minuta de resposta de pedido de informação - douglas fabiano

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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS Resposta ao recurso de acesso à informações Protocolo e-SIC nº 00083.000209/2015-95 Senhor Douglas Fabiano, 1) Em 03 de junho em atendimento ao pedido encaminhado à Secretaria de Direitos Humanos (SDH/PR), por meio do Serviço de Informações ao Cidadão – SIC, Protocolo 00083.000209/2015-95, informamos que: O CONANDA cumprindo a missão de zelar pela proteção integral dos direitos da criança e do adolescente informa que recebeu denúncia referente à exploração do trabalho artístico infantil com ênfase sexual, das crianças Mc Pedrinho e Mc Melody. Com base nessas denúncias, foram encaminhados ofícios à Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (COORDINFÂNCIA), ao Ministério Público do Estado de São Paulo e à Coordenação de Núcleo da Infância e Juventude do Ministério Público, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente da cidade de São Paulo e Conselho Tutelar da região, respectivamente, para ciência e providências cabíveis. Na ocasião, informamos ainda que ambas as denúncias foram encaminhadas à Ouvidoria da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e esclarecemos que existem orientações da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil (Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador) e do Conanda (Resolução nº 163/2014) que dispõe sobre a abusividade do direcionamento de publicidade e de comunicação mercadológica à criança e ao adolescente. Finalizamos informando que no caso do MC Pedrinho foi proferida a decisão judicial (Agravo de Instrumento nº: 2084248-40.2015.8.26.0000), proveniente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, em que determina medidas de proteção quanto à atividade artística do adolescente. 2) Em 12 de junho, em atendimento ao pedido de recurso de 1ª instância encaminhado à Secretaria de Direitos Humanos (SDH/PR), por meio do Serviço de Informações ao Cidadão – SIC, Protocolo 00083.000209/2015-95, reiteramos que foram encaminhados ofícios à Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (COORDINFÂNCIA), ao Ministério Público do Estado de São Paulo e à Coordenação de Núcleo da Infância e Juventude do Ministério Público, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente da cidade de São Paulo e Conselho Tutelar da região, respectivamente, para ciência e providências cabíveis. Os ofícios encaminhados foram anexados à resposta para devido conhecimento do solicitante.

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  • PRESIDNCIA DA REPBLICA SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS

    Resposta ao recurso de acesso informaes

    Protocolo e-SIC n 00083.000209/2015-95

    Senhor Douglas Fabiano,

    1) Em 03 de junho em atendimento ao pedido encaminhado Secretaria de Direitos Humanos (SDH/PR), por meio do Servio de Informaes ao Cidado SIC, Protocolo 00083.000209/2015-95, informamos que:

    O CONANDA cumprindo a misso de zelar pela proteo integral dos direitos da criana e do adolescente informa que recebeu denncia referente explorao do trabalho artstico infantil com nfase sexual, das crianas Mc Pedrinho e Mc Melody. Com base nessas denncias, foram encaminhados ofcios Coordenadoria Nacional de Combate Explorao do Trabalho da Criana e do Adolescente (COORDINFNCIA), ao Ministrio Pblico do Estado de So Paulo e Coordenao de Ncleo da Infncia e Juventude do Ministrio Pblico, Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente da cidade de So Paulo e Conselho Tutelar da regio, respectivamente, para cincia e providncias cabveis.

    Na ocasio, informamos ainda que ambas as denncias foram encaminhadas Ouvidoria da Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica e esclarecemos que existem orientaes da Comisso Nacional de Erradicao do Trabalho Infantil (Plano Nacional de Preveno e Erradicao do Trabalho Infantil e Proteo ao Adolescente Trabalhador) e do Conanda (Resoluo n 163/2014) que dispe sobre a abusividade do direcionamento de publicidade e de comunicao mercadolgica criana e ao adolescente.

    Finalizamos informando que no caso do MC Pedrinho foi proferida a deciso judicial (Agravo de Instrumento n: 2084248-40.2015.8.26.0000), proveniente do Tribunal de Justia do Estado de So Paulo, em que determina medidas de proteo quanto atividade artstica do adolescente.

    2) Em 12 de junho, em atendimento ao pedido de recurso de 1 instncia encaminhado Secretaria de Direitos Humanos (SDH/PR), por meio do Servio de Informaes ao Cidado SIC, Protocolo 00083.000209/2015-95, reiteramos que foram encaminhados ofcios Coordenadoria Nacional de Combate Explorao do Trabalho da Criana e do Adolescente (COORDINFNCIA), ao Ministrio Pblico do Estado de So Paulo e Coordenao de Ncleo da Infncia e Juventude do Ministrio Pblico, Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente da cidade de So Paulo e Conselho Tutelar da regio, respectivamente, para cincia e providncias cabveis. Os ofcios encaminhados foram anexados resposta para devido conhecimento do solicitante.

  • Informamos ainda que ambas as denncias foram encaminhadas Ouvidoria da Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica, pois conforme fluxo interno de denncias utilizado pelo CONANDA e pela Secretaria Nacional de Promoo dos Direitos da Criana e do Adolescente (anexo) compete a Ouvidoria da SDH receber, examinar e encaminhar denncias e reclamaes, atuar na resoluo de tenses e conflitos sociais, alm de orientar e adotar providncias para o tratamento dos casos de violao de direitos humanos, podendo agir de ofcio e atuar diretamente ou em articulao com outros rgos pblicos e organizaes da sociedade (anexo quadro de denncias e encaminhamentos do caso Mc Melody).

    Reiteramos que no caso do MC Pedrinho foi proferida a deciso judicial (Agravo de Instrumento n: 2084248-40.2015.8.26.0000 anexo), proveniente do Tribunal de Justia do Estado de So Paulo, em que determina medidas de proteo quanto atividade artstica do adolescente e acrescentamos que em relao a MC Melody, no obtivemos retorno dos rgos que foram solicitadas providncias.

    3) Em atendimento de esclarecimentos adicionais mediante recurso de 2 instncia, informamos que:

    A Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica (SDH/PR) responsvel pela articulao interministerial e intersetorial das polticas de promoo e proteo aos Direitos Humanos no Brasil. Criada em 1977 dentro do Ministrio da Justia, a Secretaria recebeu status de ministrio em 2003. Em 2010, a ento Secretaria Especial de Direitos Humanos mudou de nome, passando a ser denominada apenas de Secretaria de Direitos Humanos.

    Segundo o Decreto n 8.162, de 18 de Dezembro de 20131, compete SDH/PR:

    Assessorar a Presidente da Repblica na formulao de polticas e diretrizes voltadas promoo dos direitos da cidadania, da criana, do adolescente, do idoso e das minorias e defesa dos direitos das pessoas com deficincia e promoo da sua integrao vida comunitria;

    Coordenar a poltica nacional de direitos humanos, em conformidade com as diretrizes do Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH, estabelecido pelo Decreto 7.037, de 21 de Dezembro de 2009;

    Articular iniciativas e apoiar projetos voltados para a proteo e promoo dos direitos humanos em mbito nacional, promovidos por rgos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judicirio e por organizaes da sociedade;

    Exercer as funes de ouvidoria nacional de direitos humanos, da criana, do adolescente, da pessoa idosa e das minorias;

    Atuar em favor da ressocializao e da proteo dos dependentes qumicos; Encaminhar Presidente da Repblica propostas de atos necessrios para o cumprimento

    de decises de organismos internacionais motivadas por violao dos direitos humanos e realizar eventual pagamento de valores decorrentes;

    Proceder ao pagamento de indenizaes decorrentes de decises da Comisso Especial sobre Mortos e Desaparecidos Polticos; e

    1 Decreto disponvel no link http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Decreto/D8162.htm#art9

  • Coordenar o Comit Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Poltica Nacional para a Populao em Situao de Rua e auxiliar na implementao da Poltica Nacional para a Populao em Situao de Rua, nos termos do Decreto n 7.053, de 23 de dezembro de 2009.

    Ainda segundo o Decreto n 8.162/2013, compete tambm Secretaria:

    Exercer as atribuies de rgo Executor Federal do Programa Federal de Assistncia a Vtimas e a Testemunhas Ameaadas, institudas pelo art. 12 da Lei n 9.807, de 13 de julho de 1999;

    Atuar como a Autoridade Central a que se refere o Artigo 7 da Conveno Interamericana sobre a Restituio Internacional de Menores, promulgada pelo Decreto n 1.212, de 3 de agosto de 1994;

    Atuar como Autoridade Central Federal, a que se refere o artigo 6 da Conveno Relativa Proteo das Crianas e Cooperao em Matria de Adoo Internacional, concluda em Haia, em 29 de maio de 1993, aprovada pelo Decreto Legislativo no 1, de 14 de janeiro de 1999, e promulgada pelo Decreto n 3.087, de 21 de junho de 1999; e

    Atuar como Autoridade Central, a que se refere o art. 6 da Conveno sobre os Aspectos Civis do Sequestro Internacional de Crianas, concluda em Haia, em 25 de outubro de 1980, aprovada pelo Decreto Legislativo n. 79, de 15 de setembro de 1999, e promulgada pelo Decreto no 3.413, de 14 de abril de 2000.

    No que tange ao Conselho Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente (Conanda), criado atravs da Lei 8.242, de 12 de outubro de 19912, informo que ele integra a Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica. Sua representao composta por membros do Poder Executivo e representantes das entidades da sociedade civil de mbito nacional de atendimento dos direitos da criana e do adolescente.

    A ele compete:

    a. elaborar as normas gerais da poltica nacional de atendimento dos direitos da criana e do adolescente, fiscalizando as aes de execuo, observadas as linhas de ao e as diretrizes estabelecidas nos arts. 87 e 88 da Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente);

    b. zelar pela aplicao da poltica nacional de atendimento dos direitos da criana e do adolescente;

    c. dar apoio aos Conselhos Estaduais e Municipais dos Direitos da Criana e do Adolescente, aos rgos estaduais, municipais, e entidades no-governamentais para tornar efetivos os princpios, as diretrizes e os direitos estabelecidos na Lei n 8.069, de 13 de junho de 1990;

    d. avaliar a poltica estadual e municipal e a atuao dos Conselhos Estaduais e Municipais da Criana e do Adolescente;

    e. acompanhar o reordenamento institucional propondo, sempre que necessrio, modificaes nas estruturas pblicas e privadas destinadas ao atendimento da criana e do adolescente;

    f. apoiar a promoo de campanhas educativas sobre os direitos da criana e do adolescente, com a indicao das medidas a serem adotadas nos casos de atentados ou violao dos mesmos;

    2 Disponvel no link http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8242.htm

  • g. acompanhar a elaborao e a execuo da proposta oramentria da Unio, indicando modificaes necessrias consecuo da poltica formulada para a promoo dos direitos da criana e do adolescente;

    h. gerir o fundo de que trata o art. 6 da lei e fixar os critrios para sua utilizao, nos termos do art. 260 da Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990;

    i. elaborar o seu regimento interno, aprovando-o pelo voto de, no mnimo, dois teros de seus membros, nele definindo a forma de indicao do seu Presidente.

    No que tange a competncia do Conselho est prevista a atuao como rgo consultivo e de apoio, em nvel nacional, nos casos de peties, denncias e reclamaes formuladas por qualquer pessoa ou entidade, inclusive aos sistemas global e interamericano de proteo a direitos humanos, quando ocorrer ameaa ou violao de direitos da criana e do adolescente assegurados nas Leis e na Constituio Federal, no solucionados pelos Conselhos Estadual, Distrital, Municipal, e Conselhos Tutelares.

    Pelo exposto, reiteramos que o Conanda desempenhou suas atividades conforme determina a Lei e o seu regimento interno, na qual acolheu, protocolou encaminhou a denncia. Outrossim, indicamos que a Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica tem em sua estrutura uma Diretoria do Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos que aps tomar conhecimento da denncia protocolou, analisou e fez os encaminhamentos pertinentes, seguindo assim os fluxos internos e pactuados com a rede de proteo e defesa dos direitos da criana e do adolescente.

    Braslia, 22 de junho de 2015.

    GILBERTO JOS SPIER VARGAS Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Direitos Humanos

    da Presidncia da Repblica