miolo - manual gestao bolsa familia 18082015 - print

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    2015 Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome (MDS)Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc)

    Governo FederalMinistrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome

    Secretaria Nacional de Renda de Cidadania

    Manual de Gesto do Programa Bolsa Famlia

    Conteudistas e Apoio TcnicoAdriana Barbosa Lima, Adriana de Moura Elias Silva, Adriana Paes,

    Ana Gabriela Filippi Sambiase, Anglica Crisna Nagel Hullen, Bruna Anglica Silva Ribeiro,Carolina Machado Borges, Caroline Augusta Paranayba Evangelista,

    Cludia Regina Baddini Curralero, Celso Loureno Moreira Corra, Daniela Spinelli Arsky,Elaine Crisna Lcio, Evandro Srgio Marns Leite, Florenno Gonalves Chaves Neto,

    Jeniffer Carla de Paula, Jos Ferreira da Crus, Juliana Matoso Macedo, Juliana Picoli Agae,Juliana Rochet Wirth Chaibub, Kyara Micheline Frana, Larissa Sobral Loureno,

    Lea Rocchi Sales, Lecia Bartholo de Oliveira e Silva, Lorena Pimenta de Andrada,Lus Otvio Pires Farias, Kaiser Freiras, Kleyner Cesar Cavalcante Kopavnick,

    Marcelo Bernardes Nogueira, Mrcio Fernandes Maurcio, Maria Fernanda Marques Jobim,Maria Helena Kiel Werlang, Marina Carvalho de Lorenzo, Maurcio Pinheiro Fleury Curado,

    Mayara Laurenno de Almeira Machado, Murilo Francelino da Silva,Patrcia Laundry Mollo Vieira, Rachel Crisna de Oliveira, Rachel Pereira Dorneles,

    Renata Braz Silva, Renata Machado Amorim, Roberta Pelella Melega Corzo,Roberto Seara Machado Pojo Rego, Srgio Monteiro, Simone Aparecida Albuquerque,

    Solange Teixeira e Valdinea Pereira da Silva.

    Projeto grfico e diagramaoDaniel Tavares, Gustavo Andr Bacellar Tavares de Sousa e Marcelo Bernardes Nogueira

    permida a reproduo total ou parcial, desde que citada a fonte.2 edio (atualizada) | 18/08/2015

    Shopping - 032015 | Tiragem: 3000 exemplares

    Distribuies e informaes

    Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate FomeSecretaria Nacional de Renda de Cidadania

    Av. W3 Norte SEPN Quadra 515, Bloco B, 5 Andar Sala 548CEP: 70770-502 Braslia/DF

    Endereo eletrnico: www.mds.gov.brCorreios eletrnicos: [email protected] e [email protected]

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    Sumrio

    Apresentao ..................................................5

    Unidade 1O que o Programa Bolsa Famlia? ......................................................................7

    Unidade 2

    A gesto descentralizada do PBF ........................................................................23

    Unidade 3

    A Instncia de Controle Social............................................................................47

    Unidade 4A fiscalizao do recebimento indevido de benecios do PBF ..........................54

    Unidade 5

    A gesto de benecios no PBF ...........................................................................64

    Unidade 6

    A gesto de pagamentos no PBF ......................................................................81

    Unidade 7As condicionalidades do PBF..............................................................................90

    Unidade 8

    O acompanhamento familiar no Programa Bolsa Famlia ...............................109

    Unidade 9

    As aes complementares ao Programa Bolsa Famlia .....................................115

    Unidade 10A arculao entre o Cadastro nico, o PBF e o Suas .....................................121

    Mensagem Final ...........................................135

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    Apresentao

    O enfrentamento da pobreza e das desigualdades sociais um dos grandes

    desafios da sociedade brasileira. Para super-lo, necessrio que o Estadoformule e implemente polcas e programas que garantam direitos sociais e o

    pleno exerccio da cidadania. Essas polcas so de responsabilidade do Governo

    Federal, dos estados, municpios e do Distrito Federal e devem contar tambm

    com a parcipao da sociedade.

    O Programa Bolsa Famlia (PBF), criado em outubro de 2003, um programa de

    transferncia direta de renda com condicionalidades, voltado para famlias em

    situao de pobreza e de extrema pobreza em todo o pas.

    O PBF possui trs eixos principais: transferncia de renda, condicionalidadese aes complementares. A transferncia de renda promove o alvio imediato

    da pobreza. As condicionalidades reforam o acesso a direitos sociais bsicos

    nas reas de educao, sade e assistncia social. J as aes complementares

    objevam o desenvolvimento de capacidades das famlias e a superao de sua

    situao de vulnerabilidade.

    Este Manual foi desenvolvido com o objevo de capacitar os gestores e tcnicos

    do PBF nos estados, municpios e no Distrito Federal, quanto ao desenho,

    funcionamento e aspectos bsicos da gesto do Programa, contribuindo com a

    prca codiana desses profissionais, que somam esforos para implementar e

    aperfeioar permanentemente o Bolsa Famlia.

    O texto est dividido em dez unidades:

    1. A Unidade 1 apresenta a viso geral do Programa Bolsa Famlia: seus

    princpios, dimenses, critrios de elegibilidade, entre outros aspectos

    fundamentais para o conhecimento da gesto municipal.

    2. A gesto descentralizada do Programa tema da Unidade 2, que destacaa importncia do gestor municipal e aborda, de forma objeva, contedos

    essenciais a serem estudados pelos responsveis pela sua concrezao.

    3. A Unidade 3 aborda a importncia da parcipao social das Instncias de

    Controle Social.

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    4. A fiscalizao do PBF assunto da Unidade 4, com nfase no amparo legal e

    nos procedimentos fundamentais para o acompanhamento do Programa.

    5. A Unidade 5 explica a gesto de benecios.

    6. Em seguida, a Unidade 6 apresenta como efetuada a gesto de paga-

    mentos, bem como seus canais e meios de efevao.

    7. Na Unidade 7, so abordadas e discudas as condicionalidades do PBF e

    seu papel para o rompimento do ciclo intergeracional da pobreza.

    8. A Unidade 8 enfoca a importncia do acompanhamento das famlias

    atendidas pelo Programa para a superao das vulnerabilidades e risco

    social das famlias beneficirias.

    9. A Unidade 9 trata das aes complementares e sua relao com a terceira

    dimenso do Bolsa Famlia.

    10. Por fim, a Unidade 10 mostra como os procedimentos de gesto do Cadastro

    nico e do PBF arculam-se com as avidades desenvolvidas pelo Suas

    para enfrentar a pobreza e alcanar os objevos da assistncia social.

    Bom estudo!

    6

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    ------ Unidade 1 ------

    O que o Programa Bolsa Famlia?

    Ao fim desta Unidade, voc dever ser capaz de:

    Compreender os princpios que orientam o Programa Bolsa Famlia (PBF);

    Conhecer as trs dimenses do Bolsa Famlia;

    Caracterizar as condicionalidades do Programa;

    Idenficar os critrios de elegibilidade do PBF, diferenciando-os dos

    parmetros especficos do Cadastro nico;

    Compreender os critrios que determinam os valores dos benecios do

    Bolsa Famlia;

    Verificar o papel da legislao do Programa em seu processo de gesto e

    operacionalizao; e

    Reconhecer as principais atribuies das esferas de governo na gesto do PBF.

    PARA REFLETIR:Como as pessoas podem exercer sua cidadania plena seno dispem de condies bsicas de sobrevivncia, como, por exemplo,

    alimentao, moradia digna, sade e acesso educao?

    De que forma o Programa Bolsa Famlia pode contribuir para garanr

    direitos de cidadania e enfrentar a pobreza e as desigualdades sociais?

    Para efevar a garana de direitos e implementar polcas pblicas,1 que

    contribuam com a reduo da pobreza e das desigualdades, fundamental o

    trabalho cooperavo entre o Governo Federal e os governos estaduais, municipais

    e do Distrito Federal, com a parcipao de diversas reas de governo e com a

    contribuio de diferentes polcas e programas pblicos.

    1) As polcas pblicasconstuem uma estratgia de ao pensada, planejada e guiada por uma racionalidade coleva, na qual tanto o Estadocomo a sociedade, desempenham papis avos. So suas caracterscas: constuem-se marco ou linha de orientao para as aes pblicas, sob aresponsabilidade de uma autoridade tambm pblica e mediante o controle e parcipao da sociedade; visam concrezar direitos sociais; so guiadaspelo princpio do interesse comum e da soberania popular (PEREIRA, Potyara A. P. Discusses conceituais sobre polca social como polca pblica edireito de cidadania. In: BOSCHETTI et al. Polca Social no Capitalismo. So Paulo: Cortez, 2008).

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    As polcas pblicas de proteo social tm

    como principal finalidade assegurar a realizao

    dos direitos sociais2 e concrezar a ao do

    Estado e da sociedade civil na preveno e no

    enfrentamento da pobreza, das desigualdadese da vulnerabilidade social.

    O Programa Bolsa Famlia uma das

    mais importantes iniciavas atualmente

    instudas ao lado do Sistema nico de

    Assistncia Social (Suas) para proteger

    as famlias em situao de pobreza,

    vulnerabilidade e risco social.

    O que o Programa Bolsa Famlia e quais soos princpios que o orientam?

    O Bolsa Famlia foi criado pelo Governo

    Federal em 2003, por meio da Medida

    Provisria n 132, posteriormente

    converda na Lei n 10.836, de 9 de

    janeiro de 2004. um programa detransferncia direta de renda com

    condicionalidades, que visa melhorar

    as condies de vida das famlias em

    situao de pobreza e extrema pobreza

    do Brasil.

    ATENO: No caso do Programa Bolsa

    Famlia, a definio de pobreza delimitada

    pela renda per capitamensal da famlia. Otermoper capitatem o mesmo significado

    de por pessoa.

    2) Os direitos sociaisso descritos pelo art. 6 da Constuio como educao, sade, trabalho, lazer, segurana, previdncia social, proteo maternidade e infncia e assistncia aos desempregados. Assim, se um brasileiro est sendo impedido de materializar esses direitos, a superaodessa situao responsabilidade pblica e estatal. Isto , compete ao poder pblico promover aes que visem ao enfrentamento da pobreza.

    B r u n

    o S

    p a

    d a

    / M D S

    B

    runoSpada/MDS

    AnaNascimento/MDS

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    As famlias que parcipam do PBF recebem diretamente, todo ms, recursos

    financeiros do Governo Federal. Ao parciparem do Bolsa Famlia, cumprem

    compromissos nas reas de sade e educao. Na verdade, essas contrapardas

    so simplesmente o exerccio de seus direitos sociais.

    O Bolsa Famlia, fundamentado nas diretrizes definidas na Constuio de 1988,

    estruturou-se com base nos seguintes princpios:

    Enfrentamento da pobreza e da desigualdade social;

    Proteo social no contribuva;

    Proteo social famlia;

    Intersetorialidade;

    Gesto descentralizada; e

    Incluso social.

    No Brasil, conforme prev a Constuio, o enfrentamento da pobreza e da

    desigualdade social de responsabilidade de todos os entes federados, ou seja,

    da Unio, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios. Isso significa que

    enfrentar esses problemas sociais atribuio comparlhada de todos os entes.

    De uma forma bastante simples, proteo social no contribuva o conjunto de

    estratgias pblicas que buscam assegurar aos brasileiros o livre acesso a servios,

    programas, projetos e benecios, independentemente de qualquer contribuio ou

    pagamento direto para a previdncia ou seguro social. Isto , no exigido pagamentoespecfico para se ter direito a um servio ou a um benecio social no contribuvo.

    O princpio de proteo social famlianos traz a ideia de que o Estado precisa apoiar

    a capacidade de a famlia atuar na assistncia e no cuidado de seus componentes.

    A famlia uma unidade social importante, de formao, de comparlhamento, de

    solidariedade, de proteo a seus membros. H famlias de diversas formas: existem

    casais com filhos mais velhos, mulheres sozinhas com filhos. E as famlias enfrentam

    contextos e tm necessidades disntas: tm mais ou menos recursos financeiros

    disposio, maior ou menor acesso renda e escolarizao, entre tantos outros

    exemplos. Assim, o Estado precisa considerar essas diferentes necessidades, para

    que seja capaz de apoiar o prprio papel de proteo que a famlia representa.

    J a intersetorialidadeprev a arculao com as reas responsveis por garanr

    alguns dos direitos sociais dos cidados brasileiros, tais como: educao, sade e

    assistncia social. Por exemplo, ao estabelecer a frequncia das crianas e dos ado-

    lescentes s escolas como uma das condicionalidades, o Bolsa Famlia arcula-se

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    com a rea de educao, responsvel por viabilizar o direito escola, previsto na

    Constuio.

    A gesto descentralizada um princpio presente na Constuio e um dos

    fundamentos das polcas pblicas brasileiras. Como voc ir estudar na Unidade

    2, esse princpio possibilita que a Unio, os estados, o Distrito Federal e os

    municpios atuem de forma corresponsvel e cooperava para implementao

    do Bolsa Famlia e do Cadastro nico.

    Por fim, a incluso social refere-se ao processo que possibilita populao

    excluda socialmente parlhar bens e servios sociais produzidos pela sociedade,

    garanndo a efevao dos direitos, acesso segurana, jusa, cidadania e

    representao polca.3

    Assim, tomando como base esses princpios, o PBF contribui para:

    Combater a fome e incenvar a segurana alimentar e nutricional;

    Promover o acesso das famlias em situao de pobreza e de extrema

    pobreza rede de servios pblicos, em especial os de sade, de educao

    e assistncia social;

    Apoiar o desenvolvimento das famlias que vivem em situao de pobreza

    e extrema pobreza;

    Enfrentar a pobreza e a desigualdade; e

    Incenvar rgos e instncias do poder pblico a atuarem de forma arculadana promoo e implementao de polcas sociais, que visem contribuir para

    a superao da condio de pobreza das famlias atendidas pelo Programa.

    Por que o Bolsa Famlia um programa inovador?

    O Governo Federal, ao criar o Bolsa Famlia, unificou outros programas de

    transferncia de renda j existentes no Brasil antes de 2003: Bolsa Escola, Bolsa

    Alimentao, Auxlio-Gs e Carto Alimentao. Alguns desses programas nhamcondicionalidades, outros no.

    A unificao concentrou esforos administravos, ampliou o atendimento s

    famlias pobres e integrou o acompanhamento do Estado brasileiro sobre o acesso

    3) BELO HORIZONTE. Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal Adjunta de Assistncia Social. Dicionrio de termos tcnicos daAssistncia Social. Belo Horizonte. Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal Adjunta de Assistncia Social. Belo Horizonte: ASCOM, 2007.Disponvel em: .

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    dessas famlias aos servios pblicos. Por exemplo, uma famlia acompanhada

    apenas na dimenso educacional, pelo Bolsa Escola, passou, com o PBF, a ser

    acompanhada tambm pelas reas de sade e assistncia social. Assim, podemos

    dizer que a unificao dos programas remanescentes significou tambm um novo

    modelo de atendimento: passando do acompanhamento isolado de indivduos aoacompanhamento de toda a famlia.

    A unificao dos programas tambm

    impossibilitou a sobreposio do pblico

    a ser atendido, o que evitou situaes de

    famlias beneficiadas por vrios programas,

    enquanto outras no conseguiam parcipar

    de nenhum deles.

    Vale destacar que o Bolsa Famlia realiza o

    pagamento dos benecios preferencial-

    mente s mulheres, com objevo de contribuir para a ampliao do bem-estar da

    famlia e, ao mesmo tempo, da autonomia feminina no espao domsco e nas

    comunidades locais.

    Outro fundamento importante do PBF diz

    respeito autonomia que os beneficirios

    tm para ulizar os recursos financeiros:

    deles a deciso de como ulizar osrecursos recebidos, conforme suas

    necessidades e sem a interferncia de

    qualquer instncia externa.

    ATENO: Para o PBF, a famlia corresponde unidade nuclear,

    eventualmente ampliada por outros indivduos que com ela possuam laos

    de parentesco ou de afinidade, que forme um grupo domsco, vivendo

    sob o mesmo teto e que se mantm pela contribuio de seus membros(Lei n 10.836, de 9/1/04).

    DICA DE GESTO: Conhecer os princpios do PBF ajuda o gestor a

    compreender a importncia do Programa para o municpio.

    BrunoSpada/MDS

    AnaNascimento/MDS

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    As trs dimenses do Bolsa Famlia

    O Bolsa Famlia estrutura-se por meio de trs dimenses, que, pensadas de forma

    arculada, contribuem para a superao do ciclo de reproduo da pobreza nas

    famlias, de uma gerao para outra. Para cada dimenso, h uma ao relacionada.

    Veja, na figura a seguir, as trs dimenses do PBF:

    Fonte: Figura adaptada do Curso de Operacionalizao do Programa Bolsa Famlia/MDS. (No prelo)

    A transferncia direta de renda, sem intermediaes de qualquer natureza,

    fundamental no Programa, na medida em que auxilia rapidamente as famlias

    em situao de vulnerabilidade e pobreza. No entanto, reduzir o PBF apenas

    primeira dimenso diminuir o seu potencial e os seus objevos.

    A segunda dimenso, cumprimento de condicionalidades, deve ser entendidacomo um compromisso assumido pelas famlias e pelo poder pblico. O acesso

    aos servios de sade e de educao um direito bsico e condio fundamental

    para permir o rompimento do ciclo intergeracional da pobreza, ou seja, da

    manuteno da condio de pobreza de uma gerao a outra. Por exemplo,

    crianas que cumprem as condicionalidades do PBF, ao ter acesso aos servios de

    sade e educao, podero ter melhores condies de vida que seus pais.

    PBF

    Condicionalidades

    Ampliao do acesso

    aos servios pblicos que

    constuem direitos

    sociais, nas reas de

    sade e educao

    2DIMENSO

    Aes

    complementares

    Promoo das famlias

    e apoio superao da

    situao de vulnerabi-

    lidade e pobreza

    3DIMENSO

    Transferncia direta

    de renda s famlias

    Alvio imediato

    da pobreza

    1DIMENSO

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    As condicionalidades do PBF so as seguintes:

    Condicionalidades na rea de educao

    Matricular as crianas e os adolescentes de 6 a 17 anos nas escolas; e

    Garanr a frequncia mnima de 85% nas aulas para crianas eadolescentes de 6 a 15 anos, e de 75% para jovens de 16 e 17 anos.

    Condicionalidades na rea de sade

    Para as grvidas e as mulheres que esverem amamentando:

    Fazer os exames antes do nascimento do beb (pr-natal);

    Ir s consultas no posto de sade mais prximo de sua casa, com ocarto da gestante, de acordo com o calendrio estabelecido peloMinistrio da Sade (MS); e

    aconselhvel que parcipem de avidades educavas oferecidaspelas equipes de sade sobre o aleitamento materno e a promooda alimentao saudvel.

    Para os responsveis por crianas menores de sete anos:

    Levar as crianas aos locais de campanhas de vacinao;

    Manter atualizado o calendrio de vacinao, de acordo com asinstrues do MS; e

    Levar as crianas ao posto de sade, com o carto de sade da criana,

    para acompanhamento do seu crescimento e desenvolvimento,

    entre outras aes, conforme o calendrio espulado pelo MS.

    As aes complementares, relacionadas terceira dimenso do PBF, tm comoobjevo gerar oportunidades para auxiliar as famlias na superao da situaode vulnerabilidade social em que se encontram.

    A situao de vulnerabilidade social de um indivduo ou de uma famlia estrelacionada sua exposio aos riscos e sua capacidade de enfrent-los.Essa situao pode ser momentnea, como no caso de famlias vimadas porenchentes ou por longos perodos de seca. Ou tambm podem ser situaes maisduradouras, a exemplo de famlias que vivem em localidades com alto grau deviolncia e com dificuldades de insero dos adultos no mercado de trabalho.

    As aes complementares podem ser promovidas por todas as esferas do poderpblico: Governo Federal, estados, Distrito Federal e municpios, bem como porgrupos organizados da sociedade civil.

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    ATENO: O termo vulnerabilidade social est relacionado diretamente

    ao conceito de riscos. No campo da proteo social, entende-se o termo

    risco como uma variedade de situaes que englobam: 1) Riscos naturais:

    desabamentos, enchentes, secas; 2) Riscos de sade: doenas, deficincias,

    acidentes; 3) Riscos ligados ao ciclo da vida: nascimento, maternidade,

    velhice, morte; 4) Riscos sociais: violncia domsca, gangues, crime;

    5) Riscos econmicos: desemprego, financeiros, choques de mercado;

    6) Riscos ambientais: poluio, desmatamento; e 7) Riscos polcos:

    discriminao, revoltas.

    DICA DE GESTO:Para desenvolver com qualidade as trs dimenses do

    Programa no municpio, o gestor deve arcular-se com as diferentes reas

    do setor pblico e, se for possvel, tambm com setores privados.

    Quais so os critrios de elegibilidade do BolsaFamlia? Quem pode participar do Programa?

    Podem parcipar do PBF as famlias em situao de pobreza e de extrema pobreza

    que estejam registradas no Cadastro nico para Programas Sociais do Governo

    Federal (Cadastro nico).

    Como voc estudou no Manual de Gesto do Cadastro nico, esta ferramenta

    um importante instrumento de idenficao e caracterizao social e econmica

    das famlias brasileiras de baixa renda.

    DICA DE LEITURA: Para mais informaes sobre o Cadastro nico, con-

    sulte a pgina hp://www.mds.gov.br/bolsafamilia/cadastrounico. Leia

    tambm o Manual de Gesto do Cadastro nico para Programas Sociais

    do Governo Federal e veja o link hp://www.mds.gov.br/bolsafamilia/

    capacitacao, que contm apresentaes, vdeos e outros materiais decapacitao sobre o tema.

    A definio das famlias em situao de pobreza e extrema pobreza feita a parr

    da renda familiar mensal por pessoa. O valor financeiro de referncia, para caracteri-

    zao das famlias nessa situao, pode ser alterado por meio de Decreto Presidencial.

    Veja, a seguir, as linhas de renda vigentes para o atendimento das famlias do PBF.

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    Atualmente, so consideradas famlias em extrema pobreza aquelas com renda

    familiar mensal igual ou inferior a R$ 77,00 por pessoa. J as famlias em situao

    de pobreza so aquelas com renda mensal entre R$ 77,01 e R$ 154,00 por pessoa.

    importante ressaltar que o cadastramento da famlia no Cadastro nico nosignifica sua entrada automca no PBF. O critrio principal de seleo das famlias

    para o Bolsa Famlia a sua rendaper capita. As famlias com menor renda so as

    primeiras a serem includas no Programa.

    A seleo das famlias para parcipar do Programa feita de forma objeva e

    automazada. No h privilgio individual nessa seleo. Para cada municpio,

    estabelecida uma esmava do nmero de famlias em situao de pobreza. Essa

    esmava calculada com base nos dados mais atuais do Censo Demogrfico e

    da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (Pnad), ambos executados pelo

    Instuto Brasileiro de Geografia e Estasca (IBGE).

    Que critrios determinam os valores dosbenefcios do PBF?

    O valor a ser recebido por uma famlia do Programa depende de sua renda per

    capita mensal e da composio familiar, isto , se h crianas, adolescentes,

    jovens, mulheres grvidas ou nutrizes. O Programa Bolsa Famlia trabalha com os

    seguintes pos de benecios:

    Benecio Bsico;

    Benecio Varivel;

    Benecio Varivel Vinculado ao Adolescente (BVJ); e

    Benecio para a Superao da Extrema Pobreza (BSP).

    A combinao desses benecios faz com que cada famlia receba um valor diferente.

    Veja, a seguir, a definio de cada benecio:

    Benecio Bsico: concedido apenas s famlias em situao de extrema

    pobreza. Essas famlias recebem o Benecio Bsico mesmo que no tenham

    crianas, adolescentes ou jovens em sua composio.

    Benecio Varivel: concedido s famlias em situao de pobreza e

    extrema pobreza, que tenham gestantes, nutrizes, crianas e adolescentes

    de at 15 anos. Cada famlia pode receber at cinco Benecios Variveis.

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    Benecio Varivel Vinculado ao Adolescente (BVJ): tambm chamado de

    Benecio Varivel Jovem, concedido s famlias do Programa que tenham

    jovens entre 16 e 17 anos. Alm dos cinco Benecios Variveis, cada famlia

    pode receber at dois Benecios Variveis Vinculados ao Adolescente.

    Benecio para a Superao da Extrema Pobreza (BSP): concedido sfamlias cuja renda familiar per capita se mantenha igual ou inferior a R$

    77,00, mesmo aps o recebimento dos benecios do PBF (Bsico, Varivel e/

    ou BVJ). Assim, o valor do BSP ser o equivalente soma necessria para que

    a renda por pessoa da famlia supere a linha de extrema pobreza (R$ 77,00).

    No h mais concesses de benecios de programas remanescentes desde

    outubro de 2003, quando foi criado o Programa Bolsa Famlia.

    Em 2011, foi criado e instudo, por meio do Decreto n 7.492, de 2 de junho de

    2011, o Plano Brasil Sem Misria, com o objevo de elevar a renda e as condiesde bem-estar da populao, tendo como um dos eixos de atuao a garana de

    renda. Nesse contexto, o limite de Benecios Variveis por famlia passou de trs

    para cinco, conforme o perfil para recebimento e foi criado o BSP, que representou

    um passo muito importante para superar a misria em nosso pas e reforou a

    importncia do Bolsa Famlia no combate pobreza.

    ATENO: A forma de clculo do BSP ser vista na Unidade 6. Sobreesse assunto, leia o Bolsa Famlia Informa n 353, de 19 de fevereiro de2013, disponvel no link hp://www.mds.gov.br/bolsafamilia/informes/informe-gestores.

    DICA DE LEITURA: Conhea o Plano Brasil Sem Misria acessando olinkhp://www.mds.gov.br/brasilsemmiseria. Mantenha-se sempre atualizado,consultando periodicamente o so do Programa Bolsa Famlia, disponvelem hp://www.mds.gov.br/bolsafamilia.

    Atualmente, os valores unitrios vigentes para cada benecio so:

    Modalidade do benecio Valor unitrio do benecio

    Benecio Bsico R$ 77,00

    Benecio Varivel R$ 35,00

    Benecio Varivel Vinculado ao Adolescente (BVJ) R$ 42,00

    Fonte: MDS.

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    Na tabela seguinte, podem ser observados os valores que recebem, atualmente,

    as famlias em extrema pobreza (com renda familiar mensal por pessoa de at

    R$ 77,00), considerando as variaes do nmero de gestantes, nutrizes, crianas,

    adolescentes e jovens de cada famlia.

    FAMLIAS EXTREMAMENTE POBRES

    Nmero de gestantes,nutrizes, crianas e

    adolescentes de at 15anos

    Jovens de 16e 17 anos

    Tipo de benecioValor dobenecio

    0 0 Bsico R$77,00

    1 0 Bsico + 1 Varivel R$112,00

    2 0 Bsico + 2 Variveis R$147,00

    3 0 Bsico + 3 Variveis R$182,00

    4 0 Bsico + 4 Variveis R$217,00

    5 0 Bsico + 5 Variveis R$252,00

    0 1 Bsico + 1 BVJ R$119,00

    1 1 Bsico + 1 Varivel + 1 BVJ R$154,00

    2 1 Bsico + 2 Variveis + 1 BVJ R$189,00

    3 1 Bsico + 3 Variveis + 1 BVJ R$224,00

    4 1 Bsico + 4 Variveis + 1 BVJ R$259,00

    5 1 Bsico + 5 Variveis + 1 BVJ R$294,00

    0 2 Bsico + 2 BVJ R$161,00

    1 2 Bsico + 1 Varivel + 2 BVJ R$196,00

    2 2 Bsico + 2 Variveis + 2 BVJ R$231,00

    3 2 Bsico + 3 Variveis + 2 BVJ R$266,00

    4 2 Bsico + 4 Variveis + 2 BVJ R$301,00

    5 2 Bsico + 5 Variveis + 2 BVJ R$336,00

    Fonte: MDS.

    ATENO:Perceba que o BSP no consta na tabela porque o seu valor

    no fixo e deve ser calculado caso a caso.

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    Na prxima tabela, so apresentados os valores que recebem, atualmente, as

    famlias em situao de pobreza (com renda familiar mensal por pessoa de R$

    77,01 a R$ 154,00), considerando as variaes do nmero de gestantes, nutrizes,

    crianas, adolescentes e jovens de cada famlia.

    FAMLIAS EM SITUAO DE POBREZA

    Nmero de gestantes,nutrizes, crianas e

    adolescentes de at 15anos

    Nmero dejovens de 16

    e 17 anosTipo de benecio

    Valor dobenecio

    0 0 No recebe Benecio Bsico -

    1 0 1 Varivel R$ 35,00

    2 0 2 Variveis R$ 70,00

    3 0 3 Variveis R$ 105,00

    4 0 4 Variveis R$ 140,00

    5 0 5 Variveis R$ 175,00

    0 1 1 BVJ R$ 42,00

    1 1 1 Varivel + 1 BVJ R$ 77,00

    2 1 2 Variveis + 1 BVJ R$ 112,00

    3 1 3 Variveis + 1 BVJ R$ 147,00

    4 1 4 Variveis + 1 BVJ R$ 182,00

    5 1 5 Variveis + 1 BVJ R$ 217,00

    0 2 2 BVJ R$ 84,00

    1 2 1 Varivel + 2 BVJ R$ 119,00

    2 2 2 Variveis + 2 BVJ R$ 154,00

    3 2 3 Variveis + 2 BVJ R$ 189,00

    4 2 4 Variveis + 2 BVJ R$ 224,00

    5 2 5 Variveis + 2 BVJ R$ 259,00

    Fonte: MDS.

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    O papel da legislao do PBF no processo degesto e operacionalizao

    O Bolsa Famlia tem como base leis, decretos, portarias, instrues normavas

    e operacionais. Considerando suas caracterscas, o PBF est em constanteaperfeioamento, o que exige que sua legislao tambm se modifique, para

    acompanhar a realidade social. Por isso, muito importante que todos os atores

    envolvidos na gesto do PBF conheam as normas do Programa e estejam sempre

    atentos s suas atualizaes.

    ATENO:De modo geral, a legislao do Bolsa Famlia contm princpios e

    diretrizes para sua gesto e operacionalizao. Ela visa garanr a legalidade e

    transparncia dos processos, o alcance dos objevos do Programa, alm deorientar as aes dos municpios, dos gestores e das famlias beneficirias.

    DICA DE GESTO: Mantenha-se atualizado em relao s leis, decretos,

    instrues normavas e operacionais relavas ao Programa e fique sempre

    atento aos Informes do Bolsa Famlia, disponveis no link hp://www.

    mds.gov.br/bolsafamilia/informes. Para receb-los, mantenha seu e-mail

    atualizado junto ao MDS. Consulte, tambm, toda a legislao relacionada

    ao Bolsa Famlia e ao Cadastro nico no so do MDS, no linkhp://www.mds.gov.br/bolsafamilia/legislacao-1/legislacao.

    Principais atribuies das esferas de governo nagesto do Bolsa Famlia

    A descentralizao, prevista pela Constuio, um dos fundamentos das

    polcas pblicas sociais brasileiras. O Bolsa Famlia, por meio de seu desenho

    de gesto descentralizada e comparlhada, contribui para a construo de um

    relacionamento cooperavo entre os entes federavos no enfrentamento da fome,

    da pobreza e da desigualdade social. Cabe ressaltar que a gesto descentralizada,

    para ser efeva, requer que as responsabilidades dos entes federados em relao

    implementao do PBF estejam muito claras.

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    Nesse sendo, de modo geral, pode-se dizer que compete ao Governo Federal:

    Implementar o pagamento mensal de benecios s famlias;

    Disciplinar e normazar os procedimentos de gesto e de execuo do PBF

    e do Cadastro nico;

    Desenvolver e disponibilizar aos estados, Distrito Federal e municpios,instrumentos e sistemas de gesto;

    Apoiar a capacitao dos agentes envolvidos na gesto e execuo doPrograma;

    Disponibilizar aos estados, ao Distrito Federal, aos municpios, aos cidadose aos demais interessados, canais de comunicao para o recebimento desugestes e de denncias sobre eventuais irregularidades na implementao

    do Cadastro nico e do Programa Bolsa Famlia; Apoiar financeiramente os estados, municpios e o Distrito Federal para o

    exerccio de suas atribuies na gesto do PBF e Cadastro nico; e

    Viabilizar, colaboravamente, as aes complementares.

    Entre as atribuies dos governos estaduais, destacam-se:

    Constuir coordenao intersetorial responsvel pelo Programa no estado,composta por representantes das reas do governo estadual de assistncia

    social, educao e sade; Promover aes que viabilizem a gesto intersetorial na esfera estadual;

    Apoiar tcnica e instucionalmente os municpios para a implementao

    do Programa, sensibilizando-os e capacitando-os, com o apoio do Governo

    Federal, para a conduo de suas atribuies;

    Disponibilizar servios e estruturas instucionais das reas de assistncia

    social, educao e sade na esfera estadual;

    Apoiar e esmular o cadastramento e a atualizao cadastral pelos

    municpios;

    Administrar a execuo dos recursos transferidos pelo Governo Federal

    por meio do ndice de Gesto Descentralizada do Estado para a gesto do

    Programa Bolsa Famlia;

    Promover, em arculao com a Unio e os municpios, o acompanhamento

    do cumprimento de condicionalidades; e

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    Esmular os municpios para a criao de parcerias com rgos e instuies

    governamentais e no governamentais nas trs esferas de governo, para

    arcular aes complementares.

    Aos governos municipais e ao DF compete o gerenciamento e implementaodo Programa em seu territrio. Alm de indicar o gestor do Bolsa Famlia no

    municpio, tm outras atribuies, tais como:

    Idenficar e inscrever no Cadastro nico as famlias de baixa renda,

    atualizando suas informaes pelo menos a cada dois anos;

    Realizar as aes de gesto de benecios sob sua responsabilidade;

    Instuir Instncia de Controle Social (ICS) do Bolsa Famlia e contribuir para

    sua atuao efeva;

    Promover a intersetorialidade na gesto local do Programa, para

    viabilizar as avidades necessrias para o registro, a sistemazao e a

    anlise das informaes sobre o cumprimento de condicionalidades, o

    acompanhamento de beneficirios e a oferta de aes complementares;

    Administrar a execuo dos recursos transferidos pelo Governo Federal por

    meio do ndice de Gesto Descentralizada do Municpio para a gesto do

    Programa Bolsa Famlia;

    Garanr o acompanhamento e o monitoramento das aes do Programa na

    comunidade; e

    Viabilizar aes complementares para as famlias beneficirias.

    ATENO: O trabalho cooperavo entre as trs esferas de governo

    fundamental para o sucesso do Bolsa Famlia, mas as avidades exercidas

    pela gesto municipal so ainda mais estruturantes. Isso porque, embora os

    municpios tenham o apoio do Governo Federal e Estadual para gerenciar

    e implementar o Bolsa Famlia, na esfera municipal que o Programa se

    concreza, chegando s famlias mais vulnerveis.

    Como voc estudou, o Governo Federal e os governos estaduais, municipais e do

    Distrito Federal tm a tarefa de conduzir a implementao do Bolsa Famlia de

    forma pactuada e colaborava.

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    O grande desafio arcular os diversos

    atores envolvidos com a implementao

    do PBF em torno da promoo social das

    famlias atendidas. Para isso, deve ser

    fortalecido e aperfeioado, a cada dia, omodelo de gesto comparlhada, com

    competncias especficas para cada um

    dos entes federados.

    Na prxima Unidade, voc estudar, em detalhes, como a gesto descentralizada

    se realiza no Bolsa Famlia e como o MDS apoia os estados, municpios e Distrito

    Federal para o exerccio de suas responsabilidades de gesto do Programa.

    Se

    bast

    o

    Pe

    dra

    / MDS

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    ------ Unidade 2 ------

    A gestodescentralizada do PBF

    Ao fim desta Unidade, voc dever ser capaz de:

    Compreender como se concreza a gesto comparlhada no Bolsa Famlia;

    Verificar a importncia do gestor municipal e da coordenao estadual do

    Programa para o xito da gesto descentralizada;

    Compreender os critrios para o recebimento dos recursos do IGD-M e

    IGD-E e a forma de calcul-los;

    Conhecer o mecanismo de repasse desses recursos pelo MDS;

    Idenficar a importncia do Sistema de Gesto do Programa Bolsa Famlia

    (SIGPBF);

    Reconhecer os diferentes sistemas informacionais que apoiam a gesto do

    Bolsa Famlia e seus objevos; e

    Conhecer os meios de comunicao entre o MDS, estados, Distrito Federale os municpios.

    PARA REFLETIR: Como a descentralizao e a corresponsabilidade entre

    a Unio, os estados, municpios e Distrito Federal se concrezam no

    Programa Bolsa Famlia?

    Como mencionado na Unidade 1, o Programa Bolsa Famlia foi estruturado com

    base no comparlhamento das responsabilidades entre os trs nveis de governo.Seus princpios de gesto descentralizada e gesto comparlhada tornam

    estados, municpios e Distrito Federal parceiros efevos do Governo Federal,

    corresponsveis pela formulao, implementao e controle do PBF.

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    Fonte: Bolsa Famlia e seus componentes. Unidade 1. MDS/Senarc, p. 37.

    ATENO: O art. 8, da Lei n 10.836/2004, define que: a execuo e

    a gesto do Programa Bolsa Famlia so pblicas e governamentais e

    ocorrero de forma descentralizada, por meio da conjugao de esforos

    entre os entes federados, observando a intersetorialidade, a parcipao

    comunitria e o controle social.

    A primeira caractersca da gesto descentralizada e comparlhada do Bolsa Famlia

    a forma de adeso voluntria dos municpios, estados e do Distrito Federal.

    Atualmente, todos os estados, municpios e o DF j aderiram ao PBF. Dessa forma,

    quando ocorrer mudana de prefeito ou governador, no h necessidade de o

    municpio realizar novamente a adeso ao Programa.

    DICA DE LEITURA: Para conhecer em detalhes a regulamentao dos

    procedimentos de adeso dos estados, municpios e Distrito Federal, bem

    como suas atribuies, no deixe de ler as Portarias GM/MDS n 246/2005,

    n 76/2008, n 256/2010 e n 754/2010, disponveis no linkhp://www.

    mds.gov.br/bolsafamilia/legislacao-1/legislacao.

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    Ao aderirem ao PBF, estados, municpios e o Distrito Federal assumem

    compromissos especficos relacionados ao Programa. Esses compromissos

    so traduzidos em atribuies, segundo o Decreto n 5.209/2004, e so

    regulamentados pela Portaria GM/MDS n 246/2005, no caso dos municpios e do

    Distrito Federal, e pelas Portarias GM/MDS n 256/2010, no caso dos estados. Pormeio dessas atribuies, pode-se observar o modo como a gesto descentralizada

    e comparlhada do PBF e Cadastro nico so efevadas e executadas.

    O princpio da intersetorialidade mais um aspecto importante da gesto

    comparlhada. O Bolsa Famlia, parndo da ideia de que o enfrentamento da

    pobreza uma ao complexa e de que iniciavas setoriais isoladas no so

    suficientes para alcanar esse objevo, busca contribuir para o fortalecimento da

    arculao das reas de assistncia social, sade e educao, entre outras.

    A gesto de condicionalidades ilustra muito bem a importncia daintersetorialidade na gesto comparlhada do Bolsa Famlia:

    Ao municpio:cabe promover, de forma arculada com o estado e com o

    Governo Federal, o acesso dos beneficirios do Bolsa Famlia aos servios

    de educao, sade e assistncia social;

    Ao estado: cabe apoiar a gesto municipal de condicionalidades do PBF,

    sistemazar e analisar as informaes. Cabe, ainda, mobilizar a rede

    estadual para disponibilizar informaes sobre frequncia escolar e auxiliar

    o acompanhamento nas reas da sade e da assistncia social. Compete,tambm, apoiar a gesto arculada e integrada do Programa Bolsa Famlia

    com os benecios e servios socioassistenciais, previstos na Lei n 8.742, de

    7 de dezembro de 1993;

    Ao Ministrio da Sade:compete ofertar o servio e disponibilizar o Sistema

    de Gesto do Programa Bolsa Famlia na Sade para que as informaes

    referentes a essa condicionalidade possam ser inseridas;

    Ao Ministrio da Educao: compete ofertar o servio e disponibilizar o

    Sistema de Acompanhamento da Frequncia Escolar do Programa Bolsa

    Famlia (Sistema Presena PBF) para que as informaes relavas s

    condicionalidades da educao possam ser registradas; e

    Ao Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome: cabe

    desenvolver e disponibilizar ao municpio instrumentos e sistemas de

    informao e gesto, bem como implementar o pagamento mensal de

    benecios s famlias parcipantes do Bolsa Famlia.

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    Para desenvolver o trabalho de gerenciamento e implementao do Bolsa Famlia

    em mbito local, preciso fortalecer aes intersetoriais, especialmente entre a

    assistncia social, a sade e a educao, com o

    objevo de viabilizar o efevo acompanhamento

    das famlias, idenficar os casos de maiorvulnerabilidade e intervir adequadamente

    nessas situaes. Alm disso, preciso

    esmular uma permanente interlocuo entre

    a prefeitura, a Instncia de Controle Social, o

    estado e o MDS para a implementao do Bolsa

    Famlia no municpio e no DF.

    ATENO:Esta arculao deve contar com a elaborao de um Plano de

    Ao Intersetorial, respeitando as atribuies de cada ente federado.

    O papel do gestor municipal e do coordenadorestadual do Bolsa Famlia para o xito na

    gesto descentralizada

    Para concrezar as atribuies de gesto dos estados, municpios e Distrito

    Federal, estudadas na Unidade 1, duas figuras so essenciais: o gestor municipale o coordenador estadual do Programa.

    O gestor municipal, indicado pelo prefeito, o profissional que responde

    primeiramente pela gesto do Bolsa Famlia na localidade. Portanto, a pessoa

    de referncia para o MDS sobre os temas relacionados gesto descentralizada

    do PBF no mbito municipal ou no DF, e responsvel por promover a arculao

    necessria para o bom andamento das aes intergovernamentais.

    Em razo da importncia de sua avidade, o gestor municipal do PBF deve ter

    capacidade para coordenar equipes tcnicas e aes intersetoriais, bem comoexercer liderana voltada para bons resultados. Por ser o principal interlocutor do

    municpio com a gesto federal e estadual do PBF, precisa de legimidade para

    exercer sua funo e autonomia para responder pelas aes desenvolvidas.

    A fim de que realize um bom trabalho, deve ter conhecimento sobre: a realidade

    do municpio; o desenvolvimento da Polca de Transferncia de Renda no Brasil;

    BrunoSpada/MDS

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    as diretrizes definidas pelo MDS e o avano das discusses, ao longo dos anos,

    sobre os temas relacionados ao PBF e Cadastro nico; a legislao vigente; e,

    sobretudo, as regras e procedimentos de gesto do Cadastro nico e do PBF.

    As principais atribuies do gestor municipal do PBF, resumidamente, so:

    Assumir a interlocuo entre a prefeitura, a Coordenao Estadual do PBF e

    o MDS para a plena implementao do Programa;

    Coordenar a relao entre as secretarias municipais de assistncia social,

    educao e sade e, quando necessrio, tambm com as secretarias esta-

    duais de assistncia social, educao, sade, entre outras, para promover a

    intersetorialidade necessria ao bom desenvolvimento do PBF;

    Buscar se familiarizar com a linguagem oramentria e realizar interlocuo

    constante com os setores responsveis pela rea de Oramento e Finanas

    no municpio, com o objevo de conhecer os instrumentos de planejamento

    na administrao pblica;

    Coordenar a execuo dos recursos transferidos pelo Governo Federal

    para aes que aprimorem a qualidade da gesto comparlhada do PBF

    no municpio, com interlocuo constante com o Fundo Municipal de

    Assistncia Social (FMAS);

    Promover, com a Coordenao Estadual, a execuo de capacitao connua

    para a equipe tcnica do municpio, a fim de realizar, por exemplo, ocadastramento e a atualizao do Cadastro nico, a gesto de benecios e o

    acompanhamento do cumprimento das condicionalidades do PBF;

    Buscar a interlocuo com secretarias e rgos municipais, estaduais e federais

    e com a sociedade civil organizada e endades no governamentais, para

    facilitar a arculao de aes complementares para as famlias beneficirias

    do PBF, tais como: aes de gerao de trabalho e renda, aumento da

    escolarizao, condies habitacionais, direitos sociais, desenvolvimento

    local, melhoria dos servios bsicos, segurana alimentar e nutricional; e

    Contribuir para a atuao efeva das ICS que acompanham o Bolsa Famlia

    no municpio para o fortalecimento do controle social, assumindo a

    interlocuo com os seus representantes, bem como com os membros do

    Conselho Municipal de Assistncia Social (CMAS) e tambm do Conselho

    Estadual de Assistncia Social (Ceas).

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    O coordenador estadual do PBF, semelhante ao gestor municipal, tambm

    exerce papel fundamental para que o Programa alcance seus objevos. Para

    desenvolver esse papel, o coordenador estadual deve ser designado formalmente

    pelo governador do estado, nos termos da Portaria GM/MDS n 256/2010,

    alterada pela Portaria GM/MDS n 319/2011. Suas principais atribuies so:

    Assumir a interlocuo entre o governo do estado, o MDS e os municpios de

    seu territrio para a plena implementao do PBF. Para tanto, importante

    que o coordenador estadual tenha poder de deciso e capacidade de

    mobilizao para lidar com outras instuies, bem como de arculao

    para atuar com as reas envolvidas na operao do Programa;

    Coordenar a relao entre as secretarias estaduais de assistncia social,

    educao e sade, entre outras, para promover a intersetorialidade

    necessria ao bom desenvolvimento do PBF nos municpios de seu territrio;

    Coordenar a execuo dos recursos transferidos pelo Governo Federal

    para aes que aprimorem a qualidade da gesto comparlhada do PBF

    no estado, incluindo ateno s especificidades dos grupos populacionais

    tradicionais e especficos;

    Assumir a interlocuo, em nome do estado, com os membros do Ceas e da

    ICS Estadual do PBF, quando exisr, de forma a garanr o controle social das

    aes do PBF em todo o estado;

    Promover capacitaes que permitam aos municpios realizarem,

    por exemplo, aes de cadastramento e de atualizao cadastral, deacompanhamento do cumprimento das condicionalidades do PBF, assim

    como de acompanhamento familiar. Essa uma das tarefas mais importantes

    a serem cumpridas pelo coordenador estadual na busca da excelncia na

    gesto comparlhada do PBF e do Cadastro nico;

    Coordenar a interlocuo com outras secretarias e rgos estaduais,

    federais e municipais e, ainda, com endades no governamentais, com o

    objevo de facilitar a arculao de aes complementares para as famlias

    beneficirias do PBF no estado, tais como: gerao de trabalho e renda,

    aumento da escolarizao, melhoria das condies habitacionais e do

    exerccio de direitos sociais, desenvolvimento local, melhoria dos servios

    bsicos, segurana alimentar e nutricional, entre outras.

    Essas avidades objevam promover o desenvolvimento social e econmico

    sustentvel das famlias beneficirias do PBF. Para a consolidao dessa estratgia

    de incluso social, as aes precisam ser arculadas e integradas pelas trs esferas

    de governo e com a sociedade civil, conforme a legislao e as prcas vigentes.

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    O que o ndice de Gesto Descentralizada(IGD)?

    Ciente dos desafios que os municpios, o Distrito Federal e os estados enfrentam

    para gerir o Bolsa Famlia e o Cadastro nico, o MDS esmula o aperfeioamento da

    gesto descentralizada do Programa por meio de repasse de recursos financeiros

    aos entes federados. Esse repasse est condicionado ao bom desempenho da

    gesto do PBF e do Cadastro nico.

    Para quanficar esse desempenho, o MDS criou, em 2006, o ndice de

    Gesto Descentralizada do Municpio (IGD-M) e, em 2008, o ndice de Gesto

    Descentralizada do Estado (IGD-E).

    O IGD-M e o IGD-E representam uma importante estratgia adotada pelo MDSpara apoiar e esmular os entes federados a invesr na melhoria da gesto do

    PBF e do Cadastro nico. Esses ndices permitem a avaliao da gesto em seus

    aspectos fundamentais e embasam o apoio financeiro aos municpios e estados.

    Embora com objevos em comum, apoiar o aperfeioamento da gesto do PBF

    e do Cadastro nico, as formas de clculo do IGD-M e do IGD-E so diferentes.

    Assim, nesse tpico, esses ndices sero apresentados separadamente.

    O IGD-M

    O IGD-M um instrumento de promoo e fortalecimento da gesto intersetorial

    do PBF e do Cadastro nico. Corresponde a uma forma de medir a cobertura e a

    qualidade do Cadastro nico e do acompanhamento das condicionalidades das

    reas de educao e de sade.

    Em outras palavras, o IGD-M serve tanto para medir a qualidade das aes

    realizadas, reflendo o desempenho de cada gesto municipal, como para

    incenvar o alcance de melhores resultados.

    A partir desse ndice, que varia de zero a um, os valores so calculados e

    os recursos repassados aos municpios e ao Distrito Federal diretamente do

    Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS) para os Fundos Municipais de

    Assistncia Social (FMAS) e para o Fundo de Assistncia Social do Distrito

    Federal (FAS/DF), respectivamente. Quanto mais prximo de 1 for o IGD-M,

    mais qualidade apresentar a gesto municipal do Programa Bolsa Famlia e

    do Cadastro nico.

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    ATENO:A Portaria n 754/2010 estabeleceu critrios, procedimentos,sistemcas de clculo e parmetros para idenficar o IGD-M de cadamunicpio e repassar recursos financeiros queles que alcancem os ndicesmnimos estabelecidos.

    O clculo do IGD-M e a utilizao dos recursos

    O IGD-M varia de 0 (zero) a 1 (um) e ser calculado pela mulplicao dosseguintes fatores:

    FI Fator de operao do PBF: o resultado da mdia de quatro taxas:

    Taxa de Cobertura Qualificada de Cadastros (TCQC):

    TCQC =

    n Cadastros Vlidos de

    famlias perfil Cadnico* no municpio

    n Famlias Estmadas como pblico-alvo do Cadnico** no municpio

    *famlias com renda familiar mensal per capita < salrio-mnimo.

    **esmava IBGE (censo 2010) de famlias com renda familiar per capita < salrio-mnimo.

    Taxa de Atualizao Cadastral (TAC):

    TAC =

    n Cadastros vlidos e atualizadosnos lmos 2 anos, de famlias perfil

    Cadnico no municpio

    n Cadastros Vlidos perfilCadnico* no municpio

    *famlias com renda familiar mensal per capita < salrio-mnimo

    Taxa de Acompanhamento da Frequncia Escolar (TAFE):

    TAFE =

    n Crianas de Famlias Beneficirias

    do PBF c/ informao de Frequncia

    Escolar no municpio

    n total de Crianas de Famlias

    Beneficirias do PBF no municpio

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    Taxa de Acompanhamento da Agenda de Sade (TAAS):

    TAAS =

    n Famlias Beneficirias do PBF

    com perfil e c/ informao da

    Agenda de Sade no municpio

    n total de Famlias Beneficirias

    do PBF c/ perfil sade no municpio

    Para as taxas que compem o IGD-M, considera-se:

    Famlias com perfil Cadastro nico: aquelas com renda familiar

    mensal de at meio salrio-mnimo por pessoa;

    Famlias com perfil educao: aquelas beneficirias do PBF que

    possuem crianas e adolescentes entre 6 e 17 anos; e

    Famlias com perfil sade:aquelas beneficirias do PBF que tm em

    sua composio crianas menores de sete anos e mulheres entre 14 e

    44 anos.

    ATENO:As taxas do Fator I devem alcanar o ndice mnimo de 0,20 e a mdia

    das taxas deve ser igual ou superior a 0,55. Caso o municpio no obtenha esses

    ndices mnimos, no ter direito ao repasse de recursos do IGD-M.

    Assim, para chegar ao resultado do FI fator de operao do PBF, tem-se a

    seguinte frmula:

    FI =4

    Taxa de Cobertura

    Qualificada de

    Cadastro

    Taxa de

    Atualizao

    Cadastral

    Taxa de

    Acompanhamento

    da Frequncia

    Escolar

    Taxa de

    Acompanhamento

    da Agenda

    de Sade

    + + +

    FII Fator de adeso ao Suas:demonstra se o municpio aderiu ao Suas, de

    acordo com a Norma Operacional Bsica do Suas (NOB/Suas). atribudo

    valor 1 (um) se aderiu, ou 0 (zero) se no aderiu.

    FIII Fator de informao da apresentao da comprovao de gastos dos

    recursos do IGD-M:indica se o gestor do FMAS registrou no SuasWeb a

    comprovao de gastos ao Conselho Municipal de Assistncia Social. Este

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    fator recebe o valor 1 (um), se o municpio realizou o registro; ou 0 (zero),

    se no realizou.

    FIV Fator de informao da aprovao total da comprovao de gastos

    dos recursos do IGD-M pelo Conselho Municipal de Assistncia Social:

    indica se este colegiado registrou no SuasWeb a aprovao integral dascontas apresentadas pelo gestor do Fundo Municipal de Assistncia Social.

    atribudo o valor 1 (um), se o Conselho aprovou totalmente, ou 0 (zero) se

    no aprovou, ou aprovou parcialmente.

    Depois desses conceitos, conhea agora a frmula do IGD-M:

    ATENO:Se um dos fatores FII, FIII ou FIV for igual a 0 (zero), no haver

    repasse de recursos para o municpio.

    No caso de o municpio estar apto a receber os recursos financeiros do IGD-M,

    o valor calculado e o recurso repassado mensalmente do Fundo Nacional de

    Assistncia Social para o Fundo Municipal de Assistncia Social. Os depsitos

    so efetuados em conta-corrente aberta pelo FNAS no Banco do Brasil

    especificamente para fins de execuo financeira das avidades vinculadas gesto descentralizada do PBF e do Cadastro nico.

    A frmula que resulta no valor a ser repassado ao municpio :

    Recurso a repassar* = (IGD-M) (R$ 3,25) (n de famliascom cadastros vlidos e atualizados no Cadastro nico**)

    (*) Para os municpios que tenham os Fatores II, III e IV igual a 1 (um) e angirem os ndices mnimos

    de 0,20 nas taxas e 0,55 na mdia no Fator I, fica assegurado o repasse do valor mnimo de R$ 687,50.(**) Limitada esmava de famlias de baixa renda com perfil Cadastro nico para o municpio, divulgada pelo MDS.

    ATENO: O IGD-M ser medido, mensalmente, considerando todas

    as informaes atualizadas dos parmetros que o compem. O valor

    transferido ao municpio no ms subsequente ao da apurao.

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    IGD-M e incenvos financeiros

    Conforme a Portaria n 754/2010, ao valor mensal a ser transferido ao municpio

    podero ser somados os seguintes incenvos financeiros:

    3% dos recursos a repassar, proporcionais ao acompanhamento das famlias

    beneficirias em situao de descumprimento de condicionalidades, que

    estejam em processo de acompanhamento familiar;

    3% dos recursos a repassar, quando o municpio cumprir o prazo estabelecido

    pela Senarc para o atendimento de demanda de fiscalizao;

    2% dos recursos a repassar, quando o municpio ver 100% dos dados

    relavos gesto municipal atualizados h menos de um ano, conforme

    registro no SIGPBF; e

    2% dos recursos a repassar, quando o municpio apresentar 96% de cartes

    entregues, na data de apurao do IGD-M.

    Como podem ser gastos os recursos do IGD-M?

    Para que os recursos do IGD-M atendam s prioridades e necessidades do municpio

    para o aperfeioamento da gesto do Programa Bolsa Famlia, necessrio que seja

    elaborado um planejamento do uso desses recursos de forma intersetorial, com, mi-

    nimamente, a parcipao das reas de assistncia social, de sade e de educao.

    O MDS sugere, ainda, que seja realizado um diagnsco inicial, tambm com a

    parcipao das trs reas, para a idenficao das aes prioritrias a serem

    financiadas com esses recursos.

    O planejamento deve contemplar todas as aes, avidades e aquisies a serem

    financiadas com recursos do IGD-M, estabelecendo uma ordem de prioridade,

    que poder ser executada medida que os recursos financeiros forem recebidos.

    ATENO:O gestor do PBF e do Cadastro nico no municpio responsvelpela aplicao dos recursos do IGD-M. Ele deve planejar e coordenar os

    trabalhos, por meio da arculao intersetorial com as reas de assistncia

    social, sade e educao, entre outras, e ainda estar atento para integrar

    as aes nos Planos de Assistncia Social. Compete a ele prestar contas da

    ulizao dos recursos do IGD-M.

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    Os recursos do IGD-M desnam-se s avidades vinculadas gesto do Bolsa

    Famlia e do Cadastro nico e podem ser ulizados para:

    Apoiar e aprimorar as aes de incluso e atualizao dos dados das famlias

    de baixa renda no Cadastro nico, inclusive com a promoo de aes deemisso coleva de documentos de registro civil, entre outros;

    Garanr a estrutura operacional da gesto municipal com a aquisio de,

    por exemplo, equipamentos de informca e sofwares.

    Aperfeioar e/ou viabilizar avidades relacionadas gesto de

    condicionalidades e gesto de benecios;

    Realizar o acompanhamento familiar dos beneficirios do PBF;

    Promover estratgias de fiscalizao do Bolsa Famlia e do Cadastro nico;

    Implementar aes que visem ao fortalecimento do controle social do

    Programa no municpio;

    Melhorar a infraestrutura para atendimento s famlias com a aquisio,

    por exemplo, de mveis e materiais permanentes e de apoio;

    Realizar avidades de capacitao sobre o PBF e o Cadastro nico;

    Contratar servios, estudos e consultorias para, por exemplo,

    sistematizar, analisar e armazenar os dados do PBF (SIGPBF, Sicon, Painel

    de Indicadores, Cadastro nico etc.) e elaborar fluxos para a organizao

    do atendimento s famlias.

    O municpio dever desnar, pelo menos, 3% dos recursos transferidos, segundo

    a sistemca fixada na Portaria n 754/2010, para o financiamento de avidades

    de apoio tcnico e operacional do controle social envolvido com a gesto do PBF.

    A execuo dos recursos dever constar da comprovao de gastos encaminhada

    pelo gestor do Fundo Municipal de Assistncia Social ao Conselho Municipal de

    Assistncia Social.

    ATENO: Compete aos municpios decidir em quais aes voltadas ao PBFe ao Cadastro nico os recursos do IGD-M sero alocados, bem como qual

    o percentual desnado a cada avidade e a ordem de prioridades.

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    Alguns aspectos importantes relacionados utilizao dos recursos do IGD-M

    Os recursos repassados pelo IGD-M no so um convnio entre o MDS e o

    municpio. Eles representam o apoio resultante de um servio prestado, cujo ndicereflete cumprimento de parmetros mnimos de qualidade da gesto do PBF e do

    Cadastro nico. Assim, o recurso do IGD-M inserido na receita do municpio e a

    sua aplicao limitada ao aperfeioamento da gesto do Programa Bolsa Famlia

    e do Cadastro nico. Consequentemente, o detalhamento da prestao de contas

    desse recurso deve respeitar as regras estabelecidas em cada municpio.

    Para ulizar o IGD-M, necessrio que o gestor conhea as regras e a legislao

    que orientam seu desembolso. Uma ao financiada pelos recursos do IGD-M que

    no tenha sido prevista no oramento municipal uma despesa sem legimidade.Ela no ser considerada uma despesa pblica.

    DICA DE GESTO: Gestor municipal, arcule-se com a rea responsvel

    pela Contabilidade, Oramento e Finanas do municpio, para realizar

    corretamente a incorporao de recursos do IGD-M ao oramento, assim

    como a sua execuo, pois esses procedimentos podem variar de um

    municpio para outro.

    Os municpios devero submeter suas prestaes de contas dos recursos rece-

    bidos do IGD-M s respectivas Instncias de Controle Social, sendo tambm

    objeto de parecer do Conselho Municipal de Assistncia Social (CMAS). Em

    caso de no aprovao das contas por este Conselho, os recursos financeiros

    transferidos devero ser restitudos pelo ente federado ao respectivo Fundo

    de Assistncia Social.

    dever dos municpios que recebem recursos do IGD-M informar anualmente ao

    MDS, por meio do Sistema de Informao do Sistema nico de Assistncia Social

    (Suasweb), as deliberaes tomadas pelos Conselhos Municipais de AssistnciaSocial sobre a comprovao de gastos.

    Caber ao CMAS a apreciao e deliberao das comprovaes de gastos dos

    recursos recebidos, enviadas pelo Fundo Municipal de Assistncia Social. Em caso

    de aprovao total, parcial ou reprovao, esse colegiado providenciar a insero

    dos dados condos nos documentos no Sistema disponibilizado pelo MDS.

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    Ao ter as contas no aprovadas ou aprovadas parcialmente, o municpio adotar

    os seguintes procedimentos:

    Restuio dos recursos financeiros referentes s contas rejeitadas

    pelo Conselho Municipal de Assistncia Social ao Fundo Municipal deAssistncia Social; ou

    Elaborao de jusficava contestando a no aprovao ou aprovao

    parcial da ulizao dos recursos.

    Aps a finalizao de um desses procedimentos pelo municpio, o Conselho

    Municipal de Assistncia Social informar, no SuasWeb, a nova deciso com o

    detalhamento dos seus movos.

    ATENO:No caso de o municpio no ter ulizado todos os recursos doIGD-M no ano em que foi feito o repasse, poder usar o restante no ano

    seguinte. Para isso, necessrio que o municpio faa a reprogramao dos

    recursos na forma estabelecida na legislao vigente.

    DICA DE LEITURA:Para saber mais sobre o IGD-M, seu clculo e forma de

    ulizao, leia a Portaria MDS/GM n 754/2010 e alteraes posteriores.

    Veja, ainda, o Bolsa Famlia Informa n 240, de outubro de 2010, e n 295,

    de novembro de 2011 e n 384, de outubro de 2013 disponveis no sodo MDS hp://www.mds.gov.br/bolsafamilia.

    Consulte, tambm, o Caderno do

    IGD-M: Manual do ndice de Gesto

    Descentralizada Municipal do Programa

    Bolsa Famlia e do Cadastro nico, dis-

    ponvel no link: hp://www.mds.gov.br/

    bolsafamilia/gestaodescentralizada/indi-

    ce-de-gestao-descentralizada-igd.

    O IGD-E

    Concebido a parr da implementao bem-sucedida do ndice de Gesto

    Descentralizada do Municpio, o IGD-E mensura a qualidade da gesto do PBF e

    do Cadastro nico no estado. Serve de base para o clculo do valor do recurso

    financeiro a ser transferido ao estado como forma de apoio s aes de gesto.

    AnaNascimento/MDS

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    Os recursos so repassados aos estados diretamente do FNAS para o Fundo

    Estadual de Assistncia Social.

    O clculo do IGD-E e a utilizao dos recursos

    O IGD-E refler o desempenho de cada estado, considerando o desempenho

    dos seus municpios. Esse ndice varia de 0 (zero) a 1 (um) e ser calculado pela

    mulplicao dos seguintes fatores:

    FI Fator de operao do PBF, composto pela mdia das seguintes taxas:

    Taxa de Cobertura Qualificada de Cadastros (TCQC):

    TCQC =

    n Cadastros Vlidos de

    famlias perfil Cadnico* no estado

    n Famlias Esmadas comopblico-alvo do Cadnico** no estado

    *famlias com renda familiar mensal per capita < salrio-mnimo.

    **esmava IBGE (censo 2010) de famlias com renda familiar per capita < salrio-mnimo.

    Taxa de Atualizao Cadastral (TAC):

    TAC =

    n Cadastros vlidos e atualizados

    nos lmos 2 anos, de famlias perfilCadnico no estado

    n Cadastros Vlidos perfilCadnico* no estado

    *famlias com renda familiar mensal per capita < salrio-mnimo

    Taxa de Acompanhamento da Frequncia Escolar (TAFE):

    TAFE =

    n Crianas de Famlias Beneficirias

    do PBF c/ informao de FrequnciaEscolar no estado

    n total de Crianas de Famlias

    Beneficirias do PBF no estado

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    Taxa de Acompanhamento da Agenda de Sade (TAAS):

    TAAS =

    n Famlias Beneficirias do PBF

    com perfil e c/ informao

    da Agenda de Sade no estado

    n total de Famlias Beneficirias

    do PBF c/ perfil sade no estado

    Para as taxas que compem o IGD-E, considera-se:

    Famlias com perfil Cadastro nico: aquelas com renda familiar

    mensal de at meio salrio-mnimo por pessoa;

    Famlias com perfil educao: aquelas beneficirias do PBF que

    possuem crianas e adolescentes entre 6 e 17 anos; e

    Famlias com perfil sade:as beneficirias do PBF que tm em sua com-

    posio crianas menores de sete anos e mulheres entre 14 e 44 anos.

    Assim, para chegar ao resultado do FI fator de operao do PBF, tem-se a

    seguinte frmula:

    FII Fator de adeso ao Sistema nico de Assistncia Social:expressa se o estado

    aderiu gesto do Suas, de acordo com a NOB/Suas; sendo atribudo valor 1 (um)

    se aderiu, ou 0 (zero) se no aderiu;

    FIII Fator de existncia de Coordenao Intersetorial do Programa Bolsa

    Famlia: devero estar representadas, pelo menos, as seguintes reas do

    Governo Estadual: assistncia social, educao e sade. O fator recebe o valor1 (um), se existe a Coordenao, ou 0 (zero), se no existe;

    FIV Fator de informao da apresentao da comprovao de gastos

    dos recursos do IGD-E:indica se o gestor do Fundo Estadual de Assistncia

    Social registrou, no SuasWeb, a comprovao de gastos ao Ceas. Caso o

    gestor no tenha realizado o registro no Sistema, a pontuao ser igual a

    zero at que a apresentao da comprovao de gastos seja registrada; e

    FI =4

    Taxa de Cobertura

    Qualificada de

    Cadastro

    no estado

    Taxa de

    Atualizao

    Cadastral

    no estado

    Taxa de

    Acompanhamento

    da Frequncia

    Escolar no estado

    Taxa de

    Acompanhamento

    da Agenda

    de Sade no estado

    + + +

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    FV Fator de informao da aprovao total da comprovao de gastos

    dos recursos do IGD-E pelo Ceas: indica se este colegiado registrou, no

    SuasWeb, a aprovao integral das contas apresentadas pelo gestor do

    Feas. Caso no seja realizado o registro da aprovao, a pontuao ser

    igual a 0 (zero) at a soluo das pendncias ou a devoluo dos valoresno aprovados pelo Feas. O repasse ser restabelecido aps o registro da

    aprovao das contas pelo Ceas, sem retroavidade dos efeitos financeiros.

    Veja como fica a frmula do IGD-E, a parr da publicao da Portaria GM/MDS

    n 754/2010:

    Apenas recebero recursos financeiros para o apoio gesto do PBF, os estados

    que apresentarem valor do IGD-E igual ou superior a 0,6.

    ATENO: Se qualquer um dos fatores for igual a 0 (zero), no haver

    repasse de recursos para o estado.

    Calculando o valor a ser repassado ao estado

    Para clculo do valor do IGD-E, a Senarc/MDS estabelece um teto mensal de

    apoio financeiro a cada estado, definido e divulgado anualmente no endereo

    eletrnico hp://www.mds.gov.br/bolsafamilia/gestaodescentralizada/teto-do-

    igd-e-por-estado.

    Este teto ulizado como base de clculo para o valor a ser repassado ao Estado.

    Tal valor obdo pelo somatrio dos seguintes itens:

    Resultado da mdia das taxas do Fator de Operao do PBF

    (Fator I) pelo valor correspondente a 80% do teto mensal do estado;

    Acrscimo de 5% do teto financeiro mensal, quando a Taxa de Cobertura

    Qualificada de Cadastros de todos os municpios for igual ou superior a 80%;

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    Acrscimo de 5% do teto financeiro mensal, quando a Taxa de Atualizao

    Cadastral de todos os municpios for igual ou superior a 80%;

    Acrscimo de 5% do teto financeiro mensal, quando a Taxa de Frequncia

    Escolar de todos os municpios for igual ou superior a 75%; e

    Acrscimo de 5% do teto financeiro mensal, quando a Taxa de

    Acompanhamento da Agenda de Sade de todos os municpios for igual ou

    superior a 60%.

    O coordenador estadual o responsvel pela aplicao dos recursos do IGD-E

    nas finalidades a que se desnam. Cabe tambm ao coordenador estadual, o

    planejamento arculado e integrado das avidades que sero desenvolvidas

    com os recursos do IGD-E, levando em considerao as demandas da gesto do

    Programa, no que se refere s reas de assistncia social, educao e sade. Alm

    disso, ele deve disponibilizar esse planejamento ao Ceas (Portaria GM/MDS n256, art. 1, 4, includo pela Portaria GM/MDS n 319/2011).

    Como podem ser gastos os recursos do IGD-E?

    Na arculao com os coordenadores estaduais de assistncia social,

    educao e sade para o aperfeioamento da gesto das condicionalidades

    e do acompanhamento das famlias beneficirias do PBF;

    Na integrao de polcas pblicas voltadas ao pblico-alvo do PBF e do

    Cadastro nico;

    Na infraestrutura e logsca da coordenao do PBF no mbito estadual;

    Em capacitaes intersetoriais com as reas da assistncia social,

    educao e sade;

    Na melhoria da logsca de pagamentos de benecios e distribuio e

    entrega de cartes do PBF, pelos municpios;

    Na fiscalizao do PBF, atendendo s demandas formuladas pelo MDS e

    rgos de controle.

    ATENO: vedado aos estados ulizar os recursos repassados pelo MDS

    para pagamento de pessoal efevo e de graficaes de qualquer natureza.

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    Alguns aspectos importantes relacionados utilizao dos recursos do IGD-E

    A prestao de contas relava ulizao dos recursos do IGD-E compe a

    prestao de contas anual do Fundo Estadual de Assistncia Social e dever estardisponvel no prprio estado para averiguaes por parte do MDS e dos rgos de

    controle interno e externo do Programa.

    dever dos estados que recebem recursos do IGD-E informar anualmente ao

    MDS, por meio do Sistema de Informao do Sistema nico de Assistncia Social

    (Suasweb), em relatrio especfico para o IGD-E, as deliberaes tomadas pelos

    Conselhos Estaduais de Assistncia Social sobre a comprovao de gastos dos

    recursos repassados.

    Ao Conselho Estadual de Assistncia Social caber a apreciao e deliberao das

    comprovaes de gastos dos recursos recebidos, enviadas pelo Fundo Estadual

    de Assistncia Social. Em caso de aprovao total, parcial ou reprovao, esse

    colegiado providenciar a insero dos dados condos nos documentos no

    Sistema disponibilizado pelo MDS.

    Ao ter as contas no aprovadas ou aprovadas parcialmente, o estado adotar os

    seguintes procedimentos:

    Restuio dos recursos financeiros referentes s contas rejeitadas peloConselho Estadual de Assistncia Social ao Fundo Estadual de Assistncia

    Social; ou

    Elaborao de jusficava contestando a no aprovao ou a aprovao

    parcial da ulizao dos recursos.

    Aps a finalizao de um desses procedimentos pelo estado, o Conselho Estadual

    de Assistncia Social informar, no SuasWeb, a nova deciso com o detalhamento

    dos seus movos.

    O estado dever desnar, pelo menos, 3% dos recursos transferidos, segundo

    a Portaria n 754/2010, para o financiamento de avidades de apoio tcnico e

    operacional do controle social envolvido com a gesto do PBF. A execuo dos

    recursos dever constar na comprovao de gastos encaminhada pelo gestor do

    Fundo Estadual de Assistncia Social ao Conselho Estadual de Assistncia Social.

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    DICA DE LEITURA:Para saber mais sobre o IGD-E, seu clculo e forma deulizao, leia as Portarias MDS/GM n 256, de 19 de maro de 2010,com alteraes posteriores, disponveis no link hp://www.mds.gov.br/

    bolsafamilia/legislacao-1/legislacao.Consulte, tambm, o Caderno do IGD-E: Manual do ndice de GestoDescentralizada Estadual do Programa Bolsa Famlia e do Cadastronico, disponvel no link hp://www.mds.gov.br/bolsafamilia/secretaria-

    nacional-de-renda-de-cidadania-senarc/biblioteca.

    ATENO: O MDS promove curso a distncia sobre o IGD-M e o IGD-E

    para gestores e tcnicos estaduais e municipais do PBF, do Cadastronico, membros das instncias de controle social e parceiros dosprogramas do Ministrio. O curso est disponvel no Portal do MDS no

    linkwww.mds.gov.br/ead.

    Quais so os sistemas de apoio gestodescentralizada do PBF e do Cadastro nico?

    O Sistema de Gesto do Programa Bolsa Famlia (SIGPBF) um sistemainformazado, com acesso via internet, no qual ficam armazenadas as principaisinformaes gerenciais do Programa.

    O SIGPBF contm vrios aplicavos de gesto do Bolsa Famlia e a ferramentaindispensvel para a gesto do Programa e do Cadastro nico. Alm dedisponibilizar dados atualizados das equipes que parcipam da gesto doPrograma nas trs esferas de governo, o Sistema tambm permite acompanharas informaes de adeso e fornece instrumentos de apoio gesto, tornandomais gil a comunicao dos gestores e coordenadores com o MDS.

    Este Sistema desnado, especificamente, aos gestores e tcnicos municipais ecoordenadores e tcnicos estaduais que trabalham na gesto do Bolsa Famliae do Cadastro nico. No entanto, outros grupos que parcipam do processo

    de gesto podem tambm fazer uso desta ferramenta, tais como: os rgos de

    controle, as Instncias de Controle Social, os cidados e os beneficirios que

    buscam obter informaes sobre a gesto local. O SIGPBF pode ser acessado por

    qualquer cidado no modo acesso pblico.

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    ATENO:Ao gestor do Bolsa Famlia compete cadastrar e definir o perfil

    de cada usurio em seu municpio no SIGPBF.

    O Sistema no apenas permite a insero dos dados cadastrais do gestor municipal,

    como tambm dos dados da prefeitura, do prefeito, das ICS e de seus conselheiros.

    Para o bom andamento da gesto comparlhada do PBF, fundamental a

    atualizao dos dados das gestes locais quanto s prefeituras, prefeitos, gestores

    e ICS. Esses dados so ulizados para o envio de comunicaes aos municpios,

    como, por exemplo, ocios, comunicados, e-mails, contatos telefnicos,

    publicaes, para planejar e implementar estratgias de capacitao e, ainda,

    para validar o acesso do gestor ao SIGPBF com gerao de logine senha.

    importante que qualquer po de alterao nos dados seja realizada o mais

    rpido possvel no SIGPBF, considerando que os contatos desatualizados impedem

    a comunicao entre o MDS e os gestores, coordenadores e tcnicos do PBF.

    O SIGPBF permite que municpios e estados faam online as alteraes de

    informaes. Contudo, algumas alteraes realizadas no Sistema necessitam do

    encaminhamento posterior de documentos para validao pela Senarc.

    O SIGPBF contm diversos aplicavos importantes que auxiliam o trabalho do

    gestor/tcnico, tais como:

    Transmisso de Arquivos/Dados;

    Controle de Acesso;

    Gesto do Cadastro;

    Gesto de Benecios;

    Estados e Municpios.

    importante mencionar ainda que o Sistema de Condicionalidades (Sicon)

    o aplicavo do SIGPBF que integra as informaes de acompanhamento decondicionalidades das reas de sade e educao. Este Sistema consolida as

    informaes dos Sistemas parceiros, tais como o Sistema Presena PBF (MEC)

    e o Sistema de Gesto do Programa Bolsa Famlia na Sade (MS), nos quais so

    registradas as informaes do acompanhamento de condicionalidades.

    Conhea o Sicon com mais detalhes nas Unidades 7 e 8.

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    O acesso sistemco e dirio ao SIGPBF e seus aplicavos permite ao gestor

    acompanhar o desenvolvimento do Bolsa Famlia e propor aes a fim de resolver

    ou minimizar possveis dificuldades de implementao do Programa.

    ATENO:Acesse o SIGPBF no endereo eletrnico hp://www.mds.gov.

    br/bolsafamilia/sistemagestaobolsafamilia.

    DICA DE GESTO: Entenda mais sobre o SIGPBF lendo o Bolsa Famlia

    Informa n 248, de 23 de dezembro de 2010.

    Conhea os aplicavos do SIGPBF e consulte os Guias de Navegao:

    hp://www.mds.gov.br/bolsafamilia/capacitacao/sistema-de-gestao-do-

    programa-bolsa-familia-sigpbf.

    Outros sistemas que auxiliam a gesto doBolsa Famlia

    Alm dos aplicavos disponveis no SIGPBF, outros sistemas e aplicavos

    auxiliam na gesto do Programa. So eles:

    Sistema de Cadastro nico (V7): no Sistema de Cadastro nico so includos

    e atualizados os dados das famlias de baixa renda, por meio da digitaodos dados coletados nas entrevistas de cadastramento. O PBF seleciona,

    de forma automca e impessoal, na base do Cadastro nico, as famlias

    com perfil do Programa. Por isso, conhecer este Sistema fundamental.

    Para saber mais sobre este tema, consulte o Manual de Gesto do Cadastro

    nico para Programas Sociais do Governo Federal.

    Sistema de Gesto de Benecios: o sistema responsvel pela opera-

    cionalizao das avidades de gesto de benecios que permite, entre

    outras funes, o bloqueio, desbloqueio, cancelamento e reverso de

    cancelamento do benecio. Este Sistema permite tambm a consulta e agerao de relatrios financeiros e operacionais dos beneficirios do PBF

    no municpio. A disponibilizao e a manuteno desse Sistema so de

    responsabilidade da CAIXA.

    Sistema de Acompanhamento da Frequncia Escolar do Programa Bolsa

    Famlia (Sistema Presena PBF): este Sistema foi desenvolvido para o registro

    da frequncia escolar de crianas e jovens entre 6 e 17 anos de idade integrantes

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    das famlias que parcipam do Bolsa Famlia condicionalidade relacionada

    educao. Est sob a responsabilidade do Ministrio da Educao.

    O Sistema de Gesto do Programa Bolsa Famlia na Sade: o Sistema

    de acompanhamento e registro da condicionalidade relacionada rea da

    sade para famlias com crianas menores de sete anos e mulheres entre 14e 44 anos, bem como gestantes e nutrizes. Sua criao e manuteno so

    de responsabilidade do Ministrio da Sade.

    Sistema de Consulta, Seleo e Extrao de Informaes do Cadastro

    nico (Cecad): o Cecad uma ferramenta desenvolvida pelo MDS para

    subsidiar aes de gestores estaduais e municipais no planejamento e

    implementao de polcas pblicas voltadas para as famlias de baixa

    renda. Esse Sistema um importante instrumento de apoio gesto, pois

    disponibiliza informaes que permitem idenficar demandas sociais das

    famlias inscritas no Cadastro nico e planejar a oferta de equipamentose servios pblicos com base em um dinmico diagnsco socioterritorial.

    Quais so os canais de comunicao entre oMDS, estados, municpios e o Distrito Federal?

    Ouvidoria do MDS: permite aos estados, municpios e Distrito Federal

    obter informaes, esclarecer dvidas, dar sugestes sobre o Programa ou

    ainda denunciar irregularidades. Esse servio est disponvel pelo telefone

    0800 707 2003, pelo formulrio eletrnico disponvel em www.mds.gov.br/

    form_ouvidoria ou pelo endereo: Ministrio do Desenvolvimento Social e

    Combate Fome Esplanada dos Ministrios, Bloco C, 9 Andar, Salas 936

    e 940 CEP 70046-900 Braslia DF.

    Central de Relacionamento do MDS: permite aos estados, municpios,

    Distrito Federal e a qualquer cidado obter informaes e esclarecer dvidas

    sobre o funcionamento do Programa Bolsa Famlia e do Cadastro nico.

    Este atendimento est disponvel pelo telefone 0800 707 2003, e-mail:

    [email protected] e pelo formulrio do Fale com o MDS, disponvel

    no so do MDS.

    So do Programa Bolsa Famlia:pgina na webem que esto publicadas

    informaes referentes ao Programa, tais como: leis, portarias, decretos,

    instrues normavas, instrues operacionais, manuais e Observatrio

    de Boas Prcas. Na pgina inicial, so postadas as nocias mais recentes

    sobre temas, eventos ou orientaes relacionadas ao PBF. Disponvel no

    seguinte endereo: www.mds.gov.br/bolsafamilia.

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    Bolsa Famlia Informa: um informavo semanal enviado pore-mailpara

    os gestores do PBF que tem como objevo esclarecer, de forma detalhada,

    as principais aes do Programa, orientando municpios e estados sobre

    avidades de gesto e tambm informando as novidades do Bolsa Famlia.

    Todas as edies desse informavo so publicadas no link hp://www.mds.gov.br/bolsafamilia/informes.

    DICA DE GESTO:Inclua em sua rona a leitura dos Informes do PBF, parase manter sempre atualizado em relao s novas orientaes, calendriosde implementao, leis, regulamentaes, entre outros.

    Existem, ainda, outros canais de comunicao, que possibilitam que os gestores

    do PBF mantenham contato com as demais instuies envolvidas diretamente

    com a execuo do Programa. So eles:

    Ministrio da Educao Central de Atendimento aos Operadores:

    essa Central tem como objevo esclarecer dvidas dos gestores em

    relao ao acompanhamento da frequncia escolar das crianas e

    dos jovens beneficiados do Programa. Veja como obter informaes

    sobre o acompanhamento da frequncia escolar no endereo:

    hp://frequenciaescolarpbf.mec.gov.br;

    Ministrio da Sade Suporte aos Usurios:esse servio visa esclarecer

    dvidas dos gestores sobre o acompanhamento da agenda da sade.Obtenha as informaes no endereo: hp://nutricao.saude.gov.br/

    acao_bolsafamilia.php;

    Secretaria Nacional de Assistncia Social do MDS: essa Secretaria

    disponibiliza um servio de atendimento aos gestores para esclarecer

    dvidas quanto ao acompanhamento do Servio de Convivncia e

    Fortalecimento de Vnculo do Pe. Para mais informaes, acesse o

    endereo: hp://www.mds.gov.br/assistenciasocial; e

    Caixa Econmica Federal (CAIXA) Central de Atendimento CAIXA:

    para esclarecimento de dvidas e dificuldades operacionais no Sistemade Cadastro nico e do Sistema de Gesto de Benecios, a CAIXA dispo-

    nibiliza um servio de ligao g