescobrirmos estas verdades no Novo Testa-mento e buscarmos aprender com aquelas Igrejas e líderes que já estão conseguindo grandes resultados.

Os próximos artigos procu-rarão dar mais detalhes sobre a Igreja como comunidade.

Série Estudos sobre a Igreja (7)

A Igreja como comunidade (parte 01)

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