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Nº 208, sexta-feira, 28 de outubro de 2011 81 ISSN 1677-7042 Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html, pelo código 00012011102800081 Documento assinado digitalmente conforme MP n o - 2.200-2 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. 1 f) receber do Estado, Distrito Federal e Município as in- formações de baixa de inscrições tributárias e de licenciamento; g) ao final do processo enviar ao Integrador Nacional a informação de baixa de inscrições tributárias estaduais, municipais e de licenciamentos; e h) receber do Integrador Nacional a confirmação da baixa do CNPJ. CAPÍTULO VII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 24. O procedimento de inscrição do Microempreendedor Individual continuará ocorrendo de forma simplificada conforme pre- visto em Resolução do CGSIM, em observância à Lei Complementar nº. 123, de 14 de dezembro de 2006, alterada pela Lei Complementar nº. 128, de 19 de dezembro de 2008. Art. 25. Os atos de ofício deverão ser comunicados mu- tuamente entre o Integrador Nacional e os Integradores Estaduais. § 1º Entende-se por ato de ofício as inscrições, alterações cadastrais e baixas efetuadas por iniciativa do órgão em sua res- pectiva base de dados. § 2º A comunicação entre o Portal do Simples Nacional e o Integrador Nacional relacionada à inclusão ou exclusão de empresas no Simples Nacional e/ou do SIMEI, e o enquadramento, reenqua- dramento e desenquadramento de microempresa e empresa de pe- queno porte praticado pela Receita Federal do Brasil, também serão considerados como atos de ofício. § 3º Verificada pela fiscalização de qualquer órgão com- ponente da REDESIM divergência em dado cadastral do empresário ou da pessoa jurídica originário de instrumento de constituição, al- teração ou baixa, deverá constar do auto a que seja reduzido o ato de fiscalização a obrigatoriedade de atualização ou correção daquele, no prazo de 30 (trinta) dias, mediante registro de instrumento próprio no órgão executor do Registro Público de Empresas Mercantis e Ati- vidades Afins ou do Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso. Art. 26. Esta Resolução entra em vigor na data de sua pu- blicação. ALESSANDRO GOLOMBIEWSKI TEIXEIRA Presidente do Comitê Substituto Ministério do Esporte . SECRETARIA EXECUTIVA SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃO DEPARTAMENTO DE GESTÃO INTERNA PORTARIA N o - 134, DE 25 DE OUTUBRO DE 2011 Dispõe sobre a descentralização externa de crédito orçamentário e repasse financeiro ao MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCI- TO BRASILEIRO - COMANDO MILI- TAR DO LESTE - 1ª DE, e dá outras pro- vidências. O DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE GESTÃO INTER- NA, no uso de suas atribuições e tendo em vista a delegação de competência contida na Portaria ME nº 175, de 24 de setembro de 2008, resolve: Art. 1º Autorizar a descentralização externa de créditos e o repasse de recursos financeiros para o MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO - COMANDO MILITAR DO LESTE - 1ª DE, visando o apoio financeiro para a implantação de infra-estruturar para os jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016 conforme segue: Órgão Cedente: Ministério do Esporte Unidade Gestora: 180002 - Gestão: 00001 - Coordenação Geral de Planejamento, Orçamento e Financeiras/Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração. Órgão Executor: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO - COMANDO MILITAR DO LESTE - 1ª DE. Unidade Gestora: 110407 Gestão: 00001 Programa: Esporte de Alto Rendimento. 8766 Ação: Preparação e Organização dos jogos Olímpicos e pa- raolímpicos de 2016. Funcional Programática: 27.811.0181.2358.0001 Natureza de Despesa: 33.90.39 Fonte: 118 Valor Projeto: R$ 330.696,11(trezentos e trinta mil, seis- centos e noventa e seis reais e onze centavos). Art. 2º Caberá à Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento, exercer o acompanhamento das ações previstas para execução do objeto dessa descentralização, de modo a evidenciar a boa e regular aplicação dos recursos transferidos. Art. 3º O MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRA- SILEIRO - COMANDO MILITAR DO LESTE - 1ª DE, deverá restituir ao Ministério do Esporte os créditos transferidos e não em- penhados até o final do exercício de 2011. Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua pu- blicação. JOSÉ LINCOLN DAEMON Ministério do Meio Ambiente . GABINETE DA MINISTRA PORTARIA INTERMINISTERIAL N o - 419, DE 26 DE OUTUBRO DE 2011 Regulamenta a atuação dos órgãos e en- tidades da Administração Pública Federal envolvidos no licenciamento ambiental, de que trata o art. 14 da Lei n o 11.516, de 28 de agosto de 2007. Os MINISTROS DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, DA JUSTIÇA, DA CULTURA e DA SAUDE no uso de suas atribuições, e tendo em vista o disposto na Lei n o 10.683, de 28 de maio de 2003, resolvem: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1 o . Esta Portaria regulamenta a atuação da Fundação Nacional do Índio-FUNAI, da Fundação Cultural Palmares-FCP, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-IPHAN e do Ministério da Saúde, incumbidos da elaboração de parecer em pro- cesso de licenciamento ambiental de competência federal, a cargo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Re- nováveis-IBAMA. Art. 2 o . Para os fins desta Portaria, entende-se por: I - Estudos ambientais: são todos e quaisquer estudos re- lativos aos aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apre- sentados como subsidio para a análise da licença requerida, tais co- mo: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, re- latório ambiental preliminar, diagnostico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de ris- co; II - Bens culturais acautelados: os bens culturais protegidos pela Lei n o 3924, de 26 de julho de 1961, os bens tombados nos termos do Decreto-Lei n o 25, de 30 de novembro de 1937 e os bens registrados nos termos do Decreto 3551, de 4 de agosto de 2000, indicados no Anexo I; III - Ficha de Caracterização da Atividade-FCA: documento apresentado pelo empreendedor, em conformidade com o modelo indicado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA, em que são descritos os principais ele- mentos que caracterizam as atividades e sua área de localização e são fornecidas informações acerca da justificativa da implantação do pro- jeto, seu porte e a tecnologia empregada, os principais aspectos am- bientais envolvidos e a existência ou não de estudos; IV - Licença ambiental: ato administrativo pelo qual o IBA- MA estabelece as condições, restrições e medidas de controle am- biental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar atividades ou empreendimentos utilizadores dos recursos ambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidores, ou aqueles que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental; V - Licenciamento ambiental: procedimento administrativo pelo qual o IBAMA licencia a localização, instalação, ampliação e operação de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidores, ou da- queles que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso; VI - Órgãos e entidades envolvidos no licenciamento am- biental: órgãos públicos federais, referidos no art. 1 o , incumbidos da elaboração de parecer sobre temas de sua competência, em processo visando à emissão de licença ambiental, no âmbito do procedimento de licenciamento ambiental; VII - Regiões endêmicas de malária: compreende os mu- nicípios localizados em áreas de risco ou endêmicas de malária, identificados pelo Ministério da Saúde; VIII - Termo de referência (TR): documento elaborado pelo IBAMA que estabelece o conteúdo necessário dos estudos a serem apresentados no processo de licenciamento ambiental; IX - Termos de referência específicos: documentos elabo- rados pelos órgãos e entidades da administração pública federal en- volvidos no licenciamento ambiental que estabelecem o conteúdo necessário para análise dos impactos afetos a cada órgão ou en- tidade; X - Terra indígena: as áreas ocupadas por povos indígenas, cujo relatório circunstanciado de identificação e delimitação tenha sido aprovado por portaria da FUNAI, publicada no Diário Oficial da União, ou áreas que tenham sido objeto de portaria de interdição expedida pela FUNAI em razão da localização de índios isolados; XI - Terra quilombola: as áreas ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos, que tenha sido reconhecida pelo Relatório Técnico de Identificação e Delimitação-RTID, devidamente publicado. Art. 3 o O IBAMA, no início do procedimento de licen- ciamento ambiental, na Ficha de Caracterização as Atividade-FCA, deverá solicitar informações do empreendedor sobre possíveis in- terferências em terra indígena, em terra quilombola, em bens culturais acautelados e em áreas ou regiões de risco ou endêmicas para ma- lária. § 1 o No caso de omissão das informações solicitadas no caput, o IBAMA deverá informá-la às autoridades competentes para a apuração da responsabilidade do empreendedor, na forma da legis- lação em vigor. § 2 o Para fins do disposto no caput deste artigo, presume-se a interferência: I - em terra indígena, quando a atividade ou empreendimento submetido ao licenciamento ambiental localizar-se em terra indígena ou apresentar elementos que possam gerar dano sócio-ambiental di- reto no interior da terra indígena, respeitados os limites do Anexo II; II - quando a atividade ou empreendimento submetido ao licenciamento ambiental localizar-se em terra quilombola ou apre- sentar elementos que possam gerar dano sócio-ambiental direto no interior da terra quilombola, respeitados os limites do Anexo II; III - quando a área de influência direta da atividade ou empreendimento submetido ao licenciamento ambiental localizar-se numa área onde for constatada ocorrência de bens culturais acau- telados; IV - quando a atividade ou empreendimento localizar-se em municípios pertencentes às áreas de risco ou endêmicas para ma- lária. § 3 o Em casos excepcionais, desde que devidamente jus- tificados e em função das especificidades da atividade ou empre- endimento e das peculiaridades locais, os limites estabelecidos no Anexo II poderão ser alterados, de comum acordo entre o IBAMA, o órgão envolvido e o empreendedor. Art. 4 o . No termo de referência do estudo ambiental exigido pelo IBAMA para o licenciamento ambiental deverão constar as exi- gências de informações ou de estudos específicos referentes à in- terferência da atividade ou empreendimento em terra indígena, em terra quilombola, em bens culturais acautelados e em municípios pertencentes às áreas de risco ou endêmicas para malária. Parágrafo Único: No Termo de Referência deve ser dada especial atenção aos aspectos locacionais e de traçado da atividade ou empreendimento, bem como as medidas para a mitigação e o controle dos impactos a serem consideradas pelo IBAMA quando da emissão das licenças pertinentes. CAPÍTULO II DOS PROCEDIMENTOS E PRAZOS PARA MANIFES- TAÇÃO DOS ÓRGÃOS E ENTIDADES ENVOLVIDOS JUNTO AO IBAMA EM RELAÇÃO AO TR Art. 5 o . A participação dos órgãos e entidades envolvidos no licenciamento ambiental para a definição do conteúdo do TR, de que trata o art. 4 o , dar-se-á a partir dos termos de referência específicos anexos a esta Portaria (Anexo III) e ainda: I - O IBAMA encaminhará, em até 10 (dez) dias conse- cutivos, a partir do requerimento de licenciamento ambiental, a so- licitação de manifestação dos órgãos e entidades envolvidos, dis- ponibilizando a Ficha de Caracterização Ambiental em seu sítio ele- trônico oficial. II - Os órgãos e entidades envolvidos deverão manifestar-se ao IBAMA no prazo de 15 (quinze) dias consecutivos, contados do recebimento da solicitação de manifestação. §1 o Em casos excepcionais, a pedido do órgão ou entidade envolvido, de forma devidamente justificada, o IBAMA poderá pror- rogar em até 10 (dez) dias o prazo para a entrega da manifestação. §2 o Expirado o prazo estabelecido neste artigo, o Termo de Referência será considerado consolidado, dando-se prosseguimento ao procedimento de licenciamento ambiental. CAPITULO III DOS PROCEDIMENTOS E PRAZOS PARA MANIFES- TAÇÃO DOS ÓRGÃOS E ENTIDADES ENVOLVIDOS JUNTO AO IBAMA Art. 6 o . Os órgãos e entidades envolvidos no licenciamento ambiental deverão apresentar ao IBAMA manifestação conclusiva sobre o Estudo Ambiental exigido para o licenciamento, nos prazos de até 90 (noventa) dias no caso de EIA/RIMA e de até 30 (trinta dias) nos demais casos, a contar da data do recebimento da so- licitação, considerando: I - Fundação Nacional do Índio-FUNAI - Avaliação dos impactos provocados pela atividade ou empreendimento em terras indígenas, bem como apreciação da adequação das propostas de me- didas de controle e de mitigação decorrentes desses impactos. II - Fundação Cultural Palmares - Avaliação dos impactos provocados pela atividade ou empreendimento em terra quilombola, bem como apreciação da adequação das propostas de medidas de controle e de mitigação decorrentes desses impactos. III - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional- IPHAN - Avaliação acerca da existência de bens acautelados iden- tificados na área de influência direta da atividade ou empreendimento, bem como apreciação da adequação das propostas apresentadas para o resgate. IV - Ministério da Saúde - Avaliação e recomendação acerca dos impactos sobre os fatores de risco para a ocorrência de casos de malária, no caso de atividade ou empreendimento localizado em áreas endêmicas de malária. § 1 o O Ministério da Saúde deverá definir os municípios pertencentes às áreas de risco ou endêmicas para malária, com atua- lização anual a ser disponibilizada em seu sítio oficial na rede mun- dial de computadores. § 2 o O IBAMA consultará o Ministério da Saúde sobre os estudos epidemiológicos e os programas voltados para o controle da malária e seus vetores propostos e a serem conduzidos pelo em- preendedor. § 3 o Em casos excepcionais, devidamente justificados, o ór- gão ou entidade envolvida poderá requerer a prorrogação do prazo em até 15(quinze) dias para a entrega da manifestação ao IBAMA. § 4 o A ausência de manifestação dos órgãos e entidades envolvidos, no prazo estabelecido, não implicará prejuízo ao anda- mento do processo de licenciamento ambiental, nem para a expedição da respectiva licença. § 5 o A manifestação extemporânea dos órgãos e entidades envolvidos será considerada na fase em que se encontrar o processo de licenciamento.

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Page 1: Ministério do Meio Ambiente · JOSÉ LINCOLN DAEMON Ministério do Meio Ambiente. GABINETE DA MINISTRA PORTARIA INTERMINISTERIAL No-419, DE 26 DE OUTUBRO DE 2011 Regulamenta a atuação

Nº 208, sexta-feira, 28 de outubro de 2011 81ISSN 1677-7042

Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html ,pelo código 00012011102800081

Documento assinado digitalmente conforme MP no- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui aInfraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.

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f) receber do Estado, Distrito Federal e Município as in-formações de baixa de inscrições tributárias e de licenciamento;

g) ao final do processo enviar ao Integrador Nacional ainformação de baixa de inscrições tributárias estaduais, municipais ede licenciamentos; e

h) receber do Integrador Nacional a confirmação da baixa doCNPJ.

CAPÍTULO VIIDAS DISPOSIÇÕES FINAISArt. 24. O procedimento de inscrição do Microempreendedor

Individual continuará ocorrendo de forma simplificada conforme pre-visto em Resolução do CGSIM, em observância à Lei Complementarnº. 123, de 14 de dezembro de 2006, alterada pela Lei Complementarnº. 128, de 19 de dezembro de 2008.

Art. 25. Os atos de ofício deverão ser comunicados mu-tuamente entre o Integrador Nacional e os Integradores Estaduais.

§ 1º Entende-se por ato de ofício as inscrições, alteraçõescadastrais e baixas efetuadas por iniciativa do órgão em sua res-pectiva base de dados.

§ 2º A comunicação entre o Portal do Simples Nacional e oIntegrador Nacional relacionada à inclusão ou exclusão de empresasno Simples Nacional e/ou do SIMEI, e o enquadramento, reenqua-dramento e desenquadramento de microempresa e empresa de pe-queno porte praticado pela Receita Federal do Brasil, também serãoconsiderados como atos de ofício.

§ 3º Verificada pela fiscalização de qualquer órgão com-ponente da REDESIM divergência em dado cadastral do empresárioou da pessoa jurídica originário de instrumento de constituição, al-teração ou baixa, deverá constar do auto a que seja reduzido o ato defiscalização a obrigatoriedade de atualização ou correção daquele, noprazo de 30 (trinta) dias, mediante registro de instrumento próprio noórgão executor do Registro Público de Empresas Mercantis e Ati-vidades Afins ou do Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme ocaso.

Art. 26. Esta Resolução entra em vigor na data de sua pu-blicação.

ALESSANDRO GOLOMBIEWSKI TEIXEIRAPresidente do Comitê

Substituto

Ministério do Esporte.

SECRETARIA EXECUTIVASUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO,

ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃODEPARTAMENTO DE GESTÃO INTERNA

PORTARIA No- 134, DE 25 DE OUTUBRO DE 2011

Dispõe sobre a descentralização externa decrédito orçamentário e repasse financeiroao MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCI-TO BRASILEIRO - COMANDO MILI-TAR DO LESTE - 1ª DE, e dá outras pro-vidências.

O DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE GESTÃO INTER-NA, no uso de suas atribuições e tendo em vista a delegação decompetência contida na Portaria ME nº 175, de 24 de setembro de2008, resolve:

Art. 1º Autorizar a descentralização externa de créditos e orepasse de recursos financeiros para o MINISTÉRIO DA DEFESAEXÉRCITO BRASILEIRO - COMANDO MILITAR DO LESTE - 1ªDE, visando o apoio financeiro para a implantação de infra-estruturarpara os jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016 conforme segue:

Órgão Cedente: Ministério do EsporteUnidade Gestora: 180002 - Gestão: 00001 - Coordenação

Geral de Planejamento, Orçamento e Financeiras/Subsecretaria dePlanejamento, Orçamento e Administração.

Órgão Executor: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITOBRASILEIRO - COMANDO MILITAR DO LESTE - 1ª DE.

Unidade Gestora: 110407 Gestão: 00001Programa: Esporte de Alto Rendimento. 8766Ação: Preparação e Organização dos jogos Olímpicos e pa-

raolímpicos de 2016.Funcional Programática: 27.811.0181.2358.0001Natureza de Despesa: 33.90.39Fonte: 118Valor Projeto: R$ 330.696,11(trezentos e trinta mil, seis-

centos e noventa e seis reais e onze centavos).Art. 2º Caberá à Secretaria Nacional de Esporte de Alto

Rendimento, exercer o acompanhamento das ações previstas paraexecução do objeto dessa descentralização, de modo a evidenciar aboa e regular aplicação dos recursos transferidos.

Art. 3º O MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRA-SILEIRO - COMANDO MILITAR DO LESTE - 1ª DE, deverárestituir ao Ministério do Esporte os créditos transferidos e não em-penhados até o final do exercício de 2011.

Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua pu-blicação.

JOSÉ LINCOLN DAEMON

Ministério do Meio Ambiente.

GABINETE DA MINISTRA

PORTARIA INTERMINISTERIAL No- 419,DE 26 DE OUTUBRO DE 2011

Regulamenta a atuação dos órgãos e en-tidades da Administração Pública Federalenvolvidos no licenciamento ambiental, deque trata o art. 14 da Lei no 11.516, de 28de agosto de 2007.

Os MINISTROS DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, DAJUSTIÇA, DA CULTURA e DA SAUDE no uso de suas atribuições,e tendo em vista o disposto na Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003,resolvem:

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARESArt. 1o. Esta Portaria regulamenta a atuação da Fundação

Nacional do Índio-FUNAI, da Fundação Cultural Palmares-FCP, doInstituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-IPHAN e doMinistério da Saúde, incumbidos da elaboração de parecer em pro-cesso de licenciamento ambiental de competência federal, a cargo doInstituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Re-nováveis-IBAMA.

Art. 2o. Para os fins desta Portaria, entende-se por:I - Estudos ambientais: são todos e quaisquer estudos re-

lativos aos aspectos ambientais relacionados à localização, instalação,operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apre-sentados como subsidio para a análise da licença requerida, tais co-mo: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, re-latório ambiental preliminar, diagnostico ambiental, plano de manejo,plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de ris-co;

II - Bens culturais acautelados: os bens culturais protegidospela Lei no 3924, de 26 de julho de 1961, os bens tombados nostermos do Decreto-Lei no 25, de 30 de novembro de 1937 e os bensregistrados nos termos do Decreto 3551, de 4 de agosto de 2000,indicados no Anexo I;

III - Ficha de Caracterização da Atividade-FCA: documentoapresentado pelo empreendedor, em conformidade com o modeloindicado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos RecursosNaturais Renováveis-IBAMA, em que são descritos os principais ele-mentos que caracterizam as atividades e sua área de localização e sãofornecidas informações acerca da justificativa da implantação do pro-jeto, seu porte e a tecnologia empregada, os principais aspectos am-bientais envolvidos e a existência ou não de estudos;

IV - Licença ambiental: ato administrativo pelo qual o IBA-MA estabelece as condições, restrições e medidas de controle am-biental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa físicaou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar atividades ouempreendimentos utilizadores dos recursos ambientais consideradosefetiva ou potencialmente poluidores, ou aqueles que, sob qualquerforma, possam causar degradação ambiental;

V - Licenciamento ambiental: procedimento administrativopelo qual o IBAMA licencia a localização, instalação, ampliação eoperação de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursosambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidores, ou da-queles que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental,considerando as disposições legais e regulamentares e as normastécnicas aplicáveis ao caso;

VI - Órgãos e entidades envolvidos no licenciamento am-biental: órgãos públicos federais, referidos no art. 1o, incumbidos daelaboração de parecer sobre temas de sua competência, em processovisando à emissão de licença ambiental, no âmbito do procedimentode licenciamento ambiental;

VII - Regiões endêmicas de malária: compreende os mu-nicípios localizados em áreas de risco ou endêmicas de malária,identificados pelo Ministério da Saúde;

VIII - Termo de referência (TR): documento elaborado peloIBAMA que estabelece o conteúdo necessário dos estudos a seremapresentados no processo de licenciamento ambiental;

IX - Termos de referência específicos: documentos elabo-rados pelos órgãos e entidades da administração pública federal en-volvidos no licenciamento ambiental que estabelecem o conteúdonecessário para análise dos impactos afetos a cada órgão ou en-tidade;

X - Terra indígena: as áreas ocupadas por povos indígenas,cujo relatório circunstanciado de identificação e delimitação tenhasido aprovado por portaria da FUNAI, publicada no Diário Oficial daUnião, ou áreas que tenham sido objeto de portaria de interdiçãoexpedida pela FUNAI em razão da localização de índios isolados;

XI - Terra quilombola: as áreas ocupadas por remanescentesdas comunidades dos quilombos, que tenha sido reconhecida peloRelatório Técnico de Identificação e Delimitação-RTID, devidamentepublicado.

Art. 3o O IBAMA, no início do procedimento de licen-ciamento ambiental, na Ficha de Caracterização as Atividade-FCA,deverá solicitar informações do empreendedor sobre possíveis in-terferências em terra indígena, em terra quilombola, em bens culturaisacautelados e em áreas ou regiões de risco ou endêmicas para ma-lária.

§ 1o No caso de omissão das informações solicitadas nocaput, o IBAMA deverá informá-la às autoridades competentes para aapuração da responsabilidade do empreendedor, na forma da legis-lação em vigor.

§ 2o Para fins do disposto no caput deste artigo, presume-sea interferência:

I - em terra indígena, quando a atividade ou empreendimentosubmetido ao licenciamento ambiental localizar-se em terra indígenaou apresentar elementos que possam gerar dano sócio-ambiental di-reto no interior da terra indígena, respeitados os limites do AnexoII;

II - quando a atividade ou empreendimento submetido aolicenciamento ambiental localizar-se em terra quilombola ou apre-sentar elementos que possam gerar dano sócio-ambiental direto nointerior da terra quilombola, respeitados os limites do Anexo II;

III - quando a área de influência direta da atividade ouempreendimento submetido ao licenciamento ambiental localizar-senuma área onde for constatada ocorrência de bens culturais acau-telados;

IV - quando a atividade ou empreendimento localizar-se emmunicípios pertencentes às áreas de risco ou endêmicas para ma-lária.

§ 3o Em casos excepcionais, desde que devidamente jus-tificados e em função das especificidades da atividade ou empre-endimento e das peculiaridades locais, os limites estabelecidos noAnexo II poderão ser alterados, de comum acordo entre o IBAMA, oórgão envolvido e o empreendedor.

Art. 4o. No termo de referência do estudo ambiental exigidopelo IBAMA para o licenciamento ambiental deverão constar as exi-gências de informações ou de estudos específicos referentes à in-terferência da atividade ou empreendimento em terra indígena, emterra quilombola, em bens culturais acautelados e em municípiospertencentes às áreas de risco ou endêmicas para malária.

Parágrafo Único: No Termo de Referência deve ser dadaespecial atenção aos aspectos locacionais e de traçado da atividade ouempreendimento, bem como as medidas para a mitigação e o controledos impactos a serem consideradas pelo IBAMA quando da emissãodas licenças pertinentes.

CAPÍTULO IIDOS PROCEDIMENTOS E PRAZOS PARA MANIFES-

TAÇÃO DOS ÓRGÃOS E ENTIDADES ENVOLVIDOS JUNTOAO IBAMA EM RELAÇÃO AO TR

Art. 5o. A participação dos órgãos e entidades envolvidos nolicenciamento ambiental para a definição do conteúdo do TR, de quetrata o art. 4o, dar-se-á a partir dos termos de referência específicosanexos a esta Portaria (Anexo III) e ainda:

I - O IBAMA encaminhará, em até 10 (dez) dias conse-cutivos, a partir do requerimento de licenciamento ambiental, a so-licitação de manifestação dos órgãos e entidades envolvidos, dis-ponibilizando a Ficha de Caracterização Ambiental em seu sítio ele-trônico oficial.

II - Os órgãos e entidades envolvidos deverão manifestar-seao IBAMA no prazo de 15 (quinze) dias consecutivos, contados dorecebimento da solicitação de manifestação.

§1o Em casos excepcionais, a pedido do órgão ou entidadeenvolvido, de forma devidamente justificada, o IBAMA poderá pror-rogar em até 10 (dez) dias o prazo para a entrega da manifestação.

§2o Expirado o prazo estabelecido neste artigo, o Termo deReferência será considerado consolidado, dando-se prosseguimentoao procedimento de licenciamento ambiental.

CAPITULO IIIDOS PROCEDIMENTOS E PRAZOS PARA MANIFES-

TAÇÃO DOS ÓRGÃOS E ENTIDADES ENVOLVIDOS JUNTOAO IBAMA

Art. 6o. Os órgãos e entidades envolvidos no licenciamentoambiental deverão apresentar ao IBAMA manifestação conclusivasobre o Estudo Ambiental exigido para o licenciamento, nos prazosde até 90 (noventa) dias no caso de EIA/RIMA e de até 30 (trintadias) nos demais casos, a contar da data do recebimento da so-licitação, considerando:

I - Fundação Nacional do Índio-FUNAI - Avaliação dosimpactos provocados pela atividade ou empreendimento em terrasindígenas, bem como apreciação da adequação das propostas de me-didas de controle e de mitigação decorrentes desses impactos.

II - Fundação Cultural Palmares - Avaliação dos impactosprovocados pela atividade ou empreendimento em terra quilombola,bem como apreciação da adequação das propostas de medidas decontrole e de mitigação decorrentes desses impactos.

III - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-IPHAN - Avaliação acerca da existência de bens acautelados iden-tificados na área de influência direta da atividade ou empreendimento,bem como apreciação da adequação das propostas apresentadas parao resgate.

IV - Ministério da Saúde - Avaliação e recomendação acercados impactos sobre os fatores de risco para a ocorrência de casos demalária, no caso de atividade ou empreendimento localizado em áreasendêmicas de malária.

§ 1o O Ministério da Saúde deverá definir os municípiospertencentes às áreas de risco ou endêmicas para malária, com atua-lização anual a ser disponibilizada em seu sítio oficial na rede mun-dial de computadores.

§ 2o O IBAMA consultará o Ministério da Saúde sobre osestudos epidemiológicos e os programas voltados para o controle damalária e seus vetores propostos e a serem conduzidos pelo em-p r e e n d e d o r.

§ 3o Em casos excepcionais, devidamente justificados, o ór-gão ou entidade envolvida poderá requerer a prorrogação do prazo ematé 15(quinze) dias para a entrega da manifestação ao IBAMA.

§ 4o A ausência de manifestação dos órgãos e entidadesenvolvidos, no prazo estabelecido, não implicará prejuízo ao anda-mento do processo de licenciamento ambiental, nem para a expediçãoda respectiva licença.

§ 5o A manifestação extemporânea dos órgãos e entidadesenvolvidos será considerada na fase em que se encontrar o processode licenciamento.

Page 2: Ministério do Meio Ambiente · JOSÉ LINCOLN DAEMON Ministério do Meio Ambiente. GABINETE DA MINISTRA PORTARIA INTERMINISTERIAL No-419, DE 26 DE OUTUBRO DE 2011 Regulamenta a atuação

Nº 208, sexta-feira, 28 de outubro de 201182 ISSN 1677-7042

Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html ,pelo código 00012011102800082

Documento assinado digitalmente conforme MP no- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui aInfraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.

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§ 6o Os órgãos e entidades envolvidos poderão exigir umaúnica vez, mediante decisão motivada, esclarecimentos, detalhamentoou complementação de informações, com base no termo de referênciaespecífico, a serem entregues pelo empreendedor no prazo de até 60(sessenta) dias no caso de EIA/RIMA e 20 (vinte) dias nos demaiscasos.

§ 7o A manifestação dos órgãos e entidades envolvidos de-verá ser conclusiva, apontando a existência de eventuais óbices aoprosseguimento do processo de licenciamento e indicando as medidasou condicionantes consideradas necessárias para superá-los.

§8o As condicionantes e medidas indicadas na manifestaçãodos órgãos e entidades envolvidos de que trata o caput, para cum-primento pelo empreendedor, deverão guardar relação direta com osimpactos identificados nos estudos apresentados pelo empreendedor,decorrentes da implantação da atividade ou empreendimento, e de-verão ser acompanhadas de justificativa técnica.

Art. 7o. No período que antecede a emissão das licenças deinstalação e operação, o IBAMA poderá solicitar manifestação dosórgãos e entidades envolvidos, quanto ao cumprimento das condi-cionantes das licenças expedidas anteriormente, bem como quanto aosestudos, planos e programas pertinentes à fase do licenciamento emcurso.

§ 1o O prazo para manifestação será de, no máximo, 60(sessenta) dias, a contar da data de recebimento da solicitação doIBAMA.

§ 2o Os órgãos e entidades envolvidos deverão disponibilizarao empreendedor, no âmbito de suas competências, orientações para aelaboração do Projeto Básico Ambiental - PBA ou documento similar,bem como quaisquer outros documentos exigíveis de acordo com afase do licenciamento.

Art. 8o As manifestações dos órgãos e entidades envolvidosdeverão ser encaminhadas ao IBAMA em formato impresso e emmeio eletrônico.

CAPITULO IVDAS DISPOSIÇÕES FINAISArt. 9o Caberá aos órgãos e entidades federais envolvidos no

licenciamento ambiental acompanhar a implementação das recomen-dações e medidas relacionadas às suas respectivas áreas de com-petência, informando ao IBAMA eventuais descumprimentos e in-conformidades em relação ao estabelecido durante as análises préviasà concessão de cada licença.

Art. 10. Os órgãos e entidades envolvidos deverão ajustar-seàs disposições desta Portaria, adequando ou estabelecendo normativaspertinentes no prazo de até 30 dias.

Art. 11. Os casos omissos referentes ao conteúdo desta por-taria serão decididos pelo Ministro de Estado do Meio Ambiente,ouvido o IBAMA.

Art. 12. Os prazos e procedimentos dispostos nesta Portariaaplicam-se somente aos processos de licenciamento ambiental cujosTermos de Referência ainda não tenham sido emitidos pelo IBAMA,na data de sua publicação.

Art. 13. Esta Portaria entra em vigor na data de sua pu-blicação.

IZABELLA TEIXEIRAMinistra de Estado do Meio Ambiente

JOSÉ EDUARDO CARDOZOMinistro de Estado da Justiça

ANA DE HOLLANDAMinistra de Estado da Cultura

ALEXANDRE PADILHAMinistro de Estado da Saúde

ANEXO I

LISTA DE BENS REGISTRADOS NOS TERMOS DO DE-CRETO 3.551 DE 2000

1. Ofício das Paneleiras de GoiabeirasLocalização: município de Vitória-ES2. Arte Kusiwa - Pintura Corporal e Arte Gráfica WajãpiLocalização: Amapá3. Círio de Nossa Senhora de NazaréLocalização: Belém-PA e incidência em diversas cidades bra-

sileiras4. Samba de Roda do Recôncavo BaianoLocalização: Bahia e incidência em diversas cidades bra-

sileiras5. Modo de Fazer Viola-de-CochoLocalização: Mato Grosso e Mato Grosso do Sul6. Ofício das Baianas de AcarajéIncidência: Salvador-BA e incidência em diversas cidades

brasileiras.7. Jongo no SudesteLocalização: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e

Espírito Santo.8. Cachoeira de Iauaretê - Lugar sagrado dos povos in-

dígenas dos Rios Uaupés e PapuriLocalização: Município de São Gabriel da Cachoeira - AM9. Feira de CaruaruLocalização: Município de Caruaru-PE10. FrevoLocalização: Pernambuco e incidência em diversas cidades

brasileiras.11. Tambor de Crioula do MaranhãoLocalização: Maranhão e incidência em outros estados bra-

sileiros

12. Matrizes do Samba no Rio de Janeiro: Partido Alto,Samba de Terreiro e Samba-Enredo.

Localização: Rio de Janeiro e incidência nos demais estadosbrasileiros

13. Modo artesanal de fazer Queijo de Minas, nas regiões doSerro e das Serras da Canastra e do Salitre

Localização: Minas Gerais.14. Roda de CapoeiraLocalização: em todos estados brasileiros e incidência em

diversos países.15. Ofício dos mestres de capoeiraLocalização: em todos estados brasileiros e incidência em

diversos países.16. Modo de fazer Renda Irlandesa (Sergipe)Localização: Município de Divina Pastora-SE e incidências

em outras cidades brasileiras.17. O toque dos Sinos em Minas GeraisLocalização: Minas Gerais e incidência em outras cidades

brasileiras18. Ofício de SineiroLocalização: Minas Gerais e incidência em outras cidades

brasileiras19. Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis (Goiás)Localização: Município de Pirinópolis-GO20. Ritual Yaokwa do Povo Indígena Enawene NaweLocalização: Mato Grosso21. Sistema Agrícola Tradicional do Rio NegroLocalização: Amazonas22. Festa de Sant' Ana de CaicóLocalização: Município de Caicó-RN23. Complexo Cultural do Bumba-meu-boi do MaranhãoLocalização: Maranhão e incidência em diversas cidades bra-

sileiras

ANEXO II

Ti p o l o g i a Distância (KM)Amazônia Legal Demais Regiões

Empreendimentos Lineares (excetorodovias):FerroviasDutosLinhas de Transmissão

10 km5 km8 km

5 km3 km5 km

Rodovias 40 km 10 kmEmpreendimentos Pontuais (portos,mineração e termoelétricas):

10 km 8 km

Aproveitamentos Hidrelétricos(UHEs e PCHs):

40 kmOu Área de contribuição

direta ou

15 kmOu Área de contribuição

direta ou

reservatório acrescido de20 km a jusante

reservatório acrescido de20 km a jusante

ANEXO III

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RE-CURSOS NATURAIS RENOVÁVEISINTRODUÇÃO E ORIENTAÇÕES GERAIS1. INTRODUÇÃO

O Termo de Referência - TR tem como objetivo determinara abrangência, os procedimentos e os critérios gerais para a ela-boração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o respectivo Re-latório de Impacto Ambiental (RIMA), instrumentos do licenciamentoambiental.

Para requerer a licença prévia para a atividade ou empre-endimento, primeiro passo do procedimento de licenciamento am-biental, o responsável legal deverá elaborar o EIA/RIMA pautado emTermo de Referência, que estipula as diretrizes e fornece subsídiosque norteiam o desenvolvimento dos estudos. O EIA envolve a de-finição da área de influência da atividade ou empreendimento, odiagnóstico ambiental dessa área, a identificação e qualificação dosimpactos ambientais decorrentes da atividade ou do empreendimento,avaliação desses impactos e a proposição de medidas para a mi-tigação, o controle e, até mesmo, a eliminação dos impactos.

O EIA deve primordialmente identificar os impactos da ati-vidade ou empreendimento, analisando sua inserção na região, o queembasará, juntamente com os demais fatores e estudos específicosincorporados à análise, a tomada de decisão quanto a sua viabilidadeambiental.

A avaliação integrada dos impactos ambientais deve con-siderar os impactos ambientais relacionados especificamente com aatividade ou o empreendimento, bem como considerar efeitos iso-lados, cumulativos e/ ou sinérgicos de origem natural e antrópica,principalmente com relação aos eventuais projetos inventariados, pro-postos, em implantação ou operação na área de influência regional.

O Termo de Referência é elaborado a partir das informaçõesespecíficas levantadas na Ficha de Abertura de Processo (FAP) juntoao Ibama, em reuniões e mapeamento disponibilizados pelo inte-ressado e em vistoria de campo.

2. CONSIDERAÇÕES GERAIS2.1. PROCEDIMENTOS DO LICENCIAMENTO AM-

B I E N TA LO licenciamento ambiental de empreendimentos potencial-

mente poluidores ou causadores de degradação ambiental foi definidocomo um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente(PNMA), Lei No. 6.938/81, que instituiu também o Sistema Nacionaldo Meio Ambiente (Sisnama), mantendo a competência concorrentedos entes da Federação para a sua implementação.

A elaboração do EIA integra a fase inicial do licenciamentoambiental atestando a viabilidade ambiental da atividade ou do em-preendimento, a partir do posicionamento técnico do Ibama e emissãoda licença pertinente, permitindo, assim, a continuidade do licen-ciamento ambiental. As próximas fases, correspondentes às licençasconseqüentes, envolvem a elaboração do Projeto Básico Ambiental -PBA e o Inventário Florestal, dentre outros estudos necessários ao

processo de licenciamento ambiental.A publicidade dos estudos é feita normalmente por meio do

Relatório de Impacto Ambiental - RIMA, que deve ser apresentado deforma objetiva, em linguagem acessível, ilustrado por mapas, cartas,quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de modoque se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bemcomo todas as conseqüências ambientais de sua implementação. Estapublicidade é uma exigência da Constituição Brasileira, em seu Art.225. Para tanto o Ibama poderá promover a realização de audiênciaspúblicas, de acordo com o que estabelece a Resolução Conama No.009/87, ou outras formas de conuslta pública. O RIMA é fundamentalpara o alcance dos objetivos da audiência pública a que deve sersubmetido o EIA.

As manifestações técnicas conclusivas dos diversos órgãos eentidades da administração pública envolvidos no licenciamento am-biental, dentre eles: órgãos estaduais de meio ambiente, prefeituras,FUNAI, SNVS/MS, IPHAN, Fundação Palmares, conforme sua res-pectiva competência, constituem parte integrante da análise de méritoprevista no procedimento de licenciamento ambiental, conforme le-gislação aplicável.

Os órgãos responsáveis pela administração de Unidades deConservação deverão se manifestar, previamente à emissão da pri-meira licença, nos termos da Lei nº 9985/2000 e Resolução CO-NAMA 428/2010.

2.2. DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL2.2.1. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIAO Estudo de Impacto Ambiental (EIA) constitui-se em um

documento de natureza técnico-científica que tem por finalidade aavaliação dos impactos ambientais capazes de serem gerados poratividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais,considerados efetiva ou potencialmente poluidores ou daqueles que,sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, de modo apermitir a verificação da sua viabilidade ambiental.

O EIA deve determinar o grau de impacto da atividade ou doempreendimento, propor medidas mitigadoras e de controle ambien-tal, procurando garantir o uso sustentável dos recursos naturais eapontar o percentual a ser aplicado para fins de compensação am-biental, conforme Lei nº 9985/2000.

Deverão ser detalhadas as metodologias adotadas para es-colha da alternativa mais favorável, delimitação das áreas de in-fluência, diagnóstico dos fatores ambientais e avaliação dos impac-tos.

2.2.2. RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMAAs informações técnicas geradas no Estudo de Impacto Am-

biental - EIA deverão ser apresentadas em um documento em lin-guagem apropriada ao entendimento do público, que é o Relatório deImpacto Ambiental - RIMA, em conformidade com a ResoluçãoCONAMA nº 001/86. A linguagem utilizada neste documento deveráconter características e simbologias adequadas ao entendimento dascomunidades interessadas, devendo ainda conter, como instrumentodidático auxiliar, ilustrações tais como mapas, quadros, gráficos edemais técnicas de comunicação visual, expondo de modo simples eclaro as conseqüências ambientais do projeto e suas alternativas,comparando as vantagens e desvantagens de cada uma delas.

2.2.3. OUTROS ESTUDOS E DOCUMENTOS A SEREMO B S E RVA D O S

A legislação atual incorporou outros estudos ao licencia-mento ambiental, a saber: Avaliação do Potencial Malarígeno (APM);diagnóstico e prospecção, quando necessário, de bens de interessecultural, material e imaterial; e, ainda, estudos etnoecológicos, decomunidades indígenas, comunidades quilombolas e sobre assenta-mentos humanos, conforme a pertinência.

Devem ser observados os instrumentos legais e normativospróprios, alem das diretrizes e orientações específicas emitidas pelosórgãos e entidades, conforme a competência. Assim, quaisquer au-torizações ou documentos referentes à elaboração, ou dispensa deexigibilidade, de estudos ou ações, as suas conclusões, incluindopareceres técnicos e avaliações, devem ser encaminhados ao Ibamapara a devida anexação ao processo de licenciamento ambiental.

Assim, os termos de referência e as orientações emitidaspelos órgãos e entidades competentes são complementares ao TR doIbama.

Estudos e Laudo de Avaliação do Potencial Malarígeno(ANEXO III-A): Sob a responsabilidade da Secretaria de Vigilânciaem Saúde - SVS, do Ministério da Saúde - MS, referem-se aosestudos epidemiológicos e a condução de programas voltados para ocontrole da doença e de seus vetores a serem implementados nasdiversas fases da atividade ou empreendimento que potencializem osfatores de risco para a ocorrência de casos de malária, e devem serrealizados pelo empreendedor. Modelo de TR com o conteúdo mí-nimo de tais estudos constituem o Anexo III-A desta Portaria.

Estudos sobre Populações Indígenas (ANEXO III-B): Sob aresponsabilidade da Coordenação Geral de Patrimônio Indígena eMeio Ambiente - CGPIMA, da Fundação Nacional do Índio - FU-NAI, do Ministério da Justiça - MJ, o estudo sobre população in-dígena abrange identificação, localização e caracterização das terrasindígenas, grupos, comunidades étnicas remanescentes e aldeias exis-tentes na área definida no Anexo II, com avaliação dos impactosdecorrentes do empreendimento ou atividade e proposição de medidasde controle e de mitigação desses impactos sobre as populaçõesindígenas. Modelo de TR com o conteúdo mínimo de tais estudosconstituem o Anexo III-B desta Portaria.

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Nº 208, sexta-feira, 28 de outubro de 2011 83ISSN 1677-7042

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1

Estudos sobre comunidades quilombolas (ANEXO III-C):Sob a responsabilidade da Fundação Cultural Palmares, o estudosobre comunidades quilombolas abrange identificação, localização ecaracterização dos territórios reconhecidos existentes na área definidano Anexo II, com avaliação dos impactos decorrentes de sua im-plantação e proposição de medidas de controle e de mitigação dessesimpactos sobre essas comunidades. Modelo de TR com o conteúdomínimo de tais estudos constituem o Anexo III-C desta Portaria.

Estudos sobre o Patrimônio Histórico e Artístico Nacional(ANEXO III-D): Sob a responsabilidade do IPHAN, os estudos de-vem localizar, mapear e caracterizar as áreas de valor histórico, ar-queológico, cultural e paisagístico na área de influência direta daatividade ou do empreendimento, com apresentação de propostas deresgate, quando for o caso, com base nas diretrizes definidas peloInstituto. Modelo de TR com o conteúdo mínimo de tais estudosconstituem o Anexo III-D desta Portaria.

2.3. MECANISMOS DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL2.3.1. AUDIÊNCIAS PÚBLICASAs audiências públicas constituem-se em instrumento pre-

visto no conjunto legal que rege o processo de licenciamento am-biental, devendo seguir as orientações contidas na Resolução ConamaNo. 09/1987 para a sua realização.

O objetivo das Audiências Públicas é expor aos interessadoso conteúdo do EIA e seu respectivo RIMA, dirimindo dúvidas erecolhendo dos presentes críticas e sugestões a respeito. A AudiênciaPública é dirigida pelo representante do Ibama nos processos delicenciamento ambiental federal e, após a exposição objetiva do pro-jeto e do RIMA, têm início as discussões com os interessados.

Todos os documentos entregues, escritos e assinados, sãoanexados à Ata Sucinta da Audiência Pública e passam a integrar oprocesso, sendo considerados na análise e parecer final do IBAMAquanto à aprovação ou não do projeto.

2.3.2? CONSULTAS PÚBLICASNo âmbito dos procedimentos de licenciamento ambiental, as

consultas públicas estão previstas na Resolução Conama No.302/2002, que estabelece a necessidade de elaboração do Plano Am-biental de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório, podendoser adotados procedimentos da audiência pública, naquilo que foraplicável.

2.3.3? OITIVASAs oitivas das Comunidades Indígenas pelo Congresso Na-

cional devem obedecer aos procedimentos estabelecidos pelo órgãocompetente no trato das questões que afetem o patrimônio indígena,no caso a Funai, e também pelos órgãos competentes.

ANEXO III-A

MINISTÉRIO DA SAÚDE-MSTERMO DE REFERÊNCIACOMPONENTE: AVALIAÇÃO DO POTENCIAL MALA-

RÍGENOORIENTAÇÕES GERAISEste documento apresenta a descrição das exigências da Se-

cretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde para a emis-são do Laudo de Avaliação do Potencial Malarígeno (LAPM) e Ates-tado de Condição Sanitária (ATCS) em atividades ou empreendi-mentos localizados na Região Amazônica.

Avaliação do Potencial Malarígeno (APM)- Procedimento necessário para verificar a ocorrência ou não

de casos de malária e seus fatores determinantes e condicionantes, naárea proposta para implantação de atividades ou empreendimentos esuas áreas de influência, sujeitos ao licenciamento ambiental, con-forme estabelecido na resolução CONAMA Nº 286/2001, com ob-jetivo de prevenir e mitigar os fatores determinantes e condicionantesda transmissão da malária.

- A Avaliação do Potencial Malarígeno é o documento que oempreendedor deve protocolar na Secretaria de Vigilância em Saúdedo Ministério da Saúde para que esta emita o Laudo de Avaliação doPotencial Malarígeno (LAPM).

- As diferentes tipologias de atividades ou empreendimentossão responsáveis por diferentes impactos e, assim sendo, devem seramostrados de forma diferenciada. Assim, caberá ao empreendedorprotocolar, antes de iniciar os estudos, um pedido de aprovação daproposta do plano amostral para o levantamento entomológico. Ca-berá à SVS/MS avaliar o requerimento no prazo máximo de 10 (dez)dias úteis, antes do protocolo da Avaliação do Potencial Malarígenoda SVS/MS.

TÓPICOS QUE DEVEM CONSTAR NA AVALIAÇÃO DOPOTENCIAL MALARÍGENO:

Os estudos devem ser iniciados pela identificação de quaiscaracterísticas da atividade ou do empreendimento podem potencia-lizar a transmissão de malária (modificação no fluxo dos corposd'água, represamento, alteração do curso dos corpos d'água, aumentodos níveis dos lençóis freáticos, aumento do fluxo de populaçõeshumanas de áreas não endêmicas e endêmicas de malária, etc.).

Identificação do(s) município(s) onde a atividade ou o em-preendimento será implantado.

- Nome e código do IBGE;- UF;- População total, população urbana e população rural;- Nº populacional da Área de Influência Direta (AID) e

Indireta (AII);- Limites geográficos com outros municípios;- Principais atividades econômicas do(s) município(s).Identificar a situação epidemiológica da malária do(s) mu-

nicípio(s).- Informações relacionadas aos três últimos anos comple-

tos.- Número de casos de malária no(s) município(s) em cada

ano;

- Índice Parasitário Anual (IPA);- Percentual de malária falciparum em relação ao total de

casos de malária (IFA);- Risco (Alto: IPA ≥ 50, médio: 50 > IPA ≥ 10 , baixo: IPA

< 10).- Informações do número de casos de malária em área ur-

bana e rural.- Informações epidemiológicas nas localidades da AID e AII

da atividade ou empreendimento.- Identificar o risco de transmissão de malária na localidade

onde a atividade ou empreendimento será implantado.- Indicar se a localidade da atividade ou empreendimento faz

fronteiras com localidades de transmissão ativa de malária.- Acrescentar relatório epidemiológico, procurando relacio-

nar a transmissão da malária com o aumento populacional decorrenteda implantação doa atividade ou empreendimento.

Avaliação Entomológica.- Identificação de Criadouros.- Identificar e georreferenciar, dentro do universo de corpos

d'água que podem ser afetados pelo empreendimento, os criadourospotenciais para Anopheles Meigen, 1818 (os mosquitos transmissoresda malária);

- Criadouros permanentes, temporários, artificiais e natu-rais;

- Tipos de criadouros: igarapé, lagoa, açude, remanso, rio,represa, ou outro tipo;

- Identificar o tipo de controle e/ou manejo de criadourosrealizados pelo(s) município(s).

- Identificação dos vetores.- Coleta de adultos: Deve-se realizar uma captura de doze

horas e duas de quatro horas em cada ponto de coleta, simulta-neamente no intra e peridomicílios. A amostragem mínima deve serrepresentativa da área de influência do empreendimento. Além disso,elas devem ser realizadas em aglomerados residenciais o mais pró-ximo possível dos criadouros positivos.

- Coleta de imaturos: A metodologia de pesquisa larvária, aser aplicada em cada ponto de coleta, está descrita na Nota Técnicada Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Malária(CGPNCM) nº.012/CGPNCM/SVS/MS, de 04 de Junho de 2007.

- As atividades de captura devem ser realizadas em trêscampanhas 1): nos períodos do ano correspondentes à maior den-sidade anofélica, no início e final dos períodos chuvosos. 2) umacaptura na época de menor pluviosidade.

Identificação das principais infra-estruturas de saúde do(s)município(s).

- Existência de Programa de Atenção Básica;- Cobertura municipal do PACS: % total, % área urbana, %

área rural;- Existência de Programa de Controle da Malária no mu-

nicípio;- Descrição da infra-estrutura do Programa de Controle da

Malária no Município;- Existência de Núcleo de Entomologia no(s) município(s);- Número de laboratórios de malária existentes no(s) mu-

nicípio(s);- Número de laboratórios de malária existentes na área de

influência direta e indireta da atividade ou empreendimento.PLANO DE AÇÃO PARA O CONTROLE DA MALÁRIA

- PACMPlanejamento das atividades voltadas para o controle da ma-

lária e de seus vetores nas diversas fases da atividade ou empre-endimento, de modo a prevenir, eliminar ou controlar os fatores datransmissão da malária, surgidos e/ou potencializados.

O PACM é o documento que o empreendedor deve pro-tocolar na Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúdepara que esta emita o Atestado de Condição Sanitária (ATCS).

Tópicos que devem constar no PACM:- Deve ser elaborado de acordo com as informações contidas

na Avaliação do Potencial Malarígeno e deve levar em consideraçãoo aumento populacional e a população residente na AID e AII daatividade ou empreendimento. Deve ter como principal objetivo mi-tigar o impacto na transmissão de malária, para que se previna oincremento da transmissão de malária na AID e AII, durante a fase deinstalação da atividade ou empreendimento.

- Informar as medidas para o controle da malária durante ainstalação da atividade ou empreendimento, que serão desenvolvidaspelo empreendedor no canteiro de obras e alojamentos dos traba-lhadores (controle vetorial, diagnóstico e tratamento, promoção dasaúde, educação em saúde e mobilização social).

- Proposta do empreendedor para mitigar o serviço de vi-gilância de malária do município durante a instalação da atividade ouempreendimento, em decorrência do aumento populacional.

- Detalhamento dos recursos propostos para incrementar aestrutura da vigilância de malária no(s) município(s).

- Cronograma de execução das atividades propostas noPACM, durante a fase de instalação da atividade ou empreendimen-to.

ANEXO III-B

TERMO DE REFERÊNCIAFUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO - FUNAICOMPONENTE: TERRAS INDÍGENASAPRESENTAÇÃO E ORIENTAÇÕES GERAISA Funai, órgão indigenista oficial, no âmbito do licencia-

mento ambiental, se manifestar perante o Ibama, em relação ao im-pacto ambiental e sócio-cultural da atividade ou empreendimento emTerras Indígenas- TIs.

O Termo de Referência é o instrumento que define os itensque deverão nortear os estudos necessários à avaliação dos impactossobre as terras e culturas indígenas e contem as orientações geraissobre os procedimentos junto à Funai. Fixa os requisitos e aspectosessenciais relacionados à questão indígena para a identificação e aná-lise dos impactos nos componentes sociais, culturais e ambientaisdecorrentes da interferência da atividade ou empreendimento tendocomo referência os limites do Anexo II.

O resultado da avaliação deve ensejar a proposição de açõese medidas de mitigação e controle dos impactos de acordo com asespecificidades das terras e culturas indígenas afetadas. A avaliaçãodeve considerar, dentre outros aspectos, o contexto de desenvolvi-mento regional e a análise integrada e sinérgica dos impactos sócio-ambientais decorrentes desta e de outras atividades ou empreendi-mentos sobre as terras e culturas indígenas.

Para o desenvolvimento do Estudo do Componente Indígena-ECI o empreendedor deverá submeter à análise prévia da FUNAI o

currículo dos consultores que irão desenvolver os trabalhos. Os es-tudos e a execução de atividades, incluindo a realização de reuniões,alimentação, logística de deslocamento dos índios e de técnicos daFunai, se necessário, e quaisquer gastos oriundos de ações relacio-nadas ao processo de licenciamento do empreendimento, são de res-ponsabilidade do empreendedor. É obrigação ainda do empreendedorpreparar e sensibilizar os trabalhadores para compreensão das es-pecificidades indígenas.

Durante os estudos é vetada a coleta de qualquer espécie(fauna, flora, recursos minerais) nas Terras Indígenas, bem como arealização de pesquisa, em qualquer campo, relativa às práticas comconhecimento tradicional associado ao patrimônio genético por partedos contratados.

A área definida para estudo é aquela constante do Anexo II,salvo situações excepcionais decorrentes da especificidade da ati-vidade ou empreendimento ou da sua região de inserção, identificadaem comum acordo com o Ibama e em entendimento com o in-teressado.

1. METODOLOGIAA metodologia de trabalho visa fundamentar o desenvol-

vimento do estudo subsidiado em dados secundários e coleta de dadosprimários referentes aos impactos para os meios físico e biótico e osimpactos de ordem social, econômica e cultural para os grupos in-dígenas envolvidos. Portanto, o ECI deverá ser caracterizado pelainterdisciplinaridade, devendo ser composto por pesquisa de campo,bibliográfica, documental e cartográfica, ressaltando que a partici-pação dos grupos indígenas e seus saberes é fundamental e im-prescindível. Há que se destacar a necessidade de que o processo sejaparticipativo e colaborativo e que o levantamento de impactos se dêcom ênfases no diálogo.

Contempla-se também a consulta aos acervos documentaisda Funai, no sentido de colher subsídios advindos de estudos, re-latórios e documentos diversos, incluindo outros estudos já realizados.A utilização desses dados deve ser precedida de consulta e auto-rização dos seus autores, quando não publicados, ficando a Funaiisenta de qualquer responsabilidade quanto à utilização imprópria dasobras já existentes.

2. PLANO DE TRABALHOA realização dos estudos deve ser precedida da elaboração de

Plano de Trabalho, que deverá contar com cronograma detalhado eroteiro das atividades propostas (em campo e gabinete), orientadaspelos objetivos do estudo e pela dinâmica própria das comunidadesindígenas, apresentando a seguinte estrutura geral:

- Introdução;- Objetivos;- Equipe técnica (indicando função e encaminhando currículo

dos - profissionais);- Referencial teórico-metodológico;- Relação e descrição das atividades técnicas;- Cronograma de atividades observando o cronograma do

licenciamento, conforme legislação; e- Resultados desejados, indicadores, metas e produtos.Durante o período de desenvolvimento das atividades pro-

postas no Plano de Trabalho, devem ser contempladas a realização dereuniões ampliadas entre os grupos indígenas em foco, a equipe deconsultores e os servidores da Funai, visando garantir o direito dospovos indígenas à informação e à participação.

Destacam-se como finalidades de tais reuniões:a) esclarecimentos sobre o processo de licenciamento am-

biental da atividade ou empreendimento, especificidades do projetoem relação às terras indígenas e informações gerais;

b) apresentação da equipe, finalidade das atividades pro-postas, metodologia adotada no trabalho a ser desenvolvido e planode trabalho, incluindo previsão de período de permanência em campocom roteiro de atividades definidas e cronograma de visita às lo-calidades das TIs afetadas;

c) consulta aos grupos indígenas acerca da atividade ou doempreendimento e desenvolvimento dos estudos em referência.

Devem ser elaboradas atas/memórias das reuniões, a seremanexadas ao produto produzido no âmbito dos Estudos do Com-ponente Indígena, juntamente com as respectivas listas de presença eoutros documentos pertinentes (incluindo registro visual, caso au-torizado pelos índios).

O capítulo referente ao Estudo do Componente Indígenadeverá atender a itemização apresentada a seguir, sendo que estacondição será observada quando da realização do check-list pelostécnicos da Funai.

Caso a equipe consultora opte por não seguir a ordem dositens solicitados pela Funai, recomenda-se que, quando da entrega doproduto, o empreendedor encaminhe check list sinalizando o aten-dimento dos itens do presente Termo. Os itens deste Termo de Re-ferência eventualmente não atendidos, deverão ser citados e justi-ficados, referenciando-os.

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1

É imprescindível que o ECI original seja devidamente as-sinado por todos os integrantes da equipe consultora, e rubricado emtodas as suas páginas.

3. ROTEIRO TÓPICO-METODOLÓGICOI. Identificação do empreendedor, da empresa consultora, dos

profissionais responsáveis pela realização do estudo e dos represen-tantes indígenas integrantes da equipe de consultoria.

a) Para a equipe técnica, apresentar: nome, área profissio-nal/formação, identificação dos coordenadores, número de registro noCadastro Técnico Federal do Ibama e no Conselho de Classe, quandoh o u v e r.

A equipe básica para a realização do Estudo do ComponenteIndígena deve ser composta por, no mínimo:

- 01 (um profissional) bacharel em ciências sociais com pós-graduação stricto sensu em antropologia, que preferencialmente te-nha: i) atuação anterior em processos de licenciamento ambiental eavaliação de impactos sócio-ambientais; (ii) experiência com as etniasem foco;

- 01 (um) profissional ictiólogo, no caso de aproveitamentoshidrelétricos, empreendimentos portuários ou que possuam signifi-cativo potencial de impacto em corpos hídricos das TIs;

- 01 (um) profissional com formação acadêmica na área deciências ambientais (engenheiro florestal ou ecólogo) e pós-graduaçãostricto sensu, com experiência em avaliação de impactos ambien-tais.

II. Caracterização do empreendimentoa) Histórico, objetivo e justificativas- Caracterização, objetivos e justificativas da atividade ou

empreendimento, considerando, entre outras questões:- Histórico do planejamento da atividade ou empreendimen-

to, contemplando aspectos demográficos, fundiários, sociais, econô-micos, políticos e técnicos;

- Inserção da atividade ou empreendimento nos programas deocupação do território e desenvolvimento socioeconômico para a re-gião;

- Compatibilidade da atividade ou empreendimento com asdiretrizes governamentais para o desenvolvimento sustentável;

- Inserção e significado da atividade ou empreendimento noplanejamento de obras para a região e sua interligação com outrasatividades ou empreendimentos implantados ou planejados;

- Importância e peculiaridades da atividade ou empreendi-mento, considerando a diversidade de arranjos sociais e de sistemasprodutivos existentes na região.

b) Localização Geográfica- Apresentação do mapa da localização geográfica da ati-

vidade ou empreendimento, identificando a bacia hidrográfica onde omesmo se localiza e especificando distâncias em relação às terrasindígenas. Devem ser apresentadas as coordenadas geográficas dospontos de referência, explicitando o datum utilizado e caracterizandoa localização.

- Apresentação das coordenadas georreferenciadas das es-truturas de apoio da obra (canteiro de obras, jazidas), incluindo aquantidade e localização de áreas de empréstimo e bota-fora, quandoh o u v e r.

III. Metodologia e marcos legaisa) Apresentar a metodologia empregada para levantamento

dos dados e informações pertinentes ao Estudo do Componente In-dígena; e

b) Apresentar sucintamente os principais dispositivos legaisorientadores das investigações e análises produzidas no âmbito doEstudo do Componente Indígena.

IV. Povos Indígenas: aspectos sócio-culturais, econômicos epolíticos

a) Breve caracterização demográfica de cada TI objeto deestudo (número aproximado de famílias) e presença indígena na áreadefinida para estudo, conforme Anexo II;

b) Breve descrição da situação fundiária dos grupos indí-genas envolvidos;

c) Descrever e caracterizar brevemente as formas de or-ganização social, econômica e política dos grupos indígenas de re-ferência, incluindo: unidades componentes da sociedade; formas dedeliberação interna; autoridades e lideranças, organizações e/ou as-sociações formalmente constituídas; relações com outros grupos in-dígenas e com o poder político local e regional, etc.

V. Povos Indígenas: territorialidade e recursos naturais, combase na área definida para estudo, conforme Anexo II:

a) Caracterização geral dos recursos ambientais e identi-ficação das áreas degradadas, incluindo recursos hídricos, (Enfatiza-sea necessidade de identificar, caracterizar e mapear a rede hídrica dasTIs e da área definida para estudo, conforme Anexo II, abordando,entre outras questões, o estado de conservação das matas ciliares equalidade dos principais cursos d´água, nascentes que serão inter-ceptados pela atividade ou empreendimento e/ou que se localizam naárea de estudo e a relevância desses recursos para a reprodução físicae cultural dos grupos indígenas.) cobertura vegetal e ictiofauna, men-cionando o estado de conservação;

b) Descrição, caracterização e mapeamento das relações só-cio-ecológicas que os grupos indígenas em foco mantêm com o seuterritório, abordando, dentre outras questões, o levantamento geral dasatividades produtivas, as principais espécies cultivadas (tradicionais eintroduzidas), indicando uso e significado sociocultural e/ou impor-tância para a reprodução física e cultural dos grupos; segurança ali-mentar e nutricional dos grupos indígenas;

c) Diagnóstico geral dos problemas sócio-ambientais nasTerras Indígenas, descrevendo as condições atuais e estabelecendotendências futuras com a implantação da atividade ou empreendi-mento;

d) Caracterização geral da ocupação e uso da terra na áreadefinida para estudo (Anexo II), indicando:

- Principais usos do território, recursos naturais e atividadeseconômicas/produtivas (produção agrícola tradicional, comunitária efamiliar, turismo, agronegócio, etc.); apresentando prognósticos deexpansão ou retração de tais atividades com a implantação da ati-vidade ou empreendimento;

- Existência de travessões, vias e ramais irregulares queavançam em direção às Terras Indígenas, apontando aquelas quetenham alguma conexão com a atividade ou empreendimento, apon-tando vulnerabilidades e ameaças;

- Prognóstico de potencialização de conflitos fundiários esócio-ambientais na área definida para estudo decorrente da implan-tação da atividade ou empreendimento e suas repercussões para ospovos indígenas;

e) Identificação de ações de proteção, fiscalização e vigi-lância territorial executadas nas Terras Indígenas ou as que a en-volvam ou afetem.

No caso de aproveitamentos hidrelétricos, hidrovias, empre-endimentos portuários ou outros com potencial de impacto sobre oscorpos hídricos utilizados pelas comunidades indígenas, devem serabordadas as seguintes questões relativas à pesca:

- Locais, sistemas, histórico da atividade e sua condiçãoatual, importância nutricional e cosmológica, destinação (consumodiário, consumo em festas e usos rituais, comercialização etc), sa-zonalidades, espécies preferenciais e espécies com maior freqüênciade captura.

VI. Desenvolvimento Regional e Sinergia de Atividades ouEmpreendimentos.

a) Caracterizar e analisar os efeitos do desenvolvimento re-gional sobre as TIs, destacando os impactos sócio-ambientais oca-sionados aos povos indígenas em tela, em virtude das frentes deexpansão econômica associadas à atividade ou empreendimento, combase em registros e na memória oral indígena;

b) Apresentar breve histórico dos empreendimentos na re-gião, enfocando a existência de eventuais passivos ambientais quetenham relação com a atividade ou empreendimento em tela;

c) Prognosticar os efeitos cumulativos, sinérgicos e globaisentre o projeto em epígrafe e demais atividades/empreendimentos naregião;

d) Elaborar mapa/representação cartográfica dos empreen-dimentos instalados e projetados dentro das Terras Indígenas ou naárea definida para estudo, incluindo: ferrovias, linhas de transmissão,dutos, hidrelétricas, atividades extrativas vegetais, animais e/ou mi-nerais; assentamentos rurais, agrovilas, núcleos urbanos, atividadesturísticas, entre outros.

VII. Percepção dos grupos indígenas quanto ao empreen-dimento

Apresentar a percepção do grupo indígena perante a ati-vidade ou empreendimento, considerando também:

- Os impactos diagnosticados;- Se há relação entre a expectativa de compensação e even-

tuais dificuldades no acesso a políticas públicas;- O nível de informação recebida e demandas por infor-

mações complementares.VIII. Caracterização dos impactos ambientais e sócio-cul-

turais sobre os grupos indígenas e na área definida para estudo,conforme Anexo II, decorrentes da atividade ou empreendimento.(Enfatiza-se a necessidade de identificar, caracterizar e mapear a redehídrica das TIs e da área definida para estudo, conforme Anexo I I,abordando, entre outras questões, o estado de conservação das matasciliares e qualidade dos principais cursos d´água, nascentes que serãointerceptados pela atividade ou empreendimento e/ou que se loca-lizam na área de estudo e a relevância desses recursos para a re-produção física e cultural dos grupos indígenas.)

a) Avaliar interferência do empreendimento nos meios físicoe biótico na área definida para estudo, levando em consideração aespecificidade e multiplicidade de usos dos recursos ambientais (dosolo, mananciais e corpos hídricos, fauna, flora, ictiofauna, etc) pelascomunidades indígenas; a vulnerabilidade ambiental dos biomas con-siderados e os efeitos sinérgicos, cumulativos e globais dos em-preendimentos e atividades associados à atividade ou empreendimen-to em tela. Como exemplo de impactos ambientais passíveis de seremocasionados ou potencializados pelo empreendimento, e que afetamcomunidades indígenas, destacam-se:

- Indução e avanço do desmatamento ilegal; incêndios, quei-madas; degradação das matas ciliares nas Terras Indígenas e na áreadefinida para estudo; fragmentação e perda de habitats; alterações napaisagem natural;

- Indução dos processos de erosão, contaminação, perda dosolo e lixiviação nas Terras Indígenas e na área definida para es-tudo;

- Assoreamento e interferências na dinâmica e na qualidadeda água de nascentes, córregos, rios, águas subterrâneas interceptadaspela empreendimento, que convergem para as Terras Indígenas afe-tadas ou que sejam utilizados pelos grupos indígenas, levando emconsideração a previsão de represamento ou alagamento de corposd'água por obras de arte/engenharia específicas;

- Redução de áreas de preservação e de espécies da fauna,flora e de ecossistemas essenciais à sobrevivência física e cultural dosgrupos indígenas e à integridade ambiental de suas terras; diminuiçãode matéria-prima utilizada na construção de casas e outros artefatos ena vida social e cerimonial dos grupos;

- Estímulo à atividade garimpeira, à caça, pesca e exploraçãomadeireira ilícita nas Terras Indígenas, potencializando os impactosambientais delas decorrentes.

b) Avaliar impactos da atividade ou empreendimento na es-trutura sócio-cultural dos grupos, na dinâmica das redes (de troca,parentesco, cerimoniais, etc.) e nas relações sócio-culturais, econô-micas e políticas dos grupos indígenas em tela;

c) Avaliar impactos da atividade ou empreendimento sobrehábitos alimentares; segurança alimentar e nutricional; atividades pro-dutivas; fontes de obtenção de renda e consumo indígenas;

d) Avaliar impactos da instalação e avanço de travessões,vias e ramais irregulares a partir do empreendimento, considerando arelação desses impactos com o aumento das pressões sobre o ter-ritório e as culturas indígenas;

e) Avaliar interferências da atividade ou empreendimento nointercâmbio comunitário entre grupos que habitam terras descontínuase no acesso a lugares representativos (do ponto de vista arqueológico,cosmológico, ritual, etc);

f) Avaliar impactos da atividade ou empreendimento na pre-servação do patrimônio etnohistórico e arqueológico indígena;

g) Avaliar de que forma possíveis mudanças na dinâmicaregional e na organização e uso do território a partir da implantaçãoe operação da atividade ou empreendimento podem afetar a qualidadede vida e a reprodução física e cultural das comunidades indígenas;

h) Avaliar impactos da atividade ou empreendimento no in-cremento do processo de concentração fundiária e da especulaçãoimobiliária na área definida para estudo; na ocupação irregular dasTerras Indígenas; no adensamento populacional de cidades na áreadefinida para estudo, devido à chegada de população atraída porempreendimentos ou atividades associadas; considerando a relação detodos esses impactos com o aumento das pressões sobre os territóriosindígenas;

i) Avaliar impactos da atividade ou empreendimento na mo-dificação/inserção de vetores de ocupação (assentamentos, atividadesagropecuárias, atividade madeireira, etc) e avanço da fronteira deexploração econômica regional, considerando a relação desses im-pactos com o aumento das pressões sobre os territórios indígenas;

j) Avaliar impactos da atividade ou empreendimento no au-mento da violência e a intensificação de conflitos pela ocupação e usoda terra e outros recursos naturais entre índios e não-índios;

k) Avaliar demais impactos às terras e aos grupos indígenas- emissão de ruídos, poeiras, gases poluentes e resíduos sólidos;aumento do trânsito de pessoas e veículos; riscos de acidentes; au-mento da incidência de doenças; etc;

l) Avaliar obstáculos intensificados pela atividade ou em-preendimento no processo de regularização fundiária de terras tra-dicionalmente ocupadas pelos indígenas;

m) Avaliar impactos decorrentes do aumento da demandasobre serviços públicos (notadamente saúde e educação) utilizadospelos índios, observando se o município de referência para as co-munidades indígenas é o município de referência para a atividade ouempreendimento e seus trabalhadores. As questões relativas à saúdeindígena devem ser informadas à Funai e tratadas junto ao Ministérioda Saúde/SESAI.

IX. Alternativas Locacionaisa) Contemplar alternativas técnicas e locacionais sob a ótica

do componente indígena, analisando qual traçado seria mais adequadoà integridade das terras e culturas indígenas afetadas;

b) Avaliar as possibilidades de desvio e traçado nos trechosque interceptam cabeceiras de corpos hídricos de relevância para ospovos indígenas e/ou afastamento das Terras Indígenas.

X. Matriz de impacto e Medidas/Programas de Mitigação ede Controle

- Deve ser elaborada matriz com sistematização dos im-pactos, relacionando-os às medidas propostas. A Matriz específicapara o componente indígena deve contar com reavaliação quanto àmagnitude das interferências a partir dos programas previstos. Amatriz deve indicar aspectos básicos, tais como: etapas (pré-execução,instalação e operação da atividade ou empreendimento); processos;impactos (benéficos e adversos); causa-consequência (sob a ótica docomponente indígena); temporalidade; grau de reversibilidade; abran-gência; propriedades cumulativas e sinérgicas; relevância; magnitudecom e sem medidas; etc. Deve indicar ainda diretrizes executivasgerais de ações/medidas, assinalando o caráter preventivo ou cor-retivo/mitigatório das mesmas.

- Devem ser indicadas ações e medidas cabíveis, contem-plando:

a) a possibilidade de adaptação de outras ações propostas nosEstudos Ambientais às especificidades indígenas;

b) a mitigação e controle dos impactos sócio-ambientais de-correntes da atividade ou empreendimento, as quais deverão ser de-vidamente descritas com o objetivo de sustentar a sua aplicabilidade,a fim de que sejam melhor detalhadas na próxima fase do licen-ciamento, qual seja, o desenvolvimento do Componente Indígena doProjeto Básico Ambiental - PBA, em caso de viabilidade. As medidasdevem visar ao estímulo à sustentabilidade dos modos e estilos devida dos grupos; ao incentivo aos conhecimentos tradicionais in-dígenas e ao estímulo às atividades que não enfraqueçam a estruturasócio-política e comunitária;

c) a possibilidade de que os impactos prognosticados in-cidam diferencialmente em termos geracionais e de gênero (o quepode ensejar a proposição de medidas de controle e mitigatóriasespecíficas para determinados componentes societários).

As propostas de ações para prevenção, controle e/ou mi-tigação dos impactos a serem detalhadas na próxima fase do li-cenciamento, deverão ser formuladas tendo em vista a correlaçãoentre programas e impactos, integrando o ponto de vista indígena àsanálises efetuadas e considerando:

a) Componentes sócio-culturais afetados;b) Fases da atividade/ empreendimento;c) Eficácia preventiva ou corretiva;d) Adequação/adaptação das medidas mitigadoras às espe-

cificidades indígenas;e) Agente responsável (empreendedor);f) Possíveis interfaces com outras instituições, órgãos mu-

nicipais, estaduais, federal e/ou projetos;

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Nº 208, sexta-feira, 28 de outubro de 2011 85ISSN 1677-7042

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g) Prioridades.Com base na avaliação de impactos, deverão ser identifi-

cadas medidas e programas que possam minimizar, e eventualmente,eliminar os impactos negativos da implementação da atividade ouempreendimento, bem como medidas que possam maximizar os im-pactos benéficos do projeto. Essas medidas devem ser implantadasvisando a sustentabilidade dos grupos indígenas e suas terras, o in-centivo aos conhecimentos tradicionais indígenas, de acordo com suarealidade social e especificidades, observando também os impactosdas medidas propostas na organização social e política indígena. Asmedidas de controle e mitigadoras devem ser consubstanciadas emprogramas, os quais deverão contemplar, minimamente:

1. Introdução e Justificativas2. Objetivos3. Metas4. Indicadores5. Público-Alvo6. Metodologia7. Elementos de Custo: Recursos Humanos, Recursos Ma-

teriais, Construção Civil8. Cronograma das atividades (em relação ao cronograma de

instalação da atividade/empreendimento)9. Articulação Institucional10. Interação com Outros Programas Ambientais11. Legislação Aplicável e Requisitos Legais12. Responsáveis Técnicos pela Elaboração13. Responsável pela execução das ações (ref. empreende-

dor)14. Responsável pelo acompanhamento (ref. Conselho Ges-

tor e Funai)15. ReferênciasDevem ser considerados os demais programas sócio-ambien-

tais ou de monitoramento e controle ambiental constituintes do PBAda atividade ou empreendimento que possam ser estendidos ao com-ponente indígena de acordo com os impactos diagnosticados de formaa evitar repetição e sobreposição de ações.

Há que se destacar que o componente indígena do PBA nãodeve substituir políticas públicas e ações do Estado, e sim com-plementá-las ou reforçá-las, caso seja detectada a relação de "causa-efeito-medida" em relação aos impactos diagnosticados. Deve serobservado que:

a) não deve haver sobreposição dos programas apresentadosno PBA - Componente Indígena com as ações já em execução nasTerras Indígenas em tela, contudo essas ações devem ser consideradaspodendo ser proposta complementação ou continuidade;

b) a Funai poderá indicar procedimentos e orientações adi-cionais para o detalhamento futuro do PBA - Componente Indígena,tendo em vista os resultados da avaliação de impactos.

XI.Analise da ViabilidadeAnálise integrada e avaliação quanto à viabilidade sócio-

ambiental da atividade ou empreendimento, considerando:- O contexto de desenvolvimento regional e os impactos

cumulativos e sinérgicos dos empreendimentos previstos ou plane-jados para a região;

- As condições necessárias à reprodução física e cultural dospovos indígenas;

- A eficácia das medidas propostas para minimizar ou eli-minar os impactos negativos diagnosticados;

- A garantia da não violação de direitos indígenas legalmenteconstituídos.

4. OBSERVAÇÕES GERAIS:a) Toda a bibliografia citada deve constar nos Produtos en-

tregues à Funai;b) Os resultados de cada etapa dos trabalhos devem ser

apresentados aos grupos indígenas, em reunião específica para talfim;

c) Devem ser produzidos materiais informativos nas línguasindígenas;

d) Todos os trabalhos devem ser aprovados pela Funai;e) Deve ser solicitada formalmente autorização à Funai e às

comunidades para ingresso nas Terras Indígenas, e comunicá-la quan-to a quaisquer incidentes que eventualmente ocorram em campo;

f) A legislação vigente e as normas estabelecidas devemcumpridas por todos os profissionais ou empresas contratadas paraexecução dos trabalhos relacionados ao licenciamento da obra;

g) Os trabalhadores devem ser preparados e sensibilizadospara a compreensão das especificidades indígenas;

h) Todos os produtos devem ser entregues em 5 (cinco) viasassinadas e impressas em tamanho A4 (preferencialmente frente everso, papel reciclado) e em formato digital (CD-ROM ou usb).

ANEXO III-C

FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES-FCPTERMO DE REFERÊNCIACOMPONENTE: TERRA QUILOMBOLAApresentar dados acerca da existência de comunidades tra-

dicionais junto às áreas de abrangência da atividade ou empreen-dimento, com a elaboração de mapa contendo as coordenadas geo-gráficas das comunidades quilombolas e a distância de cada umadelas em relação à atividade ou ao empreendimento, tendo com re-ferência as distâncias referenciadas no Anexo II.

Apresentar diagnóstico geral, contendo dados e informaçõesreferentes a:

- Relação das comunidades quilombolas inseridas nas áreasconsideradas no Anexo II, por meio de levantamento de dados se-cundários oriundos dos registros da Fundação Cultural Palmares(FCP) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária(INCRA);

- Localização das comunidades quilombolas em relação aoempreendimento a partir dos critérios de distâncias definidas no Ane-xo II;

- Estudo específico referente ao território quilombola afetadocom informações gerais sobre as comunidades quilombolas, tais co-mo: denominação, localização e formas de acesso, aspectos demo-gráficos, sociais e de infraestrutura;

- Existência de possíveis conflitos com as comunidades qui-lombolas envolvendo processos de expropriação de terras, áreas so-brepostas e conflitos de interesses, bem como, atual situação ter-ritorial do grupo;

- Situação fundiária e suas demandas, bem como a iden-tificação de vulnerabilidades na área de educação, saúde e habi-tação;

- Mapeamento de eventuais atividades ou empreendimentosjá instalados no interior ou no entorno do território quilombola con-siderando as distâncias do Anexo II;

- Caracterização da ocupação atual indicando as terras uti-lizadas para moradia, atividade econômica, caminho e percurso, usodos recursos naturais, práticas produtivas; informações sobre os bensmateriais e imateriais, cultos religiosos e festividades, espaços desociabilidade destinados às manifestações culturais, atividades de ca-ráter social, político e econômico.

- Indicação, caso haja, dos sítios arqueológicos que con-tenham reminiscências históricas dos antigos quilombos, assim comode outros sítios considerados relevantes pelo grupo;

- Relação das famílias quilombolas afetadas, notadamente oscasos em que os bens imóveis e benfeitorias precisarão ser rema-nejados com a construção e operação da atividade ou empreendi-mento;

Com base no diagnóstico, identificar os impactos diretos eindiretos associados à atividade ou empreendimento. Deverão serapresentadas propostas, sob a forma de programas, às comunidadesquilombolas para a prevenção, mitigação e/ou controle dos impactosdiagnosticados em função da implantação e operação da atividade ouempreendimento, classificadas por meio de componente ambientalafetado e caráter preventivo ou corretivo, bem como sua eficácia.Quando houver necessidade de remoção e/ou realocação de famíliasquilombolas, deverão ser apresentadas propostas de indenização, sefor o caso. Em caso de realocação de comunidades quilombolas, estadeverá obedecer ao que determina o Art. 16, inciso 2, 4 e 5 daConvenção 169 da OIT, ratificada pelo Decreto n. º 5.051,19/04/2004. As propostas deverão contemplar:

- A apresentação de proposta para a nova configuração elocalização dos imóveis e benfeitorias deslocados, incluindo-se aapresentação das medidas que serão adotadas referentes a controle emitigação de impactos, incluindo indenização;

- A identificação da presença e fluxo de pessoas estranhas àcomunidade, bem como os possíveis conflitos oriundos da nova di-nâmica a ser estabelecida pela atividade ou empreendimento;

- A identificação de prejuízos relativos à produção econô-mica da comunidade, se for o caso;

- A identificação e descrição dos riscos provenientes da im-plantação da atividade ou empreendimento, se for o caso;

- A identificação da interferência da atividade ou empre-endimento nas manifestações culturais da comunidade, se for o ca-so;

- A identificação de impactos sobre bens e serviços públicosoferecidos às comunidades, se for o caso.

- A perda de parte ou totalidade do território quilombola, sefor o caso.

- Outras informações relacionadas à atividade ou empre-endimento que possam impactar o território quilombola.

Deverá ser elaborado programa de educação ambiental es-pecífico voltado para as comunidades quilombolas localizadas na áreade interferência definida no Anexo II e demais ações que se fizeremnecessárias.

ORIENTAÇÕES GERAISNa fase de elaboração dos estudos, deverão ser realizadas

Consultas Públicas, em respeito ao que determina a Convenção n. º169 da OIT ratificada pelo Decreto n. º 5.051, de 19 de abril de 2004,junto às comunidades quilombolas afetadas para apresentação dosestudos, diagnósticos elaborados, bem como diálogo e deliberaçãosobre as medidas de controle e mitigação de impactos.

Na fase pertinente à elaboração do Plano Básico Ambiental-PBA deverá ser elaborado componente específico voltado às comu-nidades quilombolas afetadas, com as respectivas medidas de controlee mitigação de impactos ambientais identificados em virtude da cons-trução e operação de atividade ou empreendimento, sob a forma deprogramas, a partir dos impactos diagnosticados, classificados pormeio de componente ambiental afetado e caráter preventivo ou cor-retivo, bem como sua eficácia. Deverá conter também, cronograma edetalhamento das ações e atividades, metas e prazos a serem cum-pridos.

O INCRA deverá ser comunicado sobre as tratativas re-lacionadas à questão fundiária das comunidades quilombolas nos ter-mos do Decreto no 4.887, de 20 de novembro de 2003.

ANEXO III-D

TERMO DE REFERÊNCIAINSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTI-

CO NACIONAL- IPHANCOMPONENTE: BENS DE INTERESSE CULTURALINFORMAÇÕES NECESSÁRIAS AO DIAGNÓSTICO DO

MEIO SÓCIO-ECONÔMICO, NOS ASPECTOS RELACIONADOSÀ PROTEÇÃO DOS BENS DE INTERESSE CULTURAL

O Diagnóstico do meio socioeconômico, em seus aspectosrelacionados à proteção dos bens de interesse cultural, deverá serdesenvolvido concomitantemente aos demais estudos necessários aolicenciamento ambiental de atividades e empreendimentos utilizado-res de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmentepoluidores ou aqueles que, sob qualquer forma, possam causar de-gradação ambiental.

Tal diagnóstico deverá contemplar estudos relativos aos bensculturais de natureza material (arqueológicos, arquitetônicos, urba-nísticos, rurais, paisagísticos, ferroviários, móveis e integrados) eimaterial (saberes, fazeres, celebrações, formas de expressão e lu-gares) existentes nas áreas de influência direta da atividade ou em-preendimento em estudo. Deverá ser identificada nestas áreas, quandohouver, a presença de bens acautelados tanto pelo Iphan, quanto pelasinstituições das esferas estaduais e municipais responsáveis pelo Pa-trimônio Cultural. O diagnóstico deverá ser realizado por meio dolevantamento exaustivo de dados secundários, contextualização ar-queológica, etnohistórica e levantamento e prospecção arqueológicade campo, quando necessária, para proceder à caracterização geral daregião no que toca ao patrimônio arqueológico e cultural.

Realização de inventário do patrimônio histórico-cultural daárea, caracterizando o patrimônio quando este estiver ligado a formasespecíficas de apropriação cultural (festejos, cultos, rituais, etc) bemcomo os movimentos culturais e festas tradicionais e apresentação demedidas de preservação ou proteção dos mesmos.

Após identificação das pesquisas necessárias à proteção dosbens de interesse cultural existentes na área de influência de cadaempreendimento, estas deverão ser desenvolvidas, respeitados a ca-tegorização, conceitos e metodologias utilizados pelo Iphan para iden-tificar tais bens.

Em complementação ao diagnóstico, independente da es-pecificidade dos bens culturais a serem considerados nestes estudos,sejam eles protegidos ou não, deverá haver menção e avaliação dosimpactos resultantes da implantação do empreendimento sobre osmesmos. Os impactos deverão ser discriminados como: positivos ounegativos; diretos e/ou indiretos; imediatos, a médio e/ou a longoprazo; temporários ou permanentes; o seu grau de reversibilidade;suas propriedades cumulativas e sinérgicas; assim como a distribuiçãodos ônus e benefícios sociais.

Tendo em vista os eventuais impactos detectados sobre osbens e manifestações culturais localizados na área de influência diretada atividade ou empreendimento, deverão ser indicadas as medidas demitigação e corretivas a serem adotadas pelos responsáveis pelasatividades ou empreendimentos, bem como, devem ser previstos pro-gramas de acompanhamento e monitoramento das mesmas. Deverãoser elaborados programas de proteção, prospecção e de resgate ar-queológico, compatíveis com os cronogramas das obras.

Os estudos de diagnóstico dos bens de interesse culturaldeverão ser executados em sua totalidade.

Os relatórios finais, o programa de educação patrimonial e oofício de aprovação dos mesmos irão compor a manifestação doIphan a ser apresentado ao Ibama.

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL1. A educação patrimonial é obrigatória, indispensável du-

rante todo o processo de licenciamento ambiental e deve ser objeto deprojeto específico, intitulado "Programa de Educação Patrimonial".

2. Todo o projeto de educação patrimonial deverá ser ela-borado e ministrado por profissionais com experiência comprovada.

3. O projeto "Programa de Educação Patrimonial" deverá serapresentado a partir dos resultados contidos nos relatórios finais deDiagnóstico dos bens de interesse cultural. Este deverá, portanto,propor ações educativas que contemplem todas as áreas técnicas es-tudadas.

4. Toda ação dos atores envolvidos nas pesquisas de li-cenciamento ambiental, seja com as populações locais, seja com tra-balhadores das obras, ou mesmo com o empreendedor, deverá sernorteada pelos princípios da educação patrimonial.

PORTARIA INTERMINISTERIAL No- 423,DE 26 DE OUTUBRO DE 2011

Institui o Programa de Rodovias FederaisAmbientalmente Sustentáveis para a regu-larização ambiental das rodovias federais.

A MINISTRA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE e oMINISTRO DE ESTADO DOS TRANSPORTES, no uso das atri-buições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único do art.87 da Constituição, resolvem:

Art. 1º Esta Portaria institui o Programa de Rodovias Fe-derais Ambientalmente Sustentáveis-PROFAS, para a regularizaçãoambiental das rodovias federais pavimentadas que não possuem li-cença ambiental.

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§1º Esta Portaria se aplica às rodovias federais administradaspelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT,às delegadas aos Estados, Distrito Federal e Municípios pela Lei nº9.277, de 10 de maio de 1996, e às concedidas integrantes do SistemaFederal de Viação previsto na Lei nº 5.917, de 10 de setembro de1973.

§2º Os procedimentos específicos de regularização ambien-tal, previstos nesta Portaria, somente se aplicam aos empreendimentosque entraram em operação até a data de sua publicação.

§3º As rodovias que já se encontram com processo de re-gularização em curso poderão se adequar às disposições desta Por-taria, sem prejuízo dos cronogramas já estabelecidos, quando per-tinente.

CAPÍTULO IDAS DEFINIÇÕESArt. 2º Para os fins previstos nesta Portaria, considera-se:I - manutenção de rodovias pavimentadas - processo sis-

temático e contínuo de correção, devido a condicionamentos cro-nológicos ou decorrentes de eventos supervenientes a que deve sersubmetida uma rodovia pavimentada, no sentido de oferecer per-manentemente ao usuário, tráfego econômico, confortável e seguro,por meio das ações de conservação, recuperação e restauração rea-lizadas nos limites da sua faixa de domínio;

II - conservação de rodovias pavimentadas - conjunto deoperações rotineiras, periódicas e de emergência, que têm por ob-jetivo preservar as características técnicas e operacionais do sistemarodoviário e suas instalações físicas, proporcionando conforto e se-gurança aos usuários;

III - recuperação de rodovias pavimentadas - conjunto deoperações aplicadas às rodovias com pavimento desgastado ou da-nificado, com objetivo de recuperar sua funcionalidade e promover oretorno das boas condições da superfície de rolamento e de tra-fegabilidade, por meio de intervenções de reforço, reciclagem oureconstrução do pavimento, e de recuperação, complementação ousubstituição dos componentes da rodovia;

IV - restauração de rodovias pavimentadas - conjunto deoperações aplicadas às rodovias com pavimento desgastado ou da-nificado, com o objetivo de restabelecer suas características técnicasoriginais ou de adaptar às condições de tráfego atual, prolongando seuperíodo de vida útil, por meio de intervenções de reforço, reciclagemou reconstrução do pavimento, bem como de recuperação, comple-mentação, ou substituição dos componentes da rodovia;

V - melhoramento em rodovias pavimentadas - conjunto deoperações que modificam as características técnicas existentes ouacrescentam características novas à rodovia já pavimentada, nos li-mites de sua faixa de domínio, para adequar sua capacidade a atuaisdemandas operacionais, visando a assegurar um nível superior desegurança do tráfego por meio de intervenção na sua geometria,sistema de sinalização e segurança e adequação ou incorporação deelementos nos demais componentes da rodovia;

VI - ampliação da capacidade de rodovias pavimentadas -conjunto de operações que resultam no aumento da capacidade dofluxo de tráfego da rodovia pavimentada existente, compreendendo aduplicação rodoviária integral ou parcial, construção de multifaixas eimplantação ou substituição de obras de arte especiais para dupli-cação;

VII - faixa de domínio - área de utilidade pública delimitadapelo órgão responsável pela rodovia e constituída por pistas de ro-lamento, obras de arte especiais, acostamentos, dispositivos de se-gurança, sinalização, faixa lateral de segurança, vias e ruas laterais,vias arteriais locais e coletoras, demais equipamentos necessários àmanutenção, fiscalização, monitoramento, vigilância e controle, pra-ças e demais estruturas de atendimento aos usuários;

VIII - operações rotineiras ou periódicas - operações que têmpor objetivo evitar o surgimento ou agravamento de defeitos, bemcomo manter os componentes da rodovia em boas condições de se-gurança e trafegabilidade;

IX - operações de emergência - operações que se destinam arecompor, reconstruir ou restaurar trechos e obras de arte especiaisque tenham sido seccionados, obstruídos ou danificados por eventoextraordinário ou catastrófico, que ocasiona a interrupção do tráfegoou coloca em flagrante risco seu desenvolvimento;

X - passivo ambiental rodoviário - conjunto de alteraçõesambientais adversas decorrentes de:

a) construção, conservação, restauração ou melhoramentosna rodovia, capazes de atuar como fatores de degradação ambiental,na faixa de domínio ou fora desta, bem como de irregular uso eocupação da faixa de domínio;

b) exploração de áreas de "bota-foras", jazidas ou outrasáreas de apoio; e

c) manutenção de drenagem com o desenvolvimento de pro-cessos erosivos originados na faixa de domínio;

XI - plataforma da rodovia - faixa compreendida entre asextremidades dos cortes e dos aterros, incluindo os dispositivos ne-cessários à drenagem.

§ 1º No conceito de conservação de que trata o inciso II docaput, estão incluídos os serviços de:

I - limpeza, capina e roçada da faixa de domínio;II - remoção de barreiras de corte;III - recomposição de aterros;IV - estabilização de taludes de cortes e aterros;V - limpeza, reparos, recuperação e substituição de estruturas

e muros de contenção;VI - tapa-buracos;VII - remendos superficiais e profundos;VIII - reparos, recomposição e substituição de camadas gra-

nulares do pavimento, do revestimento betuminoso ou das placas deconcreto da pista e dos acostamentos;

IX - reparos, substituição e implantação de dispositivos desinalização horizontal e vertical;

X - reparos, substituição e implantação de dispositivos desegurança;

XI - limpeza, reparos, substituição e implantação de dis-positivos de drenagem, tais como bueiros, sarjetas, canaletas, meio-fio, descidas d'água, entradas d'água, boca de lobo, bocas e caixas debueiros, dissipadores de energia, caixas de passagem, poços de visita,drenos; e

XII - limpeza, reparos e recuperação de obras de arte es-peciais, tais como pontes, viadutos, passarelas, túneis, e cortinas deconcreto.

§ 2º No conceito de restauração, previsto no inciso IV docaput, estão incluídos os serviços de:

I - estabilização de taludes de cortes e aterros;II - recomposição de aterros;III - tapa-buracos;IV - remendos superficiais e profundos;V - reparos, recomposição e substituição de camadas gra-

nulares do pavimento, do revestimento betuminoso ou das placas deconcreto da pista e dos acostamentos;

VI - reparos, substituição e implantação de dispositivos desinalização horizontal e vertical;

VII - recuperação, substituição e implantação de dispositivosde segurança;

VIII - recuperação, substituição e implantação de disposi-tivos de drenagem, tais como bueiros, sarjetas, canaletas, meio-fio,descidas d'água, entradas d'água, bocas de lobo, bocas e caixas debueiros, dissipadores de energia, caixas de passagem, poços de visitae drenos;

IX - recuperação de obras de arte especiais, tais como pon-tes, viadutos, passarelas, túneis e cortinas de concreto; e

X - recuperação ou substituição de estruturas e muros decontenção.

§ 3º No conceito de melhoramento de que trata o inciso V docaput, estão incluídos os serviços de:

I - alargamento da plataforma da rodovia para implantaçãode acostamento e de 3a faixa em aclives;

II - estabilização de taludes de cortes e aterros;III - recomposição de aterros;IV - implantação de vias marginais em travessias urbanas;V - substituição ou implantação de camadas granulares do

pavimento, do revestimento betuminoso ou placas de concreto, dapista e acostamentos;

VI - implantação ou substituição de dispositivos de sina-lização horizontal e vertical;

VII - implantação ou substituição de dispositivos de se-gurança;

VIII - implantação ou substituição de dispositivos de dre-nagem, tais como bueiros, sarjetas, canaletas, meio-fio, descidasd'água, entradas d'água, bocas de lobo, bocas e caixas de bueiros,dissipadores de energia, caixas de passagem, poços de visita e dre-nos;

IX - implantação, substituição ou alargamento de obras dearte especiais, tais como pontes, viadutos, passarelas, túneis e cortinasde concreto; e

X - implantação ou substituição de estruturas e muros decontenção.

CAPITULO IIDA REGULARIZAÇÃO AMBIENTALArt. 3º Fica instituído o Programa de Rodovias Federais

Ambientalmente Sustentáveis-PROFAS, com a finalidade de promo-ver a elaboração e execução dos projetos e atividades necessárias paraa regularização ambiental das rodovias federais pavimentadas que nãopossuam licença ambiental.

Parágrafo único - Compete ao DNIT promover o plane-jamento, execução e articulação institucional do PROFAS.

Art. 4º Os responsáveis pelas rodovias federais pavimentadase em operação, que estejam sem as respectivas licenças ambientais,terão o prazo máximo de trezentos e sessenta dias para firmar Termode Compromisso com o Ibama, nos termos do Anexo I, com o fim deapresentar, de acordo com o cronograma estabelecido no art. 6º, osRelatórios de Controle Ambiental-RCAs, que subsidiarão a regu-larização ambiental, por meio das respectivas Licenças de Operação-LOs.

§ 1º O prazo máximo de trezentos e sessenta dias para firmaro Termo de Compromisso será atendido conforme as etapas esta-belecidas nos incisos I a III do caput do art. 6º, de acordo com oseguinte cronograma:

I - de até cento e vinte dias para as rodovias previstas noinciso I do caput do art. 6º;

II - de até duzentos e quarenta dias para as rodovias previstasno inciso II do caput do art. 6º; e

III - de até trezentos e sessenta dias para as rodovias pre-vistas no inciso III do caput do art. 6º.

§2º A assinatura do termo de compromisso suspende as san-ções administrativas ambientais já aplicadas pelo Ibama e impedenovas autuações, quando relativas à ausência da respectiva licençaambiental.

§3º O disposto no §2º não impede a aplicação de sançõesadministrativas ambientais pelo descumprimento do próprio termo decompromisso.

§4º No termo de compromisso deverá constar previsão nosentido de que as informações atualizadas relativas à regularização egestão ambiental estejam disponíveis na rede mundial de compu-tadores.

Art. 5º O RCA deverá considerar as interações entre osmeios biótico, físico e socioeconômico, e ser composto por um diag-nóstico ambiental, pelo levantamento do passivo ambiental rodoviá-rio, e pelos seguintes programas e planos, quando couber:

I - Programa de Prevenção, Monitoramento e Controle deProcessos Erosivos;

II - Programa de Monitoramento de Fauna;III - Programa de Recuperação de Áreas Degradadas;IV - Programa de Mitigação dos Passivos Ambientais;V - Programa de Gerenciamento de Riscos e Planos de Ação

de Emergência -PAE;VI - Programa de Educação Ambiental e Programa Comu-

nicação Social; eVII - Plano de Gestão Ambiental.Parágrafo único. O Ibama, em decisão motivada, poderá al-

terar os programas e planos componentes do relatório de controleambiental, se as peculiaridades locais assim o exigirem.

Art. 6º Para fins de cumprimento da presente Portaria, asrodovias incluídas no PROFAS terão seus relatórios de controle am-biental apresentados no prazo máximo de vinte anos, em três eta-pas:

I - Primeira Etapa, compreendendo 15.000 km até o 6º ano,constituídos por rodovias que apresentam maior volume de tráfego;

II - Segunda Etapa, compreendendo 35.000 km até o 13ºano, cumulativamente, constituídos pelas rodovias referidas no incisoI do caput e por rodovias prioritárias para o escoamento da produção;e

III - Terceira Etapa, compreendendo 55.000 km até o 20ºano, cumulativamente, constituídos pelas rodovias referidas nos in-cisos I e II do caput e pelos demais trechos de rodovias, para com-pletar a malha rodoviária federal pavimentada.

Art. 7º A regularização ambiental de que trata esta Portariaserá realizada sem prejuízo das responsabilidades administrativa ecível dos responsáveis pelas rodovias federais pavimentadas e emoperação.

Art. 8o. A partir da assinatura do Termo de Compromisso edentro do seu período de vigência, ficam autorizadas nas rodoviasfederais pavimentadas e em suas faixas de domínio, desde que pre-viamente informado ao Ibama:

I - as atividades de manutenção e melhoramento, contem-plando conservação, recuperação e restauração; e

II - as supressões de vegetação, desde que objetivem a se-gurança e a trafegabilidade da rodovia a ser regularizada, excluídas assupressões de rendimentos lenhosos, de áreas consideradas de pre-servação permanente - APP, sem prejuízo do respeito aos casos es-pecíficos de proteção ambiental previstos na legislação.

Art. 9o. A implantação, a duplicação ou a ampliação decapacidade das rodovias federais, fora da faixa de domínio existente,seguirá o procedimento ordinário de licenciamento ambiental, con-forme legislação vigente.

Art. 10. Esta Portaria entra em vigor na data de sua pu-blicação.

IZABELLA TEIXEIRAMinistra de Estado do Meio Ambiente

PAULO SÉRGIO PASSOSMinistro de Estado dos Transportes

ANEXO I

MODELO DE TERMO DE COMPROMISSOTERMO DE COMPROMISSO QUE CELEBRAM ENTRE

SI O INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOSRECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS-IBAMA E O DEPARTA-MENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPOR-TES-DNIT, OBJETIVANDO O LICENCIAMENTO AMBIENTALCORRETIVO NECESSÁRIO À REGULARIZAÇÃO AMBIENTALDE RODOVIAS FEDERAIS SEM LICENÇA AMBIENTAL, ES-PECIFICAMENTE DA RODOVIA FEDERAL BR [No DA BR]

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos RecursosNaturais Renováveis-Ibama, neste ato designado compromitente edoravante denominado Ibama, Autarquia Federal do Regime Especial,criado pela Lei no 7.735, de 22 de fevereiro de 1989, inscrito noCNPJ sob o no 03.859.166/0001-02, representado por seu Presidente[NOME DO PRESIDENTE], residente e domiciliado em Brasília/DF,com carteira de identidade RG no [000000000000], inscrito noCPF/MF sob o no [000.000.000-00], designado pelo(a) [TIPO DEATO] no [NÚMERO E DATA DO ATO], publicado no Diário Oficialda União de [E DATA DA PUBLICAÇÃO DO ATO], e no uso dasatribuições que lhe confere o art. 24 do Anexo I do Decreto no 4.756,de 20 de junho de 2003, que aprovou a Estrutura Regimental doIbama, e o art. 8o do Regimento Interno aprovado pela PortariaGM/MMA no 230, de 14 de maio de 2002, republicada no DiárioOficial da União de 21 de junho de 2002; e o Departamento Nacionalde Infra-estrutura de Transportes, neste ato designado compromissárioe doravante denominado DNIT, criado pela Lei no 10.233, de 5 dejunho de 2001, inscrito no CNPJ sob o no 04.892.707/0001-00, re-presentado por seu Diretor-Geral [NOME DO DIRETOR-GERAL],residente e domiciliado em Brasília/DF, com carteira de identidadeRG no [000000000000], inscrito no CPF/MF sob o no [000.000.000-00], designado pelo(a) [TIPO DE ATO] no [NÚMERO E DATA DOATO], publicado no Diário Oficial da União de [E DATA DA PU-BLICAÇÃO DO ATO], no uso das atribuições previstas no art. 21,inciso III da Estrutura Regimental do DNIT, aprovada pelo Decretono 5.765, de 27 de abril de 2006, em conjunto e ora denominadospartes e,

CONSIDERANDO o Programa de Rodovias Federais Am-bientalmente Sustentáveis-PROFAS, instituído com a finalidade depromover a elaboração e execução dos projetos e atividades ne-cessárias para a regularização ambiental das rodovias federais pa-vimentadas sem licença ambiental, no intuito de compatibilizar anecessidade de sua operação e manutenção às normas ambientaisvigentes, resolvem celebrar o presente TERMO DE COMPROMIS-SO, sob as cláusulas e condições seguintes:

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Nº 208, sexta-feira, 28 de outubro de 2011 87ISSN 1677-7042

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CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETOO presente Termo de Compromisso tem por objeto esta-

belecer os critérios, os procedimentos e as responsabilidades de formaa promover o licenciamento ambiental corretivo da Rodovia FederalBR [No DA BR]

Parágrafo Primeiro. O DNIT elaborará o Relatório de Con-trole Ambiental-RCA, para a Rodovia Federal BR [No DA BR],conforme Modelo previsto nos atos normativos pertinentes e Termode Referência específico, consolidado em conjunto com o InstitutoBrasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-Ibama.

Parágrafo Segundo. [quando couber] Estão excluídos do ob-jeto deste TERMO os segmentos da rodovia [XXXXXX] com Li-cenças Ambientais emitidas até o momento pelos Órgãos Esta-duais/Municipais de Meio Ambiente, referentes aos segmentos entre[XXXXXX]

Parágrafo Terceiro. A assinatura deste TERMO suspende aaplicação de sanções administrativas ambientais disciplinadas peloDecreto no 6.514, de 22 de julho de 2008, quando relativas à ausênciada respectiva licença ambiental.

CLÁUSULA SEGUNDA - DOS COMPROMISSOS DOIBAMA

I - emitir a Licença de Operação para a regularização am-biental da BR [No DA BR] após a apresentação e análise do res-pectivo RCA, no prazo previsto nos atos normativos pertinentes;

II - analisar e emitir pareceres, relatórios e notas técnicas,contendo apreciação técnica da documentação apresentada pelo DNITe requisitada neste TERMO, encaminhando cópias dessas análises aomesmo para conhecimento e adequações;

III - após análise técnica e em caso de adequação aos itensdeste TERMO, aprovar as medidas mitigatórias propostas pelo DNIT,contidas nos Programas Ambientais, autorizando a execução das res-pectivas ações, de acordo com cronograma acordado entre as par-tes;

IV - orientar e supervisionar a execução das ações realizadaspelo DNIT e acordadas neste TERMO, avaliando seus resultados ereflexos;

V - realizar vistorias técnicas periódicas de acompanhamentonos trechos da rodovia onde estejam previstas medidas de mitigaçãoe de execução das ações e projetos propostos, avaliando a efetividadedas ações realizadas pelo DNIT; e

VI - notificar o DNIT sobre as irregularidades acaso ve-rificadas quanto à execução das medidas e Programas Ambientaisprevistas neste TERMO.

CLÁUSULA TERCEIRA - DOS COMPROMISSOS DODNIT

I - elaborar o Relatório de Controle Ambiental-RCA, para arodovia federal BR [No DA BR] conforme Modelo previsto nos atosnormativos pertinentes e Termo de Referência específico, consolidadoem conjunto com o Ibama;

II - apresentar o RCA e requerer ao Ibama no prazo previstonos atos normativos pertinentes, a licença de operação corretiva darodovia federal sob sua jurisdição para regularização ambiental darodovia;

III - executar, após a aprovação técnica do Ibama, os Planose Programas Ambientais previstos no RCA da rodovia; e

IV - enviar ao Ibama, os documentos, Planos e ProgramasAmbientais para subsidiar as análises técnicas referentes à Licença deOperação da rodovia.

CLÁUSULA QUARTA - DA PRESTAÇÃO DE CONTASO DNIT procederá o envio de relatórios a respeito do cum-

primento deste TERMO, escrevendo a fase de implementação emandamento, de acordo com o cronograma aprovado pelo Ibama.

CLÁSULA QUINTA - DO ACOMPANHAMENTO E FIS-CALIZAÇAO

Fica assegurado ao Ibama, a qualquer tempo, o acompa-nhamento e verificação do andamento dos trabalhos e cumprimentodas obrigações assumidas neste TERMO, cabendo a esse Instituto aadoção das medidas e sanções administrativas necessárias para aimplementação do mesmo.

O DNIT prestará todo o apoio aos técnicos do Ibama, acom-panhando vistorias à rodovia e sua faixa de domínio e prestandoinformações que sejam solicitadas, bem como enviando documentoscomprobatórios do atendimento desse TERMO.

As disposições do presente TERMO não excluem a pos-sibilidade de imposição de sanções administrativas pelo Ibama aoDNIT ou às suas empreiteiras contratadas, em caso do cometimentode infrações às normas ambientais vigentes.

CLÁUSULA SEXTA - DA INADIMPLÊNCIAO Ibama comunicará formalmente ao DNIT das ações a

serem tomadas, ao verificar o descumprimento das obrigações cons-tantes deste TERMO, estabelecendo prazos máximos para a devidaadequação.

No acompanhamento e fiscalização do atendimento desteTERMO, o Ibama adotará as medidas e sanções administrativas pre-vistas no Decreto 6514/08 e alterações, ou outras normais legaisaplicáveis.

Concomitantemente ao disposto no inciso II acima, o des-cumprimento por parte do DNIT do disposto no inciso I desta Cláu-sula, bem como dos prazos e obrigações sob sua responsabilidade econstantes deste TERMO, importará cumulativamente na:

I - obrigação de reparação de eventual dano ambiental de-corrente do descumprimento deste instrumento; e

II - execução judicial das obrigações nele estipuladas.CLÁUSULA SÉTIMA - DA VIGÊNCIAO presente TERMO, com eficácia de título executivo ex-

trajudicial produzirá efeitos legais a partir de sua assinatura e terávigência até a emissão da Licença de Operação por parte do Ibama.

CLÁUSULA OITAVA - DA ALTERAÇÃO DAS CONDI-ÇÕES PACTUADAS

O presente TERMO poderá ser alterado através de TermoAditivo, mediante expressa concordância das partes.

As partes poderão, diante de novas informações, ou se assimas circunstâncias o exigirem, propor a revisão ou a complementaçãodos compromissos ora firmados, baseados em critérios técnicos ounovas informações que justifiquem tais alterações.

CLÁUSULA NONA - DA PUBLICIDADECompete ao DNIT proceder à publicação do extrato do pre-

sente TERMO, no prazo de até 30 (trinta) dias, a contar da suacelebração, no Diário Oficial da União.

CLÁUSULA DÉCIMA - DO FOROPara dirimir quaisquer questões decorrentes deste Termo

Aditivo, que não possam ser resolvidas pela mediação administrativa,as partes elegem o foro da Justiça Federal, Seção Judiciária do Dis-trito Federal competente.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - DAS DISPOSIÇÕESFINAIS

As partes declaram e reconhecem para os devidos fins que opresente TERMO possui caráter negocial e está sendo firmado decomum acordo com o intuito de promover a adequação do licen-ciamento ambiental das rodovias federais.

O presente TERMO, depois de aprovado por todas as partesenvolvidas, e perante as testemunhas abaixo listadas, segue assinadoem 02 (duas) vias de igual teor e forma, para os devidos fins e efeitoslegais.

ANEXO II

TERMO DE REFERÊNCIA DE RELATÓRIO DE CON-TROLE AMBIENTAL PARA REGULARIZAÇÃO DE RODOVIAS- RCA

INTRODUÇÃOO presente Termo de Referência tem como objetivo esta-

belecer um referencial, em nível nacional, para a elaboração do Re-latório de Controle Ambiental - RCA para Rodovias pavimentadas,visando à regularização ambiental desses empreendimentos.

O IBAMA poderá incluir ou excluir informações em funçãodas especificidades do empreendimento, da região e legislação localou pertinente, desde que adequadamente justificados.

O Relatório de Controle Ambiental deverá contemplar umdiagnóstico a ser desenvolvido com base nas informações levantadasacerca dos fatores ambientais na sua área de influência; identificar,analisar e avaliar os impactos ambientais decorrentes do empreen-dimento, bem como propor medidas mitigadoras e planos e pro-gramas de monitoramento e controle dos impactos e passivos am-bientais identificados.

1. IDENTIFICAÇÂO DO EMPREENDEDOR1.1. Identificação do empreendedor:Nome ou razão social;Número do CNPJ e Registro no Cadastro Técnico Federal;Endereço completo (fone, fax e e-mail)Representantes legais (nome, endereço, fone, fax e e-mail);Pessoa de contato (nome, endereço, fone, fax e e-mail).1.2. Identificação da empresa responsável pelos estudosNome ou razão social;Número do CNPJ e Registro no Cadastro Técnico Federal;Endereço completo, (fone, fax e-mail);Representantes legais (nome, Cadastro Técnico Federal, en-

dereço, fone, fax e e-mail);Pessoa de contato (nome, Cadastro Técnico Federal, ende-

reço, fone, fax e e-mail);ART da empresa.1.3. Dados da equipe técnica multidisciplinar (Relacionar e

identificar os profissionais responsáveis pela elaboração do RCA):Nome;Formação profissional;Número do registro no respectivo Conselho de Classe, quan-

do couber;Número do Cadastro Técnico Federal;ART, quando couber.Observação:Cada membro da equipe deverá rubricar, em uma cópia do

Relatório de Controle Ambiental - RCA, as páginas de sua res-ponsabilidade técnica.

Os membros da equipe consultora deverão assinar o RCA napágina de identificação da equipe multidisciplinar. Já o coordenadordo estudo deverá, adicionalmente, rubricar todas as páginas do es-tudo.

Os profissionais que subscrevem os estudos e projetos, queintegram os processos de licenciamento ambiental, serão responsáveispelas informações apresentadas, sujeitando-se às sanções adminis-trativas, civis e penais.

2. DADOS DO EMPREENDIMENTO2.1. Identificação do EmpreendimentoNome;Município(s) e UF(s).2.2. Caracterização do EmpreendimentoLocalização georreferenciada em mapa de toda a rodovia, em

escala a ser acordada;Extensão;Relevo do terreno;Seção transversal esquemática (dimensões do off-set, faixa

de domínio, etc) em toda a sua extensão (velocidade diretriz, rampasmáximas, raio de curvatura mínimo, etc).

Largura da faixa de domínio;VDM, com percentuais de veículos leves, ônibus e cami-

nhões;Localização georreferenciada e identificação das obras de

arte especiais e cruzamentos com outras rodovias e outros modais;

Localização e descrição sucinta dos melhoramentos propos-tos, quando couber;

Apresentar caracterização, projetos-tipo e mapeamento geor-referenciado das unidades de apoio previstas e seus acessos, quandocouber;

Apresentar os sistemas de segurança e de sinalização.3. ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTOO Relatório de Controle Ambiental deverá definir os limites

das áreas de influência, direta ou indireta do empreendimento, con-siderando-se as características dos meios físico, biótico e socioe-conômico, bem como o alcance dos impactos, dando ênfase à suaproximidade com as áreas protegidas por legislação específica.

Para a definição do limite geográfico de cada uma das áreasdevem ser considerados, também, os fatores ambientais que compõema paisagem; os empreendimentos existentes; o uso e ocupação dosolo; programas e projetos previstos, em andamento ou já desen-volvidos na região.

A definição dos limites das áreas de influência deve serjustificada, observando-se que, para fatores ambientais específicos, oslimites podem ser diferentes e sujeitos à revisão com base na iden-tificação e na abrangência dos impactos.

As áreas de influência direta e indiretamente pelo empre-endimento deverão ser mapeadas.

3.1. Área de Influência Direta-AIDÉ a área cuja incidência dos impactos da operação do em-

preendimento ocorreu de forma direta sobre os recursos ambientais,modificando a sua qualidade ou diminuindo seu potencial de con-servação ou aproveitamento. A rede de relações sociais, econômicas eculturais afetadas pelo empreendimento deve ser considerada na suadelimitação.

A área de influência direta será delimitada, considerando-se:

A faixa de domínio da rodovia;As áreas destinadas às estruturas de apoio;As áreas de jazidas, empréstimo e bota-fora, quando cou-

ber;Os acessos existentes e projetados;As áreas contínuas de relevante importância ecológica;Cidades e vilas residenciais que servem como apoio logístico

ao empreendimento, bem como as áreas das comunidades e pro-priedades diretamente interceptadas;

Outras áreas que sofreram alterações decorrentes da açãodireta do empreendimento, a serem identificadas no decorrer dosestudos.

3.2. Área de Influência Indireta-AIIÉ a área afetada pelos impactos indiretos da operação do

empreendimento, abrangendo os meios físico, biótico e socioeco-nômico e inclui os ecossistemas e o sistema socioeconômico im-pactados por alterações ocorridas na área de influência direta.

A delimitação da AII circunscreve a AID e deve considerar,entre outros:

O alcance dos impactos associados às características do em-preendimento;

As micro bacias;Os fragmentos e remanescentes florestais, UCs, Áreas prio-

ritárias para conservação, área de vida para espécies protegidas,ameaçadas de extinção, raras, endêmicas;

As características urbano-regionais;As alterações na dinâmica de uso e ocupação do solo, na

dinâmica dos núcleos urbanos e na dinâmica do transportes regio-nal.

4. DIAGNÓSTICO AMBIENTALO diagnóstico deve traduzir a dinâmica ambiental das áreas

de influência da rodovia. Deve apresentar a descrição dos fatoresambientais e permitir a correta identificação e avaliação dos impactosambientais decorrentes da operação do empreendimento.

Deve subsidiar a análise integrada, multi e interdisciplinar, epossibilitar a gestão ambiental do empreendimento.

As informações relativas às áreas de influência podem serbaseadas em dados secundários, desde que sejam atuais e possibilitema compreensão sobre os temas em questão, sendo complementadas,quando necessário, com dados primários.

Todas as bases e metodologias utilizadas devem ser cla-ramente especificadas, referenciadas, justificadas e apresentadas deforma detalhada, junto ao tema.

Os resultados dos estudos e levantamentos com vistas acompor o diagnóstico ambiental da área de influência do empre-endimento abrangerão os aspectos abaixo relacionados:

1. Meio FísicoClima e Condições meteorológicasCaracterização climático-meteorológica resumida da região

em que se insere o empreendimento, considerando a ocorrência deeventos extremos.

Apresentar tabelas e gráficos com as médias históricas e comas médias recentes dos parâmetros meteorológicos ao longo dos me-ses do ano, com ênfase pluviosidade e regime de ventos (direção evelocidade), indicando as fontes dos dados apresentados.

GeologiaApresentar mapeamento da geologia regional, abrangendo a

área de influência indireta.Apresentar a identificação e localização geográfica prevista

das possíveis jazidas utilizadas ou a serem utilizadas para realizaçãode demais obras necessárias ao empreendimento, para os casos emque o material seja proveniente de jazidas não comerciais, quandoc o u b e r.

Apresentar as características geotécnicas dos pontos notáveisatingidos diretamente pelas rodovias, mediante o uso de parâmetrosde mecânica de rochas e solos e as interferências destas em relação aoempreendimento (propensão à erosão, taludes instáveis, travessias deregiões com solos hidromórficos, travessias de cursos d'água, etc.).

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Nº 208, sexta-feira, 28 de outubro de 201188 ISSN 1677-7042

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GeomorfologiaApresentar as unidades geomorfológicas compreendendo as

formas e a dinâmica de relevo, e indicar a presença ou a propensão àerosão, assoreamento e inundações sazonais.

SolosDescrever e mapear as classes de solo, (de acordo com o

Sistema de Classificação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-pecuária - EMBRAPA - 1999 e 2006).

HidrologiaLevantamento e mapeamento do sistema hidrográfico, in-

formando a localização e caracterização básica dos corpos d'águaatravessados pelo empreendimento, com identificação dos mananciaisde abastecimento público, bem como de outros usos preponderan-tes.

Apresentar mapeamento e informações básicas sobre níveis,freqüência e duração de cheias.

Avaliar a ocorrência de processos erosivos e de assorea-mento, e suas implicações decorrentes das retenções e das descargasde águas pluviais, e sua interferência na dinâmica fluvial.

CavidadesApresentar levantamento das cavidades naturais, com base

em dados secundários.2. Meio BióticoOs estudos realizados para o diagnóstico do meio biótico

devem ser apresentados de forma clara e objetiva.Caracterizar os ecossistemas nas áreas atingidas pelo em-

preendimento, sua distribuição e relevância biogeográfica, identifi-cando a rede hidrográfica.

Caracterizar a cobertura vegetal na área de influência doempreendimento, apresentando:

- Identificação e mapeamento das fitofisionomias; e- Lista de ocorrência de espécies da flora, informando:Ordem, família, nome científico, nome vulgar; eEstado de conservação, considerando as listas oficiais de

espécies ameaçadas, tendo como referência: CITES, IUCN, MMA,estaduais e municipais.

Identificar as Unidades de Conservação no âmbito federal,estadual e municipal, os corredores ecológicos, com base em ecologiade paisagem, as áreas protegidas por legislação específica, localizadasna área de influência do empreendimento e as respectivas distânciasem relação à rodovia.

Mapear e apresentar relação das Áreas Prioritárias para Con-servação formalmente identificadas pelos governos federal, estadual emunicipal.

Caracterizar, com base em dados secundários, incluindo osplanos de manejo de unidades de conservação, as populações fau-nísticas e suas respectivas distribuições espacial e sazonal, com es-pecial atenção às espécies ameaçadas de extinção, raras, endêmicas emigratórias, e identificar áreas potenciais para servirem como cor-redores e refúgio de fauna.

3. Meio SocioeconômicoO estudo abrangerá as áreas de influência direta e indireta do

empreendimento de forma a demonstrar os efeitos sociais e eco-nômicos decorrentes da sua operação e as suas interrelações com osfatores ambientais, passíveis de alterações relevantes pelos efeitos doempreendimento.

Quando procedente, as variáveis estudadas no meio socioe-conômico deverão ser apresentadas em séries históricas represen-tativas, visando à avaliação de sua evolução temporal.

Os levantamentos devem ser complementados pela produçãode mapas temáticos, inclusão de dados estatísticos, utilização de de-senhos esquemáticos, croquis e fotografias.

Relacionar os municípios diretamente afetados pelo empre-endimento, apresentando os dados de geografia humana disponíveis, acaracterização do uso e ocupação do solo da AID e a caracterizaçãoda economia regional.

Identificar os principais problemas/conflitos socioambientaisda região destacando possíveis conflitos de uso, atores sociais en-volvidos, inter-relações com as atividades rodoviárias.

Identificar a existência de povos e comunidades tradicionais(definidas pelo Decreto nº 6.040/2007), indígenas e quilombolas,apresentando a distância entre essas e o empreendimento.

Identificar os pontos de interesse para o patrimônio arqueo-lógico, histórico e cultural existente na área de influência, com baseem dados secundários.

5. PASSIVO AMBIENTALDeverão ser identificadas, descritas (fichas de identificação

de passivos com relatório fotográfico e croquis/representações) e de-vidamente localizadas (listagem de coordenadas e mapas em escalaadequada), no mínimo, as seguintes situações de passivos ambientaisresultantes da implantação e operação da rodovia:

Meio Físico (possíveis áreas contaminadas; jazidas ou áreasde mineração, empréstimos, bota-foras ou outras áreas de apoio aban-donadas ou não-recuperadas; processos erosivos em desenvolvimento;interferências sobre drenagem fluvial);

Meio Biótico (Áreas de Preservação Permanente suprimidas,fauna impactada em função de atropelamento).

Meio Socioeconômico: levantamento das ocupações irregu-lares existentes na faixa de domínio, e identificação dos pontos crí-ticos para a segurança dos usuários e comunidades lindeiras.

Observação: a existência de passivos ambientais implicará naobrigatoriedade de apresentar programa de recuperação dos mes-mos.

6. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTO AM-B I E N TA L

Deverão ser identificadas as ações impactantes e analisadosos impactos ambientais nos meios físico, biótico e socioeconômico,relativos à operação do empreendimento.

Os impactos serão avaliados nas áreas de influências de-finidas para cada um dos meios estudados e caracterizados no diag-nóstico ambiental, considerando suas propriedades cumulativas e si-nérgicas e a distribuição dos ônus e benefícios sociais.

Na avaliação dos impactos sinérgicos e cumulativos deverãoser considerados os usos socioeconômicos existentes nas áreas deinfluência direta e indireta, de forma a possibilitar o planejamento eintegração efetiva das medidas mitigadoras.

7. PLANO BASICO DE REGULARIZAÇÃO AMBIEN-TA L - P B R A

Os Programas a serem detalhados deverão observar as dis-posições da presente Portaria.

Os programas de controle ambiental deverão considerar: ocomponente ambiental afetado; o caráter preventivo ou corretivo; adefinição de responsabilidades e o cronograma de execução das me-didas, hierarquizando-as em termos de curto, médio e longo prazo.

Os programas deverão ter caráter executivo e conter: ob-jetivos, justificativas, público-alvo, cronograma de implantação e in-ter-relação com outros programas.

PORTARIA INTERMINISTERIAL MMA/SEP/PR No- 425,DE 26 DE OUTUBRO DE 2011

Institui o Programa Federal de Apoio à Re-gularização e Gestão Ambiental Portuária -PRGAP de portos e terminais portuários

marítimos, inclusive os outorgados às Com-panhias Docas, vinculadas à SEP/PR.

A MINISTRA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE e oMINISTRO DE ESTADO CHEFE DA SECRETARIA DE PORTOSDA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA no uso das atribuições e tendoem vista o disposto na Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, econsiderando as interfaces existentes entre as duas pastas, resolvem:

Art. 1o Fica instituído o Programa Federal de Apoio à Re-gularização e Gestão Ambiental Portuária - PRGAP de portos e ter-minais portuários marítimos, inclusive os outorgados às companhiasdocas, vinculadas à SEP/PR, conforme previsto no ANEXO I doDecreto nº 7.262, de 12 de agosto de 2010.

Parágrafo único. O Programa de que trata esta Portaria seaplica apenas aos portos e aos terminais previstos no caput, que jáestejam implantados e em operação sem licença ambiental, exce-tuadas as obras de ampliação e as atividades de dragagem, que es-tarão sujeitas a procedimento regular de licenciamento ambiental.

Art. 2o Para os efeitos desta Portaria são estabelecidas asseguintes definições:

I - regularização ambiental: processo integrado de atividadestécnicas e administrativas, por meio do qual os portos ou terminaisportuários marítimos, implantados e em operação, buscam sua con-formidade e regularidade em relação à legislação ambiental vigente,por meio de termo de compromisso com o Ibama;

II - termo de adesão: instrumento jurídico formal de adesãoao PRGAP, a ser elaborado pela Secretaria de Portos da Presidênciada República;

III - Relatório de Controle Ambiental - RCA: documentocontendo estudos, programas e planos ambientais a serem imple-mentados nos portos ou terminais portuários marítimos que aderiremao procedimento de regularização descrito no inciso I, de modo aconferir conformidade aos aspectos ambientais relativos à operaçãoportuária; e

IV - área do porto organizado: área compreendida pelasinstalações portuárias, tais como ancoradouros, docas, cais, pontes epíeres de atracação e acostagem, terrenos, armazéns, edificações evias de circulação interna, e também pela infra-estrutura de proteçãoe acesso aquaviário ao porto, como guias-correntes, quebra-mares,eclusas, canais, bacias de evolução e áreas de fundeio que devam sermantidas pela administração do porto.

Art. 3o Os portos e terminais portuários previstos no art. 1ºterão prazo de cento e vinte dias, contados a partir da edição destaPortaria, para firmar termo de compromisso com o Ibama, com o fimde apresentar, no prazo máximo de setecentos e vinte dias, os Re-latórios de Controle Ambiental - RCAs, que subsidiarão a regu-larização ambiental, por meio das respectivas licenças de operação,observadas as exigências desta Portaria.

§1º A assinatura do termo de compromisso suspende as san-ções administrativas ambientais já aplicadas pelo Ibama e impedenovas autuações, quando relativas, em ambos os casos, à ausência darespectiva licença ambiental.

§2º O disposto no §1º não impede a aplicação de sançõesadministrativas ambientais pelo descumprimento do próprio termo decompromisso.

§3º As informações relativas à regularização e gestão am-biental deverão ser periodicamente atualizadas e disponibilizadas nosítio eletrônico dos portos e terminais portuários previstos no art.1º.

Art. 4o Relativamente às Companhias Docas, vinculadas àSEP/PR, o Programa Federal de Apoio à Regularização e GestãoAmbiental Portuária - PRGAP, tem por objetivo promover e apoiar,de forma continuada, a regularização ambiental dos portos e terminaisportuários, no intuito de compatibilizar a necessidade de sua operaçãoe manutenção às normas ambientais vigentes.

§ 1o A Secretaria de Portos da Presidência da República seráa unidade executora do PRGAP, em consonância com suas atribuiçõesde estabelecer e modernizar a política portuária.

§ 2o A participação no PRGAP será efetivada pelas au-toridades responsáveis pelos portos e terminais portuários outorgadosàs Companhias Docas, vinculadas à SEP/PR, por meio da assinaturade termo de adesão perante a Secretaria de Portos da Presidência daRepública.

§ 3o O termo de adesão ao PRGAP estabelecerá o com-promisso formal entre a União, por meio da Secretaria de Portos daPresidência da República, e os portos e terminais portuários aderentesem relação às atribuições e responsabilidades constantes desta Por-taria.

§ 4o A formalização do termo de adesão é condição para queos interessados integrem o PRGAP.

§ 5o O prazo limite para adesão ao PRGAP é de três mesesapós a publicação desta Portaria.

Art. 5º Para efeitos do PRGAP compete:I - à União, por intermédio da Secretaria de Portos da Pre-

sidência da República:a) executar e coordenar as ações do Programa;b) apoiar as Companhias Docas, vinculadas à SEP, que ado-

tarem o procedimento de regularização de que trata o art. 3o, as-segurando suporte necessário;

c) promover treinamento e capacitação da equipe de que trataa alínea "d" do inciso II deste artigo;

d) atuar junto aos portos outorgados às Companhias Docas,vinculadas à SEP, que já possuem licença de operação, no sentido debuscar harmonização dos procedimentos e programas de mitigação econtrole ambiental;

II - às Companhias Docas, vinculadas à SEP:a) aderir ao PRGAP, nos termos estabelecidos nesta Por-

taria;b) executar as medidas integrantes do RCA de cada porto,

após sua aprovação pelo IBAMA, com a emissão da respectiva li-cença de operação;

c) atender às condicionantes constantes das licenças de ope-ração, conforme cronograma aprovado pelo IBAMA; e

d) estabelecer, na estrutura organizacional do setor de gestãoambiental e de segurança e saúde no trabalho, a equipe multidis-ciplinar que receberá treinamento e capacitação para realizar a gestãoambiental do porto.

Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data de sua pu-blicação.

IZABELLA TEIXEIRAMinistra de Estado do Meio Ambiente

JOSÉ LEÔNIDAS DE MENEZES CRISTINOMinistro de Estado Chefe da Secretaria de Portos

da Presidência da República

PORTARIA No- 417, DE 25 DE AGOSTO DE 2011

A MINISTRA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, no usodas atribuições e tendo em vista o disposto na Lei no 8.112, de 11 dedezembro de 1990, e no Decreto no 5.707, de 23 de fevereiro de2006; e considerando a necessidade do fortalecimento da gestão docorpo funcional deste Ministério, resolve:

Art. 1o Estabelecer normas e procedimentos relativos à Po-lítica de Desenvolvimento dos Servidores do Ministério do MeioAmbiente.

Art. 2o À Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas da Sub-secretaria de Planejamento, Orçamento e Administração caberá, nocumprimento ao disposto nesta Portaria, o estabelecimento das orien-tações complementares, além de dirimir as dúvidas e decidir sobre oscasos omissos.

Art. 3o A competência relativa à capacitação é da Divisão deCapacitação, Treinamento e Desenvolvimento da Coordenação-Geralde Gestão de Pessoas.

Art. 4o Esta Portaria entra em vigor na data de sua pu-blicação.

IZABELLA TEIXEIRA

ANEXO

POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DOS SERVIDO-RES

Art. 1o São diretrizes da Política de Desenvolvimento dosServidores do Ministério do Meio Ambiente:

I - promoção de formas, ações e estratégias de aprendizagemque possibilitem ao corpo funcional do Ministério a aquisição e oaprimoramento de competências que agreguem valor à instituição evalor social ao indivíduo, atendendo a padrões de qualidade e pro-dutividade requeridos pela natureza do trabalho e pela missão ins-titucional;

II - contribuição para o crescimento profissional do servidor,por meio do desenvolvimento de atitudes inovadoras e comporta-mentos proativos dentro de uma perspectiva sistêmica;

III - contribuição para o desenvolvimento do servidor nacarreira;

IV - estabelecimento de estratégia para a elaboração de pla-nos anuais de desenvolvimento do servidor;

V - sistematização, avaliação e divulgação dos resultados dasações de desenvolvimento do servidor; e

VI - contribuição para a melhoria contínua da qualidade e daeficiência dos serviços públicos prestados ao cidadão.

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Nº 208, sexta-feira, 28 de outubro de 2011 89ISSN 1677-7042

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Art. 2o Constituem objetivos da Política de Desenvolvimentodos Servidores do Ministério do Meio Ambiente:

I - garantir que o desenvolvimento das competências ma-peadas seja a referência das ações de capacitação, em detrimento doatendimento de demandas isoladas;

II - capacitar o servidor em temas alinhados aos objetivos emetas do órgão, definidos em seu planejamento estratégico;

III - valorizar o servidor por meio de sua educação per-manente e pelo estímulo aos processos de autodesenvolvimento;

IV - aprimorar as competências do servidor;V - adequar o quadro de servidores aos novos perfis pro-

fissionais requeridos pelo setor público; eVI - racionalizar e tornar mais efetivo o investimento em

ações de desenvolvimento do servidor do Ministério do Meio Am-biente.

Art. 3o Para efeito da Política de Desenvolvimento dos Ser-vidores do Ministério do Meio Ambiente, serão adotados os seguintesconceitos:

I - gestão por competências: gestão da capacitação orientadapara o desenvolvimento do conjunto de conhecimentos, habilidades eatitudes necessárias ao desempenho das funções dos servidores, vi-sando ao alcance dos objetivos da instituição;

II - competência: a competência é entendida não apenascomo o conjunto de conhecimentos (saber), habilidades (saber fazer)e atitudes (querer fazer) necessárias para exercer determinada ati-vidade, mas também como o desempenho expresso pela pessoa emdeterminado contexto, em termos de comportamentos e realizaçõesdecorrentes da mobilização e aplicação destes;

III - competências técnicas: conjunto de conhecimentos ehabilidades necessárias para operar processos, técnicas e ferramentaspara que o Ministério do Meio Ambiente atinja seus resultados;

IV - competências gerenciais: conjunto de conhecimentos,habilidades e atitudes necessárias àqueles responsáveis por liderarequipes de trabalho, com objetivo de atingir resultados;

V - competências organizacionais: conjunto de conhecimen-tos, habilidades, tecnologias, sistemas físicos e gerenciais inerentes auma organização, que a possibilitam atingir seus objetivos estra-tégicos, realizar sua missão e alcançar sua visão de futuro;

VI - competências individuais ou humanas: a competênciahumana é o resultado do cruzamento de três eixos: a formação dapessoa (sua biografia e socialização), sua formação educacional e suaexperiência profissional;

VII - sistema de gestão por competência: ferramenta ge-rencial que permite planejar, monitorar e avaliar ações de capacitaçãocom base na identificação dos conhecimentos, das habilidades e dasatitudes necessárias ao desempenho das funções dos servidores;

VIII - gap ou lacuna de competências: lacuna existente entreas competências necessárias à execução dos objetivos organizacionaise as competências internas disponíveis na organização; e

IX - eventos ou ações de capacitação: cursos presenciais e adistância, aprendizagem em serviço, grupos formais de estudos, in-tercâmbios, estágios, seminários e congressos que contribuam para odesenvolvimento do servidor e que atendam aos interesses da Ad-ministração Pública Federal Direta, Autárquica e Fundacional.

Art. 4o Quanto à complexidade, os eventos de capacitaçãoclassificam-se em:

I - informação: módulos de conteúdo, oferecidos em di-ferentes meios, com ênfase nas novas tecnologias da informação ecomunicação. Pode ser considerada aprendizagem, se o indivíduoagrega valor à informação e a transforma em conhecimento;

II - instrução: forma mais simples de estruturação de eventosaprendizagem que envolve definição de objetivos e aplicação de pro-cedimentos instrucionais. São eventos de curta duração, cujos ma-teriais são cartilhas, manuais, roteiros, etc., podendo inclusive serautoinstrucionais;

III - treinamento: eventos educacionais de curta e médiaduração compostos por subsistemas de avaliação de necessidades,planejamento instrucional e avaliação que visam ao aumento do de-sempenho funcional, por meio da criação de situações que facilitem aaquisição, a retenção e a transferência da aprendizagem para o tra-balho;

IV - desenvolvimento: conjunto de experiências e oportu-nidades de aprendizagem proporcionadas pela organização e queapoiam o crescimento pessoal do servidor, sem, contudo, utilizarestratégias para direcioná-lo a um caminho profissional específico.São ferramentas de apoio e estímulo a programa de autodesenvol-vimento, como os de qualidade de vida;

V - educação: programas ou conjuntos de eventos educa-cionais de média e longa duração que visam à formação e qua-lificação profissional contínuas dos servidores. Vão desde os cursostécnicos profissionalizantes até os cursos de graduação e pós-gra-duação lato e strictu sensu (especialização, mestrado, doutorado epós-doutorado, respectivamente);

VI - educação continuada: entendida como a oferta regularde cursos para o aprimoramento profissional, ao longo de sua vidafuncional;

VII - educação permanente: é o processo de educação queconsidera a realidade mutável e mutante das ações e dos serviços, éconsiderada como algo mais abrangente no processo de educação.Tem por escopos a formação de perfis profissionais e de serviços,propor mecanismos, espaços e temas que geram reflexão, implicaçãodos sujeitos, mudança institucional, pensamento, experimentação eformação integral e contínua do ser humano com um referencialteórico-metodológico problematizador.

Art. 5o Avaliações das ações de treinamento, desenvolvi-mento e educação:

I - avaliação de reação: trata-se da avaliação do treinando emrelação à atividade da qual o servidor acabou de participar. Deve seraplicada em todos os eventos pois oferece ao gestor informaçõesimportantes sobre o curso;

II - avaliação de aprendizagem: avalia os conhecimentosadquiridos no evento. Pode ser realizada aplicando-se no treinandotestes pré e pós-treinamento ou, ao final do evento, apenas umaverificação do conhecimento. É recomendada para treinamentos comconteúdos conceituais. Devendo, no início do evento, o participanteresponder a uma avaliação de aprendizagem dos conteúdos trans-mitidos;

III - Avaliação da mudança de comportamento: consiste naelaboração de um checklist com os comportamentos esperados, re-lativos aos tópicos trabalhados e este é submetido à chefia imediatado servidor treinado e elaboração de relatório com os dados da ob-servação e tem por finalidades:

a) subsidiar o gestor com importantes informações;b) envolver outros profissionais no processo; ec) avaliar se os participantes adquiriram ou mudaram seus

comportamentos;IV - avaliação de impacto ou reflexos: esse tipo de avaliação

verifica se os resultados esperados foram realmente obtidos e se osconhecimentos adquiridos puderam ser aplicados. Pode ser feita devárias formas: pesquisa por formulário, ação combinada entre apli-cação do formulário, reunião/entrevista com o treinando e com suachefia imediata.

Art. 6o Para a aplicação da Política de Desenvolvimento dosServidores, o Ministério do Meio Ambiente deverá elaborar um PlanoAnual de Capacitação-PAC até o mês de novembro de cada ano, comvistas à aplicação para o ano seguinte. Eventos de capacitações plu-rianuias devem ser especificados no PAC a partir de 2011.

Art. 7o O PAC, como instrumento de gestão, deverá conter oplanejamento das ações de desenvolvimento do servidor em con-sonância com a Política de Desenvolvimento de Pessoal da Admi-nistração Pública Federal.

Art. 8o O PAC deverá abranger todas as ações de desen-volvimento dos servidores do Ministério, independente da fonte derecursos usada, a fim de gerar informações que permitirão o acom-panhamento e a avaliação da política.

Art. 9o As ações de desenvolvimento prioritárias deverão serdefinidas dentre as relacionadas a seguir:

I - atender às determinações contidas nas normas que ins-tituem a Política e as Diretrizes para o Desenvolvimento de Pessoalda Administração Pública Federal;

II - ações que visam ao atendimento às necessidades diag-nosticadas com base em avaliações da instituição e, ou, de seu pla-nejamento estratégico;

III - ações que visam ao atendimento das necessidades diag-nosticadas com base no resultado da avaliação de desempenho in-dividual;

IV - curso introdutório, ou curso de ambientação, abordandoos principais programas desenvolvidos pelo Ministério, sua estruturaorganizacional com as atribuições de cada unidade, bem como osprincípios básicos da administração pública, entre outros;

V - treinamentos obrigatórios previstos em legislação es-pecífica;

VI - ações destinadas ao desenvolvimento gerencial;VII - cursos de caráter permanente coordenados pelo Mi-

nistério e realizados em parceria com as escolas de governo, outrasinstituições e, ou, pessoas físicas que ofereçam programas que aten-dam às necessidades do Ministério; e

VIII - ações visando à qualificação de servidor em processode readequação funcional.

Art. 10. O PAC deverá conter um quadro com a programaçãodas atividades, no qual deverão ser informados, para cada ação dedesenvolvimento do servidor:

I - nome do evento ou ação;II - a carga horária;III - o público-alvo;IV - a classificação do evento;V - a fonte de recursos; eVI - a previsão de execução da ação.Art. 11. As demandas de capacitação não previstas no PAC

somente serão aprovadas caso haja disponibilidade orçamentária efinanceira, justificativa da necessidade, compatibilidade do conteúdoprogramático com as atribuições do cargo e aprovação do Comitê deDesenvolvimento de Pessoas-CDP.

Art. 12. O Ministério do Meio Ambiente terá como meta, deacordo com a disponibilidade orçamentária, capacitar pelo menosuma vez por ano cada servidor, e será dada prioridade àqueles ser-vidores com menor índice de participação em eventos de capaci-tação.

Art. 13. São considerados eventos de capacitação para asações de desenvolvimento do servidor:

I - treinamentos de curta duração;II - oficinas de trabalho, estágio e similares;III - instrução, ou orientações baseadas em objetivos ins-

trucionais, realizadas com o apoio de manuais, cartilhas e similares,em diferentes mídias;

IV - programas de formação profissional;V - seminários, congressos, fóruns e outros eventos afins

com duração mínima de oito horas;VI - cursos e estágios técnicos relacionados a áreas afins do

ó rg ã o ;VII - intercâmbios com organizações nacionais e interna-

cionais;VIII - grupos de estudo formalmente instituídos;IX - cursos de aperfeiçoamento (carga horária mínima de

180 horas);X - programa de graduação;XI - programa de doutorado e pós-doutorado;XII - incentivo ao programa de pós-graduação lato sensu e

mestrado stricto sensu;; eXIII - incentivo ao estudo de idioma estrangeiro.

Art. 14. Não será considerado evento de capacitação aqueleem que o servidor participe como representante do Ministério oucomo palestrante ou carga horária inferior a 8 horas/aula.

Art. 15. O Levantamento de Necessidade de Capacitação-LNC, previsto no PAC, tem como finalidade identificar os principaiscampos de capacitação e preencher as lacunas de conhecimento, ha-bilidades e atitudes dos servidores para o adequado desenvolvimentodas competências institucionais e individuais.

Art. 16. O LNC será aplicado no mês de agosto de cada anopela Divisão de Capacitação, Treinamento e Desenvolvimento daCoordenação-Geral de Gestão de Pessoas, em todas as unidades ad-ministrativas do Ministério do Meio Ambiente.

Art. 17. Todas as ações de capacitação, independente de suafonte de recursos, deverão ser acompanhadas pela Divisão de Ca-pacitação, Treinamento e Desenvolvimento da Coordenação-Geral deGestão de Pessoas.

Parágrafo único. Para avaliação das ações dos planos decapacitação, a Divisão de Capacitação, Treinamento e Desenvolvi-mento da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas definirá os tiposde avaliação que serão usados e a porcentagem dos eventos e ser-vidores que serão avaliados.

Art. 18. A Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas, deacordo com suas atribuições relativas ao PAC, deverá elaborar umrelatório anual contendo as ações capacitação realizadas.

Parágrafo único. O relatório deverá ser divulgado para todasas unidades administrativas do Ministério do Meio Ambiente e deveráconter, além das ações realizadas, informações sobre o número dehoras/aula por servidor por ano, a porcentagem de servidores queparticiparam de pelo menos um evento de capacitação, além de outrosindicadores que a Divisão de Capacitação, Treinamento e Desen-volvimento da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas definir noPA C .

Art. 19. A Divisão de Capacitação, Treinamento e Desen-volvimento da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas divulgaráperiodicamente, por intermédio da intranet ou por outros meios, oseventos constantes no Plano Anual de Capacitação.

Art. 20. No deslocamento para participação em evento decapacitação que implique em pagamento de diárias e passagens, oservidor deverá abrir processo específico e encaminhar à UnidadeAdministrativa em que estiver lotado, observando as orientações eprocedimentos sobre viagens no território nacional e exterior.

Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, caberá aDivisão de Capacitação, Treinamento e Desenvolvimento da Coor-denação-Geral de Gestão de Pessoas, somente o pagamento da taxade inscrição da capacitação, quando for o caso.

Art. 21. O pagamento da Gratificação por Encargo de Cursoou Concurso está disciplinado, nos termos do art. 76-A da Lei no

8.112, de 11 de dezembro de 1990 e Portaria no 76, de 3 de março de2009.

PORTARIA No- 420, DE 26 DE OUTUBRO DE 2011

Dispõe sobre procedimentos a serem apli-cados pelo Instituto Brasileiro do MeioAmbiente e dos Recursos Naturais Reno-váveis - IBAMA - na regularização e nolicenciamento ambiental das rodovias fede-rais.

A MINISTRA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, no usodas atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo únicodo art. 87 da Constituição, resolvem:

Art. 1º Esta Portaria dispõe sobre procedimentos a seremaplicados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos RecursosNaturais Renováveis - IBAMA na regularização ambiental das ro-dovias federais pavimentadas que não possuem licença ambiental e nolicenciamento ambiental das rodovias federais.

§1º Esta Portaria se aplica às rodovias federais administradaspelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT,às delegadas aos Estados, Distrito Federal e Municípios pela Lei nº9.277, de 10 de maio de 1996, e às concedidas integrantes do SistemaFederal de Viação previsto na Lei nº 5.917, de 10 de setembro de1973.

§2º Os procedimentos específicos de regularização ambien-tal, previstos nesta Portaria, somente se aplicam aos empreendimentosque entraram em operação até a data de sua publicação.

§3º As rodovias que já se encontram com processo de re-gularização em curso poderão se adequar às disposições desta Por-taria, sem prejuízo dos cronogramas já estabelecidos, quando per-tinente.

CAPÍTULO IDAS DEFINIÇÕESArt. 2º Para os fins previstos nesta Portaria, considera-se:I - manutenção de rodovias pavimentadas - processo sis-

temático e contínuo de correção, devido a condicionamentos cro-nológicos ou decorrentes de eventos supervenientes a que deve sersubmetida uma rodovia pavimentada, no sentido de oferecer per-manentemente ao usuário, tráfego econômico, confortável e seguro,por meio das ações de conservação, recuperação e restauração rea-lizadas nos limites da sua faixa de domínio;

II - conservação de rodovias pavimentadas - conjunto deoperações rotineiras, periódicas e de emergência, que têm por ob-jetivo preservar as características técnicas e operacionais do sistemarodoviário e suas instalações físicas, proporcionando conforto e se-gurança aos usuários;

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Nº 208, sexta-feira, 28 de outubro de 201190 ISSN 1677-7042

Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html ,pelo código 00012011102800090

Documento assinado digitalmente conforme MP no- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui aInfraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.

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III - recuperação de rodovias pavimentadas - conjunto deoperações aplicadas às rodovias com pavimento desgastado ou da-nificado, com objetivo de recuperar sua funcionalidade e promover oretorno das boas condições da superfície de rolamento e de tra-fegabilidade, por meio de intervenções de reforço, reciclagem oureconstrução do pavimento, e de recuperação, complementação ousubstituição dos componentes da rodovia;

IV - restauração de rodovias pavimentadas - conjunto deoperações aplicadas às rodovias com pavimento desgastado ou da-nificado, com o objetivo de restabelecer suas características técnicasoriginais ou de adaptar às condições de tráfego atual, prolongando seuperíodo de vida útil, por meio de intervenções de reforço, reciclagemou reconstrução do pavimento, bem como de recuperação, comple-mentação, ou substituição dos componentes da rodovia;

V - melhoramento em rodovias pavimentadas - conjunto deoperações que modificam as características técnicas existentes ouacrescentam características novas à rodovia já pavimentada, nos li-mites de sua faixa de domínio, para adequar sua capacidade a atuaisdemandas operacionais, visando a assegurar um nível superior desegurança do tráfego por meio de intervenção na sua geometria,sistema de sinalização e segurança e adequação ou incorporação deelementos nos demais componentes da rodovia;

VI - ampliação da capacidade de rodovias pavimentadas -conjunto de operações que resultam no aumento da capacidade dofluxo de tráfego da rodovia pavimentada existente, compreendendo aduplicação rodoviária integral ou parcial, construção de multifaixas eimplantação ou substituição de obras de arte especiais para dupli-cação;

VII - faixa de domínio - área de utilidade pública delimitadapelo órgão responsável pela rodovia e constituída por pistas de ro-lamento, obras de arte especiais, acostamentos, dispositivos de se-gurança, sinalização, faixa lateral de segurança, vias e ruas laterais,vias arteriais locais e coletoras, demais equipamentos necessários àmanutenção, fiscalização, monitoramento, vigilância e controle, pra-ças e demais estruturas de atendimento aos usuários;

VIII - operações rotineiras ou periódicas - operações que têmpor objetivo evitar o surgimento ou agravamento de defeitos, bemcomo manter os componentes da rodovia em boas condições de se-gurança e trafegabilidade;

IX - operações de emergência - operações que se destinam arecompor, reconstruir ou restaurar trechos e obras de arte especiaisque tenham sido seccionados, obstruídos ou danificados por eventoextraordinário ou catastrófico, que ocasiona a interrupção do tráfegoou coloca em flagrante risco seu desenvolvimento;

X - passivo ambiental rodoviário - conjunto de alteraçõesambientais adversas decorrentes de:

a) construção, conservação, restauração ou melhoramentosna rodovia, capazes de atuar como fatores de degradação ambiental,na faixa de domínio ou fora desta, bem como de irregular uso eocupação da faixa de domínio;

b) exploração de áreas de "bota-foras", jazidas ou outrasáreas de apoio; e

c) manutenção de drenagem com o desenvolvimento de pro-cessos erosivos originados na faixa de domínio;

XI - plataforma da rodovia - faixa compreendida entre asextremidades dos cortes e dos aterros, incluindo os dispositivos ne-cessários à drenagem.

§ 1º No conceito de conservação de que trata o inciso II docaput, estão incluídos os serviços de:

I - limpeza, capina e roçada da faixa de domínio;II - remoção de barreiras de corte;III - recomposição de aterros;IV - estabilização de taludes de cortes e aterros;V - limpeza, reparos, recuperação e substituição de estruturas

e muros de contenção;VI - tapa-buracos;VII - remendos superficiais e profundos;VIII - reparos, recomposição e substituição de camadas gra-

nulares do pavimento, do revestimento betuminoso ou das placas deconcreto da pista e dos acostamentos;

IX - reparos, substituição e implantação de dispositivos desinalização horizontal e vertical;

X - reparos, substituição e implantação de dispositivos desegurança;

XI - limpeza, reparos, substituição e implantação de dis-positivos de drenagem, tais como bueiros, sarjetas, canaletas, meio-fio, descidas d'água, entradas d'água, boca de lobo, bocas e caixas debueiros, dissipadores de energia, caixas de passagem, poços de visita,drenos; e

XII - limpeza, reparos e recuperação de obras de arte es-peciais, tais como pontes, viadutos, passarelas, túneis, e cortinas deconcreto.

§ 2º No conceito de restauração, previsto no inciso IV docaput, estão incluídos os serviços de:

I - estabilização de taludes de cortes e aterros;II - recomposição de aterros;III - tapa-buracos;IV - remendos superficiais e profundos;V - reparos, recomposição e substituição de camadas gra-

nulares do pavimento, do revestimento betuminoso ou das placas deconcreto da pista e dos acostamentos;

VI - reparos, substituição e implantação de dispositivos desinalização horizontal e vertical;

VII - recuperação, substituição e implantação de dispositivosde segurança;

VIII - recuperação, substituição e implantação de disposi-tivos de drenagem, tais como bueiros, sarjetas, canaletas, meio-fio,descidas d'água, entradas d'água, bocas de lobo, bocas e caixas debueiros, dissipadores de energia, caixas de passagem, poços de visitae drenos;

IX - recuperação de obras de arte especiais, tais como pon-tes, viadutos, passarelas, túneis e cortinas de concreto; e

X - recuperação ou substituição de estruturas e muros decontenção.

§ 3º No conceito de melhoramento de que trata o inciso V docaput, estão incluídos os serviços de:

I - alargamento da plataforma da rodovia para implantaçãode acostamento e de 3a faixa em aclives;

II - estabilização de taludes de cortes e aterros;III - recomposição de aterros;IV - implantação de vias marginais em travessias urbanas;V - substituição ou implantação de camadas granulares do

pavimento, do revestimento betuminoso ou placas de concreto, dapista e acostamentos;

VI - implantação ou substituição de dispositivos de sina-lização horizontal e vertical;

VII - implantação ou substituição de dispositivos de se-gurança;

VIII - implantação ou substituição de dispositivos de dre-nagem, tais como bueiros, sarjetas, canaletas, meio-fio, descidasd'água, entradas d'água, bocas de lobo, bocas e caixas de bueiros,dissipadores de energia, caixas de passagem, poços de visita e dre-nos;

IX - implantação, substituição ou alargamento de obras dearte especiais, tais como pontes, viadutos, passarelas, túneis e cortinasde concreto; e

X - implantação ou substituição de estruturas e muros decontenção.

CAPITULO IIDA REGULARIZAÇÃO AMBIENTALArt. 3º O IBAMA oficiará aos responsáveis pelas rodovias

federais pavimentadas e em operação, que estejam sem as respectivaslicenças ambientais, para que no prazo máximo de trezentos e ses-senta dias firmem Termo de Compromisso, nos termos do Anexo I,com o fim de apresentar, de acordo com o cronograma estabelecidono art. 7º, os Relatórios de Controle Ambiental-RCAs, que sub-sidiarão a regularização ambiental, por meio das respectivas Licençasde Operação-LOs.

§ 1º O prazo máximo de trezentos e sessenta dias para firmaro Termo de Compromisso será atendido conforme as etapas esta-belecidas nos incisos I a III do caput do art. 7º, de acordo com oseguinte cronograma:

I - de até cento e vinte dias para as rodovias previstas noinciso I do caput do art. 7º;

II - de até duzentos e quarenta dias para as rodovias previstasno inciso II do caput do art. 7º; e

III - de até trezentos e sessenta dias para as rodovias pre-vistas no inciso III do caput do art. 7º.

§2º A assinatura do termo de compromisso suspende as san-ções administrativas ambientais já aplicadas pelo IBAMA e impedenovas autuações, quando relativas à ausência da respectiva licençaambiental.

§3º O disposto no §2º não impede a aplicação de sançõesadministrativas ambientais pelo descumprimento do próprio termo decompromisso.

§4º No termo de compromisso deverá constar previsão nosentido de que as informações atualizadas relativas à regularização egestão ambiental estejam disponíveis na rede mundial de compu-tadores.

Art. 4º Os RCAs serão elaborados em atendimento ao termode referência constante no Anexo II, a ser adequado e consolidadopelo IBAMA, em conjunto com o requerente, levando em consi-deração as peculiaridades locais e os estudos existentes.

§ 1º As adequações de que trata o caput deverão levar emconsideração as especificidades ambientais relacionadas à região, naqual o empreendimento está localizado.

§ 2º A exigência de dados adicionais ao TR do Anexo II dar-se-á mediante decisão motivada do IBAMA.

§ 3º A consolidação prevista no caput deverá ser concluídano prazo máximo de dois meses, a partir da assinatura do termo decompromisso junto ao IBAMA.

§ 4º Por ocasião da consolidação referida no caput, seráfixado pelo IBAMA um cronograma para a elaboração e apresentaçãodo relatório de controle ambiental -RCA, levando em consideração aspeculiaridades de cada rodovia, observado o prazo máximo previstono art. 7º.

Art. 5º A partir do recebimento e aceite do relatório decontrole ambiental -RCA, deverá ser observado o prazo máximo decento e oitenta dias para que o IBAMA conclua sua análise.

Art. 6º O RCA deverá considerar as interações entre osmeios biótico, físico e socioeconômico, e ser composto por um diag-nóstico ambiental, pelo levantamento do passivo ambiental rodoviárioe pelos seguintes programas e planos, quando couber:

I - Programa de Prevenção, Monitoramento e Controle deProcessos Erosivos;

II - Programa de Monitoramento de Fauna;III - Programa de Recuperação de Áreas Degradadas;IV - Programa de Mitigação dos Passivos Ambientais;V - Programa de Gerenciamento de Riscos e Planos de Ação

de Emergência -PAE;VI - Programa de Educação Ambiental e Programa Comu-

nicação Social; eVII - Plano de Gestão Ambiental.Parágrafo único. O IBAMA, em decisão motivada, poderá

alterar os programas e planos componentes do relatório de controleambiental, se as peculiaridades locais assim o exigirem.

Art. 7º Para fins de cumprimento da presente Portaria, asrodovias a serem regularizadas, conforme art.1º, §1º desta Portaria,terão seus relatórios de controle ambiental apresentados no prazomáximo de vinte anos, em três etapas:

I - Primeira Etapa, compreendendo 15.000 km até o 6º ano,constituídos por rodovias que apresentam maior volume de tráfego;

II - Segunda Etapa, compreendendo 35.000 km até o 13ºano, cumulativamente, constituídos pelas rodovias referidas no incisoI do caput e por rodovias prioritárias para o escoamento da produção;e

III - Terceira Etapa, compreendendo 55.000 km até o 20ºano, cumulativamente, constituídos pelas rodovias referidas nos in-cisos I e II do caput e pelos demais trechos de rodovias, para com-pletar a malha rodoviária federal pavimentada.

Art. 8º A regularização ambiental de que trata esta Portariaserá realizada sem prejuízo das responsabilidades administrativa ecível dos responsáveis pelas rodovias federais pavimentadas e emoperação.

Art. 9º. À regularização ambiental de rodovias pavimentadase em operação em data anterior à vigência da Lei nº 9.985, de 18 dejulho de 2000, não se aplica a compensação ambiental por ela ins-tituída em seu art. 36.

Art. 10. Para a regularização de que trata esta Portaria, nocaso de rodovias federais pavimentadas e em operação que afetemunidades de conservação, o IBAMA deverá dar ciência ao órgãoresponsável pela administração das unidades de conservação.

Art. 11. A partir da assinatura do Termo de Compromisso edentro do seu período de vigência, ficam autorizadas nas rodoviasfederais pavimentadas e em suas faixas de domínio, desde que pre-viamente informado ao IBAMA:

I - as atividades de manutenção e melhoramento, contem-plando conservação, recuperação e restauração; e

II - as supressões de vegetação, desde que objetivem a se-gurança e a trafegabilidade da rodovia a ser regularizada, excluídas assupressões de rendimentos lenhosos, de áreas consideradas de pre-servação permanente - APP, sem prejuízo do respeito aos casos es-pecíficos de proteção ambiental previstos na legislação.

CAPITULO IIIDO LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE RODOVIAS FE-

DERAISArt. 12. A implantação, a duplicação ou a ampliação de

capacidade das rodovias federais, fora da faixa de domínio existente,seguirá o procedimento ordinário de licenciamento ambiental, con-forme legislação vigente.

Art. 13. A critério do IBAMA, poderão ser objeto de pro-cedimento específico e simplificado de licenciamento ambiental asobras de pavimentação, duplicação e ampliação da capacidade dasrodovias, desde que inseridas na área de sua faixa de domínio, nostermos das definições contidas nesta Portaria.

Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput, após a apro-vação dos estudos ambientais e dos programas de controle ambiental,o IBAMA poderá emitir, concomitantemente, as licenças pertinen-tes.

Art. 14. Ficam autorizadas as intervenções de melhorias ope-racionais e geométricas necessárias à garantia da segurança, da tra-fegabilidade e da operacionalidade das rodovias pavimentadas, desdeque inseridas nas áreas da sua faixa de domínio, tenham extensão deaté 5 km e não se enquadrem na exigência de que trata o art. 10 daLei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, sem prejuízo dos responsáveispelas rodovias informarem, previamente, ao IBAMA, as medidas demelhoramento pretendidas.

Art. 15. Esta Portaria entra em vigor na data de sua pu-blicação.

IZABELLA TEIXEIRA

ANEXO I

MODELO DE TERMO DE COMPROMISSOTERMO DE COMPROMISSO QUE CELEBRAM ENTRE

SI O INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOSRECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS-IBAMA E O DEPARTA-MENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPOR-TES-DNIT, OBJETIVANDO O LICENCIAMENTO AMBIENTALCORRETIVO NECESSÁRIO À REGULARIZAÇÃO AMBIENTALDE RODOVIAS FEDERAIS SEM LICENÇA AMBIENTAL, ES-PECIFICAMENTE DA RODOVIA FEDERAL BR [No DA BR]

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos RecursosNaturais Renováveis-IBAMA, neste ato designado compromitente edoravante denominado IBAMA, Autarquia Federal do Regime Es-pecial, criado pela Lei no 7.735, de 22 de fevereiro de 1989, inscritono CNPJ sob o no 03.859.166/0001-02, representado por seu Pre-sidente [NOME DO PRESIDENTE], residente e domiciliado em Bra-sília/DF, com carteira de identidade RG no [000000000000], inscritono CPF/MF sob o no [000.000.000-00], designado pelo(a) [TIPO DEATO] no [NÚMERO E DATA DO ATO], publicado no Diário Oficialda União de [E DATA DA PUBLICAÇÃO DO ATO], e no uso dasatribuições que lhe confere o art. 24 do Anexo I do Decreto no 4.756,de 20 de junho de 2003, que aprovou a Estrutura Regimental doIBAMA, e o art. 8o do Regimento Interno aprovado pela PortariaGM/MMA no 230, de 14 de maio de 2002, republicada no DiárioOficial da União de 21 de junho de 2002; e o Departamento Nacionalde Infra-estrutura de Transportes, neste ato designado compromissárioe doravante denominado DNIT, criado pela Lei no 10.233, de 5 dejunho de 2001, inscrito no CNPJ sob o no 04.892.707/0001-00, re-presentado por seu Diretor-Geral [NOME DO DIRETOR-GERAL],residente e domiciliado em Brasília/DF, com carteira de identidadeRG no [000000000000], inscrito no CPF/MF sob o no [000.000.000-00], designado pelo(a) [TIPO DE ATO] no [NÚMERO E DATA DOATO], publicado no Diário Oficial da União de [E DATA DA PU-BLICAÇÃO DO ATO], no uso das atribuições previstas no art. 21,inciso III da Estrutura Regimental do DNIT, aprovada pelo Decretono 5.765, de 27 de abril de 2006, em conjunto e ora denominadospartes e,

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Nº 208, sexta-feira, 28 de outubro de 2011 91ISSN 1677-7042

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CONSIDERANDO o Programa de Rodovias Federais Am-bientalmente Sustentáveis-PROFAS, instituído com a finalidade depromover a elaboração e execução dos projetos e atividades ne-cessárias para a regularização ambiental das rodovias federais pa-vimentadas sem licença ambiental, no intuito de compatibilizar anecessidade de sua operação e manutenção às normas ambientaisvigentes, resolvem celebrar o presente TERMO DE COMPROMIS-SO, sob as cláusulas e condições seguintes:

CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETOO presente Termo de Compromisso tem por objeto esta-

belecer os critérios, os procedimentos e as responsabilidades de formaa promover o licenciamento ambiental corretivo da Rodovia FederalBR [No DA BR]

Parágrafo Primeiro. O DNIT elaborará o Relatório de Con-trole Ambiental-RCA, para a Rodovia Federal BR [No DA BR],conforme Modelo previsto nos atos normativos pertinentes e Termode Referência específico, consolidado em conjunto com o InstitutoBrasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA.

Parágrafo Segundo. [quando couber] Estão excluídos do ob-jeto deste TERMO os segmentos da rodovia [XXXXXX] com Li-cenças Ambientais emitidas até o momento pelos Órgãos Esta-duais/Municipais de Meio Ambiente, referentes aos segmentos entre[XXXXXX]

Parágrafo Terceiro. A assinatura deste TERMO suspende aaplicação de sanções administrativas ambientais disciplinadas peloDecreto no 6.514, de 22 de julho de 2008, quando relativas à ausênciada respectiva licença ambiental.

CLÁUSULA SEGUNDA - DOS COMPROMISSOS DOIBAMA

I - emitir a Licença de Operação para a regularização am-biental da BR [No DA BR] após a apresentação e análise do res-pectivo RCA, no prazo previsto nos atos normativos pertinentes;

II - analisar e emitir pareceres, relatórios e notas técnicas,contendo apreciação técnica da documentação apresentada pelo DNITe requisitada neste TERMO, encaminhando cópias dessas análises aomesmo para conhecimento e adequações;

III - após análise técnica e em caso de adequação aos itensdeste TERMO, aprovar as medidas mitigatórias propostas pelo DNIT,contidas nos Programas Ambientais, autorizando a execução das res-pectivas ações, de acordo com cronograma acordado entre as par-tes;

IV - orientar e supervisionar a execução das ações realizadaspelo DNIT e acordadas neste TERMO, avaliando seus resultados ereflexos;

V - realizar vistorias técnicas periódicas de acompanhamentonos trechos da rodovia onde estejam previstas medidas de mitigaçãoe de execução das ações e projetos propostos, avaliando a efetividadedas ações realizadas pelo DNIT; e

VI - notificar o DNIT sobre as irregularidades acaso ve-rificadas quanto à execução das medidas e Programas Ambientaisprevistas neste TERMO.

CLÁUSULA TERCEIRA - DOS COMPROMISSOS DODNIT

I - elaborar o Relatório de Controle Ambiental-RCA, para arodovia federal BR [No DA BR] conforme Modelo previsto nos atosnormativos pertinentes e Termo de Referência específico, consolidadoem conjunto com o IBAMA;

II - apresentar o RCA e requerer ao IBAMA no prazo pre-visto nos atos normativos pertinentes, a licença de operação corretivada rodovia federal sob sua jurisdição para regularização ambiental darodovia;

III - executar, após a aprovação técnica do IBAMA, os Pla-nos e Programas Ambientais previstos no RCA da rodovia; e

IV - enviar ao IBAMA, os documentos, Planos e ProgramasAmbientais para subsidiar as análises técnicas referentes à Licença deOperação da rodovia.

CLÁUSULA QUARTA - DA PRESTAÇÃO DE CONTASO DNIT procederá o envio de relatórios a respeito do cum-

primento deste TERMO, escrevendo a fase de implementação emandamento, de acordo com o cronograma aprovado pelo IBAMA.

CLÁSULA QUINTA - DO ACOMPANHAMENTO E FIS-CALIZAÇAO

Fica assegurado ao IBAMA, a qualquer tempo, o acom-panhamento e verificação do andamento dos trabalhos e cumprimentodas obrigações assumidas neste TERMO, cabendo a esse Instituto aadoção das medidas e sanções administrativas necessárias para aimplementação do mesmo.

O DNIT prestará todo o apoio aos técnicos do IBAMA,acompanhando vistorias à rodovia e sua faixa de domínio e prestandoinformações que sejam solicitadas, bem como enviando documentoscomprobatórios do atendimento desse TERMO.

As disposições do presente TERMO não excluem a pos-sibilidade de imposição de sanções administrativas pelo IBAMA aoDNIT ou às suas empreiteiras contratadas, em caso do cometimentode infrações às normas ambientais vigentes.

CLÁUSULA SEXTA - DA INADIMPLÊNCIAO IBAMA comunicará formalmente ao DNIT das ações a

serem tomadas, ao verificar o descumprimento das obrigações cons-tantes deste TERMO, estabelecendo prazos máximos para a devidaadequação.

No acompanhamento e fiscalização do atendimento desteTERMO, o IBAMA adotará as medidas e sanções administrativasprevistas no Decreto 6514/08 e alterações, ou outras normais legaisaplicáveis.

Concomitantemente ao disposto no inciso II acima, o des-cumprimento por parte do DNIT do disposto no inciso I desta Cláu-sula, bem como dos prazos e obrigações sob sua responsabilidade econstantes deste TERMO, importará cumulativamente na:

I - obrigação de reparação de eventual dano ambiental de-corrente do descumprimento deste instrumento; e

II - execução judicial das obrigações nele estipuladas.CLÁUSULA SÉTIMA - DA VIGÊNCIAO presente TERMO, com eficácia de título executivo ex-

trajudicial produzirá efeitos legais a partir de sua assinatura e terávigência até a emissão da Licença de Operação por parte do IBA-MA.

CLÁUSULA OITAVA - DA ALTERAÇÃO DAS CONDI-ÇÕES PACTUADAS

O presente TERMO poderá ser alterado através de TermoAditivo, mediante expressa concordância das partes.

As partes poderão, diante de novas informações, ou se assimas circunstâncias o exigirem, propor a revisão ou a complementaçãodos compromissos ora firmados, baseados em critérios técnicos ounovas informações que justifiquem tais alterações.

CLÁUSULA NONA - DA PUBLICIDADECompete ao DNIT proceder à publicação do extrato do pre-

sente TERMO, no prazo de até 30 (trinta) dias, a contar da suacelebração, no Diário Oficial da União.

CLÁUSULA DÉCIMA - DO FOROPara dirimir quaisquer questões decorrentes deste Termo

Aditivo, que não possam ser resolvidas pela mediação administrativa,as partes elegem o foro da Justiça Federal, Seção Judiciária do Dis-trito Federal competente.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - DAS DISPOSIÇÕESFINAIS

As partes declaram e reconhecem para os devidos fins que opresente TERMO possui caráter negocial e está sendo firmado decomum acordo com o intuito de promover a adequação do licen-ciamento ambiental das rodovias federais.

O presente TERMO, depois de aprovado por todas as partesenvolvidas, e perante as testemunhas abaixo listadas, segue assinadoem 02 (duas) vias de igual teor e forma, para os devidos fins e efeitoslegais.

ANEXO IITERMO DE REFERÊNCIA DE RELATÓRIO DE CON-

TROLE AMBIENTAL PARA REGULARIZAÇÃO DE RODOVIAS- RCA

INTRODUÇÃOO presente Termo de Referência tem como objetivo esta-

belecer um referencial, em nível nacional, para a elaboração do Re-latório de Controle Ambiental - RCA para Rodovias pavimentadas,visando à regularização ambiental desses empreendimentos.

O IBAMA poderá incluir ou excluir informações em funçãodas especificidades do empreendimento, da região e legislação localou pertinente, desde que adequadamente justificados.

O Relatório de Controle Ambiental deverá contemplar umdiagnóstico a ser desenvolvido com base nas informações levantadasacerca dos fatores ambientais na sua área de influência; identificar,analisar e avaliar os impactos ambientais decorrentes do empreen-dimento, bem como propor medidas mitigadoras e planos e pro-gramas de monitoramento e controle dos impactos e passivos am-bientais identificados.

1. IDENTIFICAÇÂO DO EMPREENDEDOR1.1. Identificação do empreendedor:- nome ou razão social;- Número do CNPJ e Registro no Cadastro Técnico Fe-

deral;- Endereço completo (fone, fax e e-mail)- Representantes legais (nome, endereço, fone, fax e e-

mail);- Pessoa de contato (nome, endereço, fone, fax e e-mail);1.2. Identificação da empresa responsável pelos estudos- Nome ou razão social;- Número do CNPJ e Registro no Cadastro Técnico Fe-

deral;- Endereço completo, (fone, fax e-mail);- Representantes legais (nome, Cadastro Técnico Federal,

endereço, fone, fax e e-mail);- Pessoa de contato (nome, Cadastro Técnico Federal, en-

dereço, fone, fax e e-mail);- ART da empresa.1.3. Dados da equipe técnica multidisciplinar (Relacionar e

identificar os profissionais responsáveis pela elaboração do RCA):- Nome;- Formação profissional;- Número do registro no respectivo Conselho de Classe,

quando couber;- Número do Cadastro Técnico Federal;- ART, quando couberObservação:Cada membro da equipe deverá rubricar, em uma cópia do

Relatório de Controle Ambiental - RCA, as páginas de sua res-ponsabilidade técnica.

Os membros da equipe consultora deverão assinar o RCA napágina de identificação da equipe multidisciplinar. Já o coordenadordo estudo deverá, adicionalmente, rubricar todas as páginas do es-tudo.

Os profissionais que subscrevem os estudos e projetos, queintegram os processos de licenciamento ambiental, serão responsáveispelas informações apresentadas, sujeitando-se às sanções adminis-trativas, civis e penais.

2. DADOS DO EMPREENDIMENTO2.1. Identificação do Empreendimento- nome- Município(s) e UF(s);2.2. Caracterização do Empreendimento- Localização georreferenciada em mapa de toda a rodovia,

em escala a ser acordada.

- Extensão- Relevo do terreno- Seção transversal esquemática (dimensões do off-set, faixa

de domínio, etc) em toda a sua extensão (velocidade diretriz, rampasmáximas, raio de curvatura mínimo, etc).

- Largura da faixa de domínio- VDM, com percentuais de veículos leves, ônibus e ca-

minhões- Localização georreferenciada e identificação das obras de

arte especiais e cruzamentos com outras rodovias e outros modais- Localização e descrição sucinta dos melhoramentos pro-

postos, quando couber;- Apresentar caracterização, projetos-tipo e mapeamento

georreferenciado das unidades de apoio previstas e seus acessos,quando couber;

-Apresentar os sistemas de segurança e de sinalização.3. ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTOO Relatório de Controle Ambiental deverá definir os limites

das áreas de influência, direta ou indireta do empreendimento, con-siderando-se as características dos meios físico, biótico e socioe-conômico, bem como o alcance dos impactos, dando ênfase à suaproximidade com as áreas protegidas por legislação específica.

Para a definição do limite geográfico de cada uma das áreasdevem ser considerados, também, os fatores ambientais que compõema paisagem; os empreendimentos existentes; o uso e ocupação dosolo; programas e projetos previstos, em andamento ou já desen-volvidos na região.

A definição dos limites das áreas de influência deve serjustificada, observando-se que, para fatores ambientais específicos, oslimites podem ser diferentes e sujeitos à revisão com base na iden-tificação e na abrangência dos impactos.

As áreas de influência direta e indiretamente pelo empre-endimento deverão ser mapeadas.

3.1. Área de Influência Direta-AIDÉ a área cuja incidência dos impactos da operação do em-

preendimento ocorreu de forma direta sobre os recursos ambientais,modificando a sua qualidade ou diminuindo seu potencial de con-servação ou aproveitamento. A rede de relações sociais, econômicas eculturais afetadas pelo empreendimento deve ser considerada na suadelimitação.

A área de influência direta será delimitada, considerando-se:

- A faixa de domínio da rodovia;- As áreas destinadas às estruturas de apoio;- As áreas de jazidas, empréstimo e bota-fora, quando cou-

ber;- Os acessos existentes e projetados;- As áreas contínuas de relevante importância ecológica;- Cidades e vilas residenciais que servem como apoio lo-

gístico ao empreendimento, bem como as áreas das comunidades epropriedades diretamente interceptadas;

- Outras áreas que sofreram alterações decorrentes da açãodireta do empreendimento, a serem identificadas no decorrer dosestudos.

3.2. Área de Influência Indireta-AIIÉ a área afetada pelos impactos indiretos da operação do

empreendimento, abrangendo os meios físico, biótico e socioeco-nômico e inclui os ecossistemas e o sistema socioeconômico im-pactados por alterações ocorridas na área de influência direta.

A delimitação da AII circunscreve a AID e deve considerar,entre outros:

- O alcance dos impactos associados às características doempreendimento;

- As micro bacias;- Os fragmentos e remanescentes florestais, UCs, Áreas prio-

ritárias para conservação, área de vida para espécies protegidas,ameaçadas de extinção, raras, endêmicas;

- As características urbano-regionais;- As alterações na dinâmica de uso e ocupação do solo, na

dinâmica dos núcleos urbanos e na dinâmica do transportes regio-nal.

4. DIAGNÓSTICO AMBIENTALO diagnóstico deve traduzir a dinâmica ambiental das áreas

de influência da rodovia. Deve apresentar a descrição dos fatoresambientais e permitir a correta identificação e avaliação dos impactosambientais decorrentes da operação do empreendimento.

Deve subsidiar a análise integrada, multi e interdisciplinar, epossibilitar a gestão ambiental do empreendimento.

As informações relativas às áreas de influência podem serbaseadas em dados secundários, desde que sejam atuais e possibilitema compreensão sobre os temas em questão, sendo complementadas,quando necessário, com dados primários.

Todas as bases e metodologias utilizadas devem ser cla-ramente especificadas, referenciadas, justificadas e apresentadas deforma detalhada, junto ao tema.

Os resultados dos estudos e levantamentos com vistas acompor o diagnóstico ambiental da área de influência do empre-endimento abrangerão os aspectos abaixo relacionados:

1. Meio FísicoClima e Condições meteorológicasCaracterização climático-meteorológica resumida da região

em que se insere o empreendimento, considerando a ocorrência deeventos extremos.

Apresentar tabelas e gráficos com as médias históricas e comas médias recentes dos parâmetros meteorológicos ao longo dos me-ses do ano, com ênfase pluviosidade e regime de ventos (direção evelocidade), indicando as fontes dos dados apresentados.

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GeologiaApresentar mapeamento da geologia regional, abrangendo a

área de influência indireta.Apresentar a identificação e localização geográfica prevista

das possíveis jazidas utilizadas ou a serem utilizadas para realizaçãode demais obras necessárias ao empreendimento, para os casos emque o material seja proveniente de jazidas não comerciais, quandoc o u b e r.

Apresentar as características geotécnicas dos pontos notáveisatingidos diretamente pelas rodovias, mediante o uso de parâmetrosde mecânica de rochas e solos e as interferências destas em relação aoempreendimento (propensão à erosão, taludes instáveis, travessias deregiões com solos hidromórficos, travessias de cursos d'água, etc.).

GeomorfologiaApresentar as unidades geomorfológicas compreendendo as

formas e a dinâmica de relevo, e indicar a presença ou a propensão àerosão, assoreamento e inundações sazonais.

SolosDescrever e mapear as classes de solo, (de acordo com o

Sistema de Classificação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-pecuária - EMBRAPA - 1999 e 2006).

HidrologiaLevantamento e mapeamento do sistema hidrográfico, in-

formando a localização e caracterização básica dos corpos d'águaatravessados pelo empreendimento, com identificação dos mananciaisde abastecimento público, bem como de outros usos preponderan-tes.

Apresentar mapeamento e informações básicas sobre níveis,freqüência e duração de cheias.

Avaliar a ocorrência de processos erosivos e de assorea-mento, e suas implicações decorrentes das retenções e das descargasde águas pluviais, e sua interferência na dinâmica fluvial.

CavidadesApresentar levantamento das cavidades naturais, com base

em dados secundários.2. Meio BióticoOs estudos realizados para o diagnóstico do meio biótico

devem ser apresentados de forma clara e objetiva.Caracterizar os ecossistemas nas áreas atingidas pelo em-

preendimento, sua distribuição e relevância biogeográfica, identifi-cando a rede hidrográfica.

Caracterizar a cobertura vegetal na área de influência doempreendimento, apresentando:

- Identificação e mapeamento das fitofisionomias; e- Lista de ocorrência de espécies da flora, informando:Ordem, família, nome científico, nome vulgar; eEstado de conservação, considerando as listas oficiais de

espécies ameaçadas, tendo como referência: CITES, IUCN, MMA,estaduais e municipais.

Identificar as Unidades de Conservação no âmbito federal,estadual e municipal, os corredores ecológicos, com base em ecologiade paisagem, as áreas protegidas por legislação específica, localizadasna área de influência do empreendimento e as respectivas distânciasem relação à rodovia.

Mapear e apresentar relação das Áreas Prioritárias para Con-servação formalmente identificadas pelos governos federal, estadual emunicipal.

Caracterizar, com base em dados secundários, incluindo osplanos de manejo de unidades de conservação, as populações fau-nísticas e suas respectivas distribuições espacial e sazonal, com es-pecial atenção às espécies ameaçadas de extinção, raras, endêmicas emigratórias, e identificar áreas potenciais para servirem como cor-redores e refúgio de fauna.

3. Meio SocioeconômicoO estudo abrangerá as áreas de influência direta e indireta do

empreendimento de forma a demonstrar os efeitos sociais e eco-nômicos decorrentes da sua operação e as suas interrelações com osfatores ambientais, passíveis de alterações relevantes pelos efeitos doempreendimento.

Quando procedente, as variáveis estudadas no meio socioe-conômico deverão ser apresentadas em séries históricas represen-tativas, visando à avaliação de sua evolução temporal.

Os levantamentos devem ser complementados pela produçãode mapas temáticos, inclusão de dados estatísticos, utilização de de-senhos esquemáticos, croquis e fotografias.

Relacionar os municípios diretamente afetados pelo empre-endimento, apresentando os dados de geografia humana disponíveis, acaracterização do uso e ocupação do solo da AID e a caracterizaçãoda economia regional.

Identificar os principais problemas/conflitos socioambientaisda região destacando possíveis conflitos de uso, atores sociais en-volvidos, inter-relações com as atividades rodoviárias.

Identificar a existência de povos e comunidades tradicionais(definidas pelo Decreto nº 6.040/2007), indígenas e quilombolas,apresentando a distância entre essas e o empreendimento.

Identificar os pontos de interesse para o patrimônio arqueo-lógico, histórico e cultural existente na área de influência, com baseem dados secundários.

5. PASSIVO AMBIENTALDeverão ser identificadas, descritas (fichas de identificação

de passivos com relatório fotográfico e croquis/representações) e de-vidamente localizadas (listagem de coordenadas e mapas em escalaadequada), no mínimo, as seguintes situações de passivos ambientaisresultantes da implantação e operação da rodovia:

- Meio Físico (possíveis áreas contaminadas; jazidas ou áreasde mineração, empréstimos, bota-foras ou outras áreas de apoio aban-donadas ou não-recuperadas; processos erosivos em desenvolvimento;interferências sobre drenagem fluvial);

- Meio Biótico (Áreas de Preservação Permanente supri-midas, fauna impactada em função de atropelamento).

- Meio Socioeconômico: levantamento das ocupações irre-gulares existentes na faixa de domínio, e identificação dos pontoscríticos para a segurança dos usuários e comunidades lindeiras.

Observação: a existência de passivos ambientais implicará naobrigatoriedade de apresentar programa de recuperação dos mes-mos.

6. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTO AM-B I E N TA L

Deverão ser identificadas as ações impactantes e analisadosos impactos ambientais nos meios físico, biótico e socioeconômico,relativos à operação do empreendimento.

Os impactos serão avaliados nas áreas de influências de-finidas para cada um dos meios estudados e caracterizados no diag-nóstico ambiental, considerando suas propriedades cumulativas e si-nérgicas e a distribuição dos ônus e benefícios sociais.

Na avaliação dos impactos sinérgicos e cumulativos deverãoser considerados os usos socioeconômicos existentes nas áreas deinfluência direta e indireta, de forma a possibilitar o planejamento eintegração efetiva das medidas mitigadoras.

7. PLANO BASICO DE REGULARIZAÇÃO AMBIEN-TA L - P B R A

Os Programas a serem detalhados deverão observar as dis-posições da presente Portaria.

Os programas de controle ambiental deverão considerar: ocomponente ambiental afetado; o caráter preventivo ou corretivo; adefinição de responsabilidades e o cronograma de execução das me-didas, hierarquizando-as em termos de curto, médio e longo prazo.

Os programas deverão ter caráter executivo e conter: ob-jetivos, justificativas, público-alvo, cronograma de implantação e in-ter-relação com outros programas.

8. BIBLIOGRAFIA

PORTARIA No- 421, DE 26 DE OUTUBRO DE 2011

Dispõe sobre o licenciamento e a regula-rização ambiental federal de sistemas detransmissão de energia elétrica e dá outrasprovidências.

A MINISTRA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, no usodas atribuições que lhe confere os incisos I e II do parágrafo único doart. 87, da Constituição, resolve:

Art. 1o Esta Portaria estabelece procedimentos para o li-cenciamento e a regularização ambiental federal de sistemas de trans-missão de energia elétrica.

CAPÍTULO IDAS DEFINIÇÕESArt. 2o Para os fins previstos nesta Portaria entende-se

por:I - Audiência Pública: reunião promovida pelo Instituto Bra-

sileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-IBA-MA, às expensas do empreendedor, que tem por finalidade expor aosinteressados o conteúdo do produto em análise e do seu referidoRIMA, dirimindo dúvidas e recolhendo dos presentes críticas e su-gestões a respeito;

II - Corredor: espaço definido para linhas de transmissãocomo sendo a faixa com largura total de até 30 km, considerando até15 km para cada lado com relação à diretriz principal da linha queintegrará o sistema de transmissão; e, analogamente, para subestaçõescomo sendo a área de até 15 km de raio que servirá para a definiçãodos vértices que irão delimitar a área física da subestação a serimplantada;

III - Faixa de servidão administrativa: área de terra comrestrição imposta à faculdade de uso e gozo do proprietário, cujodomínio e uso são atribuídos à concessionária por meio de contratoou escritura de servidão administrativa firmada com o proprietário,para permitir a implantação, operação e manutenção de linhas detransmissão ou distribuição de energia elétrica;

IV - Passivo Ambiental: alteração ambiental adversa de-corrente da construção, manutenção ou operação de sistemas de trans-missão de energia elétrica capazes de atuar como fatores de de-gradação ambiental;

V- Reunião Técnica Informativa: reunião promovida peloIBAMA, às expensas do empreendedor, para apresentação e discussãodo Relatório Ambiental Simplificado, Relatório de Detalhamento dosProgramas Ambientais e demais informações, garantidas a consulta ea participação pública;

VI - Sistemas de Transmissão: consiste no transporte deenergia elétrica, por meio de linhas de transmissão, subestações eequipamentos associados, com o objetivo de integrar eletricamente:sistema de geração de energia elétrica a outro sistema de transmissãoaté as subestações distribuidoras; dois ou mais sistemas de trans-missão ou distribuição; a conexão de consumidores livres ou au-toprodutores; interligações internacionais; e as instalações de trans-missão ou distribuição para suprimento temporário;

VII - Sistemas de Distribuição: consiste na distribuição deenergia elétrica para fornecimento de energia aos consumidores;

VIII- Sistemas de Geração: consiste na transformação emenergia elétrica de qualquer outra forma de energia, seja qual for asua origem; e

IX- Testes Pré-Operacionais: operação cuja finalidade é arealização de testes, energização ou manobras para integrar um novosistema de transmissão aos sistemas existentes necessários para en-trada em operação comercial em condições seguras e eficientes.

CAPÍTULO IIDOS PROCEDIMENTOS PARA O LICENCIAMENTO

AMBIENTAL FEDERALArt. 3o O licenciamento ambiental federal dos sistemas de

transmissão de energia elétrica poderá ocorrer:I - pelo procedimento simplificado, com base no Relatório

Ambiental Simplificado-RAS; ouII - pelo procedimento ordinário, com base no Relatório de

Avaliação Ambiental-RAA; ou por meio de Estudo de Impacto Am-biental-EIA e o seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental-RI-MA, conforme o grau de impacto do empreendimento.

Art. 4o O licenciamento ambiental federal dos sistemas detransmissão de energia elétrica compreenderá as seguintes etapas:

I - encaminhamento por parte do empreendedor de:a) Ficha de Caracterização da Atividade-FCA; eb) declaração de enquadramento do empreendimento como

de pequeno potencial de impacto ambiental, quando couber;II - emissão do Termo de Referência pelo IBAMA, garantida

a participação do empreendedor quando, por este solicitada;III - requerimento de licenciamento ambiental federal, pelo

empreendedor, acompanhado dos documentos, projetos e estudos am-bientais;

IV - análise pelo IBAMA dos documentos, projetos e es-tudos ambientais;

V - realização de vistorias, em qualquer das etapas do pro-cedimento de licenciamento, pelo IBAMA;

VI - realização de reunião técnica informativa ou audiênciapública, conforme estabelecido para cada procedimento de licencia-mento ambiental federal;

VII - emissão de parecer técnico conclusivo; eVIII - deferimento ou indeferimento do pedido de licença,

dando-se a devida publicidade.CAPÍTULO IIIDO PROCEDIMENTO SIMPLIFICADO DE LICENCIA-

MENTO AMBIENTAL FEDERALArt. 5o O procedimento de licenciamento ambiental federal

de sistemas de transmissão de energia elétrica enquadrados, inde-pendentemente da tensão, como de pequeno potencial de impactoambiental será simplificado quando a área da subestação ou faixa deservidão administrativa da linha de transmissão não implicar simul-taneamente em:

I - remoção de população que implique na inviabilização dacomunidade e/ou sua completa remoção;

II - afetação de unidades de conservação de proteção in-tegral;

III - localização em sítios de: reprodução e descanso iden-tificados nas rotas de aves migratórias; endemismo restrito e espéciesameaçadas de extinção reconhecidas oficialmente;

IV - intervenção em terra indígena;V - intervenção em território quilombola;VI - intervenção física em cavidades naturais subterrâneas

pela implantação de torres ou subestações;VII - supressão de vegetação nativa arbórea acima de 30%

da área total da faixa de servidão definida pela Declaração de Uti-lidade Pública ou de acordo com a NBR 5422 e suas atualizações,conforme o caso; e

VIII - extensão superior a 750 km.Parágrafo único. Serão consideradas de pequeno potencial de

impacto ambiental, as linhas de transmissão implantadas ao longo dafaixa de domínio de rodovias, ferrovias, linhas de transmissão eoutros empreendimentos lineares pré-existentes, ainda que situadasem terras indígenas, em territórios quilombolas ou em unidades deconservação de uso sustentável.

Art. 6o Ao requerer a licença prévia ao IBAMA, o em-preendedor apresentará o Relatório Ambiental Simplificado-RAS,dando-se a devida publicidade e atendendo ao conteúdo do Anexo Idesta Portaria.

§ 1o O requerimento de licença conterá a declaração deenquadramento do empreendimento como de pequeno potencial deimpacto ambiental, atendendo ao disposto no artigo 5º, firmada peloresponsável técnico pelo RAS e pelo responsável principal do em-preendimento.

§ 2o O pedido de licenciamento deverá ser encaminhado,pelo empreendedor, para publicação no Diário Oficial da União e emjornal de grande circulação, ou outro meio de comunicação am-plamente utilizado na região, conforme legislação vigente, no prazode até 5 (cinco) dias corridos subseqüentes à data do requerimento.

§ 3o Em caso de não intervenção da faixa de servidão ad-ministrativa ou da área da subestação em terra indígena, em territórioquilombola ou em unidades de conservação de proteção integral, oempreendedor deverá apresentar declaração com esse conteúdo, sobas penas da lei.

Art. 7o O IBAMA ratificará ou não, com base nos critériosdefinidos no art. 5o desta Portaria e na documentação apresentada, oenquadramento do empreendimento no procedimento simplificado delicenciamento ambiental, mediante decisão fundamentada.

§ 1o Os empreendimentos que, após análise do IBAMA, nãose enquadrarem como de pequeno potencial de impacto ambiental,ficarão sujeitos aos demais procedimentos de licenciamento ambien-tal, na forma da legislação vigente e desta Portaria.

§ 2o O prazo para a manifestação de que trata o caput seráde até 10 (dez) dias úteis, a partir do requerimento da licença pré-via.

§ 3o Caso o IBAMA constate que o empreendimento não seenquadra como de pequeno potencial de impacto ambiental, os es-tudos ambientais já produzidos poderão ser aproveitados, devendo oórgão ambiental verificar a necessidade de complementação.

Art. 8o Após a ratificação do enquadramento, o IBAMAdeverá disponibilizar, no sitio eletrônico oficial, de imediato, oRAS.

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Art. 9o Sempre que julgar necessário, o IBAMA promoveráreunião técnica informativa.

§ 1o Qualquer pessoa poderá se manifestar por escrito noprazo de até 20 (vinte) dias da publicação do requerimento de licença,nos termos desta Portaria, cabendo ao IBAMA juntar as manifes-tações ao processo de licenciamento ambiental.

§ 2o Quando solicitado por entidade civil, Ministério Pú-blico, ou cinquenta pessoas maiores de dezoito anos, o IBAMA pro-moverá reunião técnica informativa às expensas do empreendedor.

§ 3o A solicitação para realização de reunião técnica in-formativa deverá ocorrer no prazo de até 20 (vinte) dias corridos apósa data de publicação do requerimento das licenças pelo empreen-d e d o r.

§ 4o A reunião técnica informativa será realizada em atévinte dias corridos a contar da data de solicitação de sua realização edeverá ser divulgada pelo empreendedor.

§ 5o Para a realização da reunião técnica informativa, seráobrigatório o comparecimento do empreendedor, das equipes res-ponsáveis pela elaboração do Relatório Ambiental Simplificado e derepresentantes do IBAMA.

Art. 10. O prazo para emissão da licença prévia será de, nomáximo, 60 (sessenta) dias, contados a partir da data de ratificação doenquadramento do empreendimento pelo IBAMA.

§ 1o A critério do IBAMA, poderá ser solicitada a apre-sentação de esclarecimentos, detalhamentos ou complementações deinformações, uma única vez, a serem entregues no prazo de até 30(trinta) dias.

§2º É vedada a solicitação de novas exigências, salvo, poruma única vez, se decorrerem da insuficiência de informações jásolicitadas nos termos do §1º, a serem entregues no prazo de até 30(trinta) dias.

§ 3o Mediante requerimento fundamentado de prorrogaçãodo prazo pelo empreendedor, o IBAMA poderá fixar nova data, im-prorrogável, para apresentação do que houver sido solicitado.

Art. 11. Ao requerer a licença de instalação, o empreendedorapresentará a comprovação do atendimento das condicionantes dalicença prévia, conforme estabelecido em cronograma, o Relatório deDetalhamento dos Programas Ambientais-RDPA, e outras informa-ções previamente exigidas pelo IBAMA.

§ 1o Quando houver necessidade de supressão de vegetaçãopara a instalação do empreendimento, deverá ser requerida a Au-torização para Supressão de Vegetação- ASV juntamente com a li-cença de instalação, com a apresentação do inventário florestal.

§ 2o Quando da realização de testes pré-operacionais, osprazos necessários à sua execução deverão estar contemplados nocronograma de instalação do empreendimento e, a sua execução de-verá ser precedida de comunicação ao IBAMA.

Art. 12. O prazo para emissão da licença de instalação seráde, no máximo, 60 (sessenta) dias, contados a partir da data deprotocolização do requerimento da respectiva licença.

§ 1o A critério do IBAMA, poderá ser solicitada a apre-sentação de esclarecimentos, detalhamentos ou complementações deinformações, uma única vez, a serem entregues no prazo de até 30(trinta) dias.

§2º É vedada a solicitação de novas exigências, salvo, poruma única vez, se decorrerem da insuficiência de informações jásolicitadas nos termos do §1º, a serem entregues no prazo de até 30(trinta) dias.

§ 3o Mediante requerimento fundamentado de prorrogaçãodo prazo, pelo empreendedor, o IBAMA poderá fixar nova data,improrrogável, para apresentação do que houver sido solicitado.

Art. 13. A licença de operação será emitida pelo IBAMA noprazo máximo de 60 (sessenta) dias após seu requerimento, desde quetenham sido cumpridas as condicionantes da licença de instalação,inclusive a observância dos testes pré-operacionais necessários, con-forme estabelecido em cronograma.

Art. 14. O empreendedor, durante a implantação e operaçãodo empreendimento, comunicará ao IBAMA a identificação de im-pactos ambientais não descritos no Relatório Ambiental Simplificadoe no Relatório de Detalhamento dos Programas Ambientais, para asprovidências que se fizerem necessárias.

Art. 15. O licenciamento ambiental de novas subestações deenergia elétrica, adjacentes ou não às subestações existentes, quandodesvinculado do processo de licenciamento ambiental do respectivosistema de transmissão e enquadráveis como de pequeno potencial deimpacto ambiental, terá procedimento simplificado, de acordo com otermo de referência disponibilizado no Anexo I, desta Portaria.

Art. 16. A contagem dos prazos previstos nos arts. 10 e 12,desta Portaria, será suspensa durante a elaboração dos estudos am-bientais complementares ou preparação de esclarecimentos pelo em-p r e e n d e d o r.

Art. 17. O não cumprimento pelo empreendedor dos prazosestipulados nos parágrafos dos arts. 10 e 12, desta Portaria, implicaráno arquivamento de seu pedido de licença.

Art. 18. O arquivamento do processo de licenciamento am-biental não impedirá a apresentação de novo requerimento de licença,que deverá obedecer aos procedimentos estabelecidos nesta Portaria,mediante novo pagamento de custo de análise.

CAPÍTULO IVDO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO DE LICENCIAMEN-

TO AMBIENTAL COM EIA/RIMAArt. 19. Os empreendimentos considerados de significativo

impacto ambiental, independente da tensão e extensão, exigirão aapresentação e aprovação de estudo de impacto ambiental e res-pectivo relatório de impacto ambiental-EIA/RIMA quando a área dasubestação ou faixa de servidão administrativa da linha de trans-missão implicar em:

I - remoção de população que implique na inviabilização dacomunidade e/ou sua completa remoção;

II - localização em sítios de: reprodução e descanso iden-tificados nas rotas de aves migratórias; endemismo restrito e espéciesameaçadas de extinção reconhecidas oficialmente; e

III - supressão de vegetação nativa arbórea acima de 60% daárea total da faixa de servidão definida pela declaração de utilidadepública ou de acordo com a NBR 5422 e suas atualizações, conformeo caso.

Parágrafo único. Independentemente da verificação das si-tuações previstas no caput, se a área de implantação de subestaçõesou de faixas de servidão afetar unidades de conservação de proteçãointegral ou promover intervenção física em cavidades naturais sub-terrâneas pela implantação de torres ou subestações, também, seráexigido EIA/RIMA.

Art. 20. O Estudo de Impacto Ambiental-EIA e respectivoRelatório de Impacto Ambiental-RIMA deverão ser elaborados combase no conteúdo previsto no Termo de Referência disponível noAnexo II desta Portaria.

§ 1o Excepcionalmente e de forma justificada, visando aten-der a critérios específicos regionais ou a necessidade de realização devistoria técnica, o IBAMA, acordado com o empreendedor, poderáalterar as informações do conteúdo previsto no Anexo II desta Por-taria.

§ 2o A consolidação final do Termo de Referência em aten-dimento aos critérios do parágrafo anterior, contados a partir dorequerimento de licenciamento ambiental, não poderá exceder 50(cinquenta) dias.

§ 3o O Termo de Referência definitivo terá validade de 2(dois) anos.

Art. 21. O pedido de licenciamento deverá ser encaminhadopelo empreendedor para publicação no Diário Oficial da União e emjornal de grande circulação, ou outro meio de comunicação am-plamente utilizado na região, conforme legislação vigente, no prazode até 5 (cinco) dias corridos subsequentes à data do requerimento.

Art. 22. Ao requerer a licença prévia ao IBAMA, o em-preendedor apresentará o EIA/RIMA.

§ 1o O IBAMA, no prazo de até 30 (trinta) dias, apresentarámanifestação técnica quanto à aceitação do EIA/RIMA para análiseou sua devolução, com a devida publicidade.

§ 2o A partir da aceitação do EIA/RIMA, que será co-municada ao empreendedor, o estudo ambiental seguirá para análisetécnica.

Art. 23. O IBAMA promoverá audiência pública, quandocouber, nos termos da legislação aplicável.

§ 1o O IBAMA orientará o empreendedor quanto à dis-tribuição do RIMA, que deverá ocorrer imediatamente após a pu-blicação do Edital de abertura de prazo para realização de audiênciapública, no Diário Oficial da União.

§ 2o O IBAMA deverá disponibilizar para consulta públicano Sítio Eletrônico Oficial o Relatório de Impacto Ambiental-RIMA,a partir da data de abertura do prazo para solicitação de audiênciapública.

§ 3o As audiências públicas deverão ser realizadas, pre-ferencialmente, em municípios em que a faixa de servidão admi-nistrativa do sistema de transmissão apresente interferência direta emáreas urbanas.

Art. 24. O IBAMA poderá exigir, mediante decisão mo-tivada, esclarecimentos, detalhamento ou complementação de infor-mações, com base no Termo de Referência do EIA/RIMA, uma únicavez, a serem entregues no prazo de até 30 (trinta) dias.

§1º É vedada a solicitação de novas exigências, salvo, poruma única vez, se decorrerem da insuficiência de informações jásolicitadas nos termos do §1º, a serem entregues no prazo de até 30(trinta) dias.

§ 2o Mediante requerimento fundamentado de prorrogaçãodo prazo, pelo empreendedor, o IBAMA poderá fixar nova data,improrrogável, para apresentação do que houver sido solicitado.

Art. 25. O prazo máximo para decisão do IBAMA sobre odeferimento ou indeferimento do pedido de licença prévia será de até9 (nove) meses para os empreendimentos com licenciamento queexijam a apresentação de EIA/RIMA, a contar do ato de aceite doEIA/RIMA.

Parágrafo único. Excepcionalmente, mediante justificativamotivada do IBAMA, o prazo referido no caput deste artigo poderáser prorrogado por mais 3 (três) meses.

Art. 26. Ao requerer a licença de instalação, o empreendedorapresentará a comprovação do atendimento das condicionantes dalicença prévia, conforme estabelecido em cronograma, o Projeto Bá-sico Ambiental e o Plano de Compensação Ambiental, dentre outrasinformações previamente exigidas pelo IBAMA.

§ 1o Quando houver necessidade de supressão de vegetaçãopara a instalação do empreendimento, deverá ser requerida a Au-torização para Supressão de Vegetação- ASV juntamente com a li-cença de instalação, com a apresentação do inventário florestal.

§ 2o Quando da realização de testes pré-operacionais osprazos necessários à sua execução deverão estar contemplados nocronograma de instalação do empreendimento e a sua execução de-verá ser precedida de comunicação ao IBAMA.

Art. 27. O prazo máximo para decisão do IBAMA sobre odeferimento ou indeferimento do pedido de licença de instalação seráde até 4 (quatro) meses, a contar do protocolo do respectivo re-querimento.

§ 1o A critério do IBAMA, poderá ser solicitada a apre-sentação de esclarecimentos e complementações, uma única vez, sen-do vedada a solicitação de novas exigências, salvo quando estasdecorrerem das informações solicitadas, a serem entregues no prazode até 30 (trinta) dias.

§ 2o Mediante requerimento fundamentado de prorrogaçãodo prazo, pelo empreendedor, o IBAMA poderá fixar nova data,improrrogável, para apresentação do que houver sido solicitado.

Art. 28. A licença de operação será emitida pelo IBAMA noprazo máximo de 4 (quatro) meses após seu requerimento, desde quetenham sido cumpridas as condicionantes da licença de instalação,inclusive a observância dos testes pré-operacionais necessários, con-forme estabelecido em cronograma.

Art. 29. O licenciamento ambiental de novas subestações deenergia elétricas adjacentes ou não a subestações existentes, quandodesvinculado do processo de licenciamento ambiental do respectivosistema de transmissão e enquadráveis como de significativo impactoambiental, dependerá da elaboração de EIA/RIMA, de acordo com otermo de referência disponibilizado no Anexo II, desta Portaria.

Art. 30. A contagem dos prazos previstos nos arts. 25 e 27,desta Portaria, será suspensa durante a elaboração dos estudos am-bientais complementares ou preparação de esclarecimentos pelo em-p r e e n d e d o r.

Art. 31. O não cumprimento pelo empreendedor dos prazosestipulados nos parágrafos dos arts. 25 e 27, desta Portaria, implicaráarquivamento de seu pedido de licença.

Art. 32. O arquivamento do processo de licenciamento am-biental não impedirá a apresentação de novo requerimento de licença,que deverá obedecer aos procedimentos estabelecidos nesta Portaria,mediante novo pagamento de custo de análise.

CAPÍTULO VDO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO DE LICENCIAMEN-

TO AMBIENTAL FEDERAL COM BASE NO RELATÓRIO DEAVALIAÇÃO AMBIENTAL-RAA

Art. 33. O licenciamento de empreendimentos de sistemas detransmissão de energia elétrica que, independentemente da tensão eextensão, não se enquadrarem no disposto nos arts. 5o e 19 destaPortaria, terá procedimento ordinário e exigirá a apresentação e apro-vação do Relatório de Avaliação Ambiental- RAA, de acordo com oTermo de Referência do Anexo III desta Portaria.

§ 1o Excepcionalmente e de forma justificada, visando aten-der a critérios específicos regionais ou a necessidade de realização devistoria técnica, o IBAMA, acordado com o empreendedor, poderáincluir ou alterar as informações do conteúdo previsto no Anexo IIIdesta Portaria.

§ 2o A consolidação final do Termo de Referência em aten-dimento aos critérios do parágrafo anterior, contados a partir dorequerimento de licenciamento ambiental, não poderá exceder 45(quarenta e cinco) dias.

§ 3o O Termo de Referência terá validade de 2 (dois)anos.

Art. 34. Ao requerer a licença prévia ao IBAMA, o em-preendedor apresentará o Relatório de Avaliação Ambiental-RAA,atendendo o conteúdo do Anexo III desta Portaria.

§ 1o O pedido de licenciamento deverá ser encaminhadopelo empreendedor para publicação no Diário Oficial da União e emjornal de grande circulação, ou outro meio de comunicação am-plamente utilizado na região, conforme legislação vigente, no prazode até 5 (cinco) dias corridos subseqüentes à data do requerimento.

§ 2o O IBAMA, no prazo de até 20 (vinte) dias, apresentarámanifestação técnica, quanto à adequação do estudo ao Termo deReferência.

§ 3o Em caso de manifestação favorável, o processo delicenciamento seguirá o rito processual, caso contrário o estudo serádevolvido ao empreendedor com as devidas orientações, sendo dadapublicidade da decisão em ambos os casos.

Art. 35. Sempre que julgar necessário, o IBAMA promoveráreunião técnica informativa.

§ 1o Quando solicitado por entidade civil, Ministério Pú-blico, ou cinquenta pessoas maiores de dezoito anos, o órgão am-biental federal promoverá reunião técnica informativa às expensas doe m p r e e n d e d o r.

§ 2o A solicitação para realização de reunião técnica in-formativa deverá ocorrer no prazo de até 30 (trinta) dias corridos apóspublicação da aceitação do RAA, pelo IBAMA.

§ 3o A reunião técnica informativa será realizada em até 30(trinta) dias corridos a contar da data de solicitação de sua realizaçãoe deverá ser divulgada pelo empreendedor.

§ 4o Para a realização da reunião técnica informativa, seráobrigatório o comparecimento do empreendedor, das equipes res-ponsáveis pela elaboração do Relatório de Avaliação Ambiental e derepresentantes do IBAMA.

§ 5o O IBAMA deverá disponibilizar no Sítio Eletrônicooficial o RAA, a partir da data de publicação de sua aceitação.

§ 6o As reuniões técnicas informativas deverão ser realizadaspreferencialmente em municípios em que a faixa de servidão ad-ministrativa do sistema de transmissão apresente interferência diretaem áreas urbanas.

Art. 36. O IBAMA poderá exigir, mediante decisão mo-tivada, esclarecimentos, detalhamento ou complementação de infor-mações, com base no Termo de Referência do RAA, uma única vez,a serem entregues no prazo de até 30 (trinta) dias.

§1º É vedada a solicitação de novas exigências, salvo, poruma única vez, se decorrerem da insuficiência de informações jásolicitadas nos termos do caput deste artigo, a serem entregues noprazo de até 30 (trinta) dias.

§ 2o Mediante requerimento fundamentado de prorrogaçãodo prazo, pelo empreendedor, o IBAMA poderá fixar nova data,improrrogável, para apresentação do que houver sido solicitado.

Art. 37. O prazo máximo para decisão do IBAMA sobre odeferimento ou indeferimento do pedido de licença prévia será de 6(seis) meses para os empreendimentos com licenciamento que exijama apresentação de RAA, a contar do ato de aceitação do RAA.

Art. 38. Ao requerer a licença de instalação, o empreendedorapresentará a comprovação do atendimento das condicionantes dalicença prévia, conforme estabelecido em cronograma, o Projeto Bá-sico Ambiental, e outras informações previamente exigidas pelo IBA-MA.

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Nº 208, sexta-feira, 28 de outubro de 201194 ISSN 1677-7042

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Documento assinado digitalmente conforme MP no- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui aInfraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.

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§ 1o Quando houver necessidade de supressão de vegetaçãopara a instalação do empreendimento, deverá ser requerida a Au-torização para Supressão de Vegetação-ASV, juntamente com a li-cença de instalação, com a apresentação do inventário florestal.

§ 2o Quando da realização de testes pré-operacionais osprazos necessários à sua execução deverão estar contemplados nocronograma de instalação do empreendimento e a sua execução de-verá ser precedida de comunicação ao IBAMA.

Art. 39. O prazo máximo para decisão do IBAMA sobre odeferimento ou indeferimento do pedido de licença de instalação seráde até 4 (quatro) meses a contar do ato de protocolar o respectivorequerimento.

§ 1o O IBAMA poderá exigir, mediante decisão motivada,esclarecimentos, detalhamento ou complementação de informações,uma única vez, a serem entregues no prazo de até 30 (trinta) dias

§2º Não poderá ocorrer solicitação de novas exigências, sal-vo quando estas decorrerem da insuficiência de informações já so-licitadas nos termos do caput deste artigo, sendo o prazo para aten-dimento de até 30 (trinta) dias.

§ 3o Mediante requerimento fundamentado de prorrogaçãodo prazo, pelo empreendedor, o IBAMA poderá fixar nova data,improrrogável, para apresentação do que houver sido solicitado.

Art. 40. A licença de operação será emitida pelo IBAMA noprazo máximo de 4 (quatro) meses após seu requerimento, desde quetenham sido cumpridas as condicionantes da licença de instalação,verificando seu cumprimento, inclusive no que se refere a realizaçãodos testes pré-operacionais necessários.

Art. 41. A contagem dos prazos previstos nos arts. 37 e 39,desta Portaria, será suspensa durante a preparação de esclarecimentosou detalhamento de informações.

Art. 42. O não cumprimento pelo empreendedor dos prazosestipulados nos parágrafos dos arts. 37 e 39 desta Portaria, implicaráarquivamento de seu pedido de licença.

Art. 43. O arquivamento do processo de licenciamento am-biental não impedirá a apresentação de novo requerimento de licença,que deverá obedecer aos procedimentos estabelecidos nesta Portaria,mediante novo pagamento de custo de análise.

CAPÍTULO VIDA REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL FEDERALArt. 44. O IBAMA oficiará aos responsáveis pelos sistemas

de transmissão de energia elétrica em operação, que estejam sem asrespectivas licenças ambientais, para que no prazo máximo de 2(dois) anos, a partir da edição desta Portaria, firmem termo de com-promisso, conforme o Anexo IV desta Portaria, com o fim de apre-sentar os Relatórios de Controle Ambiental-RCA, que subsidiarão aregularização ambiental, por meio da respectiva licença de operação-LO.

§ 1º A assinatura do Termo de Compromisso suspende assanções administrativas ambientais já aplicadas pelo IBAMA e im-pede novas autuações, quando relativas, em ambos os casos, à au-sência da respectiva licença ambiental.

§ 2º O disposto no §1º não impede a aplicação de sançõesadministrativas ambientais pelo descumprimento do próprio termo decompromisso.

§3º Do termo de compromisso deverá constar previsão nosentido de que as informações atualizadas relativas à regularização egestão ambiental ficarão disponíveis na rede mundial de compu-tadores.

§ 4o Os RCAs serão elaborados em atendimento ao termo dereferência constante no Anexo IV desta Portaria, sem prejuízo dapossibilidade de serem adequados e consolidados pelo IBAMA emconjunto com o requerente.

§ 5o Excepcionalmente e de forma justificada, visando aten-der a critérios específicos regionais ou a necessidade de realização devistoria técnica, o IBAMA, com a participação do empreendedor,poderá alterar o Termo de Referência previsto no Anexo IV destaPortaria, mediante decisão motivada.

§ 6o A consolidação prevista no §4° deverá ser concluída noprazo máximo de 2 (dois) meses, a partir da assinatura do termo decompromisso junto ao IBAMA.

§ 7o Por ocasião da consolidação do termo de referência,será fixado pelo IBAMA, acordado com o empreendedor, um cro-nograma para a elaboração e protocolo do RCA, observado o prazomáximo de 2 (dois) anos.

§ 8o O cronograma para elaboração e protocolo do RCAdeverá priorizar as concessões de serviço público de transmissão deenergia elétrica vincendas.

§ 9o O cronograma de execução do RCA deverá conter asmedidas a serem implementadas em curto, médio e longo prazo.

§ 10 A regularização por meio do licenciamento ambientalde que trata este artigo se refere aos empreendimentos em operaçãoaté a data de sua publicação.

Art. 45. Poderá ser admitido um único processo de regu-larização ambiental para empreendimentos similares, vizinhos ou in-tegrantes das mesmas regiões eletrogeográficas, nos termos deste de-creto, a saber: Norte, Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul, desdeque definida a responsabilidade legal pelo conjunto de empreendi-mentos.

Art. 46. A partir do recebimento e aceite do RCA, deverá serobservado o prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias para que oIBAMA conclua sua análise e emita a LO.

Art. 47. Os sistemas de transmissão de energia elétrica emprocesso de obtenção de licença de operação corretiva em cursopoderão adequar-se às disposições desta Portaria, sem prejuízo doscronogramas já estabelecidos, quando pertinentes.

Art. 48. O Relatório de Controle Ambiental-RCA deveráconsiderar as interações entre os meios biótico, físico e socioeco-nômico, e ser composto por um diagnóstico ambiental, pelo levan-tamento do passivo ambiental e por planos e programas.

Art. 49. À regularização ambiental de sistemas de trans-missão de energia elétrica em operação em data anterior à vigência daLei no 9.985, de 18 de julho de 2000, não se aplica a compensaçãoambiental por ela instituída em seu art. 36.

Art. 50. Para a regularização ambiental de que trata estaPortaria, no caso de sistemas de transmissão de energia elétrica emoperação que interceptam Unidades de Conservação de uso susten-tável, o IBAMA deverá requerer manifestação do órgão responsávelpela administração das Unidades de Conservação.

§ 1o A manifestação será prévia ao procedimento de re-gularização ambiental junto ao IBAMA, no prazo de até 90 (noventa)dias, a partir do recebimento da solicitação de manifestação.

§ 2o O IBAMA observará, na emissão da LO, as condiçõesestabelecidas no art. 12, do Decreto no 7.154, de 9 de abril de2010.

Art. 51. A partir da assinatura do Termo de Compromisso edentro do seu período de vigência, e desde que informado ao IBA-MA, ficam autorizadas as atividades imprescindíveis de manutenção,limpeza das faixas de servidão e de seus acessos.

CAPÍTULO VIIDAS DISPOSIÇÕES FINAISArt. 52. A critério do IBAMA, poderá haver emissão con-

comitante das licenças ambientais pertinentes.Art. 53. As Autorizações de Levantamento e de Captura,

Coleta e Transporte de Fauna deverão ser emitidas pelo IBAMA noprazo máximo de 20 (vinte) dias, a partir do protocolo do seu re-querimento, com as informações pertinentes.

Art. 54. As Autorizações para Abertura de Picada, quandocouber, deverão ser emitidas pelo IBAMA no prazo máximo de 20(vinte) dias, a partir do protocolo do seu requerimento, com as in-formações pertinentes.

Art. 55. As instalações de transmissão para suprimento tem-porário de energia deverão ser submetidas à apreciação do IBAMAquando da solicitação do licenciamento ambiental.

Art. 56. O concessionário de novas concessões de serviçopúblico de transmissão de energia elétrica em áreas de subestaçõesexistentes e licenciadas deverá requerer a licença de instalação aoIBAMA obedecendo, no mínimo, aos requisitos ambientais existentesno licenciamento original da subestação.

Art. 57. O licenciamento ambiental de linhas de transmissãode interesse exclusivo ou compartilhado de centrais de geração deenergia elétrica, quando solicitado pelo empreendedor, será no iníciodo licenciamento do empreendimento de geração de energia elétri-ca.

Art. 58. O requerimento do licenciamento ambiental para asinstalações de transmissão de Interesse Exclusivo de Centrais deGeração para Conexão Compartilhada-ICG e Instalações de Trans-missão de Interesse Exclusivo e Caráter Individual de Centrais deGeração-IEG, quando objeto de concessão de serviço público detransmissão de energia elétrica, será de responsabilidade do respectivoconcessionário de transmissão de energia elétrica.

Art. 59. O requerimento do licenciamento ambiental de sis-temas de transmissão de energia elétrica para interligações inter-nacionais, de uso exclusivo para importação e/ou exportação de ener-gia elétrica, e conexão de consumidor livre ou autoprodutor e suasrespectivas conexões ao sistema de transmissão será de responsa-bilidade do interessado.

Art. 60. Para os sistemas de transmissão localizados no mes-mo corredor, poderá ser admitido, preferencialmente, um único pro-cesso de licenciamento ambiental, desde que identificado um res-ponsável legal pelo conjunto de empreendimentos.

Art. 61. No caso da necessidade de execução de atividadesde melhoria ou reforço de sistemas de transmissão licenciados, oempreendedor deverá efetuar a comunicação ao IBAMA acerca dasalterações a serem efetuadas no empreendimento.

Parágrafo único. Dependerão de licença ou autorização doIBAMA as atividades previstas no caput que ampliem as áreas jálicenciadas ou envolvam atividades de supressão de vegetação nãoprevistas no licenciamento ambiental.

Art. 62. No caso de não apresentação da documentação so-licitada no Termo de Referência no prazo de até 1 (um) ano contadoda sua emissão e o empreendedor não se manifestar quanto à intençãode prosseguir com o processo de licenciamento, o processo seráarquivado pelo IBAMA.

Art. 63. A licença prévia-LP e a licença de instalação-LIpoderão ter os prazos de validade prorrogados por ato administrativodo IBAMA, mediante requerimento justificado do empreendedor, des-de que seja requerido com antecedência mínima de 60 (sessenta) diascontados da expiração de seu prazo de validade, desde que nãoultrapasse os prazos máximos de 5 (cinco) anos para LP e de 6 (seis)anos para LI.

Parágrafo único. O IBAMA deverá se manifestar sobre aprorrogação da validade da licença até a sua data de expiração.

Art. 64. A renovação da licença de operação-LO deverá serrequerida com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias daexpiração de seu prazo de validade, ficando esta automaticamenteprorrogada até a manifestação conclusiva do IBAMA, desde que nãoultrapasse o prazo máximo de 10 (dez) anos.

Art. 65. Os sistemas de transmissão em processo de licen-ciamento ambiental na data da publicação desta Portaria poderão seadequar aos seus dispositivos, desde que requerido pelo empreen-d e d o r.

Art. 66. A Autorização de Supressão de Vegetação-ASV dossistemas de transmissão de qualquer extensão ou área de ocupação,garantida a sua segurança operacional, deverá promover a menoralteração dos ecossistemas integrantes da área afetada e quando cou-ber, a supressão seletiva da vegetação na faixa de servidão.

Art. 67. Em Área de Preservação Permanente-APP, a emis-são da ASV deverá ser precedida da Declaração de Utilidade Pública-D U P.

Art. 68. As autorizações de Supressão de Vegetação e deCaptura, Coleta e transporte de Fauna, quando requeridas, deverão seremitidas concomitantemente com a licença de instalação.

Art. 69. Durante o período de vigência da licença de ope-ração dos sistemas de transmissão existentes, ficam autorizadas asatividades de manutenção da faixa de servidão, limpeza de faixa depassagem e das estradas de acesso, suficientes para permitir a ope-ração e manutenção das linhas de transmissão e subestações, ob-servados os critérios estabelecidos na referida licença de operação ecomunicados previamente ao IBAMA.

Parágrafo único. Os responsáveis por linhas de transmissãolocalizadas em áreas sujeitas a queimadas e incêndios florestais po-derão requerer autorização para supressão de vegetação no trecho,com o intuito de prevenir ou minimizar tais eventos e garantir asegurança operacional e confiabilidade do sistema.

Art. 70. A licença de instalação somente será expedida me-diante a comprovação pelo empreendedor, quando couber, da de-claração de utilidade pública do empreendimento.

Art. 71. O IBAMA, mediante decisão motivada poderá mo-dificar as condicionantes e as medidas de controle e adequação, sus-pender ou cancelar a licença expedida, quando ocorrer:

I - violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ouinfração a normas legais;

II - omissão ou falsa descrição de informações relevantes quesubsidiaram a expedição da licença; e

III - superveniência de graves riscos ambientais ou à saú-de.

Art. 72. Considerando a especificidade de linearidade dossistemas de transmissão de energia elétrica, os estudos ambientais aserem exigidos para o licenciamento ambiental deverão ser com-patíveis com o grau de conservação das diferentes regiões inter-ceptadas pelo empreendimento.

Art. 73. A obtenção das licenças ambientais não exime osempreendedores do dever de obtenção de outras autorizações ou deresponsabilidades administrativas e cíveis por infrações cometidas.

Art. 74. Nos casos de licenciamento ambiental de empre-endimentos não sujeitos a EIA/RIMA, o IBAMA deverá dar ciênciaao órgão responsável pela administração da unidade de conservaçãoquando o empreendimento:

I - puder causar impacto direto em unidade de conserva-ção;

II- estiver localizado na sua zona de amortecimento; eIII- estiver localizado no limite de até 2 mil metros da

unidade de conservação, cuja zona de amortecimento não tenha sidoestabelecida no prazo de até 5 (cinco) anos a partir de 20 de de-zembro de 2010.

§ 1o Nos casos das áreas urbanas consolidadas, das APAs eRPPNs, não se aplicará o disposto no inciso III, deste artigo.

§ 2o Nos casos de RPPN, o IBAMA deverá dar ciência aoórgão responsável pela sua criação.

Art. 75. Esta Portaria entra em vigor na data de sua pu-blicação.

IZABELLA TEIXEIRA

ANEXO I

RELATÓRIO AMBIENTAL SIMPLIFICADO-RASConteúdo MínimoEste anexo apresenta o conteúdo mínimo para a elaboração

do Relatório Ambiental Simplificado-RAS, que integra o procedi-mento simplificado para o licenciamento ambiental de Linhas deTransmissão enquadradas como de pequeno potencial de impactoambiental.

Os estudos a serem realizados devem se basear em infor-mações levantadas acerca dos fatores ambientais da área de influên-cia, que deverá ser delimitada. Devem ser levantados e avaliados asalternativas construtivas e tecnológicas em função das característicasdo ambiente e os impactos ambientais relativos às etapas do projeto(planejamento, implantação e operação). Devem ainda ser propostasmedidas mitigadoras e programas de monitoramento e controle dosimpactos negativos. As metodologias para o estudo ambiental e paraa avaliação dos impactos ambientais deverão ser detalhadas.

A Área de Influência Direta-AID é aquela cuja incidênciados impactos da implantação e operação do empreendimento ocorrede forma direta sobre os recursos ambientais, modificando a suaqualidade ou diminuindo seu potencial de conservação ou aprovei-tamento. Para sua delimitação, deverão ser considerados: o traçado dalinha e sua faixa de servidão, as áreas de implantação das subestaçõese seu entorno, as áreas destinadas aos canteiros de obras, as áreasonde serão abertos novos acessos, e outras áreas que sofrerão al-terações decorrentes da ação direta do empreendimento, a serem iden-tificadas no decorrer dos estudos.

A Área de Influência Indireta-AII é aquela potencialmenteameaçada pelos impactos indiretos da implantação e operação doempreendimento e sua delimitação deve considerar as demandas doempreendimento por serviços e equipamentos públicos e as carac-terísticas urbano-regionais. Para os meios físico e biótico sua de-limitação deverá considerar o entorno de até 5 km da faixa de ser-vidão.

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Nº 208, sexta-feira, 28 de outubro de 2011 95ISSN 1677-7042

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1. INFORMAÇÕES GERAIS1.1. Identificação do empreendedor:Nome ou razão social;Número do CNPJ e Registro no Cadastro Técnico Federal;Endereço completo, telefone e e-mail;Representantes legais (nome completo, endereço, fone e

email);Pessoa de contato (nome completo, endereço, fone e

email).1.2. Identificação da empresa responsável pelos estudos:Nome ou razão social;Número do CNPJ e Registro no Cadastro Técnico Federal;Endereço completo, telefone e email;Representantes legais (nome completo, Cadastro Técnico Fe-

deral, endereço, fone e email);Pessoa de contato (nome completo, Cadastro Técnico Fe-

deral, endereço, fone e email);ART da empresa.1.3. Dados da equipe técnica multidisciplinar:Nome;Formação profissional;Número do registro no respectivo Conselho de Classe, quan-

do couber;Número do Cadastro Técnico Federal;ART, quando couber.Observação: Cada membro da equipe técnica deverá rubricar

as páginas sob sua responsabilidade, e todos deverão assinar o RASna página de identificação da equipe técnica multidisciplinar. O co-ordenador deverá rubricar todas as páginas do estudo.

1.4. Identificação do empreendimento, contendo:Denominação do empreendimento;Localização: Município(s) e UF(s) abrangidos;Coordenadas geográficas Lat/Long dos vértices da linha e

das subestações.2. ESTUDO AMBIENTAL2.1. Caracterização do empreendimentoTensão (kV);Extensão total da Linha (km), largura e área da faixa de

servidão;Número estimado e altura de torres (estruturas padrão e es-

peciais, distância média entre torres, distância mínima entre cabos esolo, tipo e dimensão das bases);

Distâncias elétricas de segurança e sistema de aterramento deestruturas e cercas;

Subestações existentes que necessitem de ampliação e a po-sição dos pórticos de entrada / saída das novas LTs;

Descrição sucinta das subestações, potência, área total e dopátio energizado, e o sistema de drenagem pluvial;

Indicação de pontos de interligação e localização das su-bestações;

Estimativa de volumes de corte e aterro;Identificação das áreas de bota-fora, de empréstimo e de

acesso;Estimativa das áreas de supressão de vegetação destacando

as Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal averbadas,considerando a faixa de servidão e todas suas áreas de apoio einfraestrutura durante as obras;

Ações/intervenções no ambiente natural necessárias/os para aimplantação, operação e manutenção da LT;

Restrições ao uso da faixa de servidão e acessos perma-nentes;

Apresentar o cronograma físico da implantação do empre-endimento e estimar o custo do empreendimento.

2.2. Localização do empreendimento e justificativaIndicar os pontos a serem interligados e a localização das

subestações a serem implantadas, relacionando os municípios e re-giões atravessadas, bem como a localização das subestações;

Apresentar a finalidade, os objetivos que justificam a ne-cessidade do empreendimento de forma técnica e econômica, e suacompatibilidade com as políticas setoriais, planos e programas go-vernamentais;

Apresentar alternativas tecnológicas e locacionais, quandocouber, para o empreendimento proposto, considerando a hipótese denão implantação do mesmo.

2.3 Caracterização AmbientalO levantamento de informações visando ao estudo ambiental

em seu entorno de até 5 km deverá considerar para as Áreas deInfluência Direta e Indireta, o levantamento de dados secundáriospara o diagnóstico dos meios físico, biótico e socioeconômico; e paraa Área de Influência direta, quando da inexistência de dados se-cundários, deverá ser realizado levantamento de dados primários. Osestudos devem apresentar em textos, mapas e plantas, quando per-tinente:

Localização do empreendimento: indicando a delimitaçãocartográfica das áreas de influência com a localização dos municípiosno(s) estado(s), municípios limítrofes, e ressaltando a localização deunidades de conservação e respectivas zonas de amortecimento, ou-tras áreas legalmente demarcadas protegidas por regras jurídicas (ter-ras indígenas, territórios quilombolas, projetos de assentamento eoutras comunidades tradicionais) e áreas prioritárias para a conser-vação da biodiversidade;

Em caso da existência de zoneamento ecológico-econômicofederal, estadual ou municipal, identificar e enumerar as caracte-rísticas da zona onde está inserido o empreendimento;

Meio Biótico: Apresentar as características predominantes daregião a ser atravessada. Realizar diagnóstico descritivo do meio bió-tico: vegetação predominante (descrever os grandes aspectos fitofisio-nômicos da vegetação nativa) e as principais espécies já identificadas;inventário florestal da faixa de servidão (estratos vegetais e composiçãoflorística). Fauna, avifauna, espécies animais predominantes, existênciade rotas migratórias, espécies endêmicas e ameaçadas de extinção;

Meio Físico: Identificar os corpos d'água (identificação erepresentação cartográfica da bacia ou sub-bacia hidrográfica), des-crever a qualidade ambiental do recurso hídrico, caracterizar usospreponderantes e áreas inundáveis na área de estudo; tipo de relevo,tipos de solo, acidentes geográficos. Caracterizar o clima e as con-dições meteorológicas (regime de chuva, vento, temperatura, umidadedo ar);

Meio Socioeconômico: Descrever a infraestrutura existente(rodovias, ferrovias, oleodutos, gasodutos, sistemas produtivos e ou-tras), principais atividades econômicas; identificar a população exis-tente e atividades econômicas na faixa de servidão; identificar, combase em informações oficiais, se o empreendimento está localizadoem áreas endêmicas de malária, quando couber; e

Ocorrência de cavidades naturais subterrâneas, áreas de re-levante beleza cênica, sítios de interesse arqueológico, histórico ecultural, com base nas informações oficiais disponíveis.

A metodologia deverá ser claramente especificada, referen-ciada, justificada e apresentada ao IBAMA de forma detalhada, juntoa cada tema. Para os levantamentos primários no meio biótico, quan-do couber, deverá ser aplicada exclusivamente para os ecossistemasterrestres, com previsão de uma coleta, preferencialmente, que poderáser realizada em período seco ou chuvoso, subsequente à emissão daautorização de captura e coleta de fauna.

Poderão ser considerados como dados primários as infor-mações provenientes de levantamentos primários coletados e dis-ponibilizadas em estudos de impacto ambiental, aprovados por órgãoambiental competente e em estudos técnicos elaborados por exigênciados órgãos envolvidos, em prazo não superior a 5 (cinco) anos, comabrangência nas áreas de influência direta e indireta do empreen-dimento.

3. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOSA M B I E N TA I S

Descrição dos prováveis impactos ambientais e socioeco-nômicos da implantação e operação do sistema de transmissão deenergia elétrica, considerando o projeto, suas alternativas, quandocouber, os horizontes de tempo de incidência dos impactos e in-dicando os métodos, técnicas e critérios para sua identificação, quan-tificação e interpretação;

Devem ser identificados e classificados os tipos de acidentespossíveis relacionados ao empreendimento nas fases de instalação eoperação;

Caracterização da qualidade ambiental atual e futura da áreade influência, realizando prognósticos e considerando os impactospotenciais e a interação dos diferentes fatores ambientais;

Para fins de comprovação do enquadramento o RAS deverádemonstrar expressamente o atendimento aos critérios do art. 5o desteDecreto.

4. MEDIDAS DE CONTROLE E DE MITIGAÇÃOApresentar, no formato de planos e programas, as medidas

de controle e mitigadoras identificando os impactos ambientais quenão possam ser evitados, bem como seus programas de acompa-nhamento, monitoramento e controle. A exemplo de:

Programa de gestão ambiental;Programa de comunicação social;Programa de educação ambiental;Programa de recuperação de áreas degradadas;Programa de prevenção, monitoramento e controle de pro-

cessos erosivos;Plano Ambiental para a Construção.5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASO RAS deverá conter a bibliografia citada e consultada,

especificada por área de abrangência do conhecimento. Todas asreferências bibliográficas utilizadas deverão ser mencionadas no textoe referenciadas em capítulo próprio, segundo as normas de publicaçãode trabalhos científicos da Associação Brasileira de Normas Técnicas-A B N T.

6. ORIENTAÇÕES GERAISOs textos deverão ser apresentados em formato Portable Do-

cument File (*.pdf) e os dados tabulares/gráficos em formato debanco de dados - Data Bank File (*.dbf). O número de cópias doRAS e respectivos anexos, impressas e em meio eletrônico, serádefinido pelo órgão ambiental.

As informações cartográficas deverão ser georreferenciadas,em escala adequada; com coordenadas Lat/Long, apresentadas emmeio impresso e digital.

ANEXO II

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL-EIATERMO DE REFERÊNCIAConteúdo MínimoEste termo de referência apresenta o conteúdo mínimo para a

elaboração do Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório deImpacto Ambiental-EIA/RIMA, que integra o procedimento ordináriopara o licenciamento ambiental de Linhas de Transmissão enqua-dradas como de significativo potencial de impacto ambiental.

Os estudos a serem realizados devem se basear em infor-mações levantadas acerca dos fatores ambientais da área de influên-cia, que deverá ser delimitada. Devem ser levantados e avaliados asalternativas construtivas e tecnológicas em função das característicasdo ambiente, e os impactos ambientais relativos às etapas do projeto(planejamento, implantação e operação), e propostas medidas mi-tigadoras e programas de monitoramento e controle dos impactosnegativos. As metodologias para o estudo ambiental e para a ava-liação dos impactos ambientais deverão ser detalhadas.

A Área de Influência Direta-AID é aquela cuja incidênciados impactos da implantação e operação do empreendimento ocorrede forma direta sobre os recursos ambientais, modificando a suaqualidade ou diminuindo seu potencial de conservação ou aprovei-tamento. Para sua delimitação, deverão ser considerados: o traçado da

linha de transmissão e sua faixa de servidão, as áreas de implantaçãodas subestações e seu entorno; as áreas destinadas aos canteiros deobras; as áreas onde serão abertos novos acessos; e outras áreas quesofrerão alterações decorrentes da ação direta do empreendimento, aserem identificadas no decorrer dos estudos.

A Área de Influência Indireta-AII é aquela potencialmenteameaçada pelos impactos indiretos da implantação e operação doempreendimento e sua delimitação deve considerar as demandas doempreendimento por serviços e equipamentos públicos e as carac-terísticas urbano-regionais. Para os meios físico e biótico sua de-limitação deverá considerar o entorno de até 5 km da faixa de ser-vidão.

1. INFORMAÇÕES GERAIS1.1. Identificação do empreendedor:Nome ou razão social.Número do CNPJ e Registro no Cadastro Técnico Federal.Endereço completo, telefone e e-mail.Representantes legais (nome completo, endereço, fone e

email).Pessoa de contato (nome completo, endereço, fone e

email).1.2. Identificação da empresa responsável pelos estudos:Nome ou razão social.Número do CNPJ e Registro no Cadastro Técnico Federal.Endereço completo, telefone e email.Representantes legais (nome completo, Cadastro Técnico Fe-

deral, endereço, fone e email).Pessoa de contato (nome completo, Cadastro Técnico Fe-

deral, endereço, fone e email).ART da empresa.1.3. Dados da equipe técnica multidisciplinar:Nome.Formação profissional.Número do registro no respectivo Conselho de Classe, quan-

do couber.Número do Cadastro Técnico Federal.ART, quando couber.Observação: Cada membro da equipe técnica deverá rubricar

as páginas sob sua responsabilidade, e todos deverão assinar oEIA/RIMA na página de identificação da equipe técnica multidis-ciplinar. O coordenador deverá rubricar todas as páginas do estudo.

1.4. Identificação do empreendimento, contendo:Denominação do empreendimento;Localização: Município(s) e UF(s) abrangidos;Coordenadas geográficas Lat/Long dos vértices da linha e

das subestações.2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTOApresentar os objetivos do empreendimento e síntese das

suas justificativas técnica, econômica e sócio-ambiental. Relacionar oempreendimento ao cenário nacional no que concerne à política bra-sileira de energia, informando as metas de produção e aporte para osistema elétrico do país, bem como sua importância na transmissão apartir da interligação regional ao SIN. Utilizar recursos cartográficospara representar a interconexão do empreendimento com o SIN.

2.1. Descrição Técnica do ProjetoDescrever e detalhar o projeto, os dados técnicos e loca-

lização georreferenciada de toda a obra e infraestrutura associada.Tensão (kV);Extensão total da Linha (km), largura e área da faixa de

servidão;Número estimado e altura de torres (estruturas padrão e es-

peciais, distância média entre torres, distância mínima entre cabos esolo, tipo e dimensão das bases);

Distâncias elétricas de segurança e sistema de aterramento deestruturas e cercas;

Subestações existentes que necessitem de ampliação e a po-sição dos pórticos de entrada / saída das novas LTs;

Descrição sucinta das subestações, potência, área total e dopátio energizado, e o sistema de drenagem pluvial;

Indicação de pontos de interligação e localização das su-bestações;

Identificar outras linhas de transmissão que mantenham amesma faixa de servidão, bem como o distanciamento das mesmas.

Indicar as interferências da LT nas faixas de servidão derodovias, ferrovias, oleodutos e gasodutos, pivôs centrais e aeró-dromos.

2.2. Implantação do ProjetoDescrever as técnicas para lançamentos de cabos da linha de

transmissão considerando os diferentes ambientes ao longo do tra-çado.

Caracterizar a(s) área(s) destinada(s) ao canteiro de obra,incluindo layout e descrição de suas unidades, de oficinas mecânicase de postos de abastecimento.

Descrever a geração e destinação dos resíduos e efluentesgerados durante a implantação do empreendimento.

Estimar os volumes de corte e aterro, necessidades de acesso,de áreas de bota-fora e de empréstimo.

Estimar a contratação da mão-de-obra (empregos diretos eindiretos e qualificação necessária).

Indicar a localização das praças de montagem de torres.Estimar o fluxo de tráfego.Identificar as possíveis áreas de supressão de vegetação des-

tacando as Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legalaverbadas, considerando a faixa de servidão e todas suas áreas deapoio e infraestrutura durante as obras;

Apresentar as diretrizes para logística de saúde, transporte eemergência médica das frentes de trabalho, e estimar a demandaprevista para utilizar os sistemas locais de saúde no período de obras.Considerar os riscos construtivos, a probabilidade de sinistros e aquestão das doenças tropicais à luz das orientações da FUNASA/MSe especificar as ações de controle.

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Identificar restrições ao uso da faixa de servidão e acessospermanentes;

Apresentar o cronograma físico da implantação do empre-endimento e estimar o custo do empreendimento;

Identificar as ações/intervenções no ambiente natural neces-sárias/os para a implantação, operação e manutenção da LT;

Identificar e classificar os tipos de acidentes possíveis, re-lacionados ao empreendimento nas fases de instalação e operação,suas consequências, métodos e meios de intervenção.

2.3. Operação e ManutençãoIndicar as ações/intervenções no ambiente natural necessárias

para a operação e manutenção da LT.Indicar o quantitativo de pessoal envolvido.Indicar as restrições ao uso da faixa de servidão.Indicar os acessos permanentes.3. ESTUDOS DE ALTERNATIVAS LOCACIONAIS, TEC-

NOLÓGICAS E CONSTRUTIVASApresentar alternativas locacionais, tecnológicas e constru-

tivas, utilizando matriz comparativa das interferências ambientais in-tegrando os meios físico, biótico e socioeconômico; indicar a mag-nitude de cada aspecto considerado (peso relativo de cada um) ejustificar a alternativa selecionada. Considerar:

Necessidade de abertura de estradas de acessos.Interferência em áreas de importância biológica, áreas prio-

ritárias para a conservação da biodiversidade (Ministério do MeioAmbiente) e em áreas legalmente protegidas.

Interferência na paisagem.Estimativa de área com cobertura vegetal, por tipologia de

vegetação, passível de ser suprimida, em hectares, e seu efeito sobrea estratificação original (corte raso ou seletivo), destacando as Áreasde Preservação Permanente e de Reserva Legal, considerando a faixade servidão e todas suas áreas de apoio e infra-estrutura durante asobras.

Necessidade de realocação populacional.Interceptação de áreas urbanas.Interferência em Terras Indígenas, projetos de assentamento,

comunidades quilombolas, e em outras comunidades tradicionais.Interferência em patrimônio espeleológico, arqueológico, his-

tórico e cultural.Interferência em corpos d' água.4. PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOSAvaliar a compatibilidade do empreendimento com os pla-

nos, programas e projetos, governamentais e privados, propostos e emimplantação na área de influência.

5. DIAGNÓSTICO AMBIENTALO diagnóstico deve traduzir a dinâmica ambiental das áreas

de influência da alternativa selecionada. Deve apresentar a descriçãodos fatores ambientais e permitir a identificação e avaliação dosimpactos ambientais decorrentes das fases de planejamento, implan-tação e operação, subsidiando a análise integrada, multi e interdis-c i p l i n a r.

As informações relativas à área de influência indireta devemser baseadas em dados secundários, desde que sejam atuais e pos-sibilitem a compreensão sobre os temas em questão, sendo com-plementadas, quando necessário, com dados primários.

Para a área de influência direta, devem ser utilizados dadosprimários. Serão aceitos dados secundários, obtidos em estudos am-bientais, dissertações e teses acadêmicas, livros, publicações e do-cumentos oficiais, desde que a(s) metodologia(s) e a localização dacoleta e tratamento de dados esteja(m) citados no EIA.

A metodologia deverá ser claramente especificada, referen-ciada, justificada e apresentada ao IBAMA de forma detalhada, juntoa cada tema. Para os levantamentos primários no meio biótico, quan-do couber, com previsão de uma coleta, preferencialmente, que po-derá ser realizada em período seco ou chuvoso, subsequente à emis-são da autorização de captura e coleta de fauna.

Poderão ser considerados como dados primários as infor-mações provenientes de levantamentos primários coletados e dis-ponibilizadas em estudos de impacto ambiental, aprovados por órgãoambiental competente e em estudos técnicos elaborados por exigênciados órgãos envolvidos, em prazo não superior a 5 (cinco) anos, comabrangência nas áreas de influência direta e indireta do empreen-dimento.

Os estudos abrangerão os aspectos abaixo relacionados:5.1. Meio Físico5.1.1. Clima e condições meteorológicasCaracterizar o clima e as condições meteorológicas, segundo

os seguintes parâmetros: regime de precipitação, temperatura do ar,umidade relativa do ar, pressão atmosférica, insolação, regime deventos, nível ceráunico (estabelecer relações com as estruturas deproteção contra descargas atmosféricas), fenômenos meteorológicosextremos.

5.1.2. Geologia, Geomorfologia e GeotecniaDescrever as principais unidades geomorfológicas e suas ca-

racterísticas dinâmicas; caracterizar os diversos padrões de relevo e osdiferentes graus de suscetibilidade ao desencadeamento de movimen-tos de massa, processos erosivos e assoreamento de corpos d'água,tanto naturais como de origem antrópica. Caracterizar as condiçõesgeológicas e de estabilidade geotécnica de áreas sensíveis, incluindomargens de corpos d'água, terrenos de declividades elevadas e ter-renos úmidos. Analisar as condições geotécnicas, principalmente nasfundações. Identificar, mapear e caracterizar as áreas prováveis deserem utilizadas para empréstimo e bota-fora, com vistas à obtençãode licença ambiental específica.

5.1.3. Recursos HídricosIdentificar e mapear os principais corpos d'água atravessados

pelo empreendimento. Apresentar a caracterização geral dos prin-cipais cursos d'água a serem atravessados pelo empreendimento, in-cluindo informações sobre classes dos rios, usos preponderantes daágua. Mapear as nascentes e áreas alagáveis, apresentando uma aná-

lise dos fenômenos de cheias e vazantes, a fim de subsidiar o ProjetoExecutivo da Linha quanto à locação de estruturas e a definição demétodos construtivos. Quando o projeto apresentar interferência emáreas alagadas ou sujeitas a inundação sazonal deverá avaliar ascondições de drenagem nas áreas úmidas em que for necessária aconstrução de acessos, com o objetivo de verificar as interferênciasnos fatores bióticos e abióticos.

5.1.4. CavidadesLevantar as áreas de ocorrência de cavidades naturais sub-

terrâneas na área de influência direta, de acordo com a legislaçãovigente.

5.1.5. SismicidadeCaracterizar a ocorrência (distribuição geográfica, magnitude

e intensidade) de movimentos sísmicos, incluindo histórico de even-tos, com base em dados oficiais.

5.1.6. Recursos MineraisIdentificar junto ao DNPM os processos de extrações mi-

nerais existentes na área de influencia direta, com a localização geo-gráfica das diferentes áreas registradas, incluindo informações sobre asituação legal dos processos (requerimento / autorizações de pesquisaou lavra).

5.2. Meio BióticoCaracterizar os ecossistemas nas áreas atingidas pelas in-

tervenções do empreendimento, a distribuição, interferência e suarelevância biogeográfica. Descrever o total da área amostrada e opercentual em relação a AID para cada fitofisionomia, relacionada asazonalidade regional. Selecionar as áreas de estudo de acordo com avariabilidade de ambientes, para que a amostragem seja representativaem todo o mosaico ambiental. Os locais selecionados para amos-tragem deverão ser listados, georreferenciados, mapeados e justifi-cados tecnicamente. Identificar espécies vetores e hospedeiras dedoenças.

Descrever e caracterizar a cobertura vegetal; indicar a suaextensão e distribuição em mapa georreferenciado identificando redehidrográfica, biomas, corredores ecológicos, áreas protegidas por le-gislação e outras áreas com potencial para refúgio de fauna; in-ventário florestal da faixa de servidão (estratos vegetais e composiçãoflorística). Identificar e caracterizar as unidades de conservação noâmbito federal, estadual e municipal, localizadas na área de influênciado empreendimento e as respectivas distâncias em relação ao traçadoda linha de transmissão. Mapear e apresentar a relação das áreasprioritárias para conservação formalmente definidas pelos governosfederal, estadual e municipal. Caracterizar as populações faunísticas esua distribuição espacial e sazonal, com especial atenção às espéciesameaçadas de extinção, raras e/ou endêmicas e migratórias.

Caracterizar a fauna silvestre em nichos de vegetação e cor-redores, em unidades de conservação ou em áreas especialmenteprotegidas por lei, que funcionem como possível rota migratória ouberçário para espécies existentes.

O levantamento florístico deve ser realizado em todos osestratos fitofisionômicos contemplando espécies arbóreas, arbustivas,subarbustivas, herbáceas, epífitas e lianas. O estudo deverá conter nomínimo:

Identificação e mapeamento das fitofisionomias presentes;Identificação e mapeamento dos fragmentos florestais in-

dicando suas áreas (em hectare) e seus estágios sucessionais;Lista de espécies da flora informando: Ordem, família, nome

científico, nome vulgar;Estado de conservação, considerando as listas oficiais de

espécies ameaçadas, tendo como referência as listas: CITES, IUCN,MMA, listas estaduais e municipais. Georreferenciar o local ondeforam encontradas aquelas ameaçadas de extinção;

Condição de bioindicadora, endêmica, rara, exótica, não des-crita pela ciência e não descrita para a região;

Habitat;Destacar as espécies de importância econômica, medicinal,

científica, alimentícia e ornamental;Estudos fitossociológicos, com estimativa dos parâmetros de

estrutura horizontal, tais como: densidade absoluta e densidade re-lativa, frequência, dominâncias absoluta e relativa, e índice de di-versidade;

Identificar áreas com potencial para o extrativismo vegetal.A caracterização da fauna deve consistir na amostragem qua-

li-quantitativa, devendo o estudo apresentar, no mínimo:Lista de espécies da fauna informando: Ordem, família, no-

me científico, nome vulgar;Estado de conservação, considerando as listas oficiais de

espécies ameaçadas, tendo como referência as listas: CITES, IUCN,Ministério do Meio Ambiente, estaduais e municipais, georreferen-ciando o local onde foram encontradas aquelas ameaçadas de ex-tinção;

Condição de bioindicadora, endêmica, rara, exótica, não des-crita pela ciência e não descrita para a região;

Forma de registro;Habitat.Destacar as espécies de importância cinegética, econômica,

medicinal, científica, alimentícia e ornamental, bem como aquelasinvasoras, de risco epidemiológico, silvestres domesticáveis e as mi-gratórias. Para as espécies migratórias, as rotas deverão ser apre-sentadas em mapa com escala apropriada. Identificar e mapear emescala compatível os sítios de reprodução, nidificação e refúgio dafauna.

5.3. Meio SocioeconômicoDemonstrar os efeitos sociais e econômicos advindos das

fases de planejamento, implantação e operação e as suas interrelaçõescom os fatores ambientais, passíveis de alterações relevantes pelosefeitos diretos e indiretos do empreendimento. As variáveis estudadasno meio socioeconômico deverão ser apresentadas em séries his-tóricas oficiais, visando à avaliação de sua evolução temporal. Apesquisa socioeconômica deverá ser realizada de forma objetiva, uti-

lizando dados atualizados e considerando a cultura e as especifi-cidades locais. Os levantamentos deverão ser complementados pelaprodução de mapas temáticos, inclusão de dados estatísticos, uti-lização de desenhos esquemáticos, croquis e fotografias. O estudo domeio socioeconômico deverá conter, no mínimo:

5.3.1. Caracterização PopulacionalApresentar quantitativo, distribuição e mapeamento da po-

pulação, densidade e crescimento populacional, com base nas in-formações do IBGE; identificar os padrões de migração existentes eas interferências sobre os serviços de saúde, educação e segurançapública; e identificar os vetores de crescimento regional. Identificargrupos e instituições sociais (associações e movimentos comunitá-rios); avaliar as expectativas da população em relação ao empre-endimento.

5.3.2. Uso e Ocupação do SoloDescrever o histórico da ocupação humana na região de

influencia do empreendimento. Caracterizar e mapear o uso e ocu-pação do solo, em escala adequada; indicar os usos predominantes,áreas urbanas e malha viária. Identificar os planos diretores ou deordenamento territorial nos municípios interceptados; analisar a com-patibilização do empreendimento com os zoneamentos, áreas e ve-tores de expansão urbana e restrições de uso e ocupação do solo.Identificar a existência ou previsão de projetos de assentamentosrurais, junto aos órgãos competentes; caracterizar quanto à locali-zação, área, número de famílias e atividades econômicas.

Identificar as principais atividades agrossilvopastoris; indicaras culturas temporárias e permanentes. Identificar a ocorrência deinterceptação de reservas legais averbadas na faixa de servidão. Iden-tificar interferências do empreendimento com a malha de transportes,infraestrutura de saneamento, dutos, transmissão e distribuição deenergia elétrica e telecomunicações.

5.3.3. Estrutura Produtiva e de ServiçosCaracterizar os setores produtivos e de serviços, formais e

informais, incluindo os seus principais fluxos e mercados. Identificare caracterizar a infraestrutura existente em relação a: transporte, ener-gia elétrica, comunicação, e segurança pública. Caracterizar a in-fraestrutura e os serviços de saúde.

Apresentar as atuais atividades econômicas das comunidadesna área de influencia direta do sistema de transmissão de energiaelétrica , com destaque para os principais setores, produtos e serviços(separando áreas urbanas e rurais); geração de emprego; situação derenda, e potencialidades existentes.

5.3.4. Caracterização das Condições de Saúde e DoençasEndêmicas

Analisar a ocorrência na área de influencia do sistema detransmissão de energia elétrica de DST's e doenças endêmicas, no-tadamente malária, dengue e febre amarela; apresentar, quando dis-ponível em estatísticas oficiais, os dados quantitativos da evoluçãodos casos, a fim de possibilitar uma avaliação da influência do em-preendimento nestas ocorrências.

5.3.5. Caracterização dos territórios de Comunidades Tra-dicionais e Quilombolas e Terras Indígenas.

Identificar a existência de territórios de comunidades tra-dicionais (definidas pelo Decreto nº 6.040, de 2007) e quilombolas eterras indígenas; apresentar a distância entre essas e o empreen-dimento. Apresentar: localização, descrição das atividades econômi-cas e fontes de renda (agricultura, pecuária, pesca, extrativismo, ar-tesanato e outras atividades produtivas), aspectos e característicasculturais, expectativas em relação ao empreendimento.

5.3.6. Patrimônio Histórico, Cultural e ArqueológicoDiagnosticar, caracterizar e avaliar a situação do patrimônio

histórico, cultural e arqueológico com base em informações oficiais;Identificar e mapear possíveis áreas de valor histórico, cultural, ar-queológico e paisagístico, incluindo os bens tombados pelo IPHANou outros Órgãos Estaduais e Municipais de proteção ao patrimôniohistórico.

5.3.7. Análise integradaA análise integrada tem como objetivo fornecer dados para

avaliar e identificar os impactos decorrentes do empreendimento, bemcomo a qualidade ambiental futura da região. Esta análise, que ca-racteriza a área de influência do empreendimento de forma global,deve ser realizada após a conclusão do diagnóstico de cada meio.Deve conter as interrelações entre os meios físico, biótico e so-cioeconômico, ilustrados com mapas de integração, sensibilidades erestrições ambientais.

6. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AM-B I E N TA I S

Deverão ser identificadas ações impactantes e analisados osimpactos ambientais potenciais nos meios físico, biótico e socioe-conômico, relativos às fases de planejamento, implantação e operaçãodo empreendimento. Os impactos serão avaliados considerando asáreas de influência definidas. Na avaliação dos impactos sinérgicos ecumulativos com empreendimentos lineares, quando couber, deverãoser considerados a distribuição dos ônus e benefícios sociais, e osusos socioeconomicos existentes nas áreas de influência direta e in-direta, de forma a possibilitar o planejamento e integração efetiva dasmedidas mitigadoras. Para efeito de análise os impactos devem serclassificados de acordo com os seguintes critérios:

Natureza - característica do impacto quanto ao seu resultado,para um ou mais fatores ambientais (positivo ou negativo);

Importância - característica do impacto que traduz o sig-nificado ecológico ou socioeconômico do ambiente a ser atingido(baixa, média, alta);

Magnitude - característica do impacto relacionada ao porteou grandeza da intervenção no ambiente (alta, média ou baixa);

Duração - característica do impacto que traduz a sua tem-poralidade no ambiente (temporário, ou permanente);

Reversibilidade - traduz a capacidade do ambiente de re-tornar ou não à sua condição original depois de cessada a açãoimpactante (reversível ou irreversível);

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Temporalidade - traduz o espaço de tempo em que o am-biente é capaz de retornar à sua condição original (curto, médio oulongo prazo);

Abrangência - traduz a extensão de ocorrência do impactoconsiderando as áreas de influência. (direta ou indireta);

Probabilidade - a probabilidade, ou freqüência de um im-pacto, será Alta (ALT) se sua ocorrência for certa, Média (MED) sesua ocorrência for intermitente, e baixa (BAI) se for improvável queele ocorra.

Apresentar os resultados das análises realizadas referentes àsprováveis modificações na área de influência do empreendimento,inclusive com a implementação das medidas mitigadoras e com-pensatórias propostas, de forma a concluir quanto à viabilidade am-biental ou não do projeto proposto. Deverão constar:

Metodologia de identificação dos impactos, avaliação e aná-lise de suas interações; e

Planilha com os impactos classificados conforme os critériosestabelecidos neste Termo de Referência, indicando as fases de ocor-rência (planejamento, implantação e operação) e as medidas neces-sárias para seu controle.

7. PROGNÓSTICO AMBIENTALO prognóstico ambiental deverá ser elaborado após a rea-

lização do diagnóstico, análise integrada e avaliação de impactos,considerando os seguintes cenários:

Não implantação do empreendimento;Implantação e operação do empreendimento, com a imple-

mentação das medidas e programas ambientais e os reflexos sobre osmeios físico, biótico, socioeconômico e no desenvolvimento da re-gião;

Outros empreendimentos existentes ou em fase de plane-jamento e suas relações sinérgicas, efeitos cumulativos e conflitosoriundos da implantação e operação do empreendimento.

O prognóstico ambiental deve considerar os estudos refe-rentes aos diversos temas de forma integrada e não apenas um com-pilado dos mesmos, devendo ser elaborados quadros prospectivos,mostrando a evolução da qualidade ambiental na Área de Influênciado empreendimento, avaliando-se, dentre outras:

Nova dinâmica de ocupação territorial decorrente da aberturada faixa de servidão e dos acessos do empreendimento - cenáriospossíveis de ocupação;

Efeito do empreendimento nos componentes do ecossiste-ma;

Mudanças nas condições de distribuição de energia, con-siderando o novo aporte de energia elétrica no SIN, com foco nodesenvolvimento econômico das regiões beneficiadas.

8. MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS EPROGRAMAS AMBIENTAIS

Identificar as medidas de controle que possam minimizar,compensar ou evitar os impactos negativos do empreendimento, bemcomo as medidas que possam potencializar os impactos positivos. Naproposição das medidas deverão ser considerados:

Componente ambiental afetado;Fase do empreendimento em que estas deverão ser imple-

mentadas;Caráter preventivo, compensatório, mitigador ou potencia-

lizador de sua eficácia;Agente(s) executor(es), com definição de responsabilidades;

ePeríodo de sua aplicação: curto, médio ou longo prazo.Deverão ser propostos programas para avaliação sistemática

da implantação e operação do empreendimento, visando acompanhara evolução dos impactos previstos, a eficiência e eficácia das medidasde controle e permitir identificar a necessidade de adoção de medidascomplementares. Os programas apresentados deverão conter: obje-tivos, justificativas, público-alvo, fase do empreendimento em queserão implementados em relação às atividades previstas e interrelaçãocom outros programas. Apresentar, dentre outros, os seguintes planose programas:

Programa de gestão ambiental;Programa de comunicação social;Programa de educação ambiental;Programa de recuperação de áreas degradadas;Programa de prevenção, monitoramento e controle de pro-

cessos erosivos;Plano Ambiental para a Construção.9. COMPENSAÇÃO AMBIENTALApresentar proposta para atendimento ao Decreto Federal nº

6.848, de 14 de maio de 2009, que regulamenta a compensaçãoambiental dos empreendimentos.

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASO EIA/RIMA deverá conter a bibliografia citada e consul-

tada, especificada por área de abrangência do conhecimento. Todas asreferências bibliográficas utilizadas deverão ser mencionadas no textoe referenciadas em capítulo próprio, segundo as normas de publicaçãode trabalhos científicos da Associação Brasileira de Normas Técnicas-A B N T.

11. ORIENTAÇÕES GERAISOs textos deverão ser apresentados em formato Portable Do-

cument File (*.pdf) e os dados tabulares/gráficos em formato debanco de dados - Data Bank File (*.dbf). O número de cópias doEIA/RIMA e respectivos anexos, impressas e em meio eletrônico,será definido pelo órgão ambiental.

As informações cartográficas deverão ser georreferenciadas,em escala adequada; com coordenadas Lat/Long, apresentadas emmeio impresso e digital.

ANEXO III

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL-RAATERMO DE REFERÊNCIAConteúdo MínimoEste termo de referência apresenta o conteúdo mínimo para a

elaboração do Relatório de Avaliação Ambiental-RAA, que integra oprocedimento ordinário para o licenciamento ambiental de Linhas deTransmissão enquadradas como de médio potencial de impacto am-biental.

Os estudos a serem realizados devem se basear em infor-mações levantadas acerca dos fatores ambientais da área de influên-cia, que deverá ser delimitada. Devem ser levantados e avaliados asalternativas construtivas e tecnológicas em função das característicasdo ambiente, e os impactos ambientais relativos às etapas do projeto(planejamento, implantação e operação), e propostas medidas mi-tigadoras e programas de monitoramento e controle dos impactosnegativos. As metodologias para o estudo ambiental e para a ava-liação dos impactos ambientais deverão ser detalhadas.

A Área de Influência Direta-AID é aquela cuja incidênciados impactos da implantação e operação do empreendimento ocorrede forma direta sobre os recursos ambientais, modificando a suaqualidade ou diminuindo seu potencial de conservação ou aprovei-tamento. Para sua delimitação, deverão ser considerados: o traçado dalinha de transmissão e sua faixa de servidão, as áreas de implantaçãodas subestações e seu entorno; as áreas destinadas aos canteiros deobras; as áreas onde serão abertos novos acessos; e outras áreas quesofrerão alterações decorrentes da ação direta do empreendimento, aserem identificadas no decorrer dos estudos.

A Área de Influência Indireta-AII é aquela potencialmenteameaçada pelos impactos indiretos da implantação e operação doempreendimento e sua delimitação deve considerar as demandas doempreendimento por serviços e equipamentos públicos e as carac-terísticas urbano-regionais. Para os meios físico e biótico sua de-limitação deverá considerar o entorno de até 5 km da faixa de ser-vidão.

1. INFORMAÇÕES GERAIS1.1. Identificação do empreendedor:Nome ou razão social.Número do CNPJ e Registro no Cadastro Técnico Federal.Endereço completo, telefone e e-mail.Representantes legais (nome completo, endereço, fone e

email).Pessoa de contato (nome completo, endereço, fone e

email).1.2. Identificação da empresa responsável pelos estudos:Nome ou razão social.Número do CNPJ e Registro no Cadastro Técnico Federal.Endereço completo, telefone e email.Representantes legais (nome completo, Cadastro Técnico Fe-

deral, endereço, fone e email).Pessoa de contato (nome completo, Cadastro Técnico Fe-

deral, endereço, fone e email).ART da empresa.1.3. Dados da equipe técnica multidisciplinar:Nome.Formação profissional.Número do registro no respectivo Conselho de Classe, quan-

do couber.Número do Cadastro Técnico Federal.ART, quando couber.Observação: Cada membro da equipe técnica deverá rubricar

as páginas sob sua responsabilidade, e todos deverão assinar o RAAna página de identificação da equipe técnica multidisciplinar. O co-ordenador deverá rubricar todas as páginas do estudo.

1.4. Identificação do empreendimento, contendo:Denominação do empreendimento;Localização: Município(s) e UF(s) abrangidos;Coordenadas geográficas Lat/Long dos vértices da linha e

das subestações.2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTOApresentar os objetivos do empreendimento e síntese das

suas justificativas técnica, econômica e sócio-ambiental. Relacionar oempreendimento ao cenário nacional no que concerne à política bra-sileira de energia, informando as metas de produção e aporte para osistema elétrico do país, bem como sua importância na transmissão apartir da interligação regional ao SIN. Utilizar recursos cartográficospara representar a interconexão do empreendimento com o SIN.

2.1. Descrição Técnica do ProjetoTensão (kV);Extensão total da Linha (km), largura e área da faixa de

servidão;Número estimado e altura de torres (estruturas padrão e es-

peciais, distância média entre torres, distância mínima entre cabos esolo, tipo e dimensão das bases);

Distâncias elétricas de segurança e sistema de aterramento deestruturas e cercas;

Subestações existentes que necessitem de ampliação e a po-sição dos pórticos de entrada / saída das novas LTs;

Descrição sucinta das subestações, potência, área total e dopátio energizado, e o sistema de drenagem pluvial;

Indicação de pontos de interligação e localização das su-bestações;

Identificar outras linhas de transmissão que mantenham amesma faixa de servidão, bem como o distanciamento das mesmas.

Indicar as interferências da LT nas faixas de servidão derodovias, ferrovias, oleodutos e gasodutos, pivôs centrais e aeró-dromos.

2.2. Implantação do ProjetoDescrever e detalhar o projeto e localização georreferenciada

de toda a obra e infraestrutura associada.Descrever as técnicas para lançamentos de cabos da linha de

transmissão considerando os diferentes ambientes ao longo do tra-çado.

Caracterizar a(s) área(s) destinada(s) ao canteiro de obra,incluindo layout e descrição de suas unidades, de oficinas mecânicase de postos de abastecimento.

Descrever a geração e destinação dos resíduos e efluentesgerados durante a implantação do empreendimento.

Estimar os volumes de corte e aterro, necessidades de acesso,de áreas de bota-fora e de empréstimo.

Estimar a contratação da mão-de-obra (empregos diretos eindiretos e qualificação necessária).

Indicar a localização das praças de montagem de torres.Estimar o fluxo de tráfego.Estimativa das áreas de supressão de vegetação destacando

as Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal averbadas,considerando a faixa de servidão e todas suas áreas de apoio einfraestrutura durante as obras;

Apresentar as diretrizes para logística de saúde, transporte eemergência médica das frentes de trabalho, e estimar a demandaprevista para utilizar os sistemas locais de saúde no período de obras.Considerar os riscos construtivos, a probabilidade de sinistros e aquestão das doenças tropicais à luz das orientações da FUNASA/MSe especificar as ações de controle.

Restrições ao uso da faixa de servidão e acessos perma-nentes;

Apresentar o cronograma físico da implantação do empre-endimento e estimar o custo do empreendimento.

Ações/intervenções no ambiente natural necessárias/os para aimplantação, operação e manutenção da LT;

Identificar e classificar os tipos de acidentes possíveis, re-lacionados ao empreendimento nas fases de instalação e operação,suas consequências, métodos e meios de intervenção.

2.3. Operação e ManutençãoIndicar as ações necessárias para a operação e manutenção

da LT.Indicar o quantitativo de pessoal envolvido.Indicar as restrições ao uso da faixa de servidão.Indicar os acessos permanentes.3. ESTUDOS DE ALTERNATIVAS LOCACIONAIS, TEC-

NOLÓGICAS E CONSTRUTIVASIndicar os pontos a serem interligados e a localização das

subestações a serem implantadas, relacionando os municípios e re-giões atravessadas, bem como a localização das subestações;

Apresentar a finalidade, os objetivos que justificam a ne-cessidade do empreendimento de forma técnica e econômica, e suacompatibilidade com as políticas setoriais, planos e programas go-vernamentais;

Apresentar as alternativas tecnológicas para o empreendi-mento proposto, considerando as hipóteses de não implantação domesmo.

4. DIAGNÓSTICO AMBIENTALO levantamento de informações visando ao estudo ambiental

em seu entorno deverá considerar para as Áreas de Influência Diretae Indireta, o levantamento de dados secundários para o diagnósticodos meios físico, biótico e socioeconômico; e para a Área de In-fluência direta, quando da inexistência de dados secundários, poderáser realizado levantamento de dados primários. Os estudos devemapresentar em textos, mapas e plantas, quando pertinente:

Localização do empreendimento: indicando a delimitaçãocartográfica das áreas de influência com a localização dos municípiosno(s) estado(s), municípios limítrofes, e ressaltando a localização deunidades de conservação e respectivas zonas de amortecimento, ou-tras áreas legalmente demarcadas protegidas por regras jurídicas (ter-ras indígenas, territórios quilombolas, projetos de assentamento eoutras comunidades tradicionais) e áreas prioritárias para a conser-vação da biodiversidade;

Em caso da existência de zoneamento ecológico-econômicofederal, estadual ou municipal, identificar e enumerar as caracte-rísticas da zona onde está inserido o empreendimento.

Todas as bases e metodologias utilizadas devem ser espe-cificadas, e os estudos abrangerão os aspectos abaixo relacionados:

4.1. Meio Físico4.1.1. ClimaEm especial regime de precipitação, regime de ventos, fe-

nômenos meteorológicos extremos.4.1.2. Geologia, Geomorfologia e GeotecniaDescrever as principais unidades geomorfológicas e suas ca-

racterísticas dinâmicas; caracterizar os diversos padrões de relevo e osdiferentes graus de suscetibilidade ao desencadeamento de movimen-tos de massa, processos erosivos e assoreamento de corpos d'água,tanto naturais como de origem antrópica. Identificar, mapear e ca-racterizar as áreas prováveis de serem utilizadas para empréstimo ebota-fora, com vistas à obtenção de licença ambiental específica.

4.1.3. Recursos MineraisIdentificar junto ao DNPM, os processos de extrações mi-

nerais existentes na área de influencia direta, com localização geo-gráfica das diferentes áreas registradas, incluindo informações sobre asituação legal dos processos (requerimento/autorização de pesquisa oulavra).

4.1.4. Recursos HídricosIdentificar e mapear os principais corpos d'água atravessados

pelo empreendimento, incluindo informações sobre classes dos rios eusos preponderantes da água. Mapear as nascentes e as áreas ala-gáveis, apresentando uma análise dos fenômenos de cheias e va-zantes, a fim de subsidiar o Projeto Executivo da Linha quanto àlocação de estruturas, a definição de métodos construtivos em áreas

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alagadas e sujeitas à inundação sazonal. Avaliar as condições dedrenagem nas áreas úmidas em que for necessária a construção deacessos, com o objetivo de verificar as interferências nos fatoresbióticos e abióticos.

4.1.5. CavidadesLevantar as áreas de ocorrência de cavidades naturais sub-

terrâneas na área de influência direta, de acordo com a legislaçãovigente.

4.1.6. SismicidadeCaracterizar a ocorrência (distribuição geográfica, magnitude

e intensidade) de movimentos sísmicos, incluindo histórico de even-tos, com base em dados oficiais.

4.2. Meio BióticoCaracterizar os ecossistemas nas áreas atingidas pelas in-

tervenções do empreendimento, a distribuição, interferência e suarelevância biogeográfica.

Descrever e caracterizar a cobertura vegetal, indicar a suaextensão e distribuição em mapa georreferenciado; inventário florestalda faixa de servidão (estratos vegetais e composição florística). Iden-tificar e caracterizar as unidades de conservação no âmbito federal,estadual e municipal, localizadas na área de influência do empre-endimento e as respectivas distâncias em relação ao traçado da linhade transmissão. Mapear e apresentar a relação das áreas prioritáriaspara conservação da biodiversidade formalmente definidas. Carac-terizar as populações faunísticas e sua distribuição espacial e sazonal,com especial atenção às espécies ameaçadas de extinção, raras e/ouendêmicas e migratórias.

A caracterização da vegetação deve conter, no mínimo:Mapeamento das fitofisionomias presentes.Mapeamento dos fragmentos florestais indicando suas áreas

(em hectare) e seus estágios sucessionais.Espécies da flora informando ordem, família, nome cien-

tífico, nome vulgar; estado de conservação, considerando as listasoficiais de espécies ameaçadas, tendo como referência as listas: CI-TES, IUCN, Ministério do Meio Ambiente, listas estaduais e mu-nicipais. Georreferenciar o local onde foram encontradas aquelasameaçadas de extinção; condição de bioindicadora, endêmica, rara,exótica, não descrita pela ciência e não descrita para a região;

A caracterização da fauna deve conter, no mínimo: espéciesda fauna informando ordem, família, nome científico, nome vulgar;estado de conservação, considerando as listas oficiais de espéciesameaçadas, tendo como referência as listas: CITES, IUCN, Ministériodo Meio Ambiente, estaduais e municipais, georreferenciando o localonde foram encontradas aquelas ameaçadas de extinção; condição debioindicadora, endêmica, rara, exótica, não descrita pela ciência e nãodescrita para a região;

Habitat;Destacar as espécies de importância cinegética, invasoras, de

risco epidemiológico e as migratórias. Para as espécies migratórias, asrotas deverão ser apresentadas em mapa com escala apropriada. Iden-tificar e mapear em escala compatível os sítios de reprodução, ni-dificação e refúgio da fauna.

4.3. Meio SocioeconômicoDemonstrar os efeitos sociais e econômicos advindos do

empreendimento. O estudo do meio socioeconômico deverá conter,no mínimo:

4.3.1. Caracterização PopulacionalApresentar quantitativo, distribuição e mapeamento da po-

pulação, densidade e crescimento populacional; e avaliar as expec-tativas da população em relação ao empreendimento.

4.3.2. Uso e Ocupação do SoloDescrever a ocupação humana na região. Apresentar mapa

de uso e ocupação do solo, em escala adequada; indicar os usospredominantes, áreas urbanas e malha viária. Identificar os planosdiretores ou de ordenamento territorial nos municípios interceptados;caracterizar quanto à localização, área, número de famílias e ati-vidades econômicas. Identificar as principais atividades agrossilvo-pastoris; indicar as culturas temporárias e permanentes. Identificar aocorrência de interceptação de reservas legais averbadas na faixa deservidão.

4.3.3. Estrutura Produtiva e de ServiçosCaracterizar os setores produtivos e de serviços, formais e

informais, incluindo os seus principais fluxos e mercados. Identificare caracterizar a infraestrutura existente em relação a: transporte, ener-gia elétrica, comunicação, e segurança pública. Caracterizar a in-fraestrutura e os serviços de saúde.

Apresentar as atuais atividades econômicas das comunidadesna área de influencia direta do sistema de transmissão de energiaelétrica.

4.3.4. Caracterização das Condições de Saúde e DoençasEndêmicas

Analisar a ocorrência na área de influencia do sistema detransmissão de energia elétrica de DST's e doenças endêmicas, no-tadamente malária, dengue e febre amarela; apresentar, quando dis-ponível em estatísticas oficiais, os dados quantitativos da evoluçãodos casos, a fim de possibilitar uma avaliação da influência do em-preendimento nestas ocorrências.

4.3.5. Caracterização dos territórios de Comunidades Tra-dicionais e Quilombolas e Terras Indígenas

Identificar a existência de territórios de comunidades tra-dicionais (definidas pelo Decreto nº 6.040, de 2007) e quilombolas eterras indígenas; apresentar a distância entre essas e o empreen-dimento.

4.3.6. Patrimônio Histórico, Cultural e ArqueológicoCaracterizar e avaliar a situação do patrimônio histórico,

cultural e arqueológico com base em informações oficiais; Identificare mapear possíveis áreas de valor histórico, cultural, arqueológico epaisagístico, incluindo os bens tombados pelo IPHAN ou outros Ór-gãos Estaduais e Municipais de proteção ao patrimônio histórico.

4.3.7. Análise integradaA análise integrada tem como objetivo fornecer dados para

avaliar e identificar os impactos decorrentes do empreendimento, bemcomo a qualidade ambiental futura da região. Esta análise, que ca-racteriza a área de influência do empreendimento de forma global,deve ser realizada após a conclusão do diagnóstico. Deve conter asinterrelações entre os meios físico, biótico e socioeconômico, ilus-trados com mapas de integração, sensibilidades e restrições ambien-tais.

A metodologia deverá ser claramente especificada, referen-ciada, justificada e apresentada ao IBAMA de forma detalhada, juntoa cada tema. Para os levantamentos primários no meio biótico, quan-do couber, com previsão de uma coleta, que poderá ser realizada emperíodo seco ou úmido, subsequente à emissão da autorização decaptura e coleta de fauna.

Poderão ser considerados como dados primários as infor-mações provenientes de levantamentos primários coletados e dis-ponibilizadas em estudos de impacto ambiental, aprovados por órgãoambiental competente e em estudos técnicos elaborados por exigênciados órgãos envolvidos, em prazo não superior a 5 (cinco) anos, comabrangência nas áreas de influência direta e indireta do empreen-dimento.

Descrição dos fatores ambientais e identificação e avaliaçãodos impactos ambientais decorrentes do empreendimento, subsidiandoa análise integrada.

5. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AM-B I E N TA I S

Deverão ser analisados os impactos ambientais potenciaisnos meios físico, biótico e socioeconômico, relativos às fases deplanejamento, implantação e operação do empreendimento. Os im-pactos serão avaliados considerando as áreas de influência definidas.Na avaliação dos impactos sinérgicos e cumulativos deverão ser con-siderados os usos socioeconômicos existentes nas áreas de influênciadireta e indireta, de forma a possibilitar o planejamento e integraçãoefetiva das medidas mitigadoras.

A apresentação dos resultados deverá conter:Metodologia de identificação dos impactos, avaliação e aná-

lise de suas interações;Planilha contendo os impactos e as medidas necessárias para

seu controle.6. PROGNÓSTICO AMBIENTALO prognóstico ambiental deverá ser elaborado após a rea-

lização do diagnóstico, análise integrada e avaliação de impactos,considerando os seguintes cenários:

Não implantação do empreendimento;Implantação e operação do empreendimento, com a imple-

mentação das medidas e programas ambientais e os reflexos sobre osmeios físico, biótico, socioeconômico e no desenvolvimento da re-gião;

Outros empreendimentos existentes ou em fase de plane-jamento e suas relações sinérgicas, efeitos cumulativos e conflitosoriundos da implantação e operação do empreendimento.

7. MEDIDAS E PROGRAMAS AMBIENTAISIdentificar as medidas de controle que possam minimizar ou evitar os

impactos negativos do empreendimento, bem como as medidas que possam po-tencializar os impactos positivos. Na proposição das medidas deverão ser consi -derados a fase do empreendimento em que deverão ser implementadas; definiçãode responsabilidades; e período de sua aplicação: curto, médio ou longo prazo.

Deverão ser propostos programas para avaliação sistemáticada implantação e operação do empreendimento. Apresentar, dentreoutros, os seguintes planos e programas:

Programa de gestão ambiental;Programa de comunicação social;Programa de educação ambiental;Programa de recuperação de áreas degradadas;Programa de prevenção, monitoramento e controle de pro-

cessos erosivos;Plano Ambiental para a Construção.8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASO RAA deverá conter a bibliografia citada e consultada,

especificada por área de abrangência do conhecimento. Todas asreferências bibliográficas utilizadas deverão ser mencionadas no textoe referenciadas em capítulo próprio, segundo as normas de publicaçãode trabalhos científicos da Associação Brasileira de Normas Técnicas-A B N T.

9. ORIENTAÇÕES GERAISOs textos deverão ser apresentados em formato Portable Do-

cument File (*.pdf) e os dados tabulares/gráficos em formato debanco de dados - Data Bank File (*.dbf). O número de cópias doRAA e respectivos anexos, impressas e em meio eletrônico, serádefinido pelo órgão ambiental.

As informações cartográficas deverão ser georreferenciadas,em escala adequada; com coordenadas Lat/Long, apresentadas emmeio impresso e digital.

ANEXO IV

RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL-RCATERMO DE REFERÊNCIAConteúdo MínimoO presente Termo de Referência tem como objetivo esta-

belecer um referencial para a elaboração do Relatório de ControleAmbiental-RCA para Sistemas de Transmissão de Energia Elétrica,visando a regularização ambiental desses empreendimentos.

O Relatório de Controle Ambiental deverá contemplar umdiagnóstico a ser desenvolvido com base nas informações levantadasacerca dos fatores ambientais na sua área de influência; identificar,analisar e avaliar os impactos ambientais decorrentes do empreen-dimento, bem como propor medidas mitigadoras e planos e pro-gramas de monitoramento e controle dos impactos e passivos am-bientais identificados.

1. INFORMAÇÕES GERAIS1.1. Identificação do empreendedor:Nome ou razão social;Número do CNPJ e Registro no Cadastro Técnico Federal;Endereço completo, telefone e e-mail;Representantes legais (nome completo, endereço, fone e

email);Pessoa de contato (nome completo, endereço, fone e

email).1.2. Identificação da empresa responsável pelos estudos:Nome ou razão social;Número do CNPJ e Registro no Cadastro Técnico Federal;Endereço completo, telefone e email;Representantes legais (nome completo, Cadastro Técnico Fe-

deral, endereço, fone e email);Pessoa de contato (nome completo, Cadastro Técnico Fe-

deral, endereço, fone e email);ART da empresa.1.3. Dados da equipe técnica multidisciplinar:Nome;Formação profissional;Número do registro no respectivo Conselho de Classe, quan-

do couber;Número do Cadastro Técnico Federal;ART, quando couber.Observação: Cada membro da equipe técnica deverá rubricar

as páginas sob sua responsabilidade, e todos deverão assinar o RCAna página de identificação da equipe técnica multidisciplinar. O res-ponsável deverá rubricar todas as páginas do estudo.

1.4. Identificação do empreendimento, contendo:Denominação do empreendimento;Localização: Município(s) e UF(s) abrangidos;Coordenadas geográficas Lat/Long dos vértices da linha e

das subestações.2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO2.1. Descrição Técnica do ProjetoTensão (kV);Extensão total da Linha (km), largura e área da faixa de

servidão;Número estimado e altura de torres (estruturas padrão e es-

peciais, distância média entre torres, distância mínima entre cabos esolo, tipo e dimensão das bases);

Distâncias elétricas de segurança e sistema de aterramento deestruturas e cercas;

Subestações existentes que necessitem de ampliação e a po-sição dos pórticos de entrada / saída das novas LTs;

Descrição sucinta do funcionamento das subestações, tensão,área total e do pátio energizado, e o sistema de drenagem pluvial.

Indicação de pontos de interligação e localização das su-bestações.

Ações necessárias para a operação e manutenção da LT.Restrições ao uso da faixa de servidão e acessos perma-

nentes.Localização georreferenciada em mapa de todo o sistema de

transmissão, em escala a ser acordada.Mapa identificando as áreas de preservação permanente,

áreas de reserva legal averbadas e áreas legalmente protegidas.Descrição sucinta dos equipamentos (memorial descritivo)

transformadores, reatores, chaves. Quantidade e tipo de óleo, gás deisolamento;

Efluentes líquidos, oleosos e sólidos: informar se há coletaseletiva e como é feito o descarte;

Apresentar croqui do projeto de aterramento e da disposiçãode sinalização de advertência.

2.2.1 Linha de TransmissãoDescrever as características físicas, elétricas e mecânicas da

LT, características do cabo para-raio e aterramento.Caracterizar as principais fitofisionomias atravessadas pela

LT .Informar sobre desligamentos não programados decorrentes

de fatores socioambientais (aproximação de vegetação, descargas elé-tricas provenientes de raio, queimadas, vandalismo).

2.2.2 SubestaçõesIdentificar o município onde se localiza a subestação, in-

formar se é proprietário ou acessante.No caso das SE que se localizam em sedes municipais in-

formar sobre a existência de plano diretor.Informar sobre a ocorrência de eventos com derramamento

de óleo, explosões, incêndios, vazamento de gás, com danos am-bientais.

Apresentar caracterização da área onde se insere a subes-tação, identificando, num raio de 500 (quinhentos) metros, se háhabitações, equipamentos públicos e corpos hídricos.

Apresentar: Planta de situação; Planta de drenagem (caixaseparadora de água e óleo, dispositivo de quebra de energia); Plantaanti-incêndio; Arranjo da subestação e Planta de água e esgoto.

3. DIAGNÓSTICO AMBIENTALO diagnóstico deve traduzir a dinâmica ambiental das áreas

de influência do sistema de transmissão de energia elétrica. Deveapresentar a descrição dos fatores ambientais e permitir a identi-ficação e avaliação dos impactos ambientais decorrentes da operaçãodo empreendimento de modo a subsidiar a análise integrada, multi einterdisciplinar, e possibilitar a gestão ambiental do empreendimen-to.

As informações relativas às áreas de influência podem serbaseadas em dados secundários, desde que sejam atuais e possibilitema compreensão sobre os temas em questão, sendo complementadas,quando necessário, com dados primários.

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Nº 208, sexta-feira, 28 de outubro de 2011 99ISSN 1677-7042

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Documento assinado digitalmente conforme MP no- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui aInfraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.

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Todas as bases e metodologias utilizadas devem ser cla-ramente especificadas, referenciadas, justificadas e apresentadas deforma detalhada, junto ao tema. Os estudos devem se apresentadosem textos, mapas e plantas, quando pertinente.

Os resultados dos estudos e levantamentos com vistas acompor o diagnóstico ambiental da área de influência do empre-endimento abrangerão os aspectos abaixo relacionados:

Meio Físico: Identificar os corpos d'água (identificação erepresentação cartográfica da bacia ou sub-bacia hidrográfica), des-crever a qualidade ambiental do recurso hídrico, caracterizar usospreponderantes e áreas inundáveis na área de estudo; tipo de relevo,tipos de solo, acidentes geográficos. Caracterizar o clima e as con-dições meteorológicas (regime de chuva, vento, temperatura, umidadedo ar);

Meio Biótico: Caracterizar os ecossistemas na área de in-fluência do empreendimento. Realizar diagnóstico descritivo do meiobiótico: vegetação predominante (descrever e mapear os grandes as-pectos fitofisionômicos da vegetação nativa) e as principais espéciesjá identificadas; inventário florestal da faixa de servidão (estratosvegetais e composição florística). Identificar na fauna, espécies ani-mais predominantes, inclusive avifauna, existência de rotas migra-tórias, espécies endêmicas e em risco de extinção;

Meio Socioeconômico: Descrever a infraestrutura existente(rodovias, ferrovias, oleodutos, gasodutos, sistemas produtivos e ou-tras), principais atividades econômicas. Identificar e mapear a exis-tência de povos e comunidades tradicionais, indígenas e quilombolasna área de influência do empreendimento; e

Ocorrência de cavidades naturais subterrâneas, áreas de re-levante beleza cênica, sítios de interesse arqueológico, histórico ecultural, com base nas informações oficiais disponíveis.

4. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS EPASSIVOS AMBIENTAIS

Deverão ser identificadas, descritas (fichas de identificaçãode passivos com relatório fotográfico e croquis/representações) e de-vidamente localizadas (listagem de coordenadas e mapas em escalaadequada), no mínimo, as seguintes situações de passivos ambientaisresultantes da implantação e operação do sistema de transmissão:

Meio Físico (possíveis áreas contaminadas; áreas de em-préstimo, bota-foras ou outras áreas de apoio abandonadas ou não-recuperadas; processos erosivos em desenvolvimento; interferênciassobre drenagem fluvial);

Meio Biótico (Áreas de Preservação Permanente suprimidas,fauna impactada).

Meio Socioeconômico: levantamento das ocupações irregu-lares existentes na faixa de domínio, e identificação dos pontos crí-ticos para a segurança dos usuários e comunidades lindeiras.

Deverão ser identificadas as ações impactantes e analisadosos impactos ambientais nos meios físico, biótico e socioeconômico,relativos à operação do empreendimento.

Os impactos serão avaliados na área de influência diretadefinida para cada um dos meios caracterizados no diagnóstico am-biental, considerando suas propriedades cumulativas e sinérgicas e adistribuição dos ônus e benefícios sociais.

Na avaliação dos impactos sinérgicos e cumulativos deverãoser considerados os usos socioeconômicos existentes na área de in-fluência direta, de forma a possibilitar o planejamento e integraçãoefetiva das medidas mitigadoras.

5. MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIASApresentar, no formato de planos e programas, as medidas

mitigadoras e compensatórias aos impactos ambientais negativosidentificados, bem como programas de monitoramento, controle erecuperação.

6. PLANO BÁSICO DE REGULARIZAÇÃO AMBIEN-TA L - P B R A

Os programas de controle ambiental deverão considerar: ocomponente ambiental afetado; o caráter preventivo ou corretivo; oagente executor, com definição de responsabilidades e o cronogramade execução das medidas, hierarquizando-as em termos de curto,médio e longo prazo.

Os programas de monitoramento e acompanhamento das me-didas corretivas deverão indicar e justificar: parâmetros selecionadospara a avaliação dos impactos sobre cada um dos fatores ambientaisconsiderados; rede de amostragens, incluindo seu dimensionamento edistribuição espacial; métodos de coleta e análise das amostras; eperiodicidade das amostragens para cada parâmetro, segundo diversosfatores ambientais.

Os programas de monitoramento, controle e recuperação de-verão ser apresentados, a exemplo de:

Programa de gestão ambiental;Programa de comunicação social;Programa de educação ambiental;Programa de recuperação de áreas degradadas;Programa de prevenção, monitoramento e controle de pro-

cessos erosivos;Programa de recuperação de passivos ambientais.7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASO RCA deverá conter a bibliografia citada e consultada,

especificada por área de abrangência do conhecimento. Todas asreferências bibliográficas utilizadas deverão ser mencionadas no textoe referenciadas em capítulo próprio, segundo as normas de publicaçãode trabalhos científicos da Associação Brasileira de Normas Técnicas-A B N T.

8. ORIENTAÇÕES GERAISOs textos deverão ser apresentados em formato Portable Do-

cument File (*.pdf) e os dados tabulares/gráficos em formato debanco de dados - Data Bank File (*.dbf). O número de cópias doRCA e respectivos anexos, impressas e em meio eletrônico, serádefinido pelo órgão ambiental.

As informações cartográficas deverão ser georreferenciadas,em escala adequada; com coordenadas Lat/Long, apresentadas emmeio impresso e digital.

ANEXO V

MODELO DO TERMO DE COMPROMISSOTERMO DE COMPROMISSO QUE CELEBRAM ENTRE

SI O INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOSRECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS-IBAMA E__________(CONCESSIONÁRIO OU RESPONSÁVEL PELO SIS-TEMA DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA) OBJETI-VANDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL CORRETIVO NE-CESSÁRIO À REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL DE SISTEMADE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA SEM LICENÇAAMBIENTAL, ESPECIFICAMENTE ___

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos RecursosNaturais Renováveis - IBAMA, neste ato designado compromitente edoravante denominado IBAMA, Autarquia Federal do Regime Es-pecial, criado pela Lei nº 7.735/89, inscrito no CNPJ sob o nº03.859.166/0001-02, representado por seu Presidente ___________designado pela Portaria nº ____, de ___de _______ de 2011, pu-blicado no Diário Oficial da União de de ___de _______ de 2011, eno uso das atribuições que lhe confere o art. 24 do Anexo I doDecreto nº 4.756, de 20 de junho de 2003, que aprovou a EstruturaRegimental do IBAMA, publicado no Diário Oficial da União de 23de junho de 2003, e o art. 8° do Regimento Interno aprovado pelaPortaria GM/MMA nº 230, de 14 de maio de 2002, republicada noDiário Oficial da União de 21 de junho de 2002; e o ________ oradenominados partes, e

CONSIDERANDO o art. 44° da Portaria nº _____/2011 coma finalidade de promover a regularização ambiental dos sistemas detransmissão de energia elétrica em operação, no intuito de com-patibilizar a necessidade de sua operação e manutenção às normasambientais vigentes, resolvem celebrar o presente TERMO DE COM-PROMISSO - TERMO.

CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETOO presente TERMO tem por objeto estabelecer os critérios,

os procedimentos e as responsabilidades de forma a promover olicenciamento ambiental corretivo do sistema de transmissão de ener-gia elétrica ___.

PARÁGRAFO PRIMEIRO. O concessionário ou responsávelelaborará o Relatório de Controle Ambiental-RCA, para o sistema detransmissão de energia elétrica _________, conforme previsto na Por-taria nº _____, de ____ de ________ de 2011 e Termo de Referênciaespecífico, consolidado em conjunto com o IBAMA.

PARÁGRAFO SEGUNDO. A assinatura deste TERMO sus-pende a aplicação de sanções administrativas ambientais disciplinadaspelo Decreto n.º 6.514, de 22 de julho de 2008, quando relativas àausência da respectiva licença ambiental.

CLÁUSULA SEGUNDA - DOS COMPROMISSOS DOIBAMA

I - emitir a Licença de Operação para a regularização am-biental de ___________ após a apresentação e análise do respectivoRCA, no prazo previsto no art. 46 da Portaria _____;

II - analisar e emitir pareceres, relatórios e notas técnicas,contendo apreciação técnica da documentação apresentada pelo con-cessionário ou responsável e requisitada neste TERMO, encaminhan-do cópias dessas análises ao mesmo para conhecimento e adequa-ções;

III - após análise técnica e em caso de adequação aos itensdeste TERMO, aprovar as medidas mitigatórias propostas pelo con-cessionário ou responsável, contidas nos Programas Ambientais, au-torizando a execução das respectivas ações, de acordo com crono-grama acordado entre as partes;

IV - orientar e supervisionar a execução das ações realizadase acordadas neste TERMO, avaliando seus resultados e reflexos;

V - realizar vistorias técnicas periódicas de acompanhamentoonde estejam previstas medidas de mitigação e de execução das açõese projetos propostos, avaliando a efetividade das ações realizadas peloconcessionário ou responsável; e

VI - Notificar o concessionário ou responsável sobre as ir-regularidades acaso verificadas quanto à execução das medidas eProgramas Ambientais previstas neste TERMO.

CLÁUSULA TERCEIRA - DOS COMPROMISSOS DOCONCESSIONÁRIO OU RESPONSÁVEL PELO SISTEMA DETRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

I - elaborar o Relatório de Controle Ambiental-RCA pararegularização dos sistemas de transmissão de energia elétrica_________, conforme previsto no anexo IV da Portaria nº _____, de____ de ____ de 2011 e Termo de Referência específico, consolidadoem conjunto com o IBAMA.

II - apresentar o RCA e requerer ao IBAMA no prazo pre-visto no Capítulo VI da Portaria ___________, a licença de operaçãocorretiva para regularização ambiental do sistema de transmissão deenergia elétrica ______;

III - executar, após a aprovação técnica do IBAMA, os Pla-nos e Programas Ambientais previstos no RCA;

IV - enviar ao IBAMA, os documentos, Planos e ProgramasAmbientais para subsidiar as análises técnicas referentes à Licença deOperação;

CLÁUSULA QUARTA - DA PRESTAÇÃO DE CONTASO concessionário ou responsável procederá ao envio de re-

latórios a respeito do cumprimento deste TERMO, descrevendo a fasede implementação em andamento, de acordo com o cronograma apro-vado pelo IBAMA.

CLÁSULA QUINTA - DO ACOMPANHAMENTO E FIS-CALIZAÇAO

I - fica assegurado ao IBAMA, a qualquer tempo, o acom-panhamento e verificação do andamento dos trabalhos e cumprimentodas obrigações assumidas neste TERMO, cabendo a esse Instituto aadoção das medidas e sanções administrativas necessárias à sua im-plementação;

II - o concessionário ou responsável prestará todo o apoioaos técnicos do IBAMA, acompanhando vistorias e prestando in-formações que sejam solicitadas, bem como enviando documentoscomprobatórios do atendimento deste TERMO;

III - as disposições do presente TERMO não excluem apossibilidade de imposição de sanções administrativas pelo IBAMA,em caso do cometimento de infrações às normas ambientais vigen-tes.

CLÁUSULA SEXTA - DA INADIMPLÊNCIAI - o IBAMA comunicará formalmente ao concessionário ou

responsável pelas ações a serem tomadas, ao verificar o descum-primento das obrigações constantes deste TERMO, estabelecendoprazos máximos para a devida adequação;

II - no acompanhamento e fiscalização do atendimento desteTERMO, o IBAMA adotará as medidas e sanções administrativasprevistas no Decreto 6.514/08 e alterações, ou outras normas legaisaplicáveis;

III - concomitantemente ao disposto no inciso II acima, odescumprimento por parte do concessionário ou responsável do dis-posto no inciso I desta Cláusula, bem como dos prazos e obrigaçõessob sua responsabilidade e constantes deste TERMO, importará cu-mulativamente na:

a) obrigação de reparação de eventual dano ambiental de-corrente do descumprimento deste instrumento; e

b) execução judicial das obrigações nele estipuladas.CLÁUSULA SÉTIMA - DA VIGÊNCIAO presente TERMO, com eficácia de título executivo ex-

trajudicial, produzirá efeitos legais a partir de sua assinatura e terávigência até a emissão da Licença de Operação por parte do IBA-MA.

CLÁUSULA OITAVA - DA ALTERAÇÃO DAS CONDI-ÇÕES PACTUADAS

O presente TERMO poderá ser alterado através de TermoAditivo, mediante expressa concordância das partes.

As partes poderão, diante de novas informações, ou se assimas circunstâncias o exigirem, propor a revisão ou a complementaçãodos compromissos ora firmados, baseados em critérios técnicos ounovas informações que justifiquem tais alterações.

CLÁUSULA NONA - DA PUBLICIDADECompete ao concessionário ou responsável proceder a pu-

blicação do extrato do presente TERMO, no prazo de até 30 (trinta)dias, a contar da sua celebração, no Diário Oficial da União.

CLÁUSULA DÉCIMA - DO FOROPara dirimir quaisquer questões decorrentes deste Termo

Aditivo, que não possam ser resolvidas pela mediação administrativa,as partes elegem o foro da Justiça Federal, Seção Judiciária do Dis-trito Federal.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - DAS DISPOSIÇÕESFINAIS

As partes declaram e reconhecem, para os devidos fins, queo presente TERMO possui caráter negocial e está sendo firmado decomum acordo com o intuito de promover a adequação do licen-ciamento ambiental dos sistemas de transmissão de energia elétrica.

O presente TERMO, depois de aprovado por todas as partesenvolvidas, e perante as testemunhas abaixo listadas, segue assinadoem 2 (duas) vias de igual teor contendo 05 laudas, para os devidosfins e efeitos legais.

Brasília, ____ de________ de 2011.

PORTARIA No- 422, DE 26 DE OUTUBRO DE 2011

Dispõe sobre procedimentos para o licen-ciamento ambiental federal de atividades eempreendimentos de exploração e produçãode petróleo e gás natural no ambiente ma-rinho e em zona de transição terra-mar.

A MINISTRA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, no usodas atribuições que lhe conferem os incisos I e II, do parágrafo únicodo art. 87 da Constituição, resolve:

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARESArt. 1o Esta Portaria estabelece os procedimentos a serem

observados pelo IBAMA no licenciamento ambiental federal das ati-vidades e empreendimentos de exploração e produção de petróleo egás natural situados no ambiente marinho e em zona de transiçãot e r r a - m a r.

Parágrafo único. O disposto nesta Portaria também se aplicaao licenciamento de atividades e empreendimentos realizados comtecnologias similares àquelas utilizadas para exploração petrolífera,com fins científicos e de planejamento.

Art. 2o Para os fins previstos nesta Portaria, entende-sepor:

I - Áreas de sensibilidade ambiental: áreas onde há a ocor-rência de atributos naturais ou de atividades socioeconômicas queexigem maior detalhamento dos estudos ambientais e medidas cri-teriosas de controle para eventual implantação dos empreendimentosde exploração e produção de petróleo e gás natural;

II - Avaliação Ambiental de Área Sedimentar-AAAS: pro-cesso de avaliação baseado em estudo multidisciplinar, com abran-gência regional, utilizado pelos Ministérios de Minas e Energia e doMeio Ambiente como subsídio ao planejamento estratégico de po-líticas públicas, que, a partir da análise do diagnóstico socioambientalde determinada área sedimentar e da identificação dos potenciaisimpactos socioambientais associados às atividades ou empreendimen-tos de exploração e produção de petróleo e gás natural, subsidiará aclassificação da aptidão da área avaliada para o desenvolvimento dasreferidas atividades ou empreendimentos, bem como a definição de

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recomendações a serem integradas aos processos decisórios relativosà outorga de blocos exploratórios e ao respectivo licenciamento am-biental;

III - Consultas Públicas: mecanismos de oitiva relacionadosao processo de licenciamento ambiental, presencial ou não, que tempor objetivo informar a sociedade e obter contribuições para o pro-cesso de tomada de decisão do órgão ambiental, dentre os quais estáa Audiência Pública, prevista nos casos de EIA/RIMA, conformenormas específicas;

IV - Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudosrelativos aos aspectos ambientais relacionados a uma atividade ouempreendimento, apresentados como subsídio para a análise da li-cença requerida, com escopo e conteúdo adequados à complexidadeda avaliação dos impactos e riscos envolvidos no projeto, tais como:Estudo Prévio de Impacto Ambiental-EIA, Estudo Ambiental de Sís-mica-EAS, Estudo Ambiental de Perfuração-EAP, Estudo Ambientalde Teste de Longa Duração-EATLD;

V - Estudo ambiental de abrangência regional: estudo con-tendo informações ambientais de caráter regional as quais, após va-lidação pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos RecursosNaturais Renováveis-IBAMA por ato específico, poderão ser utili-zadas em processos de licenciamento ambiental de atividades e em-preendimentos regulados por esta Portaria;

VI - Estudo Ambiental de Área Sedimentar-EAAS: estudomultidisciplinar de abrangência regional, com objetivo principal desubsidiar a classificação de aptidão de áreas com vistas à outorga deblocos exploratórios de petróleo e gás natural, bem como produzirinformações ambientais regionais para subsidiar o licenciamento am-biental de empreendimentos específicos;

VII- Estudo Ambiental de Perfuração - EAP: documentoelaborado pelo empreendedor que apresenta a avaliação dos impactosambientais não significativos da atividade de perfuração marítima nosecossistemas marinho e costeiro;

VIII- Estudo Ambiental de Sísmica - EAS: documento ela-borado pelo empreendedor que apresenta a avaliação dos impactosambientais não significativos da atividade de pesquisa sísmica ma-rítima nos ecossistemas marinho e costeiro;

IX- Estudo Ambiental de Teste de Longa Duração - EATLD:documento elaborado pelo empreendedor que apresenta a avaliaçãodos impactos ambientais não significativos da atividade de teste delonga duração nos ecossistemas marinho e costeiro;

X- Ficha de Caracterização da Atividade - FCA: documentoapresentado pelo empreendedor, em conformidade com o modeloindicado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos RecursosNaturais Renováveis - IBAMA, em que são descritos os principaiselementos que caracterizam as atividades e sua área de localização esão fornecidas informações acerca da justificativa da implantação doprojeto, seu porte e a tecnologia empregada, os principais aspectosambientais envolvidos e a existência ou não de estudos;

XI - Plano de Controle Ambiental de Sísmica - PCAS: do-cumento elaborado pelo empreendedor que prevê as medidas de con-trole ambiental a serem adotadas na pesquisa de dados sísmicos, alémde informações sobre embarcações e equipamentos utilizados peloempreendedor;

XII- Relatório em linguagem não técnica: são documentosauxiliares aos estudos ambientais, elaborados em linguagem acessívelao público leigo, com a função de comunicar as principais conclusõesdo estudo ambiental de referência, tais como: Relatório de ImpactoAmbiental - RIMA, Relatório de Impacto Ambiental de Sísmica -RIAS, Relatório de Impacto Ambiental de Perfuração - RIAP, Re-latório de Impacto Ambiental de Teste de Longa Duração - RIA-TLD;

XIII - Termo de Referência-TR: documento elaborado peloIBAMA, garantida a participação do empreendedor quando por estesolicitada, que estabelece o conteúdo mínimo e as orientações paraelaboração dos estudos ambientais a serem apresentados no processode licenciamento ambiental;

XIV - Teste de Longa Duração - TLD: testes de poços,realizados durante a fase de exploração, com a finalidade precípua deobtenção de dados e informações para conhecimento dos reserva-tórios, com tempo total de fluxo superior a 72 (setenta e duas)horas;e

XV - Zona de transição terra-mar: área compreendendoáguas rasas e sua área terrestre adjacente, quando parte de umamesma atividade ou empreendimento regulado por esta Portaria.

CAPÍTULO IIDO LICENCIAMENTO DA PESQUISA SÍSMICAArt. 3o A atividade de pesquisa de dados sísmicos marítimos

e em zonas de transição terra-mar depende de obtenção de Licença dePesquisa Sísmica-LPS junto ao IBAMA.

Parágrafo único. A Licença de Pesquisa Sísmica-LPS é o atoadministrativo mediante o qual se autoriza a atividade de pesquisa dedados sísmicos e se estabelecem condições, restrições e medidas decontrole ambiental a serem observadas pelo empreendedor na exe-cução da atividade.

Art. 4o O licenciamento ambiental das atividades de pes-quisa sísmica obedecerá às seguintes etapas:

I - encaminhamento da Ficha de Caracterização da Ativi-dade-FCA por parte do empreendedor;

II - análise das informações e enquadramento da atividade,por parte do IBAMA, nas seguintes classes de licenciamento:

a) Classe 1 - Pesquisas sísmicas em profundidade inferior a50 metros ou em áreas de sensibilidade ambiental, sendo exigida aelaboração de Estudo Prévio de Impacto Ambiental/Relatório de Im-pacto Ambiental - EIA/RIMA;

b) Classe 2 - Pesquisas sísmicas em profundidade entre 50 e200 metros, sendo exigida a elaboração de Estudo Ambiental deSísmica/Relatório de Impacto Ambiental de Sísmica - EAS/RIAS;

c) Classe 3 - Pesquisas sísmicas em profundidade superior a200 metros, sendo exigida a elaboração de Estudo Ambiental deSísmica-EAS ou Informações Complementares ao Plano de ControleAmbiental de Sísmica-PCAS;

III - emissão do Termo de Referência pelo IBAMA, no prazode 15 (quinze) dias úteis, contados a partir da data de protocolo daFCA;

IV - encaminhamento do Termo de Requerimento da Licençade Pesquisa Sísmica pelo empreendedor, juntamente com a docu-mentação exigida pelo Termo de Referência, dando-se a devida pu-blicidade;

V - realização de Audiência Pública ou outra forma de Con-sulta Pública, quando couber;

VI - realização de vistorias, quando couber;VII - análise pelo IBAMA da documentação apresentada

pelo empreendedor, das contribuições advindas da Audiência Públicaou da Consulta Pública e dos resultados das vistorias;

VIII - solicitação, justificadamente, de esclarecimentos ecomplementações pelo IBAMA, uma única vez, podendo haver rei-teração da solicitação caso os esclarecimentos e complementaçõesnão tenham sido satisfatórios;

IX - apresentação pelo empreendedor de esclarecimentos ecomplementações, caso solicitados, no prazo máximo de 4 (quatro)meses, contados do recebimento da respectiva solicitação do IBAMA,o qual somente poderá ser prorrogado mediante requerimento prévioe justificado;

X - emissão de parecer técnico conclusivo pelo IBAMA;XI - deferimento ou indeferimento do pedido de LPS, dando-

se a devida publicidade; eXII - acompanhamento das condicionantes pelo IBAMA.§ 1o O Termo de Referência-TR será estabelecido pelo IBA-

MA, com detalhamento compatível com as classes de licenciamentoprevistas no inciso II deste artigo, garantida a participação do em-preendedor, quando por este solicitada.

§ 2o Excepcionalmente e de forma justificada, o prazo paraemissão de Termo de Referência será passível de prorrogação até ummáximo de 90 (noventa) dias, caso o IBAMA julgue necessário oencaminhamento de informações adicionais ou realização de vistoriapara subsidiar a sua elaboração.

§ 3o Caso a documentação solicitada no Termo de Refe-rência não seja encaminhada em até 1 (um) ano, contado da suaemissão, e o empreendedor não se manifeste quanto à intenção deprosseguir com o processo de licenciamento, consultando o IBAMAsobre eventuais atualizações do TR, o processo será arquivado peloórgão licenciador.

§ 4o Às exigências apresentadas no Termo de Referênciapoderão ser acrescidas outras pelo IBAMA, de forma justificada, casoa análise da documentação apresentada pelo empreendedor ou in-formações oriundas da consulta pública, posteriormente, indiquem talnecessidade.

§ 5o Quando a pesquisa sísmica envolver áreas situadas emmais de uma classe de licenciamento, o enquadramento deverá serrealizado com base na sensibilidade ambiental das áreas a seremimpactadas e no potencial de interferência da atividade a ser li-cenciada na atividade pesqueira ou em outra atividade socioeconô-mica.

§ 6o Nas áreas que já tenham sido objeto de estudos am-bientais de abrangência regional, o IBAMA poderá estabelecer cri-térios alternativos para a definição do enquadramento previsto noinciso II deste artigo.

§7° -Desde que não se enquadre na exigência de que trata oart.10 da Lei nº 6938, de 31 de agosto de 1981, o IBAMA, jus-tificadamente, após análise da FCA, poderá autorizar diretamente arealização de pesquisas sísmicas em Classe 3, em função de sualocalização, duração ou tecnologia empregada.

§ 8o A critério do IBAMA e de forma justificada poderãoser emitidos pareceres técnicos parciais, relativos a análises de ques-tões específicas dos estudos ambientais.

§ 9o As etapas descritas nos incisos V, VI e VII deste artigopodem ser executadas em qualquer ordem cronológica, a critério doIBAMA.

Art. 5o Ao empreendedor será facultada a elaboração doPlano de Controle Ambiental de Sísmica-PCAS, de acordo com Ter-mo de Referência emitido pelo IBAMA.

§ 1o No caso de licenciamento em Classe 3 em que o PCASesteja aprovado, o empreendedor deverá apresentar documento deInformações Complementares ao PCAS, conforme Termo de Refe-rência emitido pelo IBAMA, ficando dispensado de apresentarEAS.

§ 2o As informações e projetos ambientais aprovados noPCAS poderão, a critério do IBAMA, ser aproveitados também emlicenciamentos em Classe 1 ou Classe 2 da mesma empresa.

§ 3o Caso o empreendedor utilize os serviços de terceiro quejá possua PCAS aprovado pelo IBAMA, estará dispensado de apre-sentar o referido documento, assumindo, no entanto, a co-respon-sabilidade pela adequada implementação das medidas nele previstas.

Art. 6o O prazo máximo para decisão do IBAMA sobre odeferimento ou indeferimento do pedido de LPS é de 12 (doze) mesesquando o licenciamento for conduzido na Classe 1 ou 6 (seis) mesespara o licenciamento nas Classes 2 e 3.

§ 1o A contagem dos prazos estipulados no caput terá iníciocom a apresentação de toda a documentação solicitada no Termo deReferência e no Termo de Requerimento de Licença.

§ 2o A contagem dos prazos estipulados no caput será sus-pensa durante a elaboração dos estudos ambientais complementaresou durante a preparação de esclarecimentos solicitados pelo IBAMAao empreendedor.

§ 3o Os prazos estipulados no caput deste artigo poderão seralterados, desde que justificados e com a concordância do empre-endedor e do IBAMA.

Art. 7o A LPS terá prazo de validade compatível com ocronograma apresentado no processo de licenciamento, não podendoser superior a 5 (cinco) anos.

Parágrafo único. A renovação de LPS deverá ser requeridacom a antecedência mínima de 30 (trinta) dias da expiração do seuprazo de validade, ficando esta automaticamente prorrogada até amanifestação conclusiva do IBAMA.

CAPÍTULO IIIDO LICENCIAMENTO DA PERFURAÇÃO DE POÇOSArt. 8o As atividades de perfuração de poços no ambiente

marinho dependem de obtenção de Licença de Operação-LO junto aoIBAMA.

§ 1º A Licença de Operação-LO é o ato administrativo me-diante o qual se autoriza a atividade de perfuração marítima e seestabelecem condições, restrições e medidas de controle ambiental aserem observadas pelo empreendedor na execução da atividade.

§ 2º Para a concessão da Licença de Operação - LO seránecessária a avaliação da viabilidade ambiental , da tecnologia a serempregada e da localização da atividade, bem como das medidas decontrole ambiental propostas.

Art. 9o O licenciamento ambiental das atividades de per-furação marítima obedecerá às seguintes etapas:

I - encaminhamento da Ficha de Caracterização da Ativi-dade-FCA por parte do empreendedor;

II - análise das informações e enquadramento da atividade,por parte do IBAMA, nas seguintes classes de licenciamento:

a) Classe 1 - Perfuração marítima em local com profun-didade inferior a 50 metros ou a menos de 50 quilômetros de dis-tância da costa ou em áreas de sensibilidade ambiental, sendo exigidaa elaboração de Estudo Prévio de Impacto Ambiental/Relatório deImpacto Ambiental - EIA/RIMA;

b) Classe 2 - Perfuração marítima em local com profun-didade entre 50 e 1000 metros, a mais de 50 quilômetros de distânciada costa, sendo exigida a elaboração de Estudo Ambiental de Per-furação/Relatório de Impacto Ambiental de Perfuração -EAP/RIAP;

c) Classe 3 - Perfuração marítima em local com profun-didade superior a 1000 metros, a mais de 50 quilômetros de distânciada costa, sendo exigida a elaboração de Estudo Ambiental de Per-furação - EAP;

III - emissão do Termo de Referência pelo IBAMA, no prazode 15 (quinze) dias úteis, contados a partir da data de protocolo daFCA;

IV - entrega do Termo de Requerimento da Licença de Ope-ração de Perfuração Marítima pelo empreendedor, juntamente com adocumentação exigida pelo Termo de Referência, dando-se a devidapublicidade;

V - realização de Audiência Pública ou outra forma de Con-sulta Pública, quando couber;

VI - realização de vistorias, quando couber;VII - análise pelo IBAMA da documentação apresentada

pelo empreendedor e das contribuições advindas da Audiência ouConsulta Pública e dos resultados das vistorias;

VIII - solicitação, justificadamente, de esclarecimentos ecomplementações pelo IBAMA, uma única vez, quando couber, po-dendo haver reiteração da solicitação caso os esclarecimentos e com-plementações não tenham sido satisfatórios;

IX - apresentação pelo empreendedor de esclarecimentos ecomplementações, caso solicitados, no prazo máximo de 4 (quatro)meses, contados do recebimento da respectiva solicitação do IBAMA,o qual somente poderá ser prorrogado mediante requerimento prévioe justificado;

X - emissão de parecer técnico conclusivo pelo IBAMA;XI - deferimento ou indeferimento do pedido de LO, dando-

se a devida publicidade; eXII - acompanhamento das condicionantes pelo IBAMA.§ 1o O Termo de Referência será estabelecido pelo IBAMA,

com detalhamento compatível com as classes de licenciamento pre-vistas no inciso II deste artigo, garantida a participação do empre-endedor, quando por este solicitada.

§ 2o Excepcionalmente e de forma justificada, o prazo paraemissão de Termo de Referência será passível de prorrogação, até ummáximo de 90 (noventa) dias, caso o IBAMA julgue necessário oencaminhamento de informações adicionais ou realização de vistoriapara subsidiar a sua elaboração.

§ 3o Caso a documentação solicitada no Termo de Refe-rência não seja encaminhada em até 1 (um) ano contado da suaemissão e o empreendedor não se manifeste quanto à intenção deprosseguir com o processo de licenciamento, consultando o IBAMAsobre eventuais atualizações do TR, o processo será arquivado peloórgão licenciador.

§ 4o Às exigências apresentadas no Termo de Referênciapoderão ser acrescidas outras, a critério do IBAMA e de formajustificada, caso a análise da documentação apresentada pelo em-preendedor ou informações oriundas da consulta pública posterior-mente indiquem tal necessidade.

§ 5o Excepcionalmente e de forma justificada, o IBAMApoderá solicitar estudo preliminar de modelagem de dispersão depoluentes no mar para subsidiar a elaboração do Termo de Refe-rência.

§ 6o Nas áreas que já tenham sido objeto de estudos am-bientais de abrangência regional, o IBAMA poderá estabelecer cri-térios alternativos para a definição do enquadramento previsto noinciso II deste artigo.

§ 7o A critério do IBAMA e de forma justificada, poderãoser emitidos pareceres técnicos parciais, relativos a análises de ques-tões específicas.

§ 8o As etapas descritas nos incisos V, VI e VII deste artigopodem ser executadas em qualquer ordem cronológica, a critério doIBAMA.

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Art. 10. O IBAMA poderá licenciar as atividades de per-furação de forma integrada, sob a forma de polígonos de perfu-ração.

§ 1o A delimitação do polígono será proposta pelo em-preendedor e estabelecida pelo IBAMA, com base na localização e naextensão da área geográfica, bem como o número estimado, a den-sidade e a localização prevista dos poços.

§2° - A modalidade de licenciamento de polígonos de per-furação implica no enquadramento em Classe 1.

Art. 11. O prazo máximo para decisão do IBAMA sobre odeferimento ou indeferimento do pedido de LO é de 12 (doze) meses,quando o licenciamento for conduzido na Classe 1 (um) ou 6 (seis)meses para o licenciamento nas Classes 2 e 3.

§ 1o A contagem dos prazos estipulados no caput terá iníciocom a apresentação de toda a documentação solicitada no Termo deReferência e do Termo de Requerimento de Licença.

§ 2o A contagem dos prazos estipulados no caput será sus-pensa durante a elaboração dos estudos ambientais complementaresou preparação de esclarecimentos solicitados pelo IBAMA ao em-p r e e n d e d o r.

§ 3o Os prazos estipulados no caput deste artigo poderão seralterados, desde que justificados e com a concordância do empre-endedor e do IBAMA.

Art. 12. A Licença de Operação-LO para atividades de per-furação marítima terá prazo de validade compatível com o crono-grama apresentado no processo de licenciamento, não podendo sersuperior a 10 (dez) anos.

Parágrafo único. A renovação de Licença de Operação-LOpara atividades de perfuração marítima deverá ser requerida comantecedência mínima de 30 (trinta) dias da expiração de seu prazo devalidade, exceto no caso de licenciamento de polígonos de perfu-ração, quando a antecedência mínima deverá ser de 120 (cento evinte) dias, ficando a validade automaticamente prorrogada até amanifestação conclusiva do IBAMA.

CAPÍTULO IVDO LICENCIAMENTO DA PRODUÇÃO, ESCOAMENTO

DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL E DO TESTE DE LONGADURAÇÃO - TLD

Art. 13. A implantação ou ampliação de empreendimentosmarítimos de produção e escoamento de petróleo e gás natural de-pende de obtenção das seguintes licenças junto ao IBAMA:

I - Licença Prévia-LP: concedida na fase preliminar do pla-nejamento do empreendimento ou atividade, aprova sua localização econcepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os re-quisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximasfases de sua implementação;

II - Licença de Instalação-LI: autoriza a instalação do em-preendimento ou atividade de acordo com as especificações cons-tantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as me-didas de controle ambiental e demais condicionantes, após a ve-rificação do efetivo cumprimento do que consta da licença anterior;

III - Licença de Operação-LO: autoriza a operação do em-preendimento ou atividade, de acordo com as especificações cons-tantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as me-didas de controle ambiental e demais condicionantes, após a ve-rificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças an-teriores.

§ 1o No caso de empreendimentos compostos por diferentesprojetos ou que envolvam diferentes atividades poderão ser emitidasmais de uma Licença de Instalação ou Operação, em sequência a umaúnica Licença Prévia, de acordo com o cronograma de implementaçãoe características do empreendimento.

§ 2o No caso de empreendimentos que não incluam ati-vidades de instalação, poderá ser concedida diretamente a Licença deOperação.

§ 3o O empreendimento de produção e escoamento de pe-tróleo e gás natural poderá incluir atividades de perfuração em seuescopo, para as quais deverá ser emitida Licença de Operação-LOespecífica.

Art. 14. O licenciamento ambiental das atividades de pro-dução e escoamento de petróleo e gás natural com vistas à concessãode Licença Prévia-LP obedecerá às seguintes etapas:

I - encaminhamento da Ficha de Caracterização da Ativi-dade-FCA por parte do empreendedor;

II - análise das informações e emissão do Termo de Re-ferência pelo IBAMA para elaboração de Estudo Prévio de ImpactoAmbiental/Relatório de Impacto Ambiental - EIA/RIMA, no prazo de15 (quinze) dias úteis, contados a partir da data de protocolo daFCA;

III - encaminhamento do Termo de Requerimento de LicençaPrévia, pelo empreendedor, acompanhado da documentação exigidapelo Termo de Referência, dando-se a devida publicidade;

IV - realização de Audiência Pública ou outra forma deConsulta Pública, quando couber;

V - realização de vistorias, quando couber;VI - análise pelo IBAMA da documentação apresentada pelo

empreendedor, das contribuições advindas da Audiência ou ConsultaPública e dos resultados das vistorias;

VII - solicitação, justificadamente, de esclarecimentos ecomplementações pelo IBAMA, uma única vez, quando couber, po-dendo haver reiteração da solicitação caso os esclarecimentos e com-plementações não tenham sido satisfatórios;

VIII - apresentação pelo empreendedor de esclarecimentos ecomplementações, caso solicitados, no prazo máximo de 4 (quatro)meses, contados do recebimento da respectiva solicitação do IBAMA,o qual somente poderá ser prorrogado mediante requerimento prévioe justificado;

IX - emissão de parecer técnico conclusivo pelo IBAMA;e

X - deferimento ou indeferimento do pedido de LP, dando-sea devida publicidade.

§ 1o O Termo de Referência será estabelecido pelo IBAMA,com detalhamento compatível com as características do empreen-dimento e com a sensibilidade ambiental da região onde será lo-calizado, garantida a participação do empreendedor quando por estesolicitada.

§ 2o Excepcionalmente e de forma justificada, o prazo paraemissão de Termo de Referência será passível de prorrogação até ummáximo de 90 (noventa) dias, caso o IBAMA julgue necessário oencaminhamento de informações adicionais ou realização de vistoriapara subsidiar a sua elaboração.

§ 3o Caso a documentação solicitada no Termo de Refe-rência não seja encaminhada em até 1 (um) ano contado da suaemissão e o empreendedor não se manifeste quanto à intenção deprosseguir com o processo de licenciamento, consultando o IBAMAsobre eventuais atualizações do TR, o processo será arquivado peloórgão licenciador.

§ 4o Às exigências apresentadas no Termo de Referênciapoderão ser acrescidas outras, de forma justificada, caso a análise dadocumentação apresentada pelo empreendedor ou informações oriun-das da Consulta Pública posteriormente indiquem tal necessidade.

§ 5o A critério do IBAMA e de forma justificada poderãoser emitidos pareceres técnicos parciais, relativos a análises de ques-tões específicas.

§ 6o As etapas descritas nos incisos IV, V e VI deste artigopodem ser executadas em qualquer ordem cronológica, a critério doIBAMA.

Art. 15. O licenciamento ambiental das atividades de pro-dução e escoamento de petróleo e gás natural com vistas à concessãode Licença de Instalação-LI ou Licença de Operação-LO obedecerá àsseguintes etapas:

I - encaminhamento do Termo de Requerimento de Licençade Instalação ou Operação, pelo empreendedor, acompanhado dasinformações e documentos adicionais estabelecidos no processo deconcessão das licenças anteriores, dando-se a devida publicidade;

II - realização de vistorias, quando couber;III - análise pelo IBAMA da adequação das informações

prestadas e do cumprimento das condicionantes das licenças ante-riores;

IV - solicitação, justuficadamente, de esclarecimentos e com-plementações pelo IBAMA, uma única vez, quando couber, podendohaver reiteração da solicitação caso os esclarecimentos e comple-mentações não tenham sido satisfatórios;

V - apresentação pelo empreendedor de esclarecimentos ecomplementações, caso solicitados, no prazo máximo de 4 (quatro)meses, contados do recebimento da respectiva solicitação do IBAMA,o qual somente poderá ser prorrogado mediante requerimento prévioe justificado;

VI - emissão de parecer técnico conclusivo pelo IBAMA;VII - deferimento ou indeferimento do pedido de licença,

dando-se a devida publicidade; eVIII - acompanhamento das condicionantes pelo IBAMA.§ 1o Às exigências apresentadas nas licenças anteriores po-

derão ser acrescidas outras, e de forma justificada, caso a análise dadocumentação apresentada pelo empreendedor ou as contribuiçõesrecebidas no processo de licenciamento indiquem tal necessidade.

§ 2o A critério do IBAMA e de forma justificada poderãoser emitidos pareceres técnicos parciais relativos a análises de ques-tões específicas.

§ 3o As etapas descritas nos incisos II e III deste artigopodem ser executadas em qualquer ordem cronológica, a critério doIBAMA.

Art. 16. O licenciamento de Teste de Longa Duração-TLDseguirá o procedimento previsto para o licenciamento de empreen-dimentos de produção e escoamento, obedecendo ao disposto nos arts.13, 14 e 15 desta Portaria.

§ 1o Seguirá rito processual específico, com base em EstudoAmbiental de Teste de Longa Duração e respectivo Relatório deImpacto Ambiental de Teste de Longa Duração - EATLD/RIATLD, olicenciamento de Teste de Longa Duração-TLD que atenda simul-taneamente aos seguintes critérios:

I - envolver apenas um poço;II - ter duração máxima de 180 (cento e oitenta) dias;III - estar localizado a mais de 50 (cinquenta) quilômetros da

costa; eIV - estar localizado em águas com mais de 50 (cinquenta)

metros de profundidade.§ 2o Para TLDs licenciados com base no procedimento es-

pecificado no §1º, não haverá exigência de Licença Prévia-LP, sendofacultativa a emissão de Licença Instalação-LI, a depender das ca-racterísticas do projeto.

§ 3o A Licença de Operação concedida para TLD com ascaracterísticas enunciadas no § 1o deste artigo não poderá ser re-novada.

§ 4o O agrupamento de diferentes TLDs no mesmo processode licenciamento impede a adoção do procedimento especificado no §1o, ensejando procedimento equivalente ao de processos regulares deempreendimentos de produção e escoamento.

Art. 17. O prazo máximo para decisão do IBAMA sobre odeferimento ou indeferimento do pedido de licença é de 12 (doze)meses no caso de requerimento de Licença Prévia e de 6 (seis) mesesno caso de requerimentos de Licença de Instalação ou Operação e delicenciamento de TLD com procedimento especial, conforme § 1o doartigo anterior.

§ 1o A contagem do prazo estipulado no caput terá iníciocom a apresentação de toda a documentação solicitada no Termo deReferência ou licenças anteriores e do Termo de Requerimento deLicença.

§ 2o A contagem do prazo estipulado no caput será suspensadurante a elaboração dos estudos ambientais complementares ou apreparação de esclarecimentos solicitados pelo IBAMA ao empre-e n d e d o r.

§ 3o Os prazos estipulados no caput deste artigo poderão seralterados, desde que justificados e com a concordância do empre-endedor e do IBAMA.

Art. 18. O prazo de validade das licenças deverá ser com-patível com o cronograma apresentado no processo de licenciamento,considerando os seguintes prazos máximos:

I - 5 (cinco) anos para Licença Prévia;II - 6 (seis) anos para Licença de Instalação; eIII - 10 (dez) anos para Licença de Operação para produção

e escoamento de petróleo e gás natural.§ 1o A Licença Prévia-LP e a Licença de Instalação-LI

poderão ter os prazos de validade prorrogados pelo IBAMA, me-diante requerimento justificado do empreendedor, com antecedênciamínima de 60 (sessenta) dias contados da expiração de seu prazo devalidade, ficando esta automaticamente prorrogada até a manifestaçãoconclusiva do IBAMA, desde que não ultrapasse o prazo máximoestabelecido nos incisos I e II.

§ 2o A renovação da Licença de Operação-LO deverá serrequerida com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias daexpiração de seu prazo de validade, ficando esta automaticamenteprorrogada até a manifestação conclusiva do IBAMA.

CAPÍTULO VDAS INFORMAÇÕES AMBIENTAIS E DO PROCESSO

ADMINISTRATIVO DE REFERÊNCIAArt. 19. O IBAMA, na definição do conteúdo dos estudos

necessários ao licenciamento ambiental dos empreendimentos regu-lados por esta Portaria, inclusive EIA/RIMA, dispensará o empre-endedor de gerar informações já disponíveis em:

I - estudos ambientais de abrangência regional, devidamentevalidados pelo IBAMA por ato específico;

II - Estudos Ambientais de Área Sedimentar-EAAS e res-pectivos Relatórios Conclusivos, consolidados após Consulta Públicae validados pela instância competente por ato específico em processosde Avaliações Ambientais de Área Sedimentar-AAAS;

III - Processo Administrativo de Referência; eIV - Outros estudos realizados sob responsabilidade, deman-

da ou supervisão do poder público federal, inclusive oriundos deoutros processos de licenciamento ambiental, a critério do IBAMA.

Parágrafo único. Para serem consideradas válidas para finsde licenciamento ambiental, as informações referidas neste artigodeverão estar disponíveis publicamente para acesso de qualquer parteinteressada, ao menos em meio digital via rede mundial de com-putadores.

Art. 20. O IBAMA poderá instaurar e manter Processo Ad-ministrativo de Referência, contendo informações apresentadas pelasempresas de petróleo sobre equipamentos, tecnologias, insumos ououtros aspectos das atividades petrolíferas, com o intuito de validar eotimizar o acesso a essas informações e o seu aproveitamento emprocessos de licenciamento ambiental das atividades reguladas poresta Portaria.

§ 1o Para que as informações constantes em Processo Ad-ministrativo de Referência possam ser utilizadas como subsídios emprocessos de licenciamento ambiental essas devem ser previamentevalidadas pelo IBAMA e estar publicamente disponíveis para consultade qualquer parte interessada, resguardados os sigilos protegidos porlei, os quais devem ser claramente informados pelo empreendedor.

§ 2o As informações já depositadas e validadas em ProcessosAdministrativos de Referência poderão ser apresentadas de formasucinta nos estudos ambientais, devendo o empreendedor informarque o complemento detalhado da informação encontra-se no res-pectivo processo de referência.

CAPÍTULO VIDAS INFORMAÇÕES E SUA PUBLICIDADEArt. 21. O IBAMA deverá disponibilizar na rede mundial de

computadores, em portal voltado para essa finalidade, informaçõessobre os processos de licenciamento de que trata esta Portaria, in-cluindo, no mínimo:

I - termo de requerimento de licença apresentado pelo em-preendedor;

II - termo de referência emitido pelo IBAMA;III - estudo ambiental e respectivo relatório em linguagem

não-técnica;IV - pareceres técnicos emitidos pelo IBAMA;V - complementações e esclarecimentos prestados pelo em-

preendedor;VI - ata resumida de Audiência Pública ou outra Consulta

Pública presencial, quando houver;VII - Licenças ambientais concedidas e suas renovações ou

retificações;VIII - Ato de indeferimento de licença, quando houver.§ 1o Sem prejuízo dos meios convencionais de apresentação,

os documentos referentes aos estudos ambientais, suas complemen-tações e revisões, deverão ser apresentados ao IBAMA em meiodigital, de modo a possibilitar o lançamento das informações na redemundial de computadores.

§ 2o Para segurança do sigilo comercial, industrial, finan-ceiro ou qualquer outro protegido por lei, as pessoas físicas ou ju-rídicas que fornecerem informações de caráter sigiloso à Adminis-tração Pública deverão indicar essa circunstância, de forma expressa efundamentada, providenciando a retirada da informação protegida domaterial fornecido em meio digital, aplicando-se o mesmo proce-dimento às informações de caráter sigiloso que possam ser men-cionadas nos pareceres técnicos emitidos pelo órgão licenciador.

§ 3o As informações e documentos de que trata este artigodeverão ser disponibilizados pelo IBAMA na rede mundial de com-putadores no prazo máximo de 30 (trinta) dias após sua inclusão noprocesso de licenciamento ambiental.

§ 4o Os Relatórios em linguagem não-técnica somente serãodisponibilizados em sua versão aprovada após o IBAMA realizar umaavaliação da adequação formal ao Termo de Referência.

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§ 5o Os documentos deverão permanecer disponíveis na redemundial de computadores por, no mínimo, um ano após o encer-ramento do processo administrativo de licenciamento.

CAPÍTULO VIIDA CONSULTA PÚBLICA E DA AUDIÊNCIA PÚBLI-

CAArt. 22. O IBAMA, na condução dos processos de licen-

ciamento ambiental dos empreendimentos regulados por esta Portaria,promoverá, mediante decisão motivada, consulta pública, presencialou não, com o objetivo de informar a sociedade e obter contribuiçõespara o processo de tomada de decisão.

Parágrafo único. Nos casos de licenciamento submetidos aEIA/RIMA, o IBAMA poderá promover Audiência Pública, obser-vando os requisitos, procedimentos e prazos definidos na legislaçãopertinente, sem prejuízo de eventual consulta pública não presen-cial.

CAPÍTULO VIIIDAS DISPOSIÇÕES GERAISArt. 23. Poderá ser admitido um único processo de licen-

ciamento ambiental para empreendimentos similares em uma mesmaregião, em escala temporal compatível, desde que definida a res-ponsabilidade pelo conjunto de empreendimentos.

Art. 24. Será admitida pelo IBAMA a implementação deprogramas ambientais regionais, para uma mesma área de concen-tração de empreendimentos, compartilhados ou não entre empresas,em complementação ou substituição aos projetos ambientais indi-viduais, desde que definida responsabilidade pela sua execução.

Parágrafo único. Novos empreendimentos que venham a serestabelecidos na região em questão poderão ter acesso ao sistema decompartilhamento previsto no caput, a critério do IBAMA.

Art. 25. O IBAMA, mediante decisão motivada, poderá mo-dificar os condicionantes e as medidas de controle e adequação,suspender ou cancelar uma licença expedida, quando ocorrer:

I - violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ounormas legais;

II - omissão ou falsa descrição de informações relevantes quesubsidiaram a expedição da licença; e

III - Superveniência de graves riscos ambientais e à saúde.Art. 26. A modificação de projeto que não implique em

alteração relevante da avaliação de impacto ambiental realizada comosubsídio à concessão da licença ambiental poderá ser autorizada peloIBAMA no mesmo procedimento de licenciamento ambiental, fun-damentadamente e mediante ato específico.

§ 1o A solicitação de modificação referida no caput desteartigo deve ser acompanhada das seguintes informações:

I - grau de alteração da avaliação de impactos realizada emfunção da modificação de projeto; e

II - justificativa para a modificação do projeto após a con-cessão da licença ambiental.

§ 2o Caso a modificação de projeto implique em alteraçãorelevante das características originais do empreendimento e de seusimpactos e riscos ambientais, o IBAMA exigirá novo procedimentode licenciamento ambiental, sem prejuízo de serem aproveitados osatos já praticados e os documentos produzidos anteriormente.

§ 3o O prazo para análise e decisão quanto à autorizaçãopara modificação de projeto será definido pelo IBAMA, de acordocom a complexidade da modificação pleiteada.

Art. 27. Sem prejuízo do disposto no art.10 da Leinº6.938/81, caberá ao IBAMA se manifestar sobre a exigibilidade delicenciamento para outras atividades marítimas de exploração e pro-dução de petróleo não contempladas nesta Portaria, no que solicitaráao empreendedor os subsídios necessários para a avaliação das ca-racterísticas do empreendimento, de seus impactos e dos riscos am-bientais envolvidos.

Parágrafo único. Com base nas características do empre-endimento e na sensibilidade ambiental da região onde ele será lo-calizado, o IBAMA definirá os procedimentos específicos pertinentesao licenciamento ambiental.

CAPÍTULO IXDAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIASArt. 28. O Ministério do Meio Ambiente deverá, no prazo

máximo de um ano contado da publicação desta Portaria, criar ossistemas necessários para a disponibilização de informações ambien-tais e sobre o licenciamento ambiental na rede mundial de com-putadores, conforme estabelecido nesta Portaria.

Art. 29. Esta Portaria se aplica aos empreendimentos queainda não tiveram seu licenciamento ambiental iniciado, sem prejuízoda sua adoção para aqueles em andamento, desde que haja comumacordo entre o IBAMA e o empreendedor.

Art. 30. Esta Portaria entra em vigor na data de sua pu-blicação.

IZABELLA TEIXEIRA

PORTARIA No- 424, DE 26 DE OUTUBRO DE 2011

Dispõe sobre procedimentos específicos aserem aplicados pelo IBAMA na regula-rização ambiental de portos e terminaisportuários, bem como os outorgados àscompanhias docas, previstos no art. 24-Ada Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003.

A MINISTRA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, no usode suas atribuições, e tendo em vista o disposto no Decreto no 6.101,de 26 de abril de 2007, resolve:

Art. 1o Esta Portaria dispõe sobre procedimentos específicos aserem aplicados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Re-cursos Naturais Renováveis-IBAMA na regularização ambiental de por-tos e terminais portuários, bem como os outorgados às companhias do-cas, previstos no art. 24-A da Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003.

Parágrafo único. Os procedimentos específicos descritos nes-ta Portaria se aplicam apenas aos portos e aos terminais previstos nocaput, que já estejam implantados e em operação sem licença am-biental, excetuadas as obras de ampliação e as atividades de dra-gagem, que estarão sujeitas a procedimento regular de licenciamentoambiental.

Art. 2o Para os efeitos desta Portaria são estabelecidas asseguintes definições:

I - regularização ambiental: processo integrado de atividadestécnicas e administrativas, por meio do qual os portos ou terminaisportuários, implantados e em operação, buscam sua conformidade eregularidade em relação à legislação ambiental vigente, por meio determo de compromisso com o Ibama;

II - Relatório de Controle Ambiental - RCA: documentocontendo estudos, programas e planos ambientais a serem imple-mentados nos portos ou terminais portuários que aderirem ao pro-cedimento de regularização descrito no inciso I, de modo a conferirconformidade aos aspectos ambientais relativos à operação portuária;e

III - área do porto organizado: área compreendida pelas ins-talações portuárias, tais como ancoradouros, docas, cais, pontes epíeres de atracação e acostagem, terrenos, armazéns, edificações evias de circulação interna, e também pela infra-estrutura de proteçãoe acesso aquaviário ao porto, como guias-correntes, quebra-mares,eclusas, canais, bacias de evolução e áreas de fundeio que devam sermantidas pela administração do porto.

Art. 3o O IBAMA oficiará os responsáveis pelos portos eterminais portuários previstos no art. 1º para que, no prazo de centoe vinte dias, contados a partir da edição desta Portaria, firmem termode compromisso, com o fim de apresentar, no prazo máximo desetecentos e vinte dias, os Relatórios de Controle Ambiental - RCAs,que subsidiarão a regularização ambiental, por meio das respectivaslicenças de operação, observadas as exigências desta Portaria.

§1o A assinatura do termo de compromisso suspende as san-ções administrativas ambientais já aplicadas pelo IBAMA e impedenovas autuações, quando relativas, em ambos os casos, à ausência darespectiva licença ambiental.

§2o O disposto no §1o não impede a aplicação de sançõesadministrativas ambientais pelo descumprimento do próprio termo decompromisso.

§3o No termo de compromisso deverá constar previsão nosentido de que as informações atualizadas relativas à regularização egestão ambiental estejam disponíveis na rede mundial de compu-tadores.

Art. 4o Os RCAs serão elaborados em atendimento aos ter-mos de referência a serem adequados e consolidados pelo IBAMAem conjunto com o requerente, com base no Anexo desta Portaria,podendo incluir ou excluir exigências, em função das especificidadesdo empreendimento, das peculiaridades locais, dos estudos existentese da legislação pertinente, desde que adequadamente justificadas.

§ 1o A consolidação de que trata o caput deverá ser con-cluída no prazo máximo de dois meses, a partir da assinatura dotermo de compromisso junto ao IBAMA.

§ 2o Por ocasião da consolidação referida no caput, seráfixado pelo IBAMA cronograma para a elaboração e apresentação doRCA, levando em consideração as peculiaridades de cada porto outerminal portuário, observado o prazo máximo de que trata o caput.

Art. 5o O IBAMA expedirá as licenças de operação, após aaprovação dos respectivos relatórios de controle ambiental, cuja aná-lise se dará em até cento e oitenta dias.

Parágrafo único. Os portos e terminais portuários previstosno art. 1o, que se encontram em processo de obtenção de licença deoperação poderão se beneficiar das condições ora estabelecidas eoptar entre os cronogramas já acordados e os previstos nesta Por-taria.

Art. 6o Durante o processo de regularização, ficam auto-rizadas a operação do porto ou terminal portuário e as atividades demanutenção rotineira e de segurança operacional.

Parágrafo único. As atividades de manutenção rotineira e desegurança operacional deverão ser informadas previamente ao IBA-MA.

Art.7o O RCA deverá considerar as interações entre os meiosbiótico, físico e socioeconômico, e ser composto por diagnósticoambiental, pelo levantamento dos passivos ambientais, e por pro-gramas e planos a serem acordados entre o IBAMA e o requerente,tendo como base a seguinte relação:

I - Programa de Monitoramento da Qualidade Ambiental daÁgua, dos Sedimentos, do Ar e da Biota Aquática;

II - Programa de Recuperação de Áreas Degradadas;III - Programa de Gerenciamento de Efluentes e Resíduos;IV - Programa de Gerenciamento de Riscos, Plano de Emer-

gência Individual, Plano de Área, quando couber, e Plano de Ação deEmergência para Produtos Químicos Perigosos, quando couber;

V - Programa de Educação Ambiental e Comunicação So-cial; e

VI - Plano de Dragagem de Manutenção.Art. 8o O IBAMA poderá, mediante despacho motivado,

abrir período de consulta pública para manifestação de terceiros, apóso recebimento dos estudos ambientais, fixando-se prazo de até 30 diaspara oferecimento de alegações escritas, nos termos do art. 31 da Leino 9.784, de 29 de janeiro de 1999.

Art. 9o À regularização ambiental dos portos e terminaisportuários, de que trata o art. 1o, e que estejam em operação em dataanterior à vigência da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, não seaplica a compensação ambiental por ela instituída em seu art. 36.

Art. 10o Para a regularização ambiental de que trata estaPortaria, no caso de portos e terminais portuários previstos no art. 1o,que afetam Unidades de Conservação, o IBAMA deverá requerermanifestação do órgão responsável pela administração de Unidadesde Conservação.

Parágrafo Único. A manifestação será prévia ao procedi-mento de regularização ambiental junto ao órgão ambiental federal.

Art. 11 Esta Portaria entra em vigor na data de sua pu-blicação.

IZABELLA TEIXEIRA

ANEXO

TERMO DE REFERÊNCIA DE RELATÓRIO DE CON-TROLE AMBIENTAL - RCA PARA REGULARIZAÇÃO POR-TUÁRIA

1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR1.1. Identificação do empreendedorNome ou razão social; número do CNPJ e Registro no Ca-

dastro Técnico Federal; endereço completo; telefone e fax; repre-sentantes legais (nome, CPF, endereço, fone, fax e e-mail); pessoa decontato (nome, CPF, endereço, fone, fax e e-mail).

1.2. Identificação da empresa responsável pelos estudosNome ou razão social; número do CNPJ e Registro no Ca-

dastro Técnico Federal; endereço completo (fone, fax e-mail); re-presentantes legais (nome, Cadastro Técnico Federal, endereço, fone,fax e e-mail); pessoa de contato (nome, Cadastro Técnico Federal,endereço, fone, fax e e-mail); ART da empresa.

1.3. Dados da equipe técnica multidisciplinarIdentificação dos profissionais responsáveis pela elaboração

do RCA: nome; área profissional; número do registro no respectivoConselho de Classe, quando couber; número do Cadastro TécnicoFederal (IBAMA); ART, quando couber.

Cada membro da equipe deverá rubricar, em uma cópia doRCA, as páginas de sua responsabilidade técnica.

Os membros da equipe consultora deverão assinar o RCA napágina de identificação da equipe multidisciplinar. Já o coordenadordo estudo deverá, adicionalmente, rubricar todas as páginas do es-tudo.

2. DADOS DO EMPREENDIMENTO2.1. Identificação do EmpreendimentoNome;Municípios e Unidades Federativas;Coordenadas geográficas conforme norma específica do ór-

gão licenciador;2.2. Caracterização do EmpreendimentoCaracterização e localização das instalações portuárias exis-

tentes, contemplando a área total do terreno, a área construída e aárea disponível para a expansão do empreendimento, se houver, alémda delimitação das áreas de fundeio e do canal de acesso;

Corpos hídricos, vias de acesso e principais áreas produ-tivas;

Zonas de adensamento populacional e presença de povostradicionais, definidas pelo Decreto nº 6.040/2007;

Áreas utilizadas para pesca, de uso turístico ou recreacional,se existentes;

Limites de Áreas de Preservação Permanente, Unidades deConservação e demais áreas protegidas por legislação específica, comas respectivas distâncias do empreendimento;

Feições consideradas relevantes;Descrição das cargas e produtos de movimentação no em-

preendimento, informando o grau de periculosidade deles, apresen-tando as Fichas de Informações de Segurança de Produto Químico -FISPQ e as tabelas de compatibilidade química.

2.3. Características Técnicas do EmpreendimentoPlano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto - PDZ;Apresentação da movimentação atual de carga em termos

quantitativos, qualitativos, financeiros e a projeção dessa movimen-tação;

Concessões de terminais particulares dentro do porto e ter-mos de permissão de uso histórico e panorama atual;

Tecnologias de transbordo;Descrição e utilização da área retro-portuária;Porte e regime das operações e embarcações;Batimetria da área de acesso aquaviário, destacando a pro-

fundidade mínima do porto e o calado máximo das embarcações;Identificação e quantificação de cargas com potencial para

emissão de poluentes atmosféricos;Identificação e quantificação de cargas e embarcações com

potencial perigoso;Descrição do fluxo viário de cargas e pessoas nos terminais

portuários e na área do porto.Apresentar Plano de Dragagem de Manutenção, contendo no

mínimo: caracterização dos sedimentos em atendimento à ResoluçãoConama nº 344/04, definição da poligonal da área e do volume a serdragado, da área de bota fora, batimetria, metodologia de trabalho,periodicidade de dragagens de manutenção e forma de disposição domaterial dragado;

Descrição da infraestrutura portuária existente contemplando:sistema de abastecimento de água e coleta de esgoto, sistema defornecimento de energia, sistema de coleta de resíduos sólidos esistema de drenagem.

2.4. Efluentes LíquidosIdentificação de fontes pontuais e difusas de lançamento de

efluentes líquidos na área do empreendimento;Apresentar os sistemas de controle e tratamento dos efluentes

líquidos existentes na área do empreendimento e a proposta de im-plantação de controles, quando necessário.

2.5. Resíduos SólidosIdentificar as fontes, caracterizar e quantificar os resíduos

sólidos gerados, com base nos critérios estabelecidos pela NBR10.004, de 2004;

Indicar os pontos de acondicionamento e de estocagem tem-porária dos resíduos sólidos gerados, incluindo os perigosos;

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Nº 208, sexta-feira, 28 de outubro de 2011 103ISSN 1677-7042

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Caracterizar os sistemas de controle e os procedimentos ado-tados associados às fontes identificadas, indicando as formas e locaisde disposição final dos resíduos, incluindo os perigosos;

Identificar o estágio de implementação dos planos de ge-renciamento de resíduos sólidos - PGRS dos terminais e arrenda-tários.

2.6. Emissões AtmosféricasCaracterização das emissões atmosféricas, e respectivos me-

moriais de cálculo, que contemplem: a estimativa das emissões totais(kg/h) de material particulado total e inalável para as atividades re-lacionadas ao manuseio e estocagem de granéis sólidos e a estimativadas emissões totais (kg/h) de gases para as atividades relacionadas aomanuseio e estocagem de granéis líquidos;

Descrição dos sistemas de controle das emissões atmosfé-ricas, principalmente material particulado e gases que interferem noaquecimento global e compostos orgânicos voláteis.

2.7. Níveis de Ruído e VibraçãoRealizar levantamento das fontes, dos tipos e das intensi-

dades dos ruídos gerados;Apresentar os potenciais pontos críticos passíveis de sofre-

rem influência da operação do empreendimento, tais como hospitais,unidades básicas de saúde, escolas e áreas residenciais.

2.8. Emergências AmbientaisCaracterizar as ocorrências de emergências ambientais e os

procedimentos adotados para o monitoramento, controle e mitigaçãodos impactos na área do empreendimento;

Descrever os planos de combate e controle das emergênciasambientais existentes na área do empreendimento na forma de planode emergência individual ou plano de área ou plano de ação deemergência para produtos químicos perigosos, conforme o caso, e deacordo com o que dispõe a legislação.

3. ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO3.1. Definição da Área de Influência do EmpreendimentoO RCA deverá definir os limites das áreas que sofrem in-

fluência, direta ou indireta pelo empreendimento, considerando-se ascaracterísticas dos meios físico, biótico e socioeconômico, bem comoo alcance dos impactos potenciais, dando ênfase à sua proximidadecom as áreas protegidas por legislação específica.

Para a definição do limite geográfico de cada uma das áreasdevem ser considerados, também, os fatores ambientais que compõema paisagem; os empreendimentos existentes; o uso e ocupação dosolo; programas e projetos previstos, em andamento ou já desen-volvidos na região, bem como aqueles que foram ou são impactadosem decorrência do empreendimento.

A definição dos limites das áreas de influência deve serjustificada, observando-se que, para fatores ambientais específicos, oslimites podem ser diferentes e sujeitos à revisão com base na iden-tificação e abrangência dos impactos.

As áreas geográficas direta e indiretamente afetadas peloempreendimento deverão ser mapeadas em escala adequada.

3.2. Conceitos3.2.1. Área Diretamente Afetada (ADA)Deverá compreender áreas que sofrem intervenções diretas

em função das atividades inerentes ao empreendimento, considerandoalterações físicas, bióticas, socioeconômicas e das particularidades doempreendimento. A ADA será delimitada em escala que melhor re-presente a área afetada do empreendimento.

3.2.2. Área de Influência Direta (AID)São áreas sujeitas aos impactos diretos do empreendimento

sobre os recursos ambientais, modificando a sua qualidade ou di-minuindo seu potencial de conservação ou aproveitamento, consi-derando o porto em operação. A rede de relações sociais, econômicase culturais afetada pelo empreendimento deve ser considerada na suadelimitação. A área de influência direta contempla, além da ADA:

a) Áreas de domínio público, ecossistemas de preservação,áreas e bens legalmente protegidos, e recursos hídricos afetadas peloempreendimento;

b) Sistema rodoviário, ferroviário e fluvial utilizado para otransporte de equipamentos, materiais e trabalhadores;

c) Comunidades e áreas de atividades (pesca, turismo e re-creacional) afetadas;

d) Áreas com alteração da qualidade ambiental (em especial,do ar, geração de ruídos, vibração, resíduos e efluentes);

e) Áreas com alterações na dinâmica costeira, com induçãode processos erosivos e de assoreamento e modificações na linha decosta;

f) Áreas destinadas a futuras expansões.3.2.3. Área de Influência Indireta (AII)Áreas sujeitas aos impactos indiretos do empreendimento,

abrangendo os meios físico, biótico e socioeconômico, considerandoo porto em operação. A AII deverá incorporar, no mínimo, o territóriodo município onde está localizado o porto. A delimitação da AIIcircunscreve a AID, considerando-se, entre outros, o alcance dosimpactos associados às características do empreendimento, as ca-racterísticas urbano-regionais (considerando o sistema viário e ser-viços públicos) e as áreas sujeitas à ocupação referente aos em-preendimentos associados.

4. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL4.1. Informações BásicasO Diagnóstico Ambiental deverá retratar a qualidade am-

biental atual da área de abrangência dos estudos, indicando as ca-racterísticas dos diversos fatores que compõem o sistema ambiental,de forma a permitir pleno entendimento da dinâmica e das interaçõesexistentes entre meio físico, meio biótico e meio socioeconômico.

4.2. Meio Físico4.2.1. Clima e Condições MeteorológicasCaracterização climático-meteorológica resumida da região

em que se insere o empreendimento, considerando a ocorrência deeventos extremos.

Apresentar tabelas e gráficos com as médias históricas e comas médias recentes dos parâmetros meteorológicos ao longo dos me-ses do ano, com ênfase em temperatura do ar, umidade relativa do ar,pluviosidade e regime de ventos (direção e velocidade).

Apresentar em mapa a localização das estações meteoro-lógicas por meio das quais os dados foram amostrados.

4.2.2. GeologiaCaracterização geológica resumida apresentada em escala re-

gional, englobando as principais unidades estratigráficas e suas fei-ções estruturais, assim como em escala local, a qual deverá con-templar o respectivo grau de intemperismo das unidades estratigrá-ficas.

4.2.3. GeomorfologiaDescrição geomorfológica resumida da área de influência

compreendendo as formas e a dinâmica de relevo, com ênfase naidentificação de situações de presença ou de propensão à erosão e aoassoreamento.

4.2.4. PedologiaDescrição e mapeamento das classes de solo com a ob-

servância do Sistema de Classificação da Empresa Brasileira de Pes-quisa Agropecuária - EMBRAPA e com a indicação do grau deerodibilidade, em escala compatível, para a AID.

4.2.5. SedimentologiaApresentar a caracterização dos sedimentos da AID, com

base na Resolução CONAMA no 344/04 e com justificativas para oscritérios de escolha dos pontos e parâmetros de amostragem. A malhaamostral deve ser estabelecida em acordo com o IBAMA e de-vidamente representada em cartas batimétricas, diferenciando amos-tras superficiais e testemunhos. Adicionalmente, deve-se compararcom estudo pretéritos, quando existentes, e identificar e discutir aspossíveis fontes poluidoras dos sedimentos na AID.

4.2.6. Recursos HídricosCaracterização da qualidade física, química e microbiológica

das águas da ADA e AID, com base na Resolução CONAMA no

357/2005 e com justificativas para os critérios de escolha dos pontose parâmetros de amostragem. A malha amostral deve ser estabelecidaem acordo com o IBAMA e, de preferência, integrada com os mo-nitoramentos dos sedimentos;

Caracterização do sistema hidrográfico da AII, de forma re-sumida, e da AID, de forma detalhada, englobando águas interiores,estuarinas e costeiras;

Apresentar estudo hidrogeológico da área do empreendimen-to.

4.2.7. Oceanografia e Hidrodinâmica CosteiraApresentação da hidrodinâmica costeira seguida de descrição

dos fatores físicos presentes na região do empreendimento;Apresentação de batimetria do canal de navegação, que de-

limite a existência de canais e sua continuidade, a presença de bancosarenosos e fundos rochosos, quando houver, e as zonas de menorprofundidade.

4.3. Meio Biótico4.3.1. DiagnósticoOs estudos realizados para o diagnóstico do meio biótico

devem ser apresentados de forma clara e objetiva, contemplando:detalhamento da metodologia empregada para cada grupo biótico;esforço espacial e temporal empregados; apresentação dos resultados;e análise dos dados com detalhamento da suficiência amostral, de-tectabilidade e índices de diversidade.

Caracterizar os ecossistemas nas áreas atingidas pelo em-preendimento, a distribuição, interferência e sua relevância biogeo-gráfica [frase é assim mesmo?];

Descrever o total da área amostrada e o percentual em re-lação à AID e à cada fitofisionomia;

Descrever e georreferenciar, em escala adequada, as unidadesamostrais e as estações de coleta, justificando as suas escolhas;

As áreas de estudo deverão ser selecionadas de acordo coma variabilidade de ambientes, para que a amostragem seja repre-sentativa em todo o mosaico ambiental. Os locais selecionados paraamostragem continuada deverão ser listados, georreferenciados, ma-peados e acordados com a equipe técnica responsável pelo licen-ciamento ambiental, antes do início das amostragens;

Todo o material científico coletado deverá ser tombado eminstituições cientificas que apresentam coleções de referência. Deveráser entregue o documento comprobatório do ato de tombamento, bemcomo o de autorização de coleta;

Identificar espécies vetores e hospedeiras de doenças nosecossistemas terrestres e aquáticos.

4.3.2. Biota TerrestreMapear e descrever a cobertura vegetal na ADA e na AID do

empreendimento e seu estado de conservação;Caracterização da fauna terrestre na ADA e na AID do

empreendimento, descrevendo o estado de conservação dela e a in-tegridade dos processos ecológicos.

4.3.3. Biota AquáticaCaracterizar a biota aquática, tais como organismos planc-

tônicos, nectônicos e bentônicos de fundo consolidado e não con-solidado, na AID do empreendimento, seus "habitats" e sua dis-tribuição geográfica;

Apresentar dados de riqueza e abundância de espécies dabiota da AID, ressaltando-se as espécies raras, endêmicas, migra-tórias, ameaçadas de extinção, exóticas, alóctones e outras utilizadaspela população local, tal como a pesca, e aquelas protegidas porlegislação federal, estadual e municipal;

Propor bioindicadores, podendo ser utilizadas espécies ouseus grupos como indicadores de alterações da qualidade ambientaldecorrentes da operação do porto.

4.3.4. Unidades de ConservaçãoCaracterizar e mapear todas as unidades de conservação fe-

derais, estaduais e municipais e suas respectivas zonas de amor-tecimento, existentes nas áreas de influência do empreendimento oulocalizadas no raio de até 2000 metros do empreendimento, citandoos respectivos atos de criação , limites geográficos definidos e iden-tificáveis ou que estejam no seu plano de manejo, quando existente,destacando as áreas prioritárias para conservação;

Indicar as distâncias relativas ao empreendimento e suasáreas de influência, considerando as características e principais ob-jetivos de cada unidade de conservação;

Identificar as unidades de conservação em processo de cria-ção nas áreas de influência do empreendimento, e localizá-las es-pacialmente em relação ao empreendimento;

Abordar as possíveis modificações e interferências que po-dem ser ou são causadas pelo empreendimento nas unidades de con-servação existentes e discorrer sobre a inserção do que seja con-siderado nessa avaliação;

Identificar e mapear as áreas de valor ecológico, tais comomanguezais, vegetação de restingas, recifes de corais e outros, nasáreas de influência do empreendimento;

Caracterizar, sucintamente, as áreas com potencial para oestabelecimento de unidades de conservação e de sítios ímpares dereprodução de espécies abrangidas pela AII do empreendimento.

4.3.5. Pragas e VetoresLevantamento dos vetores, transmissores de doenças e pra-

gas que ocorrem na área do empreendimento.4.4. Meio Sócioeconômico4.4.1. DiagnósticoO estudo do meio socioeconômico deverá ser constituído da

análise dos aspectos sociais e econômicos afetados e passíveis desofrerem interferências pela operação do empreendimento;

Apresentar, para as AID e AII, demografia, nível de renda,fluxos migratórios, localização das aglomerações urbanas e rurais emrelação ao empreendimento, áreas de expansão urbana, zoneamentosexistentes, condições gerais de habitação e infraestrutura de serviçospúblicos, serviços educacionais, de saúde, transportes, saneamento ecomunicação, populações tradicionais na AID que dependam diretaou indiretamente das áreas marinhas e estuarinas do entorno para suasubsistência;

4.4.2. Conflitos Sócio-ambientaisIdentificar os principais problemas e conflitos sócio-ambien-

tais da região, destacando possíveis conflitos de uso entre o em-preendimento e outras atividades, inclusive, com aquelas relacionadasà pesca, ao lazer e ao turismo, os atores sociais envolvidos, e as suasinter-relações com as atividades portuárias.

4.4.3. MapeamentoRelacionar e realizar mapeamento, dentro da AID do em-

preendimento, dos sítios arqueológicos e históricos, tombados ou não,e dos locais de relevante beleza cênica.

5. PASSIVOS AMBIENTAISMapeamento do uso histórico da região do empreendimento

com o objetivo de identificar possíveis passivos ambientais.6. ANÁLISE INTEGRADAEste tópico deverá contemplar as relações e interações exis-

tentes entre os meios físico, biótico e antrópico levantados, con-siderando-se as interferências provocadas pela operação do empre-endimento.

7. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTO AM-B I E N TA L

Deverão ser analisados os impactos do empreendimento so-bre o meio ambiente, de forma integrada, considerando sua operação.Deverão ser propostas medidas destinadas ao equacionamento dosimpactos ambientais.

8. ANÁLISE DE RISCOSApresentar Estudos de Análise de Riscos, conforme norma

estadual, ou na inexistência desta, adotar o Manual de Orientaçãopara elaboração de Estudos de Análise de Riscos (P4.261) elaboradopela CETESB em maio de 2003.

9. PLANO BÁSICO DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL- PBRA

Os programas a serem detalhados são aqueles constantes doart. 4o deste Decreto;

Os programas de controle ambiental deverão considerar ocomponente ambiental afetado, o caráter preventivo ou corretivo, oagente executor, com definição de responsabilidades, e o cronogramade execução de medidas de curto, médio e longo prazo;

Os programas de monitoramento e acompanhamento dos im-pactos deverão indicar e justificar os parâmetros selecionados para aavaliação dos impactos sobre cada um dos fatores ambientais con-siderados, a rede de amostragens, incluindo seu dimensionamento edistribuição espacial, os métodos de coleta e de análise das amostrase a periodicidade das amostragens para cada parâmetro, segundodiversos fatores ambientais.

10. BIBLIOGRAFIADeverá constar a bibliografia consultada para a realização

dos estudos, devendo ser especificada por área de abrangência doconhecimento, seguindo as normas da ABNT.

DELIBERAÇÃO No- 266, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2010

A MINISTRA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE fazsaber que o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético, no uso dascompetências que lhe foram conferidas pela Medida Provisória no

2.186-16, de 23 de agosto de 2001, e pelo Decreto no 3.945, de 28 desetembro de 2001, tendo em vista o disposto no art. 13o, inciso III, eno art. 14o do seu Regimento Interno, Anexo à Portaria no 316, de 25de junho de 2002, e considerando as informações constantes do Pro-cesso no 02000.000366/2010-94, resolve:

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Nº 208, sexta-feira, 28 de outubro de 2011104 ISSN 1677-7042

Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html ,pelo código 00012011102800104

Documento assinado digitalmente conforme MP no- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui aInfraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.

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Art. 1o Conceder à Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-pecuária-EMBRAPA, CNPJ no 00.348.003/0001-10, a Autorização no

059/2009, para acesso a componente do patrimônio genético para finsde desenvolvimento tecnológico, de acordo com os termos do projetointitulado "Melhoramento genético do dendezeiro visando aumento daprodutividade, tolerância ao amarelecimento fatal e ampliação da basegenética das variedades comerciais", sob a coordenação do Dr. Rai-mundo Nonato Vieira da Cunha, pesquisador da Embrapa AmazôniaOcidental, observado o disposto no art. 16o da Medida Provisória no

2.186-16, de 23 de agosto de 2001, e no art. 8o do Decreto no 3.945,de 28 de setembro de 2001.

Art. 2o O Conselho de Gestão do Patrimônio Genético re-conhece a inexigibilidade do Termo de Anuência Prévia e do Contratode Utilização do Patrimônio Genético e Repartição de Benefícioscorrespondente ao projeto mencionado no art. 1o desta Deliberação,tendo em vista que o patrimônio genético a ser acessado será obtidoem coleção ex situ mantida pela própria Embrapa e proveniente deamostra coletada antes da primeira edição da Medida Provisória no

2.186-16, de 23 de agosto de 2001.Art. 3o As informações contidas no Processo no

02000.000366/2010-94, embora não transcritas aqui, são consideradaspartes integrantes deste documento.

Art. 4o Esta Deliberação entra em vigor na data de suapublicação.

IZABELLA TEIXEIRA

GABINETE DA MINISTRA

PORTARIA Nº 455, DE 27 DE OUTUBRO DE 2011

A MINISTRA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO, no uso de suas atribuições e tendo em vista a delegação de competência prevista no art. 10 do Decreto nº 6.944, de 21 deagosto de 2009, resolve:

Art. 1º Autorizar a realização de concurso público de 52 (cinquenta e dois) cargos pertencentes ao quadro de pessoal efetivo do Ministério da Integração Nacional, destinados ao Centro Nacional deGerenciamento de Riscos e Desastres - CENAD, conforme discriminado no Anexo desta Portaria.

Art. 2º O provimento dos cargos no quantitativo previsto no art. 1º deverá ocorrer a partir do mês de janeiro de 2012, e está condicionado:I - à existência de vagas para o provimento dos cargos; eII - à declaração do respectivo ordenador de despesa, quando do provimento dos referidos cargos, sobre a adequação orçamentária e financeira da nova despesa à Lei Orçamentária Anual e sua compatibilidade

com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, demonstrando a origem dos recursos a serem utilizados.Art. 3º A responsabilidade pela realização do concurso público será do Secretário-Executivo do Ministério da Integração Nacional, a quem caberá baixar as respectivas normas, mediante a publicação de editais,

portarias ou outro ato administrativo, de acordo com as disposições do Decreto nº 6.944, de 2009.Art. 4º O prazo para a publicação do edital de abertura de inscrições para o concurso público será de três meses, contado a partir da publicação desta Portaria.Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

MIRIAM BELCHIOR

ANEXO

C a rg o Va g a sEngenheiro 6Analista de Sistemas 7Analista Técnico Administrativo 29Meteorologista 2Estatístico 2Geólogo 2Assistente Social 2Químico 2

To t a l 52

SECRETARIA DE ORÇAMENTO FEDERAL

PORTARIA No- 125, DE 27 DE OUTUBRO DE 2011

A SECRETÁRIA DE ORÇAMENTO FEDERAL, tendo em vista a autorização constante do art. 55, inciso III, da Lei no 12.309, de 9 de agosto de 2010, e

Considerando a contratação de operação de crédito entre a Caixa de Construções de Casas para o Pessoal da Marinha - CCCPM, unidade vinculada ao Ministério da Defesa, supervisionada pelo Comando da

Marinha, e a Caixa Econômica Federal - CEF, com vistas ao financiamento de imóveis residenciais aos beneficiários da autarquia;

Considerando a maximização na aplicação dos recursos da citada operação na finalidade a que se destina e facilitar o acesso à obtenção de moradia própria pelo pessoal da Marinha, resolve:

Art. 1o Modificar, na forma dos Anexos I e II desta Portaria, as fontes de recursos constantes da Lei no 12.381, de 9 de fevereiro de 2011, no que concerne a Operações Oficiais de Crédito - Recursos sob

Supervisão da Caixa de Construções de Casas para o Pessoal da Marinha - CCCPM.

Art. 2o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

CÉLIA CORRÊA

ANEXOS

ÓRGÃO: 74000 - Operações Oficiais de CréditoUNIDADE: 74204 - Recursos sob Supervisão da Caixa de Construções de Casas para o Pessoal da Marinha - CCCPMANEXO I Outras Alterações OrçamentáriasPROGRAMA DE TRABALHO ( ACRÉSCIMO ) Recurso de Todas as Fontes R$ 1,00

FUNCIONAL PROGRAMÁTICA P R O G R A M A / A Ç Ã O / L O C A L I Z A D O R / P R O D U TO ESF GND RP MOD IU FTE VA L O R0902 Operações Especiais: Financiamentos com Retorno 10.000.000

OPERAÇÕES ESPECIAIS05 482 0902 00GY Financiamento Imobiliário para o Pessoal da Marinha 10.000.00005 482 0902 00GY 0001 Financiamento Imobiliário para o Pessoal da Marinha - Nacional 10.000.000

F 5 0 90 0 246 10.000.000TOTAL - FISCAL 10.000.000TOTAL - SEGURIDADE 0TOTAL - GERAL 10.000.000

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTEE DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 14, DE 27 DE OUTUBRO DE 2011

Altera e acresce dispositivos à InstruçãoNormativa nº 184/2008, que dispõe sobreprocedimento de licenciamento ambiental.

O PRESIDENTE DO INSTITUTO BRASILEIRO DOMEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁ-VEIS - IBAMA, nomeado pela Portaria n.º 604, de 25 de fevereiro de2011, do Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência daRepública, publicada no DOU de 27 de abril de 2010, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 22 do Anexo I do Decreto nº 6.099de 27 de abril de 2007, que aprovou a Estrutura Regimental doIbama, e

Considerando a necessidade de aprimorar o procedimento dolicenciamento ambiental federal;

Considerando a compatibilização das normas que tratam doprocedimento de licenciamento ambiental federal; resolve:

Art. 1.º - A Instrução Normativa nº 184/2008 passa a vigorarcom a seguinte redação:

Art.10................................................................. (NR)§ 3º Os órgãos e entidades federais envolvidos na estru-

turação do TR serão consultados no prazo e na forma estabelecidosem normativos próprios.

§ 4º Os órgãos estaduais de meio ambiente envolvidos naestruturação do TR deverão manifestar-se, no prazo de quinze dias,sobre os levantamentos necessários para a avaliação do projeto, seusimpactos e medidas de controle e mitigação, em consonância com osrespectivos planos, programas e leis estaduais.

Art. 21 Aos órgãos e entidades federais envolvidos serásolicitado posicionamento sobre o estudo ambiental, no prazo e naforma estabelecidos em normativos próprios.

Art. 21-A Os órgãos estaduais de meio ambiente envolvidosdeverão manifestar-se, no prazo de trinta dias,contados da ciência deentrega do estudo ambiental, sobre o projeto, seus impactos e me-didas de controle e mitigação, em consonância com planos, pro-gramas e leis estaduais.

§ 1º A ausência de manifestação implicará na anuência doórgão estadual de meio ambiente às conclusões do estudo ambientalapresentado.

Art.29.......................................................... (NR)Parágrafo único. (revogado)Art. 53 Os prazos e procedimentos estabelecidos nesta IN

não se aplicam aos empreendimentos que, por suas características,estejam regulados em normativos próprios.

Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data desua publicação.

CURT TRENNEPOHL

Ministério do Planejamento,Orçamento e Gestão.