ministro da pesca inaugurou a estação de piscicultura da puc · técnico de equipe de...

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Goiânia, 1ª quinzena de dezembro de 2010 - Ano XXI N. 491 Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás Ao inaugurar a Estação de Piscicultura da PUC Goiás, no Campus II, o ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, a destacou como de fundamental importância para o desenvolvi- mento do setor. Explicou que ela vai gerar a necessária pesquisa e tecnologia em genética, sanidade, desenvolvimento de rações e téc- nicas de processamento de espé- cies de peixes nativas do Estado. Goiás produz atualmente cer- ca de 17 mil toneladas/ano de pescado, mas tem potencial para muito mais. Da produção, apro- ximadamente 90% vêm da pisci- cultura, o que dá ao Estado o maior índice registrado no País. Para ele, a expectativa é de que em cinco anos o País alcance o índice recomendado de consumo de pescado, que é de 12 quilos Ministro da Pesca inaugurou a Estação de Piscicultura da PUC por pessoa/ano. O reitor Wolmir Amado en- fatizou que a inauguração é um passo histórico para a universi- dade e vem ao encontro dos pro- pósitos e missão da PUC Goiás, ao estimular o debate, a pesqui- sa e esforços para o desenvolvi- mento sustentável. “É uma opção estratégica que protege o Cerra- do, mas que mantêm e alimenta o seu povo no estado, no Brasil e no mundo. Com a produção da carne de peixe é claro que quere- mos colaborar com mais uma al- ternativa de desenvolvimento da região que, se não vem a substi- tuir, vai complementar a produ- ção da carne. E isso soma-se à his- tórica defesa do Cerrado brasi- leiro”, afirmou. Antes da inauguração, o Mi- nistro visitou o Memorial do Cer- rado, acompanhado de autorida- des e professores da PUC Goiás. O diretor do Instituto do Trópi- co Subúmido, professor Altair Sales, explicou sobre o processo de formação e a importância do Cerrado. “É impressionante a diversidade do bioma e a estra- tégia da universidade ao repas- sar a memória do Cerrado do ponto de vista da biodiversida- de”, declarou Gregolin. Pág. 3 Ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin ressaltou a importância da estação PUC Goiás e UCG TV recebem prêmio por ações pela igualdade racial A PUC Goiás e a UCG TV re- ceberam da Prefeitura de Goiânia e do Conselho Municipal de Polí- ticas para Promoção da Igualda- de Racial, no dia 26 de novembro, a placa “Ação Afirmativa e Igual- dade Racial”, instituída pela Lei nº 8.445/2006, por sua atuação na área. Para a pró-reitora de Exten- são e Apoio Estudantil, professo- ra Sônia Margarida Gomes Sou- sa, o prêmio expressa uma rela- ção muito próxima da Universi- dade com as atividades de exten- são desenvolvidas em prol da igualdade racial, destacando as atividades do Programa de Estudos e Extensão Afro- Brasileiro, que existe há 28 anos. “Há um processo his- tórico, no qual os negros fo- ram excluídos e é uma opor- tunidade de ressalvar o com- promisso da PUC Goiás com a inclusão social e com par- celas tão expressivas que são os negros e negras do nosso País”, disse. Pró-reitor de Administra- ção, o prof. Daniel Barbosa enfatizou que a UCG TV estimu- la o debate sobre a igualdade ra- cial por meio de seus telejornais e programas: “A importância dos veículos de comunicação não é só dar visibilidade ao que acontece de mais importante na cidade, e sim de afirmar certos valores e princípios que são importantes para a formação da cultura. Re- conhecemos a importância que os negros tiveram na história do Brasil para o desenvolvimento econômico e para a identidade cultural brasileira”. Feira da Solidariedade Na abertura da Feira da Solidariedade, dom Washington Cruz falou sobre o trabalho social da Igreja em Goiás. Pág. 12 Teste internacional de inglês A PUC Goiás concretiza mais um passo na sua internacionaliza- ção, com a assinatura de contrato com o ICI para aplicação do Teste de Inglês para Comunicação Internacional. Pág. 04 Folha PUC 491.pmd 3/12/2010, 09:46 1

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Goiânia, 1ª quinzena de dezembro de 2010 - Ano XXI N. 491Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Ao inaugurar a Estação dePiscicultura da PUC Goiás, noCampus II, o ministro da Pesca eAquicultura, Altemir Gregolin, adestacou como de fundamentalimportância para o desenvolvi-mento do setor. Explicou que elavai gerar a necessária pesquisa etecnologia em genética, sanidade,desenvolvimento de rações e téc-nicas de processamento de espé-cies de peixes nativas do Estado.

Goiás produz atualmente cer-ca de 17 mil toneladas/ano depescado, mas tem potencial paramuito mais. Da produção, apro-ximadamente 90% vêm da pisci-cultura, o que dá ao Estado omaior índice registrado no País.Para ele, a expectativa é de queem cinco anos o País alcance oíndice recomendado de consumode pescado, que é de 12 quilos

Ministro da Pesca inauguroua Estação de Piscicultura da PUC

por pessoa/ano.O reitor Wolmir Amado en-

fatizou que a inauguração é umpasso histórico para a universi-dade e vem ao encontro dos pro-pósitos e missão da PUC Goiás,

ao estimular o debate, a pesqui-sa e esforços para o desenvolvi-mento sustentável. “É uma opçãoestratégica que protege o Cerra-do, mas que mantêm e alimentao seu povo no estado, no Brasil e

no mundo. Com a produção dacarne de peixe é claro que quere-mos colaborar com mais uma al-ternativa de desenvolvimento daregião que, se não vem a substi-tuir, vai complementar a produ-ção da carne. E isso soma-se à his-tórica defesa do Cerrado brasi-leiro”, afirmou.

Antes da inauguração, o Mi-nistro visitou o Memorial do Cer-rado, acompanhado de autorida-des e professores da PUC Goiás.O diretor do Instituto do Trópi-co Subúmido, professor AltairSales, explicou sobre o processode formação e a importância doCerrado. “É impressionante adiversidade do bioma e a estra-tégia da universidade ao repas-sar a memória do Cerrado doponto de vista da biodiversida-de”, declarou Gregolin. Pág. 3

Ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin ressaltou a importância da estação

PUC Goiás e UCG TV recebem prêmiopor ações pela igualdade racial

A PUC Goiás e a UCG TV re-ceberam da Prefeitura de Goiâniae do Conselho Municipal de Polí-ticas para Promoção da Igualda-de Racial, no dia 26 de novembro,a placa “Ação Afirmativa e Igual-dade Racial”, instituída pela Leinº 8.445/2006, por sua atuação naárea. Para a pró-reitora de Exten-são e Apoio Estudantil, professo-ra Sônia Margarida Gomes Sou-sa, o prêmio expressa uma rela-ção muito próxima da Universi-dade com as atividades de exten-são desenvolvidas em prol da

igualdade racial, destacandoas atividades do Programade Estudos e Extensão Afro-Brasileiro, que existe há 28anos. “Há um processo his-tórico, no qual os negros fo-ram excluídos e é uma opor-tunidade de ressalvar o com-promisso da PUC Goiás coma inclusão social e com par-celas tão expressivas que sãoos negros e negras do nossoPaís”, disse.

Pró-reitor de Administra-ção, o prof. Daniel Barbosa

enfatizou que a UCG TV estimu-la o debate sobre a igualdade ra-cial por meio de seus telejornaise programas: “A importância dosveículos de comunicação não é sódar visibilidade ao que acontecede mais importante na cidade, esim de afirmar certos valores eprincípios que são importantespara a formação da cultura. Re-conhecemos a importância que osnegros tiveram na história doBrasil para o desenvolvimentoeconômico e para a identidadecultural brasileira”.

Feira da Solidariedade

Na abertura da Feira da Solidariedade, dom Washington Cruzfalou sobre o trabalho social da Igreja em Goiás. Pág. 12

Teste internacional de inglês

A PUC Goiás concretiza mais um passo na sua internacionaliza-ção, com a assinatura de contrato com o ICI para aplicação do Testede Inglês para Comunicação Internacional. Pág. 04

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Um dos principais eventosda segunda quinzena de no-vembro foi a inauguração daEstação de Piscicultura da PUCGoiás, no Campus II, que re-presenta importante avanço naformação dos alunos de gradu-ação de seis cursos, de três depós-graduação e de vários cur-sos de extensão. A iniciativavem estimular estudos sobre opotencial regional para a ativi-dade e despertar para uma al-ternativa econômica à criaçãobovina já implementada e se-dimentada na região, além dese constituir, em breve, numcentro de excelência de ensino,pesquisa e extensão nas áreasde piscicultura e de organismosaquáticos.

Reafirma a presença socialda PUC Goiás, inserindo-a, deforma decisiva, na pesquisaacadêmica, buscando alternati-vas e qualificando pessoal,numa integração fundamentalcom o Governo e atendendonão apenas à demanda como seantecipando na melhor forma-ção de profissionais em áreascom excelentes perspectivas.

Outro fato de expressão é onovo reconhecimento da soci-edade ao trabalho que realiza,como foi o prêmio concedidopela Prefeitura de Goiânia eConselho Municipal de Políti-cas para Promoção da Igualda-de Racial – a placa “Ação Afir-mativa e Igualdade Racial”, porsua atuação na área, não comofato novo, mas de um trabalhode vários anos.

Um terceiro fato já se inse-re na caminhada rumo ao fu-turo, como parte do processode internacionalização da PUCGoiás: a assinatura do contra-to com o Instituto de Certifica-ção Internacional (ICI) paraaplicação, pelo Católica Idio-mas, do Teste de Inglês paraComunicação Internacional(TOEIC), ampliando aindamais a presença da instituiçãono oferecimento de oportuni-dades a seus alunos e à comu-nidade.

São ações que marcam o tra-balho da Universidade e con-solidam sua presença social ecomo instituição voltada parao desenvolvimento de Goiás,da região e de seu pessoal.

Jales NavesEditor

Goiânia, 1ª quinzena de dezembro de 2010 Folha PUC 491 - 2

Carta ao Leitor Família PUCQualificandoa formação

Maria Zélia PinheiroGoiana de Piracanjuba, 61 anos, solteira, Maria Zélia Pinheiro mudou-se para Goiânia em

1971, fez o curso técnico em Administração de Empresa pelo Colégio Sena Aires, começou umcurso superior, que não concluiu, e ingressou na PUC Goiás em 1975, como telefonista. No anoseguinte foi para o Gabinete da então Vice-Reitoria de Assuntos Administrativos, onde ficouaté 2003, quando foi deslocada para a Gráfica, onde ainda se encontra.

Zélia tem dois filhos, ambos graduados pela PUC Goiás e trabalhando no Banco Santander:o economista Sérgio Pinheiro Elias, gerente de crédito, e a engenheira civil Tonia CristinaPinheiro Elias, gerente operacional. Seu neto, Renato Batista Pires Neto, goianiense, 20 anos,gradua-se em Engenharia Elétrica, em 2012, pela PUC Goiás.

Lorenna Rocha Lobo e Silva MamedeSimpática e comunicativa, Lorenna Rocha Lobo e Silva Mamede, 31 anos, goianiense, casa-

da, uma filha, tem crescido na carreira profissional na PUC Goiás. Começou como estagiária,passou por funções administrativas, já é professora e se prepara para fazer o Mestrado. “Querome preparar mais”, disse. Aprovada no vestibular para o Curso de Biomedicina da PUC Goiásem 1997, conquistou uma bolsa estágio e atuou no Departamento de Matemática e Física.Graduou-se em 2001, foi contratada como recepcionista, lotada no Gabinete da Reitoria, e alificou até 2005, quando foi transferida para a Secretaria do Departamento de Medicina. Em2008 fez o Curso de Especialização em Gestão de Pessoas, pela PUC Goiás.

Neste ano, chegou ao magistério, lecionando três disciplinas: ‘Bioquímica’, no curso deNutrição da PUC Goiás, ‘Atividade Integradora’ e ‘Atividade de Integração’, do Eixo de De-

senvolvimento Pessoal, ambas do curso de Medicina. No último processo de seleção docente foi aprovada e já lecionaa disciplina ‘Bacteriologia e Micologia’, para os alunos do curso de Biomedicina da PUC Goiás, e as duas disciplinasdo curso de Medicina.

Isaías Moreira Ferraz JúniorTécnico de equipe de competição de natação e de atletas de alto desempenho nessa modalida-

de esportiva, o professor Isaías Moreira Ferraz Júnior, aprovado em recente concurso público, járecebeu a sua portaria de efetivação como docente da PUC Goiás. No Departamento de Educa-ção Física e Desporto ele leciona três disciplinas: Fundamentos de Educação Física I, Funda-mentos Metodológicos da Natação e Base Metodológica e Treinamento Especial I.

Goianiense, 43 anos, casado, dois filhos, é graduado em Educação Física pela Esefego, em1992, fez especialização em Natação na Faculdade Integrada Castelo Branco, do Rio de Janeiro,e Docência Universitária na PUC Goiás, em 2002, quando foi convidado a lecionar, sendo oúnico professor da área com essa especialização. Seu pai, Isaías Moreira Ferraz, graduou-se emCiências Contábeis pela PUC Goiás, em 1979.

Eduardo Rodrigues da SilvaGoianiense, 46 anos, casado, três filhos, o professor Eduardo Rodrigues da Silva, pró-reitor

de Desenvolvimento Institucional, é graduado em Ciências Econômicas pela PUC Goiás, em1993, ano em que ingressou na instituição, como docente. Ele tem Mestrado em Desenvolvimen-to Econômico, Espaço e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Campinas, em 2002, édoutorando em Desenvolvimento Econômico igualmente pela Unicamp, e foi diretor do Depar-tamento de Ciências Econômicas da PUC Goiás (2001 a 2008).

Ele presidiu o Conselho Regional de Economia do Estado de Goiás -18ª Região, em 2004 e2005, e é membro da Diretoria Executiva da Associação Nacional dos Cursos de Graduação em

Economia, exercendo a função de tesoureiro. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia Regionale Urbana, atuando principalmente em temas como desemprego, distribuição de renda em Goiás, economia social edesigualdade sócio-territorial, no âmbito do Observatório das Metrópoles, grupo de pesquisa que trabalha na forma derede e reúne pesquisadores de instituições de várias regiões metropolitanas do Brasil.

Conceição LisitaGoiana de Cachoeira Alta, mas criada em Rio Verde e em Goiânia, separada, dois filhos

(Gabriel e Vitor), Maria da Conceição Lisita fez o Magistério no Instituto de Educação deGoiás e se graduou em Pedagogia / Orientação Vocacional e Administração Escolar pelaUniversidade Federal de Goiás. Depois, fez o curso técnico em Segurança do Trabalho, peloSenai-GO, criou a primeira empresa especializada na área, a Riskus, para lembrar os riscosambientais, e há 10 anos está na PUC Goiás, por concurso, trabalhando na Seção de Seguran-ça e Medicina do Trabalho (SESMT).

Ela morou em Anápolis, onde manteve o Núcleo Educacional Algodão Doce, e em RioQuente, quando o município foi emancipado de Caldas Novas, sendo a responsável pela im-plantação das três escolas municipais, onde exerceu todas as funções, da direção à coordena-

ção pedagógica e outras atividades.

Caríssimo jornalista,

Gostaria de externar minha satisfação pela edição de ‘Histórias de Vida’ (Folha PUC), de Carla Lacerda, comestréia do Magnífico Reitor, ainda mais quando temos histórias que ligam gerações. Fiquei emocionada pelalembrança do livro “O Guarani”, de José de Alencar. Tanto que corri à Biblioteca e como naquele tempo em queeu estava com 12 anos... trêmula, li algumas páginas prá matar a saudade do meu primeiro romance, naquelaocasião lido debaixo do meu pé de cajá, deitada numa rede e tentando esconder de meu pai toda a emoção... docoração que batia forte e o corar do rosto na descoberta de um amor diferente do familiar, do então Peri e Ceci.

Achei maravilhoso... Quantas histórias serão compartilhadas e trarão doces lembranças de outrora.

Janilde Ribeiro Costa - Livraria da PUC Goiás

Carta do Leitor

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Criada para inovar na área deaquicultura continental, refletir opotencial do Centro-Oeste e de-senvolver técnicas que permitama produção de proteína que é ca-rente no Brasil, a Estação de Pis-cicultura da PUC Goiás terá gran-de contribuição na formação deprofissionais e no fortalecimentodo Ministério da Pesca e Aquicul-tura. Essa unidade passa a aten-der seis cursos de graduação etrês de pós-graduação stricto sen-su, além de cursos de extensão edesenvolvimento de projetos comênfase nas áreas de produção depeixes, planejamento de projetosem aquicultura, produção de pei-xes em tanque-rede e o beneficia-mento de pescado.

“Esse centro de pesquisa temo objetivo de desenvolver tecno-logias para produção de peixe epescado em um estado que temum potencial extraordinário. Éum sistema novo de recirculaçãoque não contempla só laboratóri-os, como também sistema de es-tufas e toda uma estrutura de pro-dução”, afirmou o ministro Alte-mir Gregolin, na inauguração, nodia 26 de novembro. “Goiás é umestado que tem muito muita água,muitos espaços e a PUC Goiás éum braço forte que todo e qual-quer Governo precisa para cami-nhar junto. PUC Goiás, governosestadual, municipal e federal tra-balham juntos, remando na mes-ma direção, de forma a convergiros mesmos resultados para agre-gar uma melhor qualidade devida para toda população de Goi-ás”, declarou o vice-governadorAdemir Menezes.

“Ciência, política, tecnologia eo conhecimento tem que ser pro-duzidos voltados a toda popula-ção. O desafio é que essa Ciênciapromova a qualidade de vida noplaneta Terra-Água”, comple-mentou o deputado federal PedroWilson Guimarães.

O projeto da Estação de Pisci-cultura é uma iniciativa do Mes-trado Profissional em Aquicultu-ra (MPA), coordenado pela pro-fessora Delma Machado Cantisa-ni Pádua, que, na ocasião, foi ho-menageada pela Pró-Reitoria dePós-Graduação e Pesquisa. A pró-reitora Sandra de Faria registrou

Estação de Piscicultura vem qualificar a formação

os agradecimentos a todos queatuaram e trabalharam para a im-plantação daquela unidade depesquisa, destacando o trabalhoda professora Delma Machado.Com a inauguração, a PUC Goiáspossui agora um parque tecnoló-gico com 463 laboratórios. Onzemestres já foram qualificados peloMestrado, criado na Universida-de em 2007.

Após a inauguração, os técni-cos do laboratório do curso deEngenharia de Alimentos da PUCGoiás prepararam um lanche aospresentes. Encerrando aquela tar-de de visitas, inauguração e pro-nunciamentos, os convidados pu-deram desfrutar de iogurte comcoco, doce de leite, queijo tempe-rado, hambúrguer de peixe, peixeempanado e sucos naturais.

Estação de PisciculturaA Estação de Piscicultura da

PUC Goiás, que fica no CâmpusII, representa investimentos supe-riores a um milhão de reais, de con-vênios com o Ministério da Pescae Aqüicultura, via Superintendên-cia Federal em Goiás. Essa unida-de permitirá melhor qualificar aformação dos alunos de graduaçãodos cursos de Zootecnia, Biologia,Engenharia de Alimentos, Enge-nharia Ambiental e Gestão Ambi-ental, com base no potencial regi-onal para a atividade e na possibi-lidade de uma alternativa à cria-ção bovina, já sedimentada na re-gião; e implantar um centro de ex-celência de ensino, pesquisa e ex-tensão nas áreas de piscicultura ede organismos aquáticos.

Essa unidade atenderá alunos,docentes e pesquisadores de 12cursos da PUC Goiás: os cinco degraduação; três de pós-graduação(Aquicultura, Ecologia e ProduçãoSustentável (MEPS) e Genética); ede extensão (Produção de Peixes -do alevino ao abate; Planejamentode projetos em aqüicultura; Produ-ção de peixes em tanque-rede; eBeneficiamento de pescado). É for-mada pelo Setor de Piscicultura -estufa, para a produção e pesqui-sa com reprodução e alevinagem,contando com sistema de recircu-lação de água, reservatório de es-tabilização e tratamento de efluen-tes, para viabilizar sistemas em cir-

cuito fechado de produção de pei-xes; quatro tanques grandes, deaproximadamente 500 m², e 18 tan-ques pequenos, de aproximada-mente 100 m², destinados a pesqui-sa e produção de peixes em dife-rentes fases de crescimento –; epelo Laboratório de Pesquisas emOrganismos Aquáticos (Lapoa),para pesquisa na produção de pei-xes nativos e exóticos para fomen-tar a piscicultura em Goiás.

Atividades acadêmicasA Estação de Piscicultura da

PUC Goiás permitirá o desenvol-vimento de atividades acadêmi-cas, como aulas do curso de Zoo-tecnia, do Mestrado Profissionalem Aquicultura, dos cursos deextensão e os projetos de pesqui-sa de alunos e docentes da Inicia-ção Científica, dos quatro progra-mas de Mestrado - MPAq, MEPS,Genética e Ciências Ambientais eSaúde; e de trabalhos de conclu-são de cursos de graduação emZootecnia, Biologia, Engenhariade Alimentos, Engenharia Ambi-ental, Administração em Agrone-gócios e áreas afins.

Ao mesmo tempo, possibilita-rá estabelecer e consolidar as Li-nhas de Pesquisa Cadastradas nosGrupos do Conselho Nacional deDesenvolvimento Científico eTecnológico (CNPq) e Redes daFundação de Amparo à Pesquisado Estado de Goiás (FAPEG); pri-orizar e ampliar os conhecimen-tos sobre as espécies de peixesnativos, como o pacu caranha,matrinxã, pirarucu, piaus,pacus,sardinha, corvina e traíra,entre os peixes de escama; e filho-te, cachara, pintado, barbado, pi-rarara, jaú, mandubé, surubimchicote, bico de pato e mandi, en-tre os peixes de couro, nas áreasde reprodução de peixes, manejoe conservação de recursos hídri-cos, produção de organismos aqu-áticos; Limnologia hidrologiaaplicada à aqüicultura; alimenta-ção e nutrição de peixes; Genéti-ca / Melhoramento genético; sis-temas de manejo (ambientalmen-te amigáveis); instalações em pis-cicultura; avaliações econômicasde empreendimentos de piscicul-tura; e técnicas de conservação ebeneficiamento do pescado.

Mestrado ProfissionalCom a implantação do

Mestrado Profissional emAquicultura, em 2007, surgidopor uma demanda induzida eaprovado pela Coordenaçãode Aperfeiçoamento de Pesso-al de Nível Superior do Minis-tério da Educação (CAPES/MEC), o seu corpo docenteparticipou de editais de agen-cias de fomento, como CAPES,CNPq, FAPEG e FINEP, comapresentação de projetos depesquisas que possibilitaram acaptação de recursos no valorde R$ 722.029,00. Dentre essesprojetos, o de tecnologia paraprodução do tambaqui; conso-lidação do Mestrado Profissi-onal para o desenvolvimentoda aquicultura em Goiás, comênfase para tecnologias de pro-dução do tambaqui; tecnologi-as para produção intensiva depeixe em tanque-rede e obten-ção de carne mecanicamenteseparada de pescado para pre-paro de produtos destinadosa merenda escolar; avaliaçãodos parâmetros produtivos ereprodutivos do killifish simp-sonichtys santanae produzi-dos em condições de cativei-ro; uso de tecnologia SIG naanálise das desigualdades so-cioespaciais na região metro-politana de Goiânia; estudodos custos dos equipamentospara composição de serviçosde terraplenagem; obtenção decarne mecanicamente separa-da de pescado para preparo deprodutos destinados a meren-da escolar; e geração da tecno-logia de produção de peixesem tanque-rede e beneficia-mento do pescado para assen-tados de reforma agrária noCentro-Oeste.

A PUC Goiás firmou con-vênios para a instalação da in-fraestrutura com a então Se-cretaria Especial de Aquicul-tura e Pesca (SEAP), hojetransformada em Ministérioda Pesca e Aquicultura, novalor de R$ 574.042,42, para areforma das instalações da Es-tação de Aqüicultura do De-partamento de Zootecnia e aconstrução do Laboratório.

O Reitor da PUC acompanhou o Ministro da Pesca na visita às instalações da estação Wolmir Amado enfatizou que a inauguração é um passo histórico para a universidade

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Mais uma frente no processode internacionalização da PUCGoiás acaba de se concretizar,com a assinatura de contratocom o Instituto de CertificaçãoInternacional (ICI) para aplica-ção, pelo Católica Idiomas, doTeste de Inglês para Comunica-ção Internacional (TOEIC). Esseteste determina se o candidatopossui habilidade para compre-ender e utilizar a língua inglesade forma eficiente no ambientede trabalho. Realizado há 25anos, mais de cinco mil organi-zações o utilizam para mensuraras habilidades comunicativas demais de 4,5 milhões de emprega-dos contratados. Testes de apti-dão em língua estrangeira tam-bém são exigidos em universida-des no mundo o todo, como nosexames de proficiência adotados

PUC Goiás passa a aplicar teste internacional de inglês

A gastronomia sempre foi re-cheada de homens construindosua história. Grandes chefs quedesenvolveram pratos magníficosserviam reis, desenvolviam méto-dos de organização hoje conheci-dos por nós e criavam receitas emolhos perfeitos. Vattel, criadordo creme chantilly, Careme con-siderado o maior de todos os che-fs, Auguste Escoffier, um chef bri-lhante com grande senso adminis-trativo e que desenvolveu o pri-meiro sistema de cardápios. Atu-almente despontam tantos “ma-gos” como Ferran Adria, AlexAtala e Paul Bocuse, entre outrasgrandes estrelas da gastronomia.

Porém, a cozinha de casa eraum território desconhecido paraa grande maioria dos homens, umlugar onde as mulheres costuma-vam dominar. “Costumavam”,pois atualmente esse quadro estámudando. Os homens estãoaprendendo que cozinhar tam-bém é uma arte e que nada temde feminina. Entram nesse espa-ço para desenvolver receitas com-plexas, com ingredientes escolhi-dos “a dedo”, muitos deles im-portados. Orgulham-se de mos-trar para os amigos ou para asnamoradas seus conhecimentosculinários, que de nada tem detrivial, nem de perto lembra o ar-roz com feijão de todo dia. Gos-tam de ter às mãos bons equipa-mentos e vários tipos de acessóri-os de cozinha.

Uma pesquisa realizada mos-trou que os homens são os maio-res consumidores de produtos deluxo do setor, principalmente na

Homens na cozinhalinha de fogões e eletrodomésti-cos: enquanto as mulheres se pre-ocupam em ter o básico resisten-te e funcional, eles querem o maismoderno, com design mais avan-çado e que combine com seu es-paço gourmet.

Para o homem cozinhar é umritual que envolve momentos deprazer e deve ser celebrado. Mui-tos até possuem roupas e sapatospróprios de chefs para esses mo-mentos. As escolas de culináriascom cursos rápidos que recebiamantigamente somente mulheres,hoje possuem em suas salas tur-mas com grande número de ho-mens ávidos por aprenderem no-vas receitas que, claro, serão apre-sentadas em dias especiais parapessoas especiais.

Um amigo, muito bem estabe-lecido profissionalmente, desco-briu na gastronomia um grandeprazer. Ele representa bem essenovo perfil de homens que pro-curam escolas de culinária, estãosempre aprendendo novas recei-tas, possuem uma cozinha com-pletamente equipada e estão sem-pre reunindo os amigos paraapresentar os novos prato, e quegeralmente são um sucesso.

Porém, não peça para essemesmo homem ir até a cozinha,em plena terça-feira, preparar oalmoço. Diferente de nós, mulhe-res, que já nos acostumamos nodia a dia da cozinha, eles gostamdo “especial”, não da rotina. Masnem tudo é perfeito, muitos ain-da não sabem fazer uma saladaprá matar a fome ou qualqueroutro prato que não precise ir ao

400 gr de macarrão Penne1 pct de shitake fresco cortado em tiras3 colheres de manteigaCebola a gosto500 ml de creme de leite fresco150 gr de parmesãoSal a gosto

Modo de preparo:Cozinhe o macarrão e reserve.Em uma frigideira doure a cebola na manteiga e coloque oshitake, deixando fritar por uns minutos, mexendo semprepara não queimar.Acrescente o creme de leite e deixe engrossar um pouco. Fina-lize com o parmesão.Coloque sobre o macarrão e sirva quente.

Espaço da Gastronomia

microondas. E olha que não faloem fritar um ovo, pois tenho quereconhecer que para quem nãotem prática de simples não temnada.

Parabéns a vocês homens, quese aventuram por esse mundo dacozinha. E vocês que nunca pas-saram por lá dêem uma olhada,aprendam uma massa básica com

Penne com Shitake

molho, pois vou confessar... é umcharme um homem na cozinha,ainda mais quando vem acompa-nhado de uma boa comida e umbom vinho !!

Bon Appétit !!

Patrícia Miotto, professora doCurso Superior de Tecnologia emGastronomia da PUC Goiás

A professora Patrícia Miotto inaugura a coluna falando sobre Gastronomia

na seleção para cursos de mes-trado e doutorado.

O reitor Wolmir Amado des-tacou as frentes de internaciona-lização, como os programas demobilidade estudantil, a pesqui-sa com a Federação Internacionalde Universidades Católicas, com

sede na França, e as recentes pu-blicações bilíngues da PUC Goi-ás adotadas em outros estados ena América Latina. “Procuramosconstruir e alcançar o padrãoPUC. Uma das marcas de umaPontifícia é a internacionalizaçãoque compõe os eixos da nossa

ação estratégica e do plano insti-tucional”, reforçou.

Para a pró-reitora de Exten-são e Apoio Estudantil, SôniaMargarida Gomes Sousa, “oTOEIC vem somar-se ao desafioda universidade para a interna-cionalização, no sentido de rece-ber outras instituições e experi-ências e nos qualificarmos comocidade, região e País. O inglês étão básico como operar o compu-tador, como ter uma formaçãoacadêmica e profissional, é umcomponente curricular”.

A representante do ICI, Ma-riza Generosa, disse que oTOEIC é um diferencial para osegressos da universidade: “Oteste não aprova nem reprova,ele dá uma radiografia do conhe-cimento que o aluno tem. É umaanálise mundial”.

Maria Tereza, pró-reitora Sônia Margarida, reitor Wolmir Amado e Mariza Generosa

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ações denominadas de EducaçãoPatrimonial. Nesse processo, tra-balha-se com o propósito de cons-cientizar a população local sobrea importância do patrimônio cul-tural presente, estimular sua pre-servação e fazer com que o patri-mônio arqueológico seja cuidado,como as demais manifestaçõesculturais.

Durante a Jornada de Arqueo-

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Com o tema “Múltiplas Abor-dagens e Interdisciplinaridades”,a 2ª Jornada de Arqueologia noCerrado, promovida pelo Institu-to Goiano de Pré-História e An-tropologia da PUC Goiás, por seuCurso de Arqueologia, de 8 a 12de novembro, na Área 2, teve ca-ráter nacional e apoio da Coorde-nação de Aperfeiçoamento dePessoal de Nível Superior do Mi-nistério da Educação (Capes/MEC). O evento discutiu a arque-ologia desenvolvida em Goiás esuas interfaces com as outras re-giões brasileiras, e se constituiunuma importante oportunidadepara os estudantes de Arqueolo-gia da PUC Goiás se inteiraremdas atuais problemáticas que osetor passa neste momento polí-tico e social do País.

A Jornada trouxe resultadosque, de acordo com a coordena-dora do Curso de Arqueologia,professora Sibeli Aparecida Via-na, “não podem ser mensuradosnum ponto específico, mas emvárias contribuições”. Citou, den-tre elas, as reflexões acerca dopovoamento da América do Sul,a Arqueologia Pública e Arqueo-logia de Contrato. Na oportuni-dade, foi realizada a primeira reu-nião da Sociedade de Arqueolo-gia do Centro-Oeste, vinculada ereconhecida pela Sociedade deArqueologia Brasileira (SAB).

Povoamento daAmérica do SulEm sua palestra, o professor

Luis Alberto Borrero, do Depar-tamento de Investigações Pré-His-tóricas e Arqueológicas (Dipa), daUniversidade de Buenos Aires,questionou o modelo tradicionalde povoamento da região. Ele de-fendeu a ocupação da América doSul, via estreito de Bering, passan-do pela América do Norte, ondeas evidencias mais antigas são

Jornada de Arqueologia teve caráter nacional

em torno de 10.000 anos antes dopresente. “Desse modo, pensan-do nas distâncias que separamas Américas, pressupõe-se quea ocupação na América do Sultenha sido em data posterior”,disse.

No entanto, datações dessemesmo período são encontradasem áreas mais interioranas dasAméricas, como no Chile, na Pa-tagônia e também no Brasil, ondese inclui sítios da região de Serra-nópolis. Diante desta situação, no-vas reflexões têm sido construí-das, no sentido de propor mode-los alternativos de ocupação pré-histórica na América do Sul.

Arqueologia PúblicaA Arqueologia nos tempos

atuais tem um papel fundamen-tal no campo científico e um com-promisso social, o que a tornamuito mais próxima da socieda-de. Essa múltipla atuação decor-re de muitos fatores, dentre eleso fato dos relatórios de impactoambiental (EIA), exigidos peloIbama para liberação de áreaspara construção de empreendi-mentos desenvolvimentistas, con-templarem os pareceres dos ar-queólogos. “Estes pareceres cons-tituem em levantamentos da áreaa ser impactada e resgate dos síti-os arqueológicos que possamocorrer. Assim, arqueólogos e en-genheiros, ainda que de duas ci-ências de naturezas distintas,muitas vezes têm que tomar de-cisões em conjunto, em prol dopatrimônio arqueológico”, ressal-ta Sibeli.

Explicou que, além das ativi-dades próprias da pesquisa ar-queológica, o arqueólogo tambémtem o compromisso de esclarecer,de explicar e devolver os resulta-dos de suas pesquisas às comuni-dades presentes nas áreas de pes-quisa, através de um conjunto de

A 2ª Jornada da Arqueologiado Cerrado teve duas conferênci-as, seis simpósios, um minicursoe contou com a participação depesquisadores do Rio Grande doSul, Piauí, Maranhão e dois argen-tinos: os professores AlejandroHaber, da Universidade de Cata-marca, que ministrou a conferên-cia de abertura, e Luis AlbertoBorrero, do DIPA, que falou noencerramento; ambos coordena-ram seminários na Semana.

“Nossas pesquisas são quasetodas em áreas de Cerrado. Ago-ra, abordamos outros ramos doconhecimento com a Arqueologia,numa continuação do que fizemosna I Jornada, uma complementa-ção, uma interdisciplinaridade,uma troca de experiências”, afir-mou o professor Júlio César Ru-bin de Rubin, diretor do IGPA.Explicou que a vinda de pales-trantes de outros estados e paísesteve o objetivo de proporcionaraos acadêmicos do curso de Ar-queologia outros enfoques e me-todologias. “A Ciência, graças aoconhecimento, e a Deus é cumu-lativa e faz com que nossos alu-nos conheçam os trabalhos que agente faz e os trabalhos que já fo-ram feitos. Todas essas discussõessão fundamentais para o cresci-mento deles e o nosso. Isso reno-va nossa pesquisa”, ressaltou.

Para o professor AlejandroHaber, que falou sobre “Antropo-logia, Fronteira e Indisciplina” sobo viés da teoria antropológica, háuma rede acadêmica que quer for-talecer os laços entre arqueólogossul-americanos e que o desafio daArqueologia é o mesmo desafioda Ciência: ser relevante para aspessoas, ao analisar a relação doarqueólogo com os povos indíge-nas. “A Arqueologia deveriaaprender a forma de pensar e en-tender o mundo das populaçõesindígenas, mais que tratar de en-sinar-lhes, como faziam no passa-do. Fica um convite para a Arque-ologia modificar a relação e con-versa com os povos indígenas, ecom os movimentos sociais. Sãodesafios muito grandes que de-vem ser levados a sério”, analisou.

A diretora do Centro Nacio-nal de Arqueologia do Iphan,Maria Clara Migliatio, divulgouestatísticas que apontam umcrescimento nas pesquisas emArqueologia: em 1991 o Institu-to licenciou cinco pesquisas; em2010 foram autorizadas mais de800 trabalhos desenvolvidospor pesquisadores. Ela ressal-tou a importância de se prote-ger o patrimônio arqueológicobrasileiro, um trabalho que temforte colaboração da comunida-de científica.

Conferencistas internacionais

logia foi discutida e reafirmada aimportância da Educação Patrimo-nial na pesquisa arqueológica e aresponsabilidade do arqueólogonesse processo. “Pudemos aindaconstatar a preocupação com quemuitos arqueólogos de Goiás e fu-turos arqueólogos (estudantes) es-tão integrados nesta questão e de-senvolvendo bons trabalhos nestaperspectiva”, disse.

Professor Luis Alberto Borrero Professor Alejandro Haber Professor Júlio César Rubin de Rubin Maria Clara Migliatio

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Um momento de estímulo,incentivo e encorajamento. Naspalavras do reitor Wolmir Ama-do, a síntese do que permeou o1º Encontro de Monitores daPUC Goiás, realizado no dia 24de novembro, no auditório daReitoria. Mais do que uma merareunião sobre a importância daatividade, onde imperam apenasfalas teóricas, o evento colocouem evidência um dos diferenci-ais da PUC Goiás: a preocupaçãocom a formação humana e o res-peito e consideração pela experi-ência pessoal de cada um. A emo-ção, normalmente tolhida de so-lenidades, não foi coadjuvantedesta vez. Pelo contrário, emcada depoimento, ela se destaca-va como elemento principal doque seria anunciado.

Foi assim com o estudanteGustavo Afonso de Oliveira, atu-almente um dos monitores docurso de Direito. Timidez? Ner-vosimo por falar em público?Pequenos diante do empenho emvencer limites. Insignificantesdiante do entusiasmo de apren-der cada vez mais. Finitos pertoda homenagem prestada, reitera-damente, à coordenadora damonitoria do curso de Direito,Ana Flávia Mori Lima. “A moni-toria é importante não somentepara a vida acadêmica, mas paraa vida pessoal”. Verdade, Gus-tavo. E esta constatação estevepresente na fala de cada um dosinterlocutores do encontro.

“Ninguém deve se fixar naspróprias limitações. O importan-te é localizá-las para que elas pos-sam ser superadas”, comentouum reitor que confessou tambémjá ter ficado nervoso diante deum microfone. “Vocês devemagarrar a oportunidade da Mo-nitoria, não somente por ela re-

Encontro de Monitores mostra diferencial da PUC Goiás

presentar um aperfeiçoamentointelectual e profissional, e serum diferencial no currículo, mastambém porque ela é uma ferra-menta de amadurecimento. Nin-guém nasce pronto; cada experi-ência é importante na construçãoda nossa história”, frisou. “Ou-tro aspecto que deve ser levadoem conta é que a atividade per-mite a interação entre os alunose gera a oportunidade de ajudaro próximo”, reforçou.

Para a palestrante, a ex-reito-ra e integrante do Conselho Na-cional de Educação, professoraClélia Brandão Alvarenga Cra-veiro, esse caráter humano pre-cisa mesmo ser resgatado nas re-lações interpessoais. “O cresci-mento não deve ser apenas cien-tífico ou tecnológico. A aprendi-zagem é um ato contínuo e é fun-damental que atividades como amonitoria ressaltem esta postu-ra solidária. Devemos pensarnuma prática profissional cida-dã”, assinalou.

DepoimentoNo depoimento da jornalista

Raphaela Ferro, que foi monito-ra durante a graduação na PUCGoiás, destaque para a importân-cia da atividade. “Quando ensi-namos também aprendemos. AMonitoria é um diferencial nanossa formação e ela é valoriza-da não somente no mundo aca-dêmico, mas também no profis-sional. Quando minha chefe tirouférias, eu fui chamada para ‘fe-char’ a minha Editoria, porquetinha experiência na Monitoriade edição jornalística”, compar-tilhou a repórter do jornal sema-nário “Tribuna do Planalto”.

A pró-reitora de Graduação,Helenides Mendonça, tambémteceu comentários sobre o assun-

to: “Privilegiamos uma educaçãoque não é apenas tecnicista, masinclusiva. Neste sentido, a Mo-nitoria tem um papel fundamen-tal. Vale lembrar que ela tambémpermite uma troca de experiên-cias entre as mais diferentes áre-as do conhecimento”, pontuou.

“O monitor normalmente éum tradutor muito eficaz dasdemandas por conhecimento queseus colegas de turma apresen-tam. A responsabilidade que temé muito grande, já que contribuipara que as dificuldades dos co-legas sejam sanadas”, destacoua pró-reitora de Extensão eApoio Estudantil, Sônia Marga-rida Gomes Sousa.

ExperiênciaA professora Ana Flávia Mori

Lima, coordenadora da Monito-ria do Direito, homenageadapelo aluno Gustavo, também fri-sou a importância da relaçãomonitor e professor. “Lembro-me que, na época da minha gra-duação, estava no corredor daUniversidade conversando comuma amiga sobre um projeto doEstatuto da Criança e do Adoles-cente, e falei da minha dúvidasobre fonte de pesquisa. Umaprofessora ouviu e me orientou”,contou. “O professor se tornauma referência para o aluno,para o monitor. Por isso, fiqueiemocionada com a homenagemdo Gustavo”. Ela finalizou:“Compartilho aqui não somentea minha experiência, mas a mi-nha gratidão. E, devido à emo-ção, não consegui citar Fernan-do Pessoa no começo da minhafala, como pretendia, mas o façoagora: ‘Deus quer, o homem so-nha, a obra nasce’. Nasce aqui,com esta nova equipe de moni-tores da PUC Goiás”.

O Programa de Moni-toria foi criado na PUCGoiás em 1973, apenascinco anos depois de ins-tituída no ensino superiordo País. São objetivos daatividade: possibilitar oaprofundamento nos co-nhecimentos teórico-práti-cos; contribuir com a qua-lidade do ensino na gra-duação; e propiciar maiorintegração dos segmentosda Universidade, pormeio da interação entreestudantes e professoresnas atividades de ensino,pesquisa e extensão.

Atualmente existemcerca de 500 monitores nauniversidade - entre bol-sistas e não bolsistas. Ocoordenador de AssuntosEstudantis (CAE), psicólo-go Maurílio Félix de Sou-sa Filho, destaca que aMonitoria fortalece o pa-pel da docência na Uni-versidade. “É uma ferra-menta a mais para os alu-nos que querem seguir acarreira acadêmica”.

No início deste ano, foilançado o livreto “Progra-ma de Monitoria”, quetraz, dentre outras, infor-mações sobre os docu-mentos referentes à ativi-dade e sobre sua metodo-logia de trabalho. Duran-te o encontro do dia 24,todos os monitores rece-beram o material.

Programa de Monitoria

Professora Ana Flávia Mori O estudante Gustavo Afonso de Oliveira fala sobre o seu trabalho

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Um dos destaques do 6º Sim-pósio em Educação da PUC Goi-ás, realizado nos dias 18 e 19 denovembro, a mesa redonda sobreDocência Universitária, tambémpauta da segunda especializaçãomais antiga da instituição, reuniuprofessores, alunos e pesquisado-res no debate sobre a importânciado magistério do ensino superior.

O coordenador da especializa-ção em Docência Universitária daPUC Goiás, professor Alberto Ri-beiro do Carmo, destacou o obje-tivo: “Pensar e discutir a docên-cia universitária como um ato deeducação. Muitos se preparam

Docência Universitária discutida no 6º Simpósio em Educação

para exercer suas profissões, masninguém se prepara para ser pro-fessor”. “Muitas vezes, a pessoatem um conhecimento vasto so-bre seu campo de atuação, masnão sabe como repassá-lo adequa-damente aos alunos. Nossa espe-cialização vem preencher esta la-cuna”, disse.

Ele lembrou que a matriz cur-ricular do curso é ampla e incluidisciplinas das áreas de Psicolo-gia, Filosofia, História e Sociolo-gia, entre outras. “O intuito é dis-cutir a metodologia de ensino, adidática, e também atualizar osprofessores em relação às novas

Um convite para um novomundo tecnológico. Não o atual,sustentado na proliferação de equi-pamentos eletrônicos de últimageração, mas um que data de maisde 10 mil anos Antes de Cristo.Com esta proposta a Pró-Reitoriade Pós-Graduação e Pesquisa daPUC Goiás, por seu Instituto Goi-ano de Pré-História e Antropolo-gia (IGPA), promove a exposição“Diálogos Interculturais: Conheci-mento e Tecnologia”, no CentroCultural Jesco Puttkamer.

A abertura ocorreu na manhãdo dia 30 de novembro e a mostravai prosseguir por tempo indeter-minado. Responsável pela exposi-ção, a especialista em museologiaRosângela Barbosa destaca que atecnologia sempre esteve presen-te na história da humanidade: “Odesenvolvimento de artefatos pe-los povos indígenas mostra o do-mínio de uma técnica, como asnecessidades e demandas geramnovos conhecimentos”. “O quepretendemos é chamar a atençãopara o diálogo existente entre asformas de tecnologia do passadoe as atuais”, assinala.

Para alcançar o objetivo, a ex-posição, composta por aproxima-damente cem objetos, foi divididaem seis circuitos. No primeiroambiente, o intuito é apresentar omundo em que o visitante estáprestes a entrar, onde a terra temimportância não apenas como re-

Exposição destaca tecnologias tradicionais e contemporâneas

ferramentas tecnológicas que po-dem ser usadas na sala de aula”,informou.

Para a ex-aluna da especializa-ção, Estelamaris Brant Scarel, ocurso foi extremamente positivo.“É uma formação importantepara quem quer dar aula no ensi-no superior. O curso prepara oprofessor para os desafios encon-trados no dia-a-dia”, destacou,em depoimento. Também profes-sora nessa pós-graduação ofere-cida na PUC Goiás, elogiou suagrade curricular. “Gostei, particu-larmente, das disciplinas ‘Plane-jamento de ensino’ e ‘Avaliação

curso natural, mas também socio-cultural. Numa segunda etapa ga-nham destaque os artefatos e fer-ramentas produzidos pelos gruposcaçadores-coletores. Na terceirasala, utensílios mais sofisticados,criados para as necessidades do-mésticas. O quarto circuito colocaem evidência o cultivo e a utiliza-ção de alimentos. Uma prática bas-tante familiar à cultura goiana, otear, é o fio condutor da quintasala. E, por fim, o último ambientefomenta, por meio da exibição devídeos, a reflexão que norteia todaa exposição: os diálogos estabele-cidos entre os conhecimentos e astecnologias tradicionais e as con-temporâneas, e como este inter-câmbio contribuiu para os avan-ços tecnológicos no mundo atual.

AberturaDurante a abertura, o reitor

Wolmir Amado ressaltou a impor-

tância da iniciativa. “Com a expo-sição, temos a oportunidade de darvisibilidade a uma mensagem, auma proposta de vida diferente dasociedade contemporânea. Essediálogo de linguagens e épocasdistintas é fundamental. O proje-to não apenas mostra o passado,mas nos instiga a sonhar com ofuturo”. A pró-reitora de Pós-Gra-duação e Pesquisa, Sandra de Fa-ria, lembrou que a mostra é abertaa toda a comunidade, gratuita-mente. “Crianças e adolescentescom idade escolar poderão usu-fruir, durante o período de férias,desse espaço. Várias peças raras eexclusivas, com as quais apenaspesquisadores do IGPA tinhamcontato, estão agora disponibiliza-das à população”, frisou.

O diretor de Ação Cultural daPrefeitura de Goiânia, DoracinoNaves, elogiou a exposição. “A ci-dade precisa tomar conhecimento

deste importante projeto desenvol-vido pela PUC Goiás. Muito nosorgulha ser parceiro da instituição.Esse sentimento de paixão quepude perceber na equipe da Uni-versidade é vital para quem tra-balha com cultura”, pontuou.

EstruturaPara a promoção da exposição,

a Pró-Reitoria de Administraçãocuidou da infraestrutura do local.Além de uma reforma no prédio,com pintura nos muros internos eexternos e colocação de divisóriaspara separação de ambientes naparte inferior do Centro Cultural,outros serviços foram realizadospara a montagem da mostra, comocolocação de painéis, rebaixamen-to de teto, jardinagem, iluminação,entre outros.

discente’”, comentou. Ela partici-pou da terceira turma.

InícioImplantada em 1996 na então

Universidade Católica de Goiás,a especialização em DocênciaUniversitária já formou 670 alu-nos, de 22 turmas, em 14 anos deexistência. Por sua importância,o Departamento de Educação in-seriu o tema nas discussões do 6ºSimpósio, aproveitando tambémas comemorações pelos 61 anosdo Curso de Pedagogia da PUCGoiás. Outro assunto que mobi-lizou a atenção foi a mesa redon-da sobre a especialização em Psi-copedagogia, que completou 20anos em 2010.

O simpósio foi aberto no dia 18de novembro, com conferência dasecretária Estadual da Educação,Milca Severino, sobre o “PlanoNacional de Educação: perspecti-vas em debate”. O encerramentoocorreu com a palestra “Egressosdo Curso de Pedagogia e seu cam-po de atuação”, ministrada peladiretora do Centro de Formaçãode Professores da Educação, Abi-gail Rodrigues, da Secretaria Mu-nicipal de Educação.

Professora Helenides Mendonça O Simpósio pensou e discutiu a docência universitária como um ato de educação

ServiçoExposição “Diálogos In-

terculturais: Conhecimento eTecnologia”

Local: Centro CulturalJesco Puttkamer (Av. T-3 nº1.732, no Setor Bueno, emGoiânia)

Visitas: de terça a sexta-feira, das 8h às 12h, e das 14hàs 17h.

Quem preferir agendardeve fazê-lo pelo telefone3251-0721.

“Diálogos Interculturais” está aberta no Centro Jesco Puttkamer

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AL Graduados pela PUC Goiás que se destacam Participação Internacional da PUC Goiás

Natural de Maringá, PR, casado, 42 anos, há26 na carreira bancária, começando pelo entãoBanco Real, hoje Santander, Sérgio Pinheiro Eliasgraduou-se em Ciências Econômicas pela PUCGoiás. Ele passou em dois vestibulares ao mes-mo tempo, mas optou pela Economia em fun-ção de ter sido selecionado para trabalhar noBanco Real, onde começou com 16 anos, e quisconciliar as duas atividades, o que lhe foi posi-tivo: fez carreira, passou por todas as funções eatuou como gerente em Goiânia, Anápolis, Pal-

mas e Brasília, como gerente geral e hoje está na SuperintendênciaRegional no Distrito Federal, como gerente reestruturador de crédito.

Filho de Maria Zélia Pinheiro, que trabalha na Gráfica da PUC Goiás,e Jair Elias Amin, Sérgio é casado com a advogada Tereza CristinaUnes e eles têm uma filha, Amanda Pinheiro, com sete anos.

Três profissionais recémgraduados e um acadêmico docurso de Arquitetura e Urba-nismo da PUC Goiás criaramambientes especiais para aquarta edição da mostra Am-bientar, realizada em Goiânia,em setembro deste ano, pelaconstrutora Consciente, e tive-

ram essa participação registrada na revista “Ambientar”, da EditoraInterativa. Idealizada pela construtora e pela Bambuí Empreendi-mentos, a mostra apresentou “soluções inteligentes e acessíveis dearquitetura, decoração, design de interiores e paisagismo”.

Thiago Lobo e Carolina Gubert Bufaiçal, que se graduaram pelaPUC Goiás em julho deste ano, Luanne Tahan, graduada em de-zembro de 2009, e Denis Rezende, que faz o oitavo período do cur-so, são os autores dos ambientes especiais, e já se organizaram numescritório profissional para darem seqüência a seus projetos.

Thiago estagiou com a arquiteta Maria Aparecida Gomes e noescritório Francisco Jardim Arquitetos Associados, por quatro anos,agora se tornando sócio da empresa, foi bolsista da PUC Goiás e éfilho da pedagoga Marina Dutra Lobo Noleto, graduada pela Uni-versidade, onde trabalha na Seção de Registro de Diplomas, da Se-cretaria Geral.

Goiano de Jussara, 28 anos, casado, já aguar-dando o primeiro filho, que se graduou em Li-cenciatura em Física pela PUC Goiás, em 2003,é o primeiro aluno a conquistar o título deDoutor em Física do recém criado Programade Doutorado em Física da Universidade Fe-deral de Goiás. Neste ano, ele defendeu tesesobre soluções localizadas em modelos de cam-pos relativísticos e em condensados de Bose-Einstein, e foi aprovado, em maio, em concur-so público para Professor Adjunto no Institutode Física da UFG, onde já leciona.

Quando estudante na PUC Goiás ele participou do Programa deIniciação Científica, com o professor doutor Norton Gomes de Almei-da, que lecionava no Departamento de Matemática e Física da Católi-ca, época em que realizou pesquisa sobre teletransporte de estadosquânticos. Ainda na PUC Goiás fez especialização em Ensino de Ciên-cias Exatas.

Em 2007 concluiu o Mestrado em Física pela UFG, na área deÓptica Quântica, quando defendeu dissertação sobre teletransportede estados emaranhados, consistindo em proposta experimental pararealizar o teletransporte da informação contida em pares de átomosdistantes. Posteriormente, foi aprovado em concurso para Professorsubstituto no IF/UFG, quando lecionou por dois anos disciplinas deFísica básica para os cursos de Física, Engenharia, Química e Mate-mática.

Wesley Bueno Cardoso

Ambientes especiais

Sérgio Pinheiro Elias

CBP- Você começou aestudar música aos quatroanos. Isto significa queseus pais também são mú-sicos, ou simplesmenteuma apreciação pela arte?

Andréa Luisa –Aprendi as primeirasnotas com minha mãe,que havia estudadoacordeon e guitarra.Meu pai é um apreciador. Elessempre incentivaram o estudo damúsica.

CBP- Desde quando exerce o seutrabalho profissionalmente?

Andréa Luisa – Comecei a fa-zer estudos dirigidos de piano aos14 anos, trabalhando em uma Es-cola de Música. Atualmente estou de licença da Pontifícia Universi-dade Católica de Goiás, onde tra-balho como etnomusicóloga, e daUniversidade Federal de Goiás,como pianista acompanhadora.

CBP - Você tem sido galardoadacom os mais altos prêmios. Que sig-nificado tem isso para você e qual de-les lhe deu mais prazer em receber?

Andréa Luisa - Os prêmios vi-eram pelo esforço do estudo, quechegam como estímulo para con-tinuar. Fiquei muito contente como primeiro lugar e melhor intér-prete de Villa-Lobos em São Pau-lo e com o terceiro lugar no Con-curso Internacional em França.

CBP – O programa que produziu,intitulado “Reseiros da Lampinha”,tem a ver com as festas dos Reis quetambém se celebra em Portugal?

Andréa Luisa – Sim, as “Foli-as de Reis” foram para o Brasilatravés de Portugal. O vídeo do-cumentário que produzi foi filma-do em 1998 e 1999. Ele mostra ariqueza cultural da região de Cor-rentina, Bahia. Na época, catalo-guei 52 grupos de Folias na região,porém para o documentário medetive somente em três. A partirdo documentário surgiram osCD’s e este ano um pequeno livro,chamado a “A densidade do pró-prio na Folia de Reis”.

CBP - Estou curiosa sobre a “Mú-sica para Flautas dos Índios Xingua-nos”. Me fala um pouco sobre isso.

Andréa Luisa – Escrevi um

Pianista divulga a cultura brasileira em Portugal

artigo sobre “Músicapara Flauta dos ÍndiosXinguianos” através depesquisas feitas na déca-da de setenta pelo Jescovon Puttkamer. O mate-rial sonoro está no Insti-tuto Goiano de Pré-His-tória e Antropologia daPUC Goiás. São registrosmuito interessantes, pois

vários grupos utilizam as flautaspara festas e para os rituais.

CBP – Estivemos falando do seupassado, agora é a vez de falarmos nopresente e futuro. Por conseguinte falada tua experiência com o Doutoradoem Lisboa. Está correspondendo àstuas expectativas?

Andréa Luisa - No momentovivo em Lisboa para fazer o dou-toramento em Ciências Musicaisna Universidade Nova de Lisboa,onde tenho o apoio necessário paradesenvolver o projeto sobre asÓperas Cômicas Portuguesas deAntonio José da Silva, o Judeu. Aexpectativa já foi superada. Tenhoa melhor orientação que poderiaocorrer.

CBP - Seus projetos futuros!Andréa Luisa - Após conhe-

cer Portugal e verificar de pertoo quanto nossas culturas se com-plementam, espero poder conti-nuar divulgando a música luso-brasileira.

CBP – Neste curto período que estáem Lisboa, além do doutoramento o quemais tem feito.

Andréa Luisa – Estou sempreligada à música.Fiz um concerto depiano a quatro mãos com a pianis-ta francesa Paula Grimald, só commúsicas francesas, e participei deum congresso de etnomusicologiaibero-americano, onde apresenteium vídeo documentário sobre as“Folias de Reis”. Fiz também al-gumas produções: trouxe do Bra-sil a Orquestra Barroca da Ama-zônia, “Música Surda”, e estou par-ticipando de mais uma apresenta-ção do Brasil. Será o lançamentodo livro com o titulo “Alumeia –O Cerrado que a Velha conta” ecom um CD encartado dentro dolivro, com o titulo “O Cerrado quea Velha conta”.

A pianista brasileira Andréa Luisa Teixeira, mestre em Musico-logia, pesquisadora do Centro de Folclore e História Cultural do Ins-tituto do Trópico Subúmido, da PUC Goiás, integrante da diretoriada Comissão Goiana de Folclore e conselheira internacional de mú-sica da Unesco, reside atualmente em Portugal, onde faz Doutora-do em Ciências Musicais na Universidade Nova de Lisboa. Alémdos estudos, ela tem uma agenda dinâmica, preenchida com váriasatividades, como recitais para piano e produtora de eventos musi-cais oriundos do Brasil em Portugal. Ela levou às terras lusitanas aOrquestra Barroca da Amazônia, “Música Surda”, e a sua terceiraprodução foi a apresentação do projeto composto de um livro e umCD, com a participação da atriz brasileira Larissa Malty.

Andréa Luisa, falou ao CulturaBrasil-Portugal.com, da jornalis-ta Edna Quadros, sobre seu interesse pela música, desde a infância,do desenvolvimento profissional, até os dias de hoje.

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Dois artistas que somenteagora, já encerrando suas carrei-ras no magistério superior, deci-diram revelar seus dons, commais intensidade, os professoresGiuseppe Bertazzo e Maria dasGraças Gomes Monteiro abriramno dia 1º deste mês, no EspaçoCultural da Área 3 da PUC Goi-

A exposição de Bertazzo e Maria das Graças

Maria das GraçasNatural de Lajeado, TO, às

margens do rio Tocantins, Mariadas Graças Gomes Monteiro é aterceira filha dentre cinco irmãos.Mudou-se para o Triangulo Mi-neiro e, posteriormente, para acapital mineira, onde realizou ocurso de Psicologia, sendo a pri-meira colocada no vestibular. Re-tornou à Capital goiana, comoprofessora concursada no cursode Psicologia da então UCG. Pos-sui experiência didática em ensi-no, do fundamental ao universi-tário, foi pesquisadora, coorde-nadora de ensino e diretora deDepartamento. Além dessas ati-vidades acadêmicas exerce suaprofissão em clínica psicológica.“É uma pessoa que conhece asnecessidades do humano tantoem sua interioridade quanto nasrelações sociais”, lembra MariaFilomena. Atualmente, aposenta-da, dedica-se a atividades artís-ticas de modelagem e participade trabalhos sociais junto aosamigos da Ordem Dominicana.

Sua motivação vincula-se aorecomeço. Por isso, “Primaverasno outono”: a modelagem paravencer os episódios de hiperten-são, para enfrentar e vencer de-safios existenciais. Algumas ex-

BertazzoGiuseppe Bertazzo nasceu em

tempo de guerra, na roça, na Itá-lia ocupada pelos alemães que es-tavam sendo empurrados para oNorte pelas tropas americanas ebrasileiras, em março de 1944.“Da guerra, o que ficou impres-so na memória, depois que a mi-nha família mudou para a cida-de de Pádova, foram prédios des-truídos, paredes com os sinais debalas, covas abertas pelas bom-bas. Mas nada disso, acredito, fezde mim um neurótico de guerra”,disse. Escola normal, seminário,formado em Teologia, ele foi ado-tado pelo Brasil no final de 1969.“Primeira impressão: mato, matoe algumas cidades; espaços quenunca acabavam. Abrasileiran-do-me, percebi e aprendi que oBrasil tem muitas coisas mais.Para isso, ajudaram também es-tudos que completei aqui: Direi-to (não exerci nada e esquecitudo); Mestrado em História naUFG. Morando em São Paulo,trabalhei no Museu de Arte deSão Paulo (MASP) como biblio-tecário e organizei algumas expo-sições”.

Depois, a mudança com amulher, Eudóxia, para Goiânia,onde nasceram os dois filhos,Sérgio e Lúcia. Após lecionar emcursinhos, entrou na Universida-

ás, as suas exposições individu-ais, que se completam. “Nature-za (e eu)”, reunindo esculturas,presépios e fotografias de Berta-zzo, e “Primaveras de outubro”,com bustos evolutivos do proces-so de aprendizagem de modela-gem, figuras humanas com dese-nhos rupestres e antropológicose arte sacra: santos, santas e pre-sépios temáticos, de Maria dasGraças, vão ficar nesse espaço atéo dia 21 desse mês.

“As mãos inventivas de Ber-tazzo, graças ao seu saber estéti-co, a sua sensibilidade humana,a sua vivência religiosa, maieu-ticamente ajudaram para que to-das essas novas criaturas viessemà luz e nos revelassem a riquezaescondida dos significados desua nova forma de existênciatransfigura”, disse, a propósito,o psicólogo Saturnino Pesquero

Ramón. As suas mãos criativas“não apenas ajudaram para queelas viessem à luz, mas também,antes de canonizá-las, as regoude cuidados, limpando, polindo,desbastando – quando necessá-rio – irmanando-as ... e traçando-lhe seu novo destino artístico”.

A professora Maria FilomenaGonçalves Gouvêa, ao apresen-tar o trabalho de Maria das Gra-ças, destaca: “Seu olhar sobre ohumano não separa homens demulheres: todos comungam amesma lida pela sobrevivência.Quando repousamos os olhossobre seus presépios restaura-seem nós a memória desse estadoúnico de natividade de quemdeixou a sua glória e iniciou suatrajetória histórica junto a umahumanidade que sofre, chora,sente dor, mas é capaz de amar eexpressar em visualidade todo

de Católica de Goiás, agora PUCGoiás, onde lecionou Teologia,História das Religiões, Latim edisciplinas relacionadas à histó-ria da língua portuguesa. NaUniversidade Federal de Goiáslecionou Latim e Filologia româ-nica. “Entretanto, uma ‘curiosi-dade’ que nunca deixei de culti-var foi história da arte. Não tan-to teoria e filosofia, mas a práti-ca artística ao longo dos séculos”,recorda-se.

E vem a pergunta: a naturezacria arte? “Pergunta teórica. Naprática, na natureza encontramosformas, cores e mil coisas maisque nos deixam de boca aberta.Todos admiram paisagens, que-das d’água, a imensidão do de-serto ou do oceano, até a energiade um furacão”, disserta. “E osdetalhes: iluminuras em folhasressequidas, arabescos em ma-deira gravados por cupins, volu-tas de galhos. Fico perdido (e re-cuso qualquer fio de Ariadne)nos labirintos cavados pela in-tempérie e pelos insetos em raí-zes e troncos, restos de desmata-mentos... Tendo olhos e sensibi-lidade, enxergam-se imagenssempre novas e descobrem-semundos presentes para seremdescobertos”.

“Tudo em simbiose e amarra-do à experiência de vida (por issoa presença de motivos religiosos,antes de tudo entendidos comoexpressão de poesia, arte, vida),à emoção pessoal, à personalida-de que foi sendo construída aquie ali e que agora, finalmente (!),tem coragem de “perder tempo”e “brincar” com tantas inutilida-des. Aquelas que enfeitam e co-lorem a vida”, relata.

periências marcam seu interesseplástico. Ao propor aos ceramis-tas de Lajeado que, além de suaprodução utili-tária, representas-sem figuras humanas, eles devol-veram o desafio para que elamesma realizasse esse sonho po-ético. Em 2006, Maria das Gra-ças participou do Projeto Outo-no promovido pela Coordenaçãode Recursos Humanos da PUCGoiás, que incentiva o desenvol-vimento do lado humano e pes-soal no trato de novas habilida-des, enfrentando criativa e sen-sivelmente os desafios da vida.

Com base nessas experiênci-as, passou a investir em suaspróprias idéias, resgatando o an-tropológico e o memorial nas fi-guras de mulheres e homens,trabalhadoras e trabalhadores,num fluxo ativo de vivência,convivência e sobrevivência desua terra natal, antes da urbani-zação. Ela certamente nutria seuolhar infantil vendo “Marias”com latas d’água na cabeça, la-vadeiras, quebradeiras de côco,meninas faceiras, garimpeirosna busca do ouro e do diaman-te, pescadores de um rio que jánão mais existe da forma quevivenciava quando se pegavapeixe com as mãos. Desde 1991,em seu antigo leito há uma usi-na e a cidade. Esse é o lugar damemória de Maria das Graças;isso “lhe serve como pretextopara pensar o humano e realizaralgo em favor da arte e da vida.É o resgate da Memória. Sua dis-posição plástico-visual, ao mol-dar o barro, molda memórias desua terra natal”, disse.

seu sentir. Maria das Graças, deforma simples, cria lembrançadessa natividade e fixa nela suavisão de mundo. Não menospre-za essa cosmovisão cristã, mas aamplia por meio de suas relaçõesde amor à ciência, fé e sobretudotrabalho. Escolhe a arte para im-primir e expressar seu pensa-mento ampliado”.

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A melodia suave e a voz inconfundível dadupla sertaneja Cascatinha e Inhana, suces-so absoluto entre as décadas de 1950 e 1970no Brasil, rompia o silêncio de Piracanjuba,município com vocação agropecuária do Sulgoiano. O rádio de madeira Semp era a sen-sação do momento nas fazendas da região econseguia reunir uma boa parcela da popu-lação em torno dele. Ainda moleque, com 8anos, Adevanir Ferreira Barbosa se encanta-va com a novidade tecnológica, que atraía osvizinhos à sala de estar da sua família. “Pa-rentes e amigos da roça se juntavam paraouvir as músicas e também a Voz do Brasil,o nosso Jornal Nacional”, brinca hoje o se-nhor de 59 anos, servidor da Pontifícia Uni-versidade Católica de Goiás desde 1985.

Mas, naquela época, seu Adevanir nem delonge sonhava como aqueles fins de tarde fru-tificariam em sua vida. Semente no coração,as músicas raízes encontraram solo fértil parase desenvolver na vida do menino de sorri-so largo. A dureza da lida no campo era que-brada pelo embalo dos Sabiás do Sertão – co-dinome do casal Cascatinha e Inhana:

HISTÓRIAS DE VIDA Adevanir Ferreira Barbosa

Jeito CablocoCarla Lacerda

O fato é que em pouco tempo não somen-te a enxada seria instrumento nas mãos deAdevanir. A voz rouca e a habilidade com o

violão também se torna-ram um diferencial na his-tória de um dos porteirosmais simpáticos da Área 4da PUC Goiás.

De volta à cidade natalFoi em Piracanjuba que

o menino Adevanir desco-briu o rádio. Mas foi quan-do retornou com a família

para Morrinhos, sua cidade natal, após umatemporada em Goiânia para cursar o primá-rio, que o jovem começou a cantar junto como irmão Iron. “O pessoal começou a nos cha-mar para cantar em festas. E como a gentesempre gostou de música raiz, sertaneja, agente ia”. No repertório, canções de Tonicoe Tinoco, Tião Carreiro e Pardinho, Silveirae Silveirinha, Zico e Zeca, Liu e Léo, entreoutros. “Mas era tudo só por diversão, porgosto mesmo. Nunca pensei em fazer dissouma profissão”.

E a labuta diária não dava mesmo tempopro seu Adevanir.

- Pensa num homem que já puxou enxa-da! - comentou ele, durante uma sexta-feirade novembro ensolarada.

E eu pensei. Seu Adevanir estava diantede mim, com uniforme impecável, sapatos emeias pretas, relógio no pulso esquerdo, euma atenção, uma educação, uma solicitudeimensuráveis, e infelizmente, raras nos diasde hoje. A todos que passavam pelo portariada Pró-Reitoria de Extensão e Apoio Estu-dantil ele cumprimentava, dava bom dia,atendia às solicitações, resolvia o que lhe erapedido.

- Sabe, Carla, eu não tenho muito estudo.Mas a educação é de berço. Eu peguei res-ponsabilidade grande desde muito cedo.

Verdade. Com 5 anos, seu Adevanir ca-pinava roça. Aos 10, cuidava do pasto e dalavoura. Aos 13, comandava os peões que seupai, Antônio Luiz Barbosa, contratava quan-do ficava responsável por uma alguma em-preita na zona rural. Tocou gado. Tirou leite.Plantou arroz. Aprendeu, na prática, o queé viver em família.

- Sempre fomos muito unidos (Adevanirtem mais seis irmãos). Mudamos várias ve-zes de cidade, de fazenda, mas sempre jun-tos – eu, pai, mãe e irmãos. Se eu te falar... É

uma coisa que não tem lógica. - Pra você ter ideia: eu sou um dos mais

novos e fui o último a casar, porque cuidavados meus pais. Tinha medo de minha futuramulher não gostar deles – diz seu Adevanir.

- Mas dei sorte. Encontrei uma mulherboa. Nós combinamos que é uma beleza! –anuncia, sorrindo.

Em GoiâniaE foi na segunda vez que morou na capital

do Estado, a partir de 1974, que seu Adevanirconquistou não só o coração de Rosilda, mastambém um espaço no mercado de trabalhoda já concorrida zona urbana goiana. Primeirotrabalhou no Colégio São Damiano, no ParqueAteneu, local onde conheceu a esposa. Depoisnuma empresa chamada Eletrocon.

- E aí sabe quando parece que Deus temuma coisa boa pra você usufruir?

- Pois é – continua seu Adevanir. Um anti-go diretor do Aldeia Juvenil, o professor Bene-dito, o Bené, pediu indicação para as irmãs doSão Damiano de alguém que sabia plantar, cui-dar de porco, enfim, de alguém que sabia dascoisas da fazenda.

Nos anos 1980, o Aldeia Juvenil ficava no Cam-pus 2, área que hoje concentra os cursos de Zootec-nia, Educação Física e Gestão Ambiental, além dealguns mestrados. Foi criado a partir de uma inici-ativa de um grupo de professores da UniversidadeCatólica de Goiás, motivado pela situação do menorinfrator e pelo compromisso de buscar soluções parao problema.

- As irmãs me indicaram. Fiquei três anosno Aldeia. Foi uma experiência muito boa, depoder ajudar quem precisa. Lá tinha uns “ca-blocos meio danados”, mas dá uma satisfaçãoquando encontro alguns deles hoje, casados,trabalhando. Muitos me tinham como pai – re-corda-se seu Adevanir.

E Deus continuou zelando da vida do jo-vem de sorriso largo. Durante sua temporadano Aldeia Juvenil surgiu um curso para ser se-gurança na Universidade. Seu Adevanir fez, e,desde então, trabalhou em todas as áreas dahoje PUC Goiás. Há cerca de oito anos, está naÁrea 4, na entrada da Proex.

- A Universidade é a minha segunda casa,minha segunda família.

Aquela colcha de retalhos que tu fizesteJuntando pedaço em pedaço foi costuradaServiu para nosso abrigo em nossa pobrezaAquela colcha de retalhos está bem guardada.

Agora na vida rica em que estás viveeendoTerás como agasalho colcha de cetimMas quando chegar o frio em teu corpo enfermoTu hás de lembrar da colcha e também de mimmm.

Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezalMeu cafezal em flor, quanta flor meu cafezalAi menina, meu amor, minha flor do cafezalAi menina, meu amor, branca flor do cafezal

Ou pela sanfona de Caçula e Marinheiro:

Sei que na vida perdiA minha felicidade,Ficou somente amarguraPaixão, tristeza e saudade!Lá no cantinho do céuSei que está me esperandoAquele alguém que foi meuPor quem eu vivo chorando!

Grupo Tradição Sertaneja em apresentação no SESC

Com a esposa, Rosilda Santos Barbosa

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caram, e ainda marcam, a nossa ci-dade e o nosso cotidiano. Este foium gesto de desprendimento e ge-nerosidade”, reforçou.

A viúva, Denise Tomé de Olivei-ra Baptista, disse que a doação doacervo significa a continuidade dotrabalho dele. “Como estudioso queera, sei que ficaria muito feliz desaber que seu trabalho ajudará ou-tras pessoas e será ferramenta im-portante de pesquisa para alunos eprofissionais”, assinalou. Presentes,os três filhos do casal: Mariana e Li-

ana, ambas graduadas pela PUC Goiás, a pri-meira em Arquitetura e a segunda em Enge-nharia Civil; e Leandro, que cursa Psicologiatambém na PUC Goiás.

HomenagemUm certificado de agradecimento à famí-

lia foi formalmente entregue pela pró-reito-ra de Graduação, Helenides Mendonça. Odiretor do Departamento de Arquitetura,Marcelo Granato, fez um breve histórico davida e trajetória dele. “Nos sentimos extre-mamente honrados com esta doação. Tadeudeixou inúmeras contribuições inovadoraspara nossa área. Sua produção é extrema-mente significativa”, disse, ao lembrar queele é responsável por mais de dois milhõesde metros quadrados nos mais diversos ti-pos de projetos, que se tornaram obras emvários estados.

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CantarolandoSeu Adevanir não fez do dom de cantar

uma profissão, mas também não desperdiçouo talento.

- Tem que ver ele cantando. É uma bele-za! – diz uma jovem ao subir as escadas rumoà Proex.

O reconhecimento já é público pelos cor-redores da PUC Goiás. Mas seu Adevanir émodesto.

- Não, não é assim não – tenta desvenci-lhar-se dos elogios.

A repórter decide tirar a prova dos nove. - Canta um trechinho de uma música pra

mim, seu Adevanir... Que música o senhorouvia, o senhor gostava?De que me adianta viver na cidadeSe a felicidade não me acompanharAdeus, paulistinha do meu coraçãoLá pro meu sertão, eu quero voltar.

Só estes quatro versos de “Saudade da mi-nha terra” foram mais do que suficientes paraperceber que Seu Adevanir é bom mesmo de“gogó”. E, graças a insistência do irmão JoséFerreira, que hoje tem 71 anos, ele começou ausar o tempo livre para cantar.

Primeiro, no Jardim Bela Vista, bairro ondemora. “Reunimos com os vizinhos e amigos nosfins de tarde e começamos a cantar”, relata. Derepente, o grupo começou a receber convitespara tocar em festas de casamento e outroseventos. Já passaram por Bela Vista de Goiás,Hidrolândia, Piracanjuba, Pontalina, Jaraguá,Aparecida de Goiânia, entre outras cidades.

E, em 2009, também por incentivo do irmãoZé, sanfoneiro, Adevanir e o grupo, já batiza-do de “Tradição Sertaneja”, gravaram um CD.

- Começou como uma brincadeira. O Zétinha medo de morrer e de a gente não dei-xar nada para a família, nenhuma lembran-ça. Daí, a gente reuniu o povo, demos umapassada nas músicas e gravamos, de umavez, numa gravadora do Novo Mundo. Eununca tinha entrado num estúdio.

Foram feitas 500 cópias do CD “CavaloPreto – Chalana”. Além das músicas de aber-tura, instrumentais, que emprestam o nomeao álbum, outras 14 faixas foram gravadas.Todas elas, de raízes. Tem “Franguinho naPanela”, “Não tenho Piedade”, “Telegra-ma”, entre outras.

- A gente nunca imaginava gravar umCD -, comenta seu Adevanir, que tambémtem outros feitos artísticos – ele participa dogrupo de Folia de Reis da PUC Goiás, que,inclusive, tem apresentações marcadas paraos próximos dias 9, 10 e11 deste mês.

O senhor de sorriso largo continua: - Parece que tudo tem um limite, mas

com a música é diferente. Ela é infinita. Ogrupo surgiu, foi crescendo meio despropor-cionalmente...

Ainda bem, seu Adevanir. Hoje, nossosolhos e ouvidos agradecem o privilégio depoder testemunhar e escutar uma históriatão bonita. Certamente daria uma bela letrade uma moda sertaneja.

Uma história de dedicação, trabalho evanguarda que já pode ser acessada com maisfacilidade por estudantes e profissionais goi-anos. Em solenidade no auditório da Área 3,no dia 19 de novembro, a família do arquite-to Domingos Tadeu Domingues Baptista, re-centemente falecido, doou o seu acervo àPUC Goiás, instituição em que estudou. Oevento reuniu estudantes, professores, fami-liares e amigos de Tadeu.

Formam o acervo, de mais de mil itens:projetos impressos e digitais, revistas de ar-quitetura e paisagismo, livros de informáti-ca, catálogos e documentos referentes a em-preendimentos imobiliários, entre outros.

A vice-reitora Olga Ronchi agradeceu adoação. “Somos, hoje, fiéis depositários des-te importante acervo. Temos o compromissode zelar por esta obra, de disponibilizar omaterial para consulta. São obras que mar-

Acervo do arquiteto Tadeu Baptista é doado à PUC Goiás

Domingos Tadeu Domingues Bap-tista nasceu em 1952, na cidade do Riode Janeiro, mas passou toda a infânciaem Goiânia, no bairro de Campinas.Em 1971, ingressou no curso de Arqui-tetura da então Universidade Católicade Goiás. Em 1973, continuou o cursona Universidade de Minnesota, nosEstados Unidos, formando-se em 1977.

De volta ao Brasil em 1981, traba-lhou na Encol, fundou a Econ (Empre-sa de Construções Ltda.) e posterior-mente a empresa Tadeu Baptista Ar-quitetos Associados. Foi um dos pio-neiros na elaboração de projetos de ar-quitetura por computador em Goiânia.Entre seus projetos na capital goiana,o da Academia Átrio, Buriti Shopping,Mabel, Aquarius Center (na T-63), Exe-cutive Tower (na Avenida 136).

Ele tem projetos que resultaram emobras em Brasília, São Paulo, MinasGerais, Mato Grosso, Bahia e EstadosUnidos, onde tudo começou. Ele foiresponsável, por exemplo, pelo conjun-to residencial Woodland North Chur-ch, em Bismark, e pela sede da KroyIndustries, em Stillwater.

Na formatura da filha, Cristhiane Barbosa

Com o neto, João Victor Barbosa Lima

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GRÃO-CHANCELERDom Washington Cruz, CPREITORProf. Wolmir Therezio AmadoVICE-REITORAProfª Olga Izilda RonchiPROGRAD - PRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃOProfª Drª Helenides MendonçaPROEX - PRÓ-REITORA DE EXTENSÃO E APOIO ESTUDANTILProfª Drª Sônia Margarida Gomes Sousa

Folha PUC - Jornal da Pontifícia Universidade Católica deGoiás (PUC Goiás), produzido pela Divisão de ComunicaçãoSocial - Dicom/GR - Tel.: 3946-1010DIRETORA: Eliane Borges Silva Pereira (GO n. 00370 JP)REDAÇÃO: Jales Naves (GO n. 00268 JP), editor; CarlaLacerda (DF n. 3501 JP), Belisa Monteiro (GO n. 2343 JP)e Paulo José da Silva (GO n. 00743 JP)DIAGRAMAÇÃO: Adriano AbreuREPORTAGEM FOTOGRÁFICA: Wagmar Alves e Weslley CruzIMPRESSÃO: Gráfica da PUC Goiás

Expediente Instituição juridicInstituição juridicInstituição juridicInstituição juridicInstituição juridicamentamentamentamentamente mantidae mantidae mantidae mantidae mantidapela Spela Spela Spela Spela Sociedade Goiana de Cociedade Goiana de Cociedade Goiana de Cociedade Goiana de Cociedade Goiana de Cultura - SGCultura - SGCultura - SGCultura - SGCultura - SGC

PROPE - PRÓ-REITORA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISAProfª Drª Sandra de FariaPRODIN - PRÓ-REITOR DE DESENVOLVIMENTOINSTITUCIONALProf. Eduardo Rodrigues da SilvaPROAD - PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃOProf. Daniel Rodrigues BarbosaCHEFE DE GABINETEProf. Giuseppe Bertazzo

ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA PUC GOIÁSADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA PUC GOIÁSADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA PUC GOIÁSADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA PUC GOIÁSADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA PUC GOIÁS

A Arquidiocese de Goiâniapromoveu, em dezembro, a Fei-ra da Solidariedade, na EstaçãoGoiânia, considerada a maior dogênero no Centro-Oeste. A aber-tura ocorreu na manhã do dia 1º,pelo arcebispo de Goiânia, domWashington Cruz, e contou comas presenças do reitor da Pontifí-cia Universidade Católica de Goi-ás, Wolmir Amado, e da primei-ra-dama e presidente da Organi-zação das Voluntárias de Goiás(OVG), Raquel Rodrigues, repre-sentando o governador AlcidesRodrigues, além de outras auto-ridades e representantes da soci-edade civil.

“Este é um momento de con-graçamento das entidades do go-verno, da Igreja e da sociedadeem favor da solidariedade. É nos-so dever colocar o amor cristãoem evidência, no candelabro,como disse Jesus, para que elepossa ser visto, vivenciado. Osefeitos da solidariedade devemafetar toda a cidade”, destacoudom Washington, durante cole-tiva à imprensa.

Para o reitor Wolmir Amado,a iniciativa representa tambémuma oportunidade de se repensaro espírito natalino. “Nosso focodeveria sempre ser mais de parti-lha e menos de consumismo”, res-saltou. Ele também lembrou quea promoção surge como uma res-posta aos anseios de uma socie-

Na Feira da Solidariedade, Arquidiocese de Goiânia apoia ações sociais

dade que hoje tanto presencia ten-sões e conflitos, como o atual em-bate verificado no Rio de Janeiro.“Todos procuram por esta men-sagem de paz e solidariedade, quea feira apresenta como missão eresponsabilidade de cada um denós”, complementou.

No estande da PUC Goiás, osvisitantes puderam desfrutar dequitutes e salgados da Coopera-tiva Alimentícia Comunitária Nu-trivida e do Centro de EducaçãoComunitária de Meninos e Meni-nas (Cecom). Outros atrativos fo-ram os livros da Editoria da Uni-versidade, comercializados no lo-cal. A agência experimental Em-pírica, do curso de Publicidade ePropaganda, apresenta seu portfó-lio e estará à disposição para pe-quenos empresários que queiramcriar a logamarca de seus estabe-lecimentos. E uma equipe daUCG TV divulgará a programa-ção da emissora.

EstruturaA Feira da Solidariedade, que

traz ideias e produtos voltadospara o consumo consciente, a res-ponsabilidade socioambiental e aeconomia comunitária, tem maisde 300 expositores de segmentosdiferentes, como serviços, comér-cio, indústria e entidades sociais,divididos em instituições públi-cas, privadas e acadêmicas, go-verno, veículos de comunicação,sindicatos, associações, comuni-

dades e congregações religiosas.Durante o evento serão ofere-

cidos diversos serviços gratuitos,cursos, oficinas e consultorias,apresentações culturais e missacom o Arcebispo de Goiânia, dequarta-feira a sábado, sempre às17h. O Grupo de Teatro Guará, daCoordenação de Arte e Cultura(CAC) da PUC Goiás, se apresen-tou no primeiro dia da feira, às16h. Já no sábado, 4, a partir das14h, foi a vez da Cia. de DançaNoah presentear o público comum espetáculo diferenciado.

NúmerosCerca de 1,4 mil expositores

de variados segmentos participa-ram das edições anteriores, quereceberam mais de 200 mil pes-soas, contando com a colabora-ção de empresas, entidades, par-ceiros e voluntários, o que garan-te recursos para que a Igreja deGoiânia continue apoiando asações sociais realizadas em todaa Arquidiocese.

Os recursos resultantes doevento são encaminhados paraum Fundo, administrado pelo co-mitê gestor da Feira da Solidari-edade, constituído pelo Arcebis-po de Goiânia e seus principaiscolaboradores no campo da pas-toral e da economia, e aplicadoem projetos de cunho pastoral esocial que necessitam de apoio fi-nanceiro e estejam rigorosamen-te cadastrados.

A edição 2010 fechou par-cerias com organizações não-governamentais, entre elas oSistema Fecomércio, que ad-ministraram o Sesc e o Senac,que ministrarão oficinas. Atemática natalina foi escolhi-da para nortear os cursos rá-pidos em virtude da data quese aproxima. De acordo comGersy Quirino, coordenado-ra do segmento no Senac, noestande o visitante vivenciouna prática a produção de ar-tigos artesanais, aprenderátécnicas específicas e aindareceberá dicas de comercia-lização. “A intenção foi ensi-nar todo o processo de ges-tão, desde a compra da ma-téria-prima à negociação.Isso pode ser o início da for-mação de futuros profissio-nais liberais”, acrescenta.

O cronograma de ativida-des se estendeu durante oscinco dias de evento, nos pe-ríodos matutino e vespertino.Cada oficina atenderá 35 pes-soas, que puderam fazer asinscrições no estande da Fe-comércio a partir do início dafeira, no dia 1º. O espaço de108 metros quadrados foicomposto por salas climatiza-das e cadeiras suficientespara atender o público.

Público usufruiutambém de oficinas

A PUC Goiás apresenta seus serviços na feira Dom Washington e o diretor regional da ECT, Eugênio Montenegro

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